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Eletroeletrônica

Montador de painéis

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12


SENAI-SP – INTRANET - AA328-12
Montador de painéis

©SENAI-SP, 2012.

Material didático organizado pelo núcleo de Meios Educacionais da Gerência de Educação em parceria
com Escolas SENAI-SP a partir de conteúdos extraídos da INTRANET para a Qualificação da Formação
Inicial e Continuada Montador de painéis.

Equipe responsável
Organização Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Escola SENAI “Antonio Ermírio de Moraes”

Anderson de Moraes
Escola SENAI “Almirante Tamandaré”

Clodoaldo R. Callogero
Escola SENAI “Manoel José Ferreira”

Edson C. de Jesus
Escola SENAI “Nami Jafet”

Wagner Magalhães
Centro de Trienamento SENAI “Jorge Mahfuz”

Editoração Antonio Marcos Luesch Reis


Priscila Ferri
Meios Educacionais - GED

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SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1.313 - Cerqueira César
São Paulo – SP
CEP 01311-923

Telefone (0XX11) 3146-7000


Telefax (0XX11) 3146-7230
SENAI on-line 0800-55-1000

E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br

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Sumário

9 Diagramas de comandos elétricos


9 • Diagrama elétrico
10 • Diagrama de comando
10 • Tipos de diagramas
12 • Símbolos literais
15 • Identificação de bornes de bobinas e contatos
15 • Simbologia dos componentes de um circuito
16 • Símbolos gráficos de componentes passivos
17 Descarte de materiais
17 • Reutilização de materiais
18 • Reciclagem
18 • Sucata de cobre, ferro e plástico
18 • Benefícios da reciclagem
19 Fusíveis
19 • Fusíveis de efeito rápido
19 • Fusíveis de efeito retardado
22 • Características dos fusíveis NH e TIPO D
25 Fios e cabos
27 Disjuntores
27 • Funcionamento
31 Contatores
31 • Tipos de contatores
33 • Construção
36 • Funcionamento do contator
37 • Instalação dos contatores
37 • Intertravamento de contatores
39 Relés temporizadores
43 Conector para trilho padrão DIN
47 Anilha
49 Trilhos padrão DIN

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51 Canaletas
54 • Espirais - Organizadores de cabos e fios
55 Rebite de repuxo
61 Barramentos de cobre e alumínio
63 Aplicação
65 Limas
65 • Classificação
69 Martelo e punção
69 • Martelo
70 • Punção
71 Trena
73 Esquadros
75 Rebitadeira
76 • Modelos dessas rebitadeiras
77 Machos
77 • Machos para roscar
79 • Desandador para machos
80 • Tabelas de furação para roscar com machos
81 • Cossinetes
82 • Desandador para cossinetes
83 Furadeira elétrica portátil
85 Brocas
85 • Broca helicoidal
89 Morsa de bancada
91 Arco de serra
91 • Arco
92 • Lâmina de serra
93 Serra tico-tico portátil
95 Alicate-prensa terminal
99 Limar superfícies planas
103 Traçar retas no plano
105 Puncionar
107 Furar com furadeira
109 Escarear furo
111 Serrar manualmente
115 Roscar manualmente com machos
119 Rebitar
121 Montar quadro de distribuição de luz e força residencial

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123 Montador de painéis elétricos - Prática
123 • Introdução
123 • Montagens propostas
123 • Painel elétrico
124 • Tipos de painéis elétricos
130 • Sistema de partida estrela e triângulo com disjuntor motor
133 • Montagem - Etapa1 - Almofada
135 • Fixação dos componentes na almofada do painel
137 • Fixação das canaletas e trilhos na almofada
139 • Sequência de montagem das canaletas e dos trilhos na almofada do
painel
140 • Fixação dos componentes nos trilhos
140 • Confecção do cabeamento de potência
142 • Acabamento da terminação dos cabos de conexão
145 Confeccionar cabeamento de comando
145 • Marcação e furação de componentes na parte frontal do quadro
148 • Fixação dos componentes no plano frontal do painel elétrico
149 • Organização das ligações de comando na parte frontal do quadro
149 • Conferência e revisão de conexões conforme diagramas elétricos
150 • Processo de verificação
151 • Testes de funcionalidade do painel
151 • Relatório de ensaios, testes e funcionalidade do painel
153 Documentação técnica
161 Referências

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Diagramas de comandos elétricos

Seja qual for o tipo de projeto da área eletroeletrônica que se queira realizar, seja
instalação, montagem ou reparo, a maneira adequada de representar a disposição dos
componentes e o modo como eles se relacionam entre si é por meio do diagrama
esquemático.

Neste capítulo, estudaremos os diagramas de comando cuja finalidade é representar


os circuitos elétricos. Esse conhecimento é importante quando se necessita analisar o
esquema de uma máquina desconhecida para realizar sua manutenção. Essa análise
permite solucionar problemas "difíceis" e essa experiência é indispensável para o
profissional de manutenção eletroeletrônica.

Diagrama elétrico

O diagrama elétrico é um desenho que mostra a maneira como as várias partes de um


dispositivo, rede, instalação, grupo de aparelhos ou itens de um aparelho são inter-
relacionados e/ou interconectados. É a representação de uma instalação elétrica ou
parte dela por meio de símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5259, NBR 5444,
NBR 12519, NBR 12520 e NBR 12523,IEC 60617-7, IEC 60417,IEC 81346-1,IEC
81346-2, IEC 60947-1:2006-Anexo L e outras em desenvolvimento.

Uma observação importante é que a norma NBR 5280 foi cancelada em junho de 2011,
sem substituição, de modo que as orientações gerais tendem a acompanhar a IEC.

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Diagrama de comando

O diagrama de comando faz a representação esquemática dos circuitos elétricos. Ele


mostra os seguintes aspectos:
• Sequencial dos circuitos;
• Representação dos elementos, suas funções e as interligações, conforme as
normas estabelecidas;
• Visão analítica das partes ou do conjunto;
• Possibilidade de rápida localização física dos componentes.

Para que o profissional da área eletroeletrônica possa “ler” o esquema, ele tem que
saber reconhecer os símbolos e os modos de dispô-los dentro do esquema.

Essas informações estão padronizadas por normas técnicas que estabelecem a


maneira pela qual devem ser elaborados os desenhos técnicos para a eletroeletrônica.

Tipos de diagramas

Os diagramas podem ser:


• Multifilar completo (ou tradicional);
• Funcional;
• De execução.

O diagrama multifilar completo (ou tradicional) representa o circuito elétrico da forma


como é montado e no qual todos os elementos componentes e todas as ligações dos
circuitos são representados por símbolos gráficos. Esse tipo de diagrama é difícil de
ser interpretado e elaborado, principalmente quando os circuitos a serem
representados são complexos. Veja exemplo a seguir.

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Em razão das dificuldades de interpretação desse tipo de diagrama, os três elementos
básicos dos diagramas, ou seja, os caminhos da corrente, os elementos e suas
funções e a sequência funcional são separados em duas partes representadas por
diagramas diferentes.

O diagrama funcional no qual os aspectos básicos são representados de forma prática


e de fácil compreensão é chamado de diagrama funcional. Veja na ilustração a seguir
um exemplo de diagrama funcional e ao lado, os componentes físicos do mesmo.

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A representação, a identificação e a localização física dos elementos tornam-se
facilmente compreensíveis com o diagrama de execução (ou de disposição) mostrado
a seguir.

Exemplos de K1, K2 e F7

Símbolos literais

De acordo com a norma IEC 81346 : 2009, símbolos literais para classes de objetos de
circuitos são representações em forma de uma letra maiúscula inicial, podendo ser
seguida por números, outras letras ou combinações alfanuméricas para particularizar
cada elemento do circuito.

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Exemplos
• P1 - voltímetro para tensões de 0 mV - 10 mV;
• R15 - resistor de 1 MΩ.

Os símbolos literais têm a função de facilitar a identificação dos objetos elementos do


circuito, ou seja, componentes, equipamentos, conjuntos, subconjuntos, quando
relacionados em uma lista de materiais. Sua utilização ajuda na interpretação de
esquemas e diagramas de circuitos.

A seguir são apresentados alguns exemplos de representação e identificação de


componentes. Identificação por letras e números.

Exemplos

A seguir, apresentamos alguns exemplos extraídos da norma da IEC 81346-2: 2009


que apresenta letras maiúsculas iniciais para designar a classe de objetos elementos
de um circuito. Observe:

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Quadro: exemplos de letras maiúsculas para designar classes de objetos de um
circuito de acordo com a IEC 81346-2: 2009.
Classe Finalidade ou função do
Exemplos
(Letra) objeto
Conversão de variável de
entrada (propriedades Transformador de corrente, células fotoelétricas, sensor de fumaça,
B físicas, condição ou dinamômetros, tacômetro, microfones.
evento) em um sinal para
posterior processamento
Armazenamento de Capacitores.
C
energia
Fornecimento de energia Aquecedor elétrico, lâmpada fluorescente, lâmpadas, laser.
E
radiante ou térmica
F Dispositivos de proteção Fusíveis, pára-raios, dispositivos de descarga de sobretensão.
Geradores, fontes de Geradores rotativos, conversores de frequência rotativos, baterias,
G
alimentação fontes de alimentação, osciladores.
Processamento
(recepção, tratamento e
fornecimento) de sinais
Relés, contatores, Transistor, Microprocessador.
K ou de informação
(excluindo objetos para
fins de protecção, ver
Classe F)
Fornecimento de energia
mecânica (rotacional ou
M linear mecânica Motores, atuadores.
movimento) para efeito
motriz
Apresentação de Dispositivos de medição, LED, alto falantes, Amperímetro,
P
informações Voltímetro, lâmpadas de sinalização, geradores de sinal, relógios.
Comutação controlada ou
variação de fluxo de
energia, de sinais (por
Q
sinais nos circuitos de Abridor, Disjuntor, Transistor de Potência, Tiristores.
controle, consulte classes
K e S) ou de material
A restrição ou
estabilização de
R movimento ou de um Resistores ajustáveis, potenciômetros reostatos, diodo, indutor.
fluxo de informações
sobre energia, ou material
Chaves de controle, "push buttons" chaves limitadoras, chaves
S Seletores, chaves seletoras, seletores.

Conversão de energia
mantendo o tipo de
energia
Conversão de um sinal Conversor AC/DC, Transformadores de potência, conversor de
T
estabelecido mantendo o frequência, retificador.
conteúdo da informação
Conversão da forma ou
formato de um material
Terminais, plugues, Tomadas macho e fêmea, pontos de prova, quadro de terminais,
X
soquetes barra de terminais.

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Identificação de bornes de bobinas e contatos

As bobinas têm os bornes indicados pelas letras A e B, como mostram os exemplos a


seguir.

Nos contatores e relés, os contatos são identificados por números que indicam:
• Função - contatos abridores e fechadores do circuito de força ou de comando;
contatos de relés temporizados ou relés térmicos;
• Posição - entrada ou saída e a posição física dos contatores. Nos diagramas
funcionais, essa indicação é acompanhada da indicação do contator ou elemento
correspondente.

No esquema a seguir são mostradas as identificações de função e posição dos


contatos.

Simbologia dos componentes de um circuito

Por facilitar a elaboração de esquemas ou diagramas elétricos, criou-se uma


simbologia para representar graficamente cada componente num circuito elétrico.

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A tabela a seguir mostra alguns símbolos utilizados e os respectivos componentes.

Designação Figura Símbolo

Condutor

Cruzamento sem conexão

Cruzamento com conexão

Fonte, gerador ou bateria

Sinaleiro

Botões

Símbolos gráficos de componentes passivos

Outro grupo de símbolos importantes para o desenho, leitura e interpretação de


esquemas elétricos, é o grupo referente aos componentes passivos (resistores,
capacitores, indutores, etc.) contido na NBR 12521/91.

créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referências
Normas NBR 5259, NBR 5444, NBR 12519, NBR 12520 e NBR 12523, IEC 60617-7, IEC 60417, IEC 81346-1, IEC
81346-2, IEC 60947-1:2006-Anexo L.
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

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Descarte de materiais

Em países desenvolvidos, quando é preciso jogar algum equipamento fora, que não
tem mais serventia ou que não se deseja mais, há locais em que se pode deixar o lixo
eletrônico. A partir desses locais, o descarte passa por uma série de processos de
mudança ou tratamento, para reutilização.

Esses locais são centros de reciclagem de eletrônicos legítimos, que conduzem a


reciclagem local. O processo geralmente envolve máquinas dispendiosas de
reciclagem, bastante comuns na Europa, mas menos presentes nos Estados Unidos. A
máquina esmaga os produtos e os transporta por uma correia móvel. O processo
utiliza telas vibratórias e imãs para atrair os diferentes componentes.

Outro método comum envolve trabalhadores, usando os trajes de proteção adequados,


em uma linha de desmontagem que desmantelam o aparelho peça a peça e separam o
conteúdo. Depois, máquinas diversas desfazem as diferentes partes para permitir que
sejam reutilizadas.

No caso do Brasil, outra opção é procurar centros de reciclagem autorizados ou


instituições que trabalham com população carente e fazem um bom uso tanto do
computador montado como desmontado.

Reutilização de materiais

Reutilização é a utilização de um item mais de uma vez. Isto inclui a reutilização


convencional em que o item é usado de novo para a mesma função, e reutilização
nova-vida quando é usado para uma função diferente. Em contraste, a reciclagem é a
quebra do artigo usado em matérias-primas que são usadas para fazer novos itens.

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Reciclagem

A reciclagem é fundamental para diminuir os impactos ambientais no planeta. Ao


reciclar, economizamos recursos naturais não renováveis e energia. Geramos
empregos diretos ou indiretos e evitamos o depósito de materiais tóxicos e/ou de difícil
decomposição no ambiente.

A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de


materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais
podem ser reciclados e os exemplos mais comuns desse processo são: o papel, o
vidro, o metal e o plástico.

Sucata de cobre, ferro e plástico

A reciclagem do metal é importante para o meio ambiente porque evita que esse
material vá para os aterros sanitários ou para a natureza, poluindo rios, lagos, solo e
matas. Além disso, a reciclagem de metal gera renda para milhares de pessoas no
Brasil que atuam em cooperativas de catadores e recicladores de metal e de outros
materiais. O metal tem alto valor para reciclagem.

Uma das etapas mais importantes no processo de reciclagem de metal é a da


separação e coleta seletiva do metal. Nas empresas, residências e outros locais
existem espaços destinados ao descarte de metal.

Benefícios da reciclagem

As maiores vantagens da reciclagem são:


• A minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis;
• A minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como
aterramento, ou incineração.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Teoria. São Paulo, 2003. 112 p.

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Fusíveis

Fusíveis são dispositivos de segurança inseridos nos circuitos para interrompê-los em


situações anormais de corrente, como curto-circuito e/ou sobrecargas de longa
duração.

Fusíveis de efeito rápido

Os fusíveis de efeito rápido são empregados em circuitos em que não há variação


considerável de corrente entre o tempo de partida e o regime normal de
funcionamento.

Esses fusíveis são usuais para a proteção de circuitos eletrônicos.

Fusíveis de efeito retardado

Os fusíveis de efeito retardado são apropriados para uso em circuitos cuja corrente de
partida atinge valores muitas vezes superiores ao valor da corrente nominal e em
circuitos que estejam sujeitos a sobrecargas de curta duração.

Como exemplo desses circuitos podemos citar motores elétricos, as cargas indutivas e
as cargas capacitivas em geral.

Os fusíveis mais comumente usados em painéis elétricos são os NH e tipo D


mostrados a seguir.

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Fusíveis NH
Os fusíveis NH suportam elevações de corrente durante certo tempo sem que ocorra
fusão.

Eles são empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente e onde existam cargas
indutivas e capacitivas.

Sua construção permite valores padronizados de corrente que variam de 6 a 1.000 A.


Sua capacidade de ruptura é sempre superior a 70 kA com uma tensão máxima de
500 V.

A seguir apresenta-se a ilustração da base de montagem para fusíveis NH.

Fusíveis TIPO D
Os fusíveis TIPO D podem ser de ação rápida ou retardada. Os de ação rápida são
usados em circuitos resistivos, ou seja, sem picos de corrente. Os de ação retardada
são usados em circuitos com motores e capacitores, sujeitos a picos de corrente.

Esses fusíveis são construídos para valores de, até 100 A. A capacidade de ruptura é
de 70 kA com uma tensão de 500 V.

A base é feita de porcelana dentro da qual está um elemento metálico roscado


internamente, ligado externamente a um dos bornes. O outro borne está isolado do
primeiro e ligado ao parafuso de ajuste, como mostra a figura a seguir.

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A tampa, geralmente de porcelana, fixa o fusível à base e não é inutilizada com a
queima do fusível. Ela permite inspeção visual do indicador do fusível e sua
substituição mesmo estando energizado.

Tampa

O parafuso de ajuste tem a função de impedir o uso de fusíveis de capacidade superior


à desejada para o circuito. A montagem do parafuso é feita por meio de uma chave
especial.

Parafuso de ajuste

O anel é um elemento de porcelana com rosca interna, cuja função é proteger a rosca
metálica da base aberta, pois evita a possibilidade de contatos acidentais na troca do
fusível.

Anel

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O fusível possui um indicador, visível através da tampa, cuja corrente nominal é
identificada por meio de cores e que se desprende em caso de queima. Veja na tabela
a seguir, algumas cores e suas correntes nominais correspondentes.

Cor Intensidade de corrente (A) Cor Intensidade de corrente (A)


Rosa 2 Azul 20
Marrom 4 Amarelo 25
Verde 6 Preto 35
Vermelho 10 Branco 50
Cinza 16 Laranja 63

O elo indicador de queima é constituído de um fio muito fino ligado em paralelo com o
elo fusível. Em caso de queima do elo fusível, o indicador de queima também se funde
e provoca o desprendimento da espoleta.

Características dos fusíveis NH e TIPO D

As principais características dos fusíveis TIPO D e NH são:


• Corrente nominal - corrente máxima que o fusível suporta continuamente sem
interromper o funcionamento do circuito. Esse valor é marcado no corpo de
porcelana do fusível;
• Corrente de curto-circuito - corrente máxima que deve circular no circuito e que
deve ser interrompida instantaneamente;
• Capacidade de ruptura (kA) - valor de corrente que o fusível é capaz de interromper
com segurança. Não depende da tensão nominal da instalação;
• Tensão nominal - tensão para a qual o fusível foi construído. Os fusíveis normais
para baixa tensão são indicados para tensões de serviço de até 500 V em CA e
600 V em CC;
• Curva de relação tempo de fusão x corrente - curvas que indicam o tempo que o
fusível leva para desligar o circuito. Elas são variáveis de acordo com o tempo, a
corrente, o tipo de fusível e são fornecidas pelo fabricante. Dentro dessas curvas,
quanto maior for a corrente circulante, menor será o tempo em que o fusível terá
que desligar.

Instalação
Os fusíveis TIPO D e NH devem ser colocados no ponto inicial do circuito a ser
protegido.

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Para dimensionar um fusível, é necessário levar em consideração as seguintes
grandezas elétricas:
• Corrente nominal do circuito ou ramal;
• Corrente de curto-circuito;
• Tensão nominal.

Acessórios para fusíveis


Existem no mercado, acessórios para facilitar a manutenção dos painéis de comandos
elétricos, No caso de fusíveis, podem ser citados a chave para substituição do
parafuso de ajuste dos fusíveis tipo D e o punho para substituição do fusível NH.

A seguir veja fotos de ambos acessórios.

Chave para parafuso de Punho para fusível NH 1


ajuste 1

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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

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Fios e cabos

Fios e cabos são condutores elétricos de cobre ou alumínio capazes de transportar


energia elétrica. As principais partes de um fio ou cabo em baixa tensão são:
• O condutor;
• A isolação;
• Cobertura.

A ilustração a seguir mostra um fio ou cabo em corte.

O condutor pode ser constituído por um único fio metálico maciço, conhecido como
rígido, ou por um conjunto de fios torcidos formando um condutor flexível.

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Alguns cabos elétricos podem ser dotados apenas de condutor e isolação. São
chamados então de condutores isolados. Outros podem possuir adicionalmente a
cobertura (aplicada sobre a isolação), sendo chamados de cabos unipolares ou
multipolares, dependendo do número de condutores (veias) que possuem. Veja na
figura abaixo esses cabos elétricos.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas – Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Disjuntores

Disjuntores são dispositivos de manobra com proteção. Realizam ligação e/ou


interrupção sob condições anormais do circuito. São dotados de um relé
termomagnético. Alguns modelos são dotados de um relé eletromagnético de curto
circuito.

Abaixo, temos alguns exemplos de disjuntores.

Unipolar Bipolar Tripolar

Funcionamento

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No diagrama apresentado, o disjuntor é inserido num circuito como um interruptor,
onde o relé bimetálico e o relé eletromagnético são ligados em série. Quando a
alavanca é acionada, fecha-se o circuito que é travado pelo mecanismo de disparo. A
corrente então circula, monitorada pelo relé térmico e pelo relé eletromagnético.

Havendo no circuito uma pequena sobrecarga de longa duração, o relé bimetálico atua
sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito. No caso de haver um curto-circuito,
o relé eletromagnético atua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito
instantaneamente.

O disjuntor substitui com vantagem o fusível, pois não é danificado ao abrir um circuito
com sobrecorrente.

Os disjuntores de baixa tensão normalmente são montados em caixa pré-moldada.


Veja a seguir alguns modelos desses disjuntores.

Disjuntor motor
O disjuntor motor é constituído de relés térmicos e magnéticos. Esses relés atuam na
partida do motor elétrico e durante sua operação. Asseguram o comando e a proteção
do motor contra avarias causadas por:
• Variação de tensão e corrente na rede;
• Elevação de temperatura do motor e dos condutores;
• Sobrecargas.

Para assegurar o comando e a proteção, o disjuntor motor exerce quatro funções:


• Seccionamento - isola da rede os condutores ativos quando o motor está desligado
e protege quando há queima de fases do motor;

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• Proteção contra curto-circuitos - detém e interrompe o mais rápido possível
correntes elevadas de curto-circuitos para impedir a deterioração da instalação;
• Proteção contra sobrecargas - detém correntes de sobrecargas e interrompe a
partida antes que a temperatura do motor e dos condutores fique muito elevada e
deteriore os isolantes;
• Comutação - liga e desliga o motor, podendo ser de modo manual, automático ou à
distância.

Veja exemplos de disjuntor motor.

Veja a seguir, exemplo de Painel de disjuntores para distribuição.

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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Contatores

Contatores são dispositivos de manobra mecânica acionados eletromagneticamente.


São construídos para uma elevada frequência de operações. São usados no comando
de motores e na proteção contra sobrecorrente, quando acoplados a relés de
sobrecarga.

Tipos de contatores

Basicamente, existem dois tipos de contatores:


• Contatores de potência;
• Contatores auxiliares.

Os contatores de potência caracterizam-se por apresentar:


• Dois tipos de contatos com capacidade de carga diferentes chamados principais e
auxiliares, sendo que os principais são utilizados no acionamento da carga e os
auxiliares empregados nos circuitos de comando;
• Maior robustez de construção;
• Possibilidade de receberem relés de proteção;
• Câmara de extinção de arco voltaico;
• Variação de potência e tensão da bobina do eletroímã de acordo com o tipo do
contator;
• Tamanho físico de acordo com a potência a ser comandada;
• Possibilidade de ter a bobina do eletroímã com secundário.

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Na ilustração a seguir temos alguns exemplos de contatores de potência.

Já os contatores auxiliares são usados para:


• Aumentar o número de contatos auxiliares dos contatores de motores;
• Comandar contatores de elevado consumo na bobina;
• Evitar repique;
• Sinalização.

E se caracterizam por apresentar:


• Tamanho físico variável conforme o número de contatos;
• Potência do eletroímã praticamente constante;
• Corrente nominal de carga máxima de 10 A para todos os contatos;
• Ausência de necessidade de relé de proteção e de câmara de extinção.

Um contator auxiliar é apresentado na ilustração a seguir.

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Construção

Os principais elementos construtivos de um contator são:


• Contatos;
• Sistema do acionamento;
• Carcaça;
• Câmara de extinção de arco-voltaico.

Contatos dos contatores e pastilhas


Os contatos são partes especiais e fundamentais dos contatores, destinados a
estabelecer a ligação entre as partes energizadas e não energizadas de um circuito ou,
então, interromper a ligação de um circuito.

São constituídos de pastilhas e suportes. Podem ser fixos ou móveis, simples ou em


ponte.

Os contatos móveis são sempre acionados por um eletroímã pressionado por molas.
Estas devem atuar uniformemente no conjunto de contatos e com pressão determinada
conforme a capacidade para a qual eles foram construídos.

A ilustração a seguir apresenta a atuação das molas.

Os contatos são construídos em formatos e tamanhos determinados pelas


características técnicas do contator. São classificados em principal e auxiliar.

Os contatos principais têm a função de estabelecer e interromper correntes de motores


e chavear cargas resistivas ou capacitivas.

O contato é realizado por meio de pastilhas de prata cuja vida útil termina quando elas
estão reduzidas a 1/3 de seu volume inicial.

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33
Os contatos auxiliares são dimensionados para a comutação de circuitos auxiliares de
comando, para sinalização e para Intertravamento elétrico. São dimensionados apenas
para a corrente de comando e podem ser de abertura retardada para evitar
perturbações no comando.

Eles podem ser do tipo NA (normalmente aberto) ou NF (normalmente fechado) de


acordo com sua função.

Sistema de acionamento
O acionamento dos contatores pode ser feito com corrente alternada ou com corrente
contínua.

Para o acionamento com CA, existem anéis de curto-circuito que se situam sobre o
núcleo fixo do contator e evitam o ruído por meio da passagem da CA por zero.

Um entreferro reduz a remanência após a interrupção da tensão de comando e evita o


colamento do núcleo.

Após a desenergização da bobina de acionamento, o retorno dos contatos principais


(bem como dos auxiliares) para a posição original de repouso é garantido pelas molas
de compressão.

O acionamento com CC não possui anéis de curto-circuito. Além disso, possui uma
bobina de enrolamento com derivação na qual uma das derivações serve para o
atracamento e a outra para manutenção.

Um contato NF é inserido no circuito da bobina e tem a função de curto-circuitar parte


do enrolamento durante a etapa do atracamento. Veja representação esquemática a
seguir.

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O enrolamento com derivação tem a função de reduzir a potência absorvida pela
bobina após o fechamento do contator, evitando o superaquecimento ou a queima da
bobina.

O núcleo é maciço, pois sendo a corrente constante, o fluxo magnético também o será.
Com isso, não haverá força eletromotriz no núcleo e nem circulação de correntes
parasitas.

O sistema de acionamento com CC é recomendado para aplicação em circuitos onde


os demais equipamentos de comando são sensíveis aos efeitos das tensões induzidas
pelo campo magnético de corrente alternada. Enquadram-se nesse caso os
componentes CMOS e os microprocessadores, presentes em circuitos que compõem
acionamentos de motores que utilizam conversores e/ou controladores programáveis.

Carcaça
De modo geral é constituída de duas partes simétricas (tipo macho e fêmea) unidas
por meio de grampos ou parafusos.

Retirando-se os grampos de fechamento da tampa frontal do contator, é possível abri-


lo e inspecionar seu interior, bem como substituir os contatos principais e os da bobina.

A substituição da bobina é feita pela parte superior do contator através da retirada de


quatro parafusos de fixação para o suporte do núcleo.

Câmara de extinção de arco voltaico


É um compartimento que envolve os contatos principais. Sua função é extinguir a
faísca ou arco voltaico que surge quando um circuito elétrico é interrompido. Veja:

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35
Com a câmara de extinção de cerâmica, a extinção do arco é provocada por
refrigeração intensa e pelo repuxo do ar.

Veja a seguir o esquema de uma câmara de extinção de cerâmica.

Funcionamento do contator

Uma bobina eletromagnética quando alimentada por uma corrente elétrica forma um
campo magnético que se concentra no núcleo fixo e atrai o núcleo móvel.

Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os contatos móveis também devem se


aproximar dos fixos de tal forma que, no fim do curso do núcleo móvel, as peças fixas
e móveis do sistema de comando elétrico estejam em contato e sob pressão suficiente.

O comando da bobina pode ser efetuado por meio de botoeira, sensores, chave fim-
de-curso, cujos elementos de comando estão ligados em série com as bobina.

A velocidade de fechamento dos contatores é resultado da força proveniente da bobina


e da força mecânica das molas de separação que atuam em sentido contrário.

As molas são também as únicas responsáveis pela velocidade de abertura do contator,


o que ocorre quando a bobina magnética não estiver sendo alimentada ou quando o
valor da força magnética for inferior à força das molas.

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Instalação dos contatores

Os contatores devem ser instalados de preferência verticalmente em local que não


esteja sujeito à trepidação.

Em geral, é permitida uma inclinação máxima do plano de instalação de 22,5° em


relação à vertical, o que permite a sua utilização em navios.

Intertravamento de contatores

O intertravamento é um sistema de segurança elétrico ou mecânico destinado a evitar


que dois ou mais contatores se fechem acidentalmente ao mesmo tempo provocando
curto-circuito ou mudança na sequência de funcionamento de um determinado circuito.

O intertravamento elétrico é feito por meio de contatos auxiliares do contator e por


botões conjugados.

No esquema a seguir, a utilização dos contatos auxiliares (K1 e K2), impedem a


energização de uma das bobinas quando a outra está energizada. Veja:

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Neste caso, o contato auxiliar NF de outro contator é inserido no circuito de comando
que alimenta a bobina do contator. Isso é feito de modo que o funcionamento de um
contator dependa do funcionamento do outro, ou seja, contato K1 (NF 31-32) no
circuito da bobina do contator K2 e o contato K2 (NF 31-32) no circuito da bobina do
contator K1.

Os botões conjugados são inseridos no circuito de comando de modo que, ao ser


acionado um botão para comandar um contator, haja a interrupção do funcionamento
do outro contator.

Observação
No intertravamento elétrico, devemos usar essas duas modalidades:
intertravamento de botão (1-2) e intertravamento de contato auxiliar (31-32).

O intertravamento mecânico é obtido por meio da colocação de um balancim


(dispositivo mecânico constituído por um apoio e uma régua) nos contatores.

Quando um dos contatores é acionado, atua sobre uma das extremidades da régua,
enquanto a outra impede o acionamento do outro contator.

Esta modalidade de intertravamento é empregada quando a corrente é elevada e há


possibilidade de soldagem dos contatos.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Relés temporizadores

Nos relés temporizadores, a comutação dos contatos não ocorre instantaneamente. O


período de tempo (ou retardo) entre a energização/desenergização da bobina e a
comutação pode ser ajustado.

Essa possibilidade de ajuste cria dois tipos de relés temporizadores:


• Relé com retardo na energização: Após a energização do relé, inicia-se a contagem
do tempo pré-ajustado no frontal. Após este período ocorrerá a comutação dos
contatos de saída, os quais permanecem neste estado até que a alimentação seja
interrompida. Veja:

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• Relé com retardo na desenergização: Com o relé alimentado, a partir da
energização do terminal de comando, os contatos de saída são comutados
instantaneamente. Ao retirar o comando, os contatos de saída retornam à condição
original após o tempo pré-determinado no frontal. Veja:

Os retardos, por sua vez, podem ser obtidos por meio de:
• Relé pneumático de tempo;
• Relé eletrônico de tempo.

Relé pneumático de tempo


O relé pneumático de tempo é um dispositivo temporizador que funciona pela ação de
um eletroímã que aciona uma válvula pneumática. O retardo é determinado pela
passagem de certa quantidade de ar através de um orifício regulável. O ar entra no
dispositivo pneumático que puxa o balancim para cima, fornecendo corrente para os
contatos.

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40
Veja ilustração a seguir.

Esse tipo de relé é usado em chaves de partida estrela-triângulo ou compensadoras,


na comutação de contatores ou na temporização em circuitos sequenciais. O retardo
fornecido varia de um a sessenta segundos, porém não é muito preciso.

Relé eletrônico de tempo


O relé eletrônico de tempo é acionado por meio de circuitos eletrônicos. Esses circuitos
podem ser constituídos por transistores, por circuitos integrados como o CI 555 ou por
um UJT. Estes funcionam como um monoestável e comandam um relé que acionará
seus contatos no circuito de comando.

As figuras a seguir apresentam relés temporizadores eletrônicos.

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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
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Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
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Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

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Conector para trilho padrão DIN

Este conector é popularmente conhecido como conector SAK, utilizado em quadros de


comando. Destina-se principalmente à interligação dos circuitos elétricos que estão em
diferentes locais, por exemplo, painel de comando com motores, botoeiras,
sinalizadores etc. Os modelos podem ter pequenas diferenças conforme o fabricante,
mas são formados basicamente com as características mostradas na tabela a seguir.

Conectores tipo SAK


Melanina (Krg): cor marrom, temperatura de trabalho (máx.): 130ºC,
Materiais de Fabricação bastante rígido (por conseqüência, fácil de quebrar).
X
características Poliamida 6.6 (PA): cor bege, temperatura de trabalho (máx.):
100ºC, bastante flexível.
Conector de passagem (normal), conector para aterramento (verde –
Modelos
amarelo) e conector porta fusível (fusível de vidro).
Tamanho Fio (mm2) Cabo (mm2) Corrente (A)
2,5 0,5 – 4,0 0,5 – 2,5 27
Principais tamanhos 6 0,5 – 10,0 0,5 – 6,0 47
16 2,5 – 25,0 4,0 – 16,0 87
35 6,0 – 50,0 10,0 – 35,0 143
Tampa final, placa de separação, ponte conectora, poste (garra de
Acessórios
fixação) e identificadores.
Fixação Engate rápido em trilhos DIN35 e/ou TS-32
Fonte: SIEMENS. Compilado para manobra e proteção

Veja a seguir, modelos de conectores.

Conectores com parafuso Conector por pressão

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Poste Tampa final

A seguir apresentam-se as partes componentes de um conjunto de conectores.

Fonte: http://www.conexel.com.br
Terminais
São componentes elétricos que estabelecem a conexão de um condutor elétrico a um
outro elemento de um sistema elétrico.

Têm a função de estabelecer uma ligação segura entre dois elementos elétricos, ou
seja, uma ligação entre um condutor elétrico e, por exemplo, um disjuntor, contator,
relé, borne etc. garantindo a continuidade elétrica entre esses elementos sem que haja
nenhuma perda elétrica.

Possui boa resistência mecânica obtida através de crimpagem.

Os terminais são fabricados em cobre eletrolítico com camada de estanho,


assegurando aproximadamente 100% de condutibilidade.

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São diversos os tamanhos e modelos existentes, variando conforme o fabricante. Veja
exemplos.

Fonte: CRIMPER; terminais pré-isolados

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Clodoaldo Roberto Callogero
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Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

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Anilha

É um anel de identificação que se coloca em torno do condutor, em conectores e em


vários outros componentes.

Esses identificadores auxiliam na montagem de uma instalação deixando-a


completamente mapeada, facilitando, desse modo, a execução de serviços de
manutenção. Os identificadores trazem impressos letras, números e símbolos,
atendendo às mais diversificadas necessidades.

São vários os modelos, cores e tamanhos de anilha existentes, cada uma destinada a
uma aplicação própria.
Fonte: HELLERMANN; Identificadores - Anilhas

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Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

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Trilhos padrão DIN

O trilho DIN é um dispositivo de fixação de componentes eletroeletrônicos. É


construído em metal, com dimensões padronizadas e utilizado dentro de painéis
elétricos.

Os três tipos encontrados no mercado são:


• Tipo “O”;
• Tipo “C”;
• Tipo “G”.

Esses trilhos são normalizados internacionalmente e estão disponíveis em tamanhos


de 35 mm, de 32 mm e de 15 mm, com ou sem perfurações.

Os trilhos podem acomodar uma grande variedade de componentes de controle como:


disjuntor, contatores, temporizadores, relés, blocos terminais etc.

A vantagem na utilização deste tipo de fixação é a de facilitar a instalação dos


componentes e baixar o custo de montagem e manutenção do painel.

Veja a seguir os perfis de trilhos disponíveis.


Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/DIN_RAIL

Tipo O Tipo C Tipo G

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Os trilhos tipo O e G têm o seguinte aspecto.

Tipo O Tipo G

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Edson Camargo de Jesus
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Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas – Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

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Canaletas

Canaletas são acessórios utilizados para acomodar e proteger os condutores que


interligam os componentes do painel, organizando e facilitando sua montagem.

São fabricadas em PVC auto-extinguível, com alta flexibilidade e resistência ao


choque. Essas canaletas são disponibilizadas em três modelos, possibilitando solução
adequada a cada tipo de aplicação.

Os modelos podem ser vistos a seguir:


• Canaleta aberta: com aletas laterais e parte superior aberta;

• Canaleta semi-aberta com aletas laterais e parte superior fechada;

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• Canaleta fechada com corpo totalmente fechado, sem qualquer abertura.

Suas dimensões variam de 15 a 110 mm na base como se pode ver na tabela a seguir.

Exemplos de dimensões de canaletas plásticas.

Altura (mm) Base (mm)


15 15
22 15
22 22
30 30
35 50
35 80
50 30
50 50
50 80
50 110
50 140
80 30
80 50
80 80
80 110

Braçadeiras plásticas
As braçadeiras plásticas são acessórios utilizados na montagem de chicotes, cabos,
mangueiras pneumáticas ou hidráulicas, em painéis, racks etc. São fornecidas em
várias cores e medidas.

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A seguir, apresentam-se exemplos de braçadeiras e suas medidas.

Braçadeiras para cabos


Também conhecidas por “fixa cabos”, têm a finalidade de manter os cabos fixos e
distanciados nos alimentadores de painéis e quadros elétricos, permitindo organização
e maior segurança em caso de os cabos se movimentarem durante um curto-circuito.

Modelos de fixa cabos

Exemplo de utilização.

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Espirais - Organizadores de cabos e fios

Trata-se de estrutura cilíndrica e oca composta de uma tira de material com


plasticidade, organizada helicoidalmente para abrigar fios e cabos elétricos.

Os organizadores são utilizados em painéis de comando, permitindo reunir, proteger


condutores.

Observe.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


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Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas – Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Rebite de repuxo

O rebite de repuxo, conhecido como rebite "pop" é um acessório composto de haste


cilíndrica de metal a ser introduzida em um furo, de tal modo que a outra extremidade
sobressaia e possa ser rebatida para formar nova cabeça. É usada para unir peças
com rapidez, economia e simplicidade.

A operação com o rebite de repuxo é feita em apenas um lado da peça, o que não se
consegue com rebites comuns.

Segue a nomenclatura das partes de um rebite de repuxo.

O rebite de repuxo se caracteriza pelos seguintes elementos:


• Tipo de mandril de repuxo;
• Espécie de material metálico utilizado em sua fabricação;
• Seu tipo de cabeça pode ser de aba abaulada ou de aba escareada;
• O comprimento e o diâmetro de seu corpo devem ser adequados às tarefas a
serem realizadas.

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55
O mandril dos rebites de repuxo é construído com os seguintes materiais metálicos:
• Aço-carbono;
• Aço inoxidável;
• Latão e bronze.

Os rebites de repuxo podem ser fabricados com os seguintes materiais metálicos:


• Aço-carbono;
• Aço inoxidável;
• Alumínio;
• Cobre;
• Monel (liga de níquel e cobre).

Os rebites de repuxo encontrados no comércio são caracterizados pelas seguintes


combinações:
• Rebite de:
• Aço-carbono com mandril de aço-carbono;
• Aço inoxidável com mandril de aço-carbono;
• Aço inoxidável com mandril de aço inoxidável;
• Alumínio com mandril de aço-carbono;
• Alumínio com mandril de latão;
• Cobre cm mandril de aço-carbono;
• Cobre cm mandril de bronze;
• Monel com mandril de aço-carbono.

Os mandris são projetados de dois modos: para ruptura no corpo ou para ruptura rente
à cabeça. Observe as duas situações nas ilustrações a seguir.

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Ruptura no corpo - Ao sofrer repuxamento, o mandril projetado para sofrer ruptura no
corpo, expande o corpo do rebite quando a rebitagem se completa, o mandril se rompe
e a cabeça do mandril fica alojada no corpo do rebite.

Ruptura rente à cabeça - Quando sofre repuxamento, o mandril projetado para sofrer
ruptura rente à cabeça, expande o corpo do rebite e se rompe. Neste caso, porém, a
cabeça não fica alojada no corpo do rebite e é eliminada.

As tabelas a seguir apresentam ao parâmetro a serem levados em consideração no


momento de selecionar os rebites.

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Parâmetros para seleção de rebites de alumínio
Broca Alcance máximo de Alcance máximo de Ø H h f L
(mm) rebitagem tipo D (mm) rebitagem tipo K (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
1,6 2,0 3,8
2,3 3,0 5,0
2,44 2,4 4,7 0,68 0,83
4,8 5,6 7,4
6,3 − 8,5
2,5 3,8 5,9
4,3 5,6 7,4
3,25 6,3 7,1 3,2 6,0 0,70, 0,91 8,8
7,1 8,3 10,2
9,2 10,9 12,8
3,2 4,0 5,9
4,8 5,6 7,4
4,10 4,0 6,7 0,70 0,99
7,1 9,0 10,2
9,2 10,4 12,8
4,8 6,3 9,0
9,2 9,4 12,8
10,6 11,4 14,4
12,0 13,7 16,6
15,4 16,2 19,0
4,85 4,8 9,5 1,01 1,62
16,5 − 21,5
20,0 − 25,0
26,0 − 30,0
30,0 − 35,0
35,0 − 40,0
9,2 − 12,8
12,0 − 16,6
18,0 − 22,0
6,53 20,0 − 6,4 10,8 1,34 1,49 25,0
26,0 − 30,0
30,0 − 35,0
35,0 − 40,0

Legenda
D = Aba abaulada
K = Aba escareada
Ø = Diâmetro do rebite
H = Diâmetro da aba
h = Altura da aba abaulada
f = Altura da aba escareada
L = Comprimento do rebite
Rebite de alumínio com
mandril de aço

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Parâmetros para seleção de rebites de aço
Broca Alcance máximo de Alcance máximo de Ø H h f L
(mm) rebitagem tipo D (mm) rebitagem tipo K (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
2,3 3,0 4,8
4,8 5,6 7,4
3,25 3,2 6,7 0,63 0,91
6,3 7,9 8,8
7,1 − 12,8
2,0 2,8 4,8
4,10 5,1 5,8 4,0 7,4 0,70 0,99 7,6
8,6 9,4 11,4
5,8 6,6 9,0
4,85 9,1 9,9 4,8 8,9 1,01 1,14 12,8
12,9 13,7 16,6
4,0 − 9,0
6,35 7,5 9,1 6,4 10,7 1,34 1,49 12,8
12,7 13,5 18,0

Legenda
D = Aba abaulada
K = Aba escareada
Ø = Diâmetro do rebite
H = Diâmetro da aba
h = Altura da aba abaulada
f = Altura da aba escareada
L = Comprimento do rebite
Rebite de aço com mandril
de aço

Os rebites de repuxo apresentam várias vantagens. Eis algumas:


• Não distorcem nem danificam materiais de diversas durezas;
• Proporcionam aperto uniforme, independendo da força ou da habilidade do
operador;
• Podem ser fixados em materiais de pouca espessura sem deformá-los.

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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
Ilustrador: Flávio Alves Dias Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Operações de mecânica - Teoria. São Paulo, 2009. 110 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Barramentos de cobre e alumínio

Os barramentos são condutores elétricos que podem ser fabricados em cobre ou


alumínio. O cobre é o mais utilizado porque é maior sua condutividade elétrica,
possibilitando o uso de barras com menor diâmetro nos painéis.

As dimensões dos barramentos são determinadas segundo as condições normais de


operação, a saber:
• A tensão nominal da instalação, levando-se em conta a distância entre as fases e
entre fases/estrutura, que determina a distância e a forma dos suportes de fixação;
• A intensidade de corrente nominal que vai fluir pelo barramento, determina a seção
e a natureza dos condutores.

É necessário também assegurar que os suportes (isoladores) resistam aos efeitos


mecânicos e que as barras suportem os efeitos mecânicos e térmicos devido às
correntes de curto-circuito.

As figuras abaixo ilustram tipos de isoladores e barramentos.

Isoladores

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61
Barras de cobre, utilizadas para barramentos

Os barramentos podem ser identificados segundo a norma NBR IEC 60439-1:


Conjunto de Manobras e Controle de Baixa Tensão. Pela aplicação dessa norma eles
possuem as seguintes características:
• Condutor de Proteção (PE): Verde e Amarelo;
• Condutor Neutro: Azul Claro;
• Para os condutores fase, que não são mencionados na norma acima citada, temos
como exemplo de utilização no mercado para baixa tensão:
− Fase R: Cor Preta;
− Fase S: Cor Branca;
− Fase T: Cor Vermelha.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

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62
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Aplicação

Veja a seguir exemplos de aplicação de barramentos e componentes, utilizados em


painéis elétricos. Os barramentos que aparecem na figura abaixo são barramentos de
cobre.

A figura a seguir apresenta um exemplo de aplicação de vários componentes em um


mesmo painel elétrico:
• Contatores;
• Reles Térmicos;
• Disjuntores;
• Botoeiras;
• Sinalizadores;
• Conectores SAK.

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63
Veja a ilustração, a seguir:

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas – Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Limas

Limas são ferramentas usadas para desbastar ou dar acabamento em superfícies planas e
curvas de materiais metálicos e não-metálicos. Observe na figura a seguir uma peça
sendo desbastada pela lima.

Uma lima e o nome das partes que a constituem são mostradas na ilustração a seguir.

Classificação

As limas são classificadas por meio de várias características tais como o picado, o
número de dentes, o formato e o comprimento.

a. Quanto ao picado, que uma lima pode apresentar, ele será simples ou cruzado.

As limas de picado simples são empregadas na usinagem de materiais moles como o


chumbo, o alumínio, o cobre e o estanho ou suas ligas. Veja exemplos de picado
simples.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12


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As limas de picado cruzado são usadas para materiais duros como o aço, o aço
fundido e os aços-liga. Observe:

As limas utilizadas em madeira são feitas de aço-carbono e recebem o nome de grosa.


Veja a superfície de uma grosa.

Esses diferentes tipos de picados determinam a rugosidade final da superfície da peça


que foi usinada.

b. De acordo com o número de dentes por centímetro, as limas metálicas recebem


os seguintes nomes: murça, bastardinha e bastarda.

A lima murça apresenta 20 a 24 dentes por centímetro linear; a bastardinha, de 12 a 16


dentes e a bastarda, de 8 a 10.

A lima bastarda, por apresentar a menor quantidade de dentes por centímetro, é usada
para desbastes grossos. A lima bastardinha é empregada para desbastes médios. A
lima murça é usada em operações de acabamento.

Exemplos dessas limas com picados simples e cruzados são mostrados na ilustração a
seguir.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12


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c. Quanto ao formato, as limas murça, bastardinha e bastarda mais comuns podem
ser: chatas paralelas, chatas, triangulares, quadradas, meia-cana, redonda e
tipo faca.

Cada formato é indicado para um determinado tipo de trabalho.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12


67
Utilização das limas metálicas
O uso correto das limas metálicas está relacionado com três fatores:
• Formato da lima;
• Picado;
• O tamanho dos dentes.

A escolha da lima, por sua vez, é feita em função dos seguintes parâmetros:
• Material a ser limado;
• Grau de acabamento desejado;
• Tipo e dimensões da superfície a ser limada.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12


68
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Martelo e punção

Martelo

O martelo é uma ferramenta manual que serve para produzir impactos.

A figura a seguir mostra a posição correta de segurar o martelo. A energia é bem


aproveitada quando a ferramenta é segurada pela extremidade do cabo.

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69
Punção

O punção é um instrumento fabricado de aço-carbono, temperado, com um


comprimento entre 100 e 125 mm, ponta cônica e corpo cilíndrico recartilhado ou
octogonal (com oito lados).

Essa ferramenta é usada para marcar pontos de referência no traçado e centros para
furação de peças. A marcação é feita por meio de pancadas dadas com martelo na
cabeça do punção.

O punção é classificado de acordo com o ângulo da ponta, conforme figura a seguir.

Tipos Usos

Marca traços de referência.

Marca centros que servem de guias


para pontas de brocas.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

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70
Avaliado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Trena

Trena é uma fita métrica de aço acondicionada dentro de uma caixa. É usada para
medição interna, externa e circular, tanto para dimensões grandes quanto para
pequenas.

Partes da trena

Medindo com a trena

Existem alguns tipos de trena que apresentam um sistema de trava, feito para impedir
que a fita seja automaticamente recolhida, ao mesmo tempo em que fixa a medida
desejada.

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Quando se quer medir perímetro de cilindro usa-se a trena flexível plana, feita de aço
de qualidade para garantir maior flexibilidade.

A trena apresenta na extremidade uma pequena chapa metálica dobrada em ângulo de


90º. Esta chapa é chamada encosto de referência zero absoluto e pode servir como
encosto interno ou externo. O encosto zero absoluto apresenta uma pequena folga que
corresponde à espessura do material de que é feito, permitindo, assim, uma medida de
precisão.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


Elaboradora: Selma Ziedas Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Colaborador: Célio Torrecilha Anderson de Moraes
Conteudista: Mauro José Rocato Clodoaldo Roberto Callogero
Ilustradores: José Luciano de Souza Filho Edson Camargo de Jesus
Gilvan Lima da Silva Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Chapa traçada e puncionada. São Paulo, 1993. 62 p. (Caldeireiro I).

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72
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Esquadros

Os esquadros são instrumentos de verificação em forma de ângulo reto, construídos


de aço carbono retificado às vezes, temperado, e com as superfícies de trabalho e fios
lapidados.

Esse tipo de instrumento é composto de uma lâmina de aço em forma de “L”. É usado
para traçar retas perpendiculares ou verificar ângulos de 90º.
A seguir, exemplo de esquadro e de seu uso.

A verificação com esse tipo de esquadro consiste em comparar a perpendicularidade


do esquadro com a perpendicularidade obtida na peça, observando a passagem de luz
entre o esquadro e a peça. Nessa situação, é interessante que o comprimento da
lâmina do esquadro seja maior do que a superfície sob verificação.

Uso e conservação
Durante o uso, todos os instrumentos de traçagem, de verificação e de medição devem
ser colocados sobre um pano macio estendido sobre a bancada.

Após o uso, os esquadros devem ser limpos lubrificados e guardados em locais


apropriados.

Essas medidas evitam danos nos instrumentos e prolongam sua vida útil.

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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
Elaborador: Abílio José Weber Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Ilustrador: José Luciano de Souza Filho Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Felipe Siqueira Martins Braga
Manoel Francisco Pansani
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Prática profissional: Manutenção mecânica. São Paulo, 1999. 127 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Rebitadeira

Rebitadeiras são ferramentas apropriadas para executar as operações de rebitagem


por repuxo.

Segundo o princípio de funcionamento, temos as seguintes categorias de rebitadeiras:


• Manuais;
• Hidráulicas;
• Pneumáticas;
• Hidráulico-pneumáticas.

As rebitadeiras manuais funcionam sob a ação exclusiva da força muscular do


operador.

No mercado encontramos três modelos de rebitadeiras manuais.

Rebitadeira tipo alicate Rebitadeira sanfonada

Rebitadeira tipo alavanca

A rebitadeira tipo alicate possui bicos intercambiáveis, possibilitando o uso de rebites


de diâmetros diferentes. É uma ferramenta de fácil manejo e apropriada para
rebitagem em geral.

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O tipo sanfonada possui um sistema de multiplicação de forças, sendo recomendado
na aplicação de rebites que demandam trações elevadas.

O tipo alavanca possui elevado poder de tração e adapta-se a toda linha de rebites.

As rebitadeiras hidráulicas ou pneumáticas e as rebitadeiras hidráulico-


pneumáticas funcionam sob pressão. São utilizadas na produção em série de bens
materiais como ônibus, automóveis, barcos, vagões, aviões etc.

Modelos dessas rebitadeiras

Rebitadeira hidráulica Rebitadeira pneumática

Rebitadeira hidráulico-pneumática

As rebitadeiras não devem sofrer pancadas ou quedas e devem ser mantidas limpas e
lubrificadas após o uso.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


Ilustrador: Flávio Alves Dias Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Operações de Mecânica - Teoria. 4 ed. São Paulo, 2009. 110 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Machos

Machos para roscar

São ferramentas cuja função é fazer roscas internas ou roscados internos, em furos
para o rosqueamento de parafusos, fusos ou prisioneiros.

Essas ferramentas são fabricadas de aço-rápido temperado e retificado. Apresentam


em seu corpo filetes de rosca padronizados com canais longitudinais ou helicoidais,
cuja função é alojar os cavacos que decorrem do processo. Observe a seguir um
macho para roscar e as partes que o compõem.

Macho para roscar

Os machos para roscar são encontrados em jogos contendo geralmente três tipos
deles:
• Macho desbastador;
• Macho acabador;
• Macho intermediário.

Macho desbastador
O macho desbastador serve para tornar menos espesso o material em que se trabalha.
É reconhecido por nº 1 ou por um entalhe circular na haste. O extremo do corpo roscado
é cônico com alguns filetes achatados que permitem desbastar rapidamente uma rosca.

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Observe a seguir um macho para roscar - desbastador - e as partes que o compõem.

Macho desbastador

Macho intermediário
Este tipo de macho aperfeiçoa o que foi iniciado pelo macho nº 1. Este tipo de macho
apresenta o nº 2 ou dois entalhes circulares na haste. O extremo do corpo roscado é
cônico, porém menor que o macho nº 1.

Macho intermediário

Macho acabador
Este tipo de macho completa a operação iniciada com o macho nº 1 e que prosseguiu
com o nº 2. Apresenta o nº 3 ou 3 entalhes circulares na haste. Mostra apenas um ou
dois filetes achatados no extremo do corpo roscado. Seu uso se faz necessário
principalmente em furos não passantes.

Macho acabador

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Desandador para machos

O movimento de rotação necessário à penetração do macho no furo é feito com auxílio


de uma ferramenta denominada desandador. Observe um desandador.

O desandador funciona como alavanca e a escolha do seu tamanho é feita de acordo


com o diâmetro macho.

Veja diferentes tipos de desandadores usados para roscar com machos pequenos.

Ao roscar com machos, abre-se um furo com uma broca de diâmetro um pouco menor
que o diâmetro externo do macho.

O diâmetro dessa broca depende do diâmetro da rosca e do sistema de rosca adotado.


A sua determinação é feita mediante fórmulas ou tabelas.

Seguem tabelas de furação para com machos e exemplos de utilização.

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Tabelas de furação para roscar com machos

Rosca Métrica Normal


Diâmetro nominal do Diâmetro da broca Diâmetro nominal do
Diâmetro da broca em mm
macho em mm em mm macho em mm
2,6 2,05 18 15,5
3 2,5 20 17,5
4 3,3 22 19,5
5 4,2 24 21
5,5 4,6 27 24
6 5 30 26,5
7 6 33 29,5
8 6,8 36 32
9 7,8 39 35
10 8,5 42 37,5
11 9,5 45 40,5
12 10,5 48 43
14 12 52 47
16 14

Exemplo de utilização
Para abrir uma métrica normal com machos de 10 mm de diâmetro deve-se furar com
uma broca de ∅8,5 mm.

Rosca Whitworth Normal


Diâmetro nominal Diâmetro da Diâmetro nominal Diâmetro da
do macho em broca em do macho em broca em
polegada polegada polegada polegada
1/16” 3/64” 7/8” 49/64”
3/32” 5/64” 1” 7/8”
1/8” 3/32” 1 1/8” 63/64”
5/32” 1/8” 1 1/4” 1 7/64”
3/16” 9/64” 1 3/8” 1 7/32”
7/32” 11/64” 1 1/2” 1 11/32”
1/4” 13/64” 1 5/8” 1 7/16”
5/16” 1 /4”’ 1 3/4” 1 9/16”
3/8” 5/16” 1 7/8” 1 21/32”
7/16” 23/64” 2” 1 25/32”
1/2” 27/64” 2 1/4” 2 1/64”
9/16” 31/64” 2 1/2” 2 17/64”
5/8” 17/32” 2 3/4” 2 31/64”
3/4” 21/32” 3” 2 47/64”

Exemplo de utilização
Para abrir uma rosca Whitworth normal de 3/8” de diâmetro, deve-se furar com broca
de ∅5/16”.

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Cossinetes

O cossinete é uma ferramenta própria para executar roscados externos.Pode ser


utilizado, manualmente ou numa máquina. É também conhecido como tarraxa.

O cossinete é usado geralmente para abrir roscas externas em peças cilíndricas como
parafusos, tubos, tirantes etc., com dimensões padronizadas. Trata-se de ferramenta
de corte, construída em aço especial, temperado e retificado. Veja um cossinete.

Cossinete

Peças executadas com emprego de cossinete

Na escolha de um cossinete deve-se levar em conta os seguintes elementos:


1. Sistema de rosca (Whitworth, métrico, etc.).
2. Diâmetro da rosca.
3. Passo da rosca.
4. Sentido da rosca (à direita ou à esquerda).

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Desandador para cossinetes

É uma ferramenta feita de aço, utilizada para dar movimento giratório ao cossinete.
Veja as partes que compõem um desandador.

O comprimento do desandador varia de acordo com o diâmetro externo do cossinete.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. 3 ed. São Paulo, 2008. 67 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Furadeira elétrica portátil

Furadeira elétrica é uma máquina-ferramenta que permite operações como furar,


alargar, escarear etc. Essas operações são feitas pelo movimento de rotação e avanço
do eixo principal.

Este tipo de furadeira permite a execução rápida e precisa de furos. Observe na figura
a seguir as partes da furadeira elétrica.

Chave para mandril

Motor - É monofásico e localiza-se no interior do corpo, possibilitando o movimento de


rotação do mandril.

Corpo - O formato do corpo da furadeira elétrica é feito de forma a permitir que ela
seja operada com facilidade e firmeza.

Precauções
• Tire a chave do mandril antes de ligar a máquina na tomada;
• Ligue a máquina só quando ela estiver em posição de trabalho, para não se ferir;
• Evite o aquecimento deixando livres os rasgos de ventilação da furadeira.

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83
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. 3 ed. São Paulo, 2008. 67 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Brocas

Broca é uma ferramenta de corte, geralmente de forma cilíndrica, fabricada com aço
rápido, aço carbono, ou com aço carbono com ponta de metal duro soldada ou fixada
mecanicamente, destinada à execução de furos cilíndricos.

Exemplos de broca

Broca helicoidal

Diz-se que a broca é helicoidal devido a seu aspecto, cujo corpo apresenta arestas e
canais em forma de hélice.

A broca helicoidal é fabricada em aço rápido. Esse tipo de aço permite o uso da
ferramenta durante períodos relativamente longos, sem alterações das características
de corte, mesmo quando a temperatura das arestas cortantes atinge 550ºC e até
580ºC.

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A broca helicoidal apresenta três partes: ponta, corpo e haste de fixação. Veja:

A ponta da broca é constituída pelas superfícies que contêm as arestas laterais de


corte, que ao se encontrarem, formam a aresta da ponta.

O ângulo destas duas superfícies cônicas é denominado ângulo de ponta. A função da


aresta é de calcar o material, sem cortá-lo, mediante a grande pressão causada pelo
movimento de avanço.

As duas superfícies cônicas da ponta da broca se encontram com as superfícies dos


canais, formando as arestas cortantes que são os fios e gumes da broca. Na furação, o
corte é produzido por estas arestas. Veja a ponta de uma broca helicoidal.

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O corpo da broca apresenta guias, canais e alma:
• Guias - são estreitas superfícies helicoidais que mantêm a broca em posição
correta dentro do furo, sem produzir corte;

• Canais - são ranhuras helicoidais. Devido a esta forma helicoidal e ao giro da


broca, os cavacos produzidos pelas arestas cortantes são deslocados e lançados
para fora do furo;

Produção de um cavaco

• Alma - é a parte central da broca. Situa-se entre os dois canais. A alma aumenta
ligeiramente de espessura à medida que se aproxima da haste, ou seja, os canais
vão se tornando mais rasos. Isso aumenta a resistência da broca, que é sujeita
constantemente a um esforço de torção.

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A haste é a parte destinada a fixar a broca na máquina. Pode ser cônica ou cilíndrica.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


Elaboradores: Dario do Amaral Filho Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Conteudista: Célio Torrecilha Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Rebitagem de chapas I. 2 ed. São Paulo, 2006. 72 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Morsa de bancada

A morsa de bancada é um dispositivo de fixação. É constituída de uma mandíbula fixa


e outra móvel, fabricadas em aço ou ferro fundido.

A mandíbula móvel desloca-se por meio de um parafuso com manípulo e de uma luva
roscada, presa à base da mandíbula fixa.

As mandíbulas servem para prender a peça que será trabalhada. Apresentam


mordentes fixos de aço estriado e temperado que, além de protegê-las, permitem uma
melhor fixação da peça.

Em peças cujas faces não podem ser danificadas, é necessário recobrir os mordentes
fixos com mordentes de proteção, feitos de material menos duro que o material de
peça a proteger.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

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Os mordentes de proteção mais utilizados são de cobre, alumínio, latão, ouro e
madeira.

Uso e conservação
• A morsa deve estar sempre presa à bancada e na altura do cotovelo do operador
como mostra a figura a seguir;

• Ao final do trabalho, a morsa deve ser limpa e suas partes não pintadas devem ser
recobertas com uma fina camada de óleo, para evitar oxidação;
• O parafuso que movimenta a mandíbula móvel da morsa deve ser lubrificado com
graxa, de tempos em tempos, para permitir melhor deslocamento.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. 3 ed. São Paulo, 2008. 67 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Arco de serra

É uma ferramenta usada serrar madeira, compensados, metais, plásticos etc.


Compõe-se de um arco durável e uma lâmina de serra. Quando se desgasta, a lâmina
pode ser substitída por uma nova.

Arco

O arco é a parte da ferramenta manual, fabricada em aço carbono, onde deve ser
montada a lâmina dentada e temperada. Veja um exemplo de arco:

Nos arcos de serra ajustáveis ou reguláveis, podemos montar lâminas de 8”, 10” e 12”.

As partes componentes de um arco são mostradas a seguir.

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Lâmina de serra

Peça estreita e fina, fabricada em aço carbono temperado ou aço rápido, que faz o
corte do material atritando e destacando pequenas aparas do material.

As lâminas de serra são especificadas pelo seu comprimento (8”, 10” e 12”) e pelo
número de dentes por polegada.

As lâminas de serra devem ser escolhidas segundo a natureza do trabalho, a


qualidade e a espessura do material a cortar.

Indicações para a escolha da lâmina.

Dentes por Espessura do material


Aplicação
polegada em pol. e mm.

Material mole e aços de grande secção. EX:


Alumínio, bronze, latão, cobre, chumbo, ferro
14 Acima de 3/8” (9,5 mm)
fundido, aços recozidos, perfis pesados de aço
estrutural, PVC e madeira

Serviços gerais, aços-ferramenta, perfis de aço de


18 parede grossa. EX: perfis de aço I, L, U, aço Acima de1/4” 6 mm)
estrutural leve, canos.
Chapas e perfis de aço de parede média, serviços
“1/8” (3 mm) a 3/8” (9,5
24 gerais de ferramentaria. Ex: conduites, cantoneiras,
mm)
aços-ferramenta.

Chapa fina, tubo de parede fina, perfis de aço de


32 Menor que 1/8” (3 mm)
parede fina. Ex: Chapas, conduites e perfis I, L e U.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


Ilustrador: Flávio Alves Dias Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Operações de Mecânica - Teoria. 4 ed. São Paulo, 2009. 110 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Serra tico-tico portátil

Serra tico-tico é uma máquina ferramenta elétrica que executa o processo de serrar
com com pequenas serras e dá possibilidade de mudança de curso.

Com a serra tico-tico o usuário tem condições de fazer cortes detalhados e em curva
em materiais como: madeira, plástico ou metais como alumínio, chapas de aço etc.

Observe a seguir uma serra tico-tico.

Cada modelo é composto de:


• Motor - O motor localiza-se no interior do corpo da máquina;
• Lâmina - A lâmina da serra corta mediante um movimento de vaivém, produzido
por um sistema excêntrico.

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Há vários tipos de lâmina de serra, com diferentes dentes e travas adequados ao
material e trabalho a ser realizado.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


Ilustrador: Flávio Alves Dias Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Operações de Mecânica - Teoria. 4 ed. São Paulo, 2009. 110 p.

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Elaborado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Alicate-prensa terminal

É uma ferramenta que faz a prensagem de conectores e luvas de emenda a fios e


cabos mediante jogos apropriados de matrizes.

Adicionalmente pode ser utilizado para:


• Cortar cabos elétricos;
• Descascar fios rapidamente;
• Fixar terminais tipo: fêmea, macho, forquilha, anel e pino.

Existem vários tipos de alicates-prensa terminais. Apresentamos alguns exemplos:


1. Alicate-prensa terminal com matriz intercambiável 5 em 1 para terminal pino tubular
para terminais não-isolados e para terminais pré-isolados tubulares. Veja:

2. Alicate-prensa terminal para terminais pré-isolados. É indicado para fios e cabos


com bitolas de 0,5 a 6,0 mm². Veja:

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95
3. Alicate-prensa terminal para terminais tubulares. É indicado para fios e cabos com
bitolas de 0,5 a 6,0 mm². Veja:

4. Alicate Mecânico é uma ferramenta projetada para a instalação de conectores,


luvas de emenda e outros tipos de conectores de compressão; para condutores de
10 a 120 mm², permitindo uma prensagem rápida e segura. O alicate possui uma
matriz regulável. Veja:

5. Alicate-prensa terminal hidráulico. É uma ferramenta projetada para a instalação de


conectores, luvas de emenda etc, usando-se jogos apropriados de matrizes.

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96
Possui um movimento de rotação de 180º no cabeçote que permite sua utilização em
qualquer posição. Dispõe, também, de um cabo giratório de avanço rápido manual
para facilitar o ajuste da abertura das compressões. Veja:

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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas – Prática. 3 ed. São Paulo, 2008. 67 p.

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98
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Limar superfícies planas

Geralmente, essa operação é empregada em montagens e em ajustes diversos.

Processo de execução
1. Primeiramente deve-se produzir uma face limada bem plana que servirá de
referência para o limado da outra face como descrito no desenho, retirando o
mínimo de material possível.

2. Trace uma linha de referência na peça com cuidado para não se ferir com o
riscador.
3. Lime o material em excesso, observando a linha de referência.
4. Retire as rebarbas e limpe a peça.
5. Verifique o paralelismo e a dimensão, usando o paquímetro.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

99
6. Verifique a perpendicularidade usando o esquadro.

Limar furos
Esta operação exige combinação de movimentos dados à lima. Na realidade, limar
furos em uma peça é parecido com limar superfícies côncavas como estas mostradas
a seguir.

Processo de execução
1. Lime, executando movimentos retilíneos e rotativos conjugados.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

100
Observação
A curvatura da lima deve ser menor que a curvatura a limar.

Veja a seguir exemplos de curvaturas a serem limadas e as áreas das limas que
executarão as operações.

No desbaste, os movimentos com a lima devem ser feitos numa só direção, com a
finalidade de obter quinas que contornem o traçado.

No pré-acabamento, movimente a lima no sentido longitudinal, fazendo um pequeno


deslocamento lateral como mostrado a seguir.

2. Dê acabamento na peça, com movimentos transversais da lima murça.

Observação
A lima murça deve ser friccionada de forma a acompanhar o contorno da superfície
côncava, com um movimento semi-rotativo da lima.

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101
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Selma Ziedas Anderson de Moraes
Conteudistas: Abílio José Weber Clodoaldo Roberto Callogero
Adriano Ruiz Secco Edson Camargo de Jesus
Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro Wagner Magalhães
José Luciano de Souza Filho
Leury Giacomeli
Referência
SENAI.SP. Caminhão betoneira cara chata - Operações I. 4 ed. São Paulo, 2011. 191 p.

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102
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Traçar retas no plano

Esta operação é realizada como passo prévio para a execução de outras operações
como: cortar, dobrar, ajustar.

Processo de execução
1. Pinte a face da peça com tinta de secagem instantânea.

Observação
A face deve estar lisa e livre de gorduras.

2. Marque os pontos por onde vão ser traçadas as retas.

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3. No caso de um traçado perpendicular, apóie a base do esquadro na face de
referência.

4. Trace com o riscador as retas, fazendo-as passar pelos pontos marcados.

Observações
• Ao traçar, incline o riscador no sentido do traço;
• Os traços devem ser finos, nítidos e feitos de uma só vez.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Selma Ziedas Anderson de Moraes
Conteudistas: Abílio José Weber Clodoaldo Roberto Callogero
Adriano Ruiz Secco Edson Camargo de Jesus
Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro Wagner Magalhães
José Luciano de Souza Filho
Leury Giacomeli
Referência
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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Puncionar

Puncionar é uma operação que consiste em marcar pontos de referência no traçado ou


centros para furação de peças, por meio de pancadas na cabeça do punção de bico
com um martelo de peso apropriado.

Processo de execução
Caso 1 - Puncionar centros de furação e centros de raios.
1. Trace a peça.
2. Apóie a peça sobre o cepo e escolha o punção em função do ângulo de ponta
(60º), verificando sua afiação e observando a concentricidade e regularidade.

3. Com a mão apoiada na peça, coloque o punção em posição inclinada sobre os


traços, deslocando-o até encontrar os cruzamentos das linhas.

Observação
Observe o posicionamento do punção na direção dos traços.

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4. Faça uma leve pressão com o punção sobre a peça, posicione-o verticalmente e
bata o martelo com pequeno impacto.

Observação
Evite inclinar o punção no momento de confirmar para que não haja deslocamento
da furação.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Furar com furadeira

Os furos são feitos para roscar ou introduzir eixos, buchas, parafusos ou rebites em
peças que podem funcionar isoladamente ou num conjunto mecânico qualquer.

Processo de execução
1. Prenda a peça.

Observações
• A fixação depende da forma e tamanho da peça; pode-se fixar na morsa da
furadeira, com grampos, ou com morsa de mão; Observe:

Fixação na morsa da furadeira Fixação com morsa de mão

• Para evitar perfurar a morsa ou a mesa da furadeira, coloque a peça sobre


calços paralelos. Se a furação for feita em chapas finas, coloque um pedaço de
madeira entre a chapa e a base de apoio da furadeira como mostra a figura a
seguir.

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107
2. Escolha a broca, verificando o diâmetro com o paquímetro, sem girá-lo, medindo
sobre as guias. Verifique se a afiação está adequada ao material.
• Se usar broca de haste cônica, fixe-a diretamente no eixo-árvore da máquina,
utilizando bucha cônica, se necessário;
• Para furar chapas finas, selecione ou prepare a broca.

3. Prenda a broca no mandril.

4. Aproxime a broca da peça, acionando a alavanca de avanço.


5. Centre a broca no ponto puncionado.
6. Ligue a furadeira e inicie o furo com avanço lento.

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Escarear furo

Escarear furo consiste em tornar cônica a extremidade de um furo, usando a furadeira


e o escareador. Observe um furo sendo escareado.

Essa operação permite embutir parafusos ou outros elementos de união, cujas


cabeças tenham formato cônico.

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Processo de execução
1. Prenda a peça.
2. Prenda o escareador no mandril.

Observação
O escareador deve ter o mesmo ângulo que a cabeça do parafuso ou rebite.

3. Selecione a rotação, baseando-se no diâmetro maior do escareador.


4. Centre o escareador com o furo.
5. Regule a profundidade do escareador.
6. Ligue a máquina e faça o escareado.

Observações
• O avanço deve ser lento;
• O fluido de corte deve ser de acordo com o material.

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Serrar manualmente

Serrar manualmente é uma operação que permite cortar um material utilizando o arco
de serra, o que é muito usado nos trabalhos mecânicos de bancada e quase sempre
precede a realização de outras operações. A figura a seguir mostra essa operação.

Processo de execução
1. Selecione a lâmina de serra de acordo com o material e sua espessura.
2. Monte a serra no arco com os dentes voltados para frente.
3. Tensione a lâmina de serra, girando a porca-borboleta com a mão. Observe.

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Tipos e aplicações de serras
Para cada tipo de trabalho existe um modelo de serra adequado. A tabela a seguir
pode esclarecer essas relações.

Tabela: tipos de serra e suas aplicações


Tamanho dos dentes Passo da lâmina Tipo de material Ilustração
Dentes finos 32 dentes por polegada Tubos, eletrodutos e
32 dpp chapas finas

Dentes finos 24 dentes por polegada Perfis de aço em T, L,


U, latão e cobre

Dentes grossos 18 dentes por polegada Aços resistentes

Dentes grossos 14 dentes por polegada Material macio e


grandes superfícies

4. Trace e prenda o material na morsa.

Observações
• A parte que será cortada deve estar junto aos mordentes como mostra a figura a
seguir;

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112
• Material de pouca espessura é preso por meio de peças auxiliares, como
calços de madeira e cantoneiras, a fim de evitar vibrações. Observe.

5. Serre.
• Ao iniciar o corte, coloque a lâmina junto ao traço, guiando-a ligeiramente inclinada
para frente a fim de evitar que os dentes se quebrem;
• A pressão da serra sobre o material é feita apenas durante o avanço e não deve
ser excessiva. No retorno, a serra deve correr livremente sobre o material;
• A serra deve ser usada em todo o seu comprimento e o movimento deve ser feito
apenas com os braços;
• O número de golpes deve ser de aproximadamente 60 por minuto;

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113
• Quando o corte é profundo e ultrapassa o limite do arco, a lâmina deve ser
montada na posição horizontal ao arco.

Precaução
Ao se aproximar o término do corte, diminua a velocidade e a pressão de corte
para evitar acidentes.

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Roscar manualmente com machos

Roscar manualmente com machos consiste em abrir roscas internas para a introdução
de parafusos de diâmetros determinados. É feita com um jogo de machos em furos
previamente executados.

Os machos são introduzidos progressivamente, por meio de movimentos circulares


alternativos, acionados com o auxílio de um desandador. Observe:

Processo de execução
1. Fixe a peça na morsa, se necessário.

Observação
Se possível, mantenha o furo que será roscado em posição vertical.

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115
2. Selecione o macho.
3. Coloque o primeiro macho no desandador.

Observação
O tamanho do desandador deve ser proporcional ao tamanho do macho.

4. Introduza o macho no furo, exercendo leve pressão e dando as voltas necessárias,


até que inicie o corte.

5. Verifique a perpendicularidade e corrija-a, se necessário.

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116
6. Termine de passar o primeiro macho.

Observações
• O fluido de corte deve ser selecionado segundo as características do material a
roscar;
• Quando a resistência ao corte é grande, gire o macho ligeiramente no sentido
contrário, a fim de quebrar o cavaco;
• Se o furo não for passante, como na figura a seguir, aumente a atenção com
relação ao primeiro macho, pois o esforço maior pode quebrá-lo.

7. Passe o segundo macho com movimento circular alternativo.


8. Termine a rosca com o terceiro macho, se houver com movimento circular contínuo.

Observação
Em caso de furos não passantes, ao se aproximar do fim do furo, gire o macho com
mais cuidado a fim de evitar que ele se quebre.

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SENAI.SP. Caminhão betoneira cara chata - Operações I. 4 ed. São Paulo, 2011. 191 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Rebitar

Rebitar é unir peças de metal com rebites, utilizando as rebitadeiras, que possuem
bicos intercambiáveis, possibilitando o uso de rebites de diâmetros diferentes.

Os bicos das rebitadeiras prendem o mandril do rebite, puxando-o, fazendo com que
ocorra a ruptura no corpo ou rente à cabeça.

Ao sofrer repuxamento, o mandril projetado para sofrer ruptura no corpo expande o


corpo do rebite; quando a ação se completa, o mandril se rompe e a cabeça do mandril
fica alojada no corpo do rebite.

Observe as fases desse processo na ilustração a seguir.

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119
Com um mandril projetado para ter ruptura rente à cabeça, quando ocorre o
repuxamento, o corpo do rebite é expandido e se rompe, neste caso, a cabeça não fica
alojada no corpo do rebite. É eliminada, como mostrado na figura a seguir.

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


Eleboradores: Regina Célia Roland Novaes Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Selma Ziedas Anderson de Moraes
Conteudistas: Abílio José Weber Clodoaldo Roberto Callogero
Adriano Ruiz Secco Edson Camargo de Jesus
Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro Wagner Magalhães
José Luciano de Souza Filho
Leury Giacomeli
Referência
SENAI.SP. Operações II - Trator. 3 ed. São Paulo, 2011. 109 p.

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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Montar quadro de distribuição de luz e força


residencial

Propõe-se, a seguir, atividade prática de montagem do quadro de distribuição com


alguns dados técnicos enunciados e outros com informações a serem ainda obtidas.
Siga os passos.
a. Dimensione um QGFL para um circuito de iluminação, com duas TUGs e uma 2
TUEs. O quadro deverá conter também dois disjuntores gerais.
b. Dimensionar as TUGs de acordo com a norma.
c. As TUEs deverão ser dimensionadas de acordo com a tabela abaixo.
d. Circuito de iluminação deverá ser dimensionado de acordo com a norma. A tabela
a seguir apresenta, conforme a norma, as relações entre diferentes tipos de
aparelhos elétricos e seus níveis de potência.

Tabela: aparelhos elétricos e níveis de potência correspondentes


Aparelhos Potência 127 V 220 V
Disj. Cabo mm² Disj. Cabo mm²
Chuveiro 4.300 W 40 A 6,0 25 A 4,0
Chuveiro 7.500 W - - 40 A 6,0
Torneira 4.400 W 40 A 6,0 25 A 4,0
Ar-Condicionado 14.000 BTU 25 A 2,5 16 A 2,5
Geladeira 150 W 10 A 2,5 6A 2,5
Lava-Louças 3.400 W 30 A 4,0 20 A 2,5
Lava-Roupas 1.200 W 16 A 2,5 10 A 2,5
Seca-roupa 4.000 W 40 A 6,0 25 A 2,5
Microondas 1.600 W 16 A 2,5 10 A 2,5
Microcomputador 145 W 6A 2,5 4A 2,5

e. Faça o desenho técnico do quadro de distribuição.


f. Faça o desenho funcional do quadro de distribuição.
g. Faça a planta baixa utilizando duas bancadas para montar o quadro de distribuição.
h. Faça a lista do material que será utilizado.
i. Execute a montagem do quadro na bancada.
j. De acordo com a norma, qual a seção do condutor neutro?
k. Quais as funções dos dispositivos magnéticos e térmicos dos disjuntores?
Pesquise: O que são disjuntores b e c, respectivamente.

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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012
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Anderson de Moraes
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Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. 3 ed. São Paulo, 2008. 67 p.

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Elaborado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Montador de painéis elétricos - Prática

Introdução

Este material apresenta informações relativas à organização de uma base técnica para
montagem de painéis elétricos para baixa tensão.

Ao executar a montagem de painéis elétricos é necessário conhecer seus


componentes e acessórios; suas aplicações e limitações, para o melhor desempenho
na montagem do sistema projetado.

Montagens propostas

Este material ensina a montar três sistemas de partida com dois tipos de proteção:
• Por fusíveis;
• Por disjuntor motor.

Serão apresentados os tipos de componentes e acessórios usados, bem como os


materiais empregados em sua fabricação, execução e montagem, indicando também
testes necessários, documentação para manutenção e acionamentos com segurança.

Painel elétrico

O painel elétrico tem por finalidade estabelecer ligação com geração, transmissão,
distribuição e conversão de energia elétrica utilizada em acionamento, proteção e
controle de equipamentos elétricos.

Em nosso caso, trata-se de painel para funcionamento e comando de baixa tensão,


montado com todos os dispositivos e equipamentos, em que a tensão nominal não
exceda 1.000 VCA/1.500 VCC e as frequências não excedam 1.000 Hz.

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123
Tipos de painéis elétricos

Os painéis elétricos têm diferentes configurações. São concebidos e planejados a


partir de uma necessidade dando origem a um diagrama elétrico em que estão
detalhados todos os componentes a serem utilizados na montagem e adequados à
potência da carga a ser acionada.

Apresentamos a seguir alguns tipos de painel elétrico com seu diagrama elétrico,
leiaute e painel montado.

Sistema de partida direta de motor trifásico com proteção por fusíveis


O diagrama elétrico do painel contém um sistema de partida direta de motor trifásico
com proteção por fusíveis. Pode-se identificar nele dois circuitos:
• Circuito de Potência elétrica que define o trabalho realizado pela corrente elétrica
em determinado intervalo de tempo;
• Circuito de comandos elétricos, que define técnicas e métodos para acionamento
de máquinas e equipamentos.

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124
Veja:

Circuito de potência Circuito de comando

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125
Observe a seguir o leiaute e ao lado, a distribuição de componentes de um sistema de
partida direta de motor trifásico com proteção por fusíveis.

Leiaute Distribuição de componentes

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126
Sistema de partida com proteção de disjuntor motor
Observe e analise agora o diagrama elétrico do painel a seguir.

Os circuitos apresentam um sistema de partida com proteção de disjuntor motor.

Circuito de potência Circuito de comandos

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127
Observe a seguir o leiaute e ao lado, a distribuição de componentes em um sistema de
partida utilizando proteção de disjuntor motor.

Leiaute Distribuição de componentes

Sistema de reversão utilizando proteção de disjuntor motor


Observe a seguir o diagrama elétrico de um painel para um sistema de reversão
utilizando proteção por disjuntor motor.

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Circuito de potência

Circuito de comando

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Observe a seguir o leiaute e ao lado, a distribuição de componentes de um sistema de
reversão utilizando proteção por disjuntor motor.

Leiaute Distribuição de componentes

Sistema de partida estrela e triângulo com disjuntor motor

Observe a seguir o diagrama elétrico de um painel. Os circuitos apresentam um


sistema de partida estrela e triângulo com disjuntor motor.

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Circuito de potência

Circuito de comando

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Observe a seguir o leiaute e ao lado, a distribuição de componentes de um sistema de
partida estrela e triângulo com disjuntor motor.

Leiaute Distribuição de componentes

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132
Montagem - Etapa1 - Almofada

Distribuição dos componentes na almofada


Almofada é uma chapa removível de cor laranja onde são fixados os componentes.
De acordo com as diferentes funções que o painel deve executar os componentes
fixados à almofada do painel variam de acordo com cada configuração.
Essa distribuição pode ser observada nos painéis a seguir.

Partida direta com proteção de Partida e reversão com proteção


fusíveis de fusíveis

Partida em estrela e triângulo


com proteção de fusíveis

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133
A seguir apresenta-se grupo de painéis com disjuntores e disjuntor motor. Observe.

Partida direta com proteção de Partida e reversão com proteção


triângulo disjuntores

Partida estrela com proteção de


disjuntores

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134
Fixação dos componentes na almofada do painel

As medidas que determinam a posição das marcações no espaço da almofada são


transferidas de um leiaute para a placa. Observe nas figuras a seguir, a placa sendo
medida e a transferência das marcações.

A seguir são fixados na almofada, as canaletas e os trilhos.

Preparação e corte das canaletas


A partir das dimensões e das marcações feitas no leiaute da almofada é que se faz a
preparação de canaletas para fixação ao fundo do painel. Elas são primeiramente
medidas e depois cortadas para fixar na área que lhes é reservada na almofada.

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135
Leiaute para fixação das canaletas e trilhos na almofada do painel.

Observe a seguir o corte das canaletas conforme dimensões da almofada e marcações


para fixação de dispositivos no painel.

Corte da canaleta - ângulo de 90º Corte da canaleta a 45º - para cantos

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136
Preparação e corte dos trilhos
Assim como as canaletas, os trilhos devem ser preparados para uso. Devem ser
cortados e rebarbados com uma lima para dar acabamento liso à superfície.

Corte do trilho a 90 graus Acabamento com lima

Observe a seguir, um jogo de canaletas e trilhos já preparados para fixação no painel.

Fixação das canaletas e trilhos na almofada

Furações para fixação de canaletas e trilhos na almofada devem ser feitas de acordo
com o leiaute. Posicione as canaletas na almofada, marque nelas o local de furação e,
em seguida, puncione estes locais, como mostram as figuras a seguir.

Durante esta operação deve-se estar atento ao controle do diâmetro dos rebites e da
broca utilizada. Utiliza-se neste caso, o paquímetro.

Em seguida, o trilho que vai suportar a régua de bornes poderá ter sua furação
escareada internamente e ser afixado com parafusos, observando o diâmetro da broca
a ser utilizada para posteriormente abrir rosca no painel (almofada).

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137
As fixações podem ser executadas por rebite, como mostra a figura a seguir, ou ainda
por fita adesiva dupla face ou parafusos.

Após a fixação dos componentes, a almofada com infraestrutura montada apresenta o


seguinte aspecto:

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138
Sequência de montagem das canaletas e dos trilhos na almofada do painel

Resumindo, a montagem das canaletas e dos trilhos na almofada do painel pode ser
dividida em partes que se sucedem do seguinte modo:

Etapas de fixação de canaletas

Montagem dos trilhos DIN na almofada do painel

Etapas de fixação dos trilhos

Ao final da fixação de canaletas e trilhos a almofada apresenta o seguinte aspecto:

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

139
Fixação dos componentes nos trilhos

A montagem dos componentes refere-se à disposição das partes componentes do


conjunto na almofada para que se possa configurar o painel elétrico.

A montagem é feita nos trilhos e envolve: fixação de contatores, relés, disjuntores,


réguas de borne etc. na almofada do painel elétrico, respeitando o distanciamento
entre eles, conforme especificação do projeto, indicada no leiaute.

Observe na figura a seguir, a almofada com infra-estrutura montada e os componentes


alocados.

Confecção do cabeamento de potência

O passo seguinte na montagem do painel elétrico é identificar no circuito de potência,


os cabos de conexão para interligação. Observe.

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140
Início do cabeamento do sistema de potência

Circuito de potência

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141
Identificados os cabos e suas interligações inicia-se a confecção do cabeamento de
potência, operando como se apresenta a seguir.

Agora, com base no diagrama elétrico do painel, efetuam-se as medições do


comprimento dos cabos a serem cortados.

Em seguida, decapam-se as pontas dos fios na medida correta em relação ao terminal


a ser utilizado.

Depois, prensa-se o terminal utilizando o alicate adequado ao terminal utilizado.

Observe nas figuras a seguir, aspectos da operação de prensagem.

Acabamento da terminação dos cabos de conexão

Para a confecção da terminação dos cabos de conexão, o primeiro passo é o corte -


reto e limpo - do cabo como mostrado na figura a seguir.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

142
O tamanho varia conforme a necessidade, levando-se em conta que não deve haver
emendas.

É importante tomar cuidado ao decapar, para que apenas o isolamento do cabo seja
cortado. Os fios internos devem permanecer intactos porque se forem danificados
pode haver futuramente, rompimento do cabo. Veja.

Observe o cabo decapado e com o respectivo terminal colocado.

Verificar na mandíbula do alicate de prensar terminais, o canal correspondente à bitola


do fio e do terminal a ser prensado.

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143
Após o corte é necessário fazer a identificação dos fios, usando anilhas e dar início à
fixação dos terminais nos cabos correspondentes conforme previsto no diagrama do
painel. Observe.

Créditos
Elaboradores: Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. 6 ed. São Paulo, 2010. 113 p.

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144
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Confeccionar cabeamento de comando

Na montagem do cabeamento de comando os cabos devem ser montados um a um,


realizando boa conexão com seus terminais. A montagem é feita a partir da
interpretação do diagrama.

O cabeamento começa com a alimentação comum das bobinas (A2) conforme o


diagrama a seguir. Ele apresenta os cabos de conexões do circuito de comando do
painel. Ao lado, o painel com cabeamento.

Marcação e furação de componentes na parte frontal do quadro

Observe o leiaute para furação e fixação dos componentes no frontal do painel (porta)
para cabeamento.

Diagrama de comando
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145
Cabeamento do painel

Observe o leiaute para furação e fixação dos componentes no frontal do painel (porta).

A parte frontal do quadro precisa inicialmente ser marcada, puncionada e furada


conforme leiaute para depois receber as chaves, botões pulsadores e sinalizadores.

Utiliza-se serra copo com diâmetro compatível para fazer as furações necessárias.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

146
Furação com serra copo utilizando furadeira de bancada

Furação utilizando maquina de furar manual

Em seguida dá-se acabamento com uma lima murça redonda ou meia cana murça
com bitola compatível a furação do painel ou escareador. Observe a operação de
acabamento com lima.

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Fixação dos componentes no plano frontal do painel elétrico

Após a marcação e furação para os componentes na parte frontal do quadro, dá-se


início à fixação conforme estabelecido no leiaute. Selecionam-se inicialmente as
chaves, botões pulsadores e sinalizadores que vão ser afixados.

Em seguida, prepara-se a parte frontal do quadro e fixam-se os sinalizadores, chaves e


botões.

Porta do quadro de comando com chaves, botões e sinalizadores.

O aspecto externo frontal do quadro de comando apresenta chaves e botões com


identificação de função. Observe: esta frase refere-se à segunda foto acima.

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Organização das ligações de comando na parte frontal do quadro

Para dar continuidade à montagem do cabeamento de comando, obedecendo ao


diagrama, faz-se a interligação do painel interno com os componentes da parte frontal
que funciona como porta do quadro de comando.

Observe as figuras a seguir.

Detalhe do cabeamento da régua de borne interligação do cabeamento interno do


quadro com a parte frontal

Conferência e revisão de conexões conforme diagramas elétricos

Após montado o painel elétrico é preciso verificar se o que foi executado está conforme
o que foi estabelecido nos circuitos de potência e de comando. Essa verificação é feita
com auxílio de um multímetro.

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149
Processo de verificação

Conferência do nível de isolação do painel e carga.

Os testes de fuga de corrente são feitos com o megôhmetro para verificar a baixa
isolação.

A baixa isolação pode ocorrer entre os cabos de ligação, componentes e a parte


metálica do painel.

Aferindo continuidade e conexões da carga Teste de isolação do motor.


(motor) Verificando possíveis fugas na carga

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150
Alguns cuidados com o procedimento de verificar o nível de isolação entre partes vivas
e a estrutura metálica do painel:
• Não tocar as pontas de prova do instrumento e nem as partes vivas durante as
verificações;
• Não utilizar o instrumento em partes vivas que envolvam componentes acionados
eletronicamente.

Testes de funcionalidade do painel

Para ver se o painel elétrico montado funciona conforme foi projetado podemos efetuar
testes de funcionalidade.

Dentre os testes de funcionalidade de que se pode dispor, podemos citar:


• Fazer os ajustes do relé térmico ou do disjuntor motor, levando em conta os valores
diferenciados de intensidade de corrente;
• Fazer os ajustes do relé de controle de tempo (para estrela triângulo);
• Fazer as conexões de alimentação do painel;
• Acionar o sistema em vazio (sem carga). Desligar o sistema após constatado seu
funcionamento correto;
• Fazer as conexões do consumidor ou carga (motor);
• Acionar o sistema novamente, agora verificando a carga em funcionamento;
• Fazer as medições de intensidade de corrente e tensões na carga;
• Relacionar possíveis anomalias constatadas;
• Fazer os reparos que se fizerem necessários;
• Repetir os ensaios e comprovar seu desempenho;
• Preencher e validar o relatório final de execução.

Relatório de ensaios, testes e funcionalidade do painel

Ao se montar um painel elétrico planeja-se o trabalho fazendo uma exposição escrita


em que se descrevem todos os fatos que envolvem esse processo de trabalho. Nesta
documentação são também incluídos modificações e alterações que ocorram na
montagem do painel.

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151
Veja:

N°. Rev.
DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA 00.10.20.30/SP Folh: 1

Folha:
Painel elétrico para sistema de partida em estrela e 01 de 02
triângulo
Cliente:

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Local:

São Paulo

MONTAGEM DE PAINEL ELÉTRICO PARA SISTEMA DE PARTIDA EM ESTRELA E TRIÂNGULO

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

Créditos Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012


SENAI-SP Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. 6 ed. São Paulo, 2010. 113 p.

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152
Elaborado pelo Comitê Técnico GED/FIC Eletroeletrônica/2012

Documentação técnica

N°. Rev.

Documentação técnica 00.10.20.30/SP Folha: 1

Painel elétrico para sistema de partida em estrela e


01 de 02
triângulo

Data__/__/__
Cliente:
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Objetivo: Neste campo o montador poderá resumir os propósitos iniciais do projeto bem como nome,
endereço características do solicitante etc.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Necessidades informadas: neste campo o montador deverá informar a necessidade de projeto e


execução do painel em questão, salientando deficiências/alterações para tal implantação/substituição.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Projetos fornecidos para as implantações: neste campo o montador deverá observar os


projetos/modificações recebidos para a montagem do equipamento.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Acervos fotográficos: á medida que estiver sendo colocado em prática o processo de montagem, o
montador poderá registrar detalhes construtivos e aspectos observados.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Observações durante as montagens e/ou modificações à medida que estiver sendo colocado em prática
o processo de montagem, o montador poderá estar registrar detalhes construtivos e aspectos
observados.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Testes e conclusões: descrever um resumo dos ensaios praticados e conclusões para validação do
equipamento em questão e na tabela abaixo os dados desta validação.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Situação de modificações e alterações

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153
Revisão Data Observação
0 Emissão e Validação
1
2
3

Lista de materiais – Sugestão de itens

01 - Painel aço com almofada - 600 × 400 × 200 mm


02 - Peças de canaleta plástica 450 mm × 30 mm × 40 mm com recorte aberto e corte a 45 graus nas
extremidades.
02 - Peças de canaleta plástica 550 mm × 30 mm × 40 mm com recorte aberto e corte a 45 graus nas
extremidades.
01 - Peças de canaleta plástica 550 mm × 30 mm × 40 mm com recorte aberto e corte a 90 graus nas
extremidades.
03 - Peças de trilho DIN C - DE 280 mm corte 90 GRAUS
20 - Rebites de repuxo (TIPO POP) 3 × 8 mm.
01 - Fita adesiva dupla face - 280 mm de 12 mm.
03 - Parafusos CAB CHATA M4 × 8 mm
03 - Base de fusíveis TIPO “D” com parafuso de ajuste para 20 AMPERES. (Potência)
03 - Fusíveis TIPO “D” DE 20 AMPERES. (Potência)
02 - Base de fusíveis TIPO “D” com parafuso de ajuste para 6 AMPERES. (COMANDO)
02 - Fusíveis TIPO “D” DE 6 AMPERES. (Comando)
01 - Disjuntor motor - Ajuste 1 AMP a 1,6 AMP.
01 - Bloco aditivo para disjuntor motor - 1 NA + 1 NF. Conforme código do fabricante
01 - Disjuntor bipolar-16 AMP
03 - Contatores de potência - 220 VCA -60 HZ - 1 NA + 1 NF
03 - Blocos de contato auxiliar para contator de potência - 1 NA + 1 NF
01 - Rele térmico com faixa de ajuste 2 A 4 AMPERES
01 - Rele temporizador eletrônico - 220 VCA - 3 A 30 SEG
09 - Conector de passagem SAK 2,5 mm2
08 - Conector de passagem SAK 1,5 mm2
03 - Conector de passagem para aterramento SAK 1,5 mm2
04 - Sinalizadores ópticos piloto LED 22 mm
01 - Pulsador de comando 1 NF 22 mm vermelho
02 - Pulsador de comando 1 NA 22 mm verde
20 - Metros cabo flexível vermelho 1,5 mm2 - 750 VCA
30 - Metros cabo flexível azul 1,5 mm2 - 750 VCA
50 - Terminal pré-isolado - agulha para fio 1,5 mm2 e
50 - Terminal pré-isolado - tubular para fio 1,5 mm2
01 - Jogos de anilhas - identificação para cabo de 1,5 mm2 - 0 a 9
10 - Cintas plástica 4 mm × 200 mm (Abraçadeira)
01 - Metro espiral tubo de 10 mm

Nome:______________ Escala:_______ Data__/__/__

Projeto: Lista de materiais Des:N° Aprov:_________


para montagem do painel.

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154
Nome:______________ Escala:_______ Data__/__/__

Projeto: Dimensionamento Des:Nº 01 Aprov:_________


para alocação dos trilhos e
canaletas na almofada do
painel.

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155
Nome:______________ Escala:_______ Data__/__/__

Projeto: Dimensional para Des:Nº 02 Aprov:_________


furações no frontal do
painel.

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156
Nome:______________ Escala:_______ Data__/__/__

Projeto: Diagrama de Des:Nº 03 Aprov:_________


potência e comando para
partida direta de motor
trifásico com proteção de
fusíveis.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

157
Nome:______________ Escala:_______ Data__/__/__

Projeto: Diagrama elétrico Des:Nº 04 Aprov:_________


de potência e comando
para partida direta de motor
trifásico com proteção de
disjuntor motor.

SENAI-SP – INTRANET - AA328-12

158
Nome:______________ Escala:_______ Data__/__/__

Projeto: Diagrama elétrico Des:Nº 05 Aprov:_________


de potência e comando
para partida e reversão de
motor trifásico com
proteção de disjuntor
motor.

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159
Nome:______________ Escala:______ Data__/__/__
_
Projeto: Diagrama elétrico de Des:Nº 06 Aprov:_________
potência e comando para um
sistema de partida de motor
trifásico em estrela e triângulo
utilizando proteção de disjuntor
motor.

Créditos
Elaboradores: Alexandre Rodrigues Matias Rigoni
Anderson de Moraes
Clodoaldo Roberto Callogero
Edson Camargo de Jesus
Wagner Magalhães
Referência
SENAI.SP. Instalações elétricas – Teoria. São Paulo, 2003. 67 p.

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Referências

Normas NBR 5259, NBR 5444, NBR 12519, NBR 12520 e NBR 12523, IEC 60617-7,
IEC 60417, IEC 81346-1, IEC 81346-2, IEC 60947-1:2006-Anexo L.

SENAI.SP. Comandos Eletroeletrônicos - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

SENAI.SP. Instalações elétricas - Teoria. São Paulo, 2003. 67 p.

SENAI.SP. Instalações elétricas - Prática. São Paulo, 2003. 67 p.

SENAI.SP. Operações de mecânica - Teoria. São Paulo, 2010. 110 p.

SENAI.SP. Chapa traçada e puncionada. São Paulo, 1993. 62 p. (Caldeireiro I).

SENAI.SP. Prática profissional - Manutenção mecânica. São Paulo, 1999. 127 p.

SENAI.SP. Rebitagem de chapas I. 2 ed. São Paulo, 2006. 72 p.

SENAI.SP. Caminhão betoneira cara chata - Operações I. 4 ed. São Paulo, 2011.
191 p.

SENAI.SP. Operações II - Trator. 3 ed. São Paulo, 2011. 109 p.

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