Eletropneumática - Comandos Pneumáticos

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 25

Eletropneumática

Eletropneumática

Comandos Pneumáticos

Trabalho elaborado pela Divisão de Material Didático do Departamento Regional


do SENAI – SP.

© SENAI-SP, 1985

Equipe responsável
Coordenação Geral Marcos Antonio Gonçalves
Coordenação do projeto Sergio Nobre Franco
Elaboração Keiji Terahata
Sergio Nobre Franco
Leitura técnica Ilo da Silva Moreira
Jamil Leite
José Ricardo da Silva – CFP 1.15
Sergio Maurício Nunes Martins – CFP 1.17
Valter Pavolin –CFP1.18
Wilson Guimarães – CFP 1.22
Edição de texto Marinilzes Moradillo Mello
Diagramação Teresa Cristina Maíno de Azevedo
Ilustração René Alexis Peñaloza Muñoz
Composição de texto Zélia Maria de Oliveira Siliunas
Montagem de artes-finais Teresa Cristina Maímo de Azevedo
Coordenação de impressão Victor Atamanov
Digitalização SEDOC - Serviços Especializados em Mão-de-Obra e Transporte
de Documentos e Impressos Ltda.

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Unidade de Gestão Corporativa SP
Alameda Barão de Limeira, 539 – Campos Elíseos
São Paulo – SP
CEP 01202-001

Telefone (0XX11) 3273 - 5000


Telefax (0XX11) 3273 - 5228
SENAI on-line 0800 - 55 - 1000

E-mail senai@sp.senai.br
Home page http:// www.sp.senai.br
Eletropneumática

Sumário

Introdução 5
Objetivos 7
Conversão pneumático - elétrica de sinais 09
Equipamentos elétricos 11
Diagramas elétricos 13
Comandos eletropneumático 17
Eletropneumática

Introdução

Os sistemas eletropneumáticos compõem-se normalmente de uma parte de trabalho


pneumático e uma parte de comando elétrico.

Esses sistemas podem também obedecer parcialmente a uma disposição inversa, isto
é, parte de trabalho elétrico, parte de comando pneumático.

Ou ainda podem estar compostos de parte elétrica e pneumática no trabalho e parte


elétrica e pneumática no comando.

Neste fascículo, vamos estudar a Eletropneumática como sistema que utiliza ambas as
formas de energia, pneumática e elétrica.

Trataremos também, de forma abreviada, de alguns elementos e equipamentos


disponíveis para esse campo.

SENAI 5
Eletropneumática

Objetivos

Ao final desta unidade você será capaz de:

1. Através de um teste escrito, distinguir equipamentos elétricos para entrada,


processamento e saída de sinais.

2. Identificar equipamentos elétricos (componentes) de comando através de símbolos,


letras e números.

3. Classificar circuitos de comandos eletropneumáticos através de diagramas e de


uma relação dada.

SENAI 7
Eletropneumática

Conversão pneumático –
elétrica de sinais

Como elemento de interligação entre o comando pneumático e o elemento elétrico de


comando, utiliza-se o conversor pneumático – elétrico.

Conversor de sinais

Em um conversor de sinais, a combinação mais simples é uma chave elétrica


(microrruptor), acionada por um cilindro de ação simples.

Submetendo o cilindro à ação do ar comprimido, o êmbolo do cilindro aciona a chave


elétrica, como na figura abaixo.

Conforme a ligação, a chave elétrica pode ser usada como abridor (normalmente
fechada), como fechador (normalmente aberta) ou como inversor de sinal.

SENAI 9
Eletropneumática

Contator – conversor de sinais

O contator acionado pneumaticamente é formado por:


• câmara de ligações (parte elétrica)
• cilindro de ação simples (parte pneumática)
• pistão de comando

Os sinais provenientes de comandos pneumáticos podem ser usados em forma direta


para acionar contatores.

Estes podem ser instalados diretamente dentro do comando pneumático.

Os contatores – conversores de sinais são usados no acionamento de elementos


elétricos (válvulas solenóides, acoplamentos magnéticos), no controle de produção de
peças, para desligar motores de acionamento, etc.

10 SENAI
Eletropneumática

Equipamentos elétricos

Equipamentos de entrada de sinais

Interruptor
Elemento de comutação acionado manualmente, com, pelo menos, duas posições de
comutação, e que permanece em cada uma das posições após o acionamento.

Botoeira
Elemento de comutação acionado manualmente, com reposição automática após a
retirada da força de acionamento.

Chave fim de curso


Elemento de comutação acionado mecanicamente, cuja finalidade é transmitir
informações da instalação ao comando.

Exemplo:
Posições e estado de elementos de trabalho.

SENAI 11
Eletropneumática

Equipamento para processamento de sinais

Contator
Elemento de comutação, acionado eletromagneticamente, sendo, portanto,
comandado indiretamente.

Contator de potência
Elemento de comutação de potência elevada, é utilizado para o comando de
elementos de trabalho: eletroimãs, motores elétricos, etc.

Contator auxiliar
Elemento de comutação de potência baixa, é utilizado para comutação de circuitos
auxiliares.

Relé de tempo
Elemento de comutação temporizado, com retardo de fechamento ou de abertura.

Equipamento de saída de sinais

Válvula magnética
Elemento conversor eletromecânico

12 SENAI
Eletropneumática

Diagramas elétricos

Das várias formas de diagramas existentes na Eletrotécnica para representação de


diagrama de comando, a mais utilizada é o diagrama funcional.

Este diagrama permite interpretar, com rapidez e clareza, o funcionamento ou


seqüência funcional dos circuitos.

Não se levam em conta a constituição mecânica ou a posição física dos componentes,


mas apenas o trajeto da corrente.

O diagrama elétrico funcional é composto basicamente por um circuito principal (ou de


potência), e um circuito de comando (ou auxiliar).

Para cada equipamento ou seus componentes, são designadas letras para sua
identificação (as letras mudam conforme as normas).

Exemplos de identificação de equipamento

Letra Din* IEC* Tipo de equipamento Exemplos

aQ Chave Seccionadores, disjuntor de rede

bS Chave auxiliar Botão e chave de comando, seletores,


emissores de sinais

cK Contator Contatores de potência

dK Contator auxiliar Contatores auxiliares, relés temporizados e


auxiliares

eF Dispositivo de proteção Fusíveis, relés de proteção

m M, T Máquina e Transformador Geradores, motores, transformadores

*DIN – Deutsche Industrie Norm


*IEC – International Electrotechnical Committee

SENAI 13
Eletropneumática

Quando existe mais de um mesmo equipamento, a letra é seguida de números que


indicam a ordem.

Exemplo

Contator: C1, C2, C3, ... ou K1, K2, K3, ...

Para facilitar a construção de um esquema, na prática, é necessário indicar as


conexões para cada um dos equipamentos.

Exemplo de indicação

Contator de potência

Contator auxiliar
Utilizando no circuito principal (de potência).

Contatos normalmente abertos:


• algarismos finais 1 e 2 e um algarismo anterior indicando a ordem.

14 SENAI
Eletropneumática

Contatos normalmente fechados:


• algarismos finais 1 e 2 e um algarismo anterior indicando a ordem.

As letras a e b indicam os bornes de conexão dos sistemas de acionamento dos


contatores.

Exemplo de um diagrama funcional

Comutação direta para inversão do sentido de rotação de motores trifásicos.

SENAI 15
Eletropneumática

Os equipamentos são sempre desenhados no estado livre de corrente e não


acionados.

Se a posição inicial divergir desta situação, deve-se indicar este fato claramente.

Exemplo:
Chaves fim de curso de rolete
Fechador (normalmente aberto)

Abridor (normalmente fechado)

1 Identifique o equipamento assinalado pelo círculo e escreva seus respectivos


nomes nos espaços reservados abaixo da figura.

b1 -
d1 -
c1 -

16 SENAI
Eletropneumática

Comandos
eletropneumáticos

Para representação de comandos eletropneumáticos utiliza-se também o diagrama


funcional.

O elemento de trabalho (cilindros e motores pneumáticos) e o elemento de comando


(válvulas solenóides) correspondem ao circuito principal.

O circuito de comando converte os comandos pneumáticos em técnica de comandos


elétricos.

Exemplo

a) Comando do cilindro de ação simples circuito principal.

circuito principal circuito de comando

SENAI 17
Eletropneumática

b Comando de um cilindro de ação dupla

Nos exemplos a e b, observe que acionado a botoeira b1 energizamos c1.

Com c1 (solenóide) energizado, a válvula 1.1 é acionada e faz com que o êmbolo do
cilindro 1.0 avance.

Liberando-se b1 a energia é interrompida em c1 e o êmbolo retorna imediatamente.

Existe a possibilidade de efetuar-se o comando através de uma válvula de impulso


(válvula de duplo solenóide) ou de um circuito de auto-retenção para que o êmbolo não
retorne após b1 ter sido liberado.

c) Circuito com válvula de impulso

18 SENAI
Eletropneumática

Verifique que, neste circuito (exemplo c), basta um impulso através dos botões b1 e b2
para comutar a válvula 1.1 e ela ser mantida nesta posição comutada até a chegada
do sinal contrário (em c1 ou c2).
Isto significa que é necessário acionar b1 para avançar o êmbolo, e b2 para fazê-lo
retroceder.

Para comando de cilindros por circuito de auto-retenção utilizam-se válvulas de


comando de simples solenóide, retorno por mola.

O circuito de auto-retenção é constituído pelo contato normalmente aberto de um


contator, ligado em paralelo ao botão da partida, que mantém o sistema de
acionamento do contator sob corrente, mesmo na retirada do sinal do botão.

Para cessar essa retenção, existe um segundo botão no circuito que interrompe a
corrente.

Como existem dois sinais, ligar e desligar pode resultar, conforme a execução da
retenção, em um comportamento dominante de ligar ou desligar.

É comportamento ligar dominante quando, ao serem acionados simultaneamente os


botões ligar e desligar, o contator permanece energizado.

É comportamento desligar dominante quando do contator permanece sem corrente


elétrica.

d) Circuito de auto-retenção de comportamento ligar dominante

SENAI 19
Eletropneumática

e) Circuito de auto-retenção de comportamento desligar dominante

f) Circuito de auto-retenção com um sistema de acionamento adicional

No circuito acima, substituindo o botão b2 por uma chave fim de curso de rolete NF e
instalando a mesma na posição final dianteira do cilindro 1.0, temos um circuito de
comando de retorno automático.

g) Circuito de comando de retorno automático

20 SENAI
Eletropneumática

Circuito temporizado em comando eletropneumático

O comportamento temporizado na técnica de comando elétrico pode ser seguido, entre


outras maneiras, através de relés de retardo.

Os relés de retardo podem assumir comportamento de retardo de fechamento e de


abertura.

Isto equivale a dizer que podem ter contatos normalmente abertos e normalmente
fechados.

h) Comando de um cilindro com temporização

No exemplo dado, quando a chave fim de curso b2 é acionada pelo êmbolo, energiza o
relé temporizador d2.

Neste instante, inicia-se a temporização, isto é , o êmbolo é mantido na posição


avançada.

Somente haverá o retrocesso quando decorrer um tempo predeterminado, onde o


contato d2 abre e interrompe a corrente de d1 e consequentemente de c1.

SENAI 21
Eletropneumática

i) Comando de trajetória programada para seqüência de movimentos de dois cilindros


de ação dupla

b1 - chave fim de curso na posição final traseira do cilindro A


b2 - chave fim de curso na posição final dianteira do cilindro A
b3 - chave fim de curso na posição final traseira do cilindro B
b4 - chave fim de curso na posição final dianteira do cilindro B

22 SENAI
Eletropneumática

Lembre-se de que:

• Enquanto em um comando de impulso (com válvulas de duplo solenóide) é


necessário assegurar-se de que não ocorra sobreposição de sinais, em comandos
de retenção (com válvulas de simples solenóide) deve-se observar um
comprimento de impulso exatamente definido, uma vez que, na retirada do sinal de
comando da válvula solenóide, o retorno da mola comuta a válvula.

• A escolha do tipo de comando depende da complexidade do circuito, facilidade de


projeto e montagem, custos, exigências, etc.

• As condições marginais, caso sejam necessárias (ciclo único, ciclo contínuo,


parada, etc.) devem ser introduzidas somente depois de elaborado o circuito para
um ciclo de trabalho.

SENAI 23

Você também pode gostar