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vol. X, n.

X, mês/20XX

Aprovado para a publicação: No processo da Editoração


Oráculos Virtuais na Educação: Explorando o Potencial
Transformador dos Chatbots/Assistentes Virtuais na
Interação Aluno-Professor- Estudo de caso no Instituto
Superior Dom Bosco

Resumo
O presente artigo procura analisar o "potencial transformador" dos Chatbots ou assistentes
virtuais na interação entre alunos e professores no contexto educacional superior. A
pesquisa partiu de uma revisão da literatura com o intuito de compreender o quadro
conceptual dos Chatbots ou assistentes virtuais aplicados à educação e terminou com um
estudo de caso efectuado no Instituto Superior Dom Bosco com 25 docentes. A grande
problemática levantada nesta pesquisa foi de querer entender como os “oráculos virtuais”,
representados por Chatbots, podem transformar a interação aluno-professor na educação
superior? As análises nos mostram que mesmo com os inúmeros desafios encontrados
pelos docentes, o uso dos Chatbots na educação possibilita um desenvolvimento
significativo dos alunos quando utilizados de maneira consciente e coerente.
Palavras-chave: Chatbots; Assistentes Virtuais; Oráculos Virtuais; Educação.

Abstract
This article seeks to analyze the "transformative potential" of chatbots or virtual assistants in
the interaction between students and teachers in the higher education context. The research
started with a literature review in order to understand the conceptual framework of Chatbots
or virtual assistants applied to education and ended with a case study carried out at Instituto
Superior Dom Bosco with 25 Teachers. The main issue raised in this research was to
understand how “virtual oracles”, represented by Chatbots, can transform student-teacher
interaction in higher education? The analyzes show us that even with the numerous
challenges encountered by teachers, the use of Chatbots in education enables a significant
development of students when used consciously and coherently.

Keywords: Chatbots; Virtual Assistants; Virtual Oracles; Education.

1. Introdução
O presente artigo procura investigar sobre a aplicação da inteligência artificial na
educação e subordina-se ao tema de pesquisa, “Oráculos Virtuais” na Educação:
Explorando o Potencial Transformador dos Chatbots/Assistentes Virtuais na Interação
Aluno-Professor. A pesquisa parte de uma revisão da literatura com o intuito de
compreender o quadro conceptual dos Chatbots ou assistentes virtuais aplicados à
educação e termina com um estudo de caso efectuado no Instituto Superior Dom Bosco
adiante designado por (ISDB), para entender a percepção, conhecimentos e os aspectos
positivos da implementação dessas ferramentas na educação. O autor parte inicialmente de

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uma ideia ficcional de olhar os Chatbots e assistentes virtuais como os “novos oráculos
virtuais” na educação.
A ideia do termo “oráculo” remete a história antiga onde o termo se referia a um local
sagrado onde as pessoas iam para obter conselhos ou previsões divinas. Lá, uma
sacerdotisa chamada Pitonisa actuava como intermediária entre os deuses e os mortais,
dando respostas enigmáticas às perguntas dos visitantes (GILMAR, 2015). As pessoas
acreditavam que as respostas do oráculo eram divinamente inspiradas e seguiam suas
orientações em questões políticas, militares e pessoais. O Oráculo de Delfos foi uma das
instituições mais influentes da Grécia Antiga e permaneceu em funcionamento até a
chegada do cristianismo (PEREIRA, et al., 2023).
Ora, apesar das suas limitações e vieses, os Chatbots e assistentes virtuais podem
ser comparados como os novos “oráculos virtuais na educação” pela capacidade de
responder a perguntas complexas e fornecer informações úteis para os usuários em todas
as áreas de saber. É claro, os Chatbots ou assistentes virtuais não possuem inspiração
divina tal como acontecia com o oráculo, mas são alimentados por um grande conjunto de
dados e algoritmos baseada em inteligência artificial (IA).São programas que por meio da IA,
mais precisamente do processamento de linguagem natural (PLN), mantém uma conversa
com o usuário, que no cenário da educação, poderia ser utilizado para tirar dúvidas do
estudante, em qualquer hora, em qualquer lugar de maneira rápida (DAS DORES et
al.,2020).
Indo para o contexto da pesquisa, nota-se que a integração e o uso das tecnologias
digitais no ambiente educacional têm gerado discussões e debates sobre como melhor
aproveitar suas capacidades transformadoras para optimizar os processos de ensino e
aprendizagem. Nesse cenário, um dos desenvolvimentos mais intrigantes é a emergência
dos "oráculos virtuais" na educação, mais especificamente, os Chatbots.
Os Chatbots, também conhecidos como assistentes virtuais ou agentes de
conversação, são sistemas de inteligência artificial projectados para interagir com os
usuários por meio de linguagem natural, simulando uma conversa humana. Essas entidades
virtuais, inicialmente associadas ao atendimento ao cliente e à automação de tarefas, agora
estão encontrando sua aplicação inovadora na área educacional, onde têm o potencial de
redefinir a maneira como alunos e professores interagem e colaboram (DAS DORES et al.,
2020). O advento dos Chatbots na educação oferece uma nova perspectiva sobre como
superar esses desafios e revolucionar a dinâmica da sala de aula (DAS DORES et al.,
2020). Essas entidades virtuais podem desempenhar papéis multifacetados, desde fornecer

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informações instantâneas e auxílio personalizado até facilitar a interação aluno-professor


fora do ambiente físico da escola. Diante dessa crescente adopção de tecnologias de
conversação na educação, é crucial investigar como os Chatbots/assistentes virtuais podem
influenciar a comunicação, o engajamento, o aprendizado dos alunos e a interação aluno-
professor.
Nesse sentido, a pesquisa surge com o objectivo de analisar o "potencial
transformador" dos Chatbots ou assistentes virtuais na interação entre alunos e professores
no contexto educacional superior, com o foco específico do estudo de caso realizado no
ISDB. De forma específica, o artigo apresenta os seguintes objectivos: descrever o papel
dos Chatbots ou assistentes virtuais na facilitação e interação entre alunos e professores na
educação, avaliar o impacto da implementação dos Chatbots ou assistentes virtuais na
personalização da experiência de aprendizagem dos alunos e por fim, investigar os
benefícios e desafios percebidos pelos docentes do ISDB na interação educacional com
alunos através de Chatbots ou assistentes virtuais.
A grande problemática levantada nesta pesquisa foi de querer entender como os
“oráculos virtuais”, representados por Chatbots ou assistentes virtuais, podem transformar a
interação aluno-professor na educação, considerando os aspectos de personalização da
aprendizagem, melhoria de comunicação e superação dos desafios percebidos na
educação? Nesse sentido, a pesquisa busca explorar o potencial transformador e o impacto
dessas tecnologias dos Chatbots e assistentes virtuais na eficácia da educação,
examinando os aspectos positivos e considerando os desafios a serem superados para
optimizar seu potencial na interação aluno-professor.
Quanto a relevância, acredita-se que a inteligência artificial associado aos Chatbots
e assistentes virtuais pode tornar a educação mais dinâmico e atractivo, além de diminuir o
tempo de resposta dos tutores, quando utiliza-se o Chatbot, ferramenta inserida neste
contexto, possibilita um aprendizado mais rápido e eficiente, com maior rendimento, já que
grande parte dos questionamentos serão respondidos naquele momento, levando o aluno a
continuidade de seu momento de aprendizagem com a superação das dúvidas, alcançando
um aproveitamento maior durante o tempo dedicado aos estudos na plataforma.

2. Quadro teórico-conceptual
Para conduzir o embasamento conceptual deste artigo, dois temas que norteiam esta
pesquisa foram escolhidos para síntese em referencial teórico: Chatbots ou assistentes
virtuais na educação e seus benefícios na interação aluno-professor.

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2.1. Chatbots e Assistentes Virtuais


Segundo Santana et al., (s.d, p. 3) os “Chatbots podem possuir diversas
nomenclaturas, Chatbots, Bots, Chatter-bots entre outro e a origem do termo é a junção
do termo “chat” (Conversational Hypertext Access Technology - Hipertexto de
Conversação de Acesso à Tecnologia) e “bot”, abreviação da palavra checa Robota, que
significa trabalho”.
Chatbots, bots ou assistentes virtuais são softwares que possuem a finalidade de
replicar e simular diálogos humanos em linguagem natural dentro do campo de interações
humano-máquina, visando reproduzir essa conduta de modo orgânico e verossímil (JÚNIOR
CARVALHO et al., 2018). A abordagem desses autores permite entender que os Chatbots
ou assistentes virtuais são representantes virtuais impulsionados pela inteligência artificial
que têm a capacidade de interagir com os usuários de maneira natural e contextual. Um
Chatbots é um programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação
com as pessoas (GOMES, 2017).
Os aspectos que definem os Chatbots provêm das tecnologias que orquestram o
seu funcionamento: o Processamento de Linguagem Natural e o Machine Learning,
braços da Inteligência Artificial, viabilizam o treinamento dos assistentes, tornando-os
aptos a não só responder qualquer entrada do usuário, mas também a compreender gírias,
abreviações, regionalismos etc (JÚNIOR CARVALHO et al., 2018; DAS DORES et al.,
2020). Isso possibilita o uso dessas aplicações em todo e qualquer contexto em que podem
vir a desempenhar os papéis de facilitadores, mediadores ou realizadores de acções que
seriam intermediadas por um atendente humano ou até mesmo efectuadas de modo
independente e manual pelo próprio usuário, tais como: gerar segunda via de boletos,
rastrear uma encomenda e efectuar compras em lojas virtuais, ou ainda atuar como
assistente pessoal multifuncional em dispositivos móveis (JÚNIOR CARVALHO et al., 2018).
Segundo Aquino e Adaniya (2018, p. 57) “a função de um Chatbot é substituir ou
apoiar ofícios humanos, de modo prático e rápido”. O Chatbot desperta grande interesse
tanto no meio acadêmico quanto do mercado devido ao facto de possuírem interfaces
amigáveis com o usuário, provendo mais naturalidade na interação. Além disso, eles podem
explorar uma relação social dos usuários com as máquinas (AQUINO & ADANIYA, 2018).
Retomando a abordagem de Carvalho Júnior et al., (2018) os bots ou Chatbots são
então, os programas de computador elaborados para interação com pessoas, utilizando a
linguagem natural, simulando um humano.

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Desta forma, os Chatbot seriam um apoio complementar ao trabalho da tutoria,


actuando como potencializadores do processo, ampliando as capacidades de rapidez e
atendimento mais detalhado e personalizado aos estudantes, em concordância com as
competências e habilidades a serem desenvolvidas (BARROS; GUERREIRO, 2019; SHUM
et.al, 2018; AQUINO & ADANIYA, 2018).
2.2. Tipos de Chatbots
Os Chatbots possuem características que variam de acordo com o tipo e a área de
actuação. Quanto ao tipo, os Chatbots podem ser classificados em: baseados em regras e
baseados em IA. Os Chatbots baseados em regras, conforme pesquisas realizadas,
possuem acção muito limitada e não têm capacidade de aprendizagem, já que não
conseguem actuar fora das regras que inicialmente foram definidas (SANTANA et al., S.D).
Tal como afirma Santana et al., (s.d) a primeira geração de Chatbots surgiu através
do desenvolvimento do sistema ELIZA, desenvolvido em 1966 por Weizenbaum no MIT
(Massachusetts Institute Technology). Segundo Heller et al. (2005), este Chatbot detectava
palavras-chave inseridas pelo usuário e realiza transformações baseadas no contexto
linguístico imediato, não sendo capaz de atribuir sentido às palavras processadas.
A segunda geração dos Chatbots foi marcada pela introdução de JULIA,
desenvolvido por Michael Mauldin na Universidade Carnegie Mellon, auxiliando os usuários
de um sistema chamado TinyMUD (Multi-User Dungeons), (MAULDIN, 1994 apud
SANTANA et al., S.D).
A actual geração de Chatbots, terceira geração, foi iniciada com o desenvolvimento
de ALICE e a linguagem AIML. A superioridade de ALICE frente à os Chatbots das gerações
anteriores é sua base de conhecimento com mais de 40000 elementos, além do próprio
kernel AIML, que é mais simples frente a outros chatbots (SANTANA et al., S.D).
Talvez o Chat GPT seja um dos Chatbots mais actuais que atraiu muita gente em
particular a classe estudantil. Esta ferramenta pública desenvolvida pela OpenAI (Brockman
et al., 2016), baseada no modelo de linguagem Generative Pre-Trained Transformer (GPT),
é um Chatbot capaz de atender a uma gama de solicitações de seus usuários (KIRMANI,
2022 apud IRIGARAY et al., 2023).
Actualmente, os Chatbots estão ligados a redes sociais, sistemas de recomendação,
sites de vendas e na educação, onde, neste último, apontam como ferramenta de apoio e
motivacionais. Os Chatbots baseados em IA, diferentemente do anterior, aprendem com a
sua actuação, conseguindo responder a perguntas muito complexas (BARROS;

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GUERREIRO, 2019). De acordo com Camolesi e Jubran (2017, p. 34) os Chatbots podem
ser treinados por quatro modos:
● Supervisionado, com a apresentação de dados de entradas e saídas de informações
desejadas, onde o computador reconhece padrões e os usa para sua classificação,
se moldando de acordo com o modelo apresentado para uma entrada real, ou seja,
são treinados através de dados rotulados; não supervisionado, mediante dados não
rotulados, no qual o sistema faz busca de relações entre eles, porém, não sabe qual
é a resposta correcta, apenas cria padrões por meio destas informações;
● Semi-supervisionado, utilizado para as mesmas utilizações do supervisionado,
porém usa tanto dados rotulados quando os não rotulados, utilizando muito mais o
recurso não rotulado; por reforço, utilizado para robótica, jogos e navegação, ele
aprende por tentativa e erro, que apresenta três componentes, o agente, o ambiente
e as ações, onde seu objectivo é encontrar acções que o melhor recompense.
Segundo Silva Matos e De Oliveira (2021), existem outros assistentes virtuais como
Alexa, Siri e o Google Assistant que podem ser considerados exemplos de interfaces de
usuários de voz, agentes portadores de Inteligência Artificial (IA) capazes de realizar
diversas tarefas dentro de um sistema. A interação com esses assistentes tem a intenção de
requerer o mínimo de esforço cognitivo possível por parte dos usuários, tornando simples a
execução de inúmeras tarefas do cotidiano como o envio de mensagens de texto, buscas
online e organização de agendas (SILVA MATOS & DE OLIVEIRA, 2021).
A principal característica de um bot é o seu código desenvolvido especialmente para
automatizar algumas funções do quotidiano, em especial, a interação com humanos,
podendo, inclusive, desempenhar acções inerentemente humanas e, assim, passar-se por
pessoas durante a realização destas actividades (JÚNIOR & CARVALHO, 2018).
No geral, pode-se dizer que grande parte dos Chatbots têm como base a Inteligência
Artificial (IA), “pois a IA possibilita que eles aprendam através de um padrão nos dados, e
isto está torná-los mais reais que nunca, aumentando a sua capacidade com os humanos de
uma forma mais natural, eficaz e inteligente” (BARROS & GUERREIRO, 2019, p. 11)
2.3. Chatbots e o seu potencial transformador na Interação Aluno-
Professor
Em quase todas teorias de educação, a interação aluno-professor sempre foi a base
fundamental da educação. `Com o aperfeiçoamento das metodologias activas no ensino
aprendizagem, também nota-se que o compartilhamento de conhecimento, a discussão de
ideias e o apoio individual como requisitos essenciais para o aprendizado significativo na

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sala de aula. Nos dias actuais, com o avanço tecnológico, os Chatbots emergem como
assistentes virtuais capazes de transformar a interação tradicional entre o aluno-professor
para um outro estágio de aprendizagem.
Segundo Dos Santos et al., (2023, p.11) “a adesão dos alunos e professores ao uso
do Chatbots em particular Chat GPT nas escolas é um tema de grande importância na
actualidade, uma vez que a tecnologia tem se tornado cada vez mais presente em diferentes
áreas da educação”. Os autores Francisco e Antônio (2019, p. 28) entendem que a adopção
de tecnologias digitais em sala de aula pode trazer inúmeros benefícios, tais como “o
aumento da interatividade e da participação dos alunos, a promoção da colaboração e do
trabalho em equipe, e a melhoria da aprendizagem”.
A partir dos autores (ADEMAR el al., 2020; FRANCISCO & ANTÓNIO, 2019) pode
se depreender que a capacidade dos Chatbots no processamento de linguagem natural e
adaptação contextual oferece um potencial transformador para melhorar a qualidade e
eficiência desta interação aluno-professor.
Entretanto, no contexto africano em particular em Moçambique, a aplicação dessas
ferramentas ainda está em expansão, ou seja, ainda é demasiado ínfimo se comparado aos
outros países. É verdade que com o avanço tecnológico e a expansão da globalização,
muitos são os estudantes africanos que recorrem aos Chatbots e assistentes virtuais para
optimizar seus estudos e pesquisas.
Concordando com Ouyang et al. (2022) citado por Dos Santos et al., (2023) que a
implementação dos Chatbots em particular do Chat GPT na prática pedagógica pode ajudar
no processo educacional ao dar feedbacks personalizados, adaptando-se ao ritmo de
aprendizado de cada aluno e criando um ambiente de aprendizagem mais interativo e
colaborativo. Além disso, o Chat GPT pode fornecer uma plataforma para o
desenvolvimento de habilidades de escrita, leitura e comunicação, uma vez que permite a
prática e aperfeiçoamento dessas habilidades por meio da interação com o sistema
(OUYANG et al, 2022 apud DOS SANTOS et al., 2023).
Os autores Das Dores et al., (2020, p. 9) referem que “em uma interação entre
estudante e Chatbot, são criados diversos dados de acesso, o que possibilita a
compreensão das necessidades do usuário, bem como, actualiza e aperfeiçoa as
informações disponibilizadas na plataforma”. Estes dados gerados possivelmente auxiliarão
na compreensão das dificuldades dos discentes, por meio da compreensão de suas
principais necessidades, o que ocorre mediante acompanhamento dos botões mais

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acessados, bem como das palavras mais digitadas e da observação do tempo de


permanência em cada actividade contida na plataforma (MELO et al., 2020).
Os Chatbots ou assistentes virtuais também podem actuar “na assistência das
tarefas, notificar os prazos, reunir informações importantes em torno de um contexto de
aprendizagem, separá-las e processá-las e recomendar sugestões de aprendizado mais
relevantes” (DAS DORES et al., 2020, p. 3).
Nos casos em que o professor não dispõe de tempo suficiente para o
acompanhamento dos seus estudantes, os Chatbots podem ser um elemento dentro do
processo ensino-aprendizagem, muito interessante para a assessoria do aluno. Um Chatbot
se “apropria de actividades de cunho repetitivo, de notificações, além de poder reunir
informações de diversas fontes incluindo, questionamentos dos alunos, solicitações
semelhantes, enviar recomendações automáticas, lembrar de eventos, indicar novos cursos
aos educadores” (DAS DORES et al., 2020. p. 3). Desta forma, os Chatbots seriam um
apoio complementar ao trabalho da tutoria, actuando como potencializadores do processo,
ampliando as capacidades de rapidez e atendimento mais detalhado e personalizado aos
estudantes, em concordância com as competências e habilidades a serem desenvolvidas
(BARROS; GUERREIRO, 2019).
2.4. Desafios da aplicação dos Chatbots e Assistentes virtuais na
educação
De acordo com Ouyang et al. (2022) citados por Dos Santos et al., (2023) a IA em
particular os Chatbots/assistentes virtuais podem ajudar no processo educacional ao dar
feedbacks personalizados, adaptando-se ao ritmo de aprendizado de cada aluno e criando
um ambiente de aprendizagem mais interativo e colaborativo. Além disso, os Chatbots
podem fornecer uma plataforma para o desenvolvimento de habilidades de escrita, leitura e
comunicação, uma vez que permitem a prática e aperfeiçoamento dessas habilidades por
meio da interação com o sistema (OUYANG, et al., 2022 apud DOS SANTOS et al., 2023).
No entanto, apesar das grandes potencialidades transformadoras que os Chatbots
oferecem, é crucial reconhecer que a sua implementação eficaz na interação aluno-
professor requer atenção aos desafios e oportunidades. Vale reafirmar que o foco do artigo
não é discutir sobre os desafios (como aspectos éticos, privacidade, inclusão, etc) da
implementação e uso dos Chatbots, por isso, os desafios dos Chatbots são abordados de
forma superficial de modo a permitir que os futuros estudos de outros pesquisadores
encontrem as linhas de debates desses problemas.

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Deterding e Dixon (2019, p. 23) citado por Dos Santos et al., (2023) afirmam que “a
criação de assistentes virtuais bem-sucedidos na educação requer uma abordagem
cuidadosa de design, considerando tanto os objectivos pedagógicos quanto às capacidades
tecnológicas”. Garantir que os Chatbots sejam projectados com foco no aprendizado e na
experiência do usuário é fundamental para aproveitar seu potencial transformador.
Além disso, há preocupação de que a linguagem utilizada pelos Chatbots possa ser
inacessível ou inadequada para determinados grupos de alunos, como alunos com
deficiência ou cuja língua materna não é o inglês.
Outro desafio relaciona-se com a preparação e formação dos professores, uma vez
que nem todos eles são nativos digitais. Segundo Dos Santos et al., (2023, p.12) “para que
a adesão ao uso dos Chatbots nas escolas seja efectiva, é preciso que os professores
estejam bem preparados para utilizar a tecnologia eficazmente”. Os professores devem
conseguir integrar os Chatbots em seu planeamento de aula, selecionando tarefas e
actividades que sejam compatíveis com a tecnologia e que permitam aos alunos aproveitá-la
ao máximo (DOS SANTOS et al. 2023).
Outro aspecto importante é a necessidade de garantir a segurança dos dados dos
alunos e professores. Segundo Pokhrel & Chhetri (2021) citado por Dos Santos et al., (2023)
é importante que as instituições de ensino implementem políticas claras de privacidade e
segurança de dados, bem como que os desenvolvedores dos Chatbots forneçam garantias
de que a tecnologia está conforme as regulamentações de proteção de dados. Neste
sentido, o uso de tecnologias baseadas em inteligência artificial como Chatbots/assistentes
virtuais pode exigir “uma maior preparação e treinamento por parte dos professores, bem
como a necessidade de adaptar as práticas pedagógicas às características da tecnologia.
Além disso, é preciso estar atento aos possíveis efeitos negativos, como a exclusão digital e
a falta de acesso à tecnologia por parte de alguns alunos” (DOS SANTOS et al., 2023 p. 12).
Na perspectiva de Barros e Guerreiro (2019) a utilização dos Chatbots também traz
limitações, como o facto de ele não poder fazer actividades para as quais foi programado. A
operacionalização destas tarefas precisa de um conjunto de regras, as quais inserem-se em
um algoritmo e devem ser seguidas de uma forma rigorosa.
Por isso, ele pode não saber lidar com imprevistos, o que pode levá-lo a fornecer
informações fora de contexto, já que, falta-lhe capacidade de improvisação e de
compreensão. Como não são humanos, os Chatbots não conseguem capturar totalmente
as variantes de uma conversa com humanos (BARROS; GUERREIRO, 2019).

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Outro desafio na utilização dos Chatbots, é a questão de serem usadas de maneira


ética e justa. Isso significa garantir que os dados dos alunos sejam protegidos e que a
inteligência artificial não seja usada para perpetuar preconceitos ou discriminação.
Também é preciso que haja garantia que os Chatbots não substituam
completamente a interação humana na educação. Embora os Chatbots possam ajudar a
personalizar a aprendizagem e fornecer feedback instantâneo, a interação humana continua
sendo essencial para o desenvolvimento social e emocional dos alunos.
Apesar dos Chatbots utilizarem a inteligência artificial e “com isso aprender
comportamentos similares aos humanos, não é simples a incorporação de sentimentos,
como: empatia, ironia, sarcasmo, alegria, tristeza ou mesmo humor” (DAS DORES et al.,
2020, p. 11). Este obstáculo impede que exista imprevisibilidade e que se alcance a
humanização pretendida. Além disso, “a inteligência artificial associada ao
desenvolvimento dos Chatbots e assistentes virtuais requer investimentos significativos em
tecnologia e treinamento, o que pode ser um obstáculo para algumas instituições de ensino
superior” (BARROS & GUERREIRO, 2019, p. 9).
Em suma, a implementação dos Chatbots na prática pedagógica apresenta tanto
benefícios quanto desafios, e cabe aos educadores e desenvolvedores de tecnologia
trabalharem juntos para explorar o potencial dessa ferramenta de forma ética e responsável,
considerando sempre as necessidades e realidades dos alunos. Portanto, é “necessário
haver um equilíbrio entre a tecnologia e a interação humana, garantindo que os alunos
possam desenvolver habilidades relevantes para a vida real e alcançar o sucesso
acadêmico e profissional” (DOS SANTOS et al., 2023, p. 11). Portanto, o uso de sistemas
de aprendizagem adaptativa pode ajudar os alunos a identificar seus pontos fortes e fracos,
oferecendo conteúdos e actividades que sejam mais adequados às suas necessidades
individuais.

3. Metodologia de Pesquisa
A articulação metodológica desta pesquisa foi feita com vista a alcançar os
objectivos estabelecidos no artigo. A seguir procura-se apresentar de forma detalhada toda
trajetória metodológica da pesquisa.
• Forma de abordagem
O estudo adoptou uma abordagem de pesquisa combinatória, do tipo qualitativo e
quantitativo. A escolha desta abordagem é porque permite fornecer uma maior informação
para a nossa investigação. Neste contexto, a sugestão de Flick (2013) considera que cada

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grupo de métodos usados funcionará lado a lado, tendo como ponto de convergência a
compreensão do objecto de estudo. O autor Flick (2013) considera que esta combinação
metodológica permite a consistência da pesquisa realizada tanto na dimensão explicativa
(qualitativa) quanto compreensiva (quantitativa). A pesquisa qualitativa permitiu compreender
as diferentes abordagens de vários autores sobre os conceitos de Chatbots ou assistentes
virtuais e sua aplicação na educação, assim como o seu potencial transformador na interação
aluno-professor, enquanto a pesquisa quantitativa permite recolher dados, interpretar e
analisar à partir de um estudo de caso no ISDB para averiguar a implementação e aplicação
dos Chatbots e assistentes virtuais na interação aluno-professor.

• Tipo de estudo
Quanto ao tipo, optou por uma investigação acção, com o objectivo de oferecer uma
ampla proposta do conhecimento sobre as potencialidades pedagógicas e transformadoras
dos Chatbots e assistentes virtuais na interação aluno-professor. A estratégia de
desenvolvimento da investigação pedagógica do tipo Investigação-acção mostrou-se
relevante neste trabalho uma vez que está intimamente ligada à actividade do pesquisador,
pois assenta no paradigma sócio-crítico, encontrando-se direcionado para a investigação, no
seio da educação. Segundo Coutinho et al., (2009) a investigação-acção tem como objectivo
debruçar-se sobre a fenomenologia da situação pedagógica. A investigação-acção
considera o processo de investigação em espiral, interactivo e focado num problema
(COUTINHO et al., 2009). Por isso, para este estudo, foi um excelente guia para orientar as
práticas educativas fundamentadas nos Chatbots e assistentes virtuais, numa perspectiva
de melhorar o ensino e o ambiente de aprendizagem assim como a interação aluno-
professor.
O artigo obedece a sequência descritiva por um lado, com o objectivo de observar,
registrar e descrever as características do fenômeno a ser estudado, e por outro assume a
sequência exploratória (COUTINHO et al., 2009). A combinação descritiva e exploratória
permitiu examinar, descrever, analisar e compreender o como e os porquês dos fenômenos
em estudo, de forma holística e em profundidade, no seu contexto natural, recorrendo-se a
variadas técnicas de recolha de dados.
Quanto às técnicas de pesquisa, recorreu-se a uma pesquisa bibliográfica onde fez-
se inicialmente a recolha e sistematização da bibliografia relevante. No primeiro momento
recorreu-se a uma busca de bibliografia disponível nas plataformas online que aborda sobre
o uso de Chatbots ou assistentes virtuais na educação, dentro desta bibliografia fez-se a
classificação dos livros específicos e autores mais actuais que tratam do tema em estudo. O

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autor realizou uma pesquisa de revisão da literatura na internet utilizando as palavras-chave:


“Chatbot”, “assistentes virtuais” e "educação superior”.
Nos trabalhos pesquisados fez-se a eleição dos trabalhos científicos que se
aproximam a realidade da nossa pesquisa a partir da análise do tema apresentado, tendo
como os critérios de inclusão: a) abordar exclusivamente o uso de Chatbots aplicados no
apoio à educação superior; b) possuir o público-alvo de estudantes e/ou educadores; c)
conter as palavras-chave pré-selecionadas no resumo/abstract e/ou título; e) publicação
ocorrida nos últimos dez anos. Os critérios de exclusão foram: a) artigos sobre Chatbots
cuja função é exclusivamente ensinar conteúdo; b) acesso restrito mediante pagamento; c)
não estar disponível na língua portuguesa.
Para além da pesquisa bibliográfica, foi aplicado o questionário como instrumento de
colecta de dados primários devido à sua eficiência na obtenção de informações quantitativas
sobre o conhecimento e percepções dos docentes em relação à aplicação dos Chatbots ou
assistentes virtuais na educação do ensino superior. O questionário foi desenvolvido com
base em escalas validadas e adaptadas em estudos anteriores, a fim de medir construtos da
inteligência artificial, Chatbots e assistentes virtuais aplicados à educação. Autores como
Hair, Black, Babin e Anderson (2009) destacam a importância de questionários bem
elaborados para colectar dados objectivos e permitir análises estatísticas rigorosas.
No questionário utilizou-se uma escala do tipo Likert de cinco categorias, em que os
respondentes escolheram uma dentre as seguintes categorias: Muito Mau, Mau, Neutro,
Bom e Muito Bom e as categorias, Nunca utilizei; utilizei uma vez; utilizo ocasionalmente;
utilizo com frequência (VIEIRA E DALMORO, 2008). O questionário foi entregue fisicamente
aos professores do ISDB destinados para este fim.

❖ População e Amostra
De acordo com Flick (2013, p.77) “a maioria dos estudos empíricos envolve fazer
uma selecção de um grupo para o qual as proposições serão avançadas no final”. Por isso,
a pesquisa teve como população a comunidade académica do ISDB. A comunidade
académica foi agrupada em docentes, estudantes, corpo administrativo e a direção do ISDB.
Uma vez que o interesse da pesquisa foi de colher as percepções e conhecimento dos
docentes sobre aplicação dos Chatbots/assistentes virtuais na interação aluno-professor,
fez-se uma amostra de 25 professores do ISDB. Como critérios de seleção, recorreu-se a
uma amostragem intencional (purposive sampling). Nesse tipo de amostragem, os
participantes foram selecionados com base em critérios específicos, como sua experiência,

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conhecimento ou posição em relação ao fenômeno estudado. O objectivo foi obter uma


amostra que possua informações ricas e variadas para atender os interesses da pesquisa.

4. Apresentação e discussão dos Resultados


Nesta secção faz-se a apresentação e discussão dos dados obtidos na pesquisa a
partir das questões referentes à aplicação do questionário dirigida aos Professores do ISDB.
Neste sentido, elegeu-se o uso do software Microsoft Excel para a construção dos gráficos,
uma vez que este é um recurso bastante útil, prático e flexível no tratamento dos dados.
4.1. Apresentação do Local de Pesquisa
O Instituto Superior Dom Bosco abreviadamente designado por ISDB, criado
através do Decreto nº 51 de 26 de Dezembro de 2006, é uma instituição privada ao
serviço da sociedade que está autorizada para formação Superior de Formação em
Docência e Gestão da Educação Técnico-Profissional. Para o efeito, o ISDB assume a
missão de ser uma instituição salesiana orientada para Educação profissional que tem
como missão o serviço à comunidade sobretudo aos jovens mais carenciados, através
de ensino de graduação e pós-graduação, de investigação e projecção social para
desenvolver competências educativas, profissionais, éticas e morais (MANUAL DE
AVALIAÇÃO DO ISDB 2020).
No ensino Presencial o ISDB confere o grau de Licenciado em Docência para a
Educação Profissional em: Ciências de Administração; Hotelaria e Turismo; Manutenção
Industrial; Informática e Agropecuária. No ensino a Distância o ISDB fornece à comunidade
os seguintes cursos na modalidade de Ensino a Distância: Certificado A, Certificado B e
Certificado C. Para além destes cursos, o ISDB possui cursos de pós-graduação em
Mestrado de Educação Ambiental e Sustentabilidade, Mestrado em Educação Técnico
Profissional, e promove formações pedagógicas dirigidas aos professores do ensino técnico
profissional (MANUAL DE AVALIAÇÃO DO ISDB 2020).

4.2. Caracterização da Amostra quanto ao Gênero


O questionário foi aplicado a 25 professores, onde 16 professores são de sexo
masculino e 9 professoras são do sexo feminino. No seio destes docentes, a ideia
predominante de que a profissão docente é maioritariamente masculina não se mostrou
evidente nesta instituição. A figura que segue ilustra a caracterização dos professores do
ISDB.

tecnologias, sociedade e conhecimento


vol. X, n. X, mês/ano 13
Artigo /
Relato de
Experiência

Gráfico 1: Caracterização dos docentes do ISDB por Género

Caracterização dos docentes do ISDB por Género

Femenino,
9, 36%
Masculino,
16, 64%

Masculino Femenino

Fonte: Elaborado pelo autor


O gráfico acima evidencia em termos percentuais que 36% dos docentes inqueridos
corresponde ao sexo feminino enquanto 64% equivale ao sexo masculino. No meio desta
percentagem feminina outro grupo não respondeu o questionário por não ocuparem a
posição da docência, mas exercem papéis diversos nos mesmos sectores. Este facto
permite concluir que a questão de género dentro do ISDB está acautelada, há equilíbrio do
género nos funcionários o que permite maior troca de experiência dos docentes.
No que concerne a idade dos professores, a amostra apresenta que 3 professores
que correspondem a 12% estão entre 18-28 anos de idades, enquanto que 19 Professores
que correspondem a 76% estão com idade de 29 a 39 anos de idade e 3 professores que
correspondem a 12% estão na idade de 40 a 50 anos.
Gráfico 2: Caracterização dos Professores por idade

Caracterização dos Professores por idade

19
20

10 3 3
0 0
0
18-28 29-39 40-50 51-61 >61

Número dos Docentes

Fonte: Elaborado pelo autor

tecnologias, sociedade e conhecimento


14 vol. X, n. X, mês/20XX
Diretrizes para autores

Analisando o gráfico acima, percebe-se que a maior parte dos professores do ISDB,
possuem entre (29 a 39 anos= 76%) o que significa que este universo é caracterizado por
jovens e adultos. Desta feita, importa realçar que esse potencial de idade é fundamental
para a nossa amostra na medida em que a actividade docente e domínio das ferramentas
educativas como Chatbots exige dinamismo e muita disposição dada a complexidade do
processo.
Se por um lado, a idade mais jovem pode influenciar a disposição dos professores
para adoptar novas abordagens pedagógicas e tecnologias e mais familiarizados e
confortáveis com o uso de recursos tecnológicos em sala de aula como é o caso de
Chatbots ou assistentes virtuais, por outro lado, os mais velhos podem ter uma abordagem
mais tradicional. No entanto, muitos professores mais velhos estão abertos a aprender e se
adaptar a novas metodologias, desde que haja suporte e oportunidades de desenvolvimento
profissional. Entretanto, constatou-se que existem no ISDB outros docentes que não foram
contemplados no estudo porque estavam ausentes, suas idades variam de 51 a 60 anos. O
gráfico que segue procura representar as idades dos professores. Notamos que a instituição
em análise possui professores com quase todas faixas etárias.
Quanto a formação dos professores, com base no gráfico número 3 que é
apresentado a seguir, verifica-se que todos os professores possuem uma formação de nível
superior, ou seja, 12 Professores que equivalem a 48% possuem o nível de pós-Graduação,
enquanto que 8 professores inquiridos que são 32% possuem o nível de mestrado, também
temos 4 professores que equivalem a 16% com o nível de licenciatura, por último 1
professor que é 4% com o nível de doutoramento. Realçar que para além destes docentes,
o ISDB possui outros docentes internos e externos com diferentes graus de formação, o que
contribui para a qualidade de ensino da mesma.
Gráfico 3: Habilitações Literárias dos Professores

14 12
12
10 8
8
6 4
4 1
2 0 0
0

Número dos Professores

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vol. X, n. X, mês/ano 15
Artigo /
Relato de
Experiência

Fonte: Elaboração do autor


Analisando o gráfico, fica evidente que o ISDB está muito comprometido com a
formação dos seus docentes. Aliás, muitos dos docentes são formados a nível interno da
instituição, o que permite maior aplicação dos instrumentos didácticos conducentes à
realidade pedagógica do ISDB. Partindo do pressuposto de que a educação é um serviço
que as instituições escolares prestam aos clientes (alunos), através dos seus serventes
(docentes), a formação docente é aqui encarada pelo ISDB como uma estratégia
institucional para garantir as competências dos seus agentes para que eles desempenhem
as suas tarefas dentro dos padrões exigidos, não só pelos utentes (estudantes), mas
também pelas necessidades da sociedade que se vê obrigada a um perpétuo reajuste à
conjuntura regional e internacional.
4.2. Percepções dos docentes sobre o uso dos Chatbots ou assistentes
virtuais na Educação
Questionou se os docentes já tinham ouvido falar sobre os Chatbots ou assistentes
virtuais, se estava familiarizado com esses conceitos e qual é o grau de informação e
conhecimento sobre essas ferramentas (Chatbots/assistentes virtuais). O gráfico 4
representa os dados recolhidos nas primeiras duas perguntas.
Gráfico 4: Percepção dos docentes sobre o uso dos Chatbots ou Assistentes virtuais na educação

Percepções dos docentes sobre o uso dos chatbots ou


assistentes virtuais na educação

20
15
10
5
0
SIM NÃO
Ja ouviu Falar de Chatbots 16 9
Esta familiariazado com os
13 12
Chatbots

Fonte: Elaborado pelo Autor


Dos 25 Docentes inquiridos, 16 que correspondem 64% responderam que já ouviram
falar dos Chatbots, enquanto 9 docentes que são 36% responderam que nunca ouviram
falar dos Chatbots. No que concerne à sua familiarização, (13=52%) docentes afirmam
estarem familiarizados com o uso dos Chatbots ou assistentes virtuais enquanto que
(12=48%) docentes responderam não estão familiarizados com o uso dos Chatbots.

tecnologias, sociedade e conhecimento


16 vol. X, n. X, mês/20XX
Diretrizes para autores

Analisando criticamente os dados acima apresentados, pode se dizer que apesar do


crescimento dos Chatbots ou assistentes virtuais na educação, sua aplicação ainda não é
universal principalmente para os docentes se comparados com o uso dos estudantes. A
extensão do conhecimento e da familiaridade dos docentes com essas tecnologias varia
consideravelmente de acordo com diversos factores, como o nível educacional, a instituição
de ensino, a região e a disposição para adopção das novas ferramentas tecnológicas.
Autores como Prensky (2001) e Siemens (2004) argumentam sobre a necessidade de os
docentes acompanharem as mudanças tecnológicas para melhor atenderem às gerações de
alunos que crescem imersos na era digital. No ISDB em particular, é notável que alguns
docentes estão familiarizados ou pelo menos conhecem os Chatbots, mas podem não ter
uma compreensão profunda de como eles funcionam ou como podem ser aplicados de
maneira significativa na interação aluno-docente.
4.3. Nível de conhecimento em relação aos Chatbots ou Assistentes
Virtuais
Pretendia se nesta pergunta apurar o nível de conhecimento que os docentes têm em
relação às várias tecnologias dos Chatbots ou assistentes virtuais tais como; Siri, Editores de
Textos, ChatGPT, Alexa; Eliza, ALICE, BARD, Cortana, Bixby, Assistente Googles etc. O
gráfico 5 apresenta as respostas obtidas nos docentes;
Gráfico 5: Nível de Conhecimento em relação aos Chatbots ou Assistentes Virtuais

Nível de conhecimento em relação aos Chatbots ou Assistentes Virtuais


20

15 17
15
10 13 13 12
10 9 10
5 8 8 7
0020000000 1431111010 1 4 5 4333 53 3100000221
0
Muito mau Mau Neutro Bom Muito Bom

Siri ChatGPT ALEXA ALICE ELIZA


Cortana Assistant Google Editores de Textos Canva, Gamma BARD

Fonte: Elaborado pelo Autor


O gráfico acima apresenta o nível de conhecimento dos docentes em termos de
aplicação dessas ferramentas dos Chatbots ou assistentes virtuais. Foi possível verificar que
o nível de conhecimento sobre estas ferramentas não é uniforme nos docentes, ou seja, nem

tecnologias, sociedade e conhecimento


vol. X, n. X, mês/ano 17
Artigo /
Relato de
Experiência

todas as ferramentas os docentes têm conhecimento, por isso as respostas foram aleatórias
ou quase (Neutras). Entretanto, apesar deste desconhecimento, alguns docentes
responderam ainda que em pouca percentagem que, as ferramentas listadas no gráfico, são
bons. É evidente no gráfico acima que o nível elevado de respostas encontra- se na opção
neutra. Estas ferramentas apesar de serem antigas, com excepção do ChatGPT que é
recente, ainda não fazem parte do conhecimento dos docentes.
Para os autores Tsivitanidou e Loannou (2020), o uso de Chatbots no apoio à
educação superior ainda é demasiado ínfimo e pouco conhecido pelos professores em
comparação a aplicação destas tecnologias nos campos do comércio, da saúde e do sector
de serviços. No entanto, os autores afirmam que esta tendência está em expansão. A grande
responsabilidade está nas Universidades, em formar, actualizar seus docentes sobre estas
novas abordagens tecnológicas aplicadas à educação.
4.4. Utilização dos Chatbots como plataformas de ensino e interação
Aluno-Professor
Questionados os docentes sobre a utilização destas ferramentas para a interação
Aluno-Professor. As respostas obtidas nesta pergunta de alguma forma foram influenciadas
pela anterior, conforme pode-se verificar no gráfico 6.
Gráfico 6: Utilização dos Chatbots ou Assistentes Virtuais na Interação Aluno-Professor

Utilização dos Chatbots ou Assistentes Virtuais na Intereção Aluno-


Professor
20
Siri
18
16 ChatGPT
14 ALEXA
12
ALICE
10
8 BARD
6 ELIZA
4
Cortana
2
0 Assistant Google
Nunca Utilizei Utilizei uma vez Utilizo Utilizo com Editores de Textos
Ocasionalmente Frequencia

Fonte: Elaborado pelo autor


Nota-se nas respostas dos docentes, que os Chatbots ainda não fazem parte do seu
quotidiano. No entanto, foi possível perceber que muitos professores recorrem a várias

tecnologias, sociedade e conhecimento


18 vol. X, n. X, mês/20XX
Diretrizes para autores

ferramentas de editores de textos para os seus trabalhos. O que se verifica de comum no


gráfico anterior, é que os docentes possuem pouca influência no uso destas ferramentas. O
autor Vieira Pinto (2005, p. 43) argumenta que “a postura do professor é um diferencial
nessas ferramentas digitais. Para tanto, é importante conhecer a IA e suas ferramentas de
actuação, pois o desconhecimento pode ser “um instrumento para silenciar as
manifestações da consciência política das massas, e muito particularmente das nações
subdesenvolvidas” (VIEIRA PINTO, 2005, p. 4).
4.5. Potencialidades dos Chatbots na melhoria de interação Aluno-
Professor
Como foi abordado no quadro teórico, os Chatbots oferecem grandes potencialidades para o
estudante assim como professor, proporcionando uma experiência de aprendizado mais
eficaz e envolvente com uma série de benefícios. O gráfico 7 ilustra o nível das
potencialidades destas ferramentas na interação aluno-professor.
Gráfico 7: Potencialidades dos Chatbots na melhoria de interação Aluno-Professor

Potencialidades dos Chatbots na melhoria de interação Aluno-Professor


10
9
8 9
7 8
6
5 6
4
3 4
2
1
0
Facilitam o acesso Personaliza o ensino Promover um Aumentar a eficiencia Outros
rapido a informacoes e para atender as ambiente de e eficacia na
recursos educativos necessidades aprendizagem mais comunicacao com os
individuais dos alunos engajador alunos

Respostas

Fonte: Elaborado pelo autor


Apesar do conhecimento ínfimo e da pouca utilização destas tecnologias nos
docentes do ISDB, os resultados do gráfico 7 permitem concluir que os docentes acreditam
que estas ferramentas possuem certamente, muitas vantagens e potencialidades.
Nascimento et al., (s.d, p. 13) argumenta que os Chatbots podem ser utilizadas para:
● Personalizar a aprendizagem, permitindo que os alunos aprendam no seu próprio
ritmo e em seu próprio estilo de aprendizagem;

tecnologias, sociedade e conhecimento


vol. X, n. X, mês/ano 19
Artigo /
Relato de
Experiência

● Para identificar padrões e tendências nos dados de desempenho dos alunos,


permitindo que o docente possa identificar áreas em que os alunos estão com mais
dificuldades e adaptar o conteúdo e a metodologia de ensino de acordo com as
necessidades da turma;
● Podem ser utilizadas para automatizar processos administrativos, como a correção
de provas e a avaliação de trabalhos, liberando tempo para que o docente possa se
concentrar em atividades de ensino mais importantes;
● Podem ajudar no desenvolvimento de materiais de ensino mais interativos e
engajadores, assim como para desenvolver materiais de ensino mais interativos e
engajadores, como jogos educativos e simulações, que podem tornar as aulas mais
dinâmicas e envolventes.
4.6. Desafios ou preocupações em relação à implementação dos
Chatbots/assistentes virtuais na educação
Na revisão da literatura verificou-se que os Chatbots colocam grandes desafios para
a classe docente, quando pensados em um contexto em que alunos são vistos como nativos
digitais e os professores como imigrantes digitais. A tabela que segue descreve aquilo que
são os desafios assinalados pelos docentes do ISDB relativamente à implementação dos
Chatbots ou assistentes virtuais na educação. A tabela apresenta duas perguntas com
respostas fechadas que guiaram o questionário.
Tabela 1: Desafios dos docentes em relação à implementação dos chatbots na educação

Questã Quais, na sua opinião, são os maiores desafios ou preocupações Qt de Percentag


o 4.6 em relação à implementação de chatbots/assistentes virtuais na respostas em
educação?
A Falta de personalização adequada 5 7%
B Possíveis falhas técnicas ou respostas incorrectas 5 7%
C Questões de privacidade, ética, inclusão e segurança dos dados dos 15 22%
alunos
D Resistência dos professores à adopção de tecnologias 10 15%
Questã Como você acredita que os chatbots/assistentes virtuais podem
o 4.6 ser implementados de maneira eficaz nos cursos de licenciatura e
mestrado oferecidos no ISDB?
F Apoio em actividades de revisão e estudo 5 7%
G Resposta a perguntas frequentes dos alunos 7 10%
H Acompanhamento do progresso do aluno 3 5%
I Interação em actividades de grupos ou fóruns 10 15%
J Melhoria das habilidades de escrita académica 8 12%
Total das Respostas 68 100%

Fonte: Elaborado pelo autor

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20 vol. X, n. X, mês/20XX
Diretrizes para autores

Analisando a tabela acima apresentada, verificamos que existem realmente muitos


desafios nos docentes do ISDB no âmbito da aplicação dos Chatbots na sala de aulas e na
interação aluno-professor. Nota-se que em quase a metade dos docentes que corresponde
a 1(5=22%) afirmam que um dos grandes desafios se relacionam com questões de
privacidade, ética, inclusão e segurança dos dados dos alunos.
De acordo com Pereira et al., (2023) apesar do potencial da IA em particular dos
Chatbots na educação, ainda há desafios que precisam ser superados para que elas
sejam totalmente integradas no sistema educacional. Alguns desses desafios tal como
foram sublinhados pelos docentes do ISDB, incluem a necessidade de desenvolver
sistemas educacionais compatíveis com as novas abordagens dos Chatbots, garantir
que os dados colectados sejam usados de forma ética e responsável, treinar
professores e alunos para trabalhar com os Chatbots e garantir que a IA não substitui
completamente a interação humana na educação.
4.7. De que modo avalia a aplicação dos Chatbots/Assistentes virtuais
no contexto do ensino superior em particular no ISDB
Gráfico 7: Avaliação dos docentes sobre a aplicação dos Chatbots/Assistentes virtuais no contexto do
ISDB

avaliação dos docentes sobre a aplicação dos chatbots/assistentes


virtuais no contexto do isdb
20
18
16 18
14 16
12 15
10
8 10 10
6 8
4 7
2
0
Os Os A Os Os Os
Chatbots/
chatbots/A chatbots/A desumaniz chatbots/a Chatbots/ chatbots
Assistente
ssistentes ssistentes ação da ssistentes Assistente não são
s Virtuais
Virtuais virtuais relação virtuais s Virtuais confiáveis
são os
desqualific ajudam na entre o tem o marginaliz devido as
verdadeiro
aa dinamizaç professor potencial am o questões
s oráculos
profissão ão, eo de facilitar trabalho como
virtuais da
do interação estudante o trabalho docente e ética,
educação
docente estudant… faz com… do… o… confiden…
Respostas dos docentes 8 16 15 10 10 7 18

Fonte: Elaborado pelo Autor


Os resultados obtidos neste gráfico são condicionados com as questões da tabela 1.
Analisando o gráfico, é notável o nível de avaliação dos docentes em relação aos Chatbots

tecnologias, sociedade e conhecimento


vol. X, n. X, mês/ano 21
Artigo /
Relato de
Experiência

ou assistentes virtuais no contexto do ensino superior. Apesar das grandes potencialidades


que a literatura demonstra, muitos são os docentes que avaliam os Chatbots de maneira
“negativa”. Em um número maior, muitos são os docentes que temem com as questões de
privacidade, uso ético e justo dos Chatbots e a inclusão no meio dessas ferramentas em um
contexto de ensino superior multicultural. Entretanto, Segundo Pokhrel & Chhetri (2021)
citados por Dos Santos (2023) no meio dos medos levantados pelos docentes, eles
acreditam que é importante que as instituições de ensino implementem políticas claras de
privacidade e segurança de dados, bem como que os desenvolvedores dos Chatbots
forneçam garantias de que a tecnologia está conforme as regulamentações de proteção de
dados. De acordo com Celik et al. (2022) citado por Dos Santos (2023) o uso de tecnologias
baseadas em inteligência artificial como Chatbots/assistentes virtuais pode exigir uma maior
preparação e treinamento por parte dos professores, bem como a necessidade de adaptar
as práticas pedagógicas às características da tecnologia. Além disso, “é preciso estar atento
aos possíveis efeitos negativos, como a exclusão digital e a falta de acesso à tecnologia por
parte de alguns alunos” (DOS SANTOS et al.,2023 p. 12).

5. Considerações Finais
Nesta pesquisa, dedicamo-nos a explorar o potencial transformador dos oráculos
virtuais na interação aluno-professor, focalizando especificamente no uso de
Chatbots/assistentes virtuais no contexto do ISDB. Ao recapitular nossos objectivos,
observamos que nossa busca era compreender como essas inovações tecnológicas
poderiam influenciar a dinâmica educacional e abrir novas possibilidades para o ensino e
interação Aluno-Professor. Nossas observações revelaram que essas ferramentas têm o
potencial de catalisar mudanças significativas no ambiente educacional. Os resultados
quantitativos e as percepções qualitativas destacaram a melhoria da acessibilidade à
informação, a personalização da experiência de aprendizagem e a promoção da
participação activa dos alunos. Em conclusão, os oráculos virtuais emergem como agentes
transformadores na educação, com o potencial de redefinir a maneira como alunos e
professores interagem. É importante reconhecer as limitações deste estudo, como a
necessidade de abordar preocupações éticas e garantir a segurança dos dados dos alunos.

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22 vol. X, n. X, mês/20XX
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