Artigo Cientifico
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X, mês/20XX
Resumo
O presente artigo procura analisar o "potencial transformador" dos Chatbots ou assistentes
virtuais na interação entre alunos e professores no contexto educacional superior. A
pesquisa partiu de uma revisão da literatura com o intuito de compreender o quadro
conceptual dos Chatbots ou assistentes virtuais aplicados à educação e terminou com um
estudo de caso efectuado no Instituto Superior Dom Bosco com 25 docentes. A grande
problemática levantada nesta pesquisa foi de querer entender como os “oráculos virtuais”,
representados por Chatbots, podem transformar a interação aluno-professor na educação
superior? As análises nos mostram que mesmo com os inúmeros desafios encontrados
pelos docentes, o uso dos Chatbots na educação possibilita um desenvolvimento
significativo dos alunos quando utilizados de maneira consciente e coerente.
Palavras-chave: Chatbots; Assistentes Virtuais; Oráculos Virtuais; Educação.
Abstract
This article seeks to analyze the "transformative potential" of chatbots or virtual assistants in
the interaction between students and teachers in the higher education context. The research
started with a literature review in order to understand the conceptual framework of Chatbots
or virtual assistants applied to education and ended with a case study carried out at Instituto
Superior Dom Bosco with 25 Teachers. The main issue raised in this research was to
understand how “virtual oracles”, represented by Chatbots, can transform student-teacher
interaction in higher education? The analyzes show us that even with the numerous
challenges encountered by teachers, the use of Chatbots in education enables a significant
development of students when used consciously and coherently.
1. Introdução
O presente artigo procura investigar sobre a aplicação da inteligência artificial na
educação e subordina-se ao tema de pesquisa, “Oráculos Virtuais” na Educação:
Explorando o Potencial Transformador dos Chatbots/Assistentes Virtuais na Interação
Aluno-Professor. A pesquisa parte de uma revisão da literatura com o intuito de
compreender o quadro conceptual dos Chatbots ou assistentes virtuais aplicados à
educação e termina com um estudo de caso efectuado no Instituto Superior Dom Bosco
adiante designado por (ISDB), para entender a percepção, conhecimentos e os aspectos
positivos da implementação dessas ferramentas na educação. O autor parte inicialmente de
1
Artigo /
Relato de
Experiência
uma ideia ficcional de olhar os Chatbots e assistentes virtuais como os “novos oráculos
virtuais” na educação.
A ideia do termo “oráculo” remete a história antiga onde o termo se referia a um local
sagrado onde as pessoas iam para obter conselhos ou previsões divinas. Lá, uma
sacerdotisa chamada Pitonisa actuava como intermediária entre os deuses e os mortais,
dando respostas enigmáticas às perguntas dos visitantes (GILMAR, 2015). As pessoas
acreditavam que as respostas do oráculo eram divinamente inspiradas e seguiam suas
orientações em questões políticas, militares e pessoais. O Oráculo de Delfos foi uma das
instituições mais influentes da Grécia Antiga e permaneceu em funcionamento até a
chegada do cristianismo (PEREIRA, et al., 2023).
Ora, apesar das suas limitações e vieses, os Chatbots e assistentes virtuais podem
ser comparados como os novos “oráculos virtuais na educação” pela capacidade de
responder a perguntas complexas e fornecer informações úteis para os usuários em todas
as áreas de saber. É claro, os Chatbots ou assistentes virtuais não possuem inspiração
divina tal como acontecia com o oráculo, mas são alimentados por um grande conjunto de
dados e algoritmos baseada em inteligência artificial (IA).São programas que por meio da IA,
mais precisamente do processamento de linguagem natural (PLN), mantém uma conversa
com o usuário, que no cenário da educação, poderia ser utilizado para tirar dúvidas do
estudante, em qualquer hora, em qualquer lugar de maneira rápida (DAS DORES et
al.,2020).
Indo para o contexto da pesquisa, nota-se que a integração e o uso das tecnologias
digitais no ambiente educacional têm gerado discussões e debates sobre como melhor
aproveitar suas capacidades transformadoras para optimizar os processos de ensino e
aprendizagem. Nesse cenário, um dos desenvolvimentos mais intrigantes é a emergência
dos "oráculos virtuais" na educação, mais especificamente, os Chatbots.
Os Chatbots, também conhecidos como assistentes virtuais ou agentes de
conversação, são sistemas de inteligência artificial projectados para interagir com os
usuários por meio de linguagem natural, simulando uma conversa humana. Essas entidades
virtuais, inicialmente associadas ao atendimento ao cliente e à automação de tarefas, agora
estão encontrando sua aplicação inovadora na área educacional, onde têm o potencial de
redefinir a maneira como alunos e professores interagem e colaboram (DAS DORES et al.,
2020). O advento dos Chatbots na educação oferece uma nova perspectiva sobre como
superar esses desafios e revolucionar a dinâmica da sala de aula (DAS DORES et al.,
2020). Essas entidades virtuais podem desempenhar papéis multifacetados, desde fornecer
2. Quadro teórico-conceptual
Para conduzir o embasamento conceptual deste artigo, dois temas que norteiam esta
pesquisa foram escolhidos para síntese em referencial teórico: Chatbots ou assistentes
virtuais na educação e seus benefícios na interação aluno-professor.
GUERREIRO, 2019). De acordo com Camolesi e Jubran (2017, p. 34) os Chatbots podem
ser treinados por quatro modos:
● Supervisionado, com a apresentação de dados de entradas e saídas de informações
desejadas, onde o computador reconhece padrões e os usa para sua classificação,
se moldando de acordo com o modelo apresentado para uma entrada real, ou seja,
são treinados através de dados rotulados; não supervisionado, mediante dados não
rotulados, no qual o sistema faz busca de relações entre eles, porém, não sabe qual
é a resposta correcta, apenas cria padrões por meio destas informações;
● Semi-supervisionado, utilizado para as mesmas utilizações do supervisionado,
porém usa tanto dados rotulados quando os não rotulados, utilizando muito mais o
recurso não rotulado; por reforço, utilizado para robótica, jogos e navegação, ele
aprende por tentativa e erro, que apresenta três componentes, o agente, o ambiente
e as ações, onde seu objectivo é encontrar acções que o melhor recompense.
Segundo Silva Matos e De Oliveira (2021), existem outros assistentes virtuais como
Alexa, Siri e o Google Assistant que podem ser considerados exemplos de interfaces de
usuários de voz, agentes portadores de Inteligência Artificial (IA) capazes de realizar
diversas tarefas dentro de um sistema. A interação com esses assistentes tem a intenção de
requerer o mínimo de esforço cognitivo possível por parte dos usuários, tornando simples a
execução de inúmeras tarefas do cotidiano como o envio de mensagens de texto, buscas
online e organização de agendas (SILVA MATOS & DE OLIVEIRA, 2021).
A principal característica de um bot é o seu código desenvolvido especialmente para
automatizar algumas funções do quotidiano, em especial, a interação com humanos,
podendo, inclusive, desempenhar acções inerentemente humanas e, assim, passar-se por
pessoas durante a realização destas actividades (JÚNIOR & CARVALHO, 2018).
No geral, pode-se dizer que grande parte dos Chatbots têm como base a Inteligência
Artificial (IA), “pois a IA possibilita que eles aprendam através de um padrão nos dados, e
isto está torná-los mais reais que nunca, aumentando a sua capacidade com os humanos de
uma forma mais natural, eficaz e inteligente” (BARROS & GUERREIRO, 2019, p. 11)
2.3. Chatbots e o seu potencial transformador na Interação Aluno-
Professor
Em quase todas teorias de educação, a interação aluno-professor sempre foi a base
fundamental da educação. `Com o aperfeiçoamento das metodologias activas no ensino
aprendizagem, também nota-se que o compartilhamento de conhecimento, a discussão de
ideias e o apoio individual como requisitos essenciais para o aprendizado significativo na
sala de aula. Nos dias actuais, com o avanço tecnológico, os Chatbots emergem como
assistentes virtuais capazes de transformar a interação tradicional entre o aluno-professor
para um outro estágio de aprendizagem.
Segundo Dos Santos et al., (2023, p.11) “a adesão dos alunos e professores ao uso
do Chatbots em particular Chat GPT nas escolas é um tema de grande importância na
actualidade, uma vez que a tecnologia tem se tornado cada vez mais presente em diferentes
áreas da educação”. Os autores Francisco e Antônio (2019, p. 28) entendem que a adopção
de tecnologias digitais em sala de aula pode trazer inúmeros benefícios, tais como “o
aumento da interatividade e da participação dos alunos, a promoção da colaboração e do
trabalho em equipe, e a melhoria da aprendizagem”.
A partir dos autores (ADEMAR el al., 2020; FRANCISCO & ANTÓNIO, 2019) pode
se depreender que a capacidade dos Chatbots no processamento de linguagem natural e
adaptação contextual oferece um potencial transformador para melhorar a qualidade e
eficiência desta interação aluno-professor.
Entretanto, no contexto africano em particular em Moçambique, a aplicação dessas
ferramentas ainda está em expansão, ou seja, ainda é demasiado ínfimo se comparado aos
outros países. É verdade que com o avanço tecnológico e a expansão da globalização,
muitos são os estudantes africanos que recorrem aos Chatbots e assistentes virtuais para
optimizar seus estudos e pesquisas.
Concordando com Ouyang et al. (2022) citado por Dos Santos et al., (2023) que a
implementação dos Chatbots em particular do Chat GPT na prática pedagógica pode ajudar
no processo educacional ao dar feedbacks personalizados, adaptando-se ao ritmo de
aprendizado de cada aluno e criando um ambiente de aprendizagem mais interativo e
colaborativo. Além disso, o Chat GPT pode fornecer uma plataforma para o
desenvolvimento de habilidades de escrita, leitura e comunicação, uma vez que permite a
prática e aperfeiçoamento dessas habilidades por meio da interação com o sistema
(OUYANG et al, 2022 apud DOS SANTOS et al., 2023).
Os autores Das Dores et al., (2020, p. 9) referem que “em uma interação entre
estudante e Chatbot, são criados diversos dados de acesso, o que possibilita a
compreensão das necessidades do usuário, bem como, actualiza e aperfeiçoa as
informações disponibilizadas na plataforma”. Estes dados gerados possivelmente auxiliarão
na compreensão das dificuldades dos discentes, por meio da compreensão de suas
principais necessidades, o que ocorre mediante acompanhamento dos botões mais
Deterding e Dixon (2019, p. 23) citado por Dos Santos et al., (2023) afirmam que “a
criação de assistentes virtuais bem-sucedidos na educação requer uma abordagem
cuidadosa de design, considerando tanto os objectivos pedagógicos quanto às capacidades
tecnológicas”. Garantir que os Chatbots sejam projectados com foco no aprendizado e na
experiência do usuário é fundamental para aproveitar seu potencial transformador.
Além disso, há preocupação de que a linguagem utilizada pelos Chatbots possa ser
inacessível ou inadequada para determinados grupos de alunos, como alunos com
deficiência ou cuja língua materna não é o inglês.
Outro desafio relaciona-se com a preparação e formação dos professores, uma vez
que nem todos eles são nativos digitais. Segundo Dos Santos et al., (2023, p.12) “para que
a adesão ao uso dos Chatbots nas escolas seja efectiva, é preciso que os professores
estejam bem preparados para utilizar a tecnologia eficazmente”. Os professores devem
conseguir integrar os Chatbots em seu planeamento de aula, selecionando tarefas e
actividades que sejam compatíveis com a tecnologia e que permitam aos alunos aproveitá-la
ao máximo (DOS SANTOS et al. 2023).
Outro aspecto importante é a necessidade de garantir a segurança dos dados dos
alunos e professores. Segundo Pokhrel & Chhetri (2021) citado por Dos Santos et al., (2023)
é importante que as instituições de ensino implementem políticas claras de privacidade e
segurança de dados, bem como que os desenvolvedores dos Chatbots forneçam garantias
de que a tecnologia está conforme as regulamentações de proteção de dados. Neste
sentido, o uso de tecnologias baseadas em inteligência artificial como Chatbots/assistentes
virtuais pode exigir “uma maior preparação e treinamento por parte dos professores, bem
como a necessidade de adaptar as práticas pedagógicas às características da tecnologia.
Além disso, é preciso estar atento aos possíveis efeitos negativos, como a exclusão digital e
a falta de acesso à tecnologia por parte de alguns alunos” (DOS SANTOS et al., 2023 p. 12).
Na perspectiva de Barros e Guerreiro (2019) a utilização dos Chatbots também traz
limitações, como o facto de ele não poder fazer actividades para as quais foi programado. A
operacionalização destas tarefas precisa de um conjunto de regras, as quais inserem-se em
um algoritmo e devem ser seguidas de uma forma rigorosa.
Por isso, ele pode não saber lidar com imprevistos, o que pode levá-lo a fornecer
informações fora de contexto, já que, falta-lhe capacidade de improvisação e de
compreensão. Como não são humanos, os Chatbots não conseguem capturar totalmente
as variantes de uma conversa com humanos (BARROS; GUERREIRO, 2019).
3. Metodologia de Pesquisa
A articulação metodológica desta pesquisa foi feita com vista a alcançar os
objectivos estabelecidos no artigo. A seguir procura-se apresentar de forma detalhada toda
trajetória metodológica da pesquisa.
• Forma de abordagem
O estudo adoptou uma abordagem de pesquisa combinatória, do tipo qualitativo e
quantitativo. A escolha desta abordagem é porque permite fornecer uma maior informação
para a nossa investigação. Neste contexto, a sugestão de Flick (2013) considera que cada
grupo de métodos usados funcionará lado a lado, tendo como ponto de convergência a
compreensão do objecto de estudo. O autor Flick (2013) considera que esta combinação
metodológica permite a consistência da pesquisa realizada tanto na dimensão explicativa
(qualitativa) quanto compreensiva (quantitativa). A pesquisa qualitativa permitiu compreender
as diferentes abordagens de vários autores sobre os conceitos de Chatbots ou assistentes
virtuais e sua aplicação na educação, assim como o seu potencial transformador na interação
aluno-professor, enquanto a pesquisa quantitativa permite recolher dados, interpretar e
analisar à partir de um estudo de caso no ISDB para averiguar a implementação e aplicação
dos Chatbots e assistentes virtuais na interação aluno-professor.
• Tipo de estudo
Quanto ao tipo, optou por uma investigação acção, com o objectivo de oferecer uma
ampla proposta do conhecimento sobre as potencialidades pedagógicas e transformadoras
dos Chatbots e assistentes virtuais na interação aluno-professor. A estratégia de
desenvolvimento da investigação pedagógica do tipo Investigação-acção mostrou-se
relevante neste trabalho uma vez que está intimamente ligada à actividade do pesquisador,
pois assenta no paradigma sócio-crítico, encontrando-se direcionado para a investigação, no
seio da educação. Segundo Coutinho et al., (2009) a investigação-acção tem como objectivo
debruçar-se sobre a fenomenologia da situação pedagógica. A investigação-acção
considera o processo de investigação em espiral, interactivo e focado num problema
(COUTINHO et al., 2009). Por isso, para este estudo, foi um excelente guia para orientar as
práticas educativas fundamentadas nos Chatbots e assistentes virtuais, numa perspectiva
de melhorar o ensino e o ambiente de aprendizagem assim como a interação aluno-
professor.
O artigo obedece a sequência descritiva por um lado, com o objectivo de observar,
registrar e descrever as características do fenômeno a ser estudado, e por outro assume a
sequência exploratória (COUTINHO et al., 2009). A combinação descritiva e exploratória
permitiu examinar, descrever, analisar e compreender o como e os porquês dos fenômenos
em estudo, de forma holística e em profundidade, no seu contexto natural, recorrendo-se a
variadas técnicas de recolha de dados.
Quanto às técnicas de pesquisa, recorreu-se a uma pesquisa bibliográfica onde fez-
se inicialmente a recolha e sistematização da bibliografia relevante. No primeiro momento
recorreu-se a uma busca de bibliografia disponível nas plataformas online que aborda sobre
o uso de Chatbots ou assistentes virtuais na educação, dentro desta bibliografia fez-se a
classificação dos livros específicos e autores mais actuais que tratam do tema em estudo. O
❖ População e Amostra
De acordo com Flick (2013, p.77) “a maioria dos estudos empíricos envolve fazer
uma selecção de um grupo para o qual as proposições serão avançadas no final”. Por isso,
a pesquisa teve como população a comunidade académica do ISDB. A comunidade
académica foi agrupada em docentes, estudantes, corpo administrativo e a direção do ISDB.
Uma vez que o interesse da pesquisa foi de colher as percepções e conhecimento dos
docentes sobre aplicação dos Chatbots/assistentes virtuais na interação aluno-professor,
fez-se uma amostra de 25 professores do ISDB. Como critérios de seleção, recorreu-se a
uma amostragem intencional (purposive sampling). Nesse tipo de amostragem, os
participantes foram selecionados com base em critérios específicos, como sua experiência,
Femenino,
9, 36%
Masculino,
16, 64%
Masculino Femenino
19
20
10 3 3
0 0
0
18-28 29-39 40-50 51-61 >61
Analisando o gráfico acima, percebe-se que a maior parte dos professores do ISDB,
possuem entre (29 a 39 anos= 76%) o que significa que este universo é caracterizado por
jovens e adultos. Desta feita, importa realçar que esse potencial de idade é fundamental
para a nossa amostra na medida em que a actividade docente e domínio das ferramentas
educativas como Chatbots exige dinamismo e muita disposição dada a complexidade do
processo.
Se por um lado, a idade mais jovem pode influenciar a disposição dos professores
para adoptar novas abordagens pedagógicas e tecnologias e mais familiarizados e
confortáveis com o uso de recursos tecnológicos em sala de aula como é o caso de
Chatbots ou assistentes virtuais, por outro lado, os mais velhos podem ter uma abordagem
mais tradicional. No entanto, muitos professores mais velhos estão abertos a aprender e se
adaptar a novas metodologias, desde que haja suporte e oportunidades de desenvolvimento
profissional. Entretanto, constatou-se que existem no ISDB outros docentes que não foram
contemplados no estudo porque estavam ausentes, suas idades variam de 51 a 60 anos. O
gráfico que segue procura representar as idades dos professores. Notamos que a instituição
em análise possui professores com quase todas faixas etárias.
Quanto a formação dos professores, com base no gráfico número 3 que é
apresentado a seguir, verifica-se que todos os professores possuem uma formação de nível
superior, ou seja, 12 Professores que equivalem a 48% possuem o nível de pós-Graduação,
enquanto que 8 professores inquiridos que são 32% possuem o nível de mestrado, também
temos 4 professores que equivalem a 16% com o nível de licenciatura, por último 1
professor que é 4% com o nível de doutoramento. Realçar que para além destes docentes,
o ISDB possui outros docentes internos e externos com diferentes graus de formação, o que
contribui para a qualidade de ensino da mesma.
Gráfico 3: Habilitações Literárias dos Professores
14 12
12
10 8
8
6 4
4 1
2 0 0
0
20
15
10
5
0
SIM NÃO
Ja ouviu Falar de Chatbots 16 9
Esta familiariazado com os
13 12
Chatbots
15 17
15
10 13 13 12
10 9 10
5 8 8 7
0020000000 1431111010 1 4 5 4333 53 3100000221
0
Muito mau Mau Neutro Bom Muito Bom
todas as ferramentas os docentes têm conhecimento, por isso as respostas foram aleatórias
ou quase (Neutras). Entretanto, apesar deste desconhecimento, alguns docentes
responderam ainda que em pouca percentagem que, as ferramentas listadas no gráfico, são
bons. É evidente no gráfico acima que o nível elevado de respostas encontra- se na opção
neutra. Estas ferramentas apesar de serem antigas, com excepção do ChatGPT que é
recente, ainda não fazem parte do conhecimento dos docentes.
Para os autores Tsivitanidou e Loannou (2020), o uso de Chatbots no apoio à
educação superior ainda é demasiado ínfimo e pouco conhecido pelos professores em
comparação a aplicação destas tecnologias nos campos do comércio, da saúde e do sector
de serviços. No entanto, os autores afirmam que esta tendência está em expansão. A grande
responsabilidade está nas Universidades, em formar, actualizar seus docentes sobre estas
novas abordagens tecnológicas aplicadas à educação.
4.4. Utilização dos Chatbots como plataformas de ensino e interação
Aluno-Professor
Questionados os docentes sobre a utilização destas ferramentas para a interação
Aluno-Professor. As respostas obtidas nesta pergunta de alguma forma foram influenciadas
pela anterior, conforme pode-se verificar no gráfico 6.
Gráfico 6: Utilização dos Chatbots ou Assistentes Virtuais na Interação Aluno-Professor
Respostas
5. Considerações Finais
Nesta pesquisa, dedicamo-nos a explorar o potencial transformador dos oráculos
virtuais na interação aluno-professor, focalizando especificamente no uso de
Chatbots/assistentes virtuais no contexto do ISDB. Ao recapitular nossos objectivos,
observamos que nossa busca era compreender como essas inovações tecnológicas
poderiam influenciar a dinâmica educacional e abrir novas possibilidades para o ensino e
interação Aluno-Professor. Nossas observações revelaram que essas ferramentas têm o
potencial de catalisar mudanças significativas no ambiente educacional. Os resultados
quantitativos e as percepções qualitativas destacaram a melhoria da acessibilidade à
informação, a personalização da experiência de aprendizagem e a promoção da
participação activa dos alunos. Em conclusão, os oráculos virtuais emergem como agentes
transformadores na educação, com o potencial de redefinir a maneira como alunos e
professores interagem. É importante reconhecer as limitações deste estudo, como a
necessidade de abordar preocupações éticas e garantir a segurança dos dados dos alunos.
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