Cálculo de Carga Térmica - Camaras

Refrigeração Comercial
ESCOLA “OSCAR RODRIGUES ALVES”

Cálculo de Carga Térmica
Carga Térmica
O que é:
• Quantidade de calor que deve ser

adicionada ou removida de um ambiente,
câmara ou equipamento para que
consigamos controlar sua temperatura.
Para que serve:
• Para podermos selecionar e/ou projetar

os equipamentos que irão retirar ou
fornecer o calor necessários, mantendo
assim o controle da temperatura.
Exemplos:
• Carga térmica de aquecimento Para projetar piso aquecido

(piso radiante) e aquecimento de piscinas.
• Carga térmica de refrigeração Para projetar ar condicionado de
escritório e câmaras frigoríficas.
Foco:
• Neste curso o foco será o cálculo de carga térmica de refrigeração

para uso em:
Câmaras frigoríficas de resfriados

Câmaras frigoríficas de congelados
Câmaras de resfriamento
Câmaras de congelamento
Túneis de resfriamento
Túneis de congelamento
Câmaras frigoríficas de estocagem
• Câmaras Frigoríficas de Resfriados

• Câmaras Frigoríficas de Congelados
Produto a ser estocado entra numa temperatura próxima à

da câmara
Giro ou movimentação diária normalmente varia de 10 a
30% da capacidade de estocagem da câmara.
O produto “quente” deve ter sua temperatura rebaixada
normalmente em 24 horas
Carga térmica baixa, comparada ao volume da câmara
equipamentos pequenos.
Câmaras frigoríficas de processo
• Câmaras de Resfriamento
• Câmaras de Congelamento
Produto a ser estocado entra numa temperatura bem maior
que a da câmara
Giro ou movimentação diária pode ser uma % da
capacidade de estocagem da câmara ou ainda correspoder a
100% da estocagem.
O produto “quente” deve ser resfriado ou congelado
normalmente em 24 horas.
Carga térmica média quando comparada ao volume da
câmara equipamentos médios.
Túneis
• Túneis de Resfriamento
• Túneis de Congelamento
Produto a ser estocado entra numa temperatura bem maior
que a da câmara
Giro ou movimentação diária normalmente correspode a
100% da estocagem.
O produto “quente” deve ser resfriado ou congelado
normalmente em algumas horas ou até mesmo em minutos.
Carga térmica alta quando comparada ao volume da
câmara equipamentos grandes.
Potência frigorífica & carga térmica
Pressão (p)
P.condensação 3 2
P.sucção 5
4 1
CT
Qf Wc
h3=h4 h5 h1 h2 Entalpia (h)
• Transmissão de Calor
• pelas paredes da câmara
Fontes de calor • pelo teto da câmara
• pelo piso da câmara
• Carga de Produto
• Resfriamento
• Congelamento
• Sub-Resfriamento
• Respiração
• Embalagem
• Cargas Internas
• Pessoas
• Empilhadeiras
• Equipamentos
• Iluminação
• Infiltração de Ar
• Cargas relacionadas ao Equipamento

• Degelo
• Motoventiladores
• Calor de Reaquecimento
Transmissão de calor
Transmissão de calor
Quando uma das paredes ou teto estiverem expostas à incidência solar, a carga
térmica será maior devido ao efeito da radiação solar :
Carga de produto
Carga de produto – Método convencional
+30
+25
RESFRIAMENTO
+20
+15
+10
+05
-05
SUB-RESFRIAMENTO
-10 Açúcar + O2 = Co2+H2O
-15
+
-20
CALOR
-25
Cargas internas
Infiltração por troca de ar
Infiltração por troca de ar
Cargas relacionadas ao equipamento
Cargas relacionadas ao equipamento
Transmissão
+
Produtos
+
Cargas Internas
+
Infiltração Selecionar Evaporador(es)
+
Cargas do Equipamento
•Ventiladores
•Degelo
CARGA TÉRMICA Selecionar U.C.

Capacidade U.C. > Carga
Térmica
EXEMPLO
Câmara Frigorífica para Entreposto

Pesqueiro
Detalhes do Local
• Portas: altura h = 3,0 m

• Isolante térmico: Poliuretano expandido, espessura será
especificada em função da temperatura interna da câmara.
• A câmara está dentro de um galpão livre de insolação, exceto a
parede oeste, que dá entrada para a câmara, e está revestida de
tijolos de barro, conforme croqui.
Observação: A massa das embalagens, por motivos didáticos, foi

super estimada.
Início dos Cálculos

.
Q
T1 = temperatura do lado 1 [ºC]; [ºF]; [ºC]

T2 = temperatura do lado 2 [ºC]; [ºF]; [ºC]
e = Espessura das paredes [m]; [ft]; [m]
Transmissão de calor pelas parede, teto e piso.
• Qtransmissão = A x U x (Te – Ti)

A – área da câmara (m2)
U – coeficiente global de transmissão de calor
(Kcal/h.m2.°C)
Te – temperatura externa °C
Ti – temperatura interna °C
Tabela 1 – Parâmetros de temperatura para cálculo de carga térmica
Temperatura da Espessura
câmara (°C) (mm)
8 a 20 60
3a8 80
-5 a 3 100 a 120
-15 a –5 150
-20 a –15 180
-30 a –20 200
-40 a –20 240
Detalhes de uma
câmara pré moldada
Tabela 3 – Valor de coeficiente de película do ar na parede

Tabela 4 – Valor de coeficiente global de transmissão de calor (U) de materiais

Parede alvenaria com poliuretano (Parede 1)
A parede 1, junto à câmara de processo, conforme pode ser observado no
croqui, é constituída junto a uma parede de alvenaria de 200 mm de espessura,
conforme pode ser verificado no desenho baixo.
Tijolo de Barro Ktij = 0,62 Kcal / h.m.ºC

e tij = 200 mm
Poliuretano Kpar = 0,027 Kcal / h.m.ºC
epar = 80 mm
Película interna hi = 19,51 Kcal / h.m2.ºC
Película externa he = 8,05 Kcal / h.m2.ºC
Cálculo
Observação:
Os valores de condutibilidade térmica e película, externa e

interna, são tabelados.
Alguns projetistas costumam excluir de seus cálculos as películas,
desta forma o valor do “U” ficará maior, o que significa que a
parede, mediante cálculo, permitirá um maior fluxo de calor,
ficando nosso cálculo superdimensionado.
Paredes de Poliuretano (Paredes 4, 6 e teto do processo)
Estas superfícies, junto a câmara de processo, conforme pode ser observado no
croqui, são constituídas somente de paredes de poliuretano com 80 mm de
espessura.

epar = 80 mm
Parede de poliuretano (e) = 200 mm (teto e paredes 2,3,5,7)
Estas superfícies, junto a câmara de congelados , conforme pode ser observado
no croqui, são constituídas somente de paredes de poliuretano com 200 mm de
espessura.
epar = 200 mm
Cálculo
Piso
Devemos tomar um especial cuidado com o piso, principalmente

para câmaras de baixa temperatura sobre o solo, pois pode ocorrer
congelamento da água contida no solo e danificar o piso de
concreto.
É necessário realizar o isolamento do mesmo, segundo
recomendações da ASHARE e outras literaturas.
No nosso exemplo faremos uma montagem simplificada com o
intuito de exercício, para maiores detalhes, consultar as normas
acima.
Dados:
Laje de Concreto Kt = 1,204 Kcal / h.m.ºC
elaj = 200 mm
Poliuretano KP = 0,027 Kcal / h.m.ºC
epol = 200 mm
Pedrisco Kt = 0,860 Kcal / h.m.ºC
eped = 300 mm
Película interna hi = 19,51 Kcal / Kcal / h.m2.ºC
Cálculo
Upiso = 0,1254 Kcal / h.m2.ºC

Coeficiente Global de Transmissão de Calor (U)
O Coeficiente Global de transmissão de calor de todas as superfícies que
compõe as câmaras frigoríficas podem ser resumidas na tabela abaixo.
Calor por transmissão de calor
Qtransmissão = Aparede . U . (∆t)
Qtransmissão = Apiso . U . (∆t)
Qtransmissão = Ateto . U . (∆t)
Qtransmissão = calor de transmissão paredes, teto e piso (Kcal/h)
Aparede, piso e teto = área da parede (m2)
U = Kcal/h.m2 ºC
∆t = diferença de temperatura entre ambos os lados das
superfícies. (t.ext. - t.int.)
Tabela de fator de dispersão de

calor (Kcal/ m2 24h). No cálculo
da nossa câmara não iremos
consultá-la.
Tabela – 5 Fator de correção do ∆t (Para Insolação)
Fator de correção para temperaturas de câmaras frigoríficas Fc ∆t (ºC)
Tipos de superfícies OESTE NORTE LESTE TELHADO
Superfícies escuras
Pintura preta 5,0 3,0 5,0 11
Telhado fibrocimento
Superfície meia cor
Tijolo, telha de barro
4,0 3,0 4,0 9,0
Pintura vermelha, cinza,
verde.
Superfícies claras
Pedra branca 3,0 2,0 3,0 5,0
Pintura branca
Fonte: ASHRAE – Refrigeration 1998 – Capitulo 12
Obs.: Não usar esta tabela em instalações de ar condicionado.
Fator de correção do ∆t para entreposto pesqueiro
No exemplo do entreposto pesqueiro, a parede de alvenaria, feita de

tijolos de barro, voltada para a fase oeste, com espessura de 200 mm
e isolada internamente com poliuretano, esta exposta ao sol, desta
forma deve ser aplicado um fator de correção para o ∆t na parede,
pela tabela 5;
Fc ∆t = 4 ºC
Cálculo de calor por transmissão (fluxo) de calor câmara de
processo
Superfície 1
Qtransmissão = Aparede . U . (∆t + Fc)
Qtransmissão = 36 x 0,2889 x (28 + 4)
Qtransmissão = 332,8128 Kcal/h
Superfície 4
Qtransmissão = Aparede . U . ∆t
Qtransmissão = 22,5 x 0,3186 x 28
processo
Superfície 6
Qtransmissão = Aparede x U x (∆t)
Qtransmissão = 22,5 . 0,3186 . 28
Teto
Qtransmissão = Ateto x U x ∆t
Qtransmissão = 40 . 0,3186 . 28
processo
Piso
Qtransmissão = Apiso x U x ∆t
Qtransmissão = 40 x 0,1254 x 22
Q total transmissão = ∑ dos calores da superfícies

Q total transmissão = 332,8128 + 200,718 + 200,718 + 356,832 +
110,352
Q total transmissão = 1201,433 Kcal/h
Cálculo de calor por transmissão (fluxo) de calor câmara de processo
ÁREA COEFICIENTE ∆t (t.ext. – Fc ∆t Q trans.

SUPERFÍCIE
(m2) GLOBAL (Kcal/ m2ºC t.int.) ºC (∆t+ Fc) Kcal/h
332,8128
1 36 0,2889 33(1)-5=28 32(2)
8
4 22,5 0,3186 28 - 200,718
6 22,5 0,3186 28 - 200,718
Teto 40 0,3186 28 - 356,832
22(3)(tpo –
Piso 40 0,1254 - 110,352
ti)
Total 1201,433 Kcal/h
tpo = temperatura de ponto de orvalho

ti = temperatura interna
Transmissão de calor na câmara de processo (paredes, piso, teto) em 24 horas
Normalmente a transmissão de calor nas câmaras frigoríficas é calculada para um

período de um dia, ou seja, devemos multiplicar o valor obtido anteriormente no
cálculo da transmissão de calor, por 24 h, desta forma, o calor de transmissão na
câmara de processo pelas paredes, piso e teto será referente a um período de um
dia:
Q24h = Q total x 24h

Q24h = 1201,4328 Kcal / h x 24h
Q Processo = 28834,4 Kcal / 24 h
Observação:
(1)A temperatura externa (Te) deve ser encontrada em manuais da ABNT, como
por exemplo NBR 16401. Nosso projeto: Santos / SP temp. ext.= 33ºC
(2) O ∆t corrigido devido a insolação será (∆t + Fc ) = 28 ºC + 4,0 ºC = 32 ºC
(3) No caso do piso o ∆t será a diferença de temperatura interna da câmara e a

temperatura do solo, que pode ser considerada como a temperatura de bulbo
úmido do local.
Temperatura do piso = (temperatura solo) temperatura BU local.
No caso de Santos / SP = 27ºC
congelados
Superfície 2
Qtransmissão = Aparede x U x (∆t + Fc)
Superfície 3
Qtransmissão = Aparede x U x ∆t
congelados
Superfície 5
Superfície 7
congelados
Piso
Qtransmissão = Apiso x U x (tpo - ti)
Qtransmissão = 128 x 0,1254 x [27 – (-20)]
Teto
Qtransmissão = Ateto x U x ∆t
congelados
Q total transmissão = ∑ dos calores da superfícies

Q total transmissão = 118,62 + 251,474 + (2 x 502,95) + 754,41 +
894,13
Q total transmissão = 3024,53 Kcal/h

Cálculo de calor por transmissão (fluxo) de calor câmara de congelados
COEFICIENTE
ÁREA ∆t (t.ext. – Fc ∆t Q trans.
SUPERFÍCIE GLOBAL (Kcal/
(m2) t.int.) ºC (∆t+ Fc) Kcal/h
m2ºC
2 36 0,1318 25 - 118,62
3 36 0,1318 53 - 251,474
5 72 0,1318 53 - 502,95
7 72 0,1318 53 - 502,95
Teto 128 0,1318 53 - 894,13
47 (tpo –
Piso 128 0,1254 - 754,41
ti)
Total 3024,53 Kcal/h
tpo = temperatura de ponto de orvalho

ti = temperatura interna
Transmissão de calor na câmara de congelados (paredes, piso, teto) em 24
horas.
Normalmente a transmissão de calor nas câmaras frigoríficas são calculadas para

um período de um dia, ou seja, devemos multiplicar o valor obtido anteriormente
no cálculo da transmissão de calor, por 24 h, desta forma, o calor de transmissão na
câmara de congelado pelas paredes, piso e teto será referente a um período de um
dia:
Q24h = Q total x 24h

Q24h = 3024,53 Kcal / h x 24h
Q congelado = 72588,72 Kcal / 24 h
Resumo cálculo
Fluxo de calor transmitido através das paredes/teto e piso das

câmaras frigoríficas:
Câmara de processo
Q Processo = 28834,4 Kcal / 24 h
Câmara de congelados
Q congelado = 72588,72 Kcal / 24 h
Infiltração de calor
• Toda vez que a porta da câmara

se abre, ocorre a infiltração de
calor, ou seja, o ar externo mais
quente se infiltra e deve ser
resfriado nas condições internas e
consequentemente aumenta a carga
térmica total, conforme figura ao
lado.
Calor de infiltração por abertura de porta.
Qinfiltração = mar x (h.ext. – h. int.)
Qinfiltração = vol. do ar trocado em 24h x 1 x (h.ext. – h.int.)

vol. espec. ar ext.
Qinfiltração = quantidade de calor infiltrado (Kcal/24h)

mar = vazão em massa de ar infiltrado na câmara (Kg/24h)
h.ext. = entalpia do ar externo = obtido na carta psicrométrica (kcal / Kg)
h.int. = entalpia de ar interno = obtido na carta psicrométrica (Kcal / Kg)
Volume do ar trocado em 24h = volume da câmara x fator da tabela 6 (m3 / 24h)
Volume específico do ar (v) externo = obtido na carta psicrométrica (m3 / Kg)
Tabela 6 – Troca de ar em 24 horas em função do volume
Observação:
Para câmaras de armazenamento (com poucas aberturas de porta) multiplicar os
valores da troca de ar em 24 horas por 0,6.
Pode ser que seja necessário uma introdução artificial de ar externo, para diluir
concentrações de gases emitidos pelo produto (muito comum no armazenamento
de vegetais), ou porque trabalham pessoas dentro da câmara, desta forma
devemos adicionar uma carga de ar externo para compensar os gases emitidos.
Este ar introduzido não é o de abertura das portas conforme tabela acima.
(1) ASRE (American Society of Refrigerating Engineers) e a ASHVE (American Society

of Heating & Ventilating Engineers) se reunirão e em 1959 se tornaram a ASHRAE
(American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers)
Observação:
Os valores das entalpias, como também os de volume
específico, podem ser obtidos na carta psicrométrica.
Como é muito difícil obtermos carta psicrométrica com
temperaturas negativas, vamos utilizar a tabela 7 relacionando
entalpia, volume específico em função da temperatura e
umidade relativa.
Tabela 7 – Tabela de valores psicrométricos para câmaras frigoríficas
Cálculo do calor na câmara de congelados por infiltração de ar
Começaremos os cálculos pela câmara de congelados, por ser

maior que a câmara de processo, tendo desta forma um maior
volume de ar infiltrado em 24 horas. Todo o ar infiltrado é
proveniente da câmara de processo e se encontra a temperatura de
5ºC.
Volume da câmara (Vol.)

Vol. = L x L x h
Vol. = 16 m x 8,0 m x 4,5 m
Vol. = 576 m3
Número de trocas de ar (tabela 6)
Vol. = 576 m3 (temp. < 0ºC) - 2,6 trocas de ar em 24 h
Volume de ar trocado (Var )

Var = número de trocas do ar x volume interno da câmara
Var = 2,6 trocas de ar / 24hs x 576 m3
Var = 1498 m3 / 24 h
Cálculo do calor por infiltração do ar na câmara de congelados (Qcong. )

Temp. ext. = 5ºC UR ext. = 70%
Temp. int. = -20ºC UR int. = 90%

vol. espec. ar ext.
Qinfiltração = 1498 x (1/0,7927) x [3,46 – (- 4,46)]
Qinfiltração = 14.966,8 Kcal/24h

Cálculo do calor na câmara de processo por infiltração de ar.
O ar que penetra nesta câmara é proveniente do lado externo, e se

encontra a uma temperatura de 33 ºC
Volume da câmara (Vol.)

Vol. = L x L x h
Vol. = 5 m x 8,0 m x 4,5 m
Vol. = 180 m3
Número de trocas de ar (tabela 6)
Vol. = 180 m3 (temp. > 0ºC) - 6,0 trocas de ar em 24 h
Volume de ar trocado (Var )

Var = número de trocas do ar x volume interno da câmara
Var = 6,0 trocas de ar / 24hs x 180 m3
Var = 1080 m3 / 24 h
Nota: O volume de ar penetrado na câmara de processo deveria ser de Var =

1080 m3/24hs, contudo este ar deve também sem infiltrado, posteriormente,
na câmara de congelados que possui uma vazão de ar por infiltração bem
maior, desta forma considera-se o volume de ar infiltrado na câmara de
processo similar ao da câmara de congelados .
Então, Var = 1498 m3 / 24h

Cálculo do calor por infiltração do ar na câmara de processo
(Qproc. )
Temp. ext. = 33ºC UR ext. = 65%
Temp. int. = 5ºC UR int. = 70%
vol. espec. ar ext.
Qinfiltração = 1498 x (1/0,8828) x (20,63 – 3,46)

Qinfiltração = 29.135,32 Kcal/24h
Resumo cálculo
Calor de infiltração nas câmaras de congelados e processo por

infiltração do ar :
Qinfiltração processo = 29.135,32 Kcal / 24 h

Qinfiltração congelados = 14.966,8 Kcal / 24 h
Calor de produto
• Produto submetido à
temperatura maior do que aquela
interna (temperatura do mesmo),
numa câmara frigorífica cede
calor até sua temperatura baixar
ao ponto de conservação,
conforme figura ao lado
Calor do produto
Qproduto = m . c . ∆t
Qproduto = quantidade de calor produto (Kcal)

m = massa do produto (Kg)
c = calor específico do produto
∆t = diferença de temperatura (temperatura de entrada – temperatura
interna)
Calor do produto
Para o cálculo do calor do produto, será variável por uma ou mais

etapas, ou seja, quando o produto tiver que ser congelado à
temperatura abaixo do ponto de congelamento a carga deverá ser
calculada da seguinte forma:
• Calor antes do ponto de congelamento (calor sensível)

• Calor do produto em congelamento (calor latente)
• Calor do produto após congelamento (calor sensível)
Calor do produto
• Calor cedido antes do ponto de congelamento (calor sensível).

A carga térmica sensível é em função do peso do produto a qual
submete o tratamento, da variação de temperatura do produto e o
calor específico.
Qproduto pré congelamento = m . c . ∆t

Calor do produto
• Calor cedido durante congelamento (calor latente)

A carga térmica latente é a quantidade de calor relativa ao
congelamento do produto, e é em função da massa do produto a
congelar e do seu calor latente de fusão.
Qproduto em congelamento = m . Lfusão

Calor do produto
• Calor cedido pós congelamento (calor sensível)

A carga térmica sensível é função do peso do produto a qual
submete o tratamento, da variação de temperatura do produto e o
calor específico.
Qproduto pós congelamento = m . c . ∆t

Só para lembrar
Calor do produto
• Calor de respiração do produto

Alguns produtos como frutas frescas e as verduras, permanecem
vivos durante a conservação na câmara e estão sujeitos a
continuarem com reações químicas que produzem calor de
respiração.
Qrespiração do produto = m . crespiração

Qac = m x Cac x(t.ent. – t. cong.)

Qcong = m x L
Qdc = m x Cdc x(t. cong. –t. câmara)
m= massa de produto a ser introduzido câmara em 24h Kg/24h:

Cac = calor específico do produto antes do congelamento (tabela 8E) Kcal/K g ºC;
L = calor latente de congelamento do produto (tabela 8E) Kcal/kg ;
Cdc = calor específico do produto depois do congelamento (tabela 8E) Kcal/K g ºC:
t.ent. = temperatura de entrada do produto na câmara ºC ; ºC
t. cong. = temperatura de congelamento do produto (tabela 8E) ºC ; ºC
t. câmara = temperatura da câmara frigorífica de congelado ºC ; ºC
Tabela 8A - Dados de produtos
Tabela 8B - Dados de produtos
Tabela 8C - Dados de produtos
Tabela 8D - Dados de produtos
Tabela 8E - Dados de produtos
Tabela 8F - Dados de produtos
Tabela 8G - Dados de produtos
Observação: Os valores de calor específico e latente de

congelamento estão em Kj/Kg ºC
Câmara de processo
Rotatividade 1500 Kg / dia.

mpeixe = 1500Kg / 24h
Peixes – diversos
t. entrada = 33ºC (temperatura ambiente)
t. final = temperatura câmara de processo = 5ºC
C. específico (antes do congelamento) = 0,7786 Kcal/Kg ºC
Qproduto pré congelamento = m x c x ∆t

Qproduto pré congelamento = 1500 x 0,7786 x (33 – 5)
Qproduto pré congelamento = 32701,2 Kcal/24h
Câmara de congelamento
Peixes – diversos
t. Congelamento = -2,2ºC (tabela)
C. específico (antes do congelamento) = 0,7786 Kcal/Kg ºC
Qproduto pós congelamento = m x c x ∆t

Qproduto pós congelamento = 1.500 x 0,7786 x [5 - (-2,2)]
Qproduto pós congelamento = 8.408,9 Kcal/24h
Peixes – diversos
Latente de fusão = calor de congelamento 58,52 Kcal/Kg ºC
Qproduto em congelamento = m x Lfusão

Qproduto em congelamento = 1.500 x 58,52
Qproduto em congelamento = 8.7780 Kcal/24h

mpeixe = 1.500Kg / 24h
Peixes – diversos
t. Congelamento = -2,2ºC
t. final = - 20ºC
C. específico (após congelamento) = 0,4156 Kcal/Kg ºC
Qproduto pós congelamento = m x c x ∆t
Qproduto pós congelamento = 1.500 x 0,4156 x [(-2,2 – (- 20)]
Qproduto pós congelamento = 11.096,52 Kcal/24h
Resumo cálculo
Calor de processo
Qproduto pré congelamento = 32.701,2 Kcal/24h
Calor Total de Congelamento (Q Câmara de Congelado)

Q Câmara Congelado = Qac + Qcong. + Qdc
Q Câmara Congelado = 8.408,9 + 87.780 + 11.096,52
Q Câmara Congelado = 10.7285,42 Kcal/24h
Calor de ocupação
• As pessoas também dissipam

calor por movimentação durante a
sua permanência no interior da
câmara, conforme figura ao lado.
Calor de ocupação
Qocupação = N x f.cp. x t
Qocupação = quantidade de calor de pessoas (Kcal/h pessoa)

N = número de pessoas na câmara
f.cp. = fator de calor liberado por pessoa (Kcal/h) tabela 9
t = tempo horas de trabalho no interior da câmara (h)
Tabela 9 – Calor liberado por pessoa em função temperatura

Cálculo do calor fornecido pelas pessoas na cooperativa de peixe
Câmara de processo
Dentro da câmara de resfriados, onde é feito o processamento dos

peixes, trabalham durante doze horas (12 h) um total de 10 pessoas em
turnos diversos.
Temperatura da câmara processo = 5ºC
Número de pessoas = 10
Tempo de permanência = 12 horas
Calor fornecido por pessoa F.cp = 206 Kcal/h pessoa (tabela 9 -
temperatura de 5ºC).
Câmara de processo
Qocupação = 10 x 206 x 12
Qocupação = 24.720 Kcal/24h
Cálculo do calor fornecido pelas pessoas na cooperativa de peixe
Dentro da câmara de congelados, onde é feito o armazenamento dos

peixes, trabalham durante duas horas (2 h) um total de 2 pessoas.
Temperatura da câmara processo = -20ºC
Número de pessoas = 2
Tempo de permanência = 2 horas
Calor fornecido por pessoa F.cp = 335 Kcal/h pessoa (tabela 9 -
temperatura de -20ºC).
Qocupação = 2 x 335 x 2
Resumo cálculo
Calor de ocupação (processo)

Calor de ocupação (Congelamento)

Q Câmara Congelado = 1.340 Kcal/24h
Calor de iluminação
• O tipo de lâmpada poderá resultar

em cargas térmicas apreciáveis, de
acordo com o tipo a ser utilizada a
carga poderá ser menor.
Observação: as lâmpadas de sódio

emitem menor calor em relação as
de vapor de mercúrio e
fluorescente, já a incandescente
emite o dobro.
Iluminação recomendada sem pessoas

A iluminação das câmaras frigoríficas, sem pessoas trabalhando
continuamente no seu interior, deve ser suficiente para a
movimentação de pessoas e carga no seu interior, sendo que existe
uma recomendação da ASHRAE (Refrigeration 2002 – página 12.7)
com um valor mínimo para esta iluminação de:
Iluminação = 10,8 W / m2
Lâmpada incandescente
Qiluminação = N x P x 860(Kcal/h) x t
Qiluminação = quantidade de calor de iluminação (Kcal/24h)
P = potência da lâmpada (KW)
N = número de lâmpadas na câmara
860 Kcal/h = fator de conversão KW/Kcal
t = Tempo de utilização em horas no interior da câmara
Lâmpada fluorescente
Qiluminação = N x P x 860(Kcal/h) x t x 1,25

Qiluminação = quantidade de calor de iluminação (Kcal/24h)
P = potência da lâmpada (KW)
N = número de lâmpadas na câmara
860 Kcal/h = fator de conversão KW/Kcal
t = Tempo de utilização em horas no interior da câmara
1,25 = fator de carga térmica do reator (não utilizar se o reator
estiver fora da câmara ou for eletrônico.
Calor de iluminação câmara de processo
Lâmpada fluorescente
Iluminação = 10 lâmpadas de 110 W
Tempo de utilização = 12 horas
Qiluminação = N x P x 860(Kcal/h) x t x 1,25

Qiluminação = 10 x 0,11 x 860 x 12 x 1,25
Qiluminação = 14.190 Kcal/24h
Calor de iluminação câmara de congelado
Lâmpada incandescente
Iluminação = 10 lâmpadas de 100 W cada
Qiluminação = N x P x 860(Kcal/h) x t
Qiluminação = 10 x 0,11 x 860 x 2
Qiluminação = 1.892 Kcal/24h
Calor devido aos motores
• Esta é a carga produzida pelos

motores dos equipamentos auxiliares
como por exemplo esteiras, mesa
giratória, empilhadeira e etc.
Qmotor = P x 632 x t
η
Qmotor = quantidade de calor de motores (Kcal/24h)
P = potência do motor (CV)
632 = fator de conversão CV para Kcal/h
t = tempo de utilização em horas na câmara
η = rendimento do motor
Qmotor = KW x 860 x t
η
Qmotor = quantidade de calor de motores (Kcal/24h)
KW = potência do motor (KW)
860 = fator de conversão KW para Kcal/h
t = tempo de utilização em horas na câmara
η = rendimento do motor
Observações: Se o motor for especificado em HP o fator de
conversão será 641.
(HP = 641 Kcal / h)
Normalmente o rendimento do motor não é especificado pelo
fabricante, neste caso usar os valores de η da tabela abaixo:
Calor de motor na câmara de processo
Equipamentos
Esteiras de transporte = 3 motores de 1,5 CV
η
Qmotor = (3 x 1,5) / 0,68 x 632 x 12
Qmotor = 50.188 Kcal/24h
Calor de motor na câmara de congelado
Equipamentos
Empilhadeira elétrica = 1 motor de 15 CV
η
Qmotor = (1 x 15) / 0,85 x 632 x 2
Qmotor = 22.306 Kcal/24h
Calor de embalagem
• Esta carga é aplicada apenas quando

a quantidade de material utilizado
apresentar um valor maior que 10%
do massa bruta que entra na câmara.
Calor devido a embalagem
A embalagem do produto, quando existir, deve ter o seu valor
inserido nos cálculos da carga térmica da câmara frigorífica.
Devemos lembrar que as embalagens possuem somente calor
sensível e podem ser calculados pela seguinte equação:
Qembalagem = m x c x (∆t)
Qembalagem = calor fornecido pela embalagem (Kcal/24h);
m = massa de embalagem (Kg);
c = calor específico da embalagem (tabela 10) Kcal/Kg ºC;
∆t = diferença de temperatura entre a inicial da embalagem e a
temperatura da câmara (ºC).
Tabela 10 : calor específico de alguns materiais de embalagens
Cálculo do calor de embalagem da cooperativa de peixe
Em nosso exemplo da cooperativa de peixe, suponhamos que os
peixes são embalados em sacos plásticos, contendo em cada um
1Kg de peixe, posteriormente estes serão armazenados em caixas
de papelão, contendo cada uma 10 sacos com o produto.
Sendo:
massa embalagem plástica = 50g
massa embalagem papelão = 200g
Determinar a massa de embalagem plástica
Sabendo-se que a massa de produto é de 1500 Kg / 24h, podemos

determinar a massa das embalagens:
massa de plástico = massa do produto x peso da embalagem

massa de produto/embalagem
massa de plástico = (1500 / 1) x 0,05

massa de plástico = 75 Kg / 24h
Determinar a massa de embalagem papelão
Sabendo-se que a massa de produto é de 1.500 Kg / 24h, podemos

determinar a massa das embalagens:
massa de papelão = massa do produto x peso da embalagem

massa de produto/embalagem
massa de papelão = (1.500 / 10) x 0,2

massa de papelão = 30 Kg / 24h
Calor devido a embalagem na câmara de processo
Plástico
Qembalagem = 75 x 0,412 x (33 - 5)
Qembalagem = 862,5 Kcal/24h
Papelão
Qembalagem = 30 x 0,32 x (33 - 5)
Qembalagem = 269 Kcal/24h
Calor devido a embalagem na câmara de congelados
Plástico
Qembalagem = 75 x 0,412 x [(5 – (-20)]
Qembalagem = 772,5 Kcal/24h
Papelão
Qembalagem = 30 x 0,32 x [(5 – (-20)]
Qembalagem = 240 Kcal/24h
Resumo cálculo
Calor de embalagem (processo)

Qembalagem total = 862,5 + 269
Qembalagem total = 1.131,5 Kcal/24h
Calor de embalagem (Congelamento)

Qembalagem total = 772,5 + 240
Qembalagem total = 1.012,5 Kcal/24h
Calor total
• É a somatória de todos os calores, da qual será obtida a carga

térmica total requerida, ou seja, o calor que deverá ser
removido diariamente da câmara frigorífica para manter nela a
temperatura de projeto.
Qtotal = Qtransmissão + Qinfiltração + Qproduto + Qocupação + Qiluminação +

+ Qmotor + Qembalagem
Qtotal = Kcal/24h
Somatória do calor total da carga térmica
Processo Congelado
Fonte de calor
Kcal/24h Kcal/24h
Transmissão pela
superfície 28834 72589
(paredes)
Infiltração de ar 29135 14967
Produto 32701 107285
Pessoas 24720 1340
Iluminação 14190 1892
Motor 50188 22306
Embalagem 1132 1013
Total 180900 221392
Determinação da capacidade dos equipamentos
Tempo de funcionamento
Devemos determinar o tempo necessário para que possamos
realizar o resfriamento (câmara de processo) e o congelamento.
Neste tempo deve ser excluído o período de degelo e constar
unicamente de período útil de resfriamento e congelamento.
Devemos lembrar ainda que quanto menor for o tempo estipulado
para o serviço, maior será a capacidade de equipamento.
O tempo normalmente utilizado varia de projeto para projeto, tendo
como valores médios 16 h (dezesseis) a 20 h (vinte horas) por dia.
A capacidade frigorífica do equipamento será então a carga térmica
no período de 24h dividida pelo tempo de funcionamento.
Capacidade dos equipamentos Câmara de Processo
Como a referida câmara é uma área de processo, não sendo
utilizada para conservação de produto, determinaremos o seu
tempo de funcionamento como o período de trabalho dos
funcionários, como sendo de 12 h (doze horas) dia, desta forma a
capacidade pode ser resumida como:
Câmara de processo 180.900 Kcal / 24h

Capacidade = Qt. / tempo
Capacidade = 180.900 / 12
Capacidade = 15.075 Kcal/h
Capacidade dos equipamentos Câmara de Congelados

Para a câmara de congelados, fora o tempo de degelo,
consideraremos um período de funcionamento para que a sua
carga térmica diária de 221.392 Kcal seja vencida em 18h,
sendo a capacidade do equipamento prevista para:
Câmara de congelados 221.235 Kcal / 24 h.

Capacidade = Qt. / tempo
Capacidade = 221.392 / 18
Capacidade = 12.300 Kcal/h
Fator de segurança
É comum nas instalações frigoríficas, acrescentar-se um fator de
segurança entre 10 à 15% da carga térmica calculada, este fator
visa garantir qualquer carga adicional que por ventura possa ser
incluída a câmara frigorífica.
No caso do nosso exemplo, da cooperativa pesqueira,
adotaremos 10% como fator de segurança.
Qtotal = Kcal/h x 1,10

Câmara de processo
Carga térmica = 15075 Kcal/h
Fator de segurança de 10%
Qt. = 15075 x 1,10
Qt. = 16.583 Kcal/h
Carga térmica = 12300 Kcal/h
Fator de segurança de 10%
Qt. = 12300 x 1,10
Qt. = 13.530 Kcal/h
Carga Térmica Devido aos Motoventiladores do Evaporador
(Qmev. )
• Outra fonte de calor que está presente no interior das câmaras

frigoríficas são os motores dos evaporadores.
• No entanto, somente é possível determinar a potência dissipada

por estes ventiladores após a seleção dos evaporadores.
• A potência dos ventiladores, dada pelo catálogo do fabricante,

deverá ser comparada com o valor estimado.
• Como ainda não temos a capacidade dos motores dos

ventiladores, devemos então estimar uma capacidade.
NOTA
• Melhor caso:
Evaporadores de alta eficiência, quando a potência dos motores eléticos

for de 0,5 cv a cada 3.000 kcal/h
• Pior caso:
Evaporadores de baixa eficiência, quando a potência dos motores

eléticos for de 1,0 cv a cada 3.000 kcal/h
Carga Térmica Total

Câmara de Processo
Carta Térmica: 16.583 kcal/h

+
Carga Térmica Evaporadores: 2.974 kcal/h
Total: 19.557 kcal/h
Câmara de Congelados
Carta Térmica: 13.530 kcal/h
+
Carga Térmica Evaporadores: 2.788 kcal/h
16.318 kcal/h
Resumo da Carga Térmica

Resumo da carga térmica total (Qt. )
A carga térmica total é o resultado de todas as cargas térmicas que
estão sendo fornecidas as câmaras frigoríficas, elas correspondem
a capacidade do equipamento frigorífico que serão adquiridos tais
como evaporadores, compressores, etc.
Câmara de processo
Qt. = 19.557 Kcal / h
Câmara de congelados
Qt. = 16.318 Kcal / h
Especificações dos equipamentos
Após o cálculo da carga térmica, devemos proceder à especificação
dos equipamentos, sendo recomendado seguirmos a seguinte
ordem:
Evaporadores Unidade condensadora
Compressores Separadores de óleo
Válvula de expansão Separador de líquido
Tanque de líquido Sistema de degelo
Outras
Tubulação e acessórios Refrigerante
Isolamento térmico Sistema de segurança
Instalação elétrica Sistema de alimentação
Controle

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Refrigeração Comercial

ESCOLA “OSCAR RODRIGUES ALVES”

• Quantidade de calor que deve ser

• Para podermos selecionar e/ou projetar

• Carga térmica de aquecimento Para projetar piso aquecido

• Neste curso o foco será o cálculo de carga térmica de refrigeração

Câmaras frigoríficas de resfriados

• Câmaras Frigoríficas de Resfriados

Produto a ser estocado entra numa temperatura próxima à

• Cargas relacionadas ao Equipamento

-10 Açúcar + O2 = Co2+H2O

CARGA TÉRMICA Selecionar U.C.

Câmara Frigorífica para Entreposto

• Portas: altura h = 3,0 m

Observação: A massa das embalagens, por motivos didáticos, foi

Início dos Cálculos

T1 = temperatura do lado 1 [ºC]; [ºF]; [ºC]

• Qtransmissão = A x U x (Te – Ti)

Tabela 3 – Valor de coeficiente de película do ar na parede

Tabela 4 – Valor de coeficiente global de transmissão de calor (U) de materiais

Tijolo de Barro Ktij = 0,62 Kcal / h.m.ºC

Os valores de condutibilidade térmica e película, externa e

Poliuretano Kpar = 0,027 Kcal / h.m.ºC

Devemos tomar um especial cuidado com o piso, principalmente

Upiso = 0,1254 Kcal / h.m2.ºC

Tabela de fator de dispersão de

No exemplo do entreposto pesqueiro, a parede de alvenaria, feita de

Q total transmissão = ∑ dos calores da superfícies

ÁREA COEFICIENTE ∆t (t.ext. – Fc ∆t Q trans.

tpo = temperatura de ponto de orvalho

Normalmente a transmissão de calor nas câmaras frigoríficas é calculada para um

Q24h = Q total x 24h

(2) O ∆t corrigido devido a insolação será (∆t + Fc ) = 28 ºC + 4,0 ºC = 32 ºC

(3) No caso do piso o ∆t será a diferença de temperatura interna da câmara e a

Q total transmissão = ∑ dos calores da superfícies

Q total transmissão = 3024,53 Kcal/h

tpo = temperatura de ponto de orvalho

Normalmente a transmissão de calor nas câmaras frigoríficas são calculadas para

Q24h = Q total x 24h

Fluxo de calor transmitido através das paredes/teto e piso das

• Toda vez que a porta da câmara

Qinfiltração = mar x (h.ext. – h. int.)

Qinfiltração = vol. do ar trocado em 24h x 1 x (h.ext. – h.int.)

Qinfiltração = quantidade de calor infiltrado (Kcal/24h)

(1) ASRE (American Society of Refrigerating Engineers) e a ASHVE (American Society

Começaremos os cálculos pela câmara de congelados, por ser

Volume da câmara (Vol.)

Volume de ar trocado (Var )

Cálculo do calor por infiltração do ar na câmara de congelados (Qcong. )

Qinfiltração = vol. do ar trocado em 24h x 1 x (h.ext. – h.int.)

Qinfiltração = 1498 x (1/0,7927) x [3,46 – (- 4,46)]

Qinfiltração = 14.966,8 Kcal/24h

Cálculo do calor na câmara de processo por infiltração de ar.

O ar que penetra nesta câmara é proveniente do lado externo, e se

Volume da câmara (Vol.)

Volume de ar trocado (Var )

Nota: O volume de ar penetrado na câmara de processo deveria ser de Var =

Então, Var = 1498 m3 / 24h

Qinfiltração = 1498 x (1/0,8828) x (20,63 – 3,46)