Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação À Distância

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Universidade católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Tipos de Pesquisa

Nome: Anane Rajabo António


Código: 70824243

Curso: Administração Pública

Disciplina: MIC I

Ano de Frequência: 1º Ano

Turma: G

Nampula, Abril de 2024

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Classificação
Nota do
Categoria Indicadores Padrões Pontuação Tutor Subtotal
Máxima

 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
Estrutura Organizacionais  Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0-5
 Bibliografia 0.5
 Contextualizaçã
o (indicação
clara do 1.0
problema)
 Descrição
Introdução objectiva 1.0
 Metodologia
adequada ao
objecto do 2.0
trabalho
 Articulação e
domínio do
Conteúdos discurso
académico
(expressão, 2.0
escrita, cuidada,
coerência /
coesão textual)
Analise Discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevantes na
área de estudo
 Exploração dos
dados 2.0

 Contributos
Conclusão teóricos
praticam 2.0

 Paginação, tipo
Aspectos gerais tamanho de 1.0
letra, paragrafa,
Formatação espaçamento
entre linhas
 Rigor e
Referencias coerência das
Bibliográficas Normas APA 6a citações/referên 4.0
Edição em Citações e cias
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução................................................................................................................................................5
Metodologia............................................................................................................................................6
Conceito da pesquisa.............................................................................................................................7
Tipo de Pesquisa......................................................................................................................................8
Considerações Finais............................................................................................................................16
Referências Bibliográficas...................................................................................................................18

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Introdução

Durante muito tempo o homem iniciou uma jornada em busca do conhecimento para procurar
possíveis respostas para questões relativas a problemas do seu dia-a-dia. Algumas destas
respostas eram, muitas vezes, explicadas de forma mística à medida que utilizavam a mitologia
para explicá-las.

Quando o homem passou a questionar estas respostas e a buscar explicações mais aceitáveis, por
meio da razão, excluindo suas emoções e suas crenças religiosas, passou-se a obter respostas
mais realistas, se aproximavam mais da realidade das pessoas e por isto, talvez, passaram a ser
mais bem aceitas pela sociedade.

Este tem como abordar aspectos inerentes aos tipos de pesquisa. Visa permitir, através da
exposição detalhada dos passos seguidos quando da formulação e desenvolvimento do estudo em
questão, dar ao docente subsídios para a compreensão e entendimento do mesmo.

Segundo STRAUSS & CORBIN (1998), o método de pesquisa é um conjunto de procedimentos


e técnicas utilizados para se colectar e analisar os dados. O método fornece os meios para se
alcançar o objectivo proposto, ou seja, são as “ferramentas” das quais fazemos uso na pesquisa, a
fim de responder nossa questão.

A pesquisa segundo MINAYO (1993, p.23) é considerada como “actividade básica das ciências
na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante
busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma actividade de
aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular
entre teoria e dados”.

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Metodologia

Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória. Permitindo investigar na literatura os


vários tipos de pesquisa científica e seu conjunto de procedimentos para embasar o raciocínio
lógico.

O trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com Praia; CACHAPUZ e
PÉREZ (2002), fundamenta-se com base em material que já fora construído, o que incluí
artigos científicos publicados em periódicos académicos.

Para o levantamento das informações foi realizado uma busca por artigos que abrangessem o
assunto colocado em questão. Pode-se perceber que tal pesquisa é bastante utilizada
actualmente e dessa forma, na elaboração deste estudo, os conhecimentos obtidos foram
estruturados para que ocorra uma construção reflexiva a respeito do assunto estudado (GIL,
2008; WILL, 2012).

A colecta de dados foi realizada no mês de Setembro/2020 e para a elaboração da pesquisa,


realizou-se um levantamento teórico por meio de bancos de dados e revistas académicas que
explanem sobre o assunto apresentado.

Para critério de inclusão foram utilizados artigos académicos que foram publicados entre os
anos de 2000 a 2020, em língua portuguesa, disponibilizados de forma gratuita e online nos
bancos de dados e revistas académicas da Sacie-lo, utilizando os seguintes descritores:
Metodologia Científica; Conhecimento; Artigos Científicos; Tipos De Pesquisa e Ciência.

Após a pesquisa inicial, realizou-se uma sintetização dos principais achados nas literaturas a
partir de uma leitura minuciosa acerca do tema trabalhado, que levou em consideração os
aspectos relevantes de acordo com o objectivo da pesquisa, que é descrever os tipos de
pesquisas científicas e conhecer suas respectivas características. Dessa forma, foram
considerados na pesquisa, 12 artigos, de um total de 36 encontrados.

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Conceito da pesquisa

Se questionarmos diversas pessoas sobre a definição do termo pesquisa, possivelmente iremos


obter várias respostas diferentes. Apesar de fazer parte de nosso quotidiano, esse termo muitas
vezes não é bem compreendido. Uma parcela da população irá afirmar que realiza pesquisa
regularmente, ao executar buscas em diferentes plataformas, como blogs, sites, jornais e
revistas electrónicas, assim como para realizar a busca de um determinado produto ou serviço
(MATOS, 2010).

A pesquisa pode ser definida como um procedimento sistemático e racional que tem como
princípio de prover a resposta para problemas pré-estabelecidos. A pesquisa é realizada por
meio de um processo constituído por diversas etapas que ocorre desde a formulação de uma
pergunta até a sua apresentação e discussão dos resultados obtidos. Uma pesquisa só irá
existir se tiver uma pergunta ou dúvida a ser respondida. Pesquisar é realizar a procura ou
busca por alguma resposta (MANZIN, 2011).

As justificativas para realizar uma pesquisa podem estar associadas com razões intelectuais e
razões práticas. A vontade em realizar a pesquisa científica é o primeiro passo, no entanto é
importante o acesso a recursos financeiros, humanos e materiais, para que a pesquisa se torne
mais abrangente. A utilização de métodos adequados ao tipo de pesquisa também irá garantir
que os recursos sejam mais bem utilizados (DEVECHI; TREVISAN, 2010).

Nesse sentido, o conhecimento de outro idioma é um factor importante que o pesquisador


conseguir decifrar os dados gerados durante a pesquisa. Devido ao grande volume de dados
que uma pesquisa pode gerar, é recomendado que o autor seja dedicado e comprometido,
seguindo à risca o cronograma definido (MATOS, 2010).

Na área académica a pesquisa é uma das principais actividades universitária, na qual os


pesquisadores buscam a produção de conhecimento científico para contribuir com a ciência e
claro, o seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional.

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Tipo de Pesquisa
Na forma de abordagem do problema, a pesquisa pode ser quantitativa ou qualitativa. Segundo
SILVA & MENEZES (2000, p. 20), “a pesquisa qualitativa considera que há uma relação
dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo
e a subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenómenos e atribuição de significados são básicos no processo qualitativo. Não requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte directa para colecta de dados e o
pesquisador é o instrumento-chave. O processo e seu significado são os focos principais de
abordagem”.

A pesquisa quanto aos seus objectivos pode ser: exploratória, descritiva ou explicativa. Segundo
SILVA & MENEZES (2000, p.21), “a pesquisa descritiva visa descrever as características de
determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o
uso de técnicas padronizadas de colecta de dados: questionário e observação sistemática .
Assume, em geral, a forma de levantamento”.

Segundo GIL (1991) e Vergara (2000), a pesquisa pode ser caracterizada quanto aos fins e aos
meios:

Quanto aos fins, a pesquisa é descritiva. Segundo Vergara (2000, p.47), a


pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou
fenómeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza. A autora
coloca também que a pesquisa não tem o compromisso de explicar os fenómenos
que descreve, embora sirva de base para tal explicação.

Seguindo a mesma linha, MATTAR (1999) ressalta a inter-relação com o problema de pesquisa,
ao afirmar que a utilização desse tipo de pesquisa deverá ocorrer quando o propósito de estudo
for descrever as características de grupos, estimar a proporção de elementos que tenham
determinadas características ou comportamentos, dentro de uma população específica, descobrir
ou verificar a existência de relação entre variáveis-

A pesquisa do presente estudo, portanto, é descritiva por tentar descrever as características dos
portadores de cartão de crédito do segmento da Terceira Idade assim como seu comportamento

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em relação ao uso do cartão, mediante entrevistas em profundidade e questionários, na fase da
pesquisa de campo.

A pesquisa é bibliográfica e te lematizada pela utilização de teses, dissertações, artigos, livros,


jornais e sites na internet para desenvolver e suportar os objectivos propostos nesse estudo.

A pesquisa é de campo pela utilização de instrumentos como entrevistas em profundidade, além


da utilização de questionário.

Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo a abordagem, esta pode ser quantitativa ou
qualitativa, no entanto a abordagem pode ser mista, utilizando as duas abordagens.

STRAUSS e CORBIN (1998, p.10-11) conceituam pesquisa qualitativa como:

... qualquer tipo de pesquisa que produz descobertas não obtidas por
procedimentos estatísticos ou outros meios de quantificação. Pode se referir à
pesquisa sobre a vida das pessoas, experiências vividas, comportamentos,
emoções, sentimentos, assim como funcionamento organizacional, fenómenos
culturais e interacções entre as nações (...) e a parte principal da análise é
interpretativa.

No intuito de compreender a natureza da pesquisa qualitativa é interessante conhecer a visão de


outros autores:

DENZIN e LINCOLN (2000, p.1) apontam que a pesquisa qualitativa ... envolve
uma abordagem interpretativa e naturalista de seu objecto de estudo. Isso
significa que pesquisadores qualitativos estudam coisas em seu cenário natural,
buscando compreender e interpretar o fenómeno em termos de quais os
significados que as pessoas atribuem a ele.

Neste sentido e ao evidenciar suas diferenças, é necessário reforçar que independente da


escolha que o pesquisador venha realizar para o desenvolvimento de seu projecto, ele terá que
enfrentar as limitações de cada técnica ou pesquisa a ser realizada.

Antes de descrever os seus tipos, é válido entender como funciona a pesquisa e o método
científico. Em relação à pesquisa científica, é importante saber que ela sempre irá operar em

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dois níveis: um nível teórico e um nível empírico. O nível teórico está voltado para o
desenvolvimento de vários conceitos abstractos sobre um fenómeno social ou natural para
construir teorias, o nível empírico está voltado a realizar teste dos conceitos teóricos para
definir as observações da realidade, o seu principal objectivo é realizar a construção em
última instância de uma excelente teoria. Com o passar do tempo, uma teoria pode-se tornar
cada vez mais refinada, pois a ciência ganha maturidade (ROMANOWSKI; ENS, 2006;
GARCES, 2010).

Conforme o interesse do pesquisador e do treinamento, a investigação científica poderá


assumir uma de duas formas variáveis: dedutiva ou indutiva. Na pesquisa indutiva, o
pesquisador tem o objectivo de inferir conceitos teóricos e padrões a partir de informações
colectadas. Na pesquisa dedutiva o pesquisador tem o objectivo de testar conceitos e padrões
que foram descobertos na sua pesquisa utilizando dados empíricos (OLLAIK; ZILLER, 2012).

A pesquisa indutiva também pode ser denominada como pesquisa para construção de teoria e
a pesquisa dedutiva como aquela que realiza o teste da teoria. Os objectivos do teste são
refinar, testar, melhorar e estender uma teoria. As pesquisas indutiva e dedutiva fazem parte
de um ciclo que comunica constantemente a teoria e as observações. O pesquisador não deve
realizar uma pesquisa indutiva ou dedutiva se não estiver acostumado com a teoria e os
principais componentes de dados da pesquisa, no entanto percorrer todo o ciclo de pesquisa é
importante na formação do pesquisador (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009).

Para a compreensão e desenvolvimento de novas teorias (pesquisa indutiva) e o teste de


teorias (pesquisa dedutiva) são primordiais para o avanço da ciência. A teoria pode ser
elegante, mas não terá valor nenhum senão corresponder à realidade. Desta forma, enormes
quantidades de dados serão inúteis se não houver contribuição com a construção de teorias
significativas. Estes processos devem possuir interacção entre a teoria e os dados para
contribuir com o avanço da ciência (ROMANOWSKI; ENS, 2006).

A construção de uma teoria junto com o teste dessa teoria é um mais difícil nas ciências
sociais, devido a imprecisão dos conceitos teóricos e utilização de ferramentas inadequadas,

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além do uso de factores não explicados que também podem influenciar no resultado da
pesquisa (VILLARES; NAKANO, 2000).

Um exemplo de como é difícil testar e utilizar teorias, que às vezes não funcionam bem, é a
teoria do comunismo, elaborada pelo Karl Marx, que inicialmente foi descrita como um dos
meios mais eficazes na produção económica, porém os testes e aplicações dessa teoria
falharam em sua replicação por décadas, antes dela ser desacreditada pela comunidade
científica.

A realização de pesquisas científicas, portanto, requer dois conjuntos de habilidades, a teórica


e a metodológica, que são necessárias para operar nos níveis teórico e empírico,
respectivamente. As habilidades metodológicas são relativamente padronizadas e pouco
variáveis entre as disciplinas, também são facilmente adquiridas por meio da formação de
pesquisadores nos programas de mestrado e doutorado. No entanto, habilidades teóricas são
consideravelmente mais difíceis de serem dominadas, pois requerem anos de observação e
reflexão. As habilidades teóricas não podem ser “ensinadas”, pois somente são adquiridas
com a experiência académica (OLLAIK; ZILLER, 2012).

O pesquisador precisa conhecer bem o método científico, pois é este conjunto padronizado de
técnicas que irá construir o conhecimento científico, por meio da interpretação de resultados e
análise de dados. O método científico permite que pesquisadores façam a elaboração de testes
de forma independente e imparcial sobre teorias anteriores ou preexistentes, com a finalidade
de submetê-las a um debate aberto, modificações ou aprimoramentos.

Qualquer ramo de investigação que não permita que o método científico teste suas leis ou
teorias básicas não pode ser chamado de “ciência”. Por exemplo, a teologia (o estudo da
religião) não é ciência porque as ideias teológicas (como a presença de um ser superior) não
podem ser testadas por observadores independentes usando um método replicável e preciso.
Da mesma forma, as artes, música e literatura, ainda que não sejam considerados ciências, são
empreendimentos criativos e valiosos por si próprio (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI,
2009).

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O método científico inclui uma variedade de abordagens, ferramentas e técnicas de pesquisa,
como dados qualitativos e quantitativos, análises estatísticas, experimentos, pesquisas de
campo, pesquisas de caso e assim por diante. No nível empírico da pesquisa é onde o método
científico irá se manifestar de maneira mais clara, ou seja, dando subsídios sobre como fazer,
analisar e interpretar observações. Pouco desse método é directamente pertinente ao nível
teórico, que é realmente a parte mais desafiadora da pesquisa científica (VILLARES;
NAKANO, 2000).

A pesquisa quantitativa é realizada de forma numérica, sem a presença de descritiva e


costuma ser aplicada em estatística ou matemática. O processo de avaliação dessa pesquisa é
realizado por meio iterativo em que as evidências são avaliadas. Os resultados são
frequentemente apresentados em tabelas e gráficos de forma conclusiva, podendo assim, ser
utilizada para investigação e tomada de decisão (GARCES, 2010; ARAGÃO, 2011).

Segundo Will (2012), a pesquisa quantitativa permite classificar e realizar análise traduzindo
os resultados em números, para serem classificados e consequentemente analisados.

Já na pesquisa qualitativa não há forma numérica, pois o pesquisador utiliza uma forma
indutiva para descrever a situação observada. Nesse sentido, os dados qualitativos não podem
ser representados graficamente, sendo a pesquisa de carácter exploratório e investigativa
(CRISTIANE 2014; EVÈNCIO et al, 2019).

Quando ocorre a mistura de métodos quantitativos e qualitativos ou características


paradigmáticas, podemos dizer que houve uma pesquisa mista, de natureza quali-quantitativa,
pois os dados são uma mistura de variáveis, palavras e imagens.

Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo à sua natureza, esta pode ser classificada em
básica (ou fundamental) ou aplicada. Na pesquisa básica ocorre uma investigação sobre os
princípios básicos e as razões para a ocorrência de um determinado evento, processo ou
fenómeno. É também chamada de pesquisa teórica. O estudo ou investigação de algum
fenómeno natural ou relacionado à ciência é denominado de pesquisa básica. Estas pesquisas
às vezes não podem ser aplicadas de forma imediata. Não tem a preocupação de resolver
quaisquer problemas práticos de interesse imediato. Mas é de carácter original ou básico. A

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pesquisa básica fornece uma visão sistemática e profunda de um problema para facilitar a
extracção de explicações, conclusões científicas e lógicas, além de ajudar a construir novas
fronteiras de conhecimento. Os resultados dessa pesquisa formam a base de muitas pesquisas
aplicadas. Os seus objectivos são buscar generalização, visar processos básicos, tentar
explicar o porquê as coisas acontecem e tentar obter todos os fatos (SITTA et al, 2010).

Já a pesquisa aplicada auxilia a resolução de alguns problemas por meio de teorias e


princípios bem conhecidos e aceitos na comunidade académica. Esta Pesquisa compõe grande
parte da pesquisa experimental, estudos de caso e pesquisa interdisciplinar, podendo também
ser útil para a pesquisa básica. Nesse contexto, a pesquisa que apresenta resultado através de
aplicação imediata pode ser denominada de pesquisa aplicada. Essa pesquisa é de uso prático
para a actividade actual, citando como exemplo de usos: Estudo casos individuais ou
específicos sem o objectivo de generalizar; Aponta qualquer variável que faça a diferença
desejada; Realiza a busca de alguns factores que podem ser alterados; Realiza a correcção de
fatos que são problemáticos; Apresenta relatórios em linguagem comum (CRISTIANE, 2014).

Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo seus objectivos, esta pode ser classificada em
pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. A pesquisa Exploratória permite a exploração
de novos fenómenos, auxiliando dessa forma a necessidade do pesquisador por um melhor
entendimento, sendo capaz de testar a viabilidade de um estudo mais extenso ou determinar os
melhores métodos a serem utilizados em um estudo. Por essas razões, essa pesquisa tem um
foco amplo e raramente consegue fornecer respostas definitivas para questões específicas de
pesquisa, sendo seus objectivos identificar questões-chave e variáveis-chave (SITTA et
al, 2010; GARCES, 2010).

A Pesquisa descritiva é direccionada para responder alguma dúvida ou questionamento como


exemplo, “O que é isto?” Tendo como objectivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis
(EVÈNCIO et al, 2019).

Já a Pesquisa explicativa tem como objectivo principal a compreensão ou explicação, por


meio de análises que utiliza a correlações para estudar relações entre dimensões ou

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características de indivíduos, grupos, situações ou eventos. A pesquisa explicativa como o seu
nome já diz, ela sempre irá explicar algo (GARCES, 2010).

Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo os procedimentos, esta pode ser classificada em
Experimental, Bibliográfica, Documental, De Campo, Ex-Post-Facto, De Levantamento, Com
Survey, Estudo De Caso, Participante, Pesquisa Acção, Etnográfica e Etnometodológica, entre
outras (WILL, 2012).

A Pesquisa de acção permite a realização de descobertas de fatos para auxiliar na melhora de


alguma qualidade da acção no mundo social. A Pesquisa Orientada utiliza relatórios que tem
o foco de melhorar, resolver ou evitar algum problema de pesquisa enfocam a questão ‘Como
o problema’ X ‘pode ser resolvido ou evitado?’ A Pesquisa de classificação tem como
objectivo a categorização de unidades em grupos, para demonstrar diferenças e explicar
relacionamentos. A Pesquisa comparativa é utilizada para identificar semelhanças e
diferenças entre as unidades em todos os níveis. A Pesquisa causal é voltada para estabelecer
relação de causa e efeito entre as variáveis. A Pesquisa de teste de teoria tem como objectivo
testar a validade de uma unidade. A Pesquisa de construção de teoria: serve para estabelecer
e formular uma teoria (FREITAS et al 2000; WILL, 2012).

Ainda sobre isso, a Pesquisa Longitudinal realiza a colecta de dados em vários pontos no
tempo, podendo seus estudos assumir a forma de: 1. Estudo de tendências, os quais analisam
as características da população ao longo do tempo, por exemplo: taxas de absenteísmo
organizacional ao longo de um ano. 2. Estudo de coorte, que traça uma subpopulação ao longo
do tempo, por exemplo, taxas de absenteísmo para o departamento de vendas; e Estudo de
painel que traça as amostras ao longo do tempo, por exemplo, trajectórias de carreira de pós-
graduação no período de 1990 a 2000 para mesma coorte inicial (WILL, 2012).

Embora os estudos longitudinais sejam frequentemente mais demorados e caros do que os


estudos transversais, eles têm maior probabilidade de identificar relações causais entre as
variáveis (BORDAL, 2006).

A Pesquisa transversal realiza a colecta de dados uma vez, durante um período de dias,
semanas ou meses. Muitos desses estudos têm propósito exploratório ou descritivo. Eles são

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projectados para ver como as coisas estão neste exacto momento, não precisando ter
conhecimento de que há uma história ou alguma tendência no momento (BORDAL, 2006).

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Considerações Finais

Os resultados apresentados permitiram descrever os diferentes tipos de pesquisa, permitindo


contribuir com este artigo para a compreensão dos fenómenos relacionados à vários tipos de
pesquisa, uma vez que retrata a real relação entre teoria e prática, oferecendo ferramentas
eficazes para a interpretação das questões educacionais.

As características supracitadas mostraram diversas formas de pesquisas, além de mostrar as


suas diferenças e seus empregos durante a pesquisa. Por tanto é necessário reforçar que
independente da escolha que o pesquisador venha realizar para o desenvolvimento de seu
projecto, ele terá que enfrentar as limitações de cada técnica ou pesquisa que será realizada.

O ambiente educacional articula diversas formas de pesquisa entendendo que neste ambiente
ocorre diversos processos de relacionamento humano de forma dinâmica, interactiva e
interpretativa, ou seja, a relação com que as pessoas interpretam o mundo conforme a sua
visão, o que vai determinar a escolha do tipo de pesquisa e problemática a ser respondida.

Para realizar a selecção de uma determinada pesquisa, o pesquisador irá realizar solucionar
um problema por meio da provisão da resposta a uma certa problemática ou hipótese, para a
isto a realidade de quem está realizando a pesquisa deverá ser levada em conta, os recursos
disponíveis e sua aplicabilidade no campo de actuação.

A escolha da pesquisa correta está atrelada as posições epistemológica e ontológica do


pesquisador sobretudo, a problemática da pesquisa e os objectivos estabelecidos no início do
estudo, isto vai permitir que o pesquisador defenda a sua posição e consiga compreender a
posição de outros pesquisadores. Um aspecto de extrema importância é o diálogo que ocorre
entre o campo de trabalho e sua colecta de análise.

Sendo assim, vê-se a importância de o pesquisador ter um conhecimento prévio sobre a teoria
para auxiliá-lo durante a extracção de dados, já que os tipos de pesquisa são abordagens
práticas que possibilitam fazer a conexão entre o quadro teórico e a realidade empírica.
Quando este tipo de conexão está longe de bases inquestionáveis garantidos pela
intransigência metodológica e científica, descansa nos pilares teóricos dentro do contexto

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global, no qual organiza diferentes fontes de conhecimento e possibilita a criação mesmo que
temporária de um novo aprendizado.

A descrição dos diversos tipos de pesquisa científica, sobretudo a sua importância e os


desafios em estudos organizacionais, foi realizada de forma a oferecer subsídios e auxiliar
futuros pesquisadores em seus estudos.

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Referências Bibliográficas

 BORDAL, A. A. Estudo transversal e/ou longitudinal. Rev. Para. Belém


ed. v.20 n.4. dez. 2006.
 CRISTIANE, M. M. Abordagens e procedimentos qualitativos: implicações para
pesquisas em organizações Revista Alcance. vol. 21, núm. 2, pp. 324-349, abril-
junio, 2014.
 FREITAS, H, et al. O método de pesquisa Survey; Revista de administração. São
Paulo V. 35. P. 105-112. Julho/ setembro 2000.
 GIL, A. C. Metodologia do Ensino Superior. 4ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008.
 MANZINI, E. J. Tipo de conhecimento sobre inclusão produzido pelas
pesquisas. Rev. bras. educ. espec. vol.17 no.1 Marília Jan,/Apr. 2011.
 MATOS, D. M. A. Métodos de pesquisa em análise do comportamento. Psicol. USP
vol.21 no.2 São Paulo Apr./June 2010.
 OLLAIK, L. G; ZILLER. H. M. Concepções de validade em pesquisas
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 PRAIA, J. F; CACHAPUZ, A. F. C; PÉREZ, D. G. Problema, teoria e observação
em ciência: para uma reorientação epistemológica da educação em
ciência; Ciência & Educação. v.8, nº1, p.127 – 145, 2002.
 ROMANOWSKI, J. P; ENS, R. T. As pesquisas denominadas do tipo “estado da
arte” em educação. Diálogo Educ., Curitiba. v. 6, n.19, p.37-50. set./dez. 2006.
 SITTA. E. I et al. A contribuição de estudos transversais na área da linguagem
com enfoque em afasia. Rev. CEFAC, São Paulo. vol.12, no.6. Nov./Dec. 2010 Epub
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 VILLARES, R. M; NAKANO, N. D. A Produção Científica nos Anais do Encontro
Nacional de Engenharia de Produção: Um Levantamento de Métodos e Tipos de
Pesquisa. ABEPRO. Rio de Janeiro. 2000.
 WILL, D. E. M. Metodologia da pesquisa científica. Livro digital. 2ª ed. Palhoça.
Unisul Virtual, 2012.

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