Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação À Distância
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Disciplina: MIC I
Turma: G
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Folha de Feedback
Classificação
Nota do
Categoria Indicadores Padrões Pontuação Tutor Subtotal
Máxima
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos
Estrutura Organizacionais Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0-5
Bibliografia 0.5
Contextualizaçã
o (indicação
clara do 1.0
problema)
Descrição
Introdução objectiva 1.0
Metodologia
adequada ao
objecto do 2.0
trabalho
Articulação e
domínio do
Conteúdos discurso
académico
(expressão, 2.0
escrita, cuidada,
coerência /
coesão textual)
Analise Discussão Revisão
bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevantes na
área de estudo
Exploração dos
dados 2.0
Contributos
Conclusão teóricos
praticam 2.0
Paginação, tipo
Aspectos gerais tamanho de 1.0
letra, paragrafa,
Formatação espaçamento
entre linhas
Rigor e
Referencias coerência das
Bibliográficas Normas APA 6a citações/referên 4.0
Edição em Citações e cias
bibliografia bibliográficas
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Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução................................................................................................................................................5
Metodologia............................................................................................................................................6
Conceito da pesquisa.............................................................................................................................7
Tipo de Pesquisa......................................................................................................................................8
Considerações Finais............................................................................................................................16
Referências Bibliográficas...................................................................................................................18
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Introdução
Durante muito tempo o homem iniciou uma jornada em busca do conhecimento para procurar
possíveis respostas para questões relativas a problemas do seu dia-a-dia. Algumas destas
respostas eram, muitas vezes, explicadas de forma mística à medida que utilizavam a mitologia
para explicá-las.
Quando o homem passou a questionar estas respostas e a buscar explicações mais aceitáveis, por
meio da razão, excluindo suas emoções e suas crenças religiosas, passou-se a obter respostas
mais realistas, se aproximavam mais da realidade das pessoas e por isto, talvez, passaram a ser
mais bem aceitas pela sociedade.
Este tem como abordar aspectos inerentes aos tipos de pesquisa. Visa permitir, através da
exposição detalhada dos passos seguidos quando da formulação e desenvolvimento do estudo em
questão, dar ao docente subsídios para a compreensão e entendimento do mesmo.
A pesquisa segundo MINAYO (1993, p.23) é considerada como “actividade básica das ciências
na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante
busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma actividade de
aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular
entre teoria e dados”.
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Metodologia
O trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com Praia; CACHAPUZ e
PÉREZ (2002), fundamenta-se com base em material que já fora construído, o que incluí
artigos científicos publicados em periódicos académicos.
Para o levantamento das informações foi realizado uma busca por artigos que abrangessem o
assunto colocado em questão. Pode-se perceber que tal pesquisa é bastante utilizada
actualmente e dessa forma, na elaboração deste estudo, os conhecimentos obtidos foram
estruturados para que ocorra uma construção reflexiva a respeito do assunto estudado (GIL,
2008; WILL, 2012).
Para critério de inclusão foram utilizados artigos académicos que foram publicados entre os
anos de 2000 a 2020, em língua portuguesa, disponibilizados de forma gratuita e online nos
bancos de dados e revistas académicas da Sacie-lo, utilizando os seguintes descritores:
Metodologia Científica; Conhecimento; Artigos Científicos; Tipos De Pesquisa e Ciência.
Após a pesquisa inicial, realizou-se uma sintetização dos principais achados nas literaturas a
partir de uma leitura minuciosa acerca do tema trabalhado, que levou em consideração os
aspectos relevantes de acordo com o objectivo da pesquisa, que é descrever os tipos de
pesquisas científicas e conhecer suas respectivas características. Dessa forma, foram
considerados na pesquisa, 12 artigos, de um total de 36 encontrados.
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Conceito da pesquisa
A pesquisa pode ser definida como um procedimento sistemático e racional que tem como
princípio de prover a resposta para problemas pré-estabelecidos. A pesquisa é realizada por
meio de um processo constituído por diversas etapas que ocorre desde a formulação de uma
pergunta até a sua apresentação e discussão dos resultados obtidos. Uma pesquisa só irá
existir se tiver uma pergunta ou dúvida a ser respondida. Pesquisar é realizar a procura ou
busca por alguma resposta (MANZIN, 2011).
As justificativas para realizar uma pesquisa podem estar associadas com razões intelectuais e
razões práticas. A vontade em realizar a pesquisa científica é o primeiro passo, no entanto é
importante o acesso a recursos financeiros, humanos e materiais, para que a pesquisa se torne
mais abrangente. A utilização de métodos adequados ao tipo de pesquisa também irá garantir
que os recursos sejam mais bem utilizados (DEVECHI; TREVISAN, 2010).
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Tipo de Pesquisa
Na forma de abordagem do problema, a pesquisa pode ser quantitativa ou qualitativa. Segundo
SILVA & MENEZES (2000, p. 20), “a pesquisa qualitativa considera que há uma relação
dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo
e a subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenómenos e atribuição de significados são básicos no processo qualitativo. Não requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte directa para colecta de dados e o
pesquisador é o instrumento-chave. O processo e seu significado são os focos principais de
abordagem”.
A pesquisa quanto aos seus objectivos pode ser: exploratória, descritiva ou explicativa. Segundo
SILVA & MENEZES (2000, p.21), “a pesquisa descritiva visa descrever as características de
determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o
uso de técnicas padronizadas de colecta de dados: questionário e observação sistemática .
Assume, em geral, a forma de levantamento”.
Segundo GIL (1991) e Vergara (2000), a pesquisa pode ser caracterizada quanto aos fins e aos
meios:
Seguindo a mesma linha, MATTAR (1999) ressalta a inter-relação com o problema de pesquisa,
ao afirmar que a utilização desse tipo de pesquisa deverá ocorrer quando o propósito de estudo
for descrever as características de grupos, estimar a proporção de elementos que tenham
determinadas características ou comportamentos, dentro de uma população específica, descobrir
ou verificar a existência de relação entre variáveis-
A pesquisa do presente estudo, portanto, é descritiva por tentar descrever as características dos
portadores de cartão de crédito do segmento da Terceira Idade assim como seu comportamento
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em relação ao uso do cartão, mediante entrevistas em profundidade e questionários, na fase da
pesquisa de campo.
Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo a abordagem, esta pode ser quantitativa ou
qualitativa, no entanto a abordagem pode ser mista, utilizando as duas abordagens.
... qualquer tipo de pesquisa que produz descobertas não obtidas por
procedimentos estatísticos ou outros meios de quantificação. Pode se referir à
pesquisa sobre a vida das pessoas, experiências vividas, comportamentos,
emoções, sentimentos, assim como funcionamento organizacional, fenómenos
culturais e interacções entre as nações (...) e a parte principal da análise é
interpretativa.
DENZIN e LINCOLN (2000, p.1) apontam que a pesquisa qualitativa ... envolve
uma abordagem interpretativa e naturalista de seu objecto de estudo. Isso
significa que pesquisadores qualitativos estudam coisas em seu cenário natural,
buscando compreender e interpretar o fenómeno em termos de quais os
significados que as pessoas atribuem a ele.
Antes de descrever os seus tipos, é válido entender como funciona a pesquisa e o método
científico. Em relação à pesquisa científica, é importante saber que ela sempre irá operar em
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dois níveis: um nível teórico e um nível empírico. O nível teórico está voltado para o
desenvolvimento de vários conceitos abstractos sobre um fenómeno social ou natural para
construir teorias, o nível empírico está voltado a realizar teste dos conceitos teóricos para
definir as observações da realidade, o seu principal objectivo é realizar a construção em
última instância de uma excelente teoria. Com o passar do tempo, uma teoria pode-se tornar
cada vez mais refinada, pois a ciência ganha maturidade (ROMANOWSKI; ENS, 2006;
GARCES, 2010).
A pesquisa indutiva também pode ser denominada como pesquisa para construção de teoria e
a pesquisa dedutiva como aquela que realiza o teste da teoria. Os objectivos do teste são
refinar, testar, melhorar e estender uma teoria. As pesquisas indutiva e dedutiva fazem parte
de um ciclo que comunica constantemente a teoria e as observações. O pesquisador não deve
realizar uma pesquisa indutiva ou dedutiva se não estiver acostumado com a teoria e os
principais componentes de dados da pesquisa, no entanto percorrer todo o ciclo de pesquisa é
importante na formação do pesquisador (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009).
A construção de uma teoria junto com o teste dessa teoria é um mais difícil nas ciências
sociais, devido a imprecisão dos conceitos teóricos e utilização de ferramentas inadequadas,
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além do uso de factores não explicados que também podem influenciar no resultado da
pesquisa (VILLARES; NAKANO, 2000).
Um exemplo de como é difícil testar e utilizar teorias, que às vezes não funcionam bem, é a
teoria do comunismo, elaborada pelo Karl Marx, que inicialmente foi descrita como um dos
meios mais eficazes na produção económica, porém os testes e aplicações dessa teoria
falharam em sua replicação por décadas, antes dela ser desacreditada pela comunidade
científica.
O pesquisador precisa conhecer bem o método científico, pois é este conjunto padronizado de
técnicas que irá construir o conhecimento científico, por meio da interpretação de resultados e
análise de dados. O método científico permite que pesquisadores façam a elaboração de testes
de forma independente e imparcial sobre teorias anteriores ou preexistentes, com a finalidade
de submetê-las a um debate aberto, modificações ou aprimoramentos.
Qualquer ramo de investigação que não permita que o método científico teste suas leis ou
teorias básicas não pode ser chamado de “ciência”. Por exemplo, a teologia (o estudo da
religião) não é ciência porque as ideias teológicas (como a presença de um ser superior) não
podem ser testadas por observadores independentes usando um método replicável e preciso.
Da mesma forma, as artes, música e literatura, ainda que não sejam considerados ciências, são
empreendimentos criativos e valiosos por si próprio (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI,
2009).
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O método científico inclui uma variedade de abordagens, ferramentas e técnicas de pesquisa,
como dados qualitativos e quantitativos, análises estatísticas, experimentos, pesquisas de
campo, pesquisas de caso e assim por diante. No nível empírico da pesquisa é onde o método
científico irá se manifestar de maneira mais clara, ou seja, dando subsídios sobre como fazer,
analisar e interpretar observações. Pouco desse método é directamente pertinente ao nível
teórico, que é realmente a parte mais desafiadora da pesquisa científica (VILLARES;
NAKANO, 2000).
Segundo Will (2012), a pesquisa quantitativa permite classificar e realizar análise traduzindo
os resultados em números, para serem classificados e consequentemente analisados.
Já na pesquisa qualitativa não há forma numérica, pois o pesquisador utiliza uma forma
indutiva para descrever a situação observada. Nesse sentido, os dados qualitativos não podem
ser representados graficamente, sendo a pesquisa de carácter exploratório e investigativa
(CRISTIANE 2014; EVÈNCIO et al, 2019).
Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo à sua natureza, esta pode ser classificada em
básica (ou fundamental) ou aplicada. Na pesquisa básica ocorre uma investigação sobre os
princípios básicos e as razões para a ocorrência de um determinado evento, processo ou
fenómeno. É também chamada de pesquisa teórica. O estudo ou investigação de algum
fenómeno natural ou relacionado à ciência é denominado de pesquisa básica. Estas pesquisas
às vezes não podem ser aplicadas de forma imediata. Não tem a preocupação de resolver
quaisquer problemas práticos de interesse imediato. Mas é de carácter original ou básico. A
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pesquisa básica fornece uma visão sistemática e profunda de um problema para facilitar a
extracção de explicações, conclusões científicas e lógicas, além de ajudar a construir novas
fronteiras de conhecimento. Os resultados dessa pesquisa formam a base de muitas pesquisas
aplicadas. Os seus objectivos são buscar generalização, visar processos básicos, tentar
explicar o porquê as coisas acontecem e tentar obter todos os fatos (SITTA et al, 2010).
Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo seus objectivos, esta pode ser classificada em
pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. A pesquisa Exploratória permite a exploração
de novos fenómenos, auxiliando dessa forma a necessidade do pesquisador por um melhor
entendimento, sendo capaz de testar a viabilidade de um estudo mais extenso ou determinar os
melhores métodos a serem utilizados em um estudo. Por essas razões, essa pesquisa tem um
foco amplo e raramente consegue fornecer respostas definitivas para questões específicas de
pesquisa, sendo seus objectivos identificar questões-chave e variáveis-chave (SITTA et
al, 2010; GARCES, 2010).
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características de indivíduos, grupos, situações ou eventos. A pesquisa explicativa como o seu
nome já diz, ela sempre irá explicar algo (GARCES, 2010).
Em se tratando dos tipos de pesquisa segundo os procedimentos, esta pode ser classificada em
Experimental, Bibliográfica, Documental, De Campo, Ex-Post-Facto, De Levantamento, Com
Survey, Estudo De Caso, Participante, Pesquisa Acção, Etnográfica e Etnometodológica, entre
outras (WILL, 2012).
Ainda sobre isso, a Pesquisa Longitudinal realiza a colecta de dados em vários pontos no
tempo, podendo seus estudos assumir a forma de: 1. Estudo de tendências, os quais analisam
as características da população ao longo do tempo, por exemplo: taxas de absenteísmo
organizacional ao longo de um ano. 2. Estudo de coorte, que traça uma subpopulação ao longo
do tempo, por exemplo, taxas de absenteísmo para o departamento de vendas; e Estudo de
painel que traça as amostras ao longo do tempo, por exemplo, trajectórias de carreira de pós-
graduação no período de 1990 a 2000 para mesma coorte inicial (WILL, 2012).
A Pesquisa transversal realiza a colecta de dados uma vez, durante um período de dias,
semanas ou meses. Muitos desses estudos têm propósito exploratório ou descritivo. Eles são
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projectados para ver como as coisas estão neste exacto momento, não precisando ter
conhecimento de que há uma história ou alguma tendência no momento (BORDAL, 2006).
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Considerações Finais
O ambiente educacional articula diversas formas de pesquisa entendendo que neste ambiente
ocorre diversos processos de relacionamento humano de forma dinâmica, interactiva e
interpretativa, ou seja, a relação com que as pessoas interpretam o mundo conforme a sua
visão, o que vai determinar a escolha do tipo de pesquisa e problemática a ser respondida.
Para realizar a selecção de uma determinada pesquisa, o pesquisador irá realizar solucionar
um problema por meio da provisão da resposta a uma certa problemática ou hipótese, para a
isto a realidade de quem está realizando a pesquisa deverá ser levada em conta, os recursos
disponíveis e sua aplicabilidade no campo de actuação.
Sendo assim, vê-se a importância de o pesquisador ter um conhecimento prévio sobre a teoria
para auxiliá-lo durante a extracção de dados, já que os tipos de pesquisa são abordagens
práticas que possibilitam fazer a conexão entre o quadro teórico e a realidade empírica.
Quando este tipo de conexão está longe de bases inquestionáveis garantidos pela
intransigência metodológica e científica, descansa nos pilares teóricos dentro do contexto
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global, no qual organiza diferentes fontes de conhecimento e possibilita a criação mesmo que
temporária de um novo aprendizado.
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Referências Bibliográficas
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