Evolucao - Aula 21
Evolucao - Aula 21
Antonio Solé-Cava
Edson Pereira da Silva
Gisele Lôbo-Hajdu
Evolução
Evolução
Volume 3 – Módulo 3 Antonio Solé-Cava
Edson Pereira da Silva
Gisele Lôbo-Hajdu
Apoio:
Fundação Cecierj / Consórcio Cederj
Rua Visconde de Niterói, 1364 – Mangueira – Rio de Janeiro, RJ – CEP 20943-001
Tel.: (21) 2334-1569 Fax: (21) 2568-0725
Presidente
Masako Oya Masuda
Vice-presidente
Mirian Crapez
Material Didático
ELABORAÇÃO DE CONTEÚDO Departamento de Produção
Antonio Solé-Cava
Edson Pereira da Silva
EDITORA PROGRAMAÇÃO VISUAL
Gisele Lôbo-Hajdu
Tereza Queiroz Ronaldo d´Aguiar Silva
COORDENAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO
COORDENAÇÃO EDITORIAL ILUSTRAÇÃO
INSTRUCIONAL
Jane Castellani Fabiana Rocha
Cristine Costa Barreto
COPIDESQUE CAPA
DESENVOLVIMENTO INSTRUCIONAL
Nilce Rangel Del Rio Fabiana Rocha
E REVISÃO
José Meyohas REVISÃO TIPOGRÁFICA PRODUÇÃO GRÁFICA
Maria Helena Hatschbach Kátia Ferreira dos Santos Oséias Ferraz
Patrícia Paula Verônica Paranhos
COORDENAÇÃO DE
PRODUÇÃO
Jorge Moura
Copyright © 2005, Fundação Cecierj / Consórcio Cederj
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio
eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Fundação.
S685e
Solé-Cava, Antonio.
Evolução v. 3 / Antonio Solé-Cava. – Rio de Janeiro:
Fundação CECIERJ, 2010.
268p.; 19 x 26,5 cm.
ISBN: 85-7648-246-0
CDD: 576.8
2010/1
Referências Bibliográficas e catalogação na fonte, de acordo com as normas da ABNT.
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Governador
Sérgio Cabral Filho
Universidades Consorciadas
UENF - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO
NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO RIO DE JANEIRO
Reitor: Almy Junior Cordeiro de Carvalho Reitor: Aloísio Teixeira
SUMÁRIO
Aula 21 – Evolução cromossômica ____________________________________ 7
Gisele Lôbo-Hajdu
Pré-requisitos
Para acompanhar esta aula, é importante que você reveja
os conceitos de DNA, gene, cromossomo e cariótipo (Aula
7, disciplina Genética Básica); de estrutura de cromossomos
em procariotos e eucariotos (Aulas 6 e 8, disciplina Biologia
Molecular); de anomalias cromossômicas numéricas e
estruturais (Aulas 18 e 19, disciplina Genética Básica); de
organização e complexidade de genomas (Aulas 30 e 31,
disciplina Biologia Molecular) e de evolução das células
(Aula 4, disciplina Grandes Temas em Biologia).
Evolução | Evolução cromossômica
!
Os conceitos de cromatina e cromossomo foram apresentados em detalhes
na Aula 7, Genética Básica. Você lembra? Não? É hora de voltar ao seu livro
e ler com calma esse capítulo.
8 CEDERJ
21 MÓDULO 3
M S A T
AULA
Figura 21.1: Nomeclatura dos cromossomos,
segundo a posição do centrômero. Onde:
M, metacêntricos; S, submetacêntricos; A,
acrocêntricos e T, telocêntricos.
CEDERJ 9
Evolução | Evolução cromossômica
ATIVIDADE 1
RESPOSTA COMENTADA
As células e os cromossomos não são visíveis a olho nu. Portanto,
os 2 metros de DNA de cada célula devem estar bem empacotados
para caberem dentro de um compartimento tão minúsculo (célula).
Assim, um metro tem 100 (cem) centímetros e 1000 (mil)
milímetros, e um milímetro tem 100 (cem) micrômetros. É uma
relação da ordem de 100 (102) vezes, já que: 1m = 100cm, 1 cm
= 100 mm, 1 mm = 100 μm.
10 CEDERJ
21 MÓDULO 3
AULA
!
A função das topoisomerases foi apresentada na Aula 7, Biologia Molecular.
Essas enzimas cortam uma ou as duas fitas do DNA, introduzindo ou
removendo superespiralamento (compactação) na molécula.
CEDERJ 11
Evolução | Evolução cromossômica
Citogenética molecular
A citogenética molecular analisa os aspectos visíveis, microscopicamente, da estrutura
molecular dos cromossomos. O estudo da estrutura, função e evolução dos cromossomos,
citogenética ou cariologia, possui papel importante em genética clínica e acadêmica. A
história da citogenética inclui etapas distinguidas por inovações tecnológicas que dispararam
revoluções na abordagem analítica. Quatro tecnologias principais são: 1) tratamentos
hipotônicos para obtenção de cromossomos metafásicos, permitindo a determinação do
número e morfologia dos cromossomos; 2) desenvolvimento de técnicas de bandeamento
cromossômico, permitindo a identificação de cromossomos homólogos entre cariótipos de
uma mesma espécie e de cromossomos homólogos entre cariótipos de espécies diferentes; 3)
desenvolvimento de técnicas para hibridização in situ (em inglês: ISH – in situ hybridization)
de sondas de ácidos nucléicos com preparações citológicas de cromossomos, permitindo a
localização de seqüências específicas de DNA em cromossomos particulares ou partes de
cromossomos; 4) uso de imunocitoquímica conjuntamente com ISH, permitindo a detecção
não-radioativa de sondas hibridizadas em um processo conhecido por pintura cromossômica;
usada não só para mapear seqüências nos cromossomos, mas para identificar homologias
cromossômicas (sintenia) entre espécies. A suposição primária da técnica de hibridização in
situ/ISH é que o DNA cromossomial pode ser desnaturado, de tal forma que possa parear
com sondas de ácidos nucléicos de seqüência complementar, formando duplexes híbridos.
Portanto, as limitações do método residem na dificuldade de obter-se desnaturação completa
do DNA cromossômico, perda de DNA durante a fixação e pré-tratamento das lâminas de
microscopia e a presença das proteínas cromossomiais. Supõe-se que os padrões de bandas
cromossômicas refletem diferenças na organização ou repetição de seqüências de DNA.
Assim, bandas G escuras representariam regiões ricas em A = T e bandas C correspondem
a regiões de heterocromatina constitutiva, rica em seqüências altamente repetidas. Os
cromossomos podem ser estudados como manifestações morfológicas do genoma em
termos de tamanho, forma, número e comportamento microscopicamente visível durante
os processos de meiose e mitose. A citogenética molecular é aplicada em estudos de sistemas
de acasalamento, modos de herança, aspectos da organização estrutural da cromatina ao
longo dos diferentes cromossomos, detalhes da anatomia dos cromossomos em termos
de arranjos espaciais, e presença/ausência de determinados tipos de seqüências (como as
seqüências moderadamente e altamente repetidas: RNAr, RNAt, histonas e satélites). As
limitações resumem-se na confiança da identificação dos cromossomos (cromossomos de
alguns organismos são resistentes a algumas técnicas de bandeamento) e na sensibilidade
e eficiência das reações de hibridização (vários fatores influenciam estas características).
12 CEDERJ
21 MÓDULO 3
ORGANIZAÇÃO E EVOLUÇÃO DE GENOMAS PROCARIÓTICOS E
P ARADOXO DO
EUCARIÓTICOS: A NATUREZA E O TAMANHO DOS GENOMAS
AULA
VALOR C
O genoma é o conjunto de seqüências de DNA de um organismo Como você estudou
na Aula 30, Biologia
ou organela. Molecular, o valor C é
a quantidade total de
Não existe relação direta entre o tamanho do genoma haplóide e DNA, em pares de bases,
o aumento da complexidade morfológica de um organismo (PA R A D O X O do genoma haplóide de
um organismo.
D O VA L O R C). Isto ocorre devido à presença de seqüências de DNA O paradoxo (conceito
que é ou parece contrário
moderada e altamente repetidas no genoma de eucariotos. ao senso comum,
uma incongruência)
Valor C (pb do DNA por genoma haplóide) refere-se ao fato de o
105 106 107 108 109 1010 1011 1012 tamanho do genoma
em pares de bases não
Ameba
corresponder diretamente
Peixe pulmonado à complexidade do
organismo. Na verdade,
Planta de flor (Lilium) a complexidade dos
genomas está relacionada
Ervilha
com o número de genes
Homem diferentes presentes.
Volte à Aula 30,
Sapo Biologia Molecular,
para relembrar.
Camundongo
Segmento
cromossômico
Bactéria 20 kb
Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene
Levedura 20 kb
Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene Gene
Drosophila 200 kb
Gene Gene Gene Gene Gene
Humano 200 kb
Gene Gene
Figura 21.3: Representação de um segmento cromossômico em pares de bases (pb) de um procarioto (bactéria), um
eucarioto unicelular (levedura) e de dois eucariotos multicelulares (Drosophila/mosca-das-frutas e humano). Note
que a maior parte do genoma dos procariotos é constituída de genes; o mesmo vale para o eucarioto unicelular.
ATIVIDADE 2
RESPOSTA COMENTADA
As partes codificantes de um gene de eucarioto são chamadas
de éxons. Os íntrons são as partes do gene de eucariotos que
não codificam para o produto gênico (a proteína) e precisam ser
removidos do precursor do RNA mensageiro antes da tradução.
Foram os íntrons adquiridos pelos genes eucarióticos ou foram
perdidos pelos procarióticos? Os íntrons poderiam ter um papel
importante na regulação da expressão gênica, fornecer vantagens
adaptativas pelo aumento da taxa de recombinação dos éxons (do
inglês exon shuffling, embaralhamento) ou mesmo não ter função
alguma (relíquias do processo evolutivo). Como as bactérias têm
evoluído na direção de tornar mais eficiente seu sistema enzimático
e não no sentido de selecionar novas atividades (possível função
do íntron), parece razoável que as bactérias tenham perdido
14 CEDERJ
21 MÓDULO 3
seus íntrons. Assim, diminuem o tamanho do seu genoma e
AULA
especializam-se em um ritmo de crescimento mais rápido. Contudo,
há a possibilidade de os íntrons terem sido adquiridos mais tarde
na escala evolutiva. Por exemplo, íntrons poderiam ser capturados,
inseridos em outro local, e através de uma mutação pontual no sítio
de excisão, transformados em um íntron como os encontrados no
precursor do RNA mensageiro ou RNAhn (heterogêneo nuclear).
Genoma
eucanótico
LINES E SINES
São seqüências de DNA
Sequências dispersas em genomas
Sequências de
repetidas de mamíferos que são
cópia única
retroposons (transposon
mobilizado por meio
Sequências Sequências
altamente moderadamente de uma forma de RNA;
repetidas repetidas o elemento de DNA
é transcrito em RNA,
transcrito reversamente
DNA Repetições em Repetições em DNA complementar e
satélite tandem Intercaladas inserido em um novo sítio
no genoma; veja a Figura
21.11.c).
cópias mini micro LINES SINES
múltiplas satélites satélites
Figura 21.4: Esquema de classificação das seqüências de DNA que compõem o genoma
dos eucariotos.
CEDERJ 15
Evolução | Evolução cromossômica
16 CEDERJ
21 MÓDULO 3
O processo de associação de genes implica sincronia do processo
AULA
de replicação, produzindo células-filhas com cópias de todos os
genes. Essa replicação em sincronia dos genes reduz o escopo para
competições entre os genes dentro da célula. Se os genes não estivessem
associados, o controle da replicação sincronizada seria muito mais difícil,
particularmente com milhares de genes.
Genes associados
em um 3 4
cromossomo 2
1
Mais de um
Genes isolados cromossomo
Cromossomos conden-
sados em célula com
membrana nuclear
!
Você foi apresentado às anomalias numéricas e estruturais nas Aulas 18 e 19,
Genética Básica. Neste momento, vale a pena rever o conceito de ploidia e
suas alterações, assim como os conceitos de alterações estruturais.
CEDERJ 17
Evolução | Evolução cromossômica
Meiose I
Não-disjunção Normal
Meiose II
Normal Normal Normal Não-disjunção
Figura 21.6: Representação da não-disjunção na meiose I e na meiose II. A não-disjunção na mitose gera produtos
equivalentes à não-disjunção na meiose II.
ter unidades repetidas incluem deleção, inserção, duplicação, translocação (recíproca e Robertsoriana), cromossomo
extras ou ausentes em em anel e isocromossomo. Elas resultam de quebra cromossômica seguida de reconstituição em
comparação com a fita uma combinação anormal. Podem ser balanceadas, se o conjunto de cromossomos possuir o
molde. Veja a Figura complemento normal de informação genética, ou não-balanceadas, se ocorrer perda ou ganho de
21.10. informação genética. Revise esse assunto na Aula 19, Genética Básica.
18 CEDERJ
21 MÓDULO 3
A permuta homóloga (crossing-over) descreve a recombinação que
AULA
ocorre na meiose ou, raramente, na mitose, entre seqüências de DNA
muito semelhante ou idênticas. Ela envolve a quebra de cromátides não
irmãs de um par de homólogos e a reunião dos fragmentos para gerar
novas fitas recombinantes (Figura 21.7).
A troca entre cromátides irmãs é um tipo análogo de troca de
seqüências envolvendo a quebra de cromátides irmãs individuais e
a reunião dos fragmentos que, inicialmente, estavam em cromátides
diferentes do mesmo cromossomo.
O crossing-over desigual é uma maneira de recombinação que
ocorre entre seqüências não alélicas de cromátides não irmãs de um par
de homólogos (Figuras 21.7 e 21.8). Freqüentemente, as seqüências em
que a permuta acontece mostram homologia de seqüências considerável
(famílias de genes ou seqüências repetidas), o que presumivelmente
estabiliza o pareamento incorreto dos cromossomos. Uma vez que
a recombinação ocorre entre cromátides não irmãs incorretamente
pareadas, a troca resulta em uma deleção em uma das cromátides
participantes e uma inserção na outra.
a a A
a A a A a A A
b
b c
b B B b B b
B c B
c C C c C c C C
Figura 21.7: Representação do crossing-over desigual entre cromossomos homólogos desalinhados durante a
metáfase. Na parte esquerda da figura, vemos os produtos de um crossing-over homólogo ou normal, resultando
na troca recíproca entre cromátides. No crossing-over desigual, parte direita da figura, ocorre um pareamento
deslocado dos cromossomos homólogos e a troca recíproca resulta em produtos distintos: um com uma deficiên-
cia, perda de um segmento cromossômico, e outro com uma duplicação em tandem de um segmento gênico.
CEDERJ 19
Evolução | Evolução cromossômica
EVOLUÇÃO EM CONCERTO
Em conjunto ou coincidente (do inglês: concerted evolution) é o processo pelo qual membros individuais de uma família de DNA,
dentro de uma espécie, são mais parecidos entre si do que com os membros do mesmo tipo de DNA em outras espécies.
20 CEDERJ
21 MÓDULO 3
Permuta desigual
AULA
Mutação (*)
Ganho da repetição mutante
Permuta desigual
Passagem da mutação para
muitos membros da população
Ganho da repetição mutante
etc.
Figura 21.9: O crossing-over desigual em um
arranjo de DNA repetido em tandem pode
resultar na homogeneização das seqüências.
CEDERJ 21
Evolução | Evolução cromossômica
Fita parental
Fita parental
Fita complementar
recém-sintetizada
Fita parental
fita complementar
recém-sintetizada
Figura 21.10: O pareamento incorreto por deslize das fitas durante a replica-
ção do DNA pode causar inserções ou deleções. A fita inferior representa a
fita de DNA parental, e a fita superior, a fita complementar recém-sintetizada.
22 CEDERJ
21 MÓDULO 3
Transposon Alvo
AULA
Seq doadora é
removida
Transposon inserido na seq
alvo (receptora)
A
Transposon Alvo
Replicação
DNA
Transcrição
RNA
Transcrição reversa
DNAC
Integração
CEDERJ 23
Evolução | Evolução cromossômica
Pressão de seleção
Lenta Função
original
Gene Gene A
A Duplicação
Divergência de
gênica seqüência Função
relacionada
Gene A2 (alelo do gene A)
Figura 21.12: A duplicação Rápida
gênica pode levar à aquisição Perdade
de uma nova função ou à for- função
* Mutações Pseudogene A
mação de um pseudogene.
24 CEDERJ
21 MÓDULO 3
inclui um segmento que é homólogo a uma parte de um autossomo da
AULA
espécie próxima Drosophila pseudoobscura.
A Quebra B
Formação de
gametas
CEDERJ 25
Evolução | Evolução cromossômica
Fissão
M T T A A
Fusão
A A M
26 CEDERJ
21 MÓDULO 3
ATIVIDADE 3
AULA
Qual a diferença principal nos produtos resultantes de fusão ou fissão de
cromossomos?
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
RESPOSTA COMENTADA
Gente, fundir cromossomos resulta em diminuição do número
total dos mesmos! Já a fissão origina um número maior de
cromossomos. Por exemplo, um indivíduo com 17 cromossomos
no genoma haplóide que, por ocasião da formação dos gametas,
sofreu fusão entre dois de seus cromossomos, ficará no final
com 16 cromossomos. Se, ao contrário, ocorrer fusão entre dois
cromossomos desse mesmo indivíduo, o resultado será um gameta
com 18 cromossomos... Concluindo: fusão diminui e fissão aumenta
o número de cromossomos.
CEDERJ 27
Evolução | Evolução cromossômica
CONCLUSÃO
RESUMO
28 CEDERJ
21 MÓDULO 3
Um aumento regional do genoma ocorreria quando uma determinada seqüência
AULA
fosse multiplicada, resultando em duplicação de genes e éxons, aumentando a
quantidade de DNA não-codificante ou gerando DNA repetitivo. Esses eventos ocorrem,
principalmente, em nível subcromossômico como resultado de crossing-over desigual
entre cromossomos homólogos, troca desigual entre cromátides-irmãs ou deslize de
replicação. As trocas entre cromossomos ocorrem por um dos seguintes mecanismos:
transposição, amplificação do DNA e várias anomalias cromossômicas estruturais, tais
como as translocações.
O número dos cromossomos pode ser alterado por poliploidia, por translocação e por
fissão ou fusão de cromossomos. Esses são os processos fundamentais da evolução
numérica dos cromossomos, também chamada de evolução do cariótipo.
ATIVIDADES FINAIS
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
RESPOSTA
O cromossomo único dos procariotos é circular e fica localizado
no nucleóide, uma região do citoplasma, sem delimitações de
membranas. Os eucariotos possuem cromossomos lineares e em
número constante para cada espécie, localizados no núcleo e
circundados pela carioteca ou membrana nuclear. Os cromossomos
dos eucariotos são compactados com ajuda de proteínas chamadas
histonas. Eles podem ser autossomos ou cromossomos sexuais
(determinam o sexo genético).
CEDERJ 29
Evolução | Evolução cromossômica
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
RESPOSTA
O genoma de procariotos é denso em genes e o genoma de eucario-
tos possui grande quantidade de DNA não-codificante. O tamanho do
genoma não é um valor direto da complexidade do organismo. Mais
significativo é o número total de genes. As seqüências repetidas do
genoma de eucariotos contribuem apenas para o valor, em pares de
bases, do tamanho do genoma.
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RESPOSTA
A vantagem é a sincronia do processo de replicação, sem a associação
dos genes em cromossomos; o controle da replicação sincronizada
seria muito complicada, particularmente com muitos genes.
30 CEDERJ
21 MÓDULO 3
4. Como a quantidade de seqüências de DNA aumentou desde o organismo
AULA
primitivo até os eucariotos complexos? Quais os principais mecanismos de aumento
de tamanho de genomas?
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RESPOSTA
O aumento do genoma ocorreu por duplicação de genes e aumento
da quantidade de DNA não-codificante. Os mecanismos envolvidos
são: crossing-over desigual entre cromossomos homólogos, troca
desigual entre cromátides irmãs, deslize de replicação, transposição,
translocação e outras anomalias estruturais e numéricas.
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RESPOSTA
O número dos cromossomos pode ser alterado por poliploidia,
translocação e fissão de cromossomos.
CEDERJ 31
Evolução | Evolução cromossômica
AUTO-AVALIAÇÃO
Na próxima aula, você verá como vários polimorfismos acumulados e sob efeito
das forças evolutivas culminarão no processo de especiação. Especiação é o
evento da divisão de uma espécie em duas reprodutivamente isoladas. Membros
de espécies diferentes possuem diferenças genéticas, ecológicas, comportamentais
e morfológicas. O evento crucial é o isolamento reprodutivo que, uma vez atingido,
fará um sistema biológico evoluir, independentemente de outros semelhantes.
32 CEDERJ