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Português para Concurso de Professor - BÔNUS

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CONCURSO EPROFESSOR

PORTUGUÊS

2MIL
Questões
GABARITADAS

PROFESSOR
Online
Online

@ProfessorOlineOficial 01
a) Foi falta de bom senso o corte no orçamento da ciência.
b) Não esperávamos que ele ascendesse ao cargo tão rapidamente.
c) O iminente cientista liderou o combate à pandemia no mundo.
d) Pediram a rescisão do contrato antes que o prazo expirasse.
e) Ela tem dificuldades para enxergar oportunidades.

Questão 2: OBJETIVA CONCURSOS - Aux Adm (Cp do Cipó) 2022

Como o Post-it foi criado?

Você já deve ter visto por aí um bloquinho com folhas coloridas e com a borda colante: é o Post-it. Esse invento começou a ser
criado sem querer, em 1968, pela empresa norte-americana 3M. Na época, um funcionário trabalhava em outro invento: uma
cola super-resistente que deveria ser usada na indústria aeroespacial.

Contudo, aconteceu exatamente o contrário do que eles queriam: foi criado um adesivo fraco e sensível à pressão. Tanto que, de
cara, ninguém viu utilidade para aquilo. Até que perceberam as qualidades do invento.

O principal ponto a favor da cola, mais fraca do que o planejado, era o fato de ser reutilizável e removida facilmente, sem deixar
marcas. Passados alguns anos, a empresa pediu a um profissional que achasse uma função para a . A ideia dele foi criar
um papel e colá-lo na fita, que deveria ser presa a quadros de recados, por exemplo. A 3M não gostou!

Então, em 1974, outra vez por acidente, o químico Art Fry, que também trabalhava na 3M, teve uma ideia. Ele cantava no coral
de uma igreja e tinha dificuldade para manter as páginas com as músicas presas em um local. Aí, criar um papel que
pudesse ser colado em qualquer local. O Post-It chegaria ao mercado 3 anos depois.

(Fonte: Recreio Uol - adaptado.)

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:

a) invensão | sujeriu
b) invenção | sujeriu
c) invensão | sugeriu
d) invenção | sugeriu

Questão 3: MÉTODO - PPed (Primavera RO) 2022


Analise as frases, abaixo, e assinale a que indica correta grafia:

a) pouco tempo, com profunda emoção, visitei à casa onde nasci.


b) À pouco tempo, com profunda emoção, visitei a casa onde nasci.
c) Há pouco tempo, com profunda emoção, visitei a casa onde nasci.
d) À pouco tempo, com profunda emoção, visitei a casa onde nasci.

@ProfessorOlineOficial 06
Questão 4: FUNDATEC - GPed (Pref Esteio) 2022
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

A importância da Educação Infantil

Em pleno século XXI, ainda existem pessoas que acreditam que a Educação Infantil, por se tratar do ensino de bebês e crianças
pequenas, só serve para que os pais ou responsáveis deixem os filhos para trabalhar ou para realizar outras tarefas sem a
presença dos pequenos.

Todavia, definitivamente, as pesquisas científicas envolvendo a primeira infância têm mostrado exatamente o oposto, pois é
nessa fase que começa a construção das quatro áreas do desenvolvimento de uma criança – a física, a cognitiva, a emocional e a
social – que são os esteios da formação do caráter, da identidade, do desenvolvimento físico e psicológico.

Por isso, a Educação Infantil é uma das fases mais importantes na vida da criança! Alguns pais não dão o devido valor que esse
momento merece e, muitas vezes, por falta de conhecimento, acabam negligenciando esse período fundamental para a formação
dos pequenos, que tem total impacto na fase adulta. Afinal, é nessa etapa que elas começam a existir fora do convívio familiar, o
que envolve lidar com diferenças, o desenvolvimento da personalidade e da autonomia, a criação de laços de amizade e as
descobertas em diferentes áreas do conhecimento.

Além de funcionar como uma base para as demais etapas da educação formal e o seu correto aproveitamento, permite que os
pequenos cre...am com mais autonomia e tenham mais sucesso em sua vida escolar e individual.

Mas, afinal, o que é a Educação Infantil?

A Educação Infantil é voltada para a faixa de zero a cinco anos de idade. Entretanto, ela só é obrigatória, no Brasil, para crianças
a partir de quatro anos, o que torna os grupos 1, 2 e 3 facultativos, nesse caso, devendo-se recorrer a creches ou à pré-escola.

A Educação Infantil no Brasil é um direito da criança, sendo o estado obrigado a disponibili...ar espaços e profissionais
adequados para atendê-la corretamente. Por isso, encontram-se, em todas as regiões do país, instituições de ensino públicas que
atuam como creches e pré-escolas. Várias particulares também oferecem o ensino para essa faixa etária, o que dá aos pais e
responsáveis a chance de o...tar por alguma que esteja de acordo com as suas possibilidades financeiras.

Alguns pais desconhecem a importância da Educação Infantil na formação dos pequenos. Acreditam que é um desperdício, que a
criança “só vai para brincar” e que não fará a diferença no seu futuro, mas não é bem assim! Essa é uma das fases mais
importantes e que terá grande influência na idade adulta. Estímulos motores, afetivos e sociais oferecidos às crianças em seus
primeiros anos são cruciais para uma vida mais harmoniosa e feliz. O desenvolvimento da autonomia pode levá-las a tornarem-se
críticas, criativas, questionadoras e, com isso, em condições de interferir no meio em que vivem.

Por isso, o primeiro contato com o outro deve ser conduzido com muito cuidado e carinho, para que as crianças aprendam de
forma lúdica e prazerosa. E assim saberão como se socializar. Dentro do processo educativo, é preciso entender o que é o brincar
e como conduzir a criança ludicamente para suas descobertas afetivas, cognitivas, de relação com o outro e com a sociedade.
Brincando, a criança adquire o conhecimento da língua oral, escrita, da matemática e de muitas outras habilidades.

(Disponível em: https://www.appai.org.br/ – Revista Appai Educar – 20/09/21 – texto adaptado especialmente para esta prova.)

@ProfessorOlineOficial 07
Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, os espaços pontilhados das linhas e para que a grafia das palavras esteja
de acordo com a correta ortografia da Língua Portuguesa.

a) ç – z – pi
b) ç–s–p
c) ç–z–p
d) sç – s – pi
e) sç – z – p

Questão 5: OBJETIVA CONCURSOS - Dent (Guaraniaçu) 2022


Considerando-se a ortografia das palavras, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa
que apresenta a sequência CORRETA:

( ) É preciso dissernir o que ele fala.

( ) Prefeito cogita abidicar de candidatura.

a) C - C.
b) E - C.
c) C - E.
d) E - E.

Questão 6: AVANÇASP - PEB II (Rio Claro) 2022

Salvar a Amazônia está ao alcance de todos

Todos os anos a Organização das Nações Unidas (ONU) elege um problema ambiental com o qual o planeta precisa lidar para
ser o tema do Mês do Meio Ambiente. É uma forma de chamar a atenção para questões essenciais que nem sempre recebem a
atenção devida. Em 2021, é a restauração de ecossistemas.

Para um país como o Brasil, que tem 60% da maior floresta tropical do mundo, esse é um assunto que não deveria sair
nunca da pauta. Mas sabemos que, na prática, apesar das questões ambientais estarem ganhando cada vez mais visibilidade e
relevância, especialmente com os pilares ESG, ainda está muito longe do ideal e do necessário. A começar pelo pouco
conhecimento que temos sobre a Amazônia e, principalmente, a respeito do que cada um pode fazer para preservá-la. Vale
lembrar que em torno de 50% das emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil são provenientes do desmatamento da
Amazônia.

Sim, a preservação da Amazônia está ao alcance de todos nós, especialmente das empresas. Não dá mais para esperar que
políticos façam o que deveriam fazer. Temos, claro, que votar com consciência e cobrar que façam o que é preciso, mas passou
da hora de envolver o mercado nesse propósito de forma prática e intensiva. Só assim conseguiremos dar o salto necessário para
interromper o processo de destruição da floresta. Ela é muito mais que um conjunto esplêndido de árvores milenares. É a maior
biodiversidade do globo terrestre, com cerca de 60 mil espécies de plantas e animais — um ecossistema riquíssimo que está
clamando por socorro.

E é possível que pessoas físicas e jurídicas ajudem a reverter a situação dramática de destruição que temos acompanhado
nos últimos anos. O caminho é investir em projetos de REDD+ (Redução de Emissões Provenientes de Desmatamento e
Degradação Florestal — com o objetivo de preservar áreas imensas na Amazônia Legal que sofrem grandes pressões de

@ProfessorOlineOficial 08
desmatamento) para que avancem além dos 2 milhões de hectares atuais para a meta necessária de 50 milhões em toda a
Floresta Amazônica até 2030.

Para isso, basta que cada companhia e todos os cidadãos que puderem adicionar mais uma conta de consumo a seu rol de
boletos mensais decidam compensar suas emissões de CO², por meio de projetos de geração de crédito de carbono na
Amazônia. Sim, é simples desse jeito, mas depende da vontade e do comprometimento de cada um. Afinal, o mercado de crédito
de carbono no Brasil ainda é voluntário. Isso quer dizer que o governo não estabelece um teto de emissão de CO², não taxa as
indústrias que ultrapassarem a cota, nem controla quanto cada companhia deveria compensar. Tampouco regula esse mercado, a
fim de garantir que tenha condições de se desenvolver e gerar riquezas para o país, como já fizeram Chile, Colômbia e Canadá
para citar apenas três exemplos.

Portanto, temos que nos mobilizar para cada um fazer a sua parte, mas, também, para exigir que o governo federal faça a
dele, que é proteger a floresta e regulamentar o mercado de créditos de carbono para aumentar os projetos de REED+. É preciso
preservar a natureza e integrar as comunidades locais; e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento sustentável da região.
A compensação de emissões de carbono com a política de créditos é apenas o início de um ciclo de projetos. Com a mata em pé,
é possível explorar, de forma responsável, toda a potencialidade de suas riquezas naturais e culturais para diversos mercados,
como saúde, cosmética e alimentação, integrando as comunidades e floresta à sociedade moderna. Os projetos de REDD+ são
essenciais para conservarmos a biodiversidade, estabilidade climática e assim chegarmos a uma economia de baixo carbono.

Proteger a floresta, apesar de parecer algo distante, é muito mais barato e eficiente que qualquer projeto de reflorestamento
adotado por tantas empresas. Com R$ 100 é possível preservar um hectare da Amazônia por meio de projetos de créditos de
carbono voluntários. Enquanto recuperar um hectare de área desmatada custa cerca de R$ 10 mil a R$ 25 mil, dependendo da
técnica utilizada. O cálculo considera apenas árvores e não contabiliza todo o ecossistema que é preservado e que, infelizmente,
não se recupera com a velocidade de um replantio.

Há muitas empresas bem intencionadas que colocam grande volume de recursos em projetos sustentáveis, mas com baixo
retorno para o meio ambiente. É possível aumentar exponencialmente a taxa de retorno e salvar a Amazônia. Por isso, proponho
que usemos a provocação da ONU para assumir a parte que nos cabe na preservação de um dos ecossistemas mais importantes
do mundo.

*Janaína Dallan Engenheira florestal, membro do time de especialistas da ONU para Mudanças Climáticas (RIT) e CEO da
Carbonext https://www.correiobraziliense.com.br

Assinale a alternativa em que todas as palavras da frase estão grafadas corretamente.

a) O ensino híbrido e a nova geração de aprendizes imergem, isto é, surgem neste cenário de pandemia.
b) A cerca de oito meses, a educação começou a se reconfigurar.
c) A escola se prepara para não infringir as medidas sanitárias de prevenção do novo coronavírus.
d) Cheguei cedo afim de encerrar todas as atividades propostas.
e) O professor apresentou reportagens que ajudam na formação de censo crítico de seus alunos.

Questão 7: OBJETIVA CONCURSOS - Dent (Guaraniaçu) 2022


Texto

Estresse realmente dá cabelo branco?

É muito comum ouvir por aí que o estresse dá cabelos brancos. E isso é verdade! Isso não acontece de uma hora para a outra,
mas, segundo os cientistas, o estresse e a ansiedade podem acelerar o processo gradual de embranquecimento dos fios.

@ProfessorOlineOficial 09
Os primeiros fios brancos começam a aparecer, em geral, aos 35 anos. Mas, para algumas pessoas, podem surgir mais cedo, por
volta dos 17 anos, ou bem mais tarde, aos 50. Esse processo ocorre naturalmente, porque as células que produzem melanina, o
responsável por dar cor aos fios, têm um tempo determinado de vida – em cada pessoa, elas têm um prazo
diferente.

Especialistas já verificaram que pacientes que sofrem de estresse ficam com os cabelos grisalhos mais rapidamente. Isso
acontece porque os do estresse podem dar origem a uma inflamação que desencadeia a produção de radicais
livres — moléculas que danificam as células, acelerando seu envelhecimento. No entanto, outros fatores, como poluição e
alimentação desequilibrada, além de fatores genéticos, contribuem para esse processo.

Uma história conhecida diz que, ao descobrir que seria , Maria Antonieta, a rainha da França, ficou com os cabelos
brancos. Como ela sofreu nos meses que antecederam sua morte, é mesmo provável que tenha ficado com mais cabelos
brancos.

O estresse também deixa a gente careca, pois a adrenalina que liberamos quando ficamos nervosos interrompe a multiplicação
das células do nosso corpo — o cabelo pode parar de crescer.

(Fonte: Abril - adaptado.)

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:

a) pigmento | hormônios | decapitada


b) piguimento | hormônios | decaptada
c) pigmento | ormônios | decapitada
d) piguimento | ormônios | decaptada

Questão 8: OBJETIVA CONCURSOS - Prof (Roca Sales) 2022

Até que ponto o piloto automático de um avião é

automático?

De acordo com Jorge Henrique Bidinotto, professor de engenharia aeronáutica na USP de São Carlos, o piloto automático não
decide nada – apenas segue instruções. Se o piloto humano ordenar que o avião suba para 30 mil pés, por exemplo, o
computador se encarrega de mudar a altitude, mantendo as outras variáveis constantes.

Quando há turbulência, o piloto automático desliga por conta própria. Se o comandante não considerar prudente lidar com o
tempo ruim no modo manual, ele pode dar ao avião instruções para que ele desvie das nuvens. De novo: o avião até topa
o comando, mas vai só obedecer, sem decidir.

Além de não gostar de ventanias e temporais, o piloto automático também é desligado por quando o humano comete
um erro ao operá-lo.

Decolagem e pouso também são delicados: a primeira é inteiramente responsabilidade do piloto humano. Já no pouso, o
automático leva o avião até muito da pista, mas o controle volta para o manual imediatamente antes de o avião tocar o
chão.

É bom lembrar que o piloto automático é apenas um dos muitos sistemas que ajudam a guiar o avião. Ele faz parte do controle
automático, que inclui também softwares estabilizadores e um sistema que “filtra” as ações do piloto, tornando-as mais suaves.

@ProfessorOlineOficial 10
(Fonte: Abril - adaptado.)

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:

a) reassumir | precaução | próximo


b) reassumir | preocaução | próssimo
c) reaçumir | precalção | próximo
d) reaçumir | precaução | prócimo

a) Casamento

b) Zelador.

c) Exílio.

d) Castanho.

e) Colisão.

Questão 10: FUNDATEC - Prof (Tramandaí) 2021


Por Miriam Grobman

Quando me mudei para o Brasil, reparei um aspecto do trabalho bem diferente da minha rotina anterior nos Estados Unidos: a
mistura entre a vida pessoal e profissional.

Algumas semanas depois de entrar na empresa, fiquei bem surpresa quando uma colega do trabalho convidou o time inteiro
para a festa de aniversário dela. Em outra ocasião, o chefe chamou o time para uma festa na casa dele.

No meu emprego anterior, em Nova York, almoçar com os colegas de trabalho significava descermos juntos para a rua e
comprar algo para comer na mesa do escritório. No Rio, almoço de equipe de pelo menos uma hora era uma rotina diária.

Gosto muito dessa diferença cultural. Esses aspectos sociais tornam o ambiente de trabalho acolhedor e agradável. Mantenho
amizades com vários colegas brasileiros, mesmo anos depois de ter saído da empresa.

Entretanto, existe um aspecto sombrio da cultura informal. O foco na manutenção de relações faz com que as pessoas evitem
compartilhar feedback objetivo sobre desempenho e qualidade das entregas. Os chefes prote__em os colegas que são amigos
mais próximos. Colegas não comentam quando existe erro no trabalho entregue (pelo menos não na frente da pessoa). As
opiniões contrárias não são bem-vindas nas reuniões. Isso cria um ambiente menos produtivo e meritocrático, limitando o
cre__imento das pessoas e prejudicando os resultados das empresas.

Dar feedback negativo é uma fonte de ansiedade para muitos gestores que temem a reação do funcionário. Mas, o objetivo do
feedback não é parabenizar o funcionário para que ele goste de você. Nem deveria ser uma ferramenta para punir ou humilhar a
pessoa.

Um bom feedback tem como objetivo principal ajudar a pessoa a entender seus pontos fortes e fracos e ajudá-la a realizar
ações concretas para melhorar.

Não é fácil dar feedback negativo, mas temos a tendência de subestimar a capacidade das pessoas de melhorar e atingir seu
potencial. Na minha e__periência, feedback concreto e focado em ações futuras mostra para as pessoas que você valoriza seus
esforços e pode fazer uma grande diferença ao longo da sua trajetória profissional.

(Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

@ProfessorOlineOficial 11
Considerando a correta ortografia dos vocábulos em Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas das linhas 14, 17 e 25.

a) g – sc – x
b) g–c–s
c) j–c–s
d) j – sc – x

Questão 11: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEED PR) 2021


Texto 5A2-I

Socorro

Socorro, eu não estou sentindo nada.

Nem medo, nem calor, nem fogo,

não vai dar mais pra chorar

nem pra rir.

Socorro, alguma alma, mesmo que penada,

me empreste suas penas.

Já não sinto amor nem dor,

já não sinto nada.

Socorro, alguém me dê um coração,

que esse já não bate nem apanha.

Por favor, uma emoção pequena,

qualquer coisa que se sinta,

tem tantos sentimentos,

deve ter algum que sirva.

Socorro, alguma rua que me dê sentido,

em qualquer cruzamento,

acostamento, encruzilhada,

socorro, eu já não sinto nada.

Alice Ruiz. Socorro, 1986.

Assinale a opção em que a palavra apresentada está de acordo com a atual ortografia oficial da língua portuguesa.

@ProfessorOlineOficial 12
a) seminternato
b) hiperssensibilidade
c) contra-regra
d) mão-de-obra

e) autoanálise

a) Pagem – Cangica.
b) Estágio – Privilégio.
c) Prestígio – Relógio.
d) Refúgio – Vertiginoso.

a) Húmido / hipismo / herbívoro.


b) Halucinação / hipótese / hesitar.
c) Hortênsia / hérnia / haurir.
d) Hombreira / hindu / hervateiro.
e) Halteres / húmero / hinquilino.

Questão 14: FUNDATEC - Prof (Candelária) 2021

Eu sou um grande fã de NBA (se você acompanha a coluna já deve ter notado uma ou outra referência ao tema), mas não só
do esporte – também do entretenimento e especialmente da cultura promovida pelo basquete: desde o poder que os atletas da
liga têm de fazer emer__ir um movimento como o Black Lives Matter a todas as lições de negócios e de vida que podemos tirar
da biografia de astros como Michael Jordan, Phil Jackson e Kobe Bryant.

Cultura é um tema que me fascina muito – como os seres humanos se comportam, como as ações e ou combinados
intera__em, como os valores são construídos e fortalecidos em uma sociedade ou em um grupo.

O Heat é a única franquia do basquete americano que tem testes de condicionamento na pré-temporada. Sim, um atleta da
franquia de Miami precisa manter a forma mesmo durante as férias. E quem não alcança o padrão desejado tem grande chance
de ser colocado como disponível no mercado.

É uma abordagem quase que militaresca da cultura de treinamento e de ética de trabalho. Para você ter uma ideia, alguns
jogadores iniciam sua rotina de treino às três e meia da manhã – isso em um dia normal. Segundo David Fizdale, ex-treinador
adjunto do time, “o treino tem que ser uma guerra. O treino tem que ser muito pior do que o jogo em si”. Não é por acaso que a
determinação é uma marca reconhecida entre os jogadores do Miami Heat.

O Heat sempre quer ganhar. Eles se recusam a fazer o “rebuild”, que é quando você vende os melhores atletas do time para
perder mais – e assim conseguir uma posição melhor para a escolha de atletas no Draft seguinte.

A prática é comum na NBA, mas proibida em Miami. Mesmo quando as estatísticas jogam contra, os jogadores se recusam a
vestir a carapuça de “café com leite” ou de “zebra”.

O Miami Heat já teve superestrelas no time, e conseguiu três títulos com um time formado pelos astros LeBron James, Chris
Bosh, e Dwayne Wade. Mas o que a franquia gosta mesmo é de encontrar e de__envolver suas pratas da casa. Especialmente
aqueles jovens que sentem que precisam provar algo (nunca esqueça que garra é uma das principais características desse time).

Atualmente o time é composto por um misto de jogadores que vieram de faculdades sem qualquer tradição no basquete e
até uma série de atletas que sequer passaram pelo modelo tradicional de divisão de atletas recém-saídos da universidade entre
os times americanos. Mesmo com prognósticos não muito favoráveis, todos esses jogadores se tornaram atletas de ponta ao
serem acolhidos pelo Heat.

@ProfessorOlineOficial 13
(Autor: Felipe Collins. Disponível em: https://exame.com – Texto especialmente adaptado para esta prova.)

Considerando a correta ortografia das palavras em Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas das linhas 03, 07 e 25.

a) g–j–s
b) g–g–s
c) j–j–s
d) j–g–z
e) g–j–z

Questão 15: CETREDE - Prof (Pref Paraipaba) 2021

Êxodo

Num repentino desenfado, Dagoberto estirou o olhar, por cima das mangueiras meãs enfileiradas ladeira abaixo, para a estrada
revolta.

Parecia a poeira levantada, a sujeira do chão num pé de vento.

Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de cemitérios antigos – esqueletos redivivos, com aspecto terroso e o fedor das
covas podres.

Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas
em vez de ser levado por elas.

Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam aonde iam.
Expulsos do seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus fados.

Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo.

Adelgaçados na magreira cômica, cresciam como se o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos joelhos, de
mãos abanando.

Vinham escoteiros, menos os hidrópicos – doentes de alimentação tóxica – com os fardos das barrigas alarmantes.

Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma

Eram os retirantes. Nada mais.

Meninotas, com as pregas da súbita velhice, careteavam torcendo as carinhas decrépitas de ex-voto. Os vaqueiros másculos,
como titãs alquebrados em petição de miséria. Pequenos fazendeiros, no arremesso igualitário, baralhavam-se nesse anônimo
aniquilamento.

@ProfessorOlineOficial 14
Mais mortos do que vivos. Vivos, vivíssimos só no olhar. Pupilas do sol da seca. Uns olhos espasmódicos de pânico, como se
estivessem assombrados de si próprios. Agônica concentração de vitalidade faiscante.

Fariscavam o cheiro enjoativo do melado que lhes exacerbava os estômagos jejunos. E, em vez de comerem, eram comidos pela
própria fome numa autofagia erosiva.

José Américo de Almeida, in Bagaceira.

Com base no texto e em seus conhecimentos adquiridos, responda às questões a seguir.

A reforma ortográfica admitiu que há, no léxico português, palavras com duas grafias corretas. Assinale a alternativa cuja palavra
foge a essa norma.

a) Compacto / compato.
b) Aspecto / aspeto.
c) Corrupto / corruto.
d) Factual / fatual.
e) Contráctil / contrátil.

Questão 16: FUNDATEC - Prof (Cariacica) 2021


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Acesso à Educação: o problema da conectividade nas escolas públicas

O contexto da pandemia da covid-19 jogou luz sobre um problema que, segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), deveria
ter sido solucionado ainda em 2019: a falta de conexão à internet em banda larga de alta velocidade nas escolas públicas
brasileiras.

Um levantamento feito pelo Comitê Técnico da Educação, do Instituto Rui Barbosa, sobre a infraestrutura na rede pública, com
base nos dados extraídos do Censo Escolar 2020, apontou que 25% das escolas não tem qualquer acesso à internet – o que
afeta mais de 2,7 milhões de estudantes das redes estaduais e municipais de ensino. Do percentual de quem tem acesso à
internet banda larga (39%), aproximadamente 15% são escolas municipais. Além disso, há ainda uma grande desigualdade
regional: enquanto na região sul há 4 mil escolas sem internet banda larga, na região nordeste elas somam 25 mil.

A conectividade se tornou ainda mais urgente e indispensável para a Educação. A falta de conectividade impediu que 5,5 milhões
de crianças e adolescentes tivessem acesso à Educação em 2020, o que traz o risco, segundo o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef), de regredirmos duas décadas nos indicadores de evasão escolar no Brasil. Em pleno século 21, a inclusão
digital é fundamental para garantir a integração do indivíduo à sociedade contemporânea; facilitar o intercâmbio de experiências
e o acesso a novos conhecimentos.

Além de ser garantido pela Constituição Federal que o ensino, será prestado com igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola, o Brasil se comprometeu com uma Educação que vise “ao pleno desenvolvimento da personalidade
humana” e que capacite “todas as pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre”, ao ratificar o Pacto Internacional
sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, da Organização das Nações Unidas (ONU).

@ProfessorOlineOficial 15
A meta de conexão de banda larga é, aliás, prevista não apenas no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), mas também
na nova Lei do Fundo de Universalização das Telecomunicações – FUST (14.109/2020), que determina a conexão de todas as
escolas públicas à internet até 2024

A dificuldade de conexão estava entre os principais entraves para o ensino remoto e continua a ser um obstáculo para o
formato íbrido de aprendizagem, dentro e fora da escola, na retomada gradativa das aulas presenciais. Apesar da urgência
desses investimentos, ainda há resistência por parte do governo federal a essa pauta, como aponta, por exemplo, o fato de que
o Programa Inovação Educação Conectada (PIEC), de 2019 para 2020, teve redução de investimento de mais de 40%: de R$ 284
milhões caiu para R$ 165 milhões; e, segundo noticiado recentemente pelo jornal Folha de São Paulo online, em 2021 nenhum
centavo do programa foi gasto.

(Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/20637/acesso-a-educacao-conquista-na-garantia-de-conectividade-nas-escolas-publicas –


Texto adaptado especialmente para esta prova)

Sobre a ortografia de o emprego de palavras no texto, analise as assertivas abaixo:

I. A palavra “íbrido”, presente no texto, está grafada incorretamente, pois deveria ser escrita “híbrido”.

II. A palavra “obstáculo”, presente no texto, está grafada incorretamente, pois deveria ser escrita “hobstáculo”.

III. O vocábulo “ratificar”, na linha 20, de acordo com o contexto, está empregado incorretamente, pois, nesse caso,
deveríamos usar “retificar”.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e III.

e) I, II e III.

Questão 17: FUNDATEC - FiscA (B do Ribeiro) 2021


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão

Adaptação do ensino às aulas online

Por Laura Rachid

Os educadores estão abraçados ainda mais na força de vontade e na criatividade para se adaptarem ao cenário atual. Postura
compreen...ível, uma vez que, mesmo com o avanço da pandemia da covid-19, a missão de transmitir conhecimento continua —
pelo menos no universo das escolas e alunos que possuem condições para aulas online.

Aproximar o que será ensinado com a realidade dos estudantes é outra característica comum entre alguns docentes que visam
estimular e facilitar a aprendizagem. “Dessa forma, eles [alunos] terão uma ótima oportunidade, juntos com seus familiares, em

@ProfessorOlineOficial 16
distanciamento social, para discutir e replicar o que aprenderam”, defende um professor de Biologia em Goiânia, GO. Ele diz que
procura sempre relacionar suas aulas com problemas vividos naturalmente, sejam eles do meio ambiente, saúde ou cultural.
“Não basta definir o que é aterosclerose, é importante, na hora do almoço, discutir sobre os alimentos que fazem bem ___
saúde, sobre a prática de exercícios mesmo diante da dificuldade momentânea de fazê-los e sobre como podemos melhorar
nosso bem-estar. Portanto, faz parte da construção da metodologia de ensino pensar sobre o que se deve aprender e para que
aprender”, acre...enta.

E por falar em cotidiano, as informações sobre a pandemia está sendo tema das aulas de Matemática. O 1º ano do Ensino Médio
está estudando funções exponenciais e pesquisando o que significa dizer que o número de casos de coronavírus cresce
exponencialmente. Posteriormente farão uma comparação, caso o crescimento fosse linear, e explicar as justificativas para o
isolamento social por meio de pesquisas e trocas de informações. “Desta forma, esperamos que eles aprendam a buscar
conhecimento de forma autônoma, mediante orientação dos docentes, e desenvolver bom senso em relação ___ fake news e aos
cuidados que devem tomar”, defende um dos professores da área.

Em relação ao planejamento, um dos professores relata que sente que as aulas online requerem uma dedicação maior, uma vez
que a linguagem e dinâmica são diferentes da modalidade presencial. “Precisamos pensar no que vamos ensinar e, também,
roteirizar quais seriam os pontos de maiores dificuldades sobre aquele assunto. A dúvida do estudante deve ser antecipada na
sua apresentação. Por exemplo, ao falar sobre o sistema circulatório, é comum que os alunos tenham dúvidas sobre o ‘infarto’.
Na aula remota, não podemos ser pegos de surpresa, será mais difícil para explicar caso não tenhamos o recurso certo, na hora
certa”, pontua o docente de Biologia.

Ele tem consciência de que, pelo colégio que leciona fazer parte de um grande grupo educacional, há uma maior facilidade no
acesso ___ ferramentas que viabilizem o que ele chama de processo de aprendizagem significativa. Além disso, “a equipe
pedagógica está se desdobrando na elaboração de tutorias e fazendo um trabalho incrível de engajamento de toda a comunidade
escolar. Considero, dentro desse contexto, que é possível, sim, aprender com qualidade, mas que caminhos árduos de adaptação
tiveram que ser superados”, afirma.

“Os recursos eram pouco conhecidos por nós, professores, na verdade, estamos evoluindo bastante no ‘mundo tecnológico’”.
Este momento está servindo para troca de experiências, compartilhamento de boas práticas e, também, por incrível que pareça,
maior proximidade com todos os atores da escola. É isso mesmo, vejo uma escola muito mais unida”, finaliza.

Em muitos colégios que adotaram o modelo virtual, as aulas acontecem não apenas no ensino médio, mas para os pequenos
também. Indagada sobre as dificuldades do ensino online, Adriana Francisca de Oliveira Silva, professora e coordenadora de
educação infantil e fundamental I de um colégio localizado também na capital paulista, destaca que desafios sempre surgem.
“Estamos trabalhando coisas básicas como a empatia, o respeito, e a paciência para falar. No começo foi complicado, hoje em
dia, se sentem [as crianças] numa condição muito melhor. Eles esperam ser chamados e deixam os microfones desligados
durante as explicações, evitando possíveis distrações. Mas é um processo en...iquecedor, estamos falando de crianças de sete
anos, que possuem condições e se tornam capazes para fazer uma simples conferência com qualquer CEO internacional, e vão se
sair muito bem”, ressalta.

(Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2020/05/25/professores-aulas-online-covid/ - Texto especialmente adaptado para esta prova.)

Considerando a correta ortografia das palavras em Língua Portuguesa, assinale a alternativa que completa, correta e
respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 02, 14 e 48.

a) s–c–r
b) s – c – rr
c) s – sc – r
d) c – sc – r
e) c – c – rr

Questão 18: FUNDATEC - Prof (Cariacica) 2021

@ProfessorOlineOficial 17
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Pandemia e o futuro da educação

A pandemia colocou em voga uma questão há muito debatida: o ensino online. Ela comprovou, de maneira praticamente
unânime, a viabilidade desta modalidade de ensino, a qual foi adotada do ensino básico ao superior. Com a urgência para manter
a educação funcionando, foi necessário transformar a educação presencial em remota. Somente isso já demonstrou alguns
benefícios: a continuidade do ensino mantendo o isolamento social e, assim, garantindo a saúde de todos e todas. Além de que,
para além da pandemia, a capacidade de aprender sem ter que sair de casa – o que, para os que já trabalham ou moram em
cidades grandes, representa uma grande economia de tempo e, até mesmo, financeira.

A partir desse cenário, muitos defendem a reinvenção educacional, a potencialidade do ensino a distância para uma maior
inclusão e acessibilidade, acreditando no EAD como o futuro da educação. A pandemia nos mostrou que a educação não precisa
ser tradicional para ser eficaz, e as inovações podem transformá-la em até mais eficiente do que antes.

Em entrevista para o Estadão, Alessandra Montini, coordenadora do LabData da Fundação Instituto de Administração, afirma que
“a tecnologia é uma aliada no sucesso educacional e minimiza os efeitos negativos impostos pelo isolamento social. Por isso, o
retrocesso no póspandemia não pode ser uma alternativa. A integração entre o mundo presencial e o ambiente digital vai fazer
parte da educação do futuro”. De fato, atualmente aposta-se muito em experiências figitais, em que o ensino a distância é
combinado a encontros presenciais. Com isso, a frequência e finalidade de encontros presenciais são repensadas.

Essa experiência permite combinar as vantagens do ensino a distância com os benefícios do ensino presencial. Para Márcio
Rosales, coordenador do Master in Business Innovation da Universidade de São Carlos, o ensino a distância combina o tempo
flexível à qualidade rígida – enquanto o ensino presencial traz o tempo rígido e a qualidade flexível. Com base nisso, o professor
defende que o modelo de ensino remoto irá “potencializar a Educação 4.0, e não acabar com os encontros presenciais, mas
torná-los mais ricos”.

No entanto, se por um lado a pandemia demonstrou a potencialidade da educação remota, por outro mostrou também que a
educação ainda precisa avançar nesse quesito. A educação remota pode – e deve – ser mais do que a mera transformação do
ensino presencial em ensino remoto. Ela surge não apenas para transformar a nossa vida em mais prática, mas para revolucionar
nossa forma de aprender, fornecendo-nos novas ferramentas que podem garantir um aprendizado mais eficaz, produtivo e
divertido.

Esta é, justamente, a diferença entre ensino remoto e ensino a distância: enquanto o ensino remoto é o ensino meramente não
presencial, muito utilizado na pandemia por ser uma solução rápida e acessível; o EAD é um modelo de educação, com
metodologias e estruturas definidas e pensadas para garantir o aprendizado à distância. As escolas EAD frequentemente contam
com plataformas completamente online e interativas, fundando uma nova forma de aprender.

De acordo com Luciano Sathler, membro do Comitê de Qualidade da Associação Brasileira de Educação a distância, transformar
as atividades presenciais em digitais garante uma educação frágil e ineficaz. Ferramentas distintas de educação exigem modelos
educacionais distintos.

Portanto, se é verdade que a pandemia nos ensinou a respeito da eficácia do ensino remoto, cabe a nós ir além: o ensino remoto
funciona. Como torná-lo ainda mais eficaz para o futuro da educação? A resposta começa de uma forma simples: planejamento e
desenvolvimento. Primeiramente, é necessário capacitar os professores e adotar estratégias que sejam efetivas do ponto de
vista pedagógico. Em segundo lugar, para fornecer aos estudantes a melhor versão da educação que eles podem ter, pode-se
articular ensino remoto com o digital learning, fazendo o melhor uso possível das ferramentas digitais à nossa disposição.

@ProfessorOlineOficial 18
(Disponível em: https://ifesp.com.br/blog/educacao/ensinamentos-da-pandemia-para-o-futuro-da-educacao – texto adaptado especialmente para
esta prova).

A respeito da ortografia de palavras no texto, analise as assertivas a seguir.

I. A palavra “voga”, está grafada incorretamente, pois, considerando o contexto de ocorrência, o certo seria utilizar a palavra
“vaga”.

II. O termo “quesito”, além de estar grafado incorretamente, pois essa palavra deve ser escrita com “z” no lugar de “s”,
também não se aplica ao contexto.

III. A palavra “estratégias”, está escrita incorretamente, pois deve ser grafada “estratégeas”.

Quais estão INCORRETAS?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

a) Pureza, honrades, clareza.


b) Foisse, seixo, enxarcar.
c) Caucho, enxuto, encharcar.
d) Vadiajem, ágio, estágio
e) Touceira, nudez, mecherico.

Questão 20: AMEOSC - Prof (Barra Bonita) 2021

Confidência do Itabirano
(Carlos Drummond de Andrade)

Alguns anos vivi em Itabira.


Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse aleamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
Vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
É doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
[esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil];
Este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
Este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
Este orgulho, esta cabeça baixa…
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.

@ProfessorOlineOficial 19
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!

Propositalmente, grafamos incorretamente uma das palavras do poema acima. Assinale a alternativa em que ela aparece:

a) Principalmente – Nasci.
b) Aleamento – Porosidade.
c) Paralisa – Horizontes.
d) Hábito – Couro.

a) Halteres / húmero / hinquilino.


b) Húmido / hipismo / herbívoro.
c) Halucinação / hipótese / hesitar.
d) Hortênsia / hérnia / haurir.
e) Hombreira / hindu / hervateiro.

Questão 22: FAU UNICENTRO - Adv (Pref S. Iguaçu) 2021


Texto

Deixa-me seguir para o mar

Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como

evocar-se um fantasma...Deixa-me ser

o que sou, o que sempre fui, um rio que vai

fluindo...

Em vão, em minhas margens cantarão as horas,

Me recamarei de estrelas como um manto real,

Me bordarei de nuvens e de asas,

às vezes virão em mim as crianças banhar-se...

Um espelho não guarda as coisas refletidas!

E o meu destino é seguir...é seguir para o Mar

As imagens perdendo no caminho...

Deixa-me fluir, passar, cantar...

Toda a tristeza dos rios

@ProfessorOlineOficial 20
É não poderem parar!

Mário Quintana

Fonte: O melhor de Mário Quintana. Armindo Trevisan, Dulce Helfer e Tabajara Ruas. Porto Alegre, RS: AGE, 2016.

Assinale a alternativa cuja letra destacada represente o mesmo fonema representado pela letra j em destaque na palavra janela:

a) deixa-me.
b) tristeza.
c) real.
d) margens.
e) coisas.

Questão 23: FUNDATEC - Prof (Cariacica) 2021


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Interdisciplinaridade: conceito, importância e vantagens

A interdisciplinaridade costuma ser citada como um conceito novo para a educação, mas vem sendo debatida desde meados do
século 20. O assunto continua em pauta, principalmente, por causa das barreiras que enfrenta na prática, sendo ainda pouco
difundido entre escolas. Afinal, a ideia de construir pontes entre disciplinas que foram, por tanto tempo, estudadas de forma
isolada tem a capacidade de provocar transformações profundas no processo de ensinoaprendizagem. Se, por um lado, essas
mudanças causam receio por parte de pais, educadores e administradores de centros de ensino, por outro, pode ser uma grande
aliada na construção do senso crítico e de cidadãos mais concientes.

Interdisciplinaridade é um conceito que busca a intersecção entre conteúdos de duas ou mais disciplinas para permitir que o
aluno elabore uma visão mais ampla a respeito dessas temáticas. A prática interdisciplinar procura romper com padrões
tradicionais que priorizam a construção do conhecimento de maneira fragmentada, revelando pontos em comum e favorecendo
análises críticas a respeito das diversas abordagens para um mesmo assunto.

Segundo as reflexões do autor Hilton Japiassu, no livro Interdisciplinaridade e patologia do saber, “podemos dizer que nos
reconhecemos diante de um empreendimento interdisciplinar todas as vezes em que ele conseguir incorporar os resultados de
várias especialidades, que tomar de empréstimo a outras disciplinas certos instrumentos e técnicas metodológicos, fazendo uso
dos esquemas conceituais e das análises que se encontram nos diversos ramos do saber, a fim de fazê-los integrarem e
converjirem, depois de terem sido comparados e julgados.”

Parece um pouco complexo? Vamos a um exemplo. A fim de concientizar uma classe sobre os efeitos adversos dos
combustíveis fósseis, um professor de Biologia do Ensino Médio resolve se unir aos colegas que lecionam Geografia, História e
Química em um projeto interdisciplinar. Tudo começa com pesquisas em História, que apontam para as origens do uso de carvão
mineral e petróleo como combustíveis pela humanidade. Em Geografia, os alunos reconhecem os principais conflitos geopolíticos
desencadeados pela oferta, procura e uso do petróleo como arma política para forçar diferentes países a tomar decisões. Nas
aulas de Química, a classe desenvolve atividades de análise da composição de moléculas dos combustíveis fósseis, seu papel no
agravamento do efeito estufa e aquecimento global. Por fim, o professor de Biologia mostra como o contato com carvão mineral
e petróleo afeta a vida de diversos organismos, além dos impactos do aquecimento global para a extinção de espécies da flora e
fauna.

@ProfessorOlineOficial 21
Ao final do projeto, os estudantes terão aprendido muito mais sobre combustíveis fósseis, efeito estufa, geopolítica e
aquecimento global do que se tivessem estudado os assuntos separadamente. Isso porque eles estarão desenvolvendo a
capacidade analítica, identificando pontos de conexão e contextualizando a relação entre pautas relevantes e atuais.

O principal objetivo da interdisciplinaridade é conferir ferramentas para enriquecer a visão de mundo dos alunos. A partir dessa
abordagem, indivíduos de todas as idades compreendem que um mesmo fato ou tema pode ser observado e estudado a partir
de diferentes pontos de vista.

Essa base se torna um pilar para a construção do pensamento crítico que, em vez de assumir qualquer mensagem como
verdadeira, é capaz de questionar as informações, apurar sua veracidade e aceitar que pode existir mais de uma resposta para
uma mesma pergunta.

Ou seja, a interdisciplinaridade auxilia na formação de cidadãos bem informados e empáticos, pois desafia as pessoas a se
colocarem no lugar umas das outras para entender o que está por trás de uma crença. Essa capacidade é útil, também, para não
cair em armadilhas como a disseminação de notícias falsas e para dar suporte a estudantes empoderados.

Isso porque a transversalidade entre as disciplinas estimula crianças, adolescentes, jovens e adultos a pensar por si próprios,
usando sua autonomia para enxergar soluções diferenciadas para velhos problemas – o que leva à inovação. Com criatividade,
autonomia e curiosidade, cada indivíduo se sente seguro para elaborar seu repertório e utilizá-lo na descoberta de respostas
inovadoras.

(Disponível em: https://fia.com.br/blog/interdisciplinaridade – texto adaptado especialmente para esta prova).

Em relação à ortografia de palavras no texto, analise as assertivas abaixo:

I. As palavras “conciente” e “concientizar”, presentes no texto, estão escritas incorretamente. Suas grafias corretas são
“consciente” e “conscientizar”.

II. A palavra “converjirem”, presente no texto, está escrita incorretamente. Sua grafia correta é “convergirem”.

III. A palavra “disseminação”, presente no texto, está escrita incorretamente. Sua grafia correta é “disseminassão”.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Questão 24: FAU UNICENTRO - AAd (Pref S. Iguaçu) 2021


Texto

O Autorretrato

@ProfessorOlineOficial 22
No retrato que me faço

-traço a traço-

às vezes me pinto nuvem,

às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas

de que nem há mais lembrança...

ou coisas que não existem

mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco

-pouco a pouco-

minha eterna semelhança,

no final, que restará?

Um desenho de criança...

Corrigido por um louco!

Mário Quintana

Fonte: O melhor de Mário Quintana. Armindo Trevisan, Dulce Helfer e Tabajara Ruas. Porto Alegre, RS: AGE, 2016.

Assinale a alternativa cuja letra em destaque represente o mesmo fonema representado pela letra s na palavra sonho:

a) coisas.
b) faço.
c) vezes.
d) desenho.
e) pouco.

Questão 25: OBJETIVA CONCURSOS - Prof (N Itaberaba)/Pref Nova Itaberaba/Artes/2021


Ônibus antigos viram banheiros femininos confortáveis

e seguros na Índia

Como muitas mulheres na Índia, a estudante Suvarna Dongare enfrenta diariamente a dificuldade de encontrar um banheiro
público confortável e seguro, um serviço precário e neste país do sul da Ásia.

Por isso, ficou agradavelmente surpresa ao descobrir, em um parque da cidade de Pune, oeste da Índia, um ônibus velho pintado
de rosa transformado em um banheiro móvel para mulheres por uma dupla de empresários, que estaciona o veículo em diversos

@ProfessorOlineOficial 23
lugares. “Fui ao parque e precisava urgentemente ir ao banheiro. Esses banheiros são muito confortáveis e dão uma sensação de
segurança”, relatou a jovem de 18 anos, em conversa com a AFP.

Pela modesta soma de cinco rúpias (cerca de 5 centavos de dólar), qualquer mulher pode embarcar para usar os banheiros,
amamentar seus filhos ou até comprar fraldas e absorventes.

Iniciado em 2016 pelos empreendedores Ulka Sadalkar e Rajeev Kher, o projeto “Banheiros para elas” oferece 12 serviços sobre
rodas, cada um deles usado, em média, por mais de 200 mulheres por dia.

“Acreditamos que as mulheres merecem ter a banheiros limpos e seguros. É um direito fundamental para elas”, disse
à AFP Ulka Sadalkar, cofundadora do projeto.

Os dois empresários planejam inaugurar mil banheiros móveis na Índia nos próximos cinco anos.“Demos muita atenção à estética
na conversão desses ônibus e oferecemos banheiros limpos, com telas de TV, monitores de temperatura e um assistente do outro
lado da porta”, descreve.

Manisha Adhav, de 40, que dirige um desses “pipimóveis”, sente-se “orgulhosa” de seu trabalho. “Porque fazemos algo pelas
mulheres”, explica.

Por iniciativa do primeiro-ministro Narendra Modi, este país de 1,3 bilhão de habitantes construiu, nos últimos anos, milhões de
banheiros públicos no âmbito do programa “Índia Limpa”. Diante da falta de manutenção, de água e de eletricidade, muitos deles
acabam não sendo utilizados, segundo os especialistas.

https://istoe.com.br... - adaptado.

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:

a) escaço | acesso
b) escasso | aceço
c) escasso | acesso
d) excasso | aceço
e) escaço | aceço

a) Paralização.
b) Exorbitante.
c) Parafrazeamento.
d) Esoneração.

Questão 27: OBJETIVA CONCURSOS - Prof (V.Graeff) 2021

Como o camaleão consegue mudar de cor?

@ProfessorOlineOficial 24
Todo mundo conhece os camaleões pela habilidade de se camuflarem, mudando de cor. O camaleão pode, por exemplo, assustar
predadores, com cores de alerta, como vermelho e laranja, ou se misturar ao ambiente, com as cores verde e amarelo, para
capturar presas e se esconder dos predadores.

A pele do camaleão é cheia de células chamadas cromatóforos, que possuem pigmentos de diferentes cores. Conforme as
reações nervosas do animal, essas células podem se contrair ou se dilatar, provocando uma divisão dos pigmentos e causando a
alteração de cor.

Dessa forma, se o ambiente é verde e o camaleão entende que precisa se camuflar, as células que contêm o pigmento
esverdeado dilatam, enquanto as demais se contraem.

A pele também é rica em queratina. Essa substância (a mesma encontrada nas nossas unhas) protege o réptil, formando uma
espécie de carapaça bem dura. Conforme o camaleão cresce, a pele vai sendo renovada.

A língua do camaleão é bem longa (tem mais ou menos a metade do corpo do bicho), estica até 1 metro e possui um líquido
__________ que, em contato com uma presa, faz com que ela grude. Essa é uma das estratégias do camaleão para caçar. Além
disso, o bicho move os músculos da língua para agarrar animais grandes, como pássaros.

Ele __________ tudo! O camaleão olha para direções diferentes de uma vez. Os olhos giram de forma independente, ou seja,
enquanto um olha para a direita, o outro pode ir para a esquerda ou para baixo. Assim, quando avista uma presa, um olho fica
ligado nela enquanto o outro observa ao redor, para ver se não há perigos.

Camaleões são lentos e não correm atrás de vítimas para caçá-las. Mesmo assim, são ótimos predadores porque rastejam até o
alvo e usam a visão aguçada para disparar a língua e atingir, com precisão, a cabeça do bicho.

(Site: Uol - adaptado.)

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:

a) pegajozo | encherga
b) pegajoso | encherga
c) pegajozo | enxerga
d) pegajoso | enxerga

Questão 28: FEPESE - Adm (FCEE) 2022


Analise as frase abaixo de acordo com a regência verbal.

Não se esqueça de que você estiver, eu estarei com você.


Nesta cidade, não tenho segurança para ir quero.
Catarina! Você não pode ir quiser sem pedir a minha autorização.
você quer chegar agindo assim?

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.

a) onde / aonde / aonde / Aonde.


b) onde / onde / aonde / Onde.
c) aonde / aonde / onde / Aonde.

@ProfessorOlineOficial 25
d) aonde / aonde / aonde / Onde.
e) aonde / onde / onde / Aonde.

Questão 29: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 01

Propostas afins

Amigues,

Vocês já se divertiram à beça com a proposta estapafúrdia de se implantar uma linguagem neutra que, trocando um "O" por um
"E", acabaria com todes es problemes de machisme, misoginie, homofobie, transfobie etcétere.

Mas a ideia, em si, não é ruim. O que estraga é ser pouco abrangente e se limitar à questão de gênero. Há várias outras formas
de opressão linguística – e a maior delas é… a opressão linguística. Eu aproveitaria que todos os livros terão que ser reescritos e
mandaria ver numa linguagem realmente inclusiva.

Muita gente não entende, por exemplo, a diferença entre "mau" e "mal". E deve se sentir muito mau contando a história do lobo
mal para os filhos, sem saber quando está usando um adjetivo ou um advérbio.

Solução: uniformizamos a grafia, e daqui pra frente será "mao". Tanto fará ser bom ou mao, andar bem ou mao acompanhado.
Isso no singular, porque no plural continuará havendo males que vêm para o bem, e os bons acabarão pagando pelos maus.

De uma penada só, lá se vão 25% dos erros de português.

"Mas" e "mais" são outra desgraça que pode estar com os dias contados se adotarmos a grafia única "maes".

O corretor ortográfico vai criar caso nos primeiros dias, maes nunca maes teremos dúvidas se é para usar a conjunção
adversativa ou o advérbio de intensidade.

Outros 25% de erros eliminados.

"Menos" ou 'menas"? Menes.

"Meio" ou "meia"? Meie, seja adjetivo, advérbio, numeral ou substantivo.

"Há" ou "a"? Ah!, seja artigo, verbo, preposição ou interjeição – e ah crase vai fazer companhia ao trema, ah fita para máquina
de escrever e ao estado civil de "desquitada" no limbo das coisas que perderam ah razão de existir ah muito tempo.

@ProfessorOlineOficial 26
Ah menes que você seja uma pessoa meie lenta, já terá percebido que ah inúmeras vantagens nessas alterações – ah maior
delas sendo outros 25% de correções a menes ah fazer nas provas do Enem, nas matérias dos jornais, nos tuítes de ministros da
Educação.

Finalmente, a pergunta que não quer calar: por que o português tem que ser tão complicado? Deve haver um porquê. Talvez
porque um monte de filólogos mortos tenha decidido assim – mas por quê?

Não importa. Na reforma contra o preconceito linguístico tudo vai virar "pq".

Pq? Pq sim. Não tem que ter pq.

E lá se vão os 25% de erros restantes.

Por isso, pensem duas vezes antes de criticar seus amigues progressistes e as fórmulas mirabolantes que eles inventaram para
resolver os problemas do mundo com uma canetada. Eles podem ser çem noção mas não estão çem por cento errados.

(O "ç" também é uma mão na roda, né não?)

AFFONSO, Eduardo. Disponível em: https://www.facebook.com/eduardo22affonso (Acesso em 01 de março de 2022).

Complete a frase selecionando as formas linguísticas adequadas para preencher as lacunas e assinale a opção CORRETA: ___
princípios que norteiam ___ sua vida, não ___ toa ajudam ___ definir seus rumos.

a) Há, a, à, a.

b) Há, à, à, a.

c) Há, a, à, à.

d) A, à, à, a.

e) Há, a, a, à

Questão 30: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 01

Propostas afins

Amigues,

Vocês já se divertiram à beça com a proposta estapafúrdia de se implantar uma linguagem neutra que, trocando um "O" por um
"E", acabaria com todes es problemes de machisme, misoginie, homofobie, transfobie etcétere.

@ProfessorOlineOficial 27
Mas a ideia, em si, não é ruim. O que estraga é ser pouco abrangente e se limitar à questão de gênero. Há várias outras formas
de opressão linguística – e a maior delas é… a opressão linguística. Eu aproveitaria que todos os livros terão que ser reescritos e
mandaria ver numa linguagem realmente inclusiva.

Muita gente não entende, por exemplo, a diferença entre "mau" e "mal". E deve se sentir muito mau contando a história do lobo
mal para os filhos, sem saber quando está usando um adjetivo ou um advérbio.

Solução: uniformizamos a grafia, e daqui pra frente será "mao". Tanto fará ser bom ou mao, andar bem ou mao acompanhado.
Isso no singular, porque no plural continuará havendo males que vêm para o bem, e os bons acabarão pagando pelos maus.

De uma penada só, lá se vão 25% dos erros de português.

"Mas" e "mais" são outra desgraça que pode estar com os dias contados se adotarmos a grafia única "maes".

O corretor ortográfico vai criar caso nos primeiros dias, maes nunca maes teremos dúvidas se é para usar a conjunção
adversativa ou o advérbio de intensidade.

Outros 25% de erros eliminados.

"Menos" ou 'menas"? Menes.

"Meio" ou "meia"? Meie, seja adjetivo, advérbio, numeral ou substantivo.

"Há" ou "a"? Ah!, seja artigo, verbo, preposição ou interjeição – e ah crase vai fazer companhia ao trema, ah fita para máquina
de escrever e ao estado civil de "desquitada" no limbo das coisas que perderam ah razão de existir ah muito tempo.

Ah menes que você seja uma pessoa meie lenta, já terá percebido que ah inúmeras vantagens nessas alterações – ah maior
delas sendo outros 25% de correções a menes ah fazer nas provas do Enem, nas matérias dos jornais, nos tuítes de ministros da
Educação.

Finalmente, a pergunta que não quer calar: por que o português tem que ser tão complicado? Deve haver um porquê. Talvez
porque um monte de filólogos mortos tenha decidido assim – mas por quê?

Não importa. Na reforma contra o preconceito linguístico tudo vai virar "pq".

Pq? Pq sim. Não tem que ter pq.

E lá se vão os 25% de erros restantes.

Por isso, pensem duas vezes antes de criticar seus amigues progressistes e as fórmulas mirabolantes que eles inventaram para
resolver os problemas do mundo com uma canetada. Eles podem ser çem noção mas não estão çem por cento errados.

@ProfessorOlineOficial 28
(O "ç" também é uma mão na roda, né não?)

AFFONSO, Eduardo. Disponível em: https://www.facebook.com/eduardo22affonso (Acesso em 01 de março de 2022).

Sobre as palavras HÁ e A, assinale a opção INCORRETA.

a) Em "Nós chegamos há dez minutos", "há" está empregado corretamente, por se referir a tempo passado.
b) HÁ e A são palavras homófonas, mas com grafia e significado distintos.
c) A pode ser utilizado para se referir a distância, como em "Maria mora a duas quadras da escola".
d) É correto afirmar que em "Morreu há dois anos atrás" há pleonasmo.
e) HÁ também é empregado com o sentido de existir, de modo pessoal.

Questão 31: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 01

Propostas afins

Amigues,

Vocês já se divertiram à beça com a proposta estapafúrdia de se implantar uma linguagem neutra que, trocando um "O" por um
"E", acabaria com todes es problemes de machisme, misoginie, homofobie, transfobie etcétere.

Mas a ideia, em si, não é ruim. O que estraga é ser pouco abrangente e se limitar à questão de gênero. Há várias outras formas
de opressão linguística – e a maior delas é… a opressão linguística. Eu aproveitaria que todos os livros terão que ser reescritos e
mandaria ver numa linguagem realmente inclusiva.

Muita gente não entende, por exemplo, a diferença entre "mau" e "mal". E deve se sentir muito mau contando a história do lobo
mal para os filhos, sem saber quando está usando um adjetivo ou um advérbio.

Solução: uniformizamos a grafia, e daqui pra frente será "mao". Tanto fará ser bom ou mao, andar bem ou mao acompanhado.
Isso no singular, porque no plural continuará havendo males que vêm para o bem, e os bons acabarão pagando pelos maus.

De uma penada só, lá se vão 25% dos erros de português.

"Mas" e "mais" são outra desgraça que pode estar com os dias contados se adotarmos a grafia única "maes".

O corretor ortográfico vai criar caso nos primeiros dias, maes nunca maes teremos dúvidas se é para usar a conjunção
adversativa ou o advérbio de intensidade.

Outros 25% de erros eliminados.

@ProfessorOlineOficial 29
"Menos" ou 'menas"? Menes.

"Meio" ou "meia"? Meie, seja adjetivo, advérbio, numeral ou substantivo.

"Há" ou "a"? Ah!, seja artigo, verbo, preposição ou interjeição – e ah crase vai fazer companhia ao trema, ah fita para máquina
de escrever e ao estado civil de "desquitada" no limbo das coisas que perderam ah razão de existir ah muito tempo.

Ah menes que você seja uma pessoa meie lenta, já terá percebido que ah inúmeras vantagens nessas alterações – ah maior
delas sendo outros 25% de correções a menes ah fazer nas provas do Enem, nas matérias dos jornais, nos tuítes de ministros da
Educação.

Finalmente, a pergunta que não quer calar: por que o português tem que ser tão complicado? Deve haver um porquê. Talvez
porque um monte de filólogos mortos tenha decidido assim – mas por quê?

Não importa. Na reforma contra o preconceito linguístico tudo vai virar "pq".

Pq? Pq sim. Não tem que ter pq.

E lá se vão os 25% de erros restantes.

Por isso, pensem duas vezes antes de criticar seus amigues progressistes e as fórmulas mirabolantes que eles inventaram para
resolver os problemas do mundo com uma canetada. Eles podem ser çem noção mas não estão çem por cento errados.

(O "ç" também é uma mão na roda, né não?)

AFFONSO, Eduardo. Disponível em: https://www.facebook.com/eduardo22affonso (Acesso em 01 de março de 2022).

Sobre as palavras MAS e MAIS, responda CORRETAMENTE.

a) MAS é advérbio de intensidade.


b) MAIS é advérbio de intensionalidade.
c) MAS é conjunção adversativa.
d) MAIS é conjunção adversativa.
e) MAES é usada para advérbio e conjunção.

Questão 32: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 01

Propostas afins

@ProfessorOlineOficial 30
Amigues,

Vocês já se divertiram à beça com a proposta estapafúrdia de se implantar uma linguagem neutra que, trocando um "O" por um
"E", acabaria com todes es problemes de machisme, misoginie, homofobie, transfobie etcétere.

Mas a ideia, em si, não é ruim. O que estraga é ser pouco abrangente e se limitar à questão de gênero. Há várias outras formas
de opressão linguística – e a maior delas é… a opressão linguística. Eu aproveitaria que todos os livros terão que ser reescritos e
mandaria ver numa linguagem realmente inclusiva.

Muita gente não entende, por exemplo, a diferença entre "mau" e "mal". E deve se sentir muito mau contando a história do lobo
mal para os filhos, sem saber quando está usando um adjetivo ou um advérbio.

Solução: uniformizamos a grafia, e daqui pra frente será "mao". Tanto fará ser bom ou mao, andar bem ou mao acompanhado.
Isso no singular, porque no plural continuará havendo males que vêm para o bem, e os bons acabarão pagando pelos maus.

De uma penada só, lá se vão 25% dos erros de português.

"Mas" e "mais" são outra desgraça que pode estar com os dias contados se adotarmos a grafia única "maes".

O corretor ortográfico vai criar caso nos primeiros dias, maes nunca maes teremos dúvidas se é para usar a conjunção
adversativa ou o advérbio de intensidade.

Outros 25% de erros eliminados.

"Menos" ou 'menas"? Menes.

"Meio" ou "meia"? Meie, seja adjetivo, advérbio, numeral ou substantivo.

"Há" ou "a"? Ah!, seja artigo, verbo, preposição ou interjeição – e ah crase vai fazer companhia ao trema, ah fita para máquina
de escrever e ao estado civil de "desquitada" no limbo das coisas que perderam ah razão de existir ah muito tempo.

Ah menes que você seja uma pessoa meie lenta, já terá percebido que ah inúmeras vantagens nessas alterações – ah maior
delas sendo outros 25% de correções a menes ah fazer nas provas do Enem, nas matérias dos jornais, nos tuítes de ministros da
Educação.

Finalmente, a pergunta que não quer calar: por que o português tem que ser tão complicado? Deve haver um porquê. Talvez
porque um monte de filólogos mortos tenha decidido assim – mas por quê?

Não importa. Na reforma contra o preconceito linguístico tudo vai virar "pq".

Pq? Pq sim. Não tem que ter pq.

@ProfessorOlineOficial 31
E lá se vão os 25% de erros restantes.

Por isso, pensem duas vezes antes de criticar seus amigues progressistes e as fórmulas mirabolantes que eles inventaram para
resolver os problemas do mundo com uma canetada. Eles podem ser çem noção mas não estão çem por cento errados.

(O "ç" também é uma mão na roda, né não?)

AFFONSO, Eduardo. Disponível em: https://www.facebook.com/eduardo22affonso (Acesso em 01 de março de 2022).

Sobre as palavras MENOS e MEIO, assinale a opção INCORRETA.

a) A palavra MENOS é um advérbio da língua portuguesa e não concorda com o nome que se lhe segue.
b) A palavra MEIO é um advérbio de intensidade, quando significa "mais ou menos".
c) A palavra MEIO é um advérbio e, por isso, não se flexiona em gênero e número.
d) Em português escrito, não existe "menas" e "meia" não é feminino de "meio".
e) As palavras MENOS e MEIO são advérbios e concordam em tempo e modo com o verbo.

Questão 33: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE) 2022


Texto 10A1-I

A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e
mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída
pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).

Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os
sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de
empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a
hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado,
inclusive, de falso neutro.

Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do
masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.

No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram
absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria,
portanto, junto ao masculino.

O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas
estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.

Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês
ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.

Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas
do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português,
essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma
nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por
meio do artigo a ou o (como em a intérprete).

@ProfessorOlineOficial 32
Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso
não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a
história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não
brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.

Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).

Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.

Os vocábulos “onde” (primeiro período do quinto parágrafo) e “que”, no segmento “em que” (sexto parágrafo), estão empregados
como pronomes relativos e, como “onde” e “em que” apresentam sentido semelhante, estes são intercambiáveis no texto, sem
prejuízo da correção gramatical.

Certo
Errado

Questão 34: OBJETIVA CONCURSOS - Dent (Guaraniaçu) 2022


Sobre o uso dos porquês, analisar os itens abaixo:

I. Todos sabiam o porquê da sua insistência.

II. Por que estávamos aflitos?

a) Os itens I e II estão corretos.


b) Somente o item I está correto.
c) Somente o item II está correto.
d) Os itens I e II estão incorretos.

a) Não pude te escrever porque estava doente.


b) Não entendo o porque deste aviso.
c) Ana está chateada e eu não sei porque.
d) Porque você está triste?

Questão 36: VUNESP - Prof (Piracicaba) 2022


Leia o texto para responder à questão.

Em uma Alemanha já tomada pelo nazismo e na iminência da Segunda Guerra Mundial, uma brasileira ajudou a salvar judeus
que eram perseguidos pelo governo nazista: Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa. A paranaense nascida em 1908, filha
de mãe alemã, mudou-se para a Alemanha após o divórcio, onde se estabeleceu em Hamburgo e chefiou a Seção de Passaportes
do consulado brasileiro.

@ProfessorOlineOficial 33
Em 1937 entrou em vigor no Brasil uma política que restringia a entrada de judeus no país, na época governado por Getúlio
Vargas, que flertava com a Alemanha – o que só mudou quando o Brasil se uniu aos Aliados, inimigos dos alemães durante a
Guerra. Mesmo sabendo da restrição, Aracy burlou as regras do governo e seguiu emitindo vistos para judeus entrarem no Brasil.

A história de Aracy só se tornou conhecida a partir dos anos 80, quando uma judia polonesa que fugiu para o Brasil tomou para
si a missão de divulgar os feitos da brasileira. Sua história foi oficialmente reconhecida em 1982 e ela foi agraciada com uma
homenagem a não judeus que arriscaram a vida para salvar o povo durante o Holocausto. Além dela, o único brasileiro a receber
tal título foi o diplomata Luiz Martins de Souza Dantas, que atuou na França e também concedeu vistos a judeus.

(Marilia Marasciulo. Quem foi Aracy Guimarães Rosa, brasileira conhecida como “Anjo de Hamburgo”. https://revistagalileu.globo.com, 05.01.2020.
Adaptado)

No trecho “A paranaense nascida em 1908, filha de mãe alemã, mudou-se para a Alemanha após o divórcio, onde se estabeleceu
em Hamburgo…” (1o parágrafo), o vocábulo destacado foi empregado, corretamente, respeitando- se sua função gramatical e
sentido, assim como na frase:

a) A concessão de vistos para estrangeiros depende de certos critérios, onde são determinados pelo governo de cada país.
b) Estive hoje numa repartição consular, onde fui atendido com cortesia por uma moça cuja origem é a mesma que a minha.
c) Turistas que perderam seus passaportes foram orientados, onde tiveram que se dirigir ao consulado dos seus países para
solicitar novos documentos.
d) O funcionário foi abordado por um estrangeiro que não falava português, onde um tradutor acabou ajudando- os.
e) Decidiram se divorciar, onde seria necessário, então, procurar o consulado, já que estavam morando fora do país.

Questão 37: VUNESP - Prof (Piracicaba) 2022


Leia a tira para responder à questão.

(Will Leite. Anésia #611. www.willtirando.com.br, 09.04.2022)

O vocábulo meio, empregado no 2o quadro, tem o mesmo sentido e função gramatical, segundo o contexto em que se encontra,
em:

a) O médico lhe receitou um comprimido e meio por dia para ficar mais atenta.
b) Distraía-se como meio de se desligar dos problemas que a rodeavam.
c) Estava a meio caminho de casa quando percebeu que não tinha o dinheiro da passagem.

@ProfessorOlineOficial 34
d) Parecia meio inevitável que a empresa demitisse todos os seus cobradores.
e) Seu lugar favorito era o meio do ônibus; nem muito à frente, nem muito atrás.

Questão 38: OBJETIVA CONCURSOS - Prof (São Marcos) 2022


Texto

O que causa o vulcanismo?

De tempos em tempos, erupções vulcânicas nos lembram que o planeta Terra é vivo e dinâmico. No dia 14 de janeiro de 2022,
esse lembrete veio do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, localizado no arquipélago de Tonga, no Oceano Pacífico. A erupção
ocorreu em uma ilha inabitada, mas as cinzas se espalharam por quilômetros de distância e o tremor provocou tsunamis que
romperam o cabo de fibra óptica que conecta a internet de Tonga ao resto do mundo. Mas o que causa o vulcanismo?

Os vulcões são aberturas na crosta terrestre de onde lava, fragmentos vulcânicos e gases são expelidos. As erupções podem
ocorrer em três ambientes geológicos diferentes: separação de placas tectônicas (como ocorre no meio do Oceano Atlântico,
responsável pelo vulcanismo na Islândia); colisão de placas tectônicas (isso ocorre ao longo do denominado “Círculo de Fogo do
Pacífico”, que inclui o Hunga Tonga-Hunga Ha’apai); e nas porções internas das placas, onde geração de magma está
relacionada ocorrência de pontos quentes no manto terrestre (é o caso das ilhas Havaianas e Canárias).

A erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai começou no dia 14 de janeiro, mas atingiu seu ápice no dia 15. A explosão violenta
destruiu grande parte da ilha, gerou uma nuvem de fragmentos vulcânicos e gases, além de uma onda de choque com
velocidades da ordem de 300m/s, percebida por moradores das Ilhas Fiji e outras localidades próximas. Ela chegou a ser
detectada por sensores localizados na Nova Zelândia, nos Estados Unidos, no México e no Reino Unido. Tsunamis também
atingiram outras ilhas da região.

Os avanços tecnológicos do último século – principalmente sobre ondas sísmicas, imagens de satélite e modelos computacionais –
permitiram aprofundar o conhecimento sobre as atividades vulcânicas. Atualmente, cientistas de todo o mundo acompanham e

estudam erupções vulcânicas, publicam seus resultados em artigos e livros e debatem suas teorias em eventos
científicos.

(Fonte: Superinteressante - adaptado.)

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:

a) há | à | as
b) a | a | às
c) a | à | as
d) há | a | às

Questão 39: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 5

@ProfessorOlineOficial 35
Disponível em: https://www.facebook.com/chargesdoniniu/photos/a.2405848836122038/7103974186309456/ (acesso em: 31/01/2022)

Sobre a presença de porquês no texto 5, assinale a opção CORRETA.

A expressão "por quê" aparece separada e com acento circunflexo devido a:

A expressão "porque" aparece junta e sem acento circunflexo devido a:

a) exercer a função de pronome relativo.


b) possuir o valor de substantivo.
c) funcionar como conjunção coordenativa explicativa.
d) funcionar como conjunção relativa exclamativa.
e) possuir o valor de um demonstrativo relativo.

a) por quê
b) porquê
c) porque
d) por que

Questão 41: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 01

Propostas afins

Amigues,

@ProfessorOlineOficial 36
Vocês já se divertiram à beça com a proposta estapafúrdia de se implantar uma linguagem neutra que, trocando um "O" por um
"E", acabaria com todes es problemes de machisme, misoginie, homofobie, transfobie etcétere.

Mas a ideia, em si, não é ruim. O que estraga é ser pouco abrangente e se limitar à questão de gênero. Há várias outras formas
de opressão linguística – e a maior delas é… a opressão linguística. Eu aproveitaria que todos os livros terão que ser reescritos e
mandaria ver numa linguagem realmente inclusiva.

Muita gente não entende, por exemplo, a diferença entre "mau" e "mal". E deve se sentir muito mau contando a história do lobo
mal para os filhos, sem saber quando está usando um adjetivo ou um advérbio.

Solução: uniformizamos a grafia, e daqui pra frente será "mao". Tanto fará ser bom ou mao, andar bem ou mao acompanhado.
Isso no singular, porque no plural continuará havendo males que vêm para o bem, e os bons acabarão pagando pelos maus.

De uma penada só, lá se vão 25% dos erros de português.

"Mas" e "mais" são outra desgraça que pode estar com os dias contados se adotarmos a grafia única "maes".

O corretor ortográfico vai criar caso nos primeiros dias, maes nunca maes teremos dúvidas se é para usar a conjunção
adversativa ou o advérbio de intensidade.

Outros 25% de erros eliminados.

"Menos" ou 'menas"? Menes.

"Meio" ou "meia"? Meie, seja adjetivo, advérbio, numeral ou substantivo.

"Há" ou "a"? Ah!, seja artigo, verbo, preposição ou interjeição – e ah crase vai fazer companhia ao trema, ah fita para máquina
de escrever e ao estado civil de "desquitada" no limbo das coisas que perderam ah razão de existir ah muito tempo.

Ah menes que você seja uma pessoa meie lenta, já terá percebido que ah inúmeras vantagens nessas alterações – ah maior
delas sendo outros 25% de correções a menes ah fazer nas provas do Enem, nas matérias dos jornais, nos tuítes de ministros da
Educação.

Finalmente, a pergunta que não quer calar: por que o português tem que ser tão complicado? Deve haver um porquê. Talvez
porque um monte de filólogos mortos tenha decidido assim – mas por quê?

Não importa. Na reforma contra o preconceito linguístico tudo vai virar "pq".

Pq? Pq sim. Não tem que ter pq.

E lá se vão os 25% de erros restantes.

@ProfessorOlineOficial 37
Por isso, pensem duas vezes antes de criticar seus amigues progressistes e as fórmulas mirabolantes que eles inventaram para
resolver os problemas do mundo com uma canetada. Eles podem ser çem noção mas não estão çem por cento errados.

(O "ç" também é uma mão na roda, né não?)

AFFONSO, Eduardo. Disponível em: https://www.facebook.com/eduardo22affonso (Acesso em 01 de março de 2022).

Assinale a opção CORRETA, de acordo com a gramática normativa da língua portuguesa, sobre as palavras MAU e MAL.

I. A palavra MAU é grafada ortograficamente com "U" ao final, para marcar que se trata de um substantivo concreto, de
modo que, quando se utiliza tal palavra em situação de uso linguístico, ela vem acompanhada de um determinante que pode
ser definido ou indefinido.

II. A palavra MAL é grafada ortograficamente com "L" por se tratar de um advérbio, mesma classe gramatical de "bem".
Então, normalmente, faz-se a relação de "mal"como o oposto de "bem", a fim de facilitar a escrita adequada da palavra
"mal", em situações diversas de escrita.

III. A palavra MAU é grafada ortograficamente com "U" em razão de se tratar de um adjetivo. A palavra "bom" também é
um adjetivo. Então, em "homem bom" e "bom homem", tem-se o adjetivo "bom", desempenhando a função de caracterizar
o substantivo "homem", de modo que as duas expressões têm o mesmo significado.

IV. A palavra MAL é antônima da palavra "bem", então tanto "mal" como "bem" são classificadas como advérbios de modo,
porque ajudam a caracterizar como a ação dos verbos foi executada, como em "Ana foi bem/mal na prova".

Estão corretas:

a) II e IV apenas

b) I, II e IV apenas.

c) I, II, III e IV.

d) I, III apenas.

e) I, II e III apenas.

Questão 42: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 01

Propostas afins

Amigues,

@ProfessorOlineOficial 38
Vocês já se divertiram à beça com a proposta estapafúrdia de se implantar uma linguagem neutra que, trocando um "O" por um
"E", acabaria com todes es problemes de machisme, misoginie, homofobie, transfobie etcétere.

Mas a ideia, em si, não é ruim. O que estraga é ser pouco abrangente e se limitar à questão de gênero. Há várias outras formas
de opressão linguística – e a maior delas é… a opressão linguística. Eu aproveitaria que todos os livros terão que ser reescritos e
mandaria ver numa linguagem realmente inclusiva.

Muita gente não entende, por exemplo, a diferença entre "mau" e "mal". E deve se sentir muito mau contando a história do lobo
mal para os filhos, sem saber quando está usando um adjetivo ou um advérbio.

Solução: uniformizamos a grafia, e daqui pra frente será "mao". Tanto fará ser bom ou mao, andar bem ou mao acompanhado.
Isso no singular, porque no plural continuará havendo males que vêm para o bem, e os bons acabarão pagando pelos maus.

De uma penada só, lá se vão 25% dos erros de português.

"Mas" e "mais" são outra desgraça que pode estar com os dias contados se adotarmos a grafia única "maes".

O corretor ortográfico vai criar caso nos primeiros dias, maes nunca maes teremos dúvidas se é para usar a conjunção
adversativa ou o advérbio de intensidade.

Outros 25% de erros eliminados.

"Menos" ou 'menas"? Menes.

"Meio" ou "meia"? Meie, seja adjetivo, advérbio, numeral ou substantivo.

"Há" ou "a"? Ah!, seja artigo, verbo, preposição ou interjeição – e ah crase vai fazer companhia ao trema, ah fita para máquina
de escrever e ao estado civil de "desquitada" no limbo das coisas que perderam ah razão de existir ah muito tempo.

Ah menes que você seja uma pessoa meie lenta, já terá percebido que ah inúmeras vantagens nessas alterações – ah maior
delas sendo outros 25% de correções a menes ah fazer nas provas do Enem, nas matérias dos jornais, nos tuítes de ministros da
Educação.

Finalmente, a pergunta que não quer calar: por que o português tem que ser tão complicado? Deve haver um porquê. Talvez
porque um monte de filólogos mortos tenha decidido assim – mas por quê?

Não importa. Na reforma contra o preconceito linguístico tudo vai virar "pq".

Pq? Pq sim. Não tem que ter pq.

E lá se vão os 25% de erros restantes.

@ProfessorOlineOficial 39
Por isso, pensem duas vezes antes de criticar seus amigues progressistes e as fórmulas mirabolantes que eles inventaram para
resolver os problemas do mundo com uma canetada. Eles podem ser çem noção mas não estão çem por cento errados.

(O "ç" também é uma mão na roda, né não?)

AFFONSO, Eduardo. Disponível em: https://www.facebook.com/eduardo22affonso (Acesso em 01 de março de 2022).

Os "pq" utilizados na frase "Pq? Pq sim. Não tem que ter pq." podem ser substituídos respectivamente por:

a) Porque, Por que, porquê.

b) Por que, Porque, porquê.

c) Por quê, Porque, por quê.1

d) Por que, Porquê, por que.

e) Por quê, Porque, porquê.

Questão 43: FUNDATEC - Prof (Cariacica) 2021


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Acesso à Educação: o problema da conectividade nas escolas públicas

O contexto da pandemia da covid-19 jogou luz sobre um problema que, segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), deveria
ter sido solucionado ainda em 2019: a falta de conexão à internet em banda larga de alta velocidade nas escolas públicas
brasileiras.

Um levantamento feito pelo Comitê Técnico da Educação, do Instituto Rui Barbosa, sobre a infraestrutura na rede pública, com
base nos dados extraídos do Censo Escolar 2020, apontou que 25% das escolas não tem qualquer acesso à internet – o que
afeta mais de 2,7 milhões de estudantes das redes estaduais e municipais de ensino. Do percentual de quem tem acesso à
internet banda larga (39%), aproximadamente 15% são escolas municipais. Além disso, __ ainda uma grande desigualdade
regional: enquanto na região sul __ 4 mil escolas sem internet banda larga, na região nordeste elas somam 25 mil.

A conectividade se tornou ainda mais urgente e indispensável para a Educação. A falta de conectividade impediu que 5,5 milhões
de crianças e adolescentes tivessem acesso à Educação em 2020, o que traz o risco, segundo o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef), de regredirmos duas décadas nos indicadores de evasão escolar no Brasil. Em pleno século 21, a inclusão
digital é fundamental para garantir a integração do indivíduo ___ sociedade contemporânea; facilitar o intercâmbio de
experiências e o acesso a novos conhecimentos.

Além de ser garantido pela Constituição Federal que o ensino, será prestado com igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola, o Brasil se comprometeu com uma Educação que vise “ao pleno desenvolvimento da personalidade
humana” e que capacite “todas as pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre”, ao ratificar o Pacto Internacional
sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, da Organização das Nações Unidas (ONU).

A meta de conexão de banda larga é, aliás, prevista não apenas no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), mas também
na nova Lei do Fundo de Universalização das Telecomunicações – FUST (14.109/2020), que determina a conexão de todas as

@ProfessorOlineOficial 40
escolas públicas à internet até 2024

A dificuldade de conexão estava entre os principais entraves para o ensino remoto e continua a ser um obstáculo para o formato
íbrido de aprendizagem, dentro e fora da escola, na retomada gradativa das aulas presenciais. Apesar da urgência desses
investimentos, ainda há resistência por parte do governo federal a essa pauta, como aponta, por exemplo, o fato de que o
Programa Inovação Educação Conectada (PIEC), de 2019 para 2020, teve redução de investimento de mais de 40%: de R$ 284
milhões caiu para R$ 165 milhões; e, segundo noticiado recentemente pelo jornal Folha de São Paulo online, em 2021 nenhum
centavo do programa foi gasto.

(Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/20637/acesso-a-educacao-conquista-na-garantia-de-conectividade-nas-escolas-publicas –


Texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 08, 09 e 15.

a) há – há – a
b) há – a – à
c) a–à–a
d) a–a–à
e) há – há – à

Questão 44: OBJETIVA CONCURSOS - Prof (N Itaberaba) 2021


Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:

Ignoro completamente o de sua partida.

a) por que
b) porque
c) porquê
d) por quê
e) pôr que

Questão 45: OBJETIVA CONCURSOS - ASI (Horizontina) 2021

Animais têm sotaques

Os biólogos chamam essas diferenças regionais de dialetos . Essa é uma descoberta antiga: dois mil anos atrás, Plínio, o
naturalista romano, já havia observado que exemplares da mesma espécie de pássaro provenientes de lugares diferentes não
soam iguais. Isso é possível as vocalizações de um sabiá ou bem‐te‐vi não vêm prontas no DNA: precisam ser
aprendidas pelos bebês, exatamente como as linguagens humanas. Quando há aprendizado, a variação se torna inevitável.

Os dialetos não se limitam a pássaros. Baleias, golfinhos e algumas espécies de macaco também exibem dialetos. Os pinípedes –
grupo que inclui leões‐marinhos, focas, morsas e outros mamíferos aquáticos – têm tratos vocais bastante complexos e seus
chamados mudam um bocado de uma praia para a outra.

É importante diferenciar dialetos (que são algo de origem cultural) de variações genéticas. Galinhas brasileiras e chinesas
provavelmente não pertencem à mesma linhagem. E pequenas variações anatômicas significam que elas vão cacarejar diferente.
Mas essa é, por assim dizer, a “voz” dessas aves – não o sotaque.

@ProfessorOlineOficial 41
Outra possibilidade é que vocalizações diferentes evoluam por seleção natural conforme as necessidades de cada população. Um
grupo de pássaros pode passar a cantar diferente dos demais membros da espécie com o passar de milhares de anos,
indivíduos que cantavam de um jeito, e não de outro, tiveram vantagens de sobrevivência e reprodução. Essas são adaptações
genéticas, e não variações culturais.

(Site: Abril ‐ adaptado.)

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:

a) por que | porque


b) porquê | por que
c) porque | por que
d) por quê | porquê
e) porque | porque

a) Gostaria de saber por que motivo você se atrasou.


b) Por que você se atrasou?
c) Você se atrasou por que?
d) Me diga o porquê do seu atraso.

Questão 47: AMEOSC - Prof (Barra Bonita) 2021


O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

VERDADES

Certa vez, um sultão de coração frio, sonhou que havia perdido todos os dentes.

Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho.

"Que desgraça senhor!", exclamou o sábio. "Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!"

"Mas que insolente!", gritou o sultão. "Como se atreve a dizer tal coisa!"

Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas.

Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho.

@ProfessorOlineOficial 42
O outro sábio chegou e disse:

"Senhor, uma grande felicidade vos está reservada: o sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes"!

A fisionomia do sultão se iluminou, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.

Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou ao sábio:

Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega! No entanto, ele levou as chicotadas, e você, moedas
de ouro!"

Respondeu, então, o sábio:

"Lembre-se sempre, amigo, de que tudo depende da maneira de dizer as coisas".

Esse é um dos desafios em nossos relacionamentos.

Desafio para as lideranças, para os educadores, para todos nós: a maneira de dizer as coisas, pois as palavras têm força, têm
poder.

Elas podem gerar felicidade ou desgraça, moedas de ouro ou chicotadas, paz ou guerra.

A verdade deve ser dita, mas a forma como é feita pode fazer toda a diferença.

Que aprendamos a pronunciar palavras que elevam, que tocam no coração, que transformam e que possibilitam uma convivência
melhor nas famílias, nos grupos de amigos e nas equipes de trabalho!

http://www.linguagemdireta.com.br/verdades/ - Adaptado

No trecho "Desafio para as lideranças, para os educadores, para todos nós: a maneira de dizer as coisas, POIS as palavras têm
força, têm poder.", se alterarmos a palavra destacada por outro de mesmo sentido, teremos:

a) Por quê.
b) Por que.
c) Porquê.
d) Porque.

a) Faltamos ao compromisso, por que foi necessário.


b) Este é o motivo por que decidimos nos afastar.

@ProfessorOlineOficial 43
c) Por quê ninguém compareceu ao exame?
d) Desconhecemos o porque de tanta rebeldia.
e) Ele foi excluído do grupo porque?

Questão 49: FUNDATEC - Prof (Pref Vacaria) 2021

Estudos mostram que procurar a felicidade faz-nos sentir infelizes

A cada início de ano, todos decidem que, nos próximos 365 dias, tentarão ser mais felizes do que foram no ano anterior. Toda a
terapia de compras que tentamos no ano passado não funcionou. Entrar na academia não ajudou. Viajar é bom, mas não foi a
resposta. Comer uma comidinha melhor era saboroso, mas não o segredo da felicidade eterna. A nova casa foi definitivamente
uma melhoria, mas agora é um só um bem adquirido, além do fato de algumas das outras casas do quarteirão serem mais
agradáveis. A nova carreira paga melhor; no entanto,no final é apenas trabalho.

Acontece que todos os nossos grandes projetos de conquistar a felicidade por meio de alguma mudança de estilo de vida ou
nova aquisição já . Ainda assim, a busca pela felicidade deve continuar. Mas veja bem: não estou dizendo que não faz
sentido se exercitar ou ingerir alimentos nutritivos. A vida deve ser vivida da melhor maneira possível. O que quero dizer é que,
se estivermos fazendo essas coisas apenas porque pensamos que elas nos a felicidade, estaremos destinados a nos
decepcionarmos.

Você vê o que aconteceu? A felicidade tornou-se uma mercadoria, um objeto que egoisticamente cobiçamos. A maneira como
pensamos sobre a felicidade é como se ela fosse um produto com um preço. Se você pagar o preço, por exemplo, indo a uma
academia, a expectativa é que o custo valha a pena. Se eu malhar, espero que meu corpo saudável e em forma conceda meu
desejo de felicidade, mas isso nunca acontece. Outros exemplos são ainda mais desanimadores. As pessoas citarão a busca da
felicidade pessoal para justificar as decisões mais egoístas, agindo com irresponsabilidade egocêntrica. Essas escolhas sempre
saem pela culatra,deixando-nos mais descontentes do que antes.

Há uma razão psicológica ................. a busca pela felicidade sempre fica aquém do que esperamos. Estudos mostram que
quanto mais você valoriza a felicidade, menos feliz você é, o que significa que, se você se concentrar em um ideal de felicidade,
quando, na verdade, já é feliz, acabará desapontado, porque achará que não é tão feliz quanto você pensa. Ficamos tão
convencidos de como é a felicidade imaginária, que sentimos falta dela quando realmente somos felizes. É um processo
autodestrutivo.

Então, como podemos ser felizes? Primeiro, não podemos esperar que uma resolução de ano novo, uma grande compra ou uma
mudança drástica na vida traga felicidade automaticamente. Podem ser mudanças que desejamos e precisamos fazer em
nossas vidas,mas devemos fazê-las por si mesmas, não por causa do benefício percebido da felicidade no futuro. A
maneira de quebrar o paradoxo, o segredo para ser feliz, é realmente bastante simples:pare de ficar obcecado por isso.

(Disponível em: https://pt.aleteia.org/2020/01/13/entenda-por-que-a-busca-pela-felicidade-quase-nunca-funciona/ – texto adaptado especialmente para esta


prova)

Assinale a alternativa que NÃO pode preencher a lacuna pontilhada, pois seria uma incorreção.

a) porque
b) por que
c) pela qual
d) segundo a qual
e) de acordo com a qual

Questão 50: OMNI - Prof (Lençóis Pta) 2021


Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as respectivas lacunas do poema a seguir:

Escrevo.E pronto.

Escrevo ______ preciso,

preciso ______ estou tonto.

@ProfessorOlineOficial 44
Ninguém tem nada com isso.

Escrevo ______ amanhece,

e as estrelas lá no céu

lembram letras no papel,

quando o poema me anoitece.

A aranha tece teias.

O peixe beija e morde o que vê.

Eu escrevo apenas.

Tem que ter por quê?

(Paulo Leminski, em “Toda poesia”, 2013)

a) Porque – por que – porque.


b) Por que – porque – porquê.
c) Porquê – porque – porque.
d) Porque – porque – porque.

@ProfessorOlineOficial 45
Gabarito

1) C 2) D 3) C 4) E 5) D 6) C 7) A
8) A 9) D 10) A 11) E 12) A 13) C 14) B
15) A 16) A 17) C 18) E 19) C 20) B 21) D
22) D 23) C 24) B 25) C 26) B 27) D 28) A
29) A 30) E 31) C 32) E 33) Errado 34) A 35) A
36) B 37) D 38) C 39) C 40) C 41) A 42) E
43) E 44) C 45) E 46) C 47) D 48) B 49) A
50) D

Site que indicamos para reforçar os estudos

https://www.todamateria.com.br/lingua-portuguesa/

@ProfessorOlineOficial 46
Questão 51: MetroCapital - EDI (Pref N Odessa) 2021

O LUTO É UMA FORMA CRUEL de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende como os
pêsames podem soar rasos. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das
palavras. Por que sinto tanta dor e tanto desconforto nas laterais do corpo? É de tanto chorar, dizem. Não sabia que a gente
chorava com os músculos. A dor não me causa espanto, mas seu aspecto físico sim: minha língua insuportavelmente amarga,
como se eu tivesse comido algo nojento e esquecido de escovar os dentes; no peito um peso enorme, horroroso; e dentro do
corpo uma sensação de eterna dissolução. Meu coração me escapa — meu coração de verdade, físico, nada de figurativo aqui —
e vira algo separado de mim, batendo depressa demais num ritmo incompatível com o meu. É um tormento não apenas do
espírito, mas também do corpo, feito de dores e perda de força. Carne, músculos, órgãos, tudo fica comprometido. Nenhuma
posição é confortável. Passo semanas com o estômago embrulhado, tenso e contraído de apreensão, com a certeza sempre
presente de que alguém mais irá morrer, de que mais coisas irão se perder. Notas Sobre o Luto.

Chimamanda Ngozi Adichie

Leia:

“Por que sinto tanta dor e tanto desconforto nas laterais do corpo?”

O termo em destaque é aplicado, corretamente, também, em:

a) Ela chora por que perdeu seu amigo.


b) Indignada com a situação, por que não havia sido informada.
c) Sinto saudades, já não me recordo por que.
d) Você não jantou, por que?
e) Dependendo do por que dela ser demitida, eu me manifestarei.

Questão 52: FUNDATEC - Prof (Pref Vacaria) 2021

“Naziazeno mal percebe o que diz o motorneiro. um estribilho dentro do seu crânio:“Lhe dou mais um dia! tenho certeza’...
Quase ritmado: ‘Lhe dou mais um dia! tenho certeza’ É que ele está-se fatigando nem resta dúvida. A sua cabeça mesmo vem-
se enchendo confusamente de coisas estranhas como num meio sonho, de figuras geométricas, de linhas em triângulo, em que
sempre um ponto doloroso de divergência... Tudo vai ter a esse ponto...Verdadeira obsessão. O sinal de campainha do
interior do bonde leva-o repartição, campainha ao diretor repreensivo, e deste – ao leiteiro! Passa-se um
momento de intervalo.Ouve-se depois uma palavra trivial; e nova ligação angulosa: o ‘sapato’ traz o sapato
desemparceirado da mulher (o outro pé o sapateiro não quer soltar) e o todo reconstitui outra vez – o leiteiro! Decorre um
certo tempo, longo talvez, em que a sua cabeça se vê riscada tumultuariamente das linhas mais inquietantes: o
jardim que os seus olhos afloram e mal enxergam na disparada do bonde faz um traço como um plano antigo e ingênuo
dum jardim para o filho, para o filho, ‘o pobre do nosso filho que não tem onde brincar’, que não pode ficar, Naziazeno,
não pode ficar sem...’ ‘O leiteiro!... o leiteiro! Há, por vezes, um alívio. É só a existência vaga e dolorosa duma coisa
que ele sabe que existe, como uma vasa, depositada no fundo da consciência, mas que não distingue bem, nem quer distinguir...
um sofrimento confuso e indistinto pois... Logo, porém, cortam-se outra vez linhas nítidas,associações triangulares bem
definidas.

(MACHADO, Dyonélio. Os ratos. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira: 1964 – fragmento)

@ProfessorOlineOficial 47
As lacunas do texto, visando à correção do fragmento, devem ser preenchidas, respectivamente, por:

a) À–à–à–à–à
b) Há – há – à – à – à
c) A–a–a–a–a
d) Há – a – à – a – à
e) A – há – à – à – a

a) Gostaria de entender o porque dessas suas atitudes.


b) Ele não quis ir à festa porque não conhecia ninguém que lá frequentava.
c) Você não está bem. Por que?
d) Por quê você fez isso com seu melhor amigo?

Questão 54: ADVISE - Adv (Pref Coremas) 2021

A questão diz respeito ao texto abaixo. Leia-o atentamente antes de respondê-la.

(Texto)

Idoso comove ao fazer sinfonia para mulher em janela de hospital na Itália

Um italiano de 81 anos comoveu muita gente ao fazer uma serenata na janela do hospital onde sua mulher está internada, em
Castel San-Giovanni, na região de Emilia-Romagna. Juntos há 47 anos, eles não podem se encontrar pessoalmente porque visitas
estão proibidas. Um vídeo registrou Stefano Bozzini tocando acordeão, sentado em um banquinho no meio da rua, enquanto
Carla Sacchi ouve, emocionada, suas músicas preferidas, acompanhada por mais duas pessoas (assista acima). Todos usam
máscaras de proteção. O hospital onde ela está internada não recebe pacientes com Covid-19, segundo a agência italiana de
noticias Ansa, mas proíbe visitas no momento devido à pandemia. Bozzini, que é membro da reserva da infantaria montanhesa
Alpina, usa ainda o chapéu que fazia parte de seu uniforme, com uma longa pena.

(Fonte adaptada:https://g1.globo.com>Acesso em 11 de novembro de 2020)

A partícula “que” destacada no Texto poderia ser CORRETAMENTE substituída pela seguinte alternativa:

a) “no qual”;
b) “o qual”;
c) “em que”;
d) “a qual”;
e) “para o qual”.

a) Logo saberemos por quê ele foi embora.


b) Não atendeu o telefone por que?
c) Este é o caminho por que passo diariamente.
d) Não soube o porque do recurso.
e) Porque pediu, de forma tão ríspida, que ela saísse?

@ProfessorOlineOficial 48
Questão 56: FUNDATEC - Prof (Pref Esteio) 2022
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Poluição sem prosperidade

Amanda Gorziza, Bernardo Esteves e Renata Buono

Quando o assunto é a emissão dos gases do efeito estufa que provocam o aquecimento global, o Brasil joga na primeira divisão
mundial. Somos o quarto país que mais contribuiu para a mudança climática, conforme mostra uma análise realizada pelo Carbon
Brief, um site jornalístico britânico dedicado à crise climática. Essa constatação – publicada pouco antes da COP26, a Conferência
do Clima realizada em Glasgow, na Escócia, em novembro de 2021 – contradiz o discurso segundo o qual o Brasil teria
participado com menos de 1% das emissões históricas de gases do efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do
mundo.

Tal declaração provavelmente considerou estatísticas que não levam em conta as emissões causadas pelo desmatamento. Só que
essas são justamente as responsáveis por 86% das emissões brasileiras, de acordo com o Carbon Brief. Elas foram causadas
sobretudo pela devastação da Mata Atlântica e da Amazônia. Ao contrário dos países que se industrializaram primeiro e emitiram
gases-estufa principalmente queimando combustíveis fósseis, o Brasil não converteu as suas emissões em prosperidade e
desenvolvimento. O mesmo aconteceu com a Indonésia, quinto lugar no ranking histórico, que também tem no desmatamento a
sua maior fonte de emissões.

O aquecimento global é causado pela ação humana, mas nem todos os humanos têm a mesma responsabilidade pelo problema.
Os 10% mais ricos emitem quase vinte vezes mais do que os 50% mais pobres, conforme mostrou um relatório do World
Inequality Lab, que tem em seu quadro de diretores o economista francês Thomas Piketty. O levantamento indicou ainda que os
10% mais ricos respondem por praticamente metade dos gases-estufa lançados na atmosfera. Todavia, são os países e as
populações de baixa renda os que mais sofrem os impactos da crise climática.

(Disponível em: Carbon Brief, World Inequality Lab, Air Transport Action Group, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e
https://piaui.folha.uol.com.br/quanto-mais-rico-maispoluente/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa em que as três palavras recebem acento gráfico pela mesma regra que determina a grafia, respectivamente,
de ‘país’, ‘só’ e ‘fósseis’.

a) Países – aí – mísseis.
b) Baú – até – indústria.
c) Bebês – lá – inúteis.
d) Pajés – fé – hotéis.
e) Caí – pó – impossíveis.

a) creem / formica / avozinho / paranoico


b) joia / chapeu / estatico / fuinha
c) creem / bonus / enjoo / restia
d) fenix / jiboia / nomade / ideia
e) pera / voo / chapeuzinho / baiuca

@ProfessorOlineOficial 49
a) estoico.
b) joia.
c) trofeus.
d) tramoia.
e) Coreia.

Questão 59: GUALIMP - ASoc (Pref Carmo) 2022


TEXTO 2

Administração Pública

A Administração é a ciência que trata das organizações, e sua história remonta ao ano 5.000 a.C. Segundo Granjeiro (2006), a
ideia central de administração é a ação corretamente calculada para realizar determinados objetivos desejados. A administração
é a ação humana cooperativa com alto grau de racionalidade.

Administração Pública abrange a ciência, a disciplina, as normas, a estrutura e as técnicas administrativas aplicadas ao meio
público. A Administração compreende todo o aparato existente (estrutura e recursos; órgãos e agentes; serviços e atividades) à
disposição dos governos para a concretização dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, para a realização de
seus objetivos políticos, para a prestação de serviços públicos e para o alcance do objetivo maior e primordial do Estado: a
promoção do bem comum da coletividade.

(Adaptado de Paludo, Augustinho Vicente. Administração Pública. Salvador:

Editora Juspodivum, 2020. 9ª edição revista e ampliada)

“(…) a ideia central de administração é a ação corretamente calculada para realizar determinados objetivos desejados” (primeiro
parágrafo).

A palavra sublinhada deixou de receber acento agudo a partir Acordo Ortográfico vigente. Semelhantemente (pelo mesmo
motivo), a seguinte palavra não é mais acentuada:

a) Heroico.
b) Heroi.
c) Aveia.
d) Heroina.

Questão 60: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2022

O QI médio da população mundial, que sempre aumentou desde o pós-guerra até ao final dos anos 90, diminuiu nos últimos
vinte anos. É a inversão do efeito Flynn1.

@ProfessorOlineOficial 50
Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais desenvolvidos. Pode haver muitas causas para
este fenômeno; uma delas pode ser o empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do
conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem; não é apenas a redução do vocabulário utilizado, mas também as
sutilezas linguísticas que permitem elaborar e formular pensamentos complexos.

[...] Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar emoções e menos capacidade de
processar um pensamento. Estudos têm mostrado que parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da
incapacidade de descrever as emoções em palavras.

[...] Quanto mais pobre a linguagem, mais o pensamento desaparece.

A história está cheia de exemplos, e os textos são vários, de George Orwell, em 1984, à Ray Bradbury, em Fahrenheit 451, que
contaram como todos os regimes totalitários sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das
palavras.

Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como construir um pensamento hipotético-
dedutivo sem o futuro do pretérito? Como pensar o futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma
temporalidade, uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e a sua duração relativa, sem uma linguagem que
distingue entre o que teria podido ser, o que foi, o que é, o que poderia vir a ser e o que será, depois de o que poderia ter
acontecido haver acontecido? Se um grito de guerra fosse dado hoje, ele deveria ser destinado aos pais e aos professores:
Façam os seus filhos, os seus alunos falarem, lerem e escreverem. Ensinem e pratiquem o idioma nas suas mais diversas formas,
mesmo que pareça complicado, principalmente se for complicado, porque, nesse esforço, está a liberdade.

Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, de depurar a linguagem dos seus "defeitos", de abolir os gêneros, os
tempos, as nuanças, tudo que cria complexidade são os coveiros do espírito humano. Não há liberdade sem necessidade. Não há
beleza sem o pensamento da beleza.

CLAVÉ, Christophe. Disponível em: https://dasculturas.com/2020/12/20/o-qi-medio-da-populacao-mundial-diminuiu-nos-ultimos-vinte-anos-


christophe-clave/ (acesso em 28/04/2022).

1“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais americanos para testes de QI
e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse
lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm;
acesso em 28/04/2022 (nota da banca elaboradora).

Com relação às regras de acentuação gráfica e ao trecho “Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui
nos países mais desenvolvidos”, qual é a assertiva INCORRETA?

a) A palavra “inteligência” se acentua por ser uma proparoxítona aparente.


b) O vocábulo “nível” é acentuado por ser paroxítono terminado na consoante L.
c) As palavras “nível”, “inteligência” e “países” se acentuam devido à mesma regra.
d) O termo “países” recebe acento gráfico por o i ser tônico e a segunda vogal do hiato.

Questão 61: FUNDATEC - GPed (Pref Esteio) 2022


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

A importância da Educação Infantil

@ProfessorOlineOficial 51
Em pleno século XXI, ainda existem pessoas que acreditam que a Educação Infantil, por se tratar do ensino de bebês e crianças
pequenas, só serve para que os pais ou responsáveis deixem os filhos para trabalhar ou para realizar outras tarefas sem a
presença dos pequenos.

Todavia, definitivamente, as pesquisas científicas envolvendo a primeira infância têm mostrado exatamente o oposto, pois é
nessa fase que começa a construção das quatro áreas do desenvolvimento de uma criança – a física, a cognitiva, a emocional e a
social – que são os esteios da formação do caráter, da identidade, do desenvolvimento físico e psicológico.

Por isso, a Educação Infantil é uma das fases mais importantes na vida da criança! Alguns pais não dão o devido valor que esse
momento merece e, muitas vezes, por falta de conhecimento, acabam negligenciando esse período fundamental para a formação
dos pequenos, que tem total impacto na fase adulta. Afinal, é nessa etapa que elas começam a existir fora do convívio familiar, o
que envolve lidar com diferenças, o desenvolvimento da personalidade e da autonomia, a criação de laços de amizade e as
descobertas em diferentes áreas do conhecimento.

Além de funcionar como uma base para as demais etapas da educação formal e o seu correto aproveitamento, permite que os
pequenos cresçam com mais autonomia e tenham mais sucesso em sua vida escolar e individual.

Mas, afinal, o que é a Educação Infantil?

A Educação Infantil é voltada para a faixa de zero a cinco anos de idade. Entretanto, ela só é obrigatória, no Brasil, para crianças
a partir de quatro anos, o que torna os grupos 1, 2 e 3 facultativos, nesse caso, devendo-se recorrer a creches ou à pré-escola.

A Educação Infantil no Brasil é um direito da criança, sendo o estado obrigado a disponibilizar espaços e profissionais adequados
para atendê-la corretamente. Por isso, encontram-se, em todas as regiões do país, instituições de ensino públicas que atuam
como creches e pré-escolas. Várias particulares também oferecem o ensino para essa faixa etária, o que dá aos pais e
responsáveis a chance de optar por alguma que esteja de acordo com as suas possibilidades financeiras.

Alguns pais desconhecem a importância da Educação Infantil na formação dos pequenos. Acreditam que é um desperdício, que a
criança “só vai para brincar” e que não fará a diferença no seu futuro, mas não é bem assim! Essa é uma das fases mais
importantes e que terá grande influência na idade adulta. Estímulos motores, afetivos e sociais oferecidos às crianças em seus
primeiros anos são cruciais para uma vida mais harmoniosa e feliz. O desenvolvimento da autonomia pode levá-las a tornarem-se
críticas, criativas, questionadoras e, com isso, em condições de interferir no meio em que vivem.

Por isso, o primeiro contato com o outro deve ser conduzido com muito cuidado e carinho, para que as crianças aprendam de
forma lúdica e prazerosa. E assim saberão como se socializar. Dentro do processo educativo, é preciso entender o que é o brincar
e como conduzir a criança ludicamente para suas descobertas afetivas, cognitivas, de relação com o outro e com a sociedade.
Brincando, a criança adquire o conhecimento da língua oral, escrita, da matemática e de muitas outras habilidades.

(Disponível em: https://www.appai.org.br/ – Revista Appai Educar – 20/09/21 – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Assinale a alternativa que indica a palavra que, caso suprimíssemos o acento gráfico, NÃO originaria palavra existente em Língua
Portuguesa.

a) Infância.
b) Bebês.
c) Têm.
d) Até.
e) É.

@ProfessorOlineOficial 52
Questão 62: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2022
A propósito das regras de acentuação e da ortografia oficial da língua portuguesa, marque o único item correto.

a) Foi preciso, segundo Fernandes, recriar, com tecnologia, espaços alfabetizadores. Além de o formato ser um desafio, foi
preciso também repenssar o conteúdo de alfabetização, incluíndo as famílias.

b) Todas as vezes que a gente pensa um matérial agora, a gente pensa que essa família vai assistir junto, vai ajudar na
mediação desse conteúdo. Então as aulas agora são pensadas na pespectiva mais coletiva.

c) Quem está escutando o que essa criança fala? Quais as perguntas que essa criança pode fazer para essa pessoa? É esse
processo de uma educação coletiva que traz para a alfabetização um novo caráter.

d) O professor conta que, durante a pandêmia, as trocas entre os professores da rede de ensino ajudaram a desenvolver
novas estratégias para chegar aos alunos e tanbém ajudaram os próprios profissionais a não se sentirem isolados. (Itens
adaptados de:

<https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2021-09/pandemia-causa-impactos-na-alfabetizacao-de-criancas>. Acesso em: 27 de jun. de


2022)

Questão 63: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2022


Quanto às regras de acentuação gráfica e de ortografia, marque o item correto.

a) Podemos dizer que seu objetivo principal é a inclusão digital, social, e, também, a democratização do acesso às tecnologias de
informação e comunicação.

b) Ele faz, portanto, com que as pessoas, sobretudo os estudantes, desenvolvam a habilidade de comprender aquilo que lêem
nos ambientes digitais.

c) Precisamos ressaltar que essa modalidade não se trata apenas de uma capacidade de ler e escrever atravez de celulares e
computadores.

d) Isso porque ela também abranje, além da compreensão da linguagem, a capacidade de saber utilizar os recursos
tecnologicos relacionados.
(Itens adaptados de: <https://blog.saraivaeducacao.com.br/letramento-digital/>. Acesso em: 28 de jun. de 2022).

Questão 64: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2022

Professores do MedioTec compartilham experiências exitosas no ensino remoto

Práticas inovadoras e criativas têm sido o diferencial nas aulas remotas dos cursos técnicos oferecidos aos alunos do
MedioTec/Pronatec. Em tempos de ensino remoto, professores e coordenadores têm se reinventado para passar os conteúdos
com qualidade, de forma a motivar os alunos do programa. Na última quinta-feira (26/11), professores e coordenadores do
MedioTec tiveram a oportunidade de socializar experiências exitosas no ensino remoto, durante mais uma capacitação
pedagógica promovida pela coordenação do Pronatec/Funece. O encontro virtual ocorreu via Google Meet.

O coordenador do Pronatec/MedioTec/Funece, professor Hidelbrando Soares, destacou a atuação da equipe de professores do


MedioTec, que desafiam o quadro da pandemia da Covid-19 e estão produzindo resultados importantes para o programa. Para
ele, a Universidade Estadual do Ceará vem conquistado uma posição de destaque e resultados de qualidade no processo de
formação da juventude cearense. E as capacitações promovidas à equipes do Pronatec/MedioTec contribuem para boas ações em
sala de aula.

“As nossas capacitações são uma grande estratégia para analisar e discutir os desafios que aparecem. São também um momento
de troca de experiências e boas práticas do que vem sendo desenvolvido nas turmas, que podem ser socializadas e
compartilhadas para toda a rede Pronatec. A preocupação com as capacitações sempre esteve presente nas ações da equipe

@ProfessorOlineOficial 53
pedagógica do programa, e isso tem sido nosso diferencial quando comparamos as experiências de Pronatec no Ceará e mesmo
no Nordeste. Precisamos sempre estar discutindo novas metodologias e novas práticas, para que esse ambiente remoto sirva de
estímulo para nossos estudantes e seu projeto de vida”, enfatizou o coordenador.

A coordenadora psicopedagógica do Pronatec, professora Ana Ignez Belém, também ressaltou o momento de compartilhamento
de informações, que, segundo ela, são importantes para a prática pedagógica. “As experiências passadas pelos nossos pares são
as melhores fontes de aprendizagem. Momentos como esse potencializam a atividade pedagógica de ensino e aprendizagem. É
um momento rico para pensar nossa didática e estratégia, e também em como essa didática está chegando aos alunos”.

Durante o encontro, experiências exitosas no ensino remoto foram apresentadas pelos professores Ítalo Pinto Carneiro, que
promoveu palestras virtuais com profissionais da área técnica; Francisco Valdizar Forte, que traçou estratégias de
acompanhamento contra a evasão escolar e fortaleceu o uso de ferramentas da informática para dinamizar as aulas; e Thiago
Sampaio de Lima, que falou sobre o uso de jogos on-line como ferramenta de aprendizagem.

Segundo o professor Ítalo Carneiro, do curso técnico em Segurança do Trabalho, uma das estratégias usadas nas salas de aula
virtuais foi possibilitar aos alunos de Caucaia e Fortaleza uma palestra com uma médica do trabalho e outra sobre uso de
equipamentos de proteção individual (EPIs). Para o docente, é importante que os estudantes saibam na prática a aplicação dos
conteúdos e conheçam o trabalho de profissionais.

“Pensei que, se não posso levar os alunos a uma visita técnica por conta da pandemia, poderia trazer uma empresa até o
momento de aula dos alunos. Após introduzir o conteúdo, convido um profissional de uma empresa de grande porte, para
abordar dentro daquele conteúdo a parte prática e de vivência dele. Isso contribui para que o aluno consiga ver, por exemplo,
um técnico de segurança do trabalho atuando dentro de uma grande instituição, e veja que ele pode crescer e ser como aquele
profissional”, analisou.

Já o professor Valdizar Forte contou que tentou trazer conteúdos de informática com base nos conhecimentos dos alunos sobre o
assunto, além de levar em conta se eles tinham computador em casa, que ferramentas usavam e se tinham acesso à internet
com facilidade.

“Em cima disso, tracei à disciplina de Informática Básica, sem fugir do conteúdo proposto na apostila e buscando trazer assuntos
voltados para a área profissional. Mesmo em tempos de pandemia, não tivemos problema de reprovação e não participação dos
alunos. Sabemos que a realidade de cada aluno e em cada município é diferente, mas tentamos despertar neles à ideia de que o
curso pode fazer a diferença em suas vidas. O professor deve ser o maior motivador. Estamos no momento de repensar o
processo educacional, de trazer as novidades tecnológicas e agregá-las ao processo de ensino e aprendizagem. O ensino jamais
vai voltar a ser o que era, vai ser híbrido. As tecnologias mais do que nunca vão fazer parte do processo educacional”, ensinou
Valdizar.

O professor Thiago Sampaio compartilhou sua estratégia de aplicar jogos on-line entre os estudantes durante as aulas virtuais,
elaborando perguntas de acordo com os conteúdos abordados nas disciplinas até então ministradas por ele nos municípios de
Brejo Santo, Campos Sales e Mombaça. O professor informou que usa a plataforma Wordwall na elaboração dos jogos e explicou
a funcionalidade da ferramenta. “O objetivo maior é o aprendizado dos alunos. Sempre que usamos o jogo em sala de aula é
uma alegria. É uma forma de incentivá-los, e pode render ainda uma bonificação na nota, a critério do professor. A intenção não
é gerar competição, mas motivá-los a sempre querer aprender mais para ganhar o próximo jogo. Quando um assunto rende
dificuldades, podemos discutir quais respostas foram mais acertadas e quais eles mais erraram”, esclarece o professor Thiago.

Durante o encontro, também foi destacado que algumas turmas já realizaram aulas de campo presenciais, obedecendo todos os
critérios de distanciamento social e com uso de máscaras. Entre as atividades práticas, estão aula de campo realizada com
alunos do curso técnico em Agronegócio em um sítio de Limoeiro do Norte e visita técnica a uma Unidade Básica de Saúde (UBS)
de Mombaça, que recebeu alunos do curso técnico em Gerência de Saúde.

@ProfessorOlineOficial 54
A coordenadora de Ensino do Pronatec/Funece parabenizou o empenho dos professores e coordenadores ao trazer conteúdo
diferenciado para os estudantes durante o ensino remoto e ressaltou a dedicação de toda a equipe. “Este ano está sendo
desafiador em todas as perspectivas. Fico muito feliz em fazer parte de uma equipe que aceitou participar de uma experiência de
aulas remotas. É tudo novo para todos, estamos todos aprendendo. Temos um espírito coletivo muito bom e a gente só cresce. É
muito bom saber que temos um programa onde todo mundo se ajuda. Sabemos que, para que um tenha sucesso, é importante
que todos também tenham”.

(Disponível em http://www.uece.br/pronatec/

2020/11/27/professores-do-mediotec-compartilham-experiencias-exitosas-no-ensino-remoto/ Acessado em 22 de jun. de 2022 – com adaptações).

Quanto às regras de acentuação gráfica e às de ortografia, está corretamente grafado o que se enuncia somente em qual item?

a) A situação de emergência atual fez com que muitas instituições educacionais migrassem para o Ensino Remoto
Emergencial (ERE) para dar cobertura aos seus estudantes enquanto as instituições de ensino superior (IES) continuam fechadas e
segue o confinamento em casa.

b) O Ensino Remoto Emergêncial e a Educação a Distância não podem ser comprendidos como sinônimos, por isso é muito
importante, no contexto que estamos vivendo, clarificar esses conceitos.

c) O termo “remoto” significa distante no espaço e se refere a um distanciamento geográfico. O ensino é considerado remoto
porque os professores e alunos estão impedidos por decreto de frequentarem instituições educacionais para evitar a diceminação
do vírus. É emergêncial porque do dia para noite o planejamento pedagógico para o ano letivo de 2020 teve que ser engavetado.

d) Foi preciso pensar em atividades pedagógicas mediadas pelo uso da internet, pontuais e aplicadas em função das restrições
impostas pela Covid-19 para minimisar os impactos na aprendizagem advindos do ensino presencial. O curriculo da maior parte
das instituições educacionais não foi criado para ser aplicado remotamente.

(Itens adaptados de:

https://www.ufrgs.br/coronavirus/base/artigo-o-ensino-remoto-emergencial-e-a-educacao-a-distancia/ Acesso em: 23 de jun. de 2022).

Questão 65: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE) 2022


Texto 10A1-I

A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e
mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída
pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).

Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os
sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de
empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a
hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado,
inclusive, de falso neutro.

Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do
masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.

No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram
absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria,
portanto, junto ao masculino.

O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas
estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.

Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês

@ProfessorOlineOficial 55
ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.

Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas
do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português,
essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma
nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por
meio do artigo a ou o (como em a intérprete).

Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso
não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a
história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não
brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.

Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).

Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.

As palavras “já” e “está” (sexto parágrafo) são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

Certo
Errado

Questão 66: COPESE UFPI - Prof (Pref Oeiras) 2022


Texto 5

Disponível em: https://www.facebook.com/chargesdoniniu/photos/a.2405848836122038/7103974186309456/ (acesso em: 31/01/2022)

Sobre a presença de porquês no texto 5, assinale a opção CORRETA.

A expressão "por quê" aparece separada e com acento circunflexo devido a:

a) ter o sentido de "pelo qual".

@ProfessorOlineOficial 56
b) ter o sentido de "por qual razão".
c) ter o sentido de "em razão de".
d) ter o sentido de "uma vez que".
e) ter o sentido de "motivo".

Questão 67: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2022

Dia Mundial de Alfabetização reforça a importância da temática em meio as consequências da pandemia

No dia 08 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas
(ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1966.

Essa celebração foi instituída com o objetivo de que assuntos e questões ligados à alfabetização fossem discutidos no mundo
todo, promovendo o amplo debate sobre a importância da alfabetização, principalmente em países que ainda possuem índice de
analfabetismo considerável.

A alfabetização de crianças e adultos podem mudar de maneira significativa os rumos de um país, uma vez que, quanto maior o
acesso do indivíduo a tudo o que a leitura oferece, seja por via cultural, lazer ou até mesmo pela própria educação, maiores são
as chances de conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida
e acesso a novos caminhos.

Assim sendo, esta data tem uma relevância muito grande, já que não só conscientiza sobre a importância de saber ler e escrever,
como também discute e propõe alternativas possíveis para que a alfabetização seja acessível à todos.

Analfabetismo em números

Os esforços para erradicar o analfabetismo no mundo tem sido constantes. De acordo com dados divulgados pela Unesco, em
2019, apesar dos progressos feitos ao longo dos anos, cerca de 773 milhões de adultos em todo o mundo ainda não dominam as
competências básicas em escrita e leitura.

No Brasil, as taxas de analfabetismo têm diminuído nos últimos anos, mas ainda estão longe de serem ideais. O país ainda tem
11 milhões de analfabetos, segundo dados de 2019 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na faixa entre 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo passou de 7,3% (2016) para 6,6% (2019). Segundo o levantamento, o
analfabetismo no Brasil está diretamente ligado à idade. Isso quer dizer que quanto mais velho o grupo populacional, maior a
proporção de analfabetos.

A importância da alfabetização: mais que ler e escrever

A etapa mais importante do desenvolvimento infantil se inicia na primeira infância. Nesta fase, a aprendizagem acontece
inicialmente por meio das brincadeiras, musicalidade, artes e tantas outras atividades que despertam a curiosidade das crianças.

A alfabetização é definida como o processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler e escrever de maneira
adequada e a utilizá-la como um código de comunicação com o meio.

@ProfessorOlineOficial 57
A professora e pesquisadora da pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Silvia Colello
comenta sobre o processo de alfabetização, a sua importância e os desafios neste período de pandemia. A especialista é autora
de seis livros, incluindo, Alfabetização: O quê, Por quê e Como (2021) e A escola que (não) ensina a escrever (2004).

Qual o significado deste Dia Mundial da Alfabetização?

A data foi criada para que seja um marco no processo de alfabetização. Ela [a alfabetização] é importante em três sentidos:

Pessoal – A língua escrita é constitutiva do indivíduo. Aquele que tem o recurso de ler e escrever, adquire, consequentemente,
uma série de estratégias e modos de comportamento. Sabe buscar uma informação ou transmitir uma ideia.

Pedagógico – A data nos faz refletir sobre a qualidade de ensino. No mundo de hoje, não vale mais a pena somente aprender a
ler e escrever no sentido restrito de dominar a ortografia. É preciso qualificá-lo para promover a emancipação da pessoa.

Político – Não há democracia se não existir uma sociedade letrada, indivíduos que possam transitar nas práticas de língua escrita
do seu mundo.

Há uma idade indicada para iniciar a alfabetização da criança?

Desde que nasce, a criança já tem contato com situações nas quais o letramento está presente, seja pelo contato com a
literatura infantil, seja pelas brincadeiras cantadas, trabalho com rimas e a consciência de palavras está bastante presente.

Os desafios aos educadores são vários, pois cada criança é um sujeito único, um ser singular, que participa de práticas de
letramento diferenciadas, de acordo com o seu repertório cultural, adquirido na família e no ambiente social em que vive.

Emília Ferreiro, pesquisadora argentina, diz que a criança não pede autorização para aprender. Ela [a criança] é um ser curioso e
se apropria das práticas do seu mundo. Um exemplo: uma mãe que conta histórias para seu filho. Este, irá se apropriando da
ideia de gênero, ou seja, um conto de fadas é diferente de uma notícia de jornal, ou de uma receita de cozinha, e a maneira
como são escritas, são diferentes da maneira com que a gente fala. Este aprendizado é a chave para poder se alfabetizar.

A criança que convive com as práticas de leitura e escrita desde muito cedo, quando chega a escola, manifesta o desejo de
aprender a ler e escrever e este aprendizado, consequentemente, acontece de forma rápida e natural. Já aquelas que convivem
em ambientes menos letrados e não têm contato com gibis e livros em casa, acabam por levar mais tempo neste processo de
aprendizagem ou, às vezes, não conseguem aprender a ler e escrever.

Como incentivar este processo de forma natural?

O ideal é termos políticas públicas de distribuição, não só de livros, gibis e materiais escritos, mas também no sentido de
promoção do acesso aos bens culturais (cinema, teatro, exposição), estímulo às campanhas de orientação aos pais de incentivo à
leitura infantil e disponibilização de bibliotecas acessíveis às crianças e suas famílias.

Países como Espanha e Estados Unidos desenvolveram programas de distribuição de livros, de orientação aos pais, como
incentivo às práticas de leitura e escrita, possibilitando um desempenho melhor destas crianças, num processo de alfabetização

@ProfessorOlineOficial 58
futuro.

Uma dica aos pais é que estimulem as crianças à uma experiência cotidiana de leitura, promovendo acesso a livros coloridos e
histórias contadas de forma que incentivem a criatividade e a imaginação.

Como a interrupção no ensino e, posteriormente, a mudança no modelo de Educação, ambas circunstâncias


causadas pela pandemia, podem impactar no ensino das crianças?

O contexto da pandemia tende a acentuar não somente as desigualdades econômicas e sociais, mas também as desigualdades
educacionais. É preciso considerar que a questão não é somente a oferta de aulas não presenciais, mas o acesso dos estudantes
aos meios tecnológicos.

Neste momento que é o ingresso no ensino fundamental, as crianças vivem quase que um rito de passagem, são contagiadas
pela magia e as experiências da escrita.

[...]

Em relação às etapas de ensino mais prejudicadas, poderíamos destacar o 1º ano do ensino fundamental e o 3º ano do ensino
médio, as duas pontas. Nestas etapas, o acompanhamento docente faz-se amplamente necessário para que os estudantes
aprendam e se desenvolvam.

No caso do ensino médio, o maior risco e preocupação que este contexto apresenta é em relação à evasão e fracasso escolar.
Com a falta de acesso aos meios tecnológicos, pouco acompanhamento familiar e dificuldade em acessar a escola, as crianças
são impulsionadas a um processo de exclusão escolar.

(Disponível em: <https://www.fadc.org.br/noticias/dia-mundial-da-alfabetizacao> Acesso em: 23 de jun. de 2022 – com adaptações).

A propósito das regras de acentuação e da ortografia oficial da língua portuguesa, marque o único item correto.

a) Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser
letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado.

b) Alfabetizado é aquele individuo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mais que responde
adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita.

c) Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contesto das praticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando
deve ser alfabetizado e letrado.

d) A linguagem é um fenomeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra
letramento é utilizada no processo de insersão numa cultura letrada.

(Itens adaptados de: < https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/alfabetizacao.htm> Acesso em: 23 de jun. de 2022).

Questão 68: FAUEL - ASi (Pref Paranavaí) 2022


Leia atentamente o texto a seguir, extraído de um dos discursos do Barão do Rio Branco, o patrono da diplomacia brasileira, para
responder a próxima questão.

“Ser, como fui desde a adolescência e na idade viril, um estudioso do nosso antigo passado militar; ter sido, sempre que pude,
em outros tempos, tanto aqui quanto no estrangeiro, um modesto divulgador de feitos gloriosos da nossa gente portuguesa e
brasileira de outrora na defesa e dilatação do território do Brasil; prezar constantemente os que se dedicam à carreira das armas,

@ProfessorOlineOficial 59
indispensável para a segurança dos direitos e da honra da pátria; tudo isso, meus senhores, não significa que eu tenha sido ou
seja um ‘militarista’, como, no ardor das recentes lutas políticas, me acoimaram às vezes de o ser em alguns dos combatentes,
mal informados dos meus sentimentos e ações. Também todos os meus atos e afirmações solenes no serviço diplomático,
continuando no desempenho das funções que desde alguns anos exerço, protestam contra as tendências belicosas e
imperialistas que alguns estrangeiros e nacionais me têm injustamente atribuído. Nunca fui conselheiro ou instigador de
armamentos formidáveis, nem da aquisição de máquinas de guerra colossais. Limitei-me a lembrar, como tantos outros
compatriotas, a necessidade de, após vinte anos de descuido, tratarmos seriamente de reorganizar a defesa nacional seguindo o
exemplo de alguns países vizinhos, os quais em pouco tempo haviam conseguido aparelhar-se com elementos de defesa e
ataque muito superiores aos nossos”.

O autor do discurso se refere a certas tendências “que alguns estrangeiros e nacionais me têm injustamente atribuído”. Tomando
por base o Novo Acordo Ortográfico, pode-se afirmar que o verbo “têm”, da forma como está grafado nesse texto, estaria:

a) incorreto, pois prescinde-se de acento circunflexo em palavras oxítonas terminadas em “em”.


b) incorreto, pois a acentuação nessa forma verbal foi suprimida pelo novo acordo, para evitar ambiguidades.
c) correto, pois é facultativo o uso de acento circunflexo no verbo “ter”, quando na terceira pessoa do plural.
d) correto, pois esse verbo recebe acento circunflexo quando na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

Questão 69: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2022

"Il faut cultiver notre jardin." (Voltaire)

Tem frases que lemos uma vez e são capazes de impactar toda nossa vida, e essa de Voltaire, que encerra o conto “Cândido” é
uma delas. Na tradução (“é preciso cultivar nosso jardim”) do conto, que foi publicado pela primeira vez em 1759, a frase fica
muito clara e atual para mim. Percebam a nossa volta. Você está cuidando o seu jardim ou o do vizinho? Está cultivando boas
sementes? Preocupa-se mais com o jardim do outro? Pisa ou destrói algum jardim por aí? Como será o seu jardim quando
brotar?

Na era em que vivemos, é bastante complicado respondermos essas perguntas. É o bem contra o mal, a sombra contra a luz,
pessoas com anseio de “mudar o mundo” e não mudam a si mesmas, revolução, extremismo, violência; o jardim do vizinho
“mais verde” que o seu; nas redes sociais, também podemos perceber muitos “jardins” maquiados de photoshop e muita
hipocrisia disfarçada em uma maçã bonita por fora e estragada por dentro. Eu me pego pensando como seria diferente se cada
um cuidasse do seu jardim com a mesma intensidade e capacidade de cuidar do jardim do vizinho, imagina que mundo
maravilhoso teríamos!

Apenas acredito profundamente: é necessário cultivar o nosso jardim. Escolha criteriosamente as sementes, seja de grandes
árvores, seja de pequenas flores; tenho certeza de que, se forem bem semeados e cuidados, os frutos e as flores serão lindos,
atrairão pássaros, borboletas e até olhares curiosos, querendo saber como conseguiu florescer um jardim como esse.

Também haverá momentos que deixarão você em dúvida sobre as suas próprias sementes. Entrarão no seu jardim, pisarão nas
flores, arrancarão os frutos, mandarão embora os pássaros e as borboletas, e, nesse momento, você precisará defender o seu
jardim, o propósito de ter escolhido cada semente e de continuar acreditando que escolheu as corretas e, se achar necessário,
no próximo ciclo, renovar todo o seu jardim, mudar as técnicas de plantar ou adubar; faça isso, faça o que achar certo para o
seu jardim.

A regra é simples e básica: se você plantar uma alface, não terá um tomate; terá uma alface grande ou pequena, feia ou bonita;
ainda será uma alface. O mesmo funciona em nossa vida: escolha cada semente que irá plantar, e a colheita não tem engano ou
erro, ela é exata.

Adaptado de GONÇALVES, Carolina de Almeida. In https://administradores.com.br/artigos/como-est%C3%A1-o-cultivo-do-seu-

jardim; acesso em 28/01/2022.

@ProfessorOlineOficial 60
Na forma verbal “destrói”, a vogal tônica recebe o acento agudo, porque:

a) se trata de uma palavra oxítona terminada na vogal i.


b) esse vocábulo apresenta um ditongo aberto em posição oxítona.
c) essa palavra classifica-se como paroxítona terminada em ditongo aberto.
d) tal forma verbal é exemplo de palavra oxítona terminada em ditongo crescente oral.

Questão 70: Unifil - Prof (Mandaguaçu) 2022


Leia o texto para responder a questão.

Engaje as turmas de Anos Finais explorando a Matemática do cotidiano

Educadora compartilha experiência que envolveu todos os professores da escola para criar as simulações de um mercado e
banco na escola

Por Ivonete Dezinho

Dar aula de Matemática nos Anos Finais é um desafio. Logo no início da minha trajetória como professora percebi as “caras e
bocas” toda vez que pisava em sala de aula. Já ouvi tantas vezes comentários como “aula de Matemática de novo”, “ninguém
merece”, entre tantos outros.

Observar essas reações me motivaram desde cedo a sair da minha zona de conforto. Para mim, a Matemática é um universo
incrível, cheio de formas, fórmulas, desafios, descobertas, histórias e números que me fascinam. Ela me permite ler, interpretar o
mundo e solucionar problemas cotidianos. Por isso, não conseguia entender o porquê de tanta aversão ao componente que,
pessoalmente, era tão especial.

Senti a necessidade de mudar essa visão que existia entre os alunos para que vissem a Matemática do mesmo modo que eu a
via. O meu seguinte passo foi pensar em estratégias. Mostrando? Falando? Não, eles precisam descobrir por si mesmos. De que
forma? Vivenciando, pesquisando, experimentando, construindo, testando, errando, errando novamente, protagonizando.

Foi dessa forma que comecei a elaborar projetos onde os alunos tivessem a oportunidade de perceber a aplicabilidade da
Matemática nas atividades cotidianas. Explorei o sistema monetário brasileiro, a Educação Financeira, alimentação, saúde e
esporte, o Índice de Massa Corporal (IMC), a relação entre a Matemática e a literatura, os recursos hídricos, usei jogos, as
profissões, os dados da Covid-19, entre outros temas que aproximaram o componente do dia a dia dos estudantes.

[...]

Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/21181/engaje-as-turmas-de-anos-finais-explorando-a-matematica-do-cotidiano

Assinale a alternativa que apresenta um vocábulo proparoxítono.

a) “Explorei o sistema monetário brasileiro”


b) “Observar essas reações me motivaram desde cedo a sair da minha zona de conforto.”
c) “Ela me permite ler, interpretar o mundo e solucionar problemas cotidianos.”
d) “Senti a necessidade de mudar essa visão que existia entre os alunos”

@ProfessorOlineOficial 61
e) “a relação entre a Matemática e a literatura”

Questão 71: Instituto AOCP - PEBTT (IF RO) 2022

Texto I

Comportamento Geral

Gonzaguinha (1972)

Você deve notar que não tem mais tutu

e dizer que não está preocupado

Você deve lutar pela xepa da feira

e dizer que está recompensado

Você deve estampar sempre um ar de alegria

e dizer: tudo tem melhorado

Você deve rezar pelo bem do patrão

e esquecer que está desempregado

Você merece, você merece

Tudo vai bem, tudo legal

Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé

Se acabarem com o teu Carnaval?

Você deve aprender a baixar a cabeça

E dizer sempre: "Muito obrigado"

São palavras que ainda te deixam dizer

Por ser homem bem disciplinado

Deve, pois, só fazer pelo bem da Nação

Tudo aquilo que for ordenado

Pra ganhar um Fuscão no juízo final

E diploma de bem comportado (...)

Disponível em: https://www.letras.mus.br/gonzaguinha/330922/ Acesso de: 12 dez. 2021.

Texto II

@ProfessorOlineOficial 62
Declaração do forró como patrimônio cultural e imaterial do Brasil legitima a diversidade musical do país

Mauro Ferreira

Reprodução / Capa de disco de 1988

♪ ANÁLISE – A declaração do forró como patrimônio cultural e imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) fez justiça na quinta-feira, 9 de dezembro de 2021, a um universo musical tão importante quanto o
samba para a construção da identidade sonora do Brasil.

Por visão etnocêntrica carioca, o samba sempre foi apresentado como o “ritmo nacional”, porque a cidade do Rio de Janeiro (RJ)
é percebida como a capital cultural do Brasil.

É assim que o mundo vê a música do Brasil, embora a recente visibilidade planetária do funk esteja reconstruindo essa
identidade musical que foi criada nos anos 1940 – com a ascensão nos Estados Unidos da cantora Carmen Miranda (1909 –
1955), voz do samba que acabou propagando a rumba no mercado norte-americano – e alicerçada com a explosão da Bossa
Nova nos EUA a partir de 1962.

Só que, dentro das fronteiras do Brasil, o forró sempre foi tão importante quanto o samba. Com a diferença de que, a rigor, forró
nunca foi um gênero musical como o samba. Forró é rótulo genérico que designa diversos gêneros musicais nordestinos, como
baião, xaxado, xote e quadrilha – ritmos recorrentes na obra de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), grande pilar da música da nação
nordestina.

Forró também pode ser o coco ou o rojão cantado por Jackson do Pandeiro (1919 – 1982), rei do ritmo, também dono de obra
referencial na música do nordeste do Brasil.

Contudo, forró é festa regada à alegria, dança e sensualidade em que se canta e toca até samba. Sacramentada dez anos após
ter sido apresentada em 2011 pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba, com apoio de mais de
400 artistas que se manifestaram através de abaixo-assinado, a declaração do forró como patrimônio cultural e imaterial do
Brasil faz jus à diversidade cultural desse país de dimensão continental.

A música do Brasil precisa ser compreendida a partir dessa imensa riqueza e variedade. Artistas nordestinos não são artistas
“regionais”. São artistas do Brasil, porque o forró – tanto a música quanto a festa – anima todo o país e é e sempre foi de fato e
de direito um patrimônio nacional.

@ProfessorOlineOficial 63
Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2021/12/10/declaracao-do-forro-como-patrimonio-cultural-e-
imaterial-do-brasil-legitima-a-diversidade-musical-do-pais.ghtml Acesso de: 12 dez. 2021.

Em relação ao emprego de acentuação gráfica em termos dos Textos I e II, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta as corretas.

I. Em “Você deve notar que não tem mais tutu/ e dizer que não está preocupado”, os vocábulos sublinhados
foram acentuados por se tratarem de oxítonas terminadas, respectivamente, em “e” e “a”.

II. Em “Deve, pois, só fazer pelo bem da Nação”, acentua se “só” por corresponder a uma oxítona terminada
em “o”.

III. No verso “Pra ganhar um Fuscão no juízo final”, o termo destacado foi acentuado por apresentar “i”
tônica em hiato.

IV. No trecho “A declaração do forró como patrimônio cultural e imaterial do Brasil pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico (...)”, as palavras sublinhadas foram acentuadas pelo mesmo motivo.

V. Em “(...) Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba,”, “Fórum” recebe acento
por se tratar de uma paroxítona terminada em “um”.

a) Apenas I, II e III.

b) Apenas I, III e V.

c) Apenas II, IV e V.

d) Apenas III e IV.

e) Apenas II e V.

Questão 72: COPESE UFPI - ASoc (Pref Oeiras) 2022


Leia o texto a seguir e responda à questão.

Por que é tão difícil admitir que estamos errados? A psiquiatria explica

Teimosia, falta de empatia, polarização política. Nós costumamos encontrar diversas justificativas para quando não conseguimos
convencer outra pessoa de que ela está errada, mesmo quando todos os fatos apontam que está. E, quando alguém finalmente
muda de ideia — seja ao se convencer de que a Terra é redonda, de que o distanciamento social é sim uma medida eficaz contra
o novo coronavírus ou de que determinado post foi ofensivo nas redes sociais —, é difícil vê-lo publicizando seu arrependimento.

Mudar de opinião e falar sobre isso não é simples, e há décadas a psicologia vem tentando entender por que costumamos ser
tão cabeças-duras. Mais recentemente, a neurociência também entrou nessa área, principalmente com os estudos do laboratório
britânico Affective Brain Lab, da UCL (University College London). O TAB conversou com a diretora, Tali Sharot, e com o
psiquiatra brasileiro Rodrigo Martins Leite, diretor de relações institucionais do IPq USP (Instituto de Psiquiatria da Universidade
de São Paulo) para entender quais são as raízes científicas desse problema e como ele se manifesta socialmente.

@ProfessorOlineOficial 64
Por que é difícil admitir que erramos? Para Sharot, a pergunta deve ser outra. "O problema não é necessariamente que a
gente saiba que está errado e não admita. Na verdade, não percebemos que estamos errados", explica ela. A neurocientista
pesquisa, há quase 20 anos, como o nosso cérebro reage à chegada de novas informações e descobriu que ele não grava tão
bem aquelas que vão contra o que acreditamos — principalmente quando são negativas. "Há maneiras de saber quais mudanças
de atividade cerebral deveríamos observar quando você recebe uma informação nova. Conseguimos ver que há menos 'gravação'
acontecendo quando a informação não é desejável ou é contrária ao que você acredita", explica a neurocientista. "Isso ocorre
principalmente nas regiões frontais, mas elas estão conectadas a regiões subcorticais que estão envolvidas com emoção,
motivação, memória etc." E o problema não para por aí.

Só acredita quem quer. Além de literalmente guardar menos os fatos que contrariam nossas crenças, nós nem vamos atrás
deles, afirma a pesquisadora. "Descobrimos que as pessoas são mais propensas a procurar informações desejáveis e mais
propensas a acreditar e reforçar suas crenças quando recebem informações desejáveis", relata. Sharot e sua equipe conseguiram
enxergar, no cérebro, o funcionamento do que conhecemos hoje como vieses cognitivos.

Vieses, sempre eles. Há registros de ao menos 120 vieses cognitivos, mas o mais famoso é, sem dúvida, o viés de
confirmação, segundo o qual procuramos e aceitamos com mais facilidade informações que confirmam aquilo em que já
acreditamos. "Isso significa que você tem menos chances de encontrar informações que vão contra o que você acredita", reforça
Sharot. Um teste desenvolvido em 2015, pelo New York Times, envergonha muita gente que acredita estar imune ao viés de
confirmação. Quando confrontados com uma informação que desbanca aquilo em que acreditamos — principalmente numa
discussão acalorada —, entram em jogo as emoções para ―proteger nossas posições. "Quando estamos tomados por alguma

emoção forte, fica mais difícil ainda a dialética da conversa, porque as pessoas não estão debatendo ideias, e sim paixões",
explica Leite, da USP. "Isso fortalece a sua opinião prévia sobre o assunto."

Só sei que nada sei. Outro viés bastante popular para explicar a nossa dificuldade em reconhecer uma crença errada é o efeito
Dunning-Kruger, lembra Leite. Os dois pesquisadores que dão nome ao efeito realizaram, em 1999, um estudo demonstrando
que as pessoas que possuem pouco conhecimento sobre um assunto costumam ser mais confiantes e acreditam saber mais que
a média. Isso se dá porque elas não têm conhecimento suficiente para serem capazes de perceberem e admitirem seus próprios
erros. Por outro lado, aqueles que são gabaritados em determinado tema também têm uma visão distorcida sobre seu próprio
nível de conhecimento. Essas pessoas acham que os outros estão tão bem informados quanto elas, então tendem a subestimar
suas habilidades. "Quanto menos formação você tem em um assunto, menos preparo cognitivo, mais você acredita piamente na
sua opinião sobre ele", resume Leite.

Isso é desculpa para teimosia? Não. A ideia é ter consciência dos vieses comportamentais para tentar evitá-los ou, pelo
menos, lembrar que todos encaramos os fatos de um ponto de vista bastante pessoal. Leite lembra que costumamos debater
dentro de bolhas, vendo nossas opiniões amplificadas por discursos semelhantes, imaginando que estamos consumindo conteúdo
―novo . "A sociedade vem dialogando cada vez menos, acho que é uma tendência geral. Cada vez menos pensando no bem

comum. Há sempre uma primazia da opinião individual, de pequenos grupos, nunca pensando numa perspectiva mais
sistemática e globalizante", avalia ele.

Impressão minha, ou estamos discutindo mais? O psiquiatra se lembra do sociólogo Zygmunt Bauman para defender que
as redes sociais amplificam nossa necessidade de expor opiniões online. "A gente publiciza nossa vida privada de uma forma
nunca antes vista. E essa avalanche de opiniões privadas colocadas em público acaba sofrendo manipulações — seja pelos
algoritmos ou pela amplificação dos robôs", observa Leite. "Isso acaba contagiando muitas pessoas que eventualmente nem
tinham uma opinião formada sobre o tema, mas é tamanho o bombardeio de mensagens e notícias que muitas vezes supera a
capacidade do indivíduo de ter um filtro crítico sobre essas informações." Em consequência, todo mundo sente a necessidade de
opinar — mesmo sem conhecer um assunto a fundo — e, como já vimos antes, ecoar vozes semelhantes às suas.

Alguma dica para fazer alguém admitir um erro? "Quando as opiniões são afetivas, refratárias a dados, não adianta
discutir. É análogo, na psiquiatria, a um paciente que tenha um delírio. Delírio é grosseiramente uma ideia irremovível, é uma
convicção muito profunda", explica. Tanto o psiquiatra quanto a neurocientista afirmam que reabrir um diálogo e diminuir a
polarização é um trabalho social conjunto, pois não há tipos de personalidades mais suscetíveis à teimosia e à dificuldade em
admitir erros. Estamos todos tão propensos a isso quanto os que criticamos. A dica, segundo eles, é fazer a sua parte e,
ativamente, procurar informações contrárias àquilo que você acredita. E estar aberto ao diálogo — mesmo que os assuntos mais
espinhosos precisem ficar de lado, opina Leite. "Precisa ser um princípio geral encontrar pautas que girem em torno do interesse
comum. Mas a politização está tão grave que a gente fala em ecologia, por exemplo, que é algo do bem comum, e já se fala que

@ProfessorOlineOficial 65
é uma pauta de esquerda. Precisamos voltar a procurar identidade entre as pessoas. A politização enfraquece muito nosso senso
de comunidade."

(POLLO, Luiza. Por que é tão difícil admitir que estamos errados? A psiquiatria explica. TAB Uol, 13 jun. 2020. Com adaptações. Disponível em: <
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/06/13/como-neurociencia-e-psiquiatria-explicam-nossa-dificuldade-em-admitir-erros.htm>)

Por ocasião da vigência do Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras perderam o acento agudo, a exemplo de ―"ideia". Dentre
as palavras a seguir, a única em que esta alteração NÃO ocorreu e, portanto, está grafada INCORRETAMENTE é:

a) paranoico
b) heroi
c) asteroide
d) assembleia
e) joia

Questão 73: OBJETIVA CONCURSOS - Aux Adm (Cp do Cipó) 2022


Em relação à acentuação, marcar C para as palavras Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA:

( ) Púdico.

( ) Báratro.

( ) Alcatéia.

a) C - C - E.
b) E - E - C.
c) C - E - E.
d) E - C - E.

Questão 74: Unifil - Prof (MC Rondon) 2021


Projeto quer dar mais visibilidade às cientistas brasileiras

A Open Box da Ciência destaca o trabalho de 250

pesquisadoras de cinco áreas de pesquisa

Por Juliana Morales

A plataforma online Open Box da Ciência foi lançada na última quarta-feira (12). É uma iniciativa da organização Gênero e
Número, apoiada pelo Instituto Serrapilheira. Seu objetivo é visibilizar o trabalho da mulher da dentro da ciência a partir de
histórias e dados.

Combinando jornalismo de dados e design interativo, foi criada, então, uma cartografia com 250 pesquisadoras. São 50
protagonistas em cinco grandes áreas: Ciências Biológicas, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas e da Terra, Engenharia e
Ciências da Saúde. Para cada pesquisadora mapeada, é possível ter acesso a um artigo relevante da sua produção científica. Além
de conhecer o rosto e a história delas em reportagens.

O levantamento foi feito com dados do Censo da Educação Superior com informações de outras bases de dados oficiais, como a
Plataforma Lattes, levando em consideração o número de artigos científicos publicados, prêmios recebidos, eventos organizados

@ProfessorOlineOficial 66
pelas cientistas e se estão engajadas em divulgação científica.

A partir da análise desses dados, foram criados conteúdos, que também estão disponíveis na plataforma, mostrando o cenário
brasileiro de desigualdade na área de pesquisa. Por exemplo: as mulheres representam 46% das docentes de Ensino Superior,
mas apenas 23% delas são pretas e pardas. Apenas 15% de todas as mulheres que pesquisam e também são docentes no Ensino
Superior do Brasil têm acesso à bolsa de apoio à pesquisa.

Disponível em https://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/projeto-quer-darmais- visibilidade-as-cientistas-brasileiras/

Assinale a alternativa que apresenta um vocábulo com a mesma regra de acentuação de “cenário”.

a) Conteúdo.
b) Aviária.
c) Caída.
d) Réu.

Questão 75: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2021

A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o que resta mesmo é solidão e esta não
tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos passando e remetendo mensagens
pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa, estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e
se frustra por tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o que busca essa
rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de emprego, de parceiros? O que é, para eles, a
felicidade? O que é importante? Por que a depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa
de morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares Galdino é assustador. Primeiro, os
jovens não assumem responsabilidades de viver, de se mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto.
Parou. Não conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo particular, postam
sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar. Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia
juntamente com amigos, mas não arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um estágio gratuito, não constitui algo
correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos
públicos, nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma geração das polpas de frutas" que
não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram
animais. Vivem de sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas redes sociais, no
mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou, quando não, apontando defeitos nos outros, com
expedientes de comentários maldosos. Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso em 16/03/2021).

@ProfessorOlineOficial 67
Ao se analisarem as palavras acentuadas graficamente no penúltimo parágrafo, chega-se a que afirmação correta?

a) Acentua-se a palavra “estágio” em razão de ela findar em um hiato.


b) As quatro palavras recebem acento gráfico em razão da mesma regra.
c) A palavra “além” é acentuada porque termina em ditongo decrescente nasal.
d) Somente as palavras “médicos” e “públicos” se acentuam devido à mesma regra.

Questão 76: FAUEL - Adv (AMEC) 2021


Considere atentamente o texto a seguir, extraído de uma das crônicas de Machado de Assis.

“Desde a mais remota antiguidade, sempre as mulheres tiveram a sua queda para os tolos. Alcibíades, Sócrates e Platão foram
sacrificados por elas aos presumidos do tempo. Turenne, La Rochefoucauld, Racine e Molière foram traídos por suas amantes,
que se entregaram a basbaques notórios. No século passado todas as boas fortunas foram reservadas aos pequenos abades.
Estribadas nesses exemplos, as nossas contemporâneas continuaram a idolatrar os descendentes dos ídolos das suas avós. Não é
nosso fim censurar uma tendência, que parece invencível; o que queremos é motivá-la. Por menos observador e menos
experiente que seja, qualquer pessoa reconhece que a toleima é quase sempre um penhor de triunfo. Desgraçadamente
ninguém pode por sua própria vontade gozar das vantagens da toleima. A toleima é mais do que uma superioridade ordinária: é
um dom, é uma graça, é um selo divino”.

(Extraído de: Obra Completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.Trecho com adaptações).

Em relação à acentuação gráfica que aparece no nome próprio “Molière”, personalidade citada no texto, pode-se dizer que se
trata de um:

a) acento agudo, usado para marcar a sílaba tônica.


b) til, usado como sinal gráfico de nasalação na pronúncia.
c) acento grave, indício de se tratar de um nome estrangeiro.
d) acento circunflexo, pois a sílaba tônica é fechada ou semifechada.

Questão 77: FUNDATEC - Arq (Pref Bom Jesus) 2021


A questão refere-se ao texto abaixo.

O que vai ser da Amazônia?

Eu já lidei com o desmatamento. Lembro que, em 2015, acordava na região onde trabalho, meu cabelo tomado pelo cheiro da
fumaça, igual quando a gente ia pra noitada na década de 1990 e voltava com o cheiro do cigarro impregnado na roupa! Agora,
é a mesma coisa, só que na Amazônia. E o que estava acontecendo não era porque tinha alguém fumando no meu quarto. Era
simplesmente porque estava acontecendo o maior churrasco da maior floresta tropical do mundo. Ela estava sendo queimada, e
o cheiro da fumaça fedia por todo o meu corpo. O carro ficava coberto de fuligem. Eu tinha que jogar água no vidro pra limpá-lo
e, assim, conseguir enxergar. Eu dirigia com o farol alto e o pisca alerta ligado porque não via nada. Então, eu dirigia bem
devagar para evitar algum acidente.

Um dos motivos pelos quais as pessoas têm problemas respiratórios é o efeito dessa fumaça demasiadamente tóxica. Em anos
de muitas queimadas e desenfreado desmatamento, constata-se um aumento de 200% no atendimento hospitalar de crianças
com problemas respiratórios. E criança não vai sozinha em busca de atendimento médico. Ela precisa do pai ou da mãe, que vai
parar a sua atividade econômica para levá-la ao hospital.

@ProfessorOlineOficial 68
Um estudo da Fiocruz mostra que, em maio e junho de 2019, o SUS teve um custo extra de 1,5 milhão de reais por conta de
problemas respiratórios decorrentes das fumaças da Amazônia. Ou seja, a gente gera um custo extra ao SUS por causa dos
problemas respiratórios. Além disso, essa fumaça é tão tóxica que pode destruir o DNA das células do pulmão e aumentar as
chances de incidência de câncer no aparelho pulmonar.

2020 foi um ano muito diferente. A gente tem uma pandemia de um vírus que ataca o sistema respiratório. Então, a gente está
juntando um aumento do desmatamento, que significa o aumento de uma fumaça tóxica, com uma pandemia já existente e que
também ataca o pulmão. Com certeza, é muito sério o que o Brasil está passando. Porém, isso não se restringe ao nosso país. A
devastação da Amazônia pode acarretar desequilíbrios inimagináveis no planeta inteiro... As pesquisas comprovam que, de
janeiro a abril de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, houve um aumento de aproximadamente 55% no
desmatamento. Em 2019, porém, já havia sido registrado um aumento de mais de 200% das queimadas em relação a 2018. Já
pensou? É assustador! Não podemos ficar calados diante desse cenário gritante. A natureza está implorando por clemência da
nossa parte. Se não houver forças para frear esses homens devastadores, não demorará tanto tempo e poderá vir algo ainda
mais sério do que o coronavírus e que causará a morte de um número ainda maior de pessoas!

Basta que olhemos um pouco pra trás no tempo. Só do início do século até agora já houveram surtos imensos de Ebola, SARS e
H1N1, e agora veio o coronavírus, sem contar os males provocados pela proliferação de dengue, Zika e Chikungunya. Perceba,
meu prezado leitor! De 2000 a 2020 são apenas 20 anos. Continuando com a perversidade que está estampada nos telejornais, o
que podemos esperar para os anos 2025, 2026?

É muito, muito sério o que estamos enfrentando, e a última coisa que eu faria num momento como esse é ficar calado.
Informações de qualidade precisam chegar aos olhos e ouvidos de um número cada vez maior de pessoas! É assim que o
processo de elevação de consciência coletiva acontece. Concluo com a frase dita pelo querido Chico Mendes, esse homem
maravilhoso que lutou a vida inteira por uma sociedade mais justa e feliz: “No começo pensei que estivesse lutando para salvar
seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela
humanidade”.

(Disponível em: https://www.contioutra.com/o-que-vai-ser-da-amazonia-em-2020/ – texto adaptado especialmente para esta prova.)

Em relação à regra de vocábulos paroxítonos que são acentuados por terminarem em ditongo, seguido ou não de “s”, analise as
palavras abaixo:

I. alguém.

II. país.

III. desequilíbrios.

Quais estão de acordo com essa regra?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.

Questão 78: Instituto AOCP - Prof (Teresópolis) 2021

TEORIA GERAL DO XINGAMENTO

@ProfessorOlineOficial 69
Marcia Tiburi 17 de maio de 2018

Talvez seja necessário fundar uma nova ciência para dar conta de um fenômeno que tem se tornado crucial em nossa cultura
comunicacional na era das tecnologias digitais e das redes sociais. O objeto dessa ciência seria o fenômeno do xingamento: a
conspurcação do outro em forma verbal, que surge em profusão nas redes, por meio de palavras, emoticons e outros sinais
gráficos.

Nossa nova ciência, na base de uma antropologia e uma sociologia, deve habitar o intervalo entre o mundo da pesquisa e o
mundo da vida simples. Geografia e estatística nos revelariam o estado da linguagem de ódio que sustenta o ato generalizado de
xingar. A antropologia digital e a psicanálise poderiam auxiliar com a análise da cultura atual que surge na internet, mas também
com a compreensão do tipo subjetivo do xingador.

O xingamento generalizado merecia uma historiografia e uma semiologia. E até uma teoria estética. E, se o ataque verbal a
alguém – esse ato que sempre teve todo tipo de função, da catarse ao escracho, do vilipêndio à humilhação, da vontade de
destruir ao ato de dominar – é um fenômeno do poder, seria necessária também uma teoria política. O ato de xingar até hoje é
um ato político, por trás do qual se esconde todo tipo de moralismo. Então, precisaríamos de uma ética.

Toda ciência tem um drama humano em seu fundo. Mais do que uma curiosidade, a ciência visa resolver algum problema.
Estudam-se astronomia e cosmologia para entender os fenômenos cósmicos, a geologia visa entender os fenômenos físicos e
químicos do planeta, a sociologia quer tornar compreensível o modo de ser das sociedades, enquanto a história é a ciência que
estuda o que já passou. A questão antropológica fundamental diz respeito ao “ser humano”. Como vive, como age, como habita,
como sente, como trabalha, como produz, como se organiza e se movimenta, como cria arte, religião ou qualquer forma de
linguagem, como se expressa e se comunica.

Por mais que as questões tratadas pelas ciências humanas sejam de altíssimo nível de complexidade, há nas mais variadas
investigações científicas um problema comum que pode se apresentar como uma questão popular. Podemos, por isso, tentar
responder de modo direto à interpelação: “diz-me como xingas e dir-te-ei quem és”.

Fato é que o xingamento fala mais de quem xinga do que de quem é xingado. Por mais violento que seja, todo xingamento
esconde um desejo. Por trás da violência está uma impotência específica que visa ser sanada na ação. Quem não consegue falar,
pode sempre começar a xingar. No gesto violento surge uma palavra mágica que concentra e resume o ódio. Ela dá um poder ao
xingador. Ele se sente superior por um instante fugaz.

Mas há algo ainda mais profundo. Todo ato de fala visa tocar ou atingir o outro. Seja por que caminho for, aquele que fala
deseja estar perto, deseja tocar. Por meio do xingamento o agente visa machucar. Mas por outro lado, deseja também ser
reconhecido pelo objeto do xingamento. Só xingamos aqueles por quem nos sentimos de algum modo atraídos. Nesse sentido, o
xingamento é bem diferente da crítica. Enquanto a crítica visa desconstruir ou desmontar seu objeto para mostrar sua verdade,
por meio do xingamento se visa alcançá-lo.

[...]

A cultura do xingamento é herdeira dos piores hábitos culturais que podemos imaginar. Em sua base a impotência para o
reconhecimento dos outros e uma vontade de fazer justiça com as palavras reduzidas à matéria não reciclável.

Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/teoria-geral-do-xingamento/. Acesso em: 16 nov. 2020.

Assinale a alternativa em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra.

a) Estatística, violência, necessário.

b) Fenômeno, gráficos, estatística.

c) Ódio, antropológica, altíssimo.

d) Violência, ciência, estética.

e) Impotência, política, fenômeno.

Questão 79: Unifil - Prof (Leópolis) 2021

@ProfessorOlineOficial 70
Metodologias ativas: como usar gamificação e Aprendizagem Baseada em Problemas para ter aulas mais atrativas

Estratégias colocam o aluno como protagonista, aumentam o engajamento e podem ser adaptadas para
contextos com baixa (ou sem) conectividade

Por Paula Salas

Valendo mil reais. Qual é o tipo de oração subordinada que temos em "como acordei tarde, cheguei atrasada"? Letra a,
conformativa; letra b, causal; letra c, comparativa. Tempo na tela. Sente-se o clima de tensão. Pode parecer o trecho do Show do
Milhão, mas foi uma atividade de Língua Portuguesa criada pela professora Giovana Picolo, na Escola Estadual de Ensino Médio
São Paulo de Tarso, em Pinhal da Serra (RS).

No lugar de uma aula tradicional sobre tipos de orações em que os alunos teriam uma postura passiva e poderiam se
desinteressar pelo conteúdo, a educadora utilizou gamificação para engajar os estudantes e colocá-los no centro do processo de
aprendizagem.

No Especial sobre Metodologias Ativas que NOVA ESCOLA publicou ao longo de setembro, explicamos o que são essas estratégias
e como funcionam na prática, e tivemos duas reportagens que se aprofundaram em quatro modelos de ensino híbrido — a sala
de aula invertida, a rotação por estações, o laboratório rotacional e o modelo virtual aprimorado. O ensino híbrido caracteriza-se
por aulas que integram atividades presenciais e on-line, em que os recursos digitais são usados para coletar dados e informações
que serão analisados pelo professor com o objetivo de personalizar o ensino.

Porém, existem outros tipos de Metodologias Ativas para além do ensino híbrido, que têm sido muito discutidas recentemente e
já foram temas de reportagens de NOVA ESCOLA, como o Design Thinking e a Aprendizagem Baseada em Projetos.

Nesta matéria, falaremos sobre a gamificação, estratégia utilizada pela professora Giovana, no exemplo acima, e a Aprendizagem
Baseada em Problemas (ABP). Ouvimos especialistas e educadores para saber mais sobre essas práticas, trazer relatos de
experiências e caminhos para adaptá-las aos diversos contextos da Educação.

Jogando para aprender

A gamificação é uma metodologia ativa que utiliza a estética e elementos dos jogos (analógicos e digitais) com uma determinada
intencionalidade pedagógica. "É uma estratégia que foca no engajamento e coloca o aluno como protagonista", afirma Tiago
Eugênio, professor na pós-graduação de Metodologias Ativas do Instituto Singularidades, em São Paulo (SP), e autor do livro
Aula em Jogo: descomplicando a gamificação para educadores.

Segundo o especialista, a gamificação é diferente de um ensino com jogos que utiliza games prontos, pois nela o professor cria o
seu recurso. "Usamos no máximo partes de um jogo, elementos dele, para motivar o estudante a fazer uma atividade fora do
jogo [isto é, uma proposta pedagógica que não seria, normalmente, encontrada no jogo]", explica.

Como exemplo, vamos pensar na batalha naval, jogo no qual os times têm como objetivo acertar e afundar a embarcação do
adversário. O professor não irá propor um jogo tradicional, mas ele pode utilizar a dinâmica do jogo a favor da aprendizagem que
busca atingir. Ele pode fazer isso colocando uma regra que, para fazer um disparo, o grupo precisa responder corretamente uma
pergunta sobre um assunto determinado. Dessa forma, utiliza-se os elementos do jogo somados a atividades com um objetivo
pedagógico.

Tiago destaca outras características da gamificação. Uma delas é a necessidade de ter uma narrativa para o jogador passar pelas
fases. Também é preciso que o aluno tenha visibilidade do seu progresso, que saiba como está evoluindo. Há ainda o feedback
imediato — por exemplo, saber se acertou a resposta de um quizz — e a recompensa — por exemplo, saber a quantidade de
pontos que ele fez ao responder uma questão ou fazer determinada jogada.

"É uma metodologia interessante por envolver o aluno em algo que o motiva. É uma forma lúdica de atingir objetivos", completa
Edson da Silva, assessor pedagógico de Ensino Médio e Tecnologias na Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul.

O educador, que tem experiência com gamificação com turmas de Ensino Médio, conta que, quando dava aula de Física, teve
uma vivência muito positiva com uma classe de 2º ano. “Era uma sala com muitos problemas de abandono escolar e notas
baixas. A gamificação ajudou muito os alunos, porque eles faziam parte de um time, e um motivava o outro a não faltar, a chegar
no horário. Eles se ajudavam, faziam grupos de estudo", relata.

[...]

Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/20633/especial-metodologias ativas-modelos-alem-do-ensino-hibrido



@ProfessorOlineOficial 71
Assinale a alternativa que apresenta a mesma regra de acentuação que “matéria”.

a) Pedagógico.
b) Estratégia.
c) Física.
d) Estética.

a) Florinda da Silva comprava a mesma geléia há vinte e tantos anos.


b) Não devemos acreditar em tudo que nossos olhos vêem.
c) Maria das Dores achava que aquilo tudo não passava de uma paranoia.
d) As crianças da escola ainda não tem o material do terceiro bimestre.

a) Perdem o acento o i e o u tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo.
b) Não perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/ pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), pêra/pera.
c) Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui/gue e gui.
d) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que serão
duplicadas.
e) Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
sílaba).

Questão 82: Unifil - Prof (Pref Tamboara) 2021

País rico

Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao
contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou
não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas,
aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem
dinheiro. É o Brasil rico...

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a
má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer porque
não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis.
Todos observam o caso e perguntam:

- Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas a elas destinadas?

O governo responde:

- Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico...

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças, são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não
têm cavalos, etc., etc.

@ProfessorOlineOficial 72
- Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

- Não há verba; o governo não tem dinheiro.

- E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos
contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a
brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico...

Marginália, 8-5-1920 Lima Barreto

Os vocábulos “número” e “dúvida” levam acento, porque

a) são paroxítonas.
b) são proparoxítonas.
c) são oxítonas.
d) terminam em “o” e “a”.

Questão 83: OMNI - Prof (Pref Xanxerê) 2021


Leia o texto abaixo e responda a questão.

O não desaparecimento de Maria Sombrinha

[...]

Deu-se o caso numa família pobre, tão pobre que nem tinha doenças. Dessas em que se morre mesmo saudável. Não sendo,
pois espantável que esta narração acabe em luto. Em todo o mundo, os pobres têm essa estranha mania de morrerem muito.
Um dos mistérios dos lares famintos é falecerem tantos parentes e a família aumentar cada vez mais. Adiante, diria o
camaleonino réptil.

A família de Maria Sombrinha vivia em tais misérias, que nem queria saber de dinheiro. A moeda é o grão de areia esfluindo
entre os dedos? Pois, ali nem dedos. Tudo começou com o pai de Sombrinha. Ele se sentou, uma noite, à cabeceira da mesa. Fez
as rezas e olhou o tampo vazio.

[...]

Por fim, sua visão minguante aconteceu com Sombrinha. Ele via o tamanho dela se acanhar, mais e mais pequenita. E se
queixava, pressentimental: - “Esta menina está-se a enxugar no poente...”

[...]

Valia a pena sombrear a miúda, minhocar-lhe o juízo? Mas Sombrinha não deixou de rimar com a alegria. Afinal, era ainda menos
que adolescente, dada somente a brincriações. Sendo ainda tão menina, contudo, um certo dia ela se barrigou, carregada de
outrem. Noutros termos: ela se apresentou grávida. Nove meses depois se estreava a mãe. Sem ter idade para ser filha como
podia desempenhar maternidades?

A criancinha nasceu, de simples escorregão, tão minusculinha que era. A menina pesava tão nada que a mãe se esquecia dela
em todo o lado. Ficava em qualquer canto sem queixa nem choro.

[...]

@ProfessorOlineOficial 73
Deram o nome à menininha: Maria Brisa. Que ela nem vento lembrava, simples aragem. Dona mãe ralhava, mas sem nunca
fechar riso, tudo em disposições. Até que certa vez repararam em Maria Brisa. Porque a barriguinha dela crescia, parecia uma lua
em estação cheia. Sombrinha ainda devaneou. Deveria ser um vazio mal digerido. Gases crescentes, arrotos tontos. Mas depois,
os seios lhe incharam. E concluíram, em tremente arrepiação: a recém-nascida estava grávida! E, de facto, nem tardaram os
nove meses. Maria Brisa dava à luz e Maria Sombrinha ascendia a mãe e avó quase em mesma ocasião. Sombrinha passou a
tratar de igual seus rebentinhos - a filha e a filha da filha. Uma pendendo em cada pequenino seio.

A família deu conta, então, do que o pai antes anunciara: Sombrinha, afinal das contas, sempre se confirmava regredindo. De dia
para dia ela ia ficando sempre menorzita. Não havia que iludir - as roupas iam sobrando, o leito ia crescendo. Até que ficou do
mesmo tamanho da filha. Mas não se quedou por ali. Continuou definhando a pontos de competir com a neta.

Os parentes acreditaram que ela já chegara ao mínimo, mas, afinal, ainda continuava a reduzir-se. Até que ficou do tamanho de
uma unha negra. A mãe, as primas, as tias a procuravam, agulha em capinzal.Encontravam-na em meio de um anónimo buraco e
lhe deixavam cair uma gotícula de leite.

[...]

Até que, um dia, a menina se extingiu, em idimensão. Sombrinha era incontemplável a vistas nuas. Choraram os familiares, sem
conformidade. Como iriam ficar as duas orfãzinhas, ainda na gengivação de leite? A mãe ordenou que se fosse ao quintal e se
trouxesse o esquecido pai. O velho entrou sem entender o motivo do chamamento. Mas, assim que passou a porta, ele olhou o
nada e chamou, em encantado riso:

- “Sombrinha, que faz você nessa poeirinha?” E depois pegou numa imperceptível luzinha e suspendeu-a no vazio dos braços.
“Venha que eu vou cuidar de si”, murmurou enquanto regressava para o quintal da casa, nas traseiras da vida.

Mia Couto, Contos do nascer da Terra

Os vocábulos: mistérios, grávida e avó são acentuados pelas seguintes regras:

a) Paroxítonas terminadas em ditongo crescente, proparoxítonas, oxítonas


b) Proparoxítonas, proparoxítonas, monossílabos tônicos.
c) Proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas.
d) Nenhuma das alternativas.

Questão 84: AMEOSC - Prof (D Cerqueira) 2021

A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.

(Texto)

Chuva ajuda no desenvolvimento dos cafezais do Espírito Santo

No noroeste do Espírito Santo, a chuva ficou acima do esperado nos primeiros meses de 2020, mas os cafezais ainda sentem os
efeitos da seca que atingiu a região no ano passado. O motivo é que 2019 foi um ano quente e seco e isso prejudicou os pés.
Em algumas cidades, é estimada uma perda de até 30%, refletindo na produção estadual, que é o maior fornecedor da
variedade conilon no país. A expectativa é que o espírito santo colha em torno de 10,5 milhões de sacas. A colheita do café
começa no final de abril.

( Fonte adaptada: https://g1.globo.com>acesso em 29 de março de 2020)

@ProfessorOlineOficial 74
Assinale a alternativa em que a palavra é acentuada pela mesma regra de acentuação da palavra “café” :

a) Pé.
b) Cipó.
c) Lápis.
d) Bússola.

Questão 85: Legalle - Prof (VN do Sul) 2021


Para responder à questão, leia o texto abaixo.

SINOPSE E DETALHES

Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma
agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em
pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne
(Brett Cullen) é seu maior representante.

Fonte: http://www adorocinema.com/filmes/.

Assinale a alternativa cuja dupla de palavras recebe acento pelo mesmo motivo de metrô.

a) Você; céu.
b) Paletó; lâmpada.
c) Saída; caída.
d) Avô; hipótese.
e) Café; cipó.

Questão 86: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL) 2021

Teoria do medalhão
(diálogo)

— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um anos. Há vinte e um
anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...

— Papai...

— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te coisas importantes.
Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na
imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu
rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é
que te faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)

— Sim, senhor.

— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa prática social acautelar

@ProfessorOlineOficial 75
um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que
te aconselho hoje, dia da tua maioridade.

— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?

— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha mocidade; faltaram-me, porém,
as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti.
Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e entende. (...)

— Entendo.

— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de nutrir para uso
alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).

— Mas quem lhe diz que eu...

— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste nobre ofício.

Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato,
posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto
e perfilado com que usas expender francamente as tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de
um chapéu, do ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo
acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são
de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o
vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão incompleto.

Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos


de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações).

Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue o item a seguir.

O sinal de acentuação no verbo “pôr” caracteriza o chamado acento diferencial.

Certo
Errado

Questão 87: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2021


Texto

A geração de hoje

Dizem que o valor da liberdade é muito oneroso. Na verdade, não há estimativa porque o que resta mesmo é solidão e esta não
tem preço.

Horas e horas, em frente de uma tela de um computador ou, rapidamente, com os dedos passando e remetendo mensagens
pelo smartphone, parecem uma fuga. "Mas me deixa, estou estressado", encerra qualquer diálogo. É a geração que se estressa e
se frustra por tudo. A mesma que se considera eternamente infeliz. Nada os preenche. E aí a pergunta: o que busca essa

@ProfessorOlineOficial 76
rapaziada? O que lhes prometeram? Por que mudam de tudo, de escola, de emprego, de parceiros? O que é, para eles, a
felicidade? O que é importante? Por que a depressão é o mal do século e suicídio, com a banalização da vida, já é a maior causa
de morte?

Poderia fazer outras perguntas, mas o quadro apresentado pela psicóloga Cristiane Soares Galdino é assustador. Primeiro, os
jovens não assumem responsabilidades de viver, de se mexer, de traçar metas, caminhos e projeto. Vivem o hoje e pronto.
Parou. Não conseguem enxergar o que está fora da "caverna de Platão". Por isso, dentro de seu mundo particular, postam
sorrisos em praias ecológicas, mas não gostam de se banharem no mar. Empenham-se em iniciativas de limpar o lixo na praia
juntamente com amigos, mas não arrumam sequer a própria cama. Estampa tristeza, sofrimento, dor, o mesmo incômodo de
crescer sem fazer por onde, inclusive, ganhar sem merecer.

Para a grande maioria dessa nova turma, pensar em trabalhar sem muitos ganhos e um estágio gratuito, não constitui algo
correto. Pergunta Cristiane: quem marca suas consultas, médicos e dentistas? Vou mais além: quem os inscreve nos concursos
públicos, nos vestibulares, ou no Enem?

Em resumo, temos uma geração que vive em regime alimentar, em academias caras, "uma geração das polpas de frutas" que
não sabe descascar uma laranja, não chupa caroço de manga, lista Cristiane. E mais: não gostam de velhos, mas adoram
animais. Vivem de sonhos, mas não fazem nenhum esforço para realizá-los. Não saem do quarto, vivendo nas redes sociais, no
mundo irreal do Instagram, fazendo selfies que expressam felicidade, ou, quando não, apontando defeitos nos outros, com
expedientes de comentários maldosos. Enfim, a geração de hoje é a pura contradição.

AIRES FILHO, Durval. In https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/arquivo/a-geracao-de-hoje-1.2126089 (acesso em 16/03/2021).

Ao se analisarem as palavras acentuadas graficamente no penúltimo parágrafo, chega-se a que afirmação correta?

a) Acentua-se a palavra “estágio” em razão de ela findar em um hiato.


b) As quatro palavras recebem acento gráfico em razão da mesma regra.
c) A palavra “além” é acentuada porque termina em ditongo decrescente nasal.
d) Somente as palavras “médicos” e “públicos” se acentuam devido à mesma regra.

Questão 88: FUNDATEC - FiscA (B do Ribeiro) 2021


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão

Adaptação do ensino às aulas online

Por Laura Rachid

Os educadores estão abraçados ainda mais na força de vontade e na criatividade para se adaptarem ao cenário atual. Postura
compreen...ível, uma vez que, mesmo com o avanço da pandemia da covid-19, a missão de transmitir conhecimento continua —
pelo menos no universo das escolas e alunos que possuem condições para aulas online.

Aproximar o que será ensinado com a realidade dos estudantes é outra característica comum entre alguns docentes que visam
estimular e facilitar a aprendizagem. “Dessa forma, eles [alunos] terão uma ótima oportunidade, juntos com seus familiares, em
distanciamento social, para discutir e replicar o que aprenderam”, defende um professor de Biologia em Goiânia, GO. Ele diz que
procura sempre relacionar suas aulas com problemas vividos naturalmente, sejam eles do meio ambiente, saúde ou cultural.
“Não basta definir o que é aterosclerose, é importante, na hora do almoço, discutir sobre os alimentos que fazem bem ___
saúde, sobre a prática de exercícios mesmo diante da dificuldade momentânea de fazê-los e sobre como podemos melhorar
nosso bem-estar. Portanto, faz parte da construção da metodologia de ensino pensar sobre o que se deve aprender e para que
aprender”, acre...enta.

@ProfessorOlineOficial 77
E por falar em cotidiano, as informações sobre a pandemia está sendo tema das aulas de Matemática. O 1º ano do Ensino Médio
está estudando funções exponenciais e pesquisando o que significa dizer que o número de casos de coronavírus cresce
exponencialmente. Posteriormente farão uma comparação, caso o crescimento fosse linear, e explicar as justificativas para o
isolamento social por meio de pesquisas e trocas de informações. “Desta forma, esperamos que eles aprendam a buscar
conhecimento de forma autônoma, mediante orientação dos docentes, e desenvolver bom senso em relação ___ fake news e aos
cuidados que devem tomar”, defende um dos professores da área.

Em relação ao planejamento, um dos professores relata que sente que as aulas online requerem uma dedicação maior, uma vez
que a linguagem e dinâmica são diferentes da modalidade presencial. “Precisamos pensar no que vamos ensinar e, também,
roteirizar quais seriam os pontos de maiores dificuldades sobre aquele assunto. A dúvida do estudante deve ser antecipada na
sua apresentação. Por exemplo, ao falar sobre o sistema circulatório, é comum que os alunos tenham dúvidas sobre o ‘infarto’.
Na aula remota, não podemos ser pegos de surpresa, será mais difícil para explicar caso não tenhamos o recurso certo, na hora
certa”, pontua o docente de Biologia.

Ele tem consciência de que, pelo colégio que leciona fazer parte de um grande grupo educacional, há uma maior facilidade no
acesso ___ ferramentas que viabilizem o que ele chama de processo de aprendizagem significativa. Além disso, “a equipe
pedagógica está se desdobrando na elaboração de tutorias e fazendo um trabalho incrível de engajamento de toda a comunidade
escolar. Considero, dentro desse contexto, que é possível, sim, aprender com qualidade, mas que caminhos árduos de adaptação
tiveram que ser superados”, afirma.

“Os recursos eram pouco conhecidos por nós, professores, na verdade, estamos evoluindo bastante no ‘mundo tecnológico’”.
Este momento está servindo para troca de experiências, compartilhamento de boas práticas e, também, por incrível que pareça,
maior proximidade com todos os atores da escola. É isso mesmo, vejo uma escola muito mais unida”, finaliza.

Em muitos colégios que adotaram o modelo virtual, as aulas acontecem não apenas no ensino médio, mas para os pequenos
também. Indagada sobre as dificuldades do ensino online, Adriana Francisca de Oliveira Silva, professora e coordenadora de
educação infantil e fundamental I de um colégio localizado também na capital paulista, destaca que desafios sempre surgem.
“Estamos trabalhando coisas básicas como a empatia, o respeito, e a paciência para falar. No começo foi complicado, hoje em
dia, se sentem [as crianças] numa condição muito melhor. Eles esperam ser chamados e deixam os microfones desligados
durante as explicações, evitando possíveis distrações. Mas é um processo en...iquecedor, estamos falando de crianças de sete
anos, que possuem condições e se tornam capazes para fazer uma simples conferência com qualquer CEO internacional, e vão se
sair muito bem”, ressalta.

(Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2020/05/25/professores-aulas-online-covid/ - Texto especialmente adaptado para esta prova.)

Considerando as regras de acentuação propostas pelo Acordo Ortográfico vigente, analise as assertivas a seguir e assinale V, se
verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) A forma verbal “continua”, caso recebesse um acento agudo na segunda sílaba, resultaria em um adjetivo existente em
Língua Portuguesa.

( ) Caso inseríssemos o sufixo “-mente” à palavra “possível”, ela continuaria sendo acentuada na sílaba –sí.

( ) Caso suprimíssemos o acento agudo da forma verbal “está”, teríamos um pronome demonstrativo existente em Língua
Portuguesa.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

@ProfessorOlineOficial 78
a) F – V – F.
b) F – F – V.
c) V – F – V.
d) V – F – F.
e) V – V – F.

a) Ao ler Mário Quintana, tive belas ideias para escrever meus poemas.
b) Gosto muito de levantar cedo, abrir as janelas e contemplar o vôo dos passarinhos.
c) Dona Efigênia era uma senhora rica, que vivia cheia de jóias penduradas no pescoço.
d) Meus avós ligaram mais cedo e disseram que não vem almoçar aqui hoje.

Questão 90: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEED PR) 2021


Texto 15A2-I

Quando se indaga sobre a diferença entre epidemia e endemia, surge, imediatamente, a ideia de que a epidemia se caracteriza
pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença, ao passo que a endemia se traduz pelo
aparecimento de menor número de casos ao longo do tempo.

A distinção entre epidemia e endemia não pode ser feita, entretanto, com base apenas na maior ou menor incidência de
determinada enfermidade em uma população. Se o elevado número de casos novos e sua rápida difusão constituem a principal
característica da epidemia, já não basta o critério quantitativo para a definição de endemia. O que define o caráter endêmico de
uma doença é o fato de ela ser peculiar a um povo, a um país ou a uma região. A própria etimologia da palavra endemia denota
esse atributo: endemos, em grego clássico, significa “originário de um país”, “referente a um país”, “encontrado entre os
habitantes de um mesmo país”. Esse entendimento perdura na definição de endemia encontrada nos léxicos especializados em
terminologia médica de várias línguas.

Pandemia, palavra de origem grega, formada com o prefixo neutro pan e pelo morfema demos (povo), foi pela primeira vez
empregada por Platão, em seu livro Das Leis. Platão a usou no sentido genérico, referindo-se a qualquer acontecimento capaz de
alcançar toda a população. Com esse mesmo sentido, foi também utilizada por Aristóteles.

O conceito moderno de pandemia é o de uma epidemia de grandes proporções, que se espalha por vários países e por mais de
um continente. Exemplo tantas vezes citado é o da gripe espanhola, que se seguiu à I Guerra Mundial, nos anos de 1918 e 1919,
e que causou a morte de cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.

Joffre M. de Rezende. Epidemia, endemia, pandemia, epidemiologia.

In: Revista de Patologia Tropical, v. 27, n.º 1, p. 153-155, jan.-jun./1998 (com adaptações).

@ProfessorOlineOficial 79
c) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua última sílaba termina com “s”, ao passo que
“países” é acentuado porque sua sílaba tônica forma um hiato com a vogal da sílaba anterior.

d) Ambos os vocábulos são oxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque tem três sílabas, ao passo que “países” é
acentuado porque sua sílaba tônica contém um ditongo crescente.

e) Ambos os vocábulos são proparoxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque tem duas sílabas, ao passo que “países” é
acentuado porque tem três sílabas.

Questão 91: CETREDE - Prof (Pref Paraipaba) 2021


Sobre as regras de acentuação gráfica, marque (V) para Verdadeiro e (F) para Falso:

( ) Todas as palavras oxítonas devem receber acento gráfico.

( ) São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em -a, e-, -o (seguidas ou não de -s) -em e -ens.

( ) Os ditongos de pronúncia aberta -éi, -éu e -ói recebem acento agudo na vogal quando ocorrem em palavras oxítonas ou
monossílabas.

( ) Coloca-se acento agudo nas vogais -i e -u tônicas dos hiatos quando estiverem sozinhas na sílaba ou juntas com a letra -
s.

Marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) F – V – V – F.
b) V – F – F – V.
c) V – F – V – V.
d) F – F – V – F.
e) F – V – V– V.

Questão 92: FUNDEP - Bib (C. Cajuru) 2021


INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir, para responder à questão.

TEXTO I

Barragens de hidrelétricas, como a de Belo Monte,

transformam Amazônia em zona de sacrifício

A exuberância da maior bacia hidrográfica do planeta está

ameaçada por projetos de geração de energia que têm custos humanos e ambientais demasiadamente altos

Maior floresta tropical do mundo, a Amazônia contempla também a maior bacia hidrográfica do planeta, cujo rio principal ― o
Amazonas ― é alimentado por afluentes que ramificam em mais de 1.100 rios e formam um sistema de drenagem sem igual.
Cerca de um quinto de toda a água que escorre da superfície da Terra acaba nele. No entanto, toda essa exuberância ―
responsável por fornecer importantes serviços ecossistêmicos para a humanidade ― está ameaçada. Como os fluxos de água
podem gerar muita eletricidade, a bacia do rio Amazonas tem despertado, há muito tempo, o interesse de governos,
especuladores e indústrias para a geração de energia hidrelétrica por meio de barragens. De acordo com um estudo publicado
em 2019 pela revista Nature Communications, pelo menos 158 barragens, incluindo pequenas barragens, operavam ou estavam
em construção na bacia amazônica, e outras 351 haviam sido propostas.

Um dos exemplos mais notáveis é o da barragem de Belo Monte, quarto maior projeto hidrelétrico do mundo. A obra foi
responsável pelo bloqueio do rio Xingu, um importante afluente do Amazonas. Seu reservatório inundou 518 quilômetros

@ProfessorOlineOficial 80
quadrados, deslocou mais de 20.000 pessoas e causou danos extensos a um ecossistema de rio que contém mais de 500
espécies de peixes, muitos deles não encontrados em nenhum outro lugar e dos quais dependem populações indígenas locais.
Para completar, o ciclo sazonal natural do rio Xingu inclui um longo período de baixa vazão que impede Belo Monte de usar
muitas de suas caras turbinas durante grande parte do ano.

Outro caso é o projeto Barão do Rio Branco, plano de infraestrutura na região amazônica que prevê, entre outras obras, a
construção de uma hidrelétrica de 2.000 a 3.000 megawatts no rio Trombetas, que flui por uma região isolada e rica em
minerais. A barragem necessária para essa hidrelétrica poderá inundar terras quilombolas e ameaçar uma das maiores praias da
Amazônia, usada para a reprodução de tartarugas.

[...]

Quando ecossistemas fluviais são transformados em reservatórios, eles prejudicam a diversidade aquática. Barragens podem, por
exemplo, bloquear as migrações anuais de peixes, como a do bagre gigante do rio Madeira. Depois que o Brasil construiu
barragens no rio Madeira em 2011 e em 2013, a captura de peixes naquela que foi a segunda maior região para a pesca fluvial
do mundo despencou no Brasil, Bolívia e Peru. Milhares de pessoas perderam seus meios de subsistência de pesca, e o declínio
acentuado desta atividade também gerou tensões sociais que persistem até hoje na região.

As barragens também aprisionam sedimentos ricos em nutrientes, que sem elas seriam transportados pelo curso d’água. A perda
de nutrientes prejudica a agricultura e afeta a cadeia alimentar da qual dependem os peixes rio abaixo, comprometendo a pesca
ao longo de milhares de quilômetros de rios amazônicos.

E não para por aí: como no fundo dos reservatórios quase não há oxigênio, o mercúrio que ocorre no solo, tanto naturalmente
como com acréscimos pela atividade garimpeira, pode sofrer uma reação química e ser transformado em metilmercúrio ―
altamente venenoso. Altos níveis deste componente foram encontrados nos cabelos de pessoas que vivem no entorno da
barragem de Tucuruí, no Pará, e de Balbina, no Amazonas.

É preciso ter consciência de que os rios de fluxo livre da Amazônia são a força vital de suas florestas e dos povos indígenas que
dependem deles há séculos. Tratar a Amazônia como uma zona de sacrifício para a extração de recursos naturais é injusto e
desnecessário. Os custos humanos e ambientais são demasiadamente altos.

Disponível em: <https://bityli.com/wYc7G>. Acesso em: 20 fev. 2021 (Adaptação).

Assinale a alternativa em que as palavras não são acentuadas pelo mesmo motivo.

a) Hidrográfica – quilômetros – subsistência


b) Notável – responsável – falível
c) Aí – Tucuruí – paraíso
d) Superfície – necessária – reservatórios

Questão 93: Unifil - Prof (Pref Cambé) 2021

Especialista esclarece mitos e verdades sobre a alimentação saudável Da Redação, com Melhor da Tarde Levar uma vida saudável
é o dilema para muitos brasileiros. Uma alimentação saudável ajuda na melhora do sistema imunológico, na qualidade do sono,
humor, na perda de peso e até na capacidade de concentração.

Por estes motivos, o Melhor Da Tarde entrevistou nesta quinta-feira, 3, o especialista Cláudio Mutti, nutrólogo que esclareceu
dúvidas, mitos e verdades sobre os alimentos que são bons e aqueles que são uma verdadeira bomba-relógio para o nosso

@ProfessorOlineOficial 81
corpo. Veja a seguir:

Tomar leite faz bem para a saúde?

Mito. Segundo Mutti, o leite faz bem para saúde do bezerro. O leite para o ser humano é inflamatório e não faz bem pois ele é a
secreção da vaca. Ele esclarece que o leite tem a caseína, que chega a ser pior que a lactose. O nutrólogo recomenda dar leite a
criança até os 8 anos, após isso não mais.

Ele recomenda os derivados que também são ruins, mas não tanto quanto o leite.

O adoçante é melhor que o açúcar?

Mito. Ambos são ruins, porém o adoçante é péssimo pois cada vez que consumimos o adoçante aumentamos a insulina do nosso
corpo, a insulina é o hormônio mais inflamatório que temos e doenças como infarto, derrame, Alzheimer e Parkinson são
causadas por inflamação. Então, ambos são ruins para a saúde. O aconselhável é diminuir a quantidade até o corpo se
acostumar a ficar sem.

O ovo é o vilão do colesterol alto?

Mito, pois o próprio corpo produz o próprio colesterol.

Mutti deixa claro que obviamente tudo que consumimos em grande quantidade é muito ruim. Quando se tem um aumento do
colesterol no corpo, significa que seus hormônios não estão funcionando bem. Segundo o nutrólogo, o colesterol não é o vilão da
história e o ovo também não. O ovo é considerado o segundo melhor alimento do mundo e o consumo dele sem exageros é
aceitável.

Consumir ou não consumir legumes por causa dos agrotóxicos?

Segundo o nutrólogo, se você tiver condições de consumir os legumes orgânicos, consuma, mas caso não seja possível é melhor
consumir legumes que usam agrotóxicos do que consumir alimentos industrializados. Ele aconselha a fazer “mais feira” e “menos
mercado”.

Suco de fruta faz bem?

Segundo ele, suco é ruim. As frutas tem de ser consumidas com a casca para obtermos as fibras. O suco natural de laranja irá se
transformar em frutose e depois irá se tornar gordura, então o suco nunca é bom. Caso tenha que beber, escolha o natural. Ao
invés de mandar suco de caixinha para escola com seu filho substitua por água de coco.

Melhor gordura de porco ou óleo de soja?

Óleo de soja jamais, utilize óleo de coco. A gordura de porco é boa, mas é preciso saber a procedência dessa gordura e desse
porco. A gordura boa é daquele porco que é criado sem o consumo de hormônios, então por via das dúvidas utilize o óleo de
coco.

@ProfessorOlineOficial 82
Alimentos integrais são realmente mais nutritivos que os considerados “normais”?

Os integrais são bem melhores, pois têm mais fibras e ajudam o nosso intestino. Os produtos com poucas fibras são mais
inflamatórios.

Manteiga ou margarina? Qual melhor opção?

A margarina, segundo o nutrólogo, é um veneno para o nosso corpo e aumenta chances de desenvolver doenças. A manteiga é
boa para flora intestinal, então ela é a melhor opção.

Leite de soja gera disfunção sexual nos homens?

Isso é uma verdade. Segundo Mutti, o leite de soja não deve ser consumido por homens, principalmente os meninos. O leite
diminui a velocidade do desenvolvimento dos homens e para as meninas também podem ter uma menstruação precoce.

A soja não é boa pois é um alimento transgênico, mudou a genética da soja então foi contra a natureza. Para o nutrólogo, o
alimento é péssimo.

Disponível em https://www.band.uol.com.br/entretenimento/especialista-esclarecemitos

- e-verdades-sobre-a-alimentacao-saudavel-16318002

Assinale a alternativa cujas palavras apresentam a mesma regra de acentuação.

a) Açúcar; aceitável; nutrólogo.


b) Invés; hormônio; açúcar.
c) Saudável; nutrólogo; agrotóxico.
d) Saudável; aceitável; invés.
e) Imunológico; nutrólogo; agrotóxico.

Questão 94: AVANÇASP - PEB II (Rio Claro) 2021


Leia as frases e as analise quanto às recomendações da Norma Culta sobre acentuação gráfica, conforme ao Novo Acordo
Ortográfico. A seguir, assinale a alternativa correta.

I- Quem vence a si mesmo é um herói maior do que quem enfrenta mil batalhas contra muitos milhares de inimigos.

II- Meus filhos leem todos os dias antes de dormir.

III- A assembléia do exército pode deliberar aqui mesmo e, conceder– te um cargo político?

IV- O melhor creme para minha pele é o extrasseco.

@ProfessorOlineOficial 83
a) Apenas I, II e III estão corretas.

b) Apenas I e IV estão corretas.


c) Apenas I ,II e IV estão corretas.

d) Apenas II e IV estão corretas.


e) Apenas I e II estão corretas.

Questão 95: FUNDATEC - Prof (Pref Vacaria) 2021

“Naziazeno mal percebe o que diz o motorneiro. um estribilho dentro do seu crânio:“Lhe dou mais um dia! tenho certeza’...
Quase ritmado: ‘Lhe dou mais um dia! tenho certeza’ É que ele está-se fatigando nem resta dúvida. A sua cabeça mesmo vem-
se enchendo confusamente de coisas estranhas como num meio sonho, de figuras geométricas, de linhas em triângulo, em que
sempre um ponto doloroso de divergência... Tudo vai ter a esse ponto...Verdadeira obsessão. O sinal de campainha do
interior do bonde leva-o repartição, campainha ao diretor repreensivo, e deste – ao leiteiro! Passa-se um
momento de intervalo.Ouve-se depois uma palavra trivial; e nova ligação angulosa: o ‘sapato’ traz o sapato
desemparceirado da mulher (o outro pé o sapateiro não quer soltar) e o todo reconstitui outra vez – o leiteiro! Decorre um
certo tempo, longo talvez, em que a sua cabeça se vê riscada tumultuariamente das linhas mais inquietantes: o
jardim que os seus olhos afloram e mal enxergam na disparada do bonde faz um traço como um plano antigo e ingênuo
dum jardim para o filho, para o filho, ‘o pobre do nosso filho que não tem onde brincar’, que não pode ficar, Naziazeno,
não pode ficar sem...’ ‘O leiteiro!... o leiteiro! Há, por vezes, um alívio. É só a existência vaga e dolorosa duma coisa
que ele sabe que existe, como uma vasa, depositada no fundo da consciência, mas que não distingue bem, nem quer distinguir...
um sofrimento confuso e indistinto pois... Logo, porém, cortam-se outra vez linhas nítidas,associações triangulares bem
definidas.

(MACHADO, Dyonélio. Os ratos. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira: 1964 – fragmento)

No que concerne à acentuação gráfica de certas palavras retiradas do texto, avalie as afirmações que seguem e assinale V, se
verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) crânio, divergência e alívio são acentuadas em virtude da mesma regra.

( ) A mesma regra determina o uso do acento gráfico em dúvida, geométricas e nítidas.

( ) É, pé, vê, só, há recebem acento gráfico por serem monossílabos tônicos.

( ) De todas as palavras listadas nas assertivas acima, que compõem esta questão, apenas cinco delas, sem o uso do
acento gráfico, constituem outros vocábulos da língua portuguesa, seja por pertencerem à mesma classe gramatical, seja
por terem outro significado.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – V – F.
b) F – V – F – V.
c) F – F – V – F.
d) V – V – V – V.
e) F – F – F – F.

Questão 96: GUALIMP - ASoc (CL Gasparian) 2021

A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-las.

Renda domiciliar per capita foi de R$ 1.439 em 2019, diz IBGE

@ProfessorOlineOficial 84
O rendimento domiciliar per capita do Brasil ficou em R$ 1.439 em 2019, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira (28)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
– Contínua (Pnad Contínua). O valor éB) 4,8% maior que o rendimento médioA) nacional registrado em 2018, desconsiderando os
efeitos da inflação. De acordo com o levantamento, o maior rendimento per capita foi observado no Distrito Federal (R$ 2.686) –
quase o dobro da média nacional. JáC) o menor foi registrado no Maranhão, onde foi de apenas R$ 636, menos da metade que a
média nacional. Em São Paulo e no Rio de Janeiro foi de R$ 1946 e R$ 1.882, respectivamente. Em 2019, 12 estados brasileiros
registaram média da renda domiciliar per capita menor que o salário mínimo nacional vigente no ano, que foi de R$ 998.
Segundo o IBGE, o rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo
total de moradores do domicílio. O cálculoD) inclui pensionistas, domésticos e seus familiares.

(Fonte adaptada: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/28/renda-domiciliar-per-capita-foi-de-r-1439-em-2019-diz-ibge.ghtml.)

Assinale a alternativa que é acentuada pela mesma regra gramatical de acentuação da palavra “Domicílios” :

a) Médio.
b) É.
c) Já.
d) Cálculo.

Questão 97: IMPARH - Prof (Fortaleza) 2021

O Brasil nacionalista

Se pudéssemos fazer uma terapia de grupo entre países, surgiriam comportamentos reveladores durante as sessões. Haveria
aquele país que mal notaria a existência dos outros [...]. Claro que haveria também países menos problemáticos, como o Chile ou
a Suíça, contentes com a sua pouca relevância. Não seria o caso do Brasil, paciente que sofreria de diversos males psicológicos.
Bipolar, oscilaria entre considerações muito negativas e muito positivas sobre si próprio. Obcecado com sua identidade, em todas
as sessões aborreceria os colegas perguntando “Quem sou eu?”, “Que imagem eu devo passar?”, “O que me diferencia de
vocês?”.

Muito mais do que entre habitantes de outras pátrias, a identidade nacional foi sempre um problema psicanalítico no Brasil.
Construída sob traumas, a imagem que os brasileiros têm de si próprios oscilou entre extremos.

Até a década de 1930, tudo aquilo que hoje achamos naturalmente brasileiro – o samba, a feijoada, a capoeira, o futebol – não
eram ícones da identidade nacional. Considerava-se a feijoada um prato regional como o barreado ou o acarajé. Nas colônias de
imigrantes, pouca gente falava português [...]. Os brasileiros não se reconheciam. O futebol era um estrangeirismo que muitos
intelectuais reprovavam como um povo alegre e cordial – e o mundo também não associava essa característica ao Brasil. A falta
de identidade era considerada um problema desde os tempos do Império e se agravou com a República. Quando os militares
derrubaram a monarquia, em 1889, acabaram com uma das poucas coisas em comum entre os brasileiros – o fato de serem
súditos de dom Pedro II. O Brasil, sem a coroa, tinha ficado sem cara.

Os brasileiros também tinham vergonha de si próprios.

NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Rio de Janeiro: Leya, 2011, p. 150-152.

Assinale a alternativa em que as três palavras se acentuam em razão de regras distintas.

a) “próprios” – “colônias” – “relevância”.


b) “acarajé” – “português” – “vocês”.

@ProfessorOlineOficial 85
c) “Império” – Suíça” – “República”.
d) “década” – ícones” – “súditos”.

Questão 98: SELECON - PEB (SEDUC MT) 2021


Texto

A ideia de nós, os humanos, nos descolarmos da terra, vivendo numa abstração civilizatória, é absurda. Ela suprime a
diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos. Oferece o mesmo cardápio, o mesmo figurino e,
se possível, a mesma língua para todo mundo.

Para a Unesco, 2019 foi o ano internacional das línguas indígenas. Todos nós sabemos que a cada ano ou a cada semestre uma
dessas línguas maternas, um desses idiomas originais de pequenos grupos que estão na periferia da humanidade, é deletada.
Sobram algumas, de preferência aquelas que interessam às corporações para administrar a coisa toda, o desenvolvimento
sustentável.

O que é feito de nossos rios, nossas florestas, nossas paisagens? Nós ficamos tão perturbados com o desarranjo regional que
vivemos, ficamos tão fora do sério com a falta de perspectiva política que não conseguimos nos erguer e respirar, ver o que
importa mesmo para as pessoas, os coletivos e as comunidades nas suas ecologias. Para citar o Boaventura de Sousa Santos, a
ecologia dos saberes deveria também integrar nossa experiência cotidiana, inspirar nossas escolhas sobre o lugar em que
queremos viver, nossa experiência como comunidade. Precisamos ser críticos a essa ideia plasmada de humanidade homogênea
na qual há muito tempo o consumo tomou o lugar daquilo que antes era cidadania.

Ailton Krenak

(Extraído e adaptado de Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2019)

A palavra acentuada por ser uma proparoxítona é:

a) possível
b) indígenas
c) sustentável
d) também

Questão 99: CMM Concursos - Prof (Bataguassu) 2021


Só em uma alternativa, todos os vocábulos estão acentuados corretamente. Assinale-a.

a) Feiúra / epopéia / saúde.


b) Projétil / ínterim / vôo.
c) Tórax / álcool / mártir.
d) Cárie / júnior / gratuíto.

Questão 100: CEV URCA - Prof (Pref Crato) 2021

LEIA ATENTAMENTE O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA À QUESTÃO QUE SE SEGUE:

"Tudo em ’Torto arado’ é presente no mundo rural do Brasil.

@ProfessorOlineOficial 86
Há pessoas em condições análogas à escravidão"

Quando Bibiana e Belonísia nasceram, tinham outros nomes. O baiano Itamar Vieira Junior tinha 16 anos quando começou a
escrever Torto arado (Todavia), que ganhou nesta quinta-feira o Prêmio Jabuti de melhor romance, e suas protagonistas tinham
outras identidades. A essência da narrativa, no entanto, permaneceu inalterada: a história de duas irmãs, contada a partir de sua
relação com o pai e com a terra onde viviam. O título, retirado do poema Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga,
tampouco mudou. O que veio depois foi a vontade de levar a história para o sertão da Chapada Diamantina, longe da capital ou
do Recôncavo Baiano, onde a maioria dos seus conterrâneos ambientam suas narrativas. "A gente fala do sertão, do semiárido,
parece que se trata de uma coisa só, mas o sertão da Chapada tem uma regularidade de chuva, uma diversidade de paisagem,
de mato, que salta aos olhos", conta Vieira Junior, hoje com 41 anos, ao EL PAÍS, por telefone.

Profundamente influenciado pelas leituras de Graciliano Ramos, Jorge Amado e Rachel de Queiroz, ele escreveu as primeiras 80
páginas da obra, mas o manuscrito se perdeu durante uma mudança da família. Vieira Junior só retomaria a história vinte anos
depois, quando, formado geógrafo e funcionário público do INCRA, conheceu as realidades de indígenas, quilombolas, ribeirinhos
e assentados no sertão baiano e maranhense. "Ao longo de 15 anos, aprendi muito sobre a vida no campo e vi um Brasil muito
diverso do que vivemos cotidianamente nas cidades. Existe uma vida muito pulsante no campo, uma vida que está em risco,
porque essas pessoas vivem em constante conflito na defesa de seus territórios. Tudo isso reacendeu a chama de escrever Torto
arado", conta o escritor, que lembra que o Brasil é um dos países com maiores índices de violência no campo. No ano passado,
foram registrados 1.883 conflitos, incluindo 32 assassinatos, de acordo com o levantamento anual realizado pela Comissão
Pastoral da Terra (CPT).

Em 2017, quando escrevia a segunda - e definitiva - versão do romance, nove trabalhadores rurais com os quais Vieira Junior
teve contato foram assassinados, seis deles em uma chacina. "Foi um ano brutal", lembra. São as vidas e lutas dessa gente que
estão contadas em sua obra, que acompanha a família das irmãs Bibiana e Belonísia no cotidiano de Água Negra, uma fazenda
onde os trabalhadores aram a terra sem receber salário, tendo apenas o direito de construir casebres de barro que precisam ser
reconstruídos a cada chuva, pois o fazendeiro não autoriza construções de alvenaria. Quando não estão plantando e colhendo
nas terras do patrão, cultivam roças nos próprios quintais para comer e ganhar um pouco dinheiro vendendo abóbora, feijão e
batata na feira. São quase todos negros, descendentes de escravizados libertos havia poucas décadas, como é o próprio autor.
Descendente de negros escravizados vindos de Serra Leoa e da Nigéria e de indígenas Tupinambás, Vieira Junior construiu um
sertão real, que tem vida e verde, graças, em parte, às histórias dos avós paternos, que viveram no campo, na região de
Coqueiros do Paraguaçu, no Recôncavo Baiano.

O torto arado que dá nome ao livro é um objeto que, usado pelos antepassados das protagonistas na lida com a terra, atravessa
o tempo para representar essa herança escravocrata de tantas desigualdades. Narrado primeiramente por Bibiana, depois por
Belonísia e, na terceira parte, por outra personagem, o romance já começa com o clímax de um acidente: crianças, as duas irmãs
? filhas de Zeca Chapéu Grande, um líder comunitário e espiritual encontram uma faca da avó Donana. A partir daí, a linguagem,
central na narrativa desde a prosa melodiosa com que o autor escreve, torna-se ainda mais importante. O não dito é tão
importante quanto o que está impresso no papel. Uma irmã torna-se a voz da outra, e, como estão descritos os gestos, mas não
as palavras das personagens, o leitor não sabe quem foi mutilada até chegar a um terço do romance.

(FONTE: El País. Texto de Joana Oliveira. Disponível em https://brasil.elpais.com/cultura/2020-12-

02/tudo-em-torto-arado-ainda-e-presente-no-mundo-rural-brasileiro-ha-pessoas-em-condicoes-analogas-a-

escravidao. html)

Assinale a alternativa que contém apenas palavras acentuadas pelo mesmo motivo que Belonísia recebe acento:

a) prêmio - recôncavo - reconstruídos


b) Marília - avós - histórias
c) Nigéria - territórios - água
d) geógrafo - índices - décadas
e) Tupinambás - Tomás - avó

@ProfessorOlineOficial 87
Gabarito

51) C 52) B 53) B 54) B 55) C 56) E 57) E


58) C 59) A 60) C 61) A 62) C 63) A 64) A
65) Errado 66) C 67) A 68) D 69) B 70) E 71) B
72) B 73) D 74) B 75) D 76) C 77) C 78) B
79) B 80) C 81) B 82) B 83) A 84) B 85) E
86) Certo 87) D 88) C 89) A 90) A 91) E 92) A
93) E 94) C 95) A 96) A 97) C 98) B 99) C
100) C

@ProfessorOlineOficial 88

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