IMC 2 Introd Estrut Cristalinas
IMC 2 Introd Estrut Cristalinas
IMC 2 Introd Estrut Cristalinas
Introdução às Estruturas
Cristalinas
Noções Básicas/Definições
Material cristalino – aquele que apresenta ordem atómica de longo alcance no espaço
tridimensional.
Material amorfo – (ou não cristalino) aquele onde não existe um padrão de repetição no
arranjo espacial dos átomos em distâncias significativas. As suas
estruturas assemelham-se às dos líquidos (± aleatória).
Esquema 2D da estrutura
de dióxido de silício
(a) cristalino e
(b) não cristalino.
(a quarta ligação Si-O está
acima ou abaixo do plano)
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
Alguns destes sistemas podem ter variações da célula unitária básica, até um máximo de
quatro tipos – “simples” (ou primitiva), “de corpo centrado”, “de faces centradas”, “de
bases centradas”, havendo, no total, 14 redes cristalográficas ou de Bravais‡
identificadas para descrever todas as possíveis redes de materiais cristalinos.
‡
August Bravais (1811-1863): cristalógrafo francês que deduziu os 14 possíveis arranjos de pontos no
espaço para materiais cristalinos.
Os parâmetros de rede são diferentes para sistemas cristalinos distintos, ou seja, para
fases sólidas diferentes, e são característicos dessas fases, permitindo identificá-las.
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
Sistemas
Cristalográficos
e Redes
de Bravais
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
Sistemas
Cristalográficos
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
Cálculo de c:
Jorge Lopes, Estrutura e Propriedades dos Materiais. Cap.3 – Estrutura Cristalina, Faculdade de Engª Mecânica –
Universidade Federal do Pará, http://jorgeteofilo.files.wordpress.com/2011/08/epm-apostila-capitulo031.pdf (29-01-2014).
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
As posições atómicas numa célula cúbica unitária obtêm-se com o auxílio de um sistema
de eixos cartesiano, colocando a célula na origem e avaliando as distâncias fracionais da
origem ao ponto – ver Figura.
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
3 Passos:
Posicionar o vetor direção de forma a que passe na origem do sistema coordenado (direções
paralelas são idênticas, por isso pode-se sempre fazer translação do vetor quando ele não está a
passar na origem). O vetor pode apontar para a origem ou em sentido contrário.
Determinar o comprimento da projeção do vetor nos 3 eixos cartesianos (até este sair da
célula), em termos da célula de dimensão unitária.
Dividir ou multiplicar os 3 valores obtidos por um fator comum para reduzi-los aos menores
valores inteiros, os quais são colocados dentro de um parênteses reto (sem separação por
vírgulas) – [u v w]; se algum dos valores for negativo, deve representar-se pelo valor positivo
(simétrico) com uma barra sobre o mesmo.
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
Os planos cristalográficos podem ser identificados pelos índices de Miller‡ (hkl), cujos
valores são dados pelo inverso dos valores de interseção do plano com os eixos x, y e z. Se
necessário, convertem-se as frações a números inteiros através da multiplicação por um
fator comum.
Os planos paralelos entre si são equivalentes e devem representar-se com índices de Miller
iguais.
‡
William Miller (1801-1880): cristalógrafo inglês que publicou, em 1839, um
Treatise on Crystallography, usando eixos cristalográficos de referência,
paralelos às arestas do cristal, e índices inversos.
Exemplos:
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
Para cristais cúbicos, várias direções cristalográficas não paralelas são equivalentes, pois
possuem o mesmo espaçamento entre os átomos, isto é a mesma densidade atómica
linear. Nesse caso diz-se que pertencem à mesma “família” e podem representar-se como
no exemplo seguinte:
Família de direções <100> da célula cúbica – [100], [100], [010], [010], [001], [001]
(isto não é geralmente válido em outros sistemas cristalinos)
Por outro lado, uma “família” de planos cristalográficos contém todos os planos
cristalograficamente equivalentes, isto é com a mesma densidade planar – ver exemplo
abaixo.
2 átomos
p
a 2a
2 átomos
p
3 2
a
2
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
2 átomos
l
2a
n = 4 átomos
Vc = (4R/√2)3
nA
A = 63.54 g/mol 8.98 g/cm3
Vc N A
R = 0.1278 nm
NA = 6.023x1023 átomos/mol
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E CARACTERIZAÇÃO
Anisotropia
Livros de Apoio
■ Callister, Jr., W.D.; Rethwisch, D.G. Fundamentals of Materials Science and Engineering:
An Integrated Approach. 4th Ed., John Wiley & Sons, New Jersey, 2012.