Atualização Funções e LRF - Anotado

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ORÇAMENTO PÚBLICO.

FUNÇÕES DO ORÇAMENTO.

Prof. Gabriela
Zavadinack
Intervenção estatal → acontece por meio da Política Fiscal e das Funções do
Governo.

A ação do governo por meio da política fiscal alberga três funções básicas:

• ALOCATIVA

• DISTRIBUTIVA

• ESTABILIZADORA
FUNÇÃO ALOCATIVA

• Ajustamentos na alocação de recursos.

• Correção de falhas de mercado.

• Oferta, pelo Estado, de bens e serviços não providos pela iniciativa privada.

• Ineficiência do setor privado em infraestrutura econômica ou produção de bens


públicos e provisão de bens meritórios.

• Setor público: ATUAÇÃO DIRETA (produção de bens e serviços) ou INDIRETA


(mecanismos que propiciem condições para que sejam viabilizados pelo setor
privado).
Bens públicos: os bens públicos subdividem-se em bens públicos puros e
semipúblicos/meritórios.

❑ Bens públicos puros → caracteristicamente bens não rivais e não excludentes. Por
esse motivo, a iniciativa privada não quer ofertar tal serviço (falha de mercado).

❑ Bens meritórios ou semipúblicos → oferecidos tanto pelo Estado como pelo mercado.
Se a iniciativa privada consegue fornecer, por que o Estado oferece tais serviços?
Relevância social envolvida.
Externalidade POSITIVA
Ações implicam benefícios
sociais. Haverá INCENTIVO
GOVERNAMENTAL.
FUNÇÃO ALOCATIVA
e EXTERNALIDADES

Externalidade NEGATIVA
Ações implicam prejuízos
sociais. Haverá DESINCENTIVO
GOVERNAMENTAL.
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA

• Ajustamentos na distribuição de renda.

• Os instrumentos mais usados para o ajustamento são os sistemas de tributos e as


transferências.

• Contrário ao Ótimo de Pareto

Exemplos:

- IR progressivo, realocando as receitas para programas de alimentação, transporte e


moradia populares.

- concessão de subsídios aos bens de consumo popular, financiados por tributos incidentes
sobre os bens consumidos pelas classes de rendas mais altas.
FUNÇÃO ESTABILIZADORA

• Visa manter a estabilidade econômica.

• Não tem como objetivo a destinação de recursos.

• Campo de atuação: manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos


níveis de preços.

• Mecanismo básico: atuação sobre a demanda agregada (quantidade de bens ou


serviços que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por
determinado preço e em determinado período), de forma a aumentá-la ou diminuí-la.
1) FGV - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - 2022

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) é considerada pelo Supremo Tribunal


Federal (STF) como imune ao pagamento de impostos mesmo quanto às atividades em que
atua em regime de livre concorrência. A razão dada pelo STF é a de que a EBCT oferta o
serviço público de entrega de correspondência em localidades distantes a preço módico,
serviço que não seria oferecido adequadamente (a não ser por alto custo) pelo sistema de
mercado. Assim, as atividades mais rentáveis da EBCT estariam também imunes para
auxiliar no custeio das operações de entrega de correspondência em locais pouco
habitados e de difícil acesso. À luz das nomenclaturas cunhadas na teoria das funções de
Governo, o fenômeno descrito no enunciado expressa a função:

A) distribucionista do Estado;
B) estabilizadora do Estado;
C) alocativa do Estado;
D) progressiva do Estado;
E) referencial do Estado.
2) CESPE / CEBRASPE - 2021 - AL-CE - Analista Legislativo – Administração

Acerca da classificação das políticas públicas referidas quanto às funções econômicas do Estado,
julgue os itens a seguir.

I. A obra pública de transposição do rio São Francisco configura um exemplo da função alocativa.
II. As políticas econômicas governamentais adotadas, nas décadas de 1980 e 1990, para controlar a
hiperinflação são exemplos da função estabilizadora.
III. As políticas de transferência de renda a populações mais carentes, como o programa Bolsa
Família ou o Abono/Auxílio Emergencial distribuído no período da pandemia, são exemplos da
função distributiva.

Assinale a opção correta.

A) Apenas o item I está certo.


B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas o item III está certo.
D) Apenas os itens I e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
3) CESPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda
Estadual

Após a aprovação da reforma da previdência social, o governo correu para estabelecer uma
agenda de reformas econômicas. Batizado de Mais Brasil, o plano do governo propõe
transformar radicalmente o Estado — racionalizando os gastos públicos. Entre as propostas
encontra-se a previsão de gatilhos, que possibilitam a redução de salários de servidores, de
forma a evitar que o governo descumpra a chamada regra de ouro.
Internet: <www.economia.ig.com.br> (com adaptações).

Com relação ao assunto abordado no texto precedente, julgue o item a seguir.

A proposta de emenda constitucional voltada a permitir que o governo possa reduzir o salário
dos servidores públicos em caso de grave desequilíbrio orçamentário qualifica-se,
essencialmente, como um instrumento do Estado para o exercício de sua função distributiva.
4) CESPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Área Administrativa

O papel do Estado e sua atuação nas finanças públicas são explicados pelas funções econômicas
por ele desempenhadas. Assinale a opção que apresenta a correta definição para cada uma das
funções econômicas indicadas.

A) Alocativa: promove ajustamentos na alocação de recursos; distributiva: realiza ajustamentos na


distribuição de renda; estabilizadora: mantém a estabilidade econômica.
B) Alocativa: promove a alocação de recursos na distribuição de renda; distributiva: realiza o
equilíbrio no balanço de pagamentos; estabilizadora: mantém a estabilidade no nível de preços.
C) Alocativa: promove ajustamentos na alocação de recursos; produtiva: fomenta a geração de
empregos; estabilizadora: mantém a estabilidade econômica.
D) Distributiva: realiza ajustamentos na distribuição de renda; produtiva: fomenta a geração de
empregos nos diversos segmentos de governo; estabilizadora: mantém a estabilidade econômica.
E) Distributiva: realiza o equilíbrio no balanço de pagamentos; produtiva: fomenta a produção de
bens de serviços nos diversos segmentos de governo; estabilizadora: mantém a estabilidade do
nível de preços.
OBRIGADA!
Prof. Gabriela
Zavadinack
@gabiprofessora

Gabriela Zavadinack

t.me/gabiprofessora
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL:
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
(ARTIGOS 1º E 2º)
Prof. Gabriela
Zavadinack
BASE CONSTITUCIONAL

Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
BASE CONSTITUCIONAL

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:

I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades
controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas
as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021)
a) indicadores de sua apuração; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em
legislação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021)
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida.

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode
autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Demais dispositivos constitucionais que embasam a LRF:

CF/88 - Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei
complementar.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados (...).

CF/88 - Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios
concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a
União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza,
mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo.

Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Fundo do Regime Geral
de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência
Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios
do regime geral da previdência social.
CF/88 - Art. 165, § 9º - Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização


do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e


indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
(...)
OBJETIVOS

Art. 1º (...)

§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em


que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a
obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas
com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a
Pagar.
OBJETIVOS
Prevenção de riscos capazes de afetar o equilíbrio
das contas públicas: precaução em condições de
incerteza, atribuindo maior confiabilidade ao
Estabelecer normas de finanças
planejamento e prevenindo os desequilíbrios (reserva de
públicas voltadas para a
contingência na LOA e previsão de um anexo de riscos
responsabilidade na gestão fiscal;
fiscais na LDO);
Ação planejada: Planejamento na
Correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio
forma de leis, a fim de que seja
das contas públicas: parâmetros que permitam
submetida à apreciação legislativa;
comparações e a identificação de desvios.
Ação transparente: Todos os atos
Cumprimento de metas de resultados entre receitas
de entidades públicas devem ser
e despesas e à obediência a limites e condições no
praticados com publicidade e com
que tange à renúncia de receita, geração de
ampla prestação de contas em
despesas com pessoal, da seguridade social e outras,
diversos meios.
dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita,
concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar:
tópicos destacados na LRF, visando também ao
equilíbrio das contas públicas.
PRINCÍPIOS
• Objetivos • Publicidade
• Ações • Prestação de
• Meios contas
disponíveis

PLANEJAMENTO TRANSPARÊNCIA

CONTROLE RESPONSABILIZAÇÃO

• Fiscalização
• Prestação de
• Controle legal, contas
técnico e de
gestão • Accountability
ABRANGÊNCIA

§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal


e os Municípios.

§ 3º Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder
Judiciário e o Ministério Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais
dependentes;
II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do
Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do
Município.
Tribunal de Contas DOS MUNICÍPIOS ≠ Tribunal de Contas DO
MUNICÍPIO

• Tribunais de Contas do Município:

• Tribunais de Contas dos Municípios:


ENTE DA FEDERAÇÃO

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada


Município;
EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE

Art. 2º (...)
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em
geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária;

II – empresa estatal dependente: empresa controlada pelo


Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município, que tenha,
no exercício anterior, recebido recursos financeiros de seu
Art. 2º da Resolução controlador, destinados ao pagamento de despesas com
43/2001 do Senado pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste
Federal último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária, e tenha, no exercício corrente,
autorização orçamentária para recebimento de recursos
financeiros com idêntica finalidade.
Empresa
Gênero Controlada

Estatal Estatal não


Espécies
dependente dependente
CUIDADO!

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e
nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
(...)
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e
suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
Estatal dependente Teto Remuneratório de EP e SEM
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Art. 2º (...)

IV - receita corrente líquida: SOMATÓRIO das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, DEDUZIDOS:

a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação


constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso
II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio
do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da
compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e


recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do
fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos


Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das
despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.

- para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do


Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos
Territórios;
- organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de
serviços públicos, por meio de fundo próprio;
- despesas da União com servidores dos ex-territórios do Amapá e
de Roraima.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no
mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido


demonstrativos relativos a:
I - apuração da receita corrente líquida, na forma
definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim
como a previsão de seu desempenho até o final do
exercício;
Receita Corrente Líquida: somatório das receitas correntes, DEDUZIDOS

NA UNIÃO, NOS ESTADOS E NA UNIÃO:


NOS ESTADOS:
NOS MUNICÍPIOS: - os valores transferidos aos
- a contribuição dos - as parcelas Estados e Municípios por
servidores para o custeio do entregues aos determinação
Municípios por CONSTITUCIONAL ou
seu sistema de previdência
determinação LEGAL.
(RPPS) + compensação CONSTITUCIONAL.
financeira. - contribuições sociais do
empregador e do
empregado/segurado
(INSS/RGPS).
*LEI KANDIR (ICMS) e FUNDEB*: R$ pagos e
recebidos são computados no cálculo. - contribuições para PIS e
PASEP.
DF, AP, RR: recursos recebidos da União para
pagamento de pessoal não entram em suas RCLs.
1) CESPE / CEBRASPE - 2021 - PGE-PB - Procurador do Estado

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, será considerada empresa estatal dependente a
empresa

A) controlada por ente da Federação, se receber do controlador recursos financeiros para o


pagamento de quaisquer despesas com pessoal, de custeio ou de capital.
B) controlada por ente da Federação, se receber do controlador recursos financeiros para o
pagamento de despesas com pessoal, de custeio, em geral, ou de capital, excluídos, no último caso,
os recursos provenientes de aumento de participação acionária.
C) controlada ou não por ente da Federação, se receber recursos orçamentários para o pagamento
de despesas com pessoal, inversões financeiras ou custeio em geral, incluídas, no último caso, as
despesas decorrentes de aumento de participação acionária.
D) controlada ou não por ente da Federação, se receber recursos orçamentários para o pagamento
de despesas, ressalvadas apenas as despesas de capital.
E) cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da
Federação, se receber recursos orçamentários para custear as despesas de capital, ainda que
decorrentes de aumento de participação acionária.
2) FGV - 2022 - AGE-MG - Procurador do Estado

Considerando o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000 e na


Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir.

I. É considerada empresa estatal dependente aquela que recebe, do ente controlador, recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, inclusive
aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
II. A Lei de Responsabilidade Fiscal não se aplica às empresas estatais não dependentes.
III. O Orçamento de Investimento integra a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Está correto o que se afirma em

A) I, II e III.
B) II e III, apenas.
C) I e III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) III, apenas.
3) FGV – 2023 - Câmara dos Deputados - ANALISTA LEGISLATIVO/CONTADOR

João, servidor público federal lotado em determinado órgão de controle, recebeu a incumbência
de verificar a observância do teto remuneratório constitucional no âmbito de três entidades da
Administração Pública Federal indireta, que recebiam recursos do orçamento da União. A
sociedade de economia mista Alfa recebe recursos para o pagamento de uma gratificação de
desempenho aos empregados, o que se mostrou relevante para o aumento dos índices de
produtividade. A empresa pública Beta recebe recursos para a manutenção dos equipamentos
que utilizava no desempenho de sua atividade econômica. Por fim, a empresa pública Gama
recebe recursos para a realização de obras. À luz da sistemática constitucional, João concluiu
corretamente, em relação aos empregados das três entidades referidas na narrativa, que

A) todos estão sujeitos ao teto remuneratório constitucional.


B) apenas os empregados de Beta estão sujeitos ao teto remuneratório constitucional.
C) apenas os empregados de Gama estão sujeitos ao teto remuneratório constitucional.
D) apenas os empregados de Alfa e Beta estão sujeitos ao teto remuneratório constitucional.
E) apenas os empregados de Alfa e Gama estão sujeitos ao teto remuneratório constitucional.
4) FGV - 2023 - SMF-RJ - Analista de Planejamento e Orçamento – Tarde

Para a regular apuração da Receita Corrente Líquida (RCL) conforme conceituação legal, é
necessário somar as receitas correntes e efetuar as deduções cabíveis ao respectivo ente
federativo.
Ao considerar as receitas de um Município para fins de apuração da RCL, uma receita que,
mesmo regularmente lançada e efetivamente arrecadada, NÃO deverá constar no somatório
refere-se a:

A) compensações financeiras;
B) receitas de alienação de bens móveis;
C) receitas de serviços;
D) receitas de dividendos;
E) transferências intergovernamentais.
5) CESPE / CEBRASPE - 2022 - MPCM-PA - Subprocurador de Contas

Serão computadas e deduzidas, respectivamente, na receita corrente líquida municipal

A) as contribuições dos servidores municipais para o custeio do sistema de previdência e


assistência social e as transferências correntes.
B) as contribuições dos servidores municipais para o custeio do sistema de previdência e
assistência social e as receitas de contribuições.
C) as receitas de contribuições e as transferências correntes.
D) as transferências correntes e as contribuições dos servidores municipais para o custeio do
sistema de previdência e assistência social.
E) as transferências correntes e as receitas de contribuições.
OBRIGADA!
Prof. Gabriela
Zavadinack
@gabiprofessora

Gabriela Zavadinack

t.me/gabiprofessora
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
DO PLANEJAMENTO: LEI DE DIRETRIZES
ORÇAMENTÁRIAS NA LRF
(ART. 4º)
Prof. Gabriela
Zavadinack
CF. Art. 165. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá:

- as metas e prioridades da administração pública federal,


- estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em
consonância com trajetória sustentável da dívida pública,
- orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
- disporá sobre as alterações na legislação tributária e
- estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da
Constituição e:

I - disporá também sobre:

a) equilíbrio entre receitas e despesas;


b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
(...)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades
públicas e privadas;
Anexo dos
Anexo de objetivos das
Metas Fiscais políticas
monetária,
creditícia e
Anexo de cambial
Riscos Fiscais
§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais,
em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes,
relativas a

RECEITAS
DESPESAS
RESULTADO NOMINAL
RESULTADO PRIMÁRIO
MONTANTE DA DÍVIDA PÚBLICA

para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.


§ 2o O Anexo conterá, ainda:

I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de


cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas
nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas
e os objetivos da política econômica nacional;

III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,


destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:

a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do


Fundo de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da


margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Lei Complementar 200/23 – novo arcabouço fiscal

VI – quadro demonstrativo do cálculo da meta do resultado primário de que trata o §


1º deste artigo, que evidencie os principais agregados de receitas e despesas, os
resultados, comparando-os com os valores programados para o exercício em curso e os
realizados nos 2 (dois) exercícios anteriores, e as estimativas para o exercício a que se
refere a lei de diretrizes orçamentárias e para os subsequentes. (Incluído pela Lei
Complementar nº 200, de 2023)
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Riscos Fiscais Orçamentários:

Riscos Fiscais da Dívida:

Passivos Contingentes:
§ 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e
ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.
•Política monetária: alcance, pelo Banco Central do Brasil, da meta de inflação fixada
pelo Conselho Monetário Nacional de 4,5%, com intervalo de tolerância de mais ou
menos 2 pontos percentuais;

•Política creditícia: manutenção das condições prudenciais e regulamentares para que


a expansão do mercado de crédito ocorra em ambiente que preserve a estabilidade
do sistema financeiro nacional;

•Política cambial: preservação do regime de taxa de câmbio flutuante.


Lei Complementar 200/23 – novo arcabouço fiscal

§ 5º No caso da União, o Anexo de Metas Fiscais do projeto de lei de diretrizes orçamentárias


conterá também:
I - as metas anuais para o exercício a que se referir e para os 3 (três) seguintes, com o
objetivo de garantir sustentabilidade à trajetória da dívida pública;

LC 200/23
Art. 2º A lei de diretrizes orçamentárias, nos termos do § 2º do art. 165 da Constituição
Federal e do art. 4º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal), estabelecerá as diretrizes de política fiscal e as respectivas metas
anuais de resultado primário do Governo Central, para o exercício a que se referir e
para os 3 (três) seguintes, compatíveis com a trajetória sustentável da dívida pública.
§ 1º Considera-se compatível com a sustentabilidade da dívida pública o estabelecimento
de metas de resultados primários, nos termos das leis de diretrizes orçamentárias, até a
estabilização da relação entre a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e o Produto
Interno Bruto (PIB), conforme o Anexo de Metas Fiscais de que trata o § 5º do art. 4º da
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Governo Central: OFSS da União.

Governo Geral: engloba todos os entes da Federação.


II – o marco fiscal de médio prazo, com projeções para os principais agregados fiscais
que compõem os cenários de referência, distinguindo-se as despesas primárias das
financeiras e as obrigatórias daquelas discricionárias;

III - o efeito esperado e a compatibilidade, no período de 10 (dez) anos, do cumprimento


das metas de resultado primário sobre a trajetória de convergência da dívida pública,
evidenciando o nível de resultados fiscais consistentes com a estabilização da
Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB);
IV - os intervalos de tolerância para verificação do cumprimento das metas anuais de
resultado primário, convertido em valores correntes, de menos 0,25 p.p. (vinte e cinco
centésimos ponto percentual) e de mais 0,25 p.p. (vinte e cinco centésimos ponto
percentual) do PIB previsto no respectivo projeto de lei de diretrizes orçamentárias;

LC 200/23 - Art. 5º A variação real dos limites de despesa primária de que trata o art. 3º desta Lei
Complementar será cumulativa e ficará limitada, em relação à variação real da receita primária, apurada na
forma do § 2º deste artigo, às seguintes proporções:
I - 70% (setenta por cento), caso a meta de resultado primário apurada no exercício anterior ao da elaboração
da lei orçamentária anual tenha sido cumprida, observados os intervalos de tolerância de que trata o inciso IV
do § 5º do art. 4º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal); ou
II - 50% (cinquenta por cento), caso a meta de resultado primário apurada no exercício anterior ao da
elaboração da lei orçamentária anual não tenha sido cumprida, observados os intervalos de tolerância de que
trata o inciso IV do § 5º do art. 4º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal).
§ 1º O crescimento real dos limites da despesa primária, nos casos previstos nos incisos I e II do caput deste
artigo, não será inferior a 0,6% a.a. (seis décimos por cento ao ano) nem superior a 2,5% a.a. (dois inteiros e
cinco décimos por cento ao ano).
V - os limites e os parâmetros orçamentários dos Poderes e órgãos autônomos
compatíveis com as disposições estabelecidas na lei complementar prevista no inciso VIII
do caput do art. 163 da Constituição Federal e no art. 6º da Emenda Constitucional nº 126,
de 21 de dezembro de 2022;

• Art. 163, VIII: LC sobre sustentabilidade da


dívida;
• Art. 6º da EC 126/2022: LC regime fiscal
sustentável.
VI – a estimativa do impacto fiscal, quando couber, das recomendações resultantes da
avaliação das políticas públicas previstas no § 16 do art. 37 da Constituição Federal.

Art. 37, § 16. Os órgãos e entidades da


administração pública, individual ou
conjuntamente, devem realizar avaliação das
políticas públicas, inclusive com divulgação do
objeto a ser avaliado e dos resultados
alcançados, na forma da lei.
§ 6º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar, total ou
parcialmente, no que couber, o disposto no § 5º deste artigo.

§ 7º A lei de diretrizes orçamentárias não poderá dispor sobre a exclusão de


quaisquer despesas primárias da apuração da meta de resultado primário
dos orçamentos fiscal e da seguridade social.
OUTRAS ATRIBUIÇÕES DA LDO DE ACORDO COM A LRF

➢ Conter autorização para que os municípios contribuam para o custeio de despesas de


competência de outros entes da Federação (art. 62, I, da LRF).

➢ Estabelecer exigências para a realização de transferência voluntária (art. 25, § 1º, da LRF).

➢ Estabelecer condições para a destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir


necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas (Art. 26 da LRF).

➢ Dispor sobre programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso


estabelecido pelo Poder Executivo até trinta dias após a publicação dos orçamentos (Art. 8º
da LRF).
➢ Estabelecer para os Poderes e o Ministério Público critérios de limitação de empenho e
movimentação financeira se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da
receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais (Art. 9º da LRF).

➢ Ressalvar as despesas que não serão submetidas à limitação de empenho (Art. 9º, §2º,
da LRF).

➢ Dispor sobre a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária


da qual decorra renúncia de receita (Art. 14 da LRF).
MUNICÍPIOS são dispensados de elaborar o AMF e o ARF?

Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes
optar por:
(...)
III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o
Anexo de Riscos Fiscais da lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I
do art. 5o a partir do quinto exercício seguinte ao da publicação desta Lei
Complementar.
1) FGV - 2023 - SMF-RJ - Analista de Planejamento e Orçamento – Tarde

Integra obrigatoriamente o projeto de lei de diretrizes orçamentárias de cada ano o Anexo


de Metas Fiscais, conforme previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000).
Dentre as opções abaixo, configuram dados de presença obrigatória em tal Anexo,
EXCETO:
A) avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
B) avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e
próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
C) demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado;
D) evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
E) demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.
2) FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Analista de Orçamento

A Lei de Diretrizes Orçamentárias inclui, entre outras informações, o Anexo de Riscos Fiscais.
Nele, deve(m) ser apresentada(s)

A) a demonstração da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de


expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
B) a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios, com destaque para a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
C) a avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência social e próprio
dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
D) a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas
e informações sobre as providências a serem tomadas, caso se eles concretizem.
E) as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
3) CESPE / CEBRASPE - 2023 - DATAPREV - Analista de Tecnologia da Informação - Perfil:
Gestão Econômico-Financeira
A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) é acompanhada do anexo de metas fiscais, que deve
incluir a evolução do patrimônio líquido das entidades.

4) CESPE / CEBRASPE - 2022 - TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Administração


A LDO, de acordo com a LRF, deverá dispor tanto sobre critérios e forma de limitação de
empenho quanto sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados
dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
OBRIGADA!
Prof. Gabriela
Zavadinack
@gabiprofessora

Gabriela Zavadinack

t.me/gabiprofessora
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
DO PLANEJAMENTO: LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL NA
LRF
(ARTIGOS 5º AO 7º)
Prof. Gabriela
Zavadinack
A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL NA LRF

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:

I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos


com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;

II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem


como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado;
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com
base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
destinada ao:

b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.


§ 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.

§ 2º O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e


nas de crédito adicional.

§ 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá


superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou
em legislação específica.
§ 4º É VEDADO consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.

§ 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração


superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei
que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1º do art. 167 da Constituição.
BANCO CENTRAL:

§ 6º Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco


Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os
destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.

Art. 7º O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão


de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil
subsequente à aprovação dos balanços semestrais.

§ 1º O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do


Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.
• Impacto e custo fiscal das operações do BACEN → demonstradas TRIMESTRALMENTE,
nos termos da LDO (Art. 7º, § 2º, LRF).

• Balanços trimestrais do BACEN → conterão notas explicativas sobre os custos da


remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas
cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União
(Art. 7º, § 3º, LRF).
.
1) FGV - 2022 - TRT - 13ª Região (PB) - Analista Judiciário - Contador

Em relação à Lei Orçamentária Anual, a atualização monetária do principal da dívida


mobiliária refinanciada não poderá superar, de acordo com a Lei Complementar nº
101/2000,

A) a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).


B) a variação do Cerificado de Depósito Bancário (CDI).
C) a variação da taxa de atualização da Caderneta de Poupança.
D) o refinanciamento da dívida pública prevista na lei orçamentária.
E) a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em
legislação específica.
2) FCC - 2022 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Administrativa
De acordo com a Lei Complementar nº 101/2000, a Lei Orçamentária Anual referente ao
exercício financeiro de 2022 de um ente público deve

A) apresentar a avaliação da realização das metas de resultado primário e nominal


referentes aos exercícios financeiros de 2019, 2020 e 2021 do referido ente.
B) apresentar em um único documento legal todas as receitas orçamentárias previstas e as
despesas orçamentárias empenhadas dos poderes executivo, legislativo e judiciário do
referido ente para cumprir com o princípio orçamentário da exclusividade.
C) conter avaliação da situação financeira do Regime Próprio de Previdência Social dos
servidores do referido ente.
D) conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos
com os objetivos e metas constantes no Anexo de Metas Fiscais que integra a Lei de
Diretrizes Orçamentárias referente ao exercício financeiro de 2022 do referido ente.
E) definir a dotação destinada para a reserva de contingência com base no valor da receita
corrente total arrecadada pelo referido ente no exercício financeiro de 2021.
3) CESPE / CEBRASPE - 2023 - SEPLAN-RR - Analista de Planejamento e Orçamento -
Especialidade: Planejamento e Orçamento
A compatibilidade entre a programação orçamentária e os objetivos e as metas
apresentados no Anexo de Metas Fiscais deve ser demonstrada em anexo da lei
orçamentária anual.

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