Aspectos Patológicos

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ASPECTOS PATOLÓGICOS – Filme Coringa

Primeiro aspecto que notamos no filme foi a risada do Coringa, então o primeiro possível
diagnóstico seria neurológico, não psicológico. Este quadro normalmente decorre de algum
traumatismo crânio encefálico, ou sequela de AVC, no caso do filme como foi agredido na
infância, podemos interpretar como sendo um traumatismo.

Riso e choro patológico – No caso do personagem Arthur, apenas o riso sem função,
incongruente com a situação. Geralmente em situações que não caberia um riso, o
personagem ri de maneira desconecta, o que ocorre normalmente quando o personagem está
nervoso e demonstra claramente que não está com vontade de rir e inclusive demonstra
insatisfação com esta risada.

Na esquizofrenia também ocorre esta incongruência afetiva, onde a pessoa ri sem motivo, há
uma incongruência na resposta afetiva da pessoa com o ambiente, mas no caso do Arthur não
se enquadra, pois na esquizofrenia, o riso não há função para nós, mas para a pessoa há uma
função, então tem um estímulo como uma voz dizendo algo e a pessoa segue e responde a
este estímulo. No filme não temos informações que Arthur está ouvindo uma voz e por isso
não se enquadra na esquizofrenia.

Segundo aspecto que notamos foi quando sua mãe diz: “Você precisa comer, você não come”
e sugerimos Transtorno Alimentar, mas não pensamos em anorexia já que Arthur em nenhum
momento se mostra preocupado com sua aparência, desejo de ser magro ou distorção de
imagem.

Terceiro aspecto que notamos foi em uma conversa com a assistente social em que diz:

“Eu só tenho pensamentos negativos, o tempo todo eu tenho pensamentos negativos”

Esta fala nos sugere um quadro de depressão.

Quarto aspecto que notamos foi que Arthur passa por uma internação psiquiatra e faz uso de
sete medicamentos o que sugere ser um quadro grave, sendo assim sugerimos os seguintes
quadros:

Transtorno afetivo bipolar tipo 1 - Sintomas psicóticos, tem delírios e alucinações

Esquizofrenia – Delírios e alucinações

No decorrer do filme, descobrimos que todas as cenas com a vizinha eram alucinações e
delírios do Arthur, porém Transtorno afetivo tipo 1 e esquizofrenia não fazem alucinações
visuais, apenas auditivas, o que descarta nossas sugestões de diagnóstico.

No final do filme Arthur mata o anão, a mãe no hospital, o apresentador de tv e meninos no


metrô, de maneira fria, não demostrando nenhum arrependimento e começa a apresentar
características como:

- Falta de empatia

- Comportamento violento extremo


-Impulsividade

- Infringir a lei

O que nos sugere um diagnóstico de Transtorno de Personalidade Antissocial.

No início do filme Arthur não apresenta estes comportamentos, e para o Transtorno de


Personalidade Antissocial é necessário ter um padrão de comportamentos desde a infância, o
que não é visto no filme, portanto não conseguimos fechar nenhum diagnóstico.

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