Avaliação Contextualizada - Introdução A Profissão

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Avaliação On-Line 6 (AOL 6) - Atividade Contextualizada

Introdução à Profissão
Aluna: Bruna Gomes Silveira Fernandes

O Conselho Federal de Farmácia, na forma de entidade fiscalizadora do exercício


profissional e da ética farmacêutica no país, instituiu a Resolução nº 596 de 21 de fevereiro de
2014 que dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece
as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares.
Primeiramente, é importante esclarecer que a fiscalização do exercício profissional
ocorre, principalmente, para garantir o direito legal da população ao acesso a assistência
farmacêutica, através de um profissional de nível superior capacitado a orientar os indivíduos
sobre o correto uso de medicamentos. Esta prática foi reiterada com a Lei n° 13.021/14,
publicada no dia 11 de agosto no Diário Oficial, onde as farmácias deixaram de ser meros
estabelecimentos comerciais para se tornarem, de fato, unidades de prestação de assistência
farmacêutica à população. A partir de então, apenas o farmacêutico poderá exercer a
responsabilidade técnica nestes estabelecimentos.
Sendo assim, o caso narrado nesta atividade mostra que a farmacêutica Cynthia, ao se
ausentar do estabelecimento em que é Responsável Técnica (RT), privou a população do acesso
ao serviço descrito anteriormente. Todavia, o erro propriamente dito não adveio de sua
ausência e sim de sua não comunicação ao Conselho, conforme deixa claro o Artigo 13 do Código
de Ética. É dever do farmacêutico comunicar previamente ao Conselho Regional de Farmácia,
por escrito, o afastamento temporário das atividades profissionais pelas quais detém RT,
quando não houver outro farmacêutico que, legalmente, o substitua.
Entretanto, como descrito na narrativa, Cynthia se ausentou em duas ocasiões, uma
para participar de um congresso no intuito de atualizar seus conhecimentos e outra por motivo
de doença. O Código de Ética é muito claro quanto a conduta do profissional nestes dois casos,
de forma que ela não poderia alegar desconhecimento da prática correta nestas situações, como
preveem os parágrafos 1 e 2 do mesmo artigo 13:

§ 1º - Na hipótese de afastamento por motivo de doença, acidente pessoal, óbito


familiar ou por outro imprevisível, que requeira avaliação pelo Conselho Regional de Farmácia,
a comunicação formal e documentada deverá ocorrer em 5 (cinco) dias úteis após o fato.

§ 2º - Quando o afastamento ocorrer por motivo de férias, congressos, cursos de


aperfeiçoamento, atividades administrativas ou outras previamente agendadas, a comunicação
ao Conselho Regional de Farmácia deverá ocorrer com antecedência mínima de 48 (quarenta e
oito) horas.

Diante do exposto, resta ao fiscal notificar o profissional pela ausência e autuar o


estabelecimento por estar em atividade sem farmacêutico para prestar assistência a população.
Sobre isso, no anexo III da resolução, o Conselho classifica as infrações em leves, medianas e
graves, ao passo que, afastar-se temporariamente das atividades profissionais por motivo de
doença, congressos ou cursos de aperfeiçoamento sem comunicar ao Conselho Regional de
Farmácia caracteriza uma infração leve. Para este caso, de acordo com o artigo 7, devem ser
aplicadas as penas de advertência sem publicidade na primeira vez; advertência por inscrito,
sem publicidade, com o emprego da palavra “censura” na segunda vez; multa no valor de 1 (um)
salário mínimo a 3 (três) salários mínimos regionais, que serão elevados ao dobro no caso de
reincidência, cabíveis no caso de terceira falta e outras subsequentes.
Desta forma, a conduta da farmacêutica no caso narrado na atividade foi inadequada e,
pelos prazos descritos ainda se encaixa no artigo 26 que salienta:
“Art. 26 - Prescreve em 24 (vinte e quatro) meses a constatação fiscal de ausência do
farmacêutico no estabelecimento, por meio de auto de infração ou termo de visita, para efeito
de instauração de processo ético”.
Para finalizar, fica evidente que nós, estudantes que almejamos nos tornar um dia
farmacêuticos, devemos estar cientes dos direitos e deveres que tal profissão exige e estarmos
altamente preparados para exercer esta função de forma justa e consciente, pois grandes
poderes vêm grandes responsabilidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Resolução nº 596 de 21 de fevereiro de 2014 - Dispõe sobre o Código de Ética


Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das
sanções disciplinares.

BRASIL. Lei nº 13.021 de 8 de agosto de 2014 - Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das
atividades farmacêuticas.

DUPIM, José Augusto Alves. Assistência farmacêutica: um modelo de organização. Belo


Horizonte: SEGRAC, 1999.

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