Aula 08 - Auterações Neurlógicas
Aula 08 - Auterações Neurlógicas
Aula 08 - Auterações Neurlógicas
EBSERH (Fonoaudiólogo)
Conhecimentos Específicos - 2023
(Pós-Edital)
Autor:
Danielle Brandão, Sheila Lúcia de
Oliveira Bezerra
30 de Outubro de 2023
Sumário
Apraxia ........................................................................................................................................................ 3
Disartria ....................................................................................................................................................... 7
Disfagia ..................................................................................................................................................... 17
Disfagia .................................................................................................................................................. 22
Gabarito .................................................................................................................................................... 36
Dando continuidade ao nosso curso de Fonoaudiologia para concursos, vamos iniciar nossos estudos nas
alterações de neurológicas.
Neste livro iremos abordar alterações de fala e deglutição decorrentes de alterações neurológicas.
Então vamos começar e qualquer dúvida é só chamar! Vou deixar meu contato aqui.
Dani Brandão
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APRAXIA
Segundo Ortiz os distúrbios de fala adquiridos por lesão neurológica podem ser divididos em
Apraxia de fala e disartria.
A causa dessas desordens incluem acidente vascular cerebral, doenças degenerativas, traumas e tumores.
Mesmo representando distúrbios de fala de origem neurológica essas duas alterações apresentam
características distintas, o que permite que você consiga diferenciá-los no momento da realização da
prova sem maiores complicações.
Vamos entender cada uma separadamente, evidenciando as principais características. Vamos começar
pela apraxia.
Apraxia é definida como a incapacidade de uma realizar uma ação, movimento ou sequência de
movimentos1. O indivíduo possui incapacidade de sequencializar os movimentos necessários para fechar
um botão, por exemplo, mesmo com a capacidade de movimentar-se presente.
O termo apraxia deriva do grego (a = privativo; prassein = fazer) e pode ser entendido
como o comprometimento da capacidade de realizar movimentos, gestos ou habilidades
previamente aprendidos, espontaneamente e/ou ao comando, seguido de uma disfunção
e/ou lesão cerebral, cujos sistemas envolvidos na execução da ação estão intactos
(ausência de distúrbios motores) e com plena consciência do ato a cumprir2.
Então resumindo: a apraxia representa um distúrbio do movimento, da execução do ato motor, perda da
praxis de realizar determinado ato espontaneamente ou quando solicitado por outra pessoa, decorrente
de uma lesão neurológica.
Existem diferentes tipos de apraxia, os dois tipos principais são a ideatória e a ideomotora. Vamos
entender a diferença entre esses dois tipos.
1
Ortiz Apraxia de fala in Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
2Vaz,
E. R., Fontes, S. V., & Fukujima, M. M. (1999). Testes para Detecção de Apraxias por Profissionais da Saúde. Revista
Neurociências, 7(3), 136-139
3
Apraxia ideatória: Inabilidade de fazer uso de um objeto ou gesto devido à perda de conhecimento de
suas funções1. Exemplo: se for pedido ao paciente que fume um cigarro, pode-se observar que irá acender o
fósforo como cigarro, ou que leva o cigarro aos lábios e fuma sem tê-lo acendido2.
Apraxia ideomotora: Distúrbio no desempenho dos movimentos necessários para o uso de objetos,
para realização de gestos ou sequência de movimentos isolados. Exemplo: ordena-se que o paciente faça o
sinal-da-cruz, ele não o faz, mas realiza-o automaticamente ao entrar em uma igreja.
Limb apraxia: inabilidade de sequencializar os movimentos de braços, pernas, mãos e pés durante uma
ação voluntária.
Vamos falar um pouco mais sobre apraxia de fala já que é o tema mais frequente nas questões.
Apraxia de fala é uma desordem da articulação que resulta da perda, causada por lesão cerebral, da
capacidade de organizar o posicionamento da musculatura da fala e sequencializar movimentos na
produção espontâneas de fonemas ou sequencias de fonemas.3 Isso quer dizer que o indivíduo não
consegue falar porque não é capaz de organizar a sequencia de movimentos necessários para fala mesmo
sem alteração nas estruturas.
Segundo Ortiz4 a apraxia de fala apresenta várias características clássicas, vamos ver quais são elas.
3
Ortiz Apraxia de fala in Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
4
Ortiz,KZ: Alterações de fala:Disartrias e Dispraxias in FERNANDES, F. D. M. et AL Tratado de Fonoaudiologia – 2ª
edição – Roca, 2014.
• Ponto e modo de articulação interferem na produção da fala (palatais e dentais são mais
suscetíveis a erros/ fricativos mais difíceis de serem articulados que plosivos)
• Consoantes em posição inicial tendem a ser menos articuladas
• Discrepância entre a fala automática (ex. contar até 10) e fala espontânea (a primeira melhor que a
segunda, mas também pode estar prejudicada).
• Repetição apresenta-se pior do que a fala espontânea
• Erros tornam-se maiores quando a palavra é maior
• Erros na fala sofrem interferência específica da língua.
• Estudo Brasileiro apontou substituição e omissão como erros mais comuns: erros em relação ao
modo articulatório e Ponto articulatório: erros nas plosivas /g/ (9,2%) e /b/ (6,9%); PA: erros na
bilabial /b/ (6,9%) e labiodental /v/ (5,2%).
• Casos mais graves podem apresentar apraxia de fala associada à apraxia orofacial.
Na apraxia de fala a fala espontânea encontra pior que a fala automática e a repetição é
pior que a fala espontânea.
Depois de determinados todos esses pontos na avaliação o indivíduo vai ser direcionado para terapia. De
acordo com Ortiz a terapia da apraxia é uma das mais difíceis dentro dos distúrbios adquiridos de fala e
de linguagem e em geral os processos terapêuticos são longos.
Existem princípios gerais que norteiam (sustentam) a terapia, são eles: compensação, atividade
planejada, monitoramento, intervenção precoce e motivação.
5
Ortiz,KZ: Alterações de fala:Disartrias e Dispraxias in FERNANDES, F. D. M. et AL Tratado de Fonoaudiologia – 2ª
edição – Roca, 2014.
A compensação: aponta que devemos usar os melhores recursos de fala do paciente na sua terapia.
Atividade planejada: considera o planejamento das atividades da terapia de forma que primeiro sejam
realizadas as mais simples seguidas das mais complexas.
Monitoramento: terapeuta deve estimular paciente a ouvir seus erros e través dessa percepção realizar
ajustes necessários.
Motivação: Como se trata de uma das terapias mais trabalhosas, demoradas e frustrantes para o
paciente a motivação se torna a premissa básica para o sucesso.
A partir destes princípios gerais, vários autores formularam propostas para terapia da apraxia de fala,
sendo que em todas foram observados pontos em comum, são eles:
De acordo com Ortiz a terapia da apraxia é uma das mais difíceis dentro dos distúrbios
adquiridos de fala e de linguagem e em geral os processos terapêuticos são longos
DISARTRIA
As Disartrias são alterações na fala decorrentes de lesão neurológica que resultam no
comprometimento da sincronia das cinco bases motoras que compõem a fala: respiração, fonação,
ressonância, articulação e prosódia.
Vamos lembrar um pouco da aula de voz e de motricidade oral aonde vimos que a produção da voz
depende da respiração, da laringe, do sistema de ressonância e que este som é articulado para a produção
dos diferentes fonemas da nossa língua, em diferentes entonações para traduzir diferentes sentimentos,
emoções e mensagens. Quando há uma alteração em um desses sistemas integrados a produção dessa
fala vai ser modificada, gerando padrões diferentes dos habituais.
Você não pode esquecer que a disartria é resultante de lesão no Sistema Nervoso Central ou periférico e
que é uma desordem de FALA, assim como a apraxia, e não de linguagem.
Diferente da apraxia, que representa uma alteração na programação motora da fala, na disartria o
problema vai estar relacionado ao controle muscular dos mecanismos envolvidos na produção oral.
O indivíduo não vai apresentar dificuldade em iniciar o movimento como na apraxia, ou ter dificuldades na
fala espontânea, no sentido de não produzir a mensagem sonora. Ele consegue falar, mas sua voz pode ter
uma qualidade rouca, com intensidade baixa, articulação imprecisa, entre outros sintomas.
Ao longo do tempo foram surgindo outros termos que podem ser considerados sinônimos da
disartria, são eles: disartrofonia e disfonia neurológica. Apesar dessa consideração apontada por Ortiz
algumas bancas acabam cobrando o conceito de disartria disartrofonia. Então vou deixar aqui os dois para
que não haja dúvida no momento da realização do concurso.
• AVC
• Cirurgia ou fraqueza da língua
• Distrofia muscular
• Doença de Huntington
• Doença de Lyme
• Doença de Parkinson
• Doença de Wilson
• Esclerose lateral amiotrófica
• Esclerose múltipla
• Infecções
• Medicamentos, tais como narcóticos ou tranquilizantes que afetam o sistema nervoso central.
Dependendo da causa teremos diferentes tipos de disartria com diferentes sintomas. A classificação que
vamos utilizar aqui é a de Darley, Aronson e Brown citada por Ortiz6 que classifica a disartria em seis tipos:
• Disartria Flácida
6Ortiz Disartria in
Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
8
• Disartria Espástica
• Disartria Hipocinética
• Disartria hipocinética
• Disartria atáxica
• Disartria mista
Além do local da lesão as disartrias vão ser diferentes em relação à emissão oral e ao tipo de disfunção
neuromuscular resultante.
Vamos ver agora cada tipo e suas principais características. Esse é um ponto muito importante desse
tema, talvez o mais importante, devido à frequência que aparece nas questões, então preste bastante
atenção!
Disartria Flácida
Esse tipo de disartria é resultante de uma lesão no chamado neurônio motor inferior, que faz parte
do sistema nervoso periférico e é responsável pela transmissão do impulso nervoso para os pares
cranianos.
DISARTRIA FLÁCIDA7
• Causada por uma lesão no neurônio motor inferior (lesão no sistema nervoso periférico)
• Lesão acarreta flacidez, fraqueza, atrofia e fasciculações.
• Características principais: voz soprosa, monoaltura, articulação imprecisa de consoantes e
hipernalisalidade.
• Principais etiologias: AVC (acidente vascular cerebral), ELA (esclerose lateral amiotrófica),
esclerose múltipla, síndrome de Guillain Barré.
7
Ortiz Disartria in Ortiz (org.) Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
9
Disartria espástica
Este tipo de disartria ocorre por uma lesão bilateral no neurônio motor superior. A Lesão acarreta
aumento do tônus muscular com espasticidade, porém também ocorrem fraqueza e velocidade reduzida
dos movimentos. As Características principais desse quadro são: voz áspera com esforço, emissão
tensa-estrangulada, monotonia, articulação imprecisa das consoantes e hipernasalidade.
DISARTRIA ESPÁSTICA8
8
Ortiz Apraxia de fala in Ortiz (org.) Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
10
Para você não confundir disartria flácida com espástica lembre sempre que o primeiro quadro
como o nome diz tem como característica a flacidez, o que vai resultar em uma voz soprosa. Já na disartria
espástica há uma rigidez, que vai resultar em uma voz tensa-estrangulada, ou seja, uma emissão com
esforço excessivo.
Como na disartria espástica ocorre rigidez e dessa forma a voz tem uma característica de ser tensa-
estrangulada, o objetivo da terapia deve ser reduzir a tensão no aparelho fonador. Alguns exercícios
vocais que podem ser utilizados são: método mastigatório, técnica do bocejo-suspiro, voz salmodiada.
A técnica do bocejo-suspiro tem como objetivo reduzir ataques vocais bruscos e proporcionar um
ajuste motor mais equilibrado do aparelho fonador. O método mastigatório tem como objetivo o
equilíbrio da produção da voz e a voz salmodiada são utilizados para trabalhar destreza fonoarticulatória,
o que reduz o esforço desnecessário na fonação.
11
Disartria Hipocinética
A doença mais comumente associada à disartria hipocinética é a doença de Parkinson. Esta é uma
doença progressiva e lenta que atinge os chamados gânglios da base. Estas estruturas, através de suas
conexões com o tálamo, influenciam a direção, o curso e a amplitude dos movimentos. A Lesão acarreta
comprometimento extrapiramidal, trazendo uma tríade clássica sintomática: tremor, bradicenisia e
rigidez.
As principais características na fala são: intensidade reduzida, voz monótona, qualidade vocal rouco
soprosa, altura grave, alterações da fluência, imprecisão articulatória, redução da tessitura da voz falada
e resonância hipernasal.
DISARTRIA HIPOCINÉTICA9
9
Ortiz Apraxia de fala in Ortiz (org.)- Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
12
A disartria hipocinética é causada por lesão nos gânglios da base e a doença de Parkinson
é a patologia mais comumente relacionada.
Disartria Hipercinética
Este tipo de disartria também esta associada à lesão nos gânglios da base ou em suas conexões,
no entanto, relacionadas a doenças que geram um movimento excessivo e não movimentos reduzidos
como na doença de Parkinson. As principais patologias associadas a esse tipo de disartria são: Coréia de
Huntgton, Coréia de Sydeham, distonia e tremor vocal essencial10.
As principais características encontradas nesse tipo de disartria são: voz áspera, distorção na articulação
das vogais, interrupção articulatória irregular e alterções na prosódia.
A presença de movimentos involuntários marca esse tipo de disartria. Existem dois tipos de hipercinesia
um tipo lento e um tipo rápido, que vão resultar em características diferentes na disartria.
Na Distonia, temos uma hipercinesia do tipo lenta e as características por ordem de aparecimento são:
consoantes imprecisas, vogais distorcidas, voz áspera, quebras articulatórias irregulares, voz tenso-
estrangulada, devido à tendência de produzir hiperadução das pregas vocais.
Na Coréia, temos uma hipercinesia do tipo rápida e as características por ordem de aparecimento são:
produção de movimentos rápidos, tensos e travados, consoantes imprecisas, intervalos prolongados,
variação na frequência, monoaltura, voz áspera.
10
Ortiz Apraxia de fala in Ortiz (org.)- Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
13
• Na Coréia, temos uma hipercinesia do tipo rápida e as características por ordem de aparecimento
são: produção de movimentos rápidos, tensos e travados, consoantes imprecisas, intervalos
prolongados, variação na frequência, monoaltura, voz áspera.
Disartria Atáxica
O principal comprometimento neurológico relacionado a esse tipo de disartria são lesões no cerebelo.
Esta estrutura apresenta a capacidade de coordenar e modificar movimentos já planejados durante a fala.
As principais características deste tipo de disartria são: voz áspera com esforço, qualidade vocal tensa-
estrangulada, interrupção articulatória irregular, acentuação excessiva (variação na prosódia), tremor
vocal, distorção conjunta de vogais e consoante.
14
Disartria Mista
Como o nome já diz, nessa disartria há a mistura dos vários tipos citados anteriormente. Vamos ver
alguns exemplos de patologias que trazem o quadro de disartria mista.
A Doença de Wilson é uma doença inata do metabolismo do cobre com prejuízo difuso
do cerebelo e do fígado, cujos sintomas incluem distúrbios psiquiátricos, tremor, rigidez,
fadiga, fraqueza generalizada, disartria, diminuição do apetite, perda de peso e
disfagia.11
11
Gonçalves,MIR César,SR: Disfagias Neurogênicas - Avaliação in Ortiz (org.) - Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e
deglutição – Manole - 2006
15
DOENÇAS NEUROMUSCULARES
As doenças neuromusculares representam um grupo de doenças hereditárias ou adquiridas que afetam
determinada parte do que chamamos unidade motora (corpo celular do neurônio motor, raízes nervosas,
nervo periférico, junção neuromuscular ou tecido muscular esquelético) 12
Vamos falar brevemente sobre elas, ressaltando as características mais importantes de cada quadro.
12
Chiappetta, ALM Oda,AL: Doenças Neuromusculares in Fernandes, et AL – Tratado de Fonoaudiologia – 2ª edição –
Roca, 2014.
13 Zanoteli,E Oliveira,ASB Doenças Neuromusculares in Ortiz (org.) - Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e
14
Zanoteli,E Oliveira,ASB Doenças Neuromusculares in Ortiz (org.) - Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e
deglutição – Manole - 2006
16
Distrofias musculares: São consideradas miopatias, que são afecções musculares.É uma síndrome
caracterizada por movimentos involuntários provocados por uma contração muscular sustentada que
ocasiona movimentos repetitivos e posturas anormais.
DISFAGIA
Deglutição Normal
Vamos relembram alguns pontos que comentamos na aula anterior sobre a deglutição.
A deglutição pode ser dividida nas seguintes fases: oral, faríngea e esofágica. Vamos conhecer cada uma
delas agora16.
Fase oral ou voluntária - fase considerada consciente, ou seja, aquela que o indivíduo é capaz de
controlar. Esta fase é subdividida em estágios, são eles:
Fase Faríngea ou involuntária: Esta é uma fase consciente que depende de reflexos, por isso é
chamada involuntária. Com o desencadeamento do reflexo de deglutição o palato mole fecha a
15
Carvalho,ARR Cattoni,DM: Deglutição Atípica e Adaptada – Fatores Etiológicos e Processo Terapêutico in Marchesan et
AL Tratado de Especialidades, Rocca,2014.
16 Tanigute,CC:Desenvolvimento das funções estomatognáticas in Marchesan: Fundamentos em Fonoaudiologia –
nasofaringe, a língua abaixa e o bolo alimentar é direcionado para orofaringe. Nessa fase ocorre o
fechamento das pregas vocais, o que protege a entrada de alimentos na via aérea.
A fase faríngea pode ser dividida em cinco fases. Na primeira, que se inicia com os movimentos da língua,
é necessária a contração concomitante dos músculos: milo-hioideo, gênio-hioideo e digástrico. No
segundo momento atuam os músculos estiloglosso e hioglosso forçando a raiz da língua contra o palato
mole e parede posterior da faringe. Na terceira fase os músculos levantador e tensor do véu palatino
levantam o palato mole. Em seguida os constritores médio e inferior da faringe estreitam a hipofaringe.
Por último a epiglote inclina para trás e para baixo pelo levantamento da laringe17.
Fase esofágica involuntária: O que caracteriza essa fase é a condução do bolo alimentar do esôfago até
o estomago.
Existe uma fase que se inicia antes do ato de deglutição em si, chamada de fase antecipatória. Esta fase é
totalmente consciente, por isso chamada de fase cognitiva da deglutição inclui a escolha do alimento, os
utensílios utilizados, ritmo alimentar, posicionamento corporal e o ambiente onde nos alimentamos. É
nesta fase que realizamos as escolhas que aprendemos sobre o ato de se alimentar18.
17
Marchesan IQ. O que se considera normal na deglutição. In: Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC. Disfagia: avaliação e
tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; c2003.
18 Furkin,AM Fisiologia da deglutição orofaríngea in Fernandes et AL Tratado de Fonoaudiologia – segunda edição – 2014
- Rocca
18
Vou destacar agora alguns termos importantes que estão presentes nessas fases e que costumam
aparecer nas questões de concurso.
Ejeção: Vai marcar a transição da fase oral para a fase faríngea. Tem início quando o bolo alimentar
estiver preparado para ser deslocado para faringe. A ponta da língua gera uma fixação anterior se opondo
aos dentes incisivos, a parte posterior da língua se opõe ao palato mole, separando a cavidade oral da
nasofaringe, impedindo que o alimento escape para cavidade nasal17.
Através de movimentos ondulatórios ocorre o movimento de propulsão da língua. Junto com esse
movimento o vedamento dos lábios gera um aumento de pressão em direção à faringe.
Mecanismos de proteção das vias aéreas: Estes mecanismos impedem que o alimento invada a via
aérea. De acordo com Marchesan19 essa proteção acontece em três níveis: aproximação das pregas
ariepiglóticas e movimento descendente da epiglote, fechamento das pregas vestibulares e fechamento
das pregas vocais.
A epiglote e as valéculas constituem a base anatômica dos mecanismos de proteção de via aérea, mas o
fechamento glótico é dado pela contração do músculo tireoaritenoideo, ariepiglótico e dos músculos
oblíquos da aritenóide.
Vou colocar aqui para você uma descrição mais aprofundada do que acontece em cada fase da deglutição
porque algumas questões podem exigir mais detalhes. Mesmo sendo trazendo mais informações é fácil de
compreender.
19
Marchesan IQ. O que se considera normal na deglutição. In: Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC. Disfagia: avaliação e
tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; c2003.
19
A fase preparatória oral envolve o preparo do alimento para ser conduzido através das
fases faríngea e esofágica. Durante esta fase os lábios, bochechas e a língua precisam
manter o alimento contido na cavidade oral, prevenindo o escape anterior ou posterior.
A língua posiciona o alimento contra o palato duro, transportando-o posteriormente até
a orofaringe. Na fase oral ocorre a elevação hiolaríngea, voltando à posição habitual após
a passagem do alimento. O fechamento glótico pode acontecer durante ou
imediatamente antes do início dos eventos da fase faríngea.
A fase oral inicia-se a partir da transferência do bolo alimentar da cavidade oral anterior
para a orofaringe, caracterizando o final da fase voluntária da deglutição. Sendo a língua
competente, nenhum resíduo alimentar permanecerá na cavidade oral após o término da
fase oral.
Na fase faríngea vários eventos ocorrerão numa sucessão rápida, coordenada e precisa.
O palato mole eleva-se para vedar a nasofaringe, prevenindo o refluxo nasal. A língua e a
movimentação da parede faríngea realizam propulsão do bolo. Com a elevação laríngea
a via aérea inferior fica protegida, inicialmente com o fechamento das pregas vocais,
seguido pelo fechamento das pregas vestibulares, e finalmente, pela cobertura do
vestíbulo laríngeo através da epiglote.
Após a passagem do bolo pelo esfíncter esofágico superior, a laringe retorna a sua
posição normal e o tônus muscular do esfíncter aumenta, prevenindo a regurgitação do
alimento. A disfagia pode ocorrer por qualquer comprometimento em uma destas fases
da deglutição20.
Agora que falamos sobre as fases da deglutição vamos entrar em outro ponto muito importante sobre
esse tema, bastante cobrado nas provas: o controle neurológico da deglutição.
• Fibras sensoriais aferentes (impulsos do corpo para o encéfalo) contidas nos nervos cranianos.
• Fibras cerebrais do mesencéfalo e cerebelares que fazem a conexão com os centros da deglutição
do tronco encefálico.
• Nervos cranianos envolvidos na deglutição, situados no tronco encefálico.
20
Jotz GP, Dornelles S. Fisiologia da deglutição. In: Tratado da deglutição e disfagia: no adulto e na criança. Rio de
Janeiro: Revinter; 2009. p. 16-9
21 Marchesan IQ. O que se considera normal na deglutição. In: Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC. Disfagia: avaliação e
O que geralmente aparece nas questões está relacionado aos pares cranianos. Lembrando que existem
doze pares cranianos, que tem funções específicas. Aqui vamos tratar apenas daqueles que estão
envolvidos no processo de deglutição. Vamos lá!
O controle neurológico da deglutição ocorre pela ação dos seguintes pares cranianos: V, VII, IX, X, XI, XII.
Vamos ver cada um deles separadamente e a função que cada um desempenha.
V - Trigêmio
VII - Facial
I X - Glossofaríngeo
21
X - Vago
Ramo faríngeo:
• Motora: eleva o véu palatino (eleva o palato mole), palatoglosso (abaixa o palato mole ou eleva a
parte posterior da língua) palatofaríngeo (estreita a orofaringe e eleva a faringe), salpingofaríngeo
(elevação da nasofaringe), constritores superiores da faringe (contração circular da
faringe,auxiliando no transporte do alimento),cricofaríngeo, músculos laríngeos e músculo estriado
do esôfago.
• Sensibilidade: mucosa do véu palatino e dos constritores superior e médio
Ramo superior
Ramo inferior:
XI - Acessório
• Funcionalmente é considerado parte do nervo vago. Inerva levantador do véu palatino, úvula,
palatoglosso, esternocleidomastoideo e trapézio.
XII - Hipoglosso
Disfagia
Agora que entendemos o processo da deglutição normal podemos falar sobre a disfagia. Esta pode ser
entendida como uma dificuldade na deglutição em decorrente de causas neurológicas, mecânicas,
infecciosas entre outras que afetam a vida do indivíduo em diferentes níveis.
22
Marchesan IQ. O que se considera normal na deglutição. In: Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC. Disfagia: avaliação e
tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; c2003.
22
dificuldades que apresenta ou ingerir um menor volume de calorias que o necessário. Outro problema
grave que pode estar relacionado aos quadros de disfagia e a pneumonia broncoaspirativa (alimento no
pulmão) o que pode levar o paciente ao óbito.
Vou apresentar para vocês duas definições sobre disfagia que avalio como claras e completas para
entendimento desse processo:
Como visto nas duas definições a disfagia pode afetar qualquer fase da deglutição. Dependendo da fase
comprometida podemos classificar em Disfagia Orofaríngea e Disfagia esofágica.
23
Pernambuco, Magalhães Jr: Aspectos epidemiológicos das disfagia orofaríngea in Marchesan et al Tratado de
especialidades em Fonoaudiologia - Rocca - 2014.
24 PADOVANI, Aline Rodrigues et al . Protocolo fonoaudiológico de avaliação do risco para disfagia (PARD). Rev. soc.
A atuação do fonoaudiólogo vai estar voltada para as disfagias orofaríngeas pela possibilidade de controle
voluntário realizado pelo indivíduo na fase oral. Vamos entender um pouco mais sobre esse tipo de
disfagia.
• Neurogênica
• Mecânica
• Decorrente da idade (presbifagia)
• Psicogênica
• Induzida por drogas
Santini, CS no livro Disfagias Orofaríngeas, organizado por Furkim, descreve as Disfagias neurogênicas
como: desordens do processo de deglutição causadas por doença ou trauma neurológico.
Entre as causas de disfagias neurogênicas temos: Lesões neurovasculares como Acidente Vascular
Cerebral (AVC), traumática como Traumatismo Cranioencfálico (TCE), doenças degenerativas
neuromusculares (ELA, Miastenia), demências, distúrbios do movimento (Parkinson, ataxia cerebelar),
lesões infecciosas (meningite bacteriana, HIV, neurotoxoplasmose).
Segundo Cristina Lemos Furia: A disfagia orofaríngea mecânica é a dificuldade secundária pela perda
sensorial e/ou muscular de estruturas responsáveis pela deglutição fisiológica normal.
Os sintomas da disfagia vão variar de acordo com o indivíduo e o grau de comprometimento. A fase da
deglutição afetada também vai interferir no tipo de alteração.
Os comprometimentos da fase oral caracterizam-se por alterações no vedamento labial, mobilidade da
língua, mastigação, reflexos orais, fechamento velo faríngeo, percepção sensorial para gosto, temperatura
e textura do alimento.
Os pacientes com alterações na fase faríngea apresentam engasgo, tosse, dificuldade no fechamento
velo faríngeo, náusea, regurgitação nasal ou dificuldade respiratória por aspiração.
Os sintomas clínicos da disfagia podem gerar na criança aversão para comer determinados alimentos,
aumento do tempo gasto na alimentação e ingestão de uma dieta especial.
Os sintomas em fase faríngea são provocados pelo atraso ou ausência no reflexo de deglutição,
incoordenação no fechamento da epiglote, redução na contração da musculatura da laringe, alteração na
elevação e fechamento da laringe.
24
Clinicamente as disfagias ororofaríngeas podem se manifestar por uma série de sintomas, entre eles:
• Desordem na mastigação
• Dificuldade em iniciar a deglutição
• Regurgitação nasal
• Tosse/engasgos durante a deglutição
• Controle de saliva reduzido
• Dor ao deglutir (odinofagia) ==3028fe==
Para avaliação da dificuldade de deglutição podem ser usadas avaliações com diferentes consistências de
alimentos, onde o a funcionalidade da deglutição é testada. As estruturas orofaciais estão envolvidas
nesse processo avaliativo. Uma técnica utilizada nessa avaliação funcional é a ausculta cervical.
A ausculta cervical, realizada por estetoscópio, permite a escuta dos sons da deglutição antes, durante e
após a passagem do bolo alimentar pela faringe, fornecendo pistas adicionais sobre a entrada ou não de
alimento na via aérea inferior.
Ausculta cervical é definida como a escuta dos sons associados à deglutição, por meio da
utilização do estetoscópio, posicionado na região cervical.25
25
Padovani AR, Moraes DP, Mangili LD, Andrade CRF. Protocolo fonoaudiológico de avaliação
do risco para disfagia (PARD). Rev. Soc. Brás Fonoaudiol. 2007;12(3):199-205
25
Para os pacientes hospitalizados e que fazem uso de traqueostomia pode ser realizado o Blue dye teste
(teste do corante azul), este tem como objetivo detectar a ocorrência ou não de aspiração nesses
pacientes.
Nosso estudo sobre disfagia vai continuar de forma mais aprofundada quando abordarmos a atuação
hospitalar do fonoaudiólogo, então vamos encerrando por aqui nossas considerações sobre esse tema.
...
Bem pessoal fechamos por aqui nosso material. Agora faremos alguns exercícios para fixação.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (IAUPE /Pref. Petrolina -2019)
A disfagia pode ocorrer decorrente de diversas doenças de base. Assinale a alternativa que corresponde a
uma causa infecciosa.
c) Neurotoxoplasmose
d) Câncer de laringe
Comentários:
Muitas lesões neurológicas podem resultar em Disfagia. Estas lesões variam de acordo com sua causa, ou
seja, podem ser resultantes de traumas, infecções, AVC, alterações metabólicas etc. A questão solicita que
você identifique a patologia associada a uma causa infecciosa, vamos ver as alternativas.
A alternativa A está errada. AVC tem como causa uma lesão neurovascular.
A alternativa C está certa. Neurotoxoplasmose é a principal causa de lesão cerebral nos casos de HIV,
resultante de uma infecção causada toxoplasma.
A alternativa D está errada. O câncer de laringe é uma lesão neoplásica que via resultar em uma disfagia
mecânica.
Gabarito: Letra C
O nervo glossofaríngeo ou IX par craniano está envolvido na produção fonoarticulatória. Esse nervo é
responsável pela inervação
c) dos músculos da expressão facial, fechamento dos olhos e movimentos dos lábios.
Comentários:
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Gabarito: letra A
Assinale a alternativa que indica o instrumento utilizado pelo fonoaudiólogo para a realização da ausculta
cervical.
a) Otoscópio
b) Paquímetro
c) Espátula
d) Estetoscópio
e) Imitanciômetro
Ausculta cervical é definida como a escuta dos sons associados à deglutição, por meio da
utilização do estetoscópio, posicionado na região cervical.27
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Marchesan IQ. O que se considera normal na deglutição. In: Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC. Disfagia: avaliação e
tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; c2003.
27 Padovani AR, Moraes DP, Mangili LD, Andrade CRF. Protocolo fonoaudiológico de avaliação
Gabarito: Letra D
c) A ausculta cervical, realizada por estetoscópio, permite a escuta dos sons da deglutição antes, durante e
após a passagem do bolo alimentar pela faringe, fornecendo pistas adicionais sobre a entrada ou não de
alimento na via aérea inferior.
Comentários:
A alternativa B está errada. Na videofluoroscopia os alimentos são misturados com contraste de Bário
para que o deslocamento do bolo alimentar possa ser percebido, pois se trata de um exame radiológico.
A alternativa C está certa. A ausculta cervical, realizada por estetoscópio, permite a escuta dos sons da
deglutição antes, durante e após a passagem do bolo alimentar pela faringe, fornecendo pistas adicionais
sobre a entrada ou não de alimento na via aérea inferior.
A alternativa D está errada. O Blue dye é indicado para avaliação da deglutição em pacientes
traqueostomizados internados no hospital.
Gabarito: letra C
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b) Parkinsonismo.
c) Traqueostomia.
Comentários:
A alternativa A está errada. IOT pode ser uma causa de disfagia mecânica.
A alternativa C está errada. Traqueostomia pode ser uma causa de disfagia mecânica
A alternativa D está errada. Cirurgia de ressecção de tumor de cabeça e pescoço pode ser uma causa de
disfagia mecânica.
Gabarito: letra B
Na reabilitação fonoaudiológica de pacientes com quadro de disartria do tipo espástica e voz comprimida
e estrangulada, a literatura aponta como técnicas e intervenções que podem ser utilizadas:
d) a sustentação das vogais e emissão do fluxo aéreo com os fonemas plosivos surdos e sonoros.
Comentários:
Como na disartria espástica ocorre rigidez e dessa forma a voz tem uma característica de ser tensa-
estrangulada, o objetivo da terapia deve ser reduzir a tensão no aparelho fonador. Dentro das opções
oferecidas na questão a única que reúne exercícios que tem esse objetivo é a letra E.
A técnica do bocejo-suspiro tem como objetivo reduzir ataques vocais bruscos e proporcionar um ajuste
motor mais equilibrado do aparelho fonador. O método mastigatório tem como objetivo o equilíbrio da
produção da voz e a voz salmodiada é utilizada para trabalhar destreza fonoarticulatória, o que reduz o
esforço desnecessário na fonação.
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Gabarito: Letra E
I- Pessoas com apraxia não conseguem se lembrar de ou fazer a sequência de movimentos necessários
para completar tarefas complexas ou de habilidade simples, apesar de ter a capacidade física para realizar
a tarefa e conseguir realizar os movimentos individuais da tarefa. Por exemplo, abotoar um botão, que é
uma atividade que requer a realização de uma série de passos, pode ser impossível, apesar de as mãos
serem fisicamente capazes de realizar a tarefa. Normalmente, as pessoas não se dão conta que
apresentam um problema.
II- Indivíduos com apraxia verbal (fala) não conseguem produzir as unidades fundamentais do som
necessárias para falar, pois não conseguem iniciar, coordenar ou realizar a sequência de movimentos
musculares, necessários para articular as palavras.
III- Algumas formas de apraxia afetam apenas tarefas específicas. Por exemplo, as pessoas podem perder
a capacidade de fazer qualquer um dos seguintes procedimentos: tirar uma foto, escrever um bilhete,
abotoar um casaco, amarrar um cadarço, pegar um receptor de telefone ou tocar um instrumento musical.
a) Apenas I e II.
b) Apenas III.
c) I, II e III.
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Comentários:
Apraxia é definida como a incapacidade total de uma realizar uma ação, movimento ou sequência de
movimentos. O indivíduo possui incapacidade de sequencializar os movimentos necessários para fechar
um botão, mesmo com a capacidade de movimentar-se presente. (Afirmativa I - verdadeira)
Apraxia de fala é uma desordem da articulação que resulta da perda, causada por lesão cerebral, da
capacidade de organizar o posicionamento da musculatura da fala e sequencializar movimentos na
produção espontâneas de fonemas ou sequencias de fonemas.28 (afirmativa II - verdadeira)
Na Apraxia ideatória há distúrbio no desempenho de movimentos necessários para o uso de objetos, para
realização de gestos ou uma sequencia de movimentos isolados. (afirmativa III - verdadeira)
Gabarito: letra C
Os diferentes tipos de disartria são causados por diferentes tipos de lesões ou doenças. Os sintomas
variam de tipo para tipo e podem ter fala arrastada, rápida, entre dentes, muito alta ou baixa, entre
outros. Com base nessa informação assinale a alternativa que refere se disartria espástica:
a) Causada por lesão no neurônio motor inferior, esse tipo de disartria é frequentemente acompanhada
por voz rouca e diminuição da força da voz. Outras características são consoantes soando imprecisas e voz
anasalada, além de perda de controle da frequência vocal e da entonação de acentos.
b) Esta versão é causada por lesão no neurônio motor superior. Assim como a versão flácida, ela vem com
a voz anasalada e consoantes imprecisas, mas traz diferenças. As vogais soam distorcidas, a voz fica
estrangulada e existe exagero na força da voz por parte do paciente. Além disso, essa versão costuma
estar acompanhada de reflexos musculares anormais e espasmos.
c) A chamada disartria hipocinética é acompanhada por voz trêmula e rouca, pouca acentuação das
palavras e uma dificuldade geral com a articulação, o que envolve tremor de lábios e língua, velocidade da
fala alterada e rigidez. Pode ser causada por alterações nos gânglios da base, partes do cérebro que estão
relacionadas ao movimento.
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Ortiz Apraxia de fala in Distúrbios neurológicos adquiridos – Fala e deglutição – Manole - 2006
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Comentários:
Disartria espástica
Disartria Flácida
A alternativa A está errada. A disfonia Espástica é causada por lesão do neurônio motor superior.
A alternativa B está certa. A disfonia espástica é causada por lesão no neurônio motor superior e flácida
por lesão no neurônio motor inferior, apesar disso apresentam alguns características semelhantes como
voz anasalada e consoantes imprecisas.Além destas comuns, a disfonia espástica possui as seguintes
características comuns: Voz áspera com esforço, emissão tensa-estrangulada, monotonia, articulação
imprecisa das consoantes e hipernasalidade.
Gabarito: Letra B
a) AVC
c) Distrofia muscular
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As Disartrias referem-se ao comprometimento da sincronia das cinco bases motoras que compõem a fala:
respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia.
CAUSAS de disartria: AVC – Cirurgia ou fraqueza da língua – Distrofia muscular – Doença de Huntington –
Doença de Lyme – Doença de Parkinson – Doença de Wilson – Esclerose lateral amiotrófica – Esclerose
múltipla – Infecções – Medicamentos, tais como narcóticos ou tranquilizantes que afetam o sistema
nervoso central.
Gabarito: Letra D
[1] Disartria é definida como a dificuldade de utilizar os músculos da fala, ou então a fraqueza destes.
Embora disartria pareça ser um problema de linguagem, é realmente um problema motor. [2] Pode ser
causada por danos no tronco cerebral ou às fibras nervosas que ligam a camada externa do cérebro (córtex
cerebral) ao tronco cerebral.
Comentários:
As Disartrias referem-se ao comprometimento da sincronia das cinco bases motoras que compõem a fala:
respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia.
CAUSAS de disartria: AVC – Cirurgia ou fraqueza da língua – Distrofia muscular – Doença de Huntington –
Doença de Lyme – Doença de Parkinson – Doença de Wilson – Esclerose lateral amiotrófica – Esclerose
múltipla – Infecções – Medicamentos, tais como narcóticos ou tranquilizantes que afetam o sistema
nervoso central.
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Gabarito: Letra C
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GABARITO
1. C
2. A
3. D
4. C
5. B
6. E
7. C
8. B
9. D
10. C
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