Resumo Vias Aereas

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2019

VIAS AÉREAS
Questões Comentadas
PRINCIPAIS CONCEITOS
• Importante que todos os testes de múltipla escolha sejam respondidos e
que através dessa prática você melhora sua capacidade de compreensão
e de reposta.

• Indicamos que sempre que você olhe o gabarito para saber se teve êxito,
que você leia o comentário referente a questão. Muitas vezes é através
dessa ferramenta que conseguimos fixar alguns conceitos fundamentais.

• Bons estudos e conte com a equipe para o que precisar.

Aproveite e boa prática!


VIAS AÉREAS

PERGUNTAS
1. Em situação de via aérea difícil:
A) após indução anestésica, havendo insucesso na intubação traqueal, deve-se aprofundar
o plano anestésico
B) a melhor opção é a indução em sequência rápida
C) dificuldade de ventilação sob máscara facial pode ser encontrada nos pacientes com his-
tória de roncos.
D) a classificação de Mallampati apresenta alta especificidade

2. No tratamento do broncospasmo:
A) esteróides causam broncodilatação
B) na crise aguda o salbutamol é mais eficaz que o salmeterol
C) brometo de ipratrópio apresenta ação broncodilatadora mais potente do que agonistas
Portal Anestesia

β2-adrenérgicos
D) cromoglicato é indicado para tratamento da crise aguda

3. Índice de Mallampati estratifica a dificuldade da intubação traqueal. Sua classificação


está relacionada com:
3

A) desproporção entre a língua e a cavidade oral


B) mobilidade atlanto-occipital
C) tamanho da abertura de boca em centímetros
D) distância entre os incisivos
E) baixa sensibilidade e alta especificidade

4. Pressão limite para a insuflação da máscara laríngea:


A) 20 cmH2O
B) 40 cmH2O
C) 60 cmH2O
D) 80 cmH2O
E) 100 cmH2O

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5. Fator preditivo de intubação orotraqueal difícil:
A) teste de Mallampati grau I
B) distância tireomento de 2 cm
C) diâmetro do pescoço de 20 cm
D) distância entre os dentes incisivos 6 cm
E) distância esternomento 14 cm

6. O uso da máscara laríngea:


A) protege a laringe de secreções faríngeas
B) evita a broncoaspiracão de conteúdo gástrico
C) oclui o esfíncter superior do esôfago
D) depende do uso de bloqueadores neuromusculares

7. Para o controle da via aérea é correto afirmar que:


A) a traqueofibroscopia é contraindicada em pacientes com estenose subglótica
Portal Anestesia

B) a máscara laríngea pode ser usada durante a reaminação (parada cardiorrespiratória) de


pacientes com intubação difícil e estômago cheio
C) o Combitube® pode ser usado na presença de hipertensão portal com varizes de esôfago
D) a intubação retrógrada é uma boa opção para intubação traqueal, nos casos de bócio com
desvio da traqueia
4

E) o uso do estilete com iluminação para intubação do paciente acordado dispensa a aneste-
sia das regiões inervadas pelos ramos do nervo vago

8. Dentre as opções abaixo, é indicação de intubação retrógada (IR):


A) obesidade
B) situações eletivas onde a via aérea difícil tenha sido antecipada
C) tumor de laringe
D) deformidades anatômicas da via aérea
E) situação “não intubo, não ventilo”

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9. O uso de dispositivos supraglóticos está contraindicado, formalmente, em:
A) doenças periglóticas.
B) câncer de pulmão.
C) via aérea difícil.
D) diabéticos.
E) idosos.

10. A técnica de intubação mais segura, ante uma via aérea difícil (VAD) prevista, é:
A) a convencional.
B) sequência rápida
C) com o paciente acordado.
D) com o uso de propofol em bolus.
E) com o paciente sedado nível 4 da escala de Ramsay.

11. O segmento anatômico mais estreito da laringe na criança é o(a):

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A) epiglote.
B) cordas vocais
C) cartilagem tireóide.
D) cartilagem cricóide.

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E) cartilagem aritenóide.

12. De acordo com os preditores de dificuldade de ventilação sob máscara, listados a se-
guir, assinale a alternativa que representa a sequência crescente de dificuldade:
A - falta de dentes; B - IMC > 26 kg.m-2; C - presença de barba; D - idade > 55 anos; E -
história de ronco.
A) D-E-B-A-C;
B) E-D-C-B-A;
C) E-D-A-B-C;
D) D-B-E-A-C;

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13. Durante a insuflação do cuff da máscara laríngea, a pressão máxima recomendada
para promover boa vedação NÃO deve exceder:
A) 20 cmH2O.;
B) 30 cmH2O;
C) 45 cmH2O;
D) 60 cmH2O;

14. A melhor indicação do uso de guias introdutores maleáveis (bougies) para intubação
traqueal sob laringoscopia direta é a visão de:
A) apenas as aritenoides
B) nenhuma estrutura laríngea
C) apenas a porção posterior da fenda glótica
D) apenas a epiglote, não sendo passível de elevação

15. O que dificulta o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo?


Portal Anestesia

A) distância tireomentoniana de 6 cm
B) flexão de 35°da cabeça e pescoço sobre o tórax
C) ausência de espaço retromandibular complacente
D) extensão de 80°da cabeça e pescoço sobre o tórax
6

16. Identifique o preditor de intubação traqueal difícil sob laringoscopia direta:


A) paciente edêntulo
B) presença de barba espessa
C) protrusão dos incisivos maxilares
D) síndrome da apneia obstrutiva do sono

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17. Um homem saudável de 26 anos foi submetido a uma herniorrafia aberta. Sua ava-
liação pré-operatória das vias aéreas foi Classe I, e um estudante de medicina conseguiu
entubar na primeira tentativa. Quando for tomada a decisão de extubar o paciente, deve-se
considerar que:
A) Laringospasmo não é motivo de preocupação, visto que ocorre somente durante a indu-
ção
B) Laringospasmo deve ser controlado por ventilação com pressão positiva, oxigênio, aspi-
ração de secreções orofaríngeas e, em casos graves, uma pequena dose IV de succinilcolina
C) Obstrução das vias aéreas ocorre apenas nos primeiros 4 a 6 minutos após extubação
D) Extubação durante anestesia profunda apresenta risco de uma resposta cardiovascular
profunda
E) Em pacientes cuja intubação foi difícil, a extubação deve ser realizada durante plano
anestésico profundo

18. Ao comparar as vias aéreas de um bebê (< 1 ano) e de um adulto (> 8 anos):
A) O ângulo entre a traqueia e o brônquio direito é menor em bebês

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B) A posição mais estreita da via aérea é a glote em lactentes e a cartilagem cricóide em
adultos
C) Somente adultos possuem uma projeção proeminente dos tubérculos corniculado e
cuneiforme para o interior do ádito da laringe
D) O ângulo entre a traqueia e o brônquio esquerdo permanece inalterado

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E) O formato da secção transversal da epiglote permanece inalterado

19. Todas as afirmações a seguir são verdadeiras sobre o tubo esôfago-traqueal (Combi-
tube), exceto:
A) O Combitube penetra na traqueia em, aproximadamente, 1/3 dos casos
B) O dispositivo tem dois lúmens, um se abrindo na extremidade distal e um nas fenestra-
ções entre os balões
C) A ventilação é realizada com o lúmen mais proximal na maioria dos casos
D) O Combitube não precisa ser substituído quando penetra na traqueia
E) Destina-se a estabelecer um acesso de emergência às vias aéreas, se o operador não for
capaz de realizar a ventilação com máscara orofacial ou intubação convencional

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20. Fatores de risco independentes para uma ventilação com máscara difícil incluem to-
dos os seguintes, exceto:
A) Apneia do sono
B) Protusão mandibular limitada
C) Índice de massa corporal < 21 kg/m²
D) Pelo facial
E) Idade > 55 anos

21. Qual dos seguintes é verdadeiro em relação à via aérea superior?


A) O osso hióide suspende o músculo esterno-hióideo ao nível C7
B) A estrutura anatômica referida como “pomo de adão” é chamada cartilagem cricoide
C) A membrana cricotireoidea é adequada para o acesso de emergência das vias aéreas; está
localizada na linha média a nível de C6
D) Para cada lado da laringe e inferior às pregas ariepiglóticas está a rima glótica, onde a
sonda endotraqueal deve ser inserida durante a intubação
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E) O laringoscópio deve ser posicionado no seio piriforme durante a laringoscopia direta

DESAFIO TSA
8

22. (TSA-2016) Homem de 54 anos, 60 Kg e 1,75 m será submetido


a tratamento cirúrgico de hérnia de hiato. Refere uso de 80 mg de
omeprazol por dia. Relata que em cirurgia prévia de apendicecto-
mia, foi informado pelo anestesiologista no pós-operatório que tinha
sido “difícil de intubar”. Você optou por intubação oral com paciente
acordado e uso de fibroscopia flexível. Qual é o bloqueio melhor in-
dicado nesta situação, associado à anestesia tópica, para anestesia
da via aérea?
A) Transtraqueal
B) Esfenopalatino
C) Glossofaríngeo
D) Laringeo superior

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DESAFIO TSA
23. (TSA-2014) Mulher de 46 anos, 104 kg, 1,64 m, será submetida
a colecistectomia videolaparoscópica devido a abscesso e sinais de
choque séptico. É realizada indução de anestesia geral em sequên-
cia rápida com fentanil, etomidato e rocurônio (1,2 mg.Kg-1). Após 2
tentativas de intubação sem sucesso devido à visão laringoscópica
Cormack-Lehane 3, foi ventilada sob máscara facial e mantém SpO2
de 99%. Os dispositivos para acesso à via aérea disponíveis no hos-
pital eram: estilete tipo bougie, tubo laríngeo, máscara laríngea de
intubação e material de cricotireoidostomia por punção. Não houve
sucesso na intubação. Qual é a conduta mais apropriada?
A) proceder a cirurgia com o tubo laríngeo
B) proceder a cirurgia com cricotireoidostomia
C) proceder a cirurgia com a máscara laríngea

Portal Anestesia
D) solicitar ao cirurgião para realizar traqueostomia

24. Qual é o fator de risco independente para ventilação impossível sob máscara facial?
A) Idade acima de 55 anos.

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B) História de radioterapia cervical.
C) Circunferência cervical maior que 45cm.
D) Índice de massa corporal acima de 26 kg.m-2.

25. Segundo o algoritmo de intubação difícil não antecipada da Difficult Airway Society
de 2015, faz parte do plano B de abordagem da via aérea a utilização de:
A) gum elastic bougie.
B) videolaringoscopia.
C) dispositivos extraglóticos.
D) manipulação laríngea externa.

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26. Homem de 54 anos, 105 kg e 1,60 m será submetido à tireoidectomia total. A anestesia
foi realizada com infusão contínua de remifentanil e propofol e bolus de succinilcolina.
A primeira tentativa de intubação traqueal foi frustrada com laringoscopia direta classe
3A de Cormack-Lehane modificada por Cook. Após duas tentativas, o paciente passa a
apresentar sangramento em via aérea com ventilação subótima sob máscara laríngea. A
melhor conduta nesse momento é:
A) despertar o paciente.
B) utilizar fibroscopia flexível.
C) empregar videolaringoscopia.
D) usar estilete ótico tipo Bonfils.
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VIAS AÉREAS

RESPOSTAS
Questão 1:
Resposta C
Na visita pré-anestésica sendo avaliada uma via aérea difícil, deve-se pensar na possibilidade
de intubação com o paciente acordado aceitar o procedimento proposto. São fatores de risco
independentes na previsão de uma ventilação difícil: presença de barba espessa; obesidade;
ausência de dentes; idade > 55 anos e história de roncos. Nenhum teste de avaliação das vias
aéreas deve ser usado isoladamente. A associação dos vários testes como: Mallampati; dis-
tâncias Tireomentoniana ou Tireoesternal; abertura da boca; extensão do pescoço é que per-
mite maior especificidade na detecção da via aérea difícil. Havendo disponibilidade de um
dispositivo supraglótico como a máscara laríngea e não havendo contraindicação, esta seria
a primeira opção para situações emergenciais com potencial risco a vida do paciente, devido
a sua fácil inserção e pronto restabelecimento da ventilação.
Referência:
Portal Anestesia

Ortenzi AV - Avaliação Pré-anestésica, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira
CS – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 105-1033.
Rosenblatt WH, Sukhupragarn W – Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Stoel-
ting RK – Clinical Anesthesia 6th Ed, Philadelphia, 2009; 751-792.
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Questão 2:
Resposta B
Os esteróides não são broncodilatadores verdadeiros. Eles agem diminuindo o edema de
mucosa e prevenindo a liberação de substâncias broncoconstritoras, com isso diminuem a
obstrução das vias aéreas. O cromoglicato de sódio estabiliza os mastócitos, inibindo sua
degranulação e diminuindo a liberação de histamina. Sendo indicado na prevenção do bron-
cospasmo. Os agonistas β 2-adrenérgicos de ação curta como o Salbutamol são os fármacos
de escolha no tratamento das crises agudas de broncospasmo.
Referência:
Neustein SM, Eisenkraft JB, Cohen E – Anesthesia for Thoracic Surgery, em: Barash PG, Cul-
len BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia 6th Ed, Philadelphia, 2009; 1032-1072.
Ault ML, Stock C – Respiratory Function, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical
Anesthesia 6th Ed, Philadelphia, 2009; 233-255.
Hata TM, Moyers JR – Preoperative patient assessment and management, em: Barash PG,

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Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia 6th Ed, Philadelphia, 2009; 583-585
Amorim RB – Farmacologia Respiratória, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Noguei-
ra CS – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 743-748.

Questão 3:
Resposta A
A avaliação das vias aéreas envolve a determinação da distância tireo-mento, habilidade de
fletir a base do pescoço e estender a cabeça e análise da cavidade oral, incluindo os dentes en-
tre outros testes. Mallampati identificou a relação entre o tamanho da língua e a cavidade oral
como fator de previsão de intubação traqueal difícil. O Índice de Mallampati propõe quatro
graus: Grau I - se são visíveis: palato mole, úvula e pilares; Grau II- se são visíveis: palato
mole e úvula; Grau III- se é visível somente a base da língua e Grau IV quando nem o palato
mole é visualizado. A dificuldade em flexionar a cabeça está relacionada com a dificuldade
em alinhar os eixos oral, faríngeo e laríngeo. A abertura de boca é função primordial da ar-
ticulação temporomandibular, sendo importante para realização da laringoscopia e deve ter
no mínimo três a quatro cm. O índice de Mallampati tem alto índice de sensibilidade e baixa
especificidade (grau IV 4%).
Portal Anestesia

Referência:
Tara MG, John RM – Preoperative Evaluation and Management, in: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK- Clinical Anesthesia. 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2006; 476 e 576.
Rebuglio R, Ferez D, Abib Jr P – Manuseio da Via Aérea DIFÍCIL, in: Cangiani LM, Posso IP,
12

Potério GMB, Nogueira CS – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu,
2006; 1102.
William C W, Jonathan L B – Airway management, in: Miller, RD - Miller’s Anesthesia. 6th
Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005; 1621-1622.

Questão 4:
Resposta C
A máscara laríngea deve ser inflada com a mínima pressão suficiente para permitir ventila-
ção manual com 20 cmH2O e a pressão interna da máscara, não deve ultrapassar 60 cmH2O
para evitar lesão isquêmica das estruturas da hipofaringe.
Referência:
Rosenblatt WH – Airway management, in: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical
anesthesia, 5a Ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 603-604 .

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Questão 5:
Resposta B
O paciente tem índice de Mallampati Classe I quando tendo a boca totalmente aberta e lín-
gua protraída são visíveis a úvula, pilares amigdalianos e palato mole. A distância tireomento
com a cabeça totalmente estendida deve ser maior que 6 cm. Da mesma forma, a distância
esterno mento deve ser maior de 12,5cm e a distância interincisivos maior de 3 cm, para que
a intubação seja realizada com facilidade.
Referência:
Hata TM and Moyers JR - Preoperative Evaluation and Management, in: Barash PG, Cullen
BF, Stoelting RK Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2006; 477.
Ortenzi AV Avaliação Pré – Anestésica in: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB e Nogueira
CS Tratado de Anestesiologia, 6a Ed, São Paulo, Editora Atheneu, 2006;1019.
Phero JC,Ovassapian A, Hurford WE, Evalution of the Patient with a Difficult Airway, in:
Longnecker DE, Brown DL, Newman MF, Zapol WM - Anesthesiology, McGraw Hill Medi-
cal, 2008;122-126.

Portal Anestesia
Questão 6:
Resposta A
A máscara laríngea é um dispositivo supra glótico que pode ser utilizado eletivamente ou
ainda para o resgate da via aérea. Ela não protege os pulmões da broncoaspiração de con-

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teúdo gástrico e seu cuff fica apenas repousando sobre o esfíncter superior do esôfago. Ela
protege a laringe de secreções faríngeas. A máscara laríngea pode ou não ser utilizada com
relaxamento muscular.
Referência:
Henderson J - Airway Management in the Adult, em: Miller RD - Miller’s Anesthesia, 7th Ed,
Philadelphia, Churchil Livingstone, 2010; 1573 - 1610.

Questão 7:
Resposta B
Uma das indicações para intubação com traqueofibroscopia é a estenose subglótica. A más-
cara laríngea está contraindicada nos pacientes de estômago cheio, exceto durante a reani-
mação cardíaca. A presença de varizes de esôfago é contraindicação para o uso do Combitu-
be®. Nos casos de aumento da glândula tireóide, a intubação retrógrada está contraindicada.
A laringe tem inervação sensitiva provida pelos nervos laríngeo superior e recorrente, ramos
do vago.
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Referência:
Rebuglio R, Amaral JLG, Slikta Filho J - Intubação Traqueal, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1059-
1097.
Brimacombe JR - Coexisting Disease, em: Brimacombe JR - Laryngeal Mask Anesthesia:
Principles and Practice, 2nd Ed, Philadelphia, Sauders, 2005; 391-409

Questão 8:
Resposta B
A IR é uma técnica indicada para as situações eletivas onde uma via aérea difícil tenha sido
antecipada. Também é uma das opções nos casos de impossibilidade de intubação após in-
dução da anestesia, quando a ventilação com máscara facial é ainda possível. São contrain-
dicações: obesidade, tumores de laringe, coagulopatias, situação “não intubo, não ventilo”,
abscesso pré-traqueal e deformidades anatômicas da via aérea.
Referência:
Melhado VB, Fortuna AO – Via Aérea Difícil - Curso de Educação à Distância em Anestesio-
Portal Anestesia

logia CET/SBA,v.2,Rio de Janeiro, Office Editora e Publicidade Ltda, 2004;15-107


Rosenblatt WH – Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical
Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 595-642

Questão 9:
14

Resposta A
A contraindicação formal para uso de dispositivos supraglóticos é a existência de doenças
periglóticas – notadamente edema (de diversas etiologias) e tumores glóticos e de cordas
vocais.
Referência:
Lutke C, Dias CP, Pinho M – Via Aérea Difícil- Revisão e Atualização, em: Carrareto AR et
al – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, Volume VIII, Rio de Janeiro, Elsevier,
2008; 101-122
Klock Jr PA, Ovassapian A – Airway Management, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman
MF et al – Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;685-717

Questão 10:
Resposta C
A intubação realizada com o paciente acordado é a técnica mais segura ante uma VAD pre-

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vista. Idealmente, o paciente deve estar cooperativo e orientado ou apenas responsivo ao co-
mando verbal (respectivamente, níveis 2 e 3 da escala de Ramsay). O propofol oferece seda-
ção de excelente qualidade. Deve ser empregado com cautela, em razão de suas propriedades
depressoras sobre o sistema respiratório e cardiovascular. Desta forma, só deve ser usado em
infusão alvo controlada e não em bolus.
Referência:
Lutke C, Dias CP, Pinho M – Via Aérea difícil- Revisão e Atualização, em: Carrareto AR et
al, editores – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, Volume VIII, Rio de Janeiro,
Elsevier, 2008; 101-122
Melhado VB, Fortuna AO – Via Aérea Difícil - Curso de Educação à Distância em Anestesio-
logia CET/SBA, v.2, Rio de Janeiro, Office Editora e Publicidade Ltda, 2004; 15-107

Questão 11:
Resposta D
O segmento anatômico mais estreito da laringe na criança é a cartilagem cricóide. No adulto,
o segmento anatômico mais estreito é o espaço glótico.

Portal Anestesia
Referência:
Coté CJ – Pediatric Anesthesia, em: Miller RD – Miller’s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia,
Elsevier, 2005;2367-2408
Yaster M, Rossberg MI – Anesthesia for Newborn Surgical Emergencies, em: Longnecker DE,
Brown DL, Newman MF et al – Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008;1502-

15
1519

Questão 12:
Resposta C
Os preditores de dificuldade de ventilação difícil sob máscara seguem a seguinte ordem cres-
cente: história de ronco (OR:1,84); idade > 55 anos (OR:2,26); falta de dentes (OR:2,28); IMC
> 26 (OR:2,75); presença de barba (OR: 3,18).
Referência:
Rosenblatt WH and Surhupragarn W - Airway Management em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK et al. Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2009; 751-792

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Questão 13:
Resposta D
O fabricante recomenda que o médico deva escolher o maior tamanho de máscara laríngea,
que caiba confortavelmente na cavidade oral do paciente e, em seguida, encher o cuff com a
pressão mínima que permita ventilação com pressão de pico na via aérea, de 20 cmH2O, sem
vazamento. A pressão dentro do cuff não deve exceder 60 cmH2O.
Referência:
Rosenblatt WH and Surhupragarn W - Airway Management em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK et al. Clinical Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2009; 751-792

Questão 14:
Resposta A
Os guias introdutores maleáveis são indicados para os casos de visão laringoscópica restrita,
classes IIb (apenas aritenoides visíveis) e IIIa (apenas epiglote visível e passível de elevação)
na classificação de Cormack e Lehane modificada por Cook.
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Referência: Lutke C, Dias CP, Pinho M. Via Aérea Difícil – Revisão e Atualização, em: Carra-
retto AR, Volquind D, Vianna PTG, et al. Curso de Educação a Distância em Anestesiologia.
Rio de Janeiro. Sociedade Brasileira de Anestesiologia/SBA. 2008;101-22.

Questão 15:
16

Resposta C
A ausência de espaço retromandibular complacente tem relação com a dificuldade da luxa-
ção da língua para esta região, dificultando o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo.
Referência: Henderson J. Airway Management in the Adult, em: Miller RD, Eriksson LI,
Fleisher LA, et al. Miller´s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;1573-
1610.

Questão 16:
Resposta C
Fatores de risco para intubação traqueal difícil: sobrepeso, movimentação limitada da cabeça
e do pescoço, distância interincisivos, limitação da protrusão de incisivos inferiores além dos
superiores e protrusão dos incisivos maxilares. Paciente edêntulo, presença de barba espessa
e síndrome da apneia obstrutiva do sono são fatores de risco independentes para dificuldade
de ventilação sob máscara.

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Referência: Phero JC, Patil YJ, Hurford WE. Evaluation of the Patient with a Difficult Airway,
em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF, et al. Anesthesiology. 2nd Ed, New York, Mc-
Graw-Hill Medical, 2012;118-30.

Questão 17:
Resposta B
Laringospasmo é comum após extubação, especialmente em crianças. Deve ser tratado como
descrito na alternativa B. pode ocorrer obstrução tardia das vias aéreas, como resultado de
um edema laríngeo. Extubação durante anestesia profunda minimiza a resposta cardiovas-
cular, porém aumenta o risco de complicações das vias aéreas. A extubação não deve ser
tentada em pacientes de difícil intubação, visto que a reitubação pode-se tornar necessária.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 575.

Questão 18:
Resposta D

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Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 549.

Questão 19:
Resposta A
O Combitube penetra na traqueia em torno de 4-6% dos casos e, ainda assim, pode ser usado
para ventilar os pulmões, utilizando-se o lúmen distal em vez do mais proximal. Todos os
outros fatos são verdadeiros.

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Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 558.

Questão 20:
Resposta C
Fatores de risco independentes para uma ventilação com máscara difícil incluem idade supe-
rior a 55 anos, índice de massa corporal superior a 30 kg/m², pelo facial, protusão de mandí-
bula limitada, anatomia cervical anormal, apneia do sono e um histórico de ronco.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 549.

Questão 21:
Resposta C
O osso hioide suspende a cartilagem tireoide pela membrana tireo-hióidea, ao nível de C4. O
pomo de adão está sobre a cartilagem tireoide. A membrana cricotireóidea, ao nível de C6, é
uma estrutura relativamente avascular e facilmente acessível para cricotirotomia ou injeção
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de anestésicos locais para intubação por meio de fibra óptica. Para cada lado da laringe e in-
ferior às pregas ariepiglóticas está o seio piriforme. A sonda endotraqueal deve ser colocada
na traqueia, enquanto a ponta do laringoscópio deve ser inserida na reflexão glossoepglótica.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 548; 563.
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Questão 22:
Resposta C
Paciente em risco de regurgitação gástrica e aspiração pulmonar devido a doença do refluxo
gastroesofágico, não pode receber bloqueio transtraqueal nem do nervo laríngeo recorrente
devido à possível perda de reflexo das vias aéreas que favorece a aspiração. O nervo esfeno-
palaitno e responsável pela inervação da mucosa nasal e da nasofaringe sendo desnecessário
durante a intubação orotraqueal. O nervo glossofaríngeo por sua vez, é o principal nervo sen-
sorial da orofaringe inervando a valécula, superfície anterior da epiglote e o terço posterior
da língua. Além disso, as paredes da faringe e tonsilas também fazem parte de sua inervação.
Referência:
Orebaugh SL., Bigeleisen PE. Atlas of Airway Management: Techniques and Tools. 2nd ed,
Philadelphia. Lippincott Williams & Wilkins, 2012. 56-7.

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Questão 23:
Resposta D
A situação apresentada é a de uma via aérea difícil não antecipada com ventilação adequa-
da sob máscara facial e impossibilidade de intubação traqueal. A intubação é essencial para
a realização de cirurgia videolaparoscópica em abdome superior. Não é seguro proceder a
cirurgia com dispositivos supraglóticos em paciente obesa devido ao risco de aspiração do
conteúdo gástrico. Por se tratar de cirurgia de urgência e, como o hospital não possui outros
dispositivos, tais como videolaringoscópios, fibroscópio ou material para intubação retró-
grada, a conduta mais apropriada é a realização do procedimento com via aérea cirúrgica.
Referência: Rosenblatt WH, Sukhupragarn W. Airway Management, em: Barash PG, Cul-
len BF, Stoelting RK, et al. Clinical Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams &
Wilkins, 2013;762-802.

Questão 24:
Resposta B
Constituem preditores de risco independentes para ventilação difícil sob máscara facial a
presença de dois ou mais dos seguintes fatores: presença de barba, índice de massa corporal

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além de 26 kg/m², ausência de dentes, idade acima de 55 anos e história de ronco. É consi-
derado risco de ventilação impossível a presença de dois ou mais preditores independentes
em ordem decrescente de importância: alterações cervicais por irradiação, sexo masculino,
história de apneia obstrutiva do sono, Mallampati 3 ou 4 e presença de barba.
Referência:

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Germano Filho PA, Martins MP, Cavalcanti IL. Vias Aéreas, em: Bagatini A, Cangiani LM,
Carneiro AF, Nunes RR. Bases do Ensino da Anestesiologia. 1a ed, Rio de Janeiro, Sociedade
Brasileira de Anestesiologia, 2016;97- 115.

Questão 25:
Resposta C
As recomendações da Difficult Airway Society de 2015 se destacam pela objetividade e sim-
plicidade. Elas incluem: Planos A, B, C e D. Após 3 tentativas com falha de intubação por
anestesiologista experiente utilizando laringoscopia direta ou indireta, bougie e/ou mano-
bras de manipulação traqueais (Plano A), segue-se a abordagem pelo plano B (manutenção
da oxigenação e ventilação com dispositivos extraglóticos como máscaras laríngeas). A falha
de ventilação com dispositivos extraglóticos após 3 tentativas de mudança do dispositivo ou
do seu tamanho (Plano B) caracteriza o início do Plano C, que incluiu ventilar o paciente
sob máscara facial com auxílio de outra pessoa e uso de dispositivos acessórios (exemplo:
cânula de Guedel) e despertá-lo. O Plano D é caracterizado pela cricotiroidostomia cirúrgica
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durante a situação não ventilo e não intubo.
Referência:
Germano Filho PA, Martins MP, Cavalcanti IL. Vias Aéreas; em: Bagatini A, Cangiani LM,
Carneiro AF, Nunes RR. Bases do Ensino da Anestesiologia. 1a Ed, Rio de Janeiro, Sociedade
Brasileira de Anestesiologia, 2016;97- 115.

Questão 26:
Resposta A
Conforme o algoritmo de manuseio da via aérea difícil, em situações de falha de intubação e
com ventilação inadequada sob máscara facial ou dispositivo supraglótico, duas possibilida-
des são propostas: acesso invasivo da via aérea ou despertar do paciente com repreparo para
intubação acordado ou considerar cancelar a cirurgia, se eletiva. Na vigência de sangramento
da via aérea, o uso de dispositivos óticos torna-se limitado por visibilidade reduzida.
Referência:
Hagberg CA, Artime CA. Airway Management in the Adult, em: Miller RD, Cohen NH,
Eriksson LI, Fleisher LA, et al. Miller’s Anesthesia. 8a Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders,
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2015;1647-1683. Página 1649.


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