Aula 08
Aula 08
Aula 08
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente
será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico
para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.
=> Impugnação
- Havendo impugnação, não haverá formação de autos suplementares ou em apenso.
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os
mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
- Lembre-se que o assistente simples não defende direito próprio na demanda, de forma
que a sua atuação no processo está condicionada à vontade do assistido.
- Portanto, não se admitirá que sua atuação contrarie interesses do assistido.
(iii) Recurso
- É admissível a interposição de recurso pelo assistido ainda que o assistente não tenha
recorrido.
- Entretanto, o assistente não poderá recorrer se houver a renúncia a este direito ou um
ato de aquiescência do assistido quanto à decisão desfavorável.
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a
procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação
ou transija sobre direitos controvertidos.
- Como não está em juízo defendendo interesse próprio, o assistente não pode se opor a
atos de disposição praticados pelo assistido, seja de direito material, seja processual.
- É indubitável, entretanto, que a prática de tais atos processuais será determinante na
aplicação ou não do art. 123 (imutabilidade da justiça da decisão).
- Por “justiça da decisão” entende-se os fundamentos jurídicos e a verdade dos fatos que
motivam a sentença. Assim, o efeito da imutabilidade alcançará a fundamentação da decisão.
- É efeito anômalo de imutabilidade, considerando-se que aquilo que gera a segurança
jurídica é a coisa julgada material, e que somente atinge o dispositivo da sentença.
Ex.: Promovida ação de reparação por acidente automobilístico, ingressando a seguradora
como assistente do réu e acolhido o pedido do autor com o fundamento de que o réu deu
causa ao acidente, não poderá a seguradora (assistente na 1ª demanda) na futura ação
regressiva a ser promovida pelo segurado (assistido na 1ª demanda) alegar que não deve
ressarcir porque a responsabilidade pelo acidente é de terceiros e o contrato não cobriria.
=> Formalização
- Admite-se o seu pedido por meio de mero tópico da petição inicial ou da contestação,
dispensando-se as formalidades de uma petição inicial.
- A única exigência é a narração da causa de pedir, ou seja, a indicação expressa de uma
das hipóteses de denunciação da lide prevista em lei.
3.3. Facultatividade
- O CPC/73 previa que esta intervenção de terceiro seria obrigatória, o que levava o
intérprete a acreditar que, não sendo feita, a parte perderia o seu direito de regresso.
- Essa interpretação, entretanto, nunca foi a mais aceita, de maneira que, sendo a parte
omissa, a única consequência era processual: preclusão temporal.
- O direito material de regresso, portanto, restava intacto e era legítima a propositura de
demanda de seu titular contra o sujeito que poderia ter sido denunciado da lide.
(i) Litisconsórcio
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de
litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial,
procedendo-se em seguida à citação do réu.
Art. 128, Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o
caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da
condenação deste na ação regressiva.
Art. 125, § 2º. Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado,
contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por
indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese
em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de
litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial,
procedendo-se em seguida à citação do réu.
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for
autor, (...), devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131.
- A revelia aqui tratada refere-se às 02 ações em que o denunciado figura como réu: a
demanda principal e a secundária.
- O art. 456, parágrafo único, do Código Civil dispunha que “Não atendendo o alienante
à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente
deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos”
- Porém, o art. 456 foi revogado pelo CPC/15, dando a entender que o réu-denunciante
deve permanecer em sua defesa, mesmo diante da revelia do denunciado.
Art. 129. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não
terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao
pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.