(20240801-PT) Se7e Visão
(20240801-PT) Se7e Visão
(20240801-PT) Se7e Visão
D.R.
7 ---------- CI N E M A
“É pau, é pedra”
Elis Regina e Tom Jobim,
na versão em dueto
de Águas de Março
TENSÃO E AMOR
chamado ao Rio de Janeiro, e do encontro com Nos estúdios da MGM, onde já tinham gravado
André Midani, diretor-geral da editora, ficou grandes nomes do jazz (Ella Fitzgerald, Diz-
a ideia de gravação de um disco de Elis Regi- zy Gillespie, Duke Ellington, Count Basie...),
na em dueto. Na ponte aérea para São Paulo, fumava-se bastante e o ambiente, com Elis
a bordo da Varig, lembrou-se de Tom Jobim. e Tom juntos, era tenso. Roberto de Oliveira,
No início dos anos 70, Roberto produzia o então com 25 anos, captava conversas, sons e
chamado circuito universitário, digressões de ensaios, em película de 16 milímetros.
artistas pelas universidades no Interior do Brasil, Domar o enorme talento de Elis e encaixar
e foi por essa altura que Elis o convidou para aquela energia na contenção da bossa nova
ser seu empresário. A partir do Rio de Janeiro, não seria tarefa fácil, e Tom Jobim sabia
a cantora nascida em Porto Alegre podia ser disso. O músico gostaria, e até tentou, que
uma grande estrela de massas – a televisão, os arranjos do disco fossem escritos pelo
com os shows musicais vistos por milhares, alemão Claus Ogerman, com quem já tinha
Risada
No documentário Elis
& Tom – Só Tinha
de Ser com Você,
a opinião é unânime:
depois deste disco,
Elis passou a cantar
de modo diferente
Fora
últimos desta espécie criou um conjunto
(o maior mamífero de minibolos florais,
existente em Portugal) inspirados nas cores
haviam desaparecido e sabores do verão. A
no século XVI, devido cada cor corresponde
à caça, ao pastoreio um recheio: azul
e à agricultura. (recheio de brigadeiro
tradicional), branco
VIZINHANÇAS (recheio de brigadeiro
NO PORTO de coco), lilás (recheio
O programa que de natas) e verde
anima parques, jardins (sabor a lima e mirtilo).
e largos da cidade,
durante o verão, está
PAULO PEREIRA
de regresso com —— Património
novas atividades
gratuitas. Até ao final CAPELA REAL
do mês, sempre ao A Capela Real do
ou ficar
-de-boi, e o do fêmeas – foram libertos atividades desportivas, um longo trabalho
Douro é especial: na Quinta do Pisão, um oficinas e horas de conservação e de
carnudo, de textura parque de Natureza, do conto. Neste restauro, que permitiu
em casa firme, com doçura e
acidez equilibradas.
que pertence ao
município de Cascais,
domingo, 4, o palco
do Vizinhanças será
a reintegração do
órgão de tubos,
Do jazz Neste mês, o fruto numa zona com 240 o Jardim de Sarah executado no mesmo
tem direito a um hectares, no extremo Afonso. século por Machado e
ao metal,
concurso (na Casa ocidental do Parque Cerveira, regressando
entre tomate- de Mateus, no Natural Sintra-Cascais. assim ao local original,
-coração-de- próximo dia 23 de A quinta está aberta —— Bolos ao fim de mais de 100
-boi e fotos agosto, a partir ao público, é ligada anos.
BRIGADEIRANDO
da realidade das 14h30) e é um ao centro da vila por
DE VERÃO
festim à mesa de um caminho pedestre,
restaurantes da pelo que, com alguma Carolina Henke, da —— Música
região – neste ano, sorte e persistência, Brigadeirando, já nos
são 22. A Festa do será possível ver os habituou aos seus PORTO PIANOFEST
Tomate Coração de animais, seja nos bolos, que, além de O concerto do
Boi do Douro nasceu percursos seja no deliciosos, enchem saxofonista Yosvany
para valorizar os miradouro das Penhas o olho. A marca, com Terry, que trará os
produtos autóctones do Marmeleiro. Os loja na LX Factory, ritmos do jazz afro-
e tradicionais da -cubano à Casa da
região vinhateira e Música, acompanhado
de Trás-os-Montes, por um quarteto
e inclui ainda o internacional, abre a
encontro À Capella 9.ª edição do Porto
(capela barroca de PianoFest, que decorre
Arroios, Vila Real, dia entre os dias 1 e 11 de
24 de agosto, a partir agosto. No Porto, o
das 17h30), em que festival apresentará
CAROLINA TEMUDO
D.R.
de Famalicão, na técnica e a paciência
Fundação Cupertino necessárias à sua
de Miranda. criação: cada diorama —— Cerveja
é um microcosmo,
VAGOS METAL FEST transportando o NAT KING COOL
Dedicado ao rock observador para DA MUSA
mais pesado, este espaços oníricos. Haverá algo mais
festival vai na 7.ª Entrada: €8 (exposição satisfatório do que
edição e aposta, mais e igreja). um golo de cerveja
uma vez, num cartaz fresca? A Cerveja Musa
metaleiro, com “nomes WORLD e a Nat’Cool (linha de
lendários e talentos PRESS PHOTO vinhos leves e “fáceis
emergentes”. De 2 EM PORTIMÃO de beber” da Niepoort)
a 4 de agosto, pela As fotografias juntaram-se e criaram
D.R.
Quinta do Ega, vão distinguidas no World a Nat King Cool, que
passar os senhores Press Photo – 33 entre ajuda a matar a sede e
do thrash norte- 61 062, oriundas de —— Decoração espaço de quatro mil a amansar o calor de
-americano Overkill, 130 países – estão quilómetros quadrados, agosto.
os neerlandeses Epica, reunidas na Antiga TECIDOS MUITO devastado devido a
conduzidos pela voz Lota de Portimão, “SWEDISH” anos de guerra civil,
de Simone Simons, numa exposição que A nova coleção Tyg é recordado num —— Restaurante
os portugueses Mão percorre várias cidades da IKEA conta com 20 documentário de Luís
Morta e os irlandeses do mundo, convidando tecidos pré-cortados Henrique Pereira, que BOA-BAO NA LINHA
Primordial, entre quem as vê “a sair de três metros, a RTP 1 exibe neste Quem vive em Cascais
outros. do ciclo noticioso inspirados nos padrões sábado, 3, às 10h45. e Oeiras já não precisa
e a olhar com têxteis escandinavos e de ir até Lisboa para
mais profundidade com muita cor (€14- comer os gua bao de
—— Exposição tanto as histórias -€18). Personalizar —— Vinho robalo com maionese
proeminentes que móveis, forrar almofadas picante (Taiwan), as
DIORAMAS conhecemos como e caixas, remendar todo A MALGA DE SIZA diferentes variedades
DE RONAN-JIM aquelas que passam o tipo de peças, muitas Associada ao consumo de caril (Malásia e
SÉVELLEC despercebidas”. são as possibilidades de vinho verde tinto, Tailândia), as sopas phô
Em Évora, o Palácio Até 20 de agosto, de utilização destes especialmente nas (Vietname) e o japchae
Duques de Cadaval a entrada é gratuita. tecidos. Haja tascas e tabernas, a (Coreia) do Boa-Bao. O
imaginação. malga de vinho foi restaurante asiático tem
caindo em desuso. uma cozinha na Linha e
Evocando essa tradição, chega à casa através da
—— Televisão a Quinta da Pacheca plataforma Glovo.
convidou Siza Vieira a
REGRESSO desenhar esse objeto
A GORONGOSA em cerâmica (€14,95,
O projeto de conjunto de 2 €29,90).
recuperação do Parque “Pensei, acima de tudo,
Nacional da Gorongosa, nos aspetos funcionais,
FRANCISCO NOGUEIRA
LISBOA
Jazz em Agosto
A soma das partes
Este festival histórico chega à 40ª edição com
a ambição de sempre: “Ser mais disruptivo do que
no ano anterior.” O programa confirma esse objetivo LISBOA
Travis Scott
S
eria fácil para o Jazz em Agosto, mericano James Brandon Lewis, a quem
um dos mais antigos e celebrados cabe, na quinta, 1, pelas 21h30, o concerto Marcar três noites seguidas
festivais de jazz nacionais, ligado de abertura; ou o original arranjo, pleno na maior sala de espetáculos
à Fundação Calouste Gulbenkian, de improvisação, da obra clássica Sagra- do País não é para todos.
fazer uma 40ª edição comemorativa, ce- ção da Primavera, de Igor Stravinsky, E o que tem Travis Scott?
lebrando a data redonda. Mas isso seria ir em versão para dois pianos pela suíça É uma referência no hip-hop
contra o próprio ADN do festival que, “ao Sylvie Courvoisier e pelo norte-ameri- contemporâneo, não só como
longo destas quatro décadas, tem sido o cano Cory Smythe, apresentado na tarde artista mas também como
resultado da soma de todos os músicos” de sábado, 3. Já na segunda semana de fundador da editora Cactus
que aí têm atuado, “dos seus projetos, festival realçam-se as atuações do saxo- Jack, que transformou numa
das suas propostas, das suas mensagens fonista norte-americano Darius Jones (8 marca presente em várias áreas
e da sua criatividade”, como sublinha ago), que irá evocar no seu espetáculo o comerciais. Portugal – onde o
Rui Neves, o diretor artístico do festival. pensamento dos artistas do movimento artista norte-americano já atuou
A edição de 2024 será, pois, “mais uma Fluxus; a do DJ, compositor e videas- em 2018 e 2023, em contexto
parte que se vai juntar ao todo”, reunin- ta austríaco dieb13 (9 ago), que regressa de festivais (SBSR e Rolling
do as escolhas musicais consideradas ao Jazz em Agosto com uma formação Loud) – vai ser a última paragem
“mais marcantes e desafiadoras no jazz alargada, para criar uma resposta musical europeia da digressão Utopia
e na música criativa menos acomodada e visual ao manifesto Beatnik; e ainda a – Circus Maximus, que em 2023
do tempo presente.” O legado do Jazz em reinvenção da Fire! Orchestra, do saxofo- se estreou na América do Norte.
Agosto “é a soma de todas estas partes”, nista sueco Mats Gustafsson (11 ago), que
em que o passo seguinte passa por “ser viaja pela música escrita contemporânea, MEO Arena, Lisboa > 2-4 ago,
sempre mais disruptivo”, como mais uma a música improvisada, o jazz cósmico, o sex-dom 21h > €31 a €547
vez acontece na edição deste ano, entre 1 rock ou as músicas tradicionais brasilei-
e 11 de agosto, com 17 concertos distri- ra e africana, através de uma superfor-
PONTE DE LIMA
buídos pelo Anfiteatro ao Ar Livre, o mação de 16 elementos que encerrará,
Grande Auditório e o Auditório 2. Entre em grande, esta 40ª edição do Jazz em
estes destaca-se, por exemplo, a home- Agosto. — Miguel Judas Festival
nagem a Mahalia Jackson, como ativista Ponte d’Lima
dos direitos civis, recordada pelo quin- Fundação Calouste Gulbenkian > Av. de Berna
teto liderado pelo saxofonista norte-a- 45-A, Lisboa > 1-11 ago > €7 a €130 (passe) Segunda edição deste festival
no Alto Minho, com um cartaz
eclético e criterioso. Os projetos
Fire! Orchestra nacionais estão em maioria
Os 16 elementos (Baleia Baleia Baleia, Ana Lua
desta orquestra sem
fronteiras prometem Caiano, Conjunto Corona,
um encerramento Mão Morta, Glockenwise e
em grande do Jazz Surma, entre outros), mas as
em Agosto propostas internacionais são
surpreendentes e apelativas:
dos norte-americanos Chk Chk
Chk (!!!) aos britânicos Shame,
passando pelos congoleses
Kokoko! e pela festa dançante,
sempre garantida, do sírio
Omar Souleyman.
Programação completa
em festivalpontedlima.pt.
JOHAN BERGMARK
Biblioteca A sala de
leitura tem volumes
diversos, como MUDE
Uma nova respiração
tomos monográficos
dedicados a Siza
Vieira ou a João
Paciência, Charlotte
Perriand ou Vivienne
Westwood, séries O Museu do Design e da Moda reabre, após oito anos em obras,
icónicas designadas com a mostra Edifício em Exposição. Inauguram-se, também,
à história do design,
catálogos de leiloeiras, novas ambições: desperdício zero e a crença nos “museus
estudos sobre o como baluartes da democracia”
artesanato português
ou coleções das — P O R S Í LV I A S O U TO C U N H A T E X TO E M A R C O S B O R G A F OTO S
revistas Monocle
e Egoísta
O
bras de Santa Engrácia. Essa nicas à mostra, uma moldura industrial com
clássica metáfora passou pela tetos descarnados, que ganhou amplitude e
cabeça de muitos quando consciência sustentável. “Começa uma nova
ouviam falar da requalifica- etapa do MUDE, em continuidade com todo
ção do Museu do Design e da o trabalho feito”, aponta Bárbara Coutinho.
Moda – MUDE, em Lisboa, A diretora, que viveu diariamente esta obra,
prevista para dois anos e estendida por oito. explica à VISÃO como o “estaleiro de obras”
Mas agora não se esconde o maravilhamento em que viveram foi, também, um “local de
com o resultado: o passado foi reaproveita- projeto e um atelier”, com partilha de ideias
do para o presente, na caixa arquitetónica e de saberes em rede, de afirmação de sus-
aninhada na Baixa pombalina, que teve uma tentabilidade e de reaproveitamentos dos
primeira intervenção pela mão de Tertuliano materiais existentes, assim como de debate
Marques (1883-1942), nas décadas de 20 e histórico e de questionamento que espelham
30 do século passado. as preocupações atuais – e é isso, também,
Luís Saraiva é o arquiteto responsável pela o design. “Esta é uma viagem temporal, que
nova reencarnação deste MUDE, que man- permite conhecer como o edifício é, de facto,
tém o perfil “alternativo” das veias arquitetó- uma testemunha da evolução da arquitetura
Biosfera Transfronteiriça
A
ao filme vencedor.
certa altura, uma das persona- Na segunda parte, vislumbra-se Da programação fazem
gens comenta: “Os vivos têm uma ideia de libertação. A partida para parte iniciativas como visitas
dificuldade em entender os a Noruega é, não só literalmente, uma guiadas, concertos, oficinas,
moribundos.” E essa acaba por lufada de ar fresco. Na proximidade sessões para crianças
ser a síntese, ou o objetivo inalcançável, com a Natureza, numa vivência quase e filmes, nomeadamente
do filme. Mais que Nunca não é, natu- eremita, pretende-se entender a vida Quando a Terra Foge,
ralmente, um filme de zombies, mas não e a morte. O filme nunca deixa de ser de Frederico Lobo; Folhas
deixa de ser um filme de mortos-vivos duro, mas não nos traz a crueldade Caídas, de Aki Kaurismäki;
– o que, na verdade, somos todos, pois explícita de um Michael Haneke, ao Siempre Nos Quedará
essa é a condição humana. Centra-se em obrigar-nos a assistir a um padeci- Mañana, de Paola Cortellesi;
Hélène, uma jovem mulher com uma mento físico até ao fim. Levanta, antes, Retratos Fantasmas, de
doença rara e cuja morte é iminente. questões filosóficas, e até morais, Kleber Mendonça Filho;
O tema não é propriamente novo sempre seguindo essa ideia de que ou O Espírito da Colmeia
no cinema, mas Emily Atef, realizado- os vivos dificilmente entendem os e Fechar os Olhos, de Víctor
ra franco-iraniana, nascida em Berlim, moribundos. Não é um filme sobre a Erice. M.H.
tenta dar-lhe uma perspetiva diferen- eutanásia, mas até encontra um (meio)
ciada, que vai para lá de uma exposi- caminho nessa direção. Marvão e Valencia de Alcántara
ção direta e violenta do drama. Inspi- Mais que Nunca, a primeira obra de (Espanha) > 9-17 ago > €3
a €50 (passe geral)
ra-se, em parte, na experiência vivida Atef, estreou-se em Cannes, Não sendo
por si, durante a doença da mãe. Na genial, é contundente, em parte graças
primeira parte do filme, em Bordéus, à grande interpretação de Vicky Krieps.
talvez a mais dura, o drama cose-se E os espectadores mais atentos têm de
e descose-se, roçando traços de lou- viver com a informação de que o ator
cura. Não é apenas o drama de quem principal, Gaspard Ulliel, morreu pouco
parte; é também o de quem fica, con- antes da estreia, num acidente de esqui
cretamente o marido/companheiro – irónico e trágico. Essa morte, sim,
que não sabe como lidar com a morte uma verdadeira tragédia. — Manuel Halpern
iminente da mulher. Um dramalhão
suficientemente realista para deixar De Emily Atef, com Vicky Krieps, Gaspard
qualquer um incomodado. Ulliel, Bjørn Floberg, 123 min
Viagens ao passado
Com rigor científico ou uma pontinha de ficção (no caso de mais uma revisitação
da vida de Alexandre, o Grande), quatro livros para quem gosta de História
Durante a
Lutas esquecidas Alexandre, o Grande,
o rei da Macedónia e
Formado na
Universidade de
Expansão Marítima, do mundo helénico, Uppsala, na Suécia,
os portugueses O Apelo da Liberdade, os historiadores e especialista em
privilegiaram, no Arlindo Manuel Caldeira perceberam a Estudos Vikings, Hélio
Oriente, as trocas dificuldade em Pires tem desenvolvido
comerciais (apoiadas biografar uma figura um trabalho original
nas armas, claro), o O tema da escravatura mantém-se, há uns anos, tão extraordinária. Mais na historiografia
que deu uma enorme do que um livro de portuguesa, divulgando
na ordem do dia. Se até há, digamos, uma década,
vantagem a Portugal referência, surgiram os vestígios dos
a historiografia da Expansão, e a própria visão
no contacto com compilações de lendas povos nórdicos no
popular dos chamados Descobrimentos, olhava e mitos que, cada
o Japão. Este livro nosso país. Aqui, e
para os séculos XV e XVI com mais do que na- uma à sua maneira, a pensar no grande
recorda a “descoberta”
da terra do Sol
turalidade, com um inconfessado orgulho pelas revelavam várias público, oferece-
Nascente, coligindo os práticas pioneiras dos nossos antepassados no facetas. O espanhol nos uma visão mais
primeiros relatos feitos desbravar de terras desconhecidas (chavão a certa Alfonso Goizueta, no geral, descrevendo
sobre o país. Muitos altura reconvertido em “encontro de culturas”), seu primeiro romance, o mundo e o tempo
são portugueses, mas hoje as coisas não são assim. A violência das inseriu-se neste que conhecemos
Michel Chandeigne, práticas esclavagistas veio à tona, no caldo re- esforço milenar, ao como sendo dos
responsável pela tardado da memória histórica, e o que antes fora refazer os passos de vikings. A principal
recolha, recua até glória converteu-se, para muitos, em motivo de Alexandre a partir da motivação é esclarecer
a Marco Polo (o vergonha. O tema daria para desenvolvimentos relação com o pai. alguns equívocos,
primeiro a falar do que não cabem nestas linhas (e em que a cultura Quis ser fiel aos factos, nomeadamente, e o
Japão ou do Cipango) woke teria de ser abordada). O historiador Arlin- aproveitando a sua maior, o que toma
e passa por outros do Manuel Caldeira é quem mais tem feito para formação em História a parte pelo todo.
nomes, de várias encontrar a justa medida, abordando o tema da e os estudos mais Houve muitos e ferozes
nacionalidades. Um escravatura com o rigor e o ângulo exato que este recentes, mas procurou vikings, mas eles eram
livro complementado merece. O Apelo da Liberdade – Resistência dos sobretudo entender o apenas uma parte da
com os primeiros Africanos à Escravidão nas Áreas de Influência que têm em comum os sociedade escandinava,
mapas que, a par dos homens e as mulheres entre os séculos VIII e
Portuguesa é o terceiro livro, sem contar com
textos, mostram como que vivem grandes ou XI. De forma acessível
obras de mais reduzido fôlego, que o autor dedi-
se chegou a um retrato pequenos feitos. L.R.D. e rigorosa, esta obra
ca ao tema dos negreiros e dos escravizados no — Planeta
cada vez mais fiel dá-nos os factos de um
espaço luso. Nele se demonstra que os apressa- 608 págs., €21,90
de um país, à época, imaginário que povoa
dos nem sempre se conformavam com o destino o cinema, a televisão
muito fechado ao
mundo. L.R.D.
trágico. Lê-se como um romance de aventuras e e muita fantasia na
— Imprensa Nacional, ganha-se, com a fruição, uma visão mais verda- atualidade. L.R.D.
448 págs., €27 deira e equilibrada da realidade. Luís Almeida Martins — Desassossego,
— Casa das Letras, €18,90, 428 págs. 304 págs., €18,80
FOTOS: D.R.
O
destino era a ilha do Rato, um Ilha do Rato A bordo
pequeno banco de areia em da falua Esperança, o
pleno mar da Palha, junto ao passeio até ao banco
de areia no estuário
Barreiro, e foi na falua Espe- do Tejo tem a duração
rança, embarcação tradicional de 4h30 e enquadra-
do rio Tejo, com Eduardo Lo- se na temática
pes como mestre, que zarpámos da Doca de ambiental, alertando
Santo Amaro, em Lisboa, para participar nesta para o problema do
lixo e a importância
aventura que abriu o programa Ciência Viva deste ecossistema
no Verão deste ano. para a flora e a fauna
Também conhecida como Mouchão das Os-
tras, por ter sido berçário da ostra-portuguesa,
consumida entre nós e exportada sobretudo dra-se no âmbito dos Alertas da Natureza,
para França, até aos anos 1970, este oásis no e aconselha-se levar calçado adequado para
estuário do Tejo é um dos maiores da Europa, caminhar na areia e sobre pedras e conchas.
com cerca de 320 quilómetros quadrados. “Fazemos uma recolha de resíduos, enquanto
A Caminho da Ilha do Rato, assim se chama exploramos um pouco da ilha e damos conta
a atividade com a duração de 4h30, enqua- do impacto que o lixo tem sobre este estuário,
Histórias Cada
prato tem algo
para contar. Este,
por exemplo, é
confecionado
com lula de
Quarteira, cortada
em tirinhas, como
se fosse massa
de arroz
MARCOS BORGA
ALMANCIL
Austa
Um luxo que não se nota
Neste novo restaurante do Algarve, afirma-se a sustentabilidade
em todo o seu esplendor, num ambiente descontraído.
E a comida, criativa, acompanha a boa onda
A
inda estamos a digerir os aromas do Barata é o chefe que largou, de vez, Lisboa, para
magnífico jardim, pensado de raiz para se sintonizar com o discurso do casal de ingle-
alimentar o Austa, e já temos um cocktail ses. Depois de vários anos em Estrelas Miche-
com endro nas mãos. Enquanto sabo- lin, é dele a carta, desde o pequeno-almoço ao
reamos esta frescura no copo, Emma conta-nos jantar. “Queria fazer uma cozinha mais direta e
tudo sobre este bom fruto saído da pandemia. descontraída, nunca abdicando da qualidade do
Ela e David Campus deixaram Londres, durante a produto, da proximidade e da microssazonali-
Covid-19, e também os empregos, na moda e em dade”, clarifica, no final de uma refeição em que
marketing, respetivamente – hoje são a gerente e tudo correu sem um único reparo.
o sommelier. Os pais de Emma já cá viviam há 20 Destacamos os pequeninos camarões-cris-
anos e tinham um terreno livre, mesmo ao lado tais, de Vila Real de Santo António, que, depois
da sua loja de decoração, a Dunas Living. de fritos, mergulham de cabeça numa maionese
Daí à abertura das portas do Austa, no final de ervas do jardim, assim como a lula de Quar-
do verão passado, foi um ver se te avias, a afinar teira, cortada em tirinhas, a imitar massa de
o conceito de “comida honesta, com ingre- arroz. Embora este truque culinário engane bem
dientes sazonais e produtores locais”, tal como os olhos, não consegue fazer o mesmo ao pala-
anunciam na porta de vidro, em inglês. No en- to: a frescura do sabor a mar prova que se trata
tretanto, fizeram um périplo por produtores na- de um cefalópode. A ementa continua, sempre
cionais, à procura daqueles que se ajustavam ao assim, com a denominação de origem, como o
que eles gostariam que fosse o seu restaurante. porco Feito no Zambujal ou a curgete (e a sua
A sustentabilidade é, afinal, a ideia-base, em flor), colhida na horta lá de fora, zona em que
que o luxo não se vê, mas que se sente a cada também existe uma esplanada para as invejáveis
garfada e especialmente na descontração do noites quentes algarvias. — Luísa Oliveira
ambiente. Aqui tudo tem uma história, do vinho
ao azeite, passando pela manteiga, feita a partir R. Cristóvão Pires Norte, Almancil > T. 96 589 6278
do leite de vacas de São Brás de Alportel. David > ter-sáb 9h30-17h 19h-21h30
LISBOA LISBOA
À
ícones que formam o padrão
volta da mesa feita em aço, fórmula do perfume. “Agora, precisa representado nas calças,
Karolina Oledzka apresenta os escolher um nome para lhe dar”, diz a casaco e tote bag. Esses
aromas guardados em peque- sorrir, antevendo a dificuldade habitual mesmos desenhos foram
nos frascos de vidro escuro, dos clientes nesta última etapa. estampados e bordados em
para não perderem as propriedades. A matéria-prima, exposta nas pra- três t-shirts (manga cava,
Explica as características de cada um, teleiras de madeira, vem de Grasse, a curta e comprida), num boné
dá-os a cheirar, pergunta se agradam e capital das fragrâncias no Sul da França. e numas meias, para que
para que situação seria o perfume (dia, Há frasquinhos com notas de monoï, nada falte na indumentária de
noite, ocasião especial...). O exercício, madeira, tabaco, couro, yuzu, mimo- verão. — S.L.F.
com a duração de uma hora e meia, sa, folha de figo e de pêssego, algumas
foi uma surpresa de aniversário para o nunca ouvimos falar ou não consegui- R. Paiva de Andrada, 1, Lisboa
jovem Jorge, e permite-lhe construir de mos identificar. Maresia e Veraneio, as > T. 21 137 9398 > seg-dom
10h-20h > R. da Boavista, 81 C,
raiz um perfume só seu, e passível de ser primeiras fragrâncias da Opar, disponí- Lisboa > T. 21 587 3134 > seg-
reproduzido em quantos frascos quiser veis em formato de perfume e vela, invo- -dom 10h-20h > plus351.pt
(100ml, €169). cam uma viagem de Cascais ao Guincho.
A atividade faz parte da oferta da Ervas frescas da serra de Sintra, flores
Opar, o projeto de perfumaria artesa- que crescem nas dunas, aroma da es-
nal de Karolina Oledzka e Tanya Reda, puma do mar e de madeira à deriva são
que combina loja com laboratório, e que as notas de Maresia. As noites de verão
acaba de abrir uma segunda morada são representadas em Veraneio com um
em Lisboa, junto à Praça da Alegria. “O toque de rosas, madeira branca e uma
espaço da Lapa vai funcionar mais como combinação de óleos essenciais naturais
laboratório, aqui entramos no retalho, que repelem os mosquitos, revelando-se
com o lançamento das primeiras fra- herbal e fresco. Bons exemplos do que se
grâncias de assinatura”, explica Karolina, pode criar por aqui. — S.L.F.
criadora de marcas como a Cosmoss
by Kate Moss. Mais tarde, no processo, R. da Alegria, 41 D, Lisboa > T. 96 352 2320
Karolina há de dar protagonismo à per- > seg-sex 10h-18h > R. Garcia de Orta, 71C,
fumista Marie Aneas, responsável pela Lj. 11, Lisboa > por marcação
Visitar
um artista
japonês
em Bilbau
Quem for, neste verão, à maior
cidade do País Basco poderá,
também, viajar pelo imaginário
do artista nipónico Yoshitomo
Nara, na sua primeira grande
retrospetiva europeia
— PO R PED RO D IAS D E ALM EI DA ,
EM BILBAU
CORTESIA YOSHITOMO NARA FOUNDATION
O
ano de 1997 marca um “an-
tes” e um “depois” na vida de
Bilbau. A maior cidade basca,
com um passado industrial
e de arquitetura escura, pas-
sou, praticamente de um dia
para o outro, a ser um grande polo de atração
turística – competindo com a charmosa San
“Missing in Action”,
Sebastián, a 100 quilómetros, e a sua magnífica 1999 Retratos de
Praia de la Concha, bem no centro. Esse dia meninas de olhar e
foi 18 de outubro de 1997, o da inauguração atitude inquietantes
do Museu Guggenheim de Bilbau, com a ar- são a imagem de
quitetura icónica do norte-americano Frank marca da arte de
Yoshitomo Nara
Gehry, que continua, desde o primeiro dia, a
não deixar ninguém indiferente. É um daqueles
equipamentos culturais que funcionam como
GETTY IMAGES
chamariz de visitantes, independentemente da
programação. À sua frente tem estado, desde
a fundação, o diretor Juan Ignacio Vidarte,
que, em maio, anunciou que deixará o cargo Porquê estes
no final deste ano. O museu tem conseguido quadros de vai poder conhecer profundamente um dos
um bom equilíbrio entre exposições, que são mais bem-sucedidos artistas japoneses da
verdadeiros blockbusters, mutas vezes com o crianças atualidade – a exposição Yoshitomo Nara
apoio de grandes empresas (como El Arte de com grandes estará patente até 3 de novembro. É todo um
la Motocicleta, em 1999-2000, sobre a história
das motos; uma mostra dedicada ao estilista
cabeças? imaginário muito peculiar que ali se celebra,
à volta do artista nascido há 64 anos, numa
Giorgio Armani, em 2021, ou, há dois anos, “No dia em pequena localidade no Norte do Japão, e que
uma grande exposição sobre a indústria au- que souber tem agora, em Bilbau, a sua maior retrospetiva
tomóvel, pensada por Norman Foster), e uma de sempre num país europeu.
atenção à arte contemporânea internacional, responder
entre grandes referências e nomes menos co- exatamente a À CONQUISTA DO MUNDO
nhecidos do grande público. O cosmopolitismo
sem fronteiras impôs-se numa cidade que
essa questão, Olhando para os primeiros anos de vida de
Yoshitomo Nara, nada faria prever que ele se
sempre se orgulhou muito da sua identidade. deixarei de tornaria um artista plástico global, conquis-
Neste verão, quem passar por Bilbau e, pintar”, diz tando admiradores em todo o mundo. Com
além de um obrigatório passeio pelas rue- dois irmãos bem mais velhos, pais que traba-
las do bairro antigo à procura dos melhores Yoshitomo lhavam muitas horas (o pai e avô paterno eram
pintxos, for visitar o Museu Guggenheim Nara sacerdotes xintoístas), o pequeno Yoshitomo
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MY DRAWING ROOM, 2008
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ficava muito tempo sozinho, usando a imagi- Bilbau, cidade aberta errado. Não é aí que Nara se situa, reivindican-
nação para brincar e passar o tempo. Talvez Desde a inauguração do o seu lugar no mundo da pintura (mesmo
por isso ter sido enorme o impacto que teve do Museu Guggenheim, reconhecendo algumas influências da icono-
em 1997, a cidade
sobre ele, ainda antes de completar 10 anos, de Bilbau mudou
grafia japonesa de outros séculos, que também
a descoberta de uma rádio norte-americana radicalmente e passou está relacionada com algumas correntes da BD
(a Far East Network), criada para os militares a polo de atração de nipónica). Aos 64 anos, o japonês continua a
dos EUA no Extremo Oriente – tendo acesso turistas de todo o cultivar uma atitude jovial, com algo de ener-
à vibrante cena musical dos anos 60 norte- mundo. O “efeito Bilbau” gia punk. A música rock, aliás, nunca deixa
ou “efeito Guggenheim”
-americanos, de Bob Dylan aos Doors, mesmo tornou-se, mesmo,
de fazer parte da sua vida (ouve-se, até, a sair
que não conseguisse entender as letras. um caso de estudo de colunas na instalação My Drawing Room,
A sensação de solidão que experimentou na exemplar, que se de 2008, que simula o seu local de trabalho,
infância (mas que não associa ao sofrimento e tentou replicar com bonecos, desenhos e discos espalhados;
muito menos ao isolamento dos hikikomori, noutras cidades e, na página do Guggenheim Bilbao no Spotify,
que passam anos em reclusão nos seus quar- pode-se escutar, por estes dias, uma playlist
tos nas grandes cidades) voltaria a fazer parte criada por Nara). O artista assinou, mesmo,
do seu quotidiano, quando, entre 1988 e 1993, capas de discos para bandas como os japoneses
estudou artes (depois de já ter feito uma li- Shonen Knife ou os norte-americanos R.E.M.
cenciatura nessa área, em Aichi, no Japão) em Na conferência de Imprensa, para jornalis-
Dusseldorf, na Alemanha, sem nada entender tas de todo o mundo, que aconteceu em Bilbau
de alemão. A arte era o seu código universal, antes da inauguração da exposição, alguém
o seu passaporte, e essa experiência abriu-lhe ousou fazer ao artista japonês aquela pergun-
mundo (o artista alemão A.R. Penck foi, aí, um ta óbvia, que pode ocorrer imediatamente a
importante mestre para Nara). A sua carreira quem se cruza pela primeira vez com a obra
artística iria despontar após se mudar para Co- de Nara: “Porque tem pintado obsessivamente,
lónia, onde viveu até ao ano 2000. À primeira ao longo dos anos, estes retratos de crianças
vista, somos tentados a associar os icónicos com grandes cabeças?”. A resposta é breve: “No
desenhos e pinturas de Yoshitomo Nara, com dia em que eu souber responder exatamente a
as suas inquietantes figuras infantis de grandes essa questão, deixarei de pintar.” palmeida@visao.pt
cabeças, ao universo manga, a BD japonesa cada A VISÃO viajou a convite do Museu Guggenheim
vez mais popular em todo o mundo. Nada mais de Bilbau
MAX
O Prisioneiro
Depois de ver esta nova série
dinamarquesa é fácil concluir
que afinal a realidade nas
prisões é muito semelhante
em todo o mundo. Nos
EUA, em Portugal ou nos
economicamente saudáveis
países do Norte da Europa
existe sobrelotação de
reclusos, pressão sobre e
entre guardas prisionais,
tráfico e corrupção, violência
oculta, má conduta de parte
a parte.
Dizer ao novo guarda
prisional para chocalhar as
D.R.
N
presos que está a chegar
ão há imagens que acom- episódios de violência física e psicoló- e eles possam esconder o
panhem a voz de Elizabeth gica ditaram o rápido divórcio. haxixe e os esteroides, é um
Taylor no auge da carreira, O documentário desenrola fotogra- mau prenúncio do que se
quando, em 1964, conversou fias pessoais, vídeos amadores, outras passa numa das três cadeias
com o jornalista Richard Meryman. entrevistas e imagens noticiosas, ilustra- em risco de fechar.
Tinha 32 anos e achava que a conside- das com clipes dos seus papéis icónicos. O Prisioneiro, série
ravam de pouca confiança, imoral até. Corre em paralelo a sua vida na tela, os protagonizada pela atriz
Elizabeth Taylor (1932-2011) re- filmes e os seus casamentos, conquistas Sofie Gråbøl (The Killing,
presentava desde os dez anos, numa e perdas, como a morte do segundo ma- The Undoing), estreou
infância bucólica, segundo as suas pa- rido, o produtor Mike Todd, que morreu no festival Canneseries.
lavras, passada em estúdios de cinema num acidente de avião. Kim Fupz Aakeson criou a
cheios de vida, onde se produziam Ao lado de Richard Burton, em série depois de escrever o
30 filmes ao mesmo tempo e até os Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, romance Fangeleg (2021).
figurantes eram estrelas. interpretou o seu papel mais difícil, di- A ideia sempre foi entrar
As 40 horas de entrevistas áudio zendo sempre que tinha pouco talento num lugar secreto da
recém-descobertas estão na base do e que gostava de ter feito melhor. O sociedade, violento, perigoso
documentário realizado por Nanette casamento do par romântico foi po- e com muito barulho, que
Burstein (Hillary, On the Ropes) e que, lémico e os holofotes sobre Elizabeth contrastasse com a rotina
neste ano, fez parte da seleção oficial Taylor foram-se apagando, ao mes- “lá fora”, escura, silenciosa,
do Festival de Cinema de Tribeca e mo tempo que continuava a consumir claustrofóbica, cheia de
teve a sua estreia mundial no Festival drogas e álcool. segredos e tragédias
de Cinema de Cannes. Em 1985, numa entrevista a Domi- pessoais. — S.C.
Ter começado a carreira em Lassie nick Dunne, revelava que às vezes não
(1942) e National Velvet (1944), con- se lembrava de quem tinha sido antes 6 episódios, 60 min cada
tracenando primeiro com um cão e da fama. Nesse ano, a morte do grande
depois com cavalos, fez com que não a amigo e confidente Rock Hudson des-
levassem a sério. Aos 16 anos, apa- pertou-a para a luta contra a sida e a
rentava 24 e forjavam-lhe namoros defesa da comunidade LGBTQ, causas
para aparecer na imprensa. Liz Taylor que a levaram a criar uma fundação e a
cresceu depressa demais e pensou que lutar até ao fim. — Sónia Calheiros
ganharia maturidade quando casou,
aos 18 anos, com Nicky Hilton, mas Estreia 4 ago, dom > 100 min
o dilema frequente
Para Ana Aragão, o Cinema que contraria o universo
Batalha merece não apenas artístico, tantas vezes dominado
uma visita mas a frequência pelas quatro paredes brancas.”
PALAVRAS CRUZADAS
> > HORI ZON TAIS >> 1. Patife. Casa coberta de colmo, geralmente
circular, usada por índios brasileiros para habitação de uma ou mais
famílias. // 2. Parte da armação dos óculos que circunda a lente.
Guardaram silêncio. // 3. Dar ou tomar as cores ou os reflexos do
arco-íris. Quartzo translúcido de cores variadas. // 4. Mandado. Igualar
(prov.). // 5. Alternativa (conj.). Perfume, fragrância. // 6. Chumbo (s.
q.). Corrente. // 7. Corda ou correia para levar ou prender as bestas.
Animal vertebrado, ovíparo, de respiração pulmonar, sangue quente,
pele coberta de penas. // 8. Grande quantidade de líquido. Fazer
sobressair. // 9. Terminal de caixa automático (sigla). O traseiro.
// 10. Computador portátil de pouca espessura e ecrã táctil. Instituto
Nacional de Emergência Médica (sigla). // 11. Rezo. Pequeno artigo,
inserto no corpo do jornal, que contém o elogio de qualquer produto
exposto à venda. >> VERTICAIS >> 1. Avança. Demonstração de
grande luxo. // 2. Decisão, ato ou resposta incorreta. Partir, quebrar em
bocadinhos. // 3. O mesmo que louro. Furo devido a arrombamento.
// 4. Espécie de pandeiro quadrado, coberto de pele dos dois lados
e com soalhas. // 5. Cujo sabor é amargo, picante e corrosivo. Solo
da chaminé da cozinha. Érbio (s. q.). // 6. Contribuição Autárquica
(sigla). Que ou aquele que usa. // 7. Serve para chamar ou saudar
(interj.). Exprime o desejo de que algo aconteça. // 8. Que tem sentido
apurado de raciocínio ou de compreensão. Vereador. // 9. Santo
a quem é dedicado um templo ou capela. Antiga flauta pastoril.
// 10. Pesquisar minuciosamente. Invólucro das suas sementes ou
grãos. // 11. Ter devoção por. Habitação asiática construída sobre
quatro troncos e coberta de palmas.
SUDOKU QUIZ
— MÉDIO — PO R PED RO D IAS D E ALM EI DA