CEBs - CIRCULOS BIBLICOS CF 2024

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FRATERNIDADE E AMIZADE SOCIAL

“Vós sois todos irmãos e irmãs” (Cf. Mt 23,8)

Em 2024, já são 60 anos da Campanha da Fraternidade


(CF). Ela nasceu na arquidiocese de Natal em 1962, mas foi em
1964 que ela foi assumida pela CNBB em caráter nacional.
Celebrada sempre no Tempo da Quaresma, nos ajuda a bem viver
e celebrar essa grande preparação para a Festa da Páscoa. Alguns
ainda pensam que celebrar a CF na Quaresma pode prejudicar a
vivência desse tempo litúrgico. Mas se refletimos bem o sentido
da Quaresma, percebemos o quanto a CF só ajuda a nos
prepararmos para a Páscoa do Senhor. A Quaresma é tempo de
conversão e esta tem que ser integral. Por isso, ao tratar alguma
realidade social do Brasil que nega a vontade de Deus e fere os
irmãos e irmãs, a CF nos convida, nesse tempo propício, a uma
conversão pessoal e social para podermos bem celebrar a vitória
de Cristo sobre a morte.
Por isso, neste ano, inspirada na Encíclica do Papa
Francisco Fratelli Tutti (Todos irmãos), a CF nos traz o tema da
Fraternidade e Amizade Social. A amizade é uma das coisas
mais importantes para o ser humano, os amigos são os verdadeiros
tesouros que podemos ter. Mas não podemos nos fechar num
grupo seleto e particular. Somos todos irmãos e irmãs, filhos deste
Pai amoroso que é Deus, por isso, os laços de fraternidade e
amizade devem se estender por toda a sociedade. Não vivemos
isolados, mas num mundo com tantos desafios e onde todos
somos irmãos. Amizade social é, portanto, “fraternidade aberta,
que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas
independentemente da sua proximidade física” (FT 1); é “o amor
que se estende para além das fronteiras” (FT 99); “amor que
rompe as cadeias que nos isolam e separam, lançando pontes;

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amor que nos permite construir uma grande família onde todos
nós podemos nos sentir em casa” (FT 62).
O lema extraído do Evangelho de Mateus é o refrão que
deve orientar nossa vida cristã: “vós sois todos irmãos e irmãs”
(Mt 23,8). Na Igreja, existem muitos carismas, ministérios. Nem
todos desempenham a mesma função. Alguns são chamados a
exercer o ministério de presidência, de liderança. Isso é essencial
para a construção do Reino. Mas é importante não esquecer que
se os grandes do mundo dominam e oprimem, entre nós não pode
ser assim (Cf. Mc 10,42-45). Todos devemos servir, independente
da autoridade que tenhamos na comunidade de fé. Um só é o Pai
(Deus), o Mestre (Jesus) e o Guia (o Espírito Santo), e nós somos
todos irmãos e irmãs. Na Igreja, reina igual dignidade entre todos
pelo batismo. É nisso que tem insistido muito nosso querido Papa
Francisco com a reflexão sobre a sinodalidade. A CF deste ano
muito pode nos ajudar a crescer nessa compreensão e vivência.
Numa sociedade tão marcada pelo ódio, desconfiança e
inimizade, refletir o tema da Fraternidade e Amizade Social,
sobretudo no tempo quaresmal, é um grande convite a conversão
para de fato vivermos como irmãos e irmãs, superarmos as
desconfianças, conflitos e abraçarmos a paz. É tempo de
assumirmos que a filiação divina passa pela fraternidade entre
nós. Só viveremos como filhos de Deus, quando vivermos como
irmãos e irmãs!

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ORAÇÃO DA CF 2024

Deus Pai,
vós criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade.
Vós os resgatastes pela vida,
morte e ressurreição do vosso filho, Jesus Cristo,
e os tornastes filhos e filhas, santificados no Espírito!
Ajudai-nos, nesta Quaresma,
a compreender o valor da amizade social
e a viver a beleza da fraternidade humana aberta a todos,
para além dos nossos gostos, afetos e preferências
num caminho de verdadeira penitência e conversão.
Inspirai-nos um renovado compromisso batismal
com a construção de um mundo novo,
de diálogo, justiça, igualdade e paz!
Conforme a Boa-Nova do Evangelho!
Ensinai-nos a construir uma sociedade solidária,
sem exclusão, indiferença, violência e guerras!
E que Maria, vossa serva e nossa mãe,
eduque-nos para fazermos vossa santa vontade.
Amém!

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1º ENCONTRO:
“Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9)
Canto

Oração ao Espírito Santo

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Iniciando a conversa
Já são 60 anos da Campanha da Fraternidade (CF). Neste tempo
quaresmal, quando refletimos de modo especial sobre a conversão, a CF nos
ajuda a perceber alguma realidade brasileira que precisa mudar, nos ensina
que nossa conversão também tem que ser social. Esse ano, o tema é
Fraternidade e Amizade Social, e o lema é “Vós sois todos irmãos e irmãs”
(Mt 23,8). Mas... O que é amizade social? Quais situações em nossa
sociedade que vão contra essa amizade?

Canto de acolhida da Palavra

Leitura – Gênesis 4 ,1-9

Continuando a conversa
Os primeiros capítulos do livro do Gênesis nos falam sobre a criação
do mundo, do ser humano, a origem do pecado, da inimizade e da diversidade
entre os povos. O texto de Caim e Abel é muito conhecido por apresentar a
primeira quebra de fraternidade na bíblia e nos ajuda a ler a realidade de hoje
e o desafio de viver a amizade social.
– Por que Caim andava de cabeça baixa?
– Deus perguntou a Caim se ele podia dominar uma fera? Que fera
seria essa?
– Qual a pergunta de Deus a Caim depois que ele matou o irmão?
Qual a resposta de Caim?
– Será que somos indiferentes aos irmãos como Caim? Nossa
resposta hoje é como a dele?

Preces espontâneas

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Irmãos e irmãs, elevamos ao Senhor os pedidos que trazemos em
nossos corações, rezando:
Ajudai-nos, Senhor, a viver como irmãos e irmãs!

Pai nosso

Oração da CF (p. 3)

Bênção
Abençoe-nos o Deus todo misericordioso Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém!
Hino da CF (p. 25)

2º ENCONTRO:
“Seu amor me tem dado muita alegria” (Cf. Fm 7)
Canto

Oração ao Espírito Santo

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Iniciando a conversa
São muitos os sinais de inimizade social, muitos os conflitos.
Precisamos vencer a cultura do ódio, do cancelamento nas redes sociais. Mas
também podemos encontrar bonitos testemunhos de amizade que rompem
barreiras, preconceitos, estruturas. Quais situações de amizade social
encontramos em nossa comunidade e paróquia?

Canto de acolhida da Palavra

Leitura – Filêmon 7-17.

Continuando a conversa
A carta de Paulo a Filêmon é a mais curta que ele escreveu. Filêmon
era um cristão amigo de Paulo, possivelmente algum discípulo seu. Naquele
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tempo, havia escravidão e Filêmon tinha um escravo chamado Onésimo que
fugiu e foi procurar Paulo na prisão. O apóstolo então escreve essa carta
pedindo a Filêmon que recebesse Onésimo não mais como escravo, mas
como um irmão.
– Por que o amor de Filêmon dava alegria a Paulo?
– Para Paulo, Onésimo era como se fosse seu próprio o quê?
– Como Filêmon devia receber Onésimo?
– O que a relação de Paulo com Filêmon e Onésimo nos ensina sobre
a amizade e as relações sociais?

Preces espontâneas
Irmãos e irmãs, elevamos ao Senhor os pedidos que trazemos em
nossos corações, rezando:
Ajudai-nos, Senhor, a viver a amizade social!

Pai nosso

Oração da CF (p. 3)

Bênção
Abençoe-nos o Deus todo misericordioso Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém!
Hino da CF (p. 25)

3º ENCONTRO:
“Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8)
Canto

Oração ao Espírito Santo

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Iniciando a conversa
Vivemos em uma sociedade que semeia diariamente a destruição da
fraternidade e do sentir-se responsável pela dor dos nossos irmãos e irmãs.
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Infelizmente, ainda não compreendemos o significado de sermos todos
irmãos e irmãs, participantes de uma única família. Tendo dificuldade em
entender, como diz o Papa Francisco, que o nosso realizar-se e a nossa
salvação não se dá sozinho. Diante disso, quais os sinais de inimizade social
na nossa comunidade que corrompe a fraternidade?

Canto de acolhida da Palavra

Leitura – Mateus 23,1-12

Continuando a conversa
O trecho que lemos hoje do Evangelho de Mateus trata-se de uma
advertência de Jesus aos mestres da Lei e aos fariseus. A partir disso,
entendemos que ela não é direcionada somente a eles, mas a todos que assim
como eles, agem instrumentalizando a fé e transformando a religião em
verdadeiros fardos pesados, sendo, na comunidade, falsos profetas.
- O que Jesus pede com relação aos mestres da Lei e aos fariseus?
- Qual o comportamento deles na sociedade daquele tempo?
- O que Jesus adverte ao povo após ter apresentado como os fariseus
e mestres da Lei agem?
- De quem estamos sendo sinais na nossa comunidade: dos fariseus e
mestres da lei que manipulam a fé? Ou de verdadeiros profetas que geram
vida?

Preces espontâneas
Irmãos e irmãs, elevamos ao Senhor os pedidos que trazemos em
nossos corações, rezando:
Ajudai-nos, Senhor, a viver como irmãos e irmãs!

Pai nosso

Oração da CF (p. 3)

Bênção
Abençoe-nos o Deus todo misericordioso Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém!
Hino da CF (p. 25)

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4º ENCONTRO:
“Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos”
(Jo 15,13)
Canto

Oração ao Espírito Santo

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Iniciando a conversa
Vivemos em meio a uma crise humanitária e ecológica, onde milhares
de pessoas vivem à margem da nossa sociedade, em meio a situações
desumanas. Isso não está alheio a nossa fé, pelo contrário, o sofrer dos nossos
irmãos e irmãs está estritamente associado ao nosso agir. Como uma questão
essencial de fé. Devemos lembrar que somos todos irmãos e irmãs e temos a
mesma dignidade e igualdade. O que costumamos fazer diante ao sofrimento
dos nossos irmãos e irmãs? Como Igreja, buscamos resolver?

Canto de acolhida da Palavra

Leitura – João 15 ,12-17

Continuando a conversa
O trecho que lemos hoje traz um apelo de Jesus a nós: amem-se uns
aos outros! Característica fundamental dos seguidores de Jesus. Esse amor
não se dá de qualquer maneira, mas de forma mútua e igual. Tendo como
exemplo o próprio Jesus. Entendendo que o amor de Jesus não é um amor
sem compromisso, pelo contrário; é aquele que rompe barreiras, tornando as
pessoas iguais, superando as mais diversas formas de discriminações e
violências.
- Qual o mandamento apresentado por Jesus?
- O que devemos fazer para sermos chamados de amigos?
- Como Jesus chama aqueles que são seus seguidores?
- Estamos sendo sinais do Reinado de Deus para com os nossos
irmãos e irmãs? Se sim, como?

Preces espontâneas
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Irmãos e irmãs, elevamos ao Senhor os pedidos que trazemos em
nossos corações, rezando:
Ajudai-nos, Senhor, a sermos sinais do seu amor!

Pai nosso

Oração da CF (p. 3)

Bênção
Abençoe-nos o Deus todo misericordioso Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém!
Hino da CF (p. 25)

5º ENCONTRO:
“Alarga o espaço da tua tenda” (Is 54,2)
Canto

Oração ao Espírito Santo

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Iniciando a conversa
Se pararmos para pensar, vivemos em um país onde os níveis de
pobreza, exclusão e marginalização são alarmantes. Segundo o Papa
Francisco, os “avanços da sociedade não são assim tão reais nem estão
garantidos duma vez por todas” (FT 20), ou seja, o modelo de sociedade que
temos não é pensando para todos, mas para a rejeição de qualquer tipo de
coletividade e cuidado com a vida e a casa comum. Diante disso, quais as
ações na nossa comunidade e paróquia que são sinais de cuidado e zelo pela
vida?

Canto de acolhida da Palavra

Leitura – Isaías 54 ,2-4

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Continuando a conversa
O trecho que lemos hoje de Isaías propõe uma reflexão acerca do
acolhimento de todos e todas. Em um mundo que exclui e segrega tantas
pessoas, devemos ser sinais de saída, igualdade e acolhida. Isso não deve se
dar de qualquer forma, mas como uma comunidade de verdadeiros irmãos,
capazes de estarem em uma mesma tenda. Segundo o Papa Francisco, é
nosso dever desenvolver “uma cultura sociopolítica que inclua o
acolhimento gratuito” (FT 141).
- Segundo a leitura, o que devemos fazer?
- O que acontece com aqueles que alargam o espaço da sua tenda?
O que o texto diz que não devemos ter?
- Diante disso, estamos sendo sinais de acolhida na nossa
comunidade? Em especial aos pobres e marginalizados da nossa sociedade?
Preces espontâneas
Irmãos e irmãs, elevamos ao Senhor os pedidos que trazemos em
nossos corações, rezando:
Ajudai-nos, Senhor, na construção de um mundo de irmãos e irmãs!

Pai nosso

Oração da CF (p. 3)

Bênção
Abençoe-nos o Deus todo misericordioso Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém!
Hino da CF (p. 25)

VIA-SACRA

Dirigente: Rezar a via-sacra é fazer memória da Paixão de Jesus, sua vida


doada e entregue até as últimas consequências. Ao mesmo tempo, é perceber
que em cada irmão e irmã que sofre, é o próprio Jesus que passa pelo
caminho da cruz novamente. Por isso, nesse tempo que a Campanha da
Fraternidade nos convida a refletir sobre AMIZADE SOCIAL, possamos, ao
contemplar a Paixão de Jesus, viver a fraternidade e fazer da nossa vida
doação e serviço ao próximo, especialmente aos pobres e excluídos.

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Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Hino da CF 2024 (p. 25)

1ª ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO À


MORTE1

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes
o mundo.

Leitor: “Pilatos perguntou: «E o que vou fazer


com Jesus, que chamam de Messias?» Todos
gritaram: «Seja crucificado!»... Pilatos viu
que nada conseguia, e que poderia haver uma
revolta. Então mandou trazer água, lavou as
mãos diante da multidão, e disse: «Eu não sou
responsável pelo sangue desse homem. É um
problema de vocês»... Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus,
e o entregou para ser crucificado” (Mt 27,22.24.26).

Dirigente: O Senhor continua sendo condenado à morte na pessoa de tantos


irmãos e irmãs. Os poderosos continuam lavando as mãos diante da morte
do povo. Por isso, é preciso que “reconheçamos Cristo em cada ser humano,
para O vermos crucificado nas angústias dos abandonados e dos esquecidos
deste mundo e ressuscitado em cada irmão que se levanta” (FT 287).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Ao morrer crucificado / Meu Jesus é condenado / Pelo pecado do


mundo (bis) / Pela virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa / perdoai-nos,
Bom Jesus (bis).

*
As imagens da via-sacra são obra do argentino Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel
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2ª ESTAÇÃO: JESUS CARREGA A CRUZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes
o mundo.

Leitor: “Em seguida, os soldados de Pilatos


levaram Jesus ao palácio do governador, e
reuniram toda a tropa em volta de Jesus.
Tiraram a roupa dele, e o vestiram com um
manto vermelho; depois teceram uma coroa de
espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e
uma vara em sua mão direita. Então se
ajoelharam diante de Jesus e zombaram dele,
dizendo: «Salve, rei dos judeus!». Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram
na sua cabeça. Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho,
e o vestiram de novo com as próprias roupas dele; daí o levaram para
crucificar” (Mt 27,27-31).

Dirigente: Nas ruas de nossas cidades, Jesus continua sendo zombado,


cuspido e despido na pessoa dos nossos irmãos e irmãs moradores de rua,
humilhados, às vezes até por forças policiais. Igualmente tem que carregar a
cruz, Nosso Senhor na pessoa dos povos indígenas que têm suas terras
invadidas, seus líderes assassinados. “Viver indiferentes à dor não é uma
opção possível; não podemos deixar ninguém caído «nas margens da vida».
Isto deve indignar-nos de tal maneira que nos faça descer da nossa serenidade
alterando-nos com o sofrimento humano” (FT 68).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Com a cruz é carregado / pelo peso acabrunhado, vai morrer por
nosso amor (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-
nos, Bom Jesus. (bis).

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3ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA
PRIMEIRA VEZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Me atira no meio da lama, e eu fico


misturado com o pó e a cinza. Clamo para ti,
e tu não me respondes. Eu insisto, e tu não te
importas comigo” (Jó 30,19-20).

Dirigente: O clamor de Jó nos recorda a


agonia de Jesus ao cair com o peso da cruz.
Nós também caímos muitas vezes com o peso de nossos problemas. Mas o
importante é não ficar no chão. Saber levantar e ajudar os irmãos a
levantarem. Infelizmente, apesar de rezarmos tanto, muitas vezes não somos
capazes de socorrer Jesus presente nos irmãos caídos. Curioso como também
tantas pessoas não religiosas são tão solidárias com o próximo. “O paradoxo
é que, às vezes, quantos dizem que não acreditam podem viver melhor a
vontade de Deus do que os crentes” (FT 74). Por isso, precisamos
urgentemente reconhecer Nosso Senhor nos irmãos sofredores.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Sob o peso desmedido, cai Jesus desfalecido, / Pela nossa salvação.
(bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-nos, Bom
Jesus. (bis)

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4ª ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA COM
SUA MÃE

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “A mãe de Jesus, a irmã da mãe dele,


Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam
junto à cruz. Jesus viu a mãe e, ao lado dela,
o discípulo que ele amava. Então disse à mãe:
«Mulher, eis aí o seu filho». Depois disse ao
discípulo: «Eis aí a sua mãe». E dessa hora em
diante, o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo
19,25-27).

Dirigente: Maria, como a mais perfeita discípula, estava junto do filho até
no momento mais doloroso. Ela chora pelo sofrimento do filho, aquele que
carregava as dores do mundo, solidário a todos os povos crucificados. Ainda
hoje são muitas as mães que choram o sofrimento e até a morte de seus filhos.
Muitos tiveram suas vidas ceifadas pelo tráfico, outros sofrem nas prisões,
ou desempregados, com alguma doença; em outros casos, as mães sentem a
dor de ver e ouvir seus filhos chorando de fome. Precisamos amar e servir
essas mães sofridas, recordando que “a estatura espiritual duma vida humana
é medida pelo amor” (FT 92).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Vê a dor da Mãe amada, que se encontra desolada, / com seu Filho
em aflição. (bis) / Pela Virgem dolorosa / Vossa Mãe tão piedosa / Perdoai-
nos, Bom Jesus. (bis)

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5ª ESTAÇÃO: SIMÃO CIRINEU AJUDA
A CARREGAR A CRUZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Quando saíram, encontraram um


homem chamado Simão, da cidade de Cirene,
e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus” (Mt
27,32).

Dirigente: A cruz, por vezes, é pesada demais


para se carregar só. Por um momento da sua
via dolorosa, Jesus contou com a ajuda de Simão Cirineu. O que seria de nós
se não tivéssemos tantos “Cirineus” para nos ajudar nos momentos mais
difíceis. O desafio é também nós sermos “Cirineu” para os outros, ou seja,
ajudarmos os irmãos e irmãs a carregarem a cruz, seja uma depressão, o
preconceito, o desemprego, a fome. A amizade social também passa por
garantirmos essa ajuda e solidariedade à nível estrutural, pois é “um ato de
caridade, igualmente indispensável, o empenho com o objetivo de organizar
e estruturar a sociedade de modo que o próximo não se venha a encontrar na
miséria” (FT 186).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: No caminho do Calvário, um auxílio necessário, / Não lhe nega o


Cireneu. (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-nos,
Bom Jesus. (bis)

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6ª ESTAÇÃO: VERÔNICA ENXUGA O
ROSTO DE JESUS

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Pois o Deus que disse: «Do meio das


trevas brilhe a luz!» foi ele mesmo que reluziu
em nossos corações para fazer brilhar o
conhecimento da glória de Deus, que
resplandece na face de Cristo” (2Cor 4,6).

Dirigente: O rosto de Jesus aparece


ensanguentado no lenço de verônica e hoje também aparece sujo de sangue
em tantos irmãos violentados pelo preconceito. São milhões de migrantes
barrados ou discriminados nos países que os recebem. O rosto de Cristo jaz
ferido principalmente pelo racismo estrutural de nossas sociedades. “Nos
envergonham as expressões de racismo, demonstrando assim que os
supostos avanços da sociedade não são assim tão reais” (FT 20). E mais, o
Papa Francisco denuncia que “o racismo é um vírus que muda facilmente e,
em vez de desaparecer, dissimula-se, mas está sempre à espreita” (FT 97).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Eis o rosto ensanguentado, por Verônica enxugado, / Que no pano


apareceu. (bis) / Pela Virgem dolorosa / Vossa Mãe tão piedosa / Perdoai-
nos, Bom Jesus. (bis)

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7ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA
SEGUNDA VEZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “De fato, para isso é que vocês foram


chamados, pois Cristo também sofreu por
vocês, deixando-lhes exemplo para que sigam
os passos dele. Ele não cometeu nenhum
pecado e mentira nenhuma foi encontrada em
sua boca. Quando insultado, não revidava; ao
sofrer, não ameaçava. Antes, depositava sua
causa nas mãos daquele que julga com justiça” (1Pd 2,21-23).

Dirigente: São muitos os irmãos caídos e muitas as quedas na vida; Jesus se


faz presente em todos eles e em todos os momentos. Hoje, uma cruz que faz
muitos irmãos e irmãs caírem é a intolerância religiosa, ou seja, desrespeitar
e agredir o outro só porque é de outra Igreja ou religião. Quem tem fé de
verdade, não ofende a fé do outro. O Papa Francisco nos recorda que “a
Igreja valoriza a ação de Deus nas outras religiões” (FT 277) e que “o amor
de Deus é o mesmo para cada pessoa, seja qual for a religião. E se é um ateu,
é o mesmo amor” (FT 281). Por isso, precisamos nos unir a todos os irmãos
e irmãs para construirmos juntos um mundo mais justo e fraterno, sinal do
Reino de Deus.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Novamente desmaiado, sob a cruz que vai levando, / Cai por terra o
Salvador. (bis) / Pela Virgem dolorosa / Vossa Mãe tão piedosa / Perdoai-
nos, Bom Jesus. (bis)

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8ª ESTAÇÃO: AS MULHERES DE
JERUSALÉM CHORAM AO VER
JESUS

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Uma grande multidão do povo o


seguia. E mulheres batiam no peito, e
choravam por Jesus. Jesus, porém, voltou-se
e disse: «Mulheres de Jerusalém, não chorem
por mim! Chorem por vocês mesmas e por
seus filhos! Porque dias virão, em que se dirá:
‘Felizes das mulheres que nunca tiveram filhos, dos ventres que nunca deram
à luz e dos seios que nunca amamentaram’” (Lc 23,27-29).

Dirigente: Muitas são as mulheres que vivem em situações desumanas no


Brasil. Segundo dados, a cada dez mulheres, três já sofreram ou sofrem
violência doméstica dentro de suas próprias casas, muitas submetidas a esse
tipo de vida devido o modelo de sociedade que temos, onde as oportunidades
não são as mesmas para todos e a desigualdade de gênero cresce e exclui.
Jesus chora com essas mulheres, pois nelas está o próprio Cristo, Aquele que
sofre e padece por circunstâncias desiguais e injustas da nossa civilização.
Infelizmente, o modelo de “organização das sociedades em todo o mundo
ainda está longe de refletir com clareza que as mulheres têm exatamente a
mesma dignidade e idênticos direitos que os homens” (FT 23).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Das mulheres que choravam, que fiéis O acompanhavam, / É Jesus


consolador. (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-
nos, Bom Jesus. (bis).

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9ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA
TERCEIRA VEZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Venham para mim todos vocês que


estão cansados de carregar o peso do seu
fardo, e eu lhes darei descanso. Carreguem a
minha carga e aprendam de mim, porque sou
manso e humilde de coração, e vocês
encontrarão descanso para suas vidas” (Mt
11,28-29).

Dirigente: A queda de Jesus não é por conta de qualquer coisa, mas é queda
de solidariedade, compaixão e misericórdia por todos aqueles que são
excluídos, marginalizados e violentados na nossa sociedade. Jesus desfalece
por tantos pobres que tem seus direitos negados e retirados e por tantos que
ainda em ambientes públicos são excluídos e julgados, como as pessoas
homossexuais. E isso não é indiferente a Jesus, pelo contrário, é sua carne
que também está sofrendo, é nossa carne que também deve padecer por
tantos irmãos e irmãs abandonados e largados. Que possamos ser sinais de
amor e entender que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias
dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem,
são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos
discípulos de Cristo” (GS 1).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Cai exausto o Bom Jesus, esmagado pela dor, / Do pecado e da cruz.
(bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-nos, Bom
Jesus (bis).

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10ª ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO
DE SUAS VESTES

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Quando crucificaram Jesus, os


soldados repartiram as roupas dele em quatro
partes. Uma parte para cada soldado.
Deixaram de lado a túnica. Era uma túnica
sem costura, feita de uma peça única, de cima
até em baixo. Então eles combinaram: «Não
vamos repartir a túnica. Vamos tirar a sorte,
para ver com quem fica.» Isso era para se cumprir a Escritura que diz:
«Repartiram minha roupa e sortearam minha túnica.» E foi assim que os
soldados fizeram” (Jo 19,23-24).

Dirigente: Ao disporem as vestes de Jesus buscavam humilha-lo e o


envergonhar, representando uma verdadeira retirada da sua dignidade.
Atualmente, não diferente de Jesus, muitos são os irmãos e as irmãs que são
despidos devido a desigualdade social, que segrega e maltrata a maioria dos
povos do mundo. Nosso país, hoje em dia, tem índices enormes de extrema
pobreza conseguindo também se destacar em um número alarmante de
presidiários que são submetidos a verdadeiras sessões de torturas dentro dos
presídios. Eles, assim como Jesus, são despidos e expostos a situações
desumanas e cruéis. Devemos entender que eles também são os nossos
irmãos e irmãs e devem ter sua dignidade assegurada e suas vidas
preservadas. Lembremos que “o culto sincero e humilde a Deus «leva, não à
discriminação, ao ódio e à violência, mas ao respeito pela sacralidade da
vida, ao respeito pela dignidade e a liberdade dos outros e a um solícito
compromisso em prol do bem-estar de todos” (FT 283).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Já do algoz as mãos agrestes, as sangrentas pobres vestes, / Vão tirar


do bom Senhor. (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, /
Perdoai-nos, Bom Jesus. (bis)
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11ª ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA
CRUZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Quando chegaram ao chamado


«lugar da Caveira», aí crucificaram Jesus e os
criminosos, um à sua direita e outro à sua
esquerda. E Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes!
Eles não sabem o que estão fazendo!»” (Lc
23,33-34).

Dirigente: É de fundamental importância


entendermos que as pessoas que sofrem no nosso mundo têm que ter os seus
direitos respeitados e garantidos, pois todos têm a mesma dignidade. Junto
com Jesus é pregado diversas realidades de dor e sofrimento, como os pobres
que moram na periferia, que são caçados e dizimados só por viverem ali.
Jovens negros que tem suas vidas ceifadas por uma política violenta e por
uma polícia que não respeita a vida, mas traz, em muitos contextos, um falso
senso de segurança. Junto com Jesus, que é pregado na cruz, somos
chamados a desenvolver uma “cultura do encontro que exige que, no centro
de toda a ação política, social e econômica, se coloque a pessoa humana, a
sua sublime dignidade e o respeito pelo bem comum” (FT 232).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Sois por nós à cruz pregado, insultado, blasfemado, / Com cegueira
e com furor. (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-
nos, Bom Jesus. (bis)

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12ª ESTAÇÃO: JESUS MORRE NA
CRUZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “Já era mais ou menos meio-dia, e


uma escuridão cobriu toda a região até às três
horas da tarde, pois o sol parou de brilhar. A
cortina do santuário rasgou-se pelo meio.
Então Jesus deu um forte grito: «Pai, em tuas
mãos entrego o meu espírito.» Dizendo isso,
expirou. O oficial do exército viu o que tinha
acontecido, e glorificou a Deus, dizendo: «De fato! Esse homem era justo!» ”
(Lc 23,44-47).

Dirigente: Jesus não foi assassinado por conta de qualquer coisa, mas devido
a sua fé no Deus libertador, que fez com que ele denunciasse o modelo e o
estilo religioso e político que pregava a morte, a exclusão e a marginalização
de inúmeros cidadãos. Quantos irmãos e irmãs nossos são torturados e
violentados atualmente pelo mesmo sistema, em moldes diferentes e com
uma força e proporção bem maior, que menospreza o pequeno agricultor, que
gera renda para sua família e comunidade; quantos moradores de rua têm
suas vidas tiradas e sua dignidade arrancada por estarem onde estão, sem
direitos e muito menos condições essenciais para a sua sobrevivência.
Devemos entender que foi em defesa deles, a comunidade pobre e sofrida,
que Jesus foi condenado, e é por conta disso que inúmeros irmãos e imãs são
condenados hoje. Mas diferente do que se pensava, a cruz não significa
morte, mas gera vida e vida em abundância.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Por nós todos padecestes, / Bom Jesus por nós morrestes, / Quanta
angústia, quanta dor! (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, /
Perdoai-nos, Bom Jesus. (bis)

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13ª ESTAÇÃO: JESUS É DESCIDO DA
CRUZ

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “José foi a Pilatos, e pediu o corpo de


Jesus. Desceu o corpo da cruz, o enrolou num
lençol, e o colocou num túmulo escavado na
rocha, onde ninguém ainda tinha sido
sepultado” (Lc 23,52-53).

Dirigente: Ao olharmos para a imagem de


Jesus descido da cruz, vemos as diversas realidades de injustiça e
desigualdades no Brasil, percebemos o quanto é necessária a nossa ação para
reverter essas estruturas que maltratam a vida de tantos irmãos e irmãs
nossos. Entendendo que é fundamental, como questão de fé, descermos
também da cruz aqueles que já não tem mais esperança devido a situações
deploráveis que vivem. Como cristãos, devemos moldar uma nova
comunidade onde o amor e a fraternidade sejam bases e onde “todos sejamos
irmãos, onde haja lugar para cada descartado das nossas sociedades, onde
resplandeçam a justiça e a paz” (FT 278).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: Do madeiro vos tiraram, e à Mãe vos entregaram, / Com que dor e
compaixão. (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-
nos, Bom Jesus. (bis)

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14ª ESTAÇÃO: JESUS É COLOCADO
NO SEPULCRO

Dirigente: Nós Vos adoramos, Senhor Jesus


Cristo, e Vos bendizemos.
Todos: Porque pela Vossa Santa Cruz
remistes o mundo.

Leitor: “No lugar onde Jesus fora crucificado


havia um jardim, onde estava um túmulo, em
que ninguém ainda tinha sido sepultado.
Então, por causa do dia de preparativos para
a Páscoa e porque o túmulo estava perto, lá
colocaram Jesus” (Jo 19,41-42).

Dirigente: Diferente do que se pensava, a morte não significou e não


significa o fim; pelo contrário, representa a ressureição e a vida plena. O
Reinado de Deus já deve ser provado e vivido aqui. Por conta disso, em meio
a tanta miséria, injustiça e marginalização, é nosso dever, como seguidores
de Jesus, promover uma realidade de justiça e fraternidade. Diante dos
inúmeros irmãos e irmãs nossos que morrem sem dignidade e direitos
básicos, é necessário lutar, denunciar e profetizar um mundo melhor e igual
para todos. Não podemos aceitar um mundo “projetado para explorar as
nossas fraquezas e tirar fora o pior das pessoas” (FT 205). Faz parte da nossa
fé a promoção e a luta por um mundo onde todos sejam protagonistas,
promotores de estruturas que gerem vida e vida em abundância.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Canto: No sepulcro vos puseram, mas teu povo tudo espera / do mistério da
paixão (bis) / Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, / Perdoai-nos,
Bom Jesus. (bis).

Oração da CF 2024 (p. 3)

Abençoe-nos o Deus rico em misericórdia Pai e Filho e Espírito Santo.


Amém!

24
CÂNTICOS

01. HINO DA CAMPANHA DA assim plantaremos a paz: / “Corações


FRATERNIDADE 2024 ardentes e pés a caminho” (cf Lc 24,
Letra: Douglas Diego Palmeira Rocha 32-33)

1. Conduzidos a este deserto, (cf Mc 5. “Alarga o espaço da tenda” (Is


1, 13) / Deus nos chama à libertação 54,2) / e promove a amizade social,
(cf Ex 3,8; 20,2) / da indiferença e (cf EG 228) / vence as sombras dum
divisão: / “Onde está tua irmã, teu mundo fechado, / construindo Igreja
irmão?” (cf Gn 4,9) / “Eis a hora! O sinodal. / Convertidos, renovados
Reino está perto, / Crê na Palavra e na veremos / novo céu, nova terra,
conversão. (Mc 1,15) afinal. (Ap 21,1-7).

“Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 02. SENHOR, EIS AQUI O TEU
23,8) / é palavra de Cristo, o Senhor; POVO
/ pois a fraternidade humana / deve Senhor, eis aqui o teu povo / Que
ser conversão e valor. / Seja este um vem implorar teu perdão / É grande
tempo propício (cf 2Cor 6,2) / para o nosso pecado / Porém, é maior o
abri-nos, enfim, ao amor! teu coração

2. A Quaresma nos chama a assumir / 1.Sabendo que acolheste Zaqueu, o


um amor que supera barreiras, (FT 1) cobrador / E assim lhe devolveste tua
/ desejando abraçar e acolher, (FT 3) paz e teu amor / Também nos
/ se estendendo além das fronteiras, colocamos ao lado dos que vão /
(FT 99) / rompendo as cadeias que Buscar no teu altar a graça do perdão
isolam, / construindo relações
verdadeiras. (FT 62) 2. Revendo em Madalena a nossa
própria fé / Chorando nossas penas
3. Misericórdia, pecamos, Senhor, (Sl diante dos teus pés / Também nós
50,3) / sem no outro um irmão desejamos o nosso amor te dar
enxergar. / Mas queremos vencer os / Porque só muito amor nos pode
conflitos, / pela cultura do encontro libertar
lutar. (FT 30) / Em unidade na 03. PROVA DE AMOR MAIOR
pluralidade, / um só Corpo queremos NÃO HÁ
formar! (cf 1Cor 12,12-31) Prova de amor maior não há que
doar a vida pelo irmão (bis)
4. O Senhor nos propõe aliança (Gn
9,8-15) / e nos trata com terno 1 Eis que Eu vos dou o meu Novo
carinho. (Sl 102,4) / Superemos Mandamento / Amai-vos uns aos
divisões, extremismos / ninguém vive outros como / Eu vos tenho amado
o chamado sozinho. (FT 32) / Só
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2. Vós sereis os meus amigos se presença junto a todo sofredor: /
seguirdes meus preceitos / Amai-vos Onde sofre o teu irmão, eu estou
uns aos outros como / Eu vos tenho sofrendo nele
amado
3. "Entreguei a minha vida pela
3. Como o Pai sempre me ama, assim salvação de todos" / Reconstrói,
também / Eu vos amei protege a vida de indefesos e
/ Amai-vos uns aos outros como Eu inocentes: / Onde morre o teu irmão,
vos tenho amado eu estou morrendo nele

04. AGORA O TEMPO SE 06. TODO POVO SOFREDOR


CUMPRIU Todo povo sofredor / O seu pranto
Agora o tempo se cumpriu / esquecerá / Pois o que plantou na
O reino já chegou / Irmãos, dor / Na alegria colherá!
convertam-se / E creiam firmes no
evangelho! 1.Retornar do cativeiro / Fez-se
sonho verdadeiro / Sonho de
1 Feliz aquele homem que não anda libertação / Ao voltarem os exilados /
Conforme os conselhos dos perversos Deus trazendo os deportados /
Libertados pra Sião!
2. Quem não entra no caminho dos
malvados / Nem junto aos 2. Nós ficamos tão felizes / Nossa
zombadores vai sentar-se boca foi sorrisos / Nossos lábios só
canções! / Nós vibramos de alegria /
3. Mas encontra seu prazer na lei de O Senhor fez maravilhas / Publicaram
Deus / E a medita, dia e noite, sem as nações!
cessar
07. AH, SE O POVO DE DEUS
05. EU VIM PARA QUE TODOS NO SENHOR CRESCE
TENHAM VIDA 1.Ah, se o povo de Deus no Senhor
"Eu vim para que todos tenham vida cresse,
/ Que todos tenham vida ah, se hoje atendesse sua voz!
plenamente" (bis) Ah, se a gente atendesse sua voz!
Vamos juntos fazer louvação,
1 Reconstrói a tua vida em comunhão Neste templo, aclamar o Senhor,
com teu Senhor; / Reconstrói a tua O rochedo pra nós, salvação,
vida em comunhão com teu irmão: / Com alegria cantar seu louvor!
Onde está o teu irmão, eu estou Com alegria cantar seu louvor!
presente nele
2. Ah, se a gente atendesse sua voz!
2. "Eu passei fazendo o bem, eu curei Grande Deus, sobre todos é Rei.
todos os males" / Hoje és minha Fez a terra, as montanhas, o mar.

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De alto a baixo, o que existe é seu. o passo / E diz que ele dormiu
Nosso Deus tem o mundo na mão! embriagado
08. UMA SÓ SERÁ A MESA Entre nós está e não O conhecemos
1.Quando os pés o chão tocarem / Entre nós está e nós O desprezamos
Para a dança começar; / Quando as
mãos se entrelaçarem / Vida nova há 3. Seu nome é Jesus Cristo e é
de brotar. analfabeto / E vive mendigando um
subemprego / E a gente quando vê,
2.Toma, ó Pai, o amor perfeito / Pelo diz: "é um à toa / Melhor que
rio, a mata, a flor... / Que o índio traz trabalhasse e não pedisse"
no peito: / É louvor ao Criador!
4. Seu nome é Jesus Cristo e está
Uma só será a mesa, / Terra-mãe banido / Das rodas sociais e das
será o altar. / O sustento, a natureza, igrejas / Porque d'Ele fizeram um Rei
/ Em milagres, vai nos dar! potente / Enquanto Ele vive como um
pobre
3.Eis aqui, Senhor, as dores / Deste
Cristo-Povo-Irmão. / Sejam hinos
seus clamores / Na defesa de seu 10. TUA PALAVRA É!
chão. Tua Palavra é! / Luz do meu
caminho! / Luz do meu caminho,
4.Nova Terra nós sonhamos / Onde meu Deus! / Tua Palavra é!
todos têm lugar. / Os direitos nós
buscamos: / Vida, pão, respeito, lar... 1.Tua Palavra está nas ondas do mar!
/ Tua Palavra está no sol a brilhar! /
5.Povos todos, terra inteira / Te Tua Palavra está no pensamento, no
pertencem, ó Senhor! / Que os males sentimento/ Tua Palavra está!
e as fronteiras / Dêem lugar ao Pleno
Amor
11. LOUVOR E GLORIA A TI,
09. SEU NOME É JESUS CRISTO SENHOR
1.Seu nome é Jesus Cristo e passa Louvor e glória a ti, Senhor
fome / E grita pela boca dos famintos Cristo, Palavra de Deus!
/ E a gente quando vê passa adiante / Cristo, Palavra de Deus!
Às vezes pra chegar depressa a igreja
1.Oxalá ouvísseis hoje sua voz!
Não fecheis os vossos corações
2. Seu nome é Jesus Cristo e está sem Louvor e glória a ti, Senhor
casa / E dorme pelas beiras das Cristo, Palavra de Deus!
calçadas / E a gente quando vê aperta Cristo, Palavra de Deus!

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O Homem não vive somente de pão
Mas de toda palavra da boca de Deus!

12. EU VIM PARA ESCUTAR


1. Eu vim para escutar / Tua palavra,
Tua palavra / Tua palavra de amor.
2. Eu quero entender melhor / Tua
palavra, Tua palavra / Tua palavra de
amor.
3. O mundo ainda vai viver / Tua
palavra, Tua palavra / Tua palavra de
amor.

13. PALAVRA NÃO FOI FEITA


PARA DIVIDIR NINGUÉM
Palavra não foi feita para dividir
ninguém, / Palavra é uma ponte
onde o amor vai e vem. (bis)
Palavra não foi feita dominar, /
Destino da palavra é dialogar; /
palavra não foi feita para a opressão,
/ destino da palavra é a união .

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