O Trabalho e A Saúde Mental: Práticas Comunicativas E Criativas
O Trabalho e A Saúde Mental: Práticas Comunicativas E Criativas
O Trabalho e A Saúde Mental: Práticas Comunicativas E Criativas
O carpinteiro imagina um móvel, faz o desenho com as medidas, corta madeira, dá a ela a
forma que imaginou e depois monta, enverniza e lustra o móvel que construiu. Admira a obra que
realizou com seu trabalho criativo. Ele tem um resultado que lhe dá satisfação, mesmo que não
lhe dê muitos milhões em dinheiro por mês. Já o cobrador de ônibus fica o dia todo sentado, não
fala com ninguém, mal olha para as pessoas, apenas recebe o dinheiro e dá o troco durante 8
horas por dia. No fim, está deprimido e cansado de fazer esse trabalho repetitivo e monótono.
Nem muitos milhões em dinheiro seriam suficientes para pagar trabalho tão ingrato.
Um operário da linha de montagem de televisores põe uma pecinha em um aparelho que
imediatamente é transportado pela esteira de montagem para outro operário, que coloca outra
pecinha, e assim por diante. E um dia passa: um aparelho, uma pecinha, outro aparelho, outra
pecinha, mês após mês, ano após ano.
Assim trabalham hoje milhões de pessoas em todo o mundo: sem gosto, sem alegria, sem
prazer. Por isso, não é exagero dizer que o mundo moderno, com sua tecnologia, tirou da maioria
dos seres humanos algo de que eles precisam e gostam: o trabalho criativo, que dá prazer.
Quem faz o que gosta enquanto trabalha sente pouco a diferença entre trabalho e lazer. Nesse
caso, o trabalho faz bem à saúde.
Quem faz o que detesta fica o tempo todo olhando o relógio e o tempo não passa; espera com
ansiedade o último dia de trabalho da semana e fica irritado quando a volta ao trabalho se
aproxima; sonha com as férias e, mais do que tudo, sonha ganhar na loteria para fazer só o que
gosta. Com tanto sofrimento, trabalhar acaba fazendo mal para a saúde.
O sonho da maioria dos jovens é encontrar um trabalho que dê muito dinheiro, mas isso não é
suficiente. O trabalho deve dar prazer. Trabalhos feitos contra a vontade causam desânimo, falta
de confiança em si próprio, tédio, tristeza. Esse estado de espírito negativo acaba criando
doenças e perder a saúde não vale a pena por nenhum dinheiro do mundo.
Vida e Saúde. São Paulo: Moderna, 1993.
a) I
b) II
c) I e III
d) I, II e III.
2 – De acordo com o 2º parágrafo do texto, o trabalho de um operário da linha de montagem de
televisores pode ser caracterizado como:
a) prazeroso b) repetitivo c) criativo d) saudável
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A) O bem-estar no trabalho nada tem a ver com o prazer advindo de sua realização.
B) Quem faz o que gosta não sente diferença entre trabalho e lazer.
C) A tecnologia do mundo moderno tirou um pouco do trabalho criativo.
D) Encontrar um trabalho que dê muito dinheiro não é o suficiente.
6 - “Quem faz o que gosta enquanto trabalha sente pouco a diferença entre trabalho e lazer.
Nesse caso, o trabalho faz bem à saúde.” Você concorda com essas afirmações? Por quê?
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7 - No trecho “No fim, está deprimido e cansado de fazer esse trabalho repetitivo e monótono”, a
palavra em destaque tem o sentido de