Md-Aula05 Conjuntos
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Matemática Discreta
2019/01
A=B ↔ ∀x : (x ∈ A ↔ x ∈ B).
1 {a, a, a, a, b, b, b, c, c, d} = {a, b, c, d}
Formalmente:
A⊆B ↔ ∀x : (x ∈ A → x ∈ B).
Formalmente:
A⊂B ↔ ∀x : (x ∈ A → x ∈ B) ∧ ∃x : (x ∈ B ∧ x 6∈ A)
↔ A⊆B ∧ A 6= B.
Exemplo 1: A ⊆ B.
Exemplo 2: A 6⊆ B.
Diagramas de Venn não podem ser usados como demonstração!
Matemática Discreta Conjuntos Área de Teoria DCC/UFMG - 2019/01 11 / 31
O conjunto vazio
Note que {∅} não denota o conjunto vazio, mas o conjunto cujo único
elemento é o conjunto vazio.
∀x : (x ∈ ∅ → x ∈ A)
Exemplos:
1 Dado o conjunto S = {x, y , z}, seu conjunto potência é
P(S) = {∅, {x}, {y }, {z}, {x, y }, {x, z}, {y , z}, {x, y , z}}.
P(∅) = {∅}.
xi = yi , para i = 1, . . . n.
A × B = {(1, a), (1, b), (1, c), (2, a), (2, b), (2, c)}
B × A = {(a, 1), (a, 2), (b, 1), (b, 2), (c, 1), (c, 2)}
A1 × A2 × . . . × An ,
é o conjunto de todas n-tuplas ordenadas (a1 , a2 , . . . , an ), onde ai ∈ Ai para
i = 1 . . . n.
Formalmente:
A1 × A2 × . . . × An = {(a1 , a2 , . . . , an ) | ai ∈ Ai para i = 1 . . . n}
União: A∪B = {x ∈ U | x ∈ A ∨ x ∈ B}
Alternativamente: x ∈A∪B ↔ x ∈A ∨ x ∈B
Sn
Notação: i=1 Ai = A1 ∪ A2 ∪ . . . ∪ An
Interseção: A∩B = {x ∈ U | x ∈ A ∧ x ∈ B}
Alternativamente: x ∈A∩B ↔ x ∈A ∧ x ∈B
Tn
Notação: i=1 Ai = A1 ∩ A2 ∩ . . . ∩ An
Diferença: A−B = {x ∈ U | x ∈ A ∧ x 6∈ B}
Alternativamente: x ∈A−B ↔ x ∈ A ∧ x 6∈ B
Complemento: A = {x ∈ U | x 6∈ A}
Alternativamente: x ∈A ↔ x 6∈ A
A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6} B − A = {2, 6}
A ∩ B = {1, 5} A = {0, 2, 6, 7}
A − B = {3, 4} B = {0, 3, 4, 7}
Teorema: A = B sse A ⊆ B e B ⊆ A.
Solução.
x ∈ (A ∩ B) ↔ x 6∈ (A ∩ B) (definição de complemento)
↔ ¬(x ∈ (A ∩ B)) (definição de 6∈)
↔ ¬((x ∈ A) ∧ (x ∈ ∩B)) (definição de interseção)
↔ ¬(x ∈ A) ∨ ¬(x ∈ B) (de Morgan)
↔ (x 6∈ A) ∨ (x 6∈ B) (definição de 6∈)
↔ (x ∈ A) ∨ (x ∈ B) (definição de complemento)
↔ x ∈ (A ∪ B) (definição de união)
Exemplo 6: (Continuação)
A B A∩B (A ∩ B) A B A∪B
1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 1 0 1 1
0 1 0 1 1 0 1
0 0 0 1 1 1 1
Dois conjuntos são chamados disjuntos sse eles não têm nenhum elemento
em comum.
Formalmente:
A e B são disjuntos ↔ A ∩ B = ∅.
Prova. Por contradição. Suponha que a afirmação seja falsa, ou seja, que
existem conjuntos A e B tais que (A − B) ∩ B 6= ∅. Neste caso existe um
elemento x tal que x ∈ (A − B) ∧ x ∈ B. Note que, em particular, isso
significa que x ∈ B.
Por outro lado, também teremos x ∈ (A − B), o que, pela definição de
diferença, significa que x ∈ A ∧ x 6∈ B. Em particular, isso implica que x 6∈ B.
Logo chegamos a uma contradição, uma vez que x ∈ B e x 6∈ B. Portanto, a
proposição deve ser verdadeira.
(i) A = A1 ∪ A2 ∪ . . . ∪ An , e
(ii) A1 , A2 , . . . , An são mutuamente disjuntos.
b ∈ B?
Paradoxo: b ∈ B ↔ b 6∈ B!
S = {A | A é um conjunto e A 6∈ A},
como decidir se S ∈ S?
Paradoxo: S ∈ S ↔ S 6∈ S!
Lições:
Teoria de Conjuntos “Ingênua” (“Naı̈ve set theory”) não pode ser usada sem
cuidado.
Para isso existem abordagens axiomáticas, como a de Zermelo-Fraenkel (“ZF
Set Theory”).