Caderno 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO POLITÉCNICO
Graduação em Engenharia Mecânica

Notas de Aula
Professor Antônio José da Silva Neto

Livro Texto
F. P. Incropera e D. P. De Witt,
Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa

2º Caderno:
Capítulos 3, 4 e 5

Digitação e Arte Gráfica


Aluno Guilherme Pereira de Oliveira

Revisão
Aluno Jofran Santa Rosa Cruz

Rua Alberto Rangel s/n - Nova Friburgo, RJ - Caixa Postal 97.282 - CEP: 28601-970- Tel.: (22) 2533-2265 - Fax: (22) 2533-2322
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Notas de Aula de Transferência de Calor e Equipamentos de Troca Térmica I

Capítulo 3 – Condução Unidimensional em Regime Estacionário

3.1 Parede Plana (página 42) [6ª edição pág. 63]

uma parede plana separa


dois fluidos de diferentes
temperaturas (sem fonte
interna)

3.1.1 Distribuição de Temperatura


Condução de calor unidimensional, sem fontes ou sorvedouros em regime
estacionário

  T  T
k   q   c p
x  x  t
q  0
T
0
t
d  dT  d
k   0   qx   0
dx  dx  dx
 Se k = constante

d 2T
0
dx 2
dT
 C1
dx

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T ( x)  C1 x  C2
Condições de contorno de primeira espécie
T (0)  Tsup,1
T ( L)  Tsup,2

T (0)  C2  Tsup,1  C2  Tsup,1

T ( L)  C1L  C2  Tsup,2  C1 
T
sup,2  C2 
L

C1 
T
sup,2  Tsup,1 
L
Logo,

T ( x)  Tsup,2  Tsup,1 
x
 Tsup,1
L
Observação: a temperatura varia linearmente com x

Taxa de transferência de calor


dT
qx  kA T ( x)  C1 x  C2
dx

dT Tsup,2  Tsup,1 dT
  C1
dx L dx

 qx 
kA
L
Tsup,1  Tsup,2   qx independe de x
onde A é a área da parede, normal à direção da transferência de calor.

Fluxo Térmico

 Tsup,1  Tsup,2   qx independe de x


qx k
qx 
A L
Observe que q x e qx não dependem de x .

3.1.2 – Resistência térmica (página 43) [6ª edição pág. 64]


Existe uma analogia entre as difusões de calor e de carga elétrica. Da mesma
forma que uma resistência elétrica está associada à condução de eletricidade, uma
resistência térmica pode ser associada à condução de calor.

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Definindo resistência como a razão entre o potencial (força) motriz e a


correspondente taxa de transferência,
Tsup,1  Tsup,2 L K
Rt ,cond    Rt ,cond  
qx kA W

qx 
kA
L
Tsup,1  Tsup,2 

onde: Rt ,cond resistência térmica condutiva


   m 1 1
Tsup,1  Tsup,2  potencial motriz 1

q x  taxa correspondente de transferência 
    m
L
Esup,1  Esup,2 L Rel 
Rel   A
I A
Uma resistência térmica pode também ser associada à transferência de calor por
convecção em uma superfície

q  hA(Tsup  T )

Tsup  T 1
Resistência térmica convectiva Rt ,conv  
q hA
 Circuito térmico equivalente para a parede plana (vide figura na página 29)
q x é constante ao longo de todo o circuito

T,1  Tsup,1 Tsup,1  Tsup,2 Tsup,2  T,2


qx   
1/  h1 A L /  kA 1/  h2 A

T,1  T,2  diferença de temperatura total


qx 
Rtot  resistência térmica total

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As resistências condutiva e convectiva estão em série


1 L 1
Rtot   
h1 A kA h2 A
Radiação
Observação: aqui é empregada a “linearização”.

hr depende fortemente da temperatura.


qrad  hr A (Tsup  Tviz )

Tsup  Tviz 1
Rt ,rad  
qrad hr A
As resistências convectiva e radiante em uma superfície atuam em paralelo, e

se T  Tviz podem ser combinadas em uma única resistência efetiva na superfície.

Problema 3.3(a) (página 71) (5ª edição pág. 99) [6ª edição pág. 102]

Tabela A.3 (página 456)


[6ª edição pág. 599]

Vidro - Chapa
vidro (300 K )  k  1, 4 W m K
15C  273  288K

Balanço de Energia

E e  E g  E s  E ac

E g  0, E ac  0

E e  qaq
 A  qconv
 A

 A  qconv
onde: qconv

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E s  qA
 A  qconv
qaq  A  qA  0

  qconv
qaq   q

T,i  Tsi T,i  Tsi


qconv   
ou então, qconv
1/ hi A 1/ hi
 ,i  1/ hi
Rconv

 Km2 

Observação: Rconv  Rconv A   
 W 
Ts ,i  T,e Ts ,i  T ,e
q ou então, q 
L /  kA  1/  he A L / k  1/ he

onde 
L / k  Rcond
 ,e
1/ he  Rconv
  q  qconv
qaq 

Ts ,i  T,e T,i  Ts ,i
 
qaq 
L 1 1

k he hi
W
  1270
qaq
m2
OBSERVAÇÃO:

  qconv
qaq   q1  q2

  q2   qconv
qaq   q1

Tsi  T ,e T ,i  Tsi
 
qaq 
L 1 1

k he hi
  1270 W / m2
qaq

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HMW Problema 3.2 (a) (página 71) (5ª edição pág. 99)  Ts ,i  7,7C

[6ª edição pág. 102] Ts ,e  4,9C


T
Observação: R
q
T
q
R
q T
q  
A AR
T
AR  R  q 
R

Condução: Convecção:
L L 1 1
R  R  R  R 
kA k hA h

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3.1.3 – A Parede Composta (página 43) [6ª edição pág. 65]

Parede Composta em série (sem fonte interna)

T,1  T,4  diferença de temperatura global


qx 
 Rt  resistência térmica total
1 L L L 1
R t   A  B  C 
h1 A k A A k B A kC A h4 A
Para cada componente,
T,1  Tsup,1 Tsup,1  T2 T2  T3 T3  Tsup,4 Tsup,4  T,4
qx     
1/  h1 A LA /  k A A LB /  kB A LC /  kC A 1/  h4 A 
Em sistemas compostos é conveniente usar

qx  UAT
onde U coeficiente global de transferência de calor
T diferença global de temperatura
W
U  
m2 K
T ,1  T,4 T
qx  
R t Rtot

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Análogo à lei de resfriamento de Newton qx  UAT


T 1
UAT   UA 
Rtot Rtot
O coeficiente global de transferência de calor U é relacionado à resistência

térmica total Rtot

1
U
ARtot
1
U
 1 L L L 1 
A  A  B  C  
 h1 A k A A k B A kC A h4 A 
1
U
 1 LA LB LC 1 
h  k  k  k  h 
 1 A B C 4

T 1
Rtot   Rt    q  UAT
q UA
Observação: Vide caso série-paralelo no livro (Fig. 3.3)

3.1.4 – Resistência de Contato (página 44) [6ª edição pág. 66]


A queda de temperatura nas interfaces entre os vários materiais pode ser
considerável. Essa mudança de temperatura é atribuída à resistência térmica de
contato, Rt ,c .

T T  m2 K 
Rt,c  A B  W 
qx  

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A existência de uma resistência de contato se deve principalmente aos efeitos


da rugosidade da superfície.
 Aumentar a pressão da junta (vide Tabela 3.1)

 
Metais macios e graxas térmicas Rt,c  

Problema 3.4 (página 71) (5ª edição pág. 99) [6ª edição pág. 102]

Lp  0, 25 mm  0, 25 103 m
k p  0, 025 W / mK
Ls  1, 0 mm  1, 0 103 m
ks  0, 05 W / mK
T q T
Observação: qx   x 
Rtot A ARtot
T
qx    ARtot
Rtot

Rtot

Hipóteses:
- regime permanente
- sem geração interna (fonte volumétrica)
- propriedades térmicas constantes
- condução de calor unidimensional

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a) Circuito térmico
T
Rtot 
q
T
 
Rtot
q
b) T  20C
h  50 W / m2 K
T1  30C
q0  ?
T0  60C

Balanço de energia E e  E s E g  0 , E ac  0

q0A   q1  q2  A

 q0  q1  q2


T0  T1
q1 
Rs
T0  T
q2 
Rcv  Rp

m2 K
Rs  Ls / ks  0, 020
W
m2 K
Rcv  1/ h  0, 020
W
m2 K
Rp  Lp / k p  0, 010
W
q0  q1  q2
T0  T1 T0  T
q0  
Rs Rcv  Rp

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q0 
 60  30  CW   60  20  CW
0, 020 m K 2
 0, 020  0, 010  m2 K
q0  2833 W / m2

q0  2,83 kW / m2

Problema 3.4 (página 71) (5ª edição pág. 99) [6ª edição pág. 102]
(2ª abordagem)

T  20C
T0  60C
T1  30C

 q0  q1 A  q2A


q0  q1  q2
q0  q2  q1
T1  T0
q1 
Rs
T0  T
q2 
Rcv  Rp

T0  T  T1  T0 
q0   
Rcv  Rp  Rs 

T0  T  T0  T1 
q0   
Rcv  Rp  Rs 
(3ª abordagem)

 q0  q1  q2  A  0


q0  q1  q2
T1  T0 T  T0
q0   
Rs Rcv  Rp
T0  T1 T0  T
q0  
Rs Rcv  Rp

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3.2 – Uma análise alternativa da condução (página 48) [6ª edição pág. 71]

E e  E g  E s  E ac , E g  0 , E ac  0
E e  E s  qx  qx  dx

Hipóteses
Transferência de calor unidimensional
Regime estacionário
Sem geração interna de calor (e sem perdas de calor pelas paredes laterais)

 q x independe de x
É possível então trabalhar unicamente com a Lei de Fourier
qx dT
q( x)   k (T )
A( x) dx
A( x) e k (T ) podem variar de forma conhecida.
x x T
1
 q( x) dx  qx 
x0 x0
A( x)
dx    k (T ) dT
T0

Se a integral for resolvida a partir de um ponto x0 onde a temperatura T0


encontra-se disponível, a equação resultante fornece a forma final de T ( x) . Além

disso, se a temperatura T  T1 em um ponto qualquer x  x1 também for conhecida, a

integração entre x0 e x1 fornece uma expressão onde q x pode ser calculada.

Caso particular:
A constante
k independente da temperatura
qx x T
 k T  qx  kA
A x

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onde x  xL  x0 e T  TL  T0
A( x)  A cte
k (T )  k cte
x0  0
qx
x  k (T  T0 )
A
qx x
T   T0
kA
qx x
T ( x)  T0 
kA
x  L T  TL
qx L
TL  T0 
Ak
qx T T
k 0 L
A L
Problema 3.27 (página 74) (5ª edição 3.30 pág. 105) [6ª edição 3.30 pág. 102]

D( x)  ax3/ 2 onde a  1m1/ 2

(a) T ( x)  ?
dT
qx  kA( x)
dx
 D( x ) 2  a2
A( x)   x3
4 4
 a2 dT
qx   k x3
4 dx
4q x
dx  k dT
 a 2 x3
q x independe de x . Logo,
x T
4q x dx
 a2 x x3  k T dT
1 1

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x
4q x  1 
  k (T  T1 )
 a 2  2 x 2  x1

Logo,

2q x  1 1 
T  T1    
 a 2 k  x 2 x12 

T ( x)

(b) qx  ?
Alumínio puro k  239 W / mK (Tabela A-1, T  333 K )

x1  0, 075 m
T1  100 C  20  100  C  60C  333 K
T
x2  0, 225 m 2
T2  20 C

T  200 K  k  237 W / mK
T  400 K  k  240 W / mK

x  x2  T  T2
240  237 

2q x  1 1  400  200 333  200
T2  T1    
 a 2 k  x22 x12    1,995
W
qx 
T2  T1   a 2 k k  239
mK
1/ x2
2  1/ x12  2

qx  190 W
OBSERVAÇÃO: Estes resultados são aproximados porque estamos usando um
modelo unidimensional para tratar um problema bidimensional.

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3.3 – Sistemas Radiais (página 49) [6ª edição pág. 73]


(com gradiente de temperatura apenas na direção radial) (unidimensional)

3.3.1 – O Cilindro (página 50) [6ª edição pág. 73]


Cilindro oco (análise pelo método padrão)

1   T  1   T    T  T
 kr  2 k  k   q   c p
r r  r  r     z  z  t
 regime permanente
 unidimensional (na direção radial)
 sem fonte volumétrica

1 d  dT  1 1 d 
 kr 0 dT 
r dr  dr   k 2 rL 0
2 L r dr  dr 
dT dT
qr  kAr  k (2 rL) d
dr dr  qr  0
dr
Logo, q
qr  r
dqr
0 2 rL
dr dq
 r 0
dr

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dqr
Observe que: 0
dr
Para k constante,

d  dT 
r 0
dr  dr 
dT
r  C1
dr
dT C1

dr r
C1
dT  dr
r
dr
 dT  C1  r
T (r )  C1 ln r  C2
T (r1 )  Tsup,1

T (r2 )  Tsup,2

Tsup,1  C1 ln r1  C2 ,

Tsup,2  C1 ln r2  C2
Subtraindo,

Tsup,1  Tsup,2  C1  ln r1  ln r2 

Tsup,1  Tsup,2
C1 
r 
ln  1 
 r2 
Usando a segunda equação, para r  r2 ,
Tsup,2  C1 ln r2  C2
Logo,
C2  Tsup,2  C1 ln r2

T (r )  C1 ln r  C2

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Então:
T (r )  C1 ln r  Tsup,2  C1 ln r2
Observação: ln(a / b)  ln a  ln b

r
T (r )  C1 ln    Tsup,2
 r2 
Tsup,1  Tsup,2
C1 
r 
ln  1 
 r2 
Tsup,1  Tsup,2r
T (r )  ln    Tsup,2
r   r2 
ln  1 
 r2 
A distribuição de temperatura é logarítmica
dT dT
qr  kAr  k (2 rL)
dr dr

dT C1 dT  Tsup,1  Tsup,2 1
 
dr r dr r  r
ln  1 
 r2 
OBSERVAÇÃO (confirmando)

d   r  d 1
ln      ln r  ln r2  
dr   r2   dr r

Tsup,1  Tsup,2 1
qr  k (2 rL)
r  r
ln  1 
 r2 
Tsup,1  Tsup,2 Tsup,1  Tsup,2
qr  2 Lk  2 Lk
r  r 
ln  1  ln  2  (não depende de r)
 r2   r1 
qr T T 1 k (Tsup,1  Tsup,2 ) 1
qr   2 Lk sup,1 sup,2 
A(r )  r  2 rL r  r
ln  2  ln  2 
 r1   r1 

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Tsup,1  Tsup,2
Rt ,cond 
qr
Tsup,1  Tsup,2
Rt ,cond 
2 Lk Tsup,1  Tsup,2  / ln  r2 / r1 
Logo,
ln  r2 / r1 
Rt ,cond 
2 Lk
mK K
[ Rt ]  
mW W
(vide a representação do circuito térmico na página 43) [6ª edição pág. 74]
Sistema Composto
(desprezando a resistência de contato das interfaces – contato térmico perfeito)

T ,1  T ,4
qr 
1 ln(r2 / r1 ) ln(r3 / r2 ) ln(r4 / r3 ) 1
   
2 r1Lh1 2 k A L 2 k B L 2 kC L 2 r4 Lh4
T,1  T,4
qr   UA(T,1  T,4 )
Rtot

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1 1
 UA U
Rtot ARtot
onde U coeficiente global de transferência de calor

Se U for definido em termos da área interna do cilindro, A1  2 r1L


1
U1 
1 r1 r2 r1 r3 r1 r4 r1 1
 ln  ln  ln 
h1 k A r1 k B r2 kC r3 r4 h4
Esta definição é arbitrária. Poderíamos ter usado A4 ou qualquer outra área

intermediária. Porém, observe que

U1 A1  U 2 A2  U 3 A3  U 4 A4   Rtot 
1

Exemplo 3.4 (página 51) (5ª edição pág. 72) [6ª edição Exemplo 3.5 pág. 75]
Espessura ótima para isolamento térmico.
Embora a resistência à condução de calor aumente com a adição de
isolamento térmico, a resistência térmica à convecção de calor diminui devido ao
aumento da área superficial externa. Dessa forma deve existir uma espessura de
isolamento térmico que minimize a perda de calor pela maximização da resistência
total à transferência de calor.

T  Ti

(1) Espessura ótima?

R  RL
  Rcond
Resistência térmica total por unidade de comprimento do tubo Rtot   Rconv

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ln  r / ri  1
 
Rtot 
2 k 2 rh
T  Ti
Taxa de transferência de calor por unidade de comprimento do tubo q 

Rtot
 ?
mín q ?  máx Rtot
Uma espessura ótima para o isolamento térmico está associada ao valor de r
que minimiza o valor de q ou que maximiza o valor de  .
Rtot

dRtot
0 
Estou buscando máx Rtot
dr
1 1
  0  2 r 2 h  2 kr
2 kr 2 r h
2

k
r Máximo ou mínimo?
h
Verificação (ponto de máximo ou ponto de mínimo)


d 2 Rtot 1 1 y ( x)  2 x 2
  3
dr 2
2 kr  r h
2 dy
 4x  0
dx

d 2 Rtot h2 h2 1 h2
para r  k / h      0 x0
dr 2 2 k 3  k 3 2  k 3
d2y
40
dx 2
Ponto de mínimo mínimo
Não existe uma espessura ótima para isolamento. Faz mais sentido pensar em
um raio crítico de isolamento,
k
rcr 
h
abaixo do qual q aumenta com o aumento de r e acima do qual q diminui com o
aumento de r.

51
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3.3.2 – A Esfera (página 52) (com a análise alternativa) [6ª edição pág. 76]

 Regime permanente
 Sem fonte interna
 Transferência de calor unidimensional (direção radial)

E e  E g  E s  E ac , E g  0 , E ac  0  E e  E s  qr  qr  dr

 k  4 r 2 
dT dT
qr  kA
dr dr
Obs.: k (T )


onde 4 r
2
 área normal à direção da transferência de calor.
qr
dr  k (T )dT
4 r 2
qr é constante
r2 Tsup,2
qr dr
4 r r 2  T  k (T )dT
1 sup,1

Se k é constante,
r

 k Tsup,2  Tsup,1 
qr 1 2

4 r r1

1 1
    k Tsup,2  Tsup,1 
qr
4  r2 r1 
4 k Tsup,1  Tsup,2 
qr 
1 1
  
 r1 r2 

52
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Notas de Aula de Transferência de Calor e Equipamentos de Troca Térmica I

Tsup,1  Tsup,2
Rt ,cond 
qr

1 1 1
Rt ,cond    
4 k  r1 r2 

HMW Problema 3.34 (página 75) (5ª edição 3.37 pág. 106) [6ª edição 3.37
idfgdfg pág. 108]

Rt,c  Rt ,c L

kW
q  qa  qb q  2377 W / m  2,38
m

53
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HMW Problema 3.37 (a) (página 75) (5ª edição 3.41 (a) pág. 106)
[6ª edição 3.41 (a) pág. 109]

r1  20 mm
r2  40 mm

Rtc  0
q '  251 W / m
Atenção: (a) determinar a potência elétrica do aquecedor W / m...

HMW Problema 3.53 (página 77) (5ª edição 3.56 pág. 109)
[6ª edição 3.56 pág. 111]
k
Raio crítico para esfera  rcr 2
h

HMW Problema 3.54 (página 77) (5ª edição 3.57 pág. 109)
[6ª edição 3.57 pág. 111]

kI  0,062 W / m K

54
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3.5 – Condução com Geração de Energia Térmica (Página 54) [6ª edição pág. 79]
Um processo comum de geração de energia térmica envolve a conversão de
energia elétrica em energia térmica em um meio que conduz corrente elétrica
(aquecimento ôhmico ou resistivo). A taxa de geração de energia em função da
passagem de uma corrente elétrica I através de um meio com resistência elétrica Rel
é dada por:

E g  I 2 Rel  E g   W

Para uma geração uniforme ao longo de todo o meio com volume V ,

E g I 2 Rel W
q    q  
V V m3

3.5.1 – A Parede Plana (página 54) [6ª edição pág. 79]

Geração uniforme por unidade de volume, q , é constante.

  T    T    T  T
k  k  k   q   c p
x  x  y  y  z  z  t
 Regime permanente
 Unidimensional
Para k constante,

d 2T q
 0
dx 2 k
dT q
  x  C1
dx k
q 2
T ( x)   x  C1 x  C2
2k

55
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x   L  T ( L)  Tsup,1

x  L  T ( L)  Tsup,2

 2
qL
Tsup,1    C1L  C2
2k
 2
qL
Tsup,2    C1L  C2
2k
Somando,

 2
qL
Tsup,1  Tsup,2    2C2
k
 2 Tsup,1  Tsup,2
qL
C2  
2k 2
Subtraindo,
Tsup,2  Tsup,1  2C1L

Tsup,2  Tsup,1
C1 
2L
Logo,

q 2 Tsup,2  Tsup,1  2 Tsup,1  Tsup,2


qL
T ( x)   x  x 
2k 2L 2k 2
 2  x 2  Tsup,2  Tsup,1 x Tsup,1  Tsup,2
qL
T ( x)  1    
2k  L2  2 L 2
Com a geração interna de calor a taxa de transferência de calor não é mais
independente de x . O fluxo de calor também.
𝑑𝑇 dT q
𝑞𝑥′′ = −𝑘    x  C1
𝑑𝑥 dx k
Quando Tsup,1  Tsup,2  Tsup ,

 2  x2 
qL
Simétrica com relação a x  0  T ( x)  1    Tsup
2k  L2 
Temperatura máxima em x  0 ,

 2
qL
T (0)  T0   Tsup
2k

56
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T0

 2
qL  2 x2
qL
T ( x)   Tsup 
2k 2k L2
 2
qL
 T0  Tsup
2k
x2
T ( x)  T0  T0  Tsup  2
L
T ( x)  T 0 x2
 2
T0  Tsup L

T ( x)  T0  x 
2

 
Tsup  T0  L 
No plano de simetria o gradiente da temperatura é nulo

dT
 0 Não existe,
dx x 0

portanto, transferência de calor


neste plano.

Tsup em função de T

Balanço de energia na superfície

  qconv
qcond 

57
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 h Tsup  T 
dT
k
dx x L

 2  x2 
qL dT q
T ( x)  1  2   Tsup   x
2k  L  dx k
dT q
 L
dx xL k
q 
L  h Tsup  T   Tsup  T 
qL
k
k h
Outra abordagem

Ee  E g  E s  E ac

E e  0 Balanço de Energia Global

E ac  0
 E g  E s

  hA Tsup  T 
qLA

  h Tsup  T 
qL


qL
Tsup  T 
h

HMW Problema 3.66 (5ª edição 3.72) [6ª edição 3.72] T0  212 C

58
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3.5.2 – Sistemas Radiais (página 57) [6ª edição pág. 82]


Cilindro Longo Sólido
Observação:
Em regime permanente

 1 L  hAL T
qA  r  r0
 T 
V  A1 L   r02 L
AL  2 r0 L
q uniforme (constante)

Cálculo da distribuição de temperatura

1   T  1   T    T  T
 kr  2 k  k   q   c p
r r  r  r     z  z  t
hipóteses:
 transferência de calor unidimensional (na direção radial)
 regime permanente
 geração volumétrica constante
 propriedades térmicas constantes ( k constante)

1 d  dT  q
r   0
r dr  dr  k
d  dT  q
r  r
dr  dr  k
dT q
r   r 2  C1
dr 2k
 q C 
dT    r  1  dr
 2k r 
 2
qr
T (r )    C1 ln r  C2
4k
Condições de contorno

56
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dT
0 e T (r0 )  Tsup
dr r 0

simetria
0 0

 dT 
2

qr
r    C1  C1  0
 dr  r 0 2k r 0

 2
qr
T (r )    C2
4k
r  r0  T (r ) r r  Tsup
0

 02
qr
Tsup    C2
4k
q 2
C2  Tsup  r0
4k
Logo,

 2
qr q 2
T (r )    Tsup  r0
4k 4k
 02  r 2 
qr
T (r )  1    Tsup
4k  r02 

 r2 
2

qr
T (r )  Tsup  0 1  2 
4k  r0

qr

2

Para r  0  T0  Tsup  0
4k
2
T (r )  Tsup  r 
 1  
T0  Tsup  r0 
Relacionando a temperatura na parede com a temperatura do fluido
Fazendo um balanço global de energia

 1L  hAL T
qA  r  r0
 T 
 
q  r0 L  h  2 r0 L  Tsup  T 
2

0
qr
Tsup  T 
2h

57
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Exemplo 3.7 (página 57) (5ª edição pág. 80) [6ª edição Exemplo 3.8 pág. 83]
Tubo longo isolado na superfície externa, com geração uniforme de calor e resfriado
na superfície interna.

Observação:
dT
 0 não pode ser usada
dr r 0

1) Distribuição de temperatura

1 d  dT  q
r   0
r dr  dr  k
 2
qr
T (r )    C1 ln r  C2  Solução Geral
4k
2) Condição de Contorno 1
T (r2 )  Tsup,2  limite máximo

Tsup,2 ainda não é conhecida

Observação: A temperatura em r  r2 é máxima


Condição de contorno 2

dT
0
dr r2

Observação: Superfície externa adiabática (isolamento térmico). As duas

condições de contorno foram aplicadas em r  r2 .

58
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2

qr
Tsup,2   2  C1 ln r2  C2  Fazendo T (r  r2 )  Tsup,2
4k
dT q dT
r   r 2  C1  em r  r2  r2 0
dr 2k dr r2

q 2 q 2
0 r2  C1  C1  r2
2k 2k
q 2
C2  Tsup,2  r2  C1 ln r2
4k
q 2  qr  2
C2  Tsup,2  r2   2  ln r2
4k  2k 
Logo,

q 2  q 2  q 2  q 2 
T (r )   r   r2  ln r  Tsup,2  r2   r2  ln r2
4k  2k  4k  2k 
q 2 2 q r 
T (r )  Tsup,2 
4k
 
r2  r  r22 ln  2 
2k r

3) Taxa de retirada de calor por unidade de comprimento do tubo


dT
qr  k 2 rL
dr
qr dT
qr   k 2 r
L dr
Em r  r1 ,
dT q q 2
r   r 2  C1 C1  r2
dr 2k 2k
dT q C dT  1 C1
qr
 r 1   
dr 2k r dr r  r1 2k r1

dT  1 q r22
qr
 
dr r  r1 2k 2k r1

  1 q r22 
qr
qr (r1 )  k 2 r1   
 

2k 2k r1 

q  r12  r22 
qr (r1 )  k 2 r1  

2k  r1 

59
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 2 
qr (r1 )   q  r2  r12  r2  r1  qr (r1 )  0
 

Balanço de Energia Alternativamente, uma vez que o tubo está isolado em r2 e o


regime é estacionário, a taxa de geração de calor no tubo deve ser igual à taxa de

retirada em r1

Ee  E g  E s  E ac

E e  0
E ac  0
 E g  E s

E g  q  r22  r12  L

 L  qr  r1  L
E s  qconv
 2 
qr  r1    q  r2  r1
2


 

Verificação
 2 2 
  q  r2  r1
qconv 

 

dT
qr  k 2 rL
dr
qr dT
qr   k 2 r
L dr
Em r  r1 ,
dT  1 C1
qr
 
dr r  r1 2k r1

dT  1 q r22
qr
 
dr r  r1 2k 2k r1

60
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  1 q r22 
qr
qr (r1 )  k 2 r1    


2k 2k r1 
 2 
qr (r1 )   q  r22  r1 

 

Alternativamente

E g  E s  0  E g  E s
 2 
E g  q  r22  r1  L
 

 r L  qr  r1  L
 r L  qcond
Es  qconv
1 1

 2 
qr  r1    q  r2  r1
2


 

4) Refrigerante na temperatura T , h =? (mantidos Tsup,2 e q )


  qconv
qcond 

o que é gerado  q  r22  r12   h2 r1  Tsup,1  T 
Logo,

q  r22  r12 


h
2r1  Tsup,1  T 

5) Tsup,1 é obtida com T (r ) para r  r1

q  2 2  q 2  r2 
Tsup,1  Tsup,2  r2  r1   r2 ln  
4k   2k  r1 

HMW Problema 3.91 (a) (página 81) (5ª edição 3.96 (a) página 115)
[6ª edição 3.96 (a) pág. 116]
Esfera, Eq. C. 24 página 482 (5ª edição pág. 680) [6ª edição pág. 627]

 02  r 2
qr 
T (r )  1    Tsup
6k  r 2 
 0 

Tsup  5, 07 C
T (0)  5, 09 C

61
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3.6 – Transferência de Calor em Superfícies Estendidas (página 59) (5ª edição


pág. 82) [6ª edição pág. 84]
A aplicação mais freqüente compreende a utilização de uma superfície
estendida para, especificamente, aumentar a taxa de transferência de calor entre um
sólido e um fluido adjacente. Tal superfície estendida é chamada de aleta.

muitas vezes é
impraticável

q  h  ou T 

ou então A 

Observação: Aletas em trocadores de calor causam uma maior perda de carga


(bombeamento)

Idealmente, o material da aleta deve possuir uma condutividade térmica


elevada, de modo a minimizar variações de temperatura desde a sua base até a sua
extremidade.

62
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3.6.1 – Uma análise geral da condução (página 60) (5ª edição pág. 64) [6ª edição
pág. 85]

Para determinar a taxa de transferência de calor, primeiro calculamos a


distribuição de temperatura ao longo da aleta.

Obs.: Asr  Ac na 5ª edição [Atr na 6ª edição]


A análise é simplificada fazendo as considerações (hipóteses)
 Unidimensional na direção longitudinal x (de fato é bidimensional)
 Regime estacionário
 Condutividade térmica constante
 Troca de calor por radiação desprezível
 Ausência de geração de calor
 h uniforme ao longo da superfície
Ee  E g  E s  E ac
E g  0
Balanço de Energia E e  qx E ac  0
E s  qxdx  dqconv

qx  qxdx  dqconv
qxdx  qx  dqconv  0
Expansão de Taylor

63
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dqx
qx  dx  qx  dx
dx
dqx
qx  dx  qx  dx
dx
dqx
dx  dqconv  0
dx
dqconv  h dAsup (T  T )

onde dAsup área superficial do elemento diferencial


Fourier
dT
qx  kAsr
dx
onde Asr  área de seção reta (5ª edição  Ac ) [6ª edição → Atr]
Obs.: k constante

d  dT 
k  Asr  dx  h dAsup T  T   0
dx  dx 
d 2T dA dT
Asr ( x)  kAsr 2 dx  k sr dx  h dAsup T  T   0
dx dx dx
d 2T  1 dAsr  dT  1 h dAsup 
  kAsr dx  2      T  T   0
dx  Asr dx  dx  Asr k dx 
Esta é a forma geral da equação da energia para condições unidimensionais
em uma superfície estendida. Sua solução, com as condições de contorno
apropriadas, irá fornecer a distribuição de temperatura, da qual pode ser calculada
então a taxa de transferência de calor,
dT
qx  kAsr
dx

64
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3.6.2 – Aletas com Área de Seção Reta Uniforme (página 61) (5ª edição pág. 85)
[6ª edição pág. 86]

P D
P  2w  2t
 D2
Asr  wt Asr 
4

T (0)  Tb
Asr é constante
Asup  Px , onde P perímetro

dAsr dAsup
0 e P
dx dx
d 2T  1 dAsr  dT  1 h dAsup 
    T  T   0
dx 2  Asr dx  dx  Asr k dx 
0 P
d 2T hP
 2  T  T   0
dx kAsr
Excesso de temperatura (Para simplificar a equação é feita uma transformação
da variável de temperatura)

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 ( x)  T ( x)  T
Aqui T é uma constante, e então,

d ( x) dT ( x)

dx dx
d 2
 2  m2  0
dx
hP
onde m2 
kAsr
Equação diferencial ordinária linear de segunda ordem com coeficientes
constantes
Solução Geral:

 ( x)  C1emx  C2e mx
Condições de contorno

 ( x) x0  Tb  T  b na base da aleta


Quatro situações físicas diferentes em x  L
A) Transferência de calor por convecção na extremidade da aleta

dT
hAsr T ( L)  T   kAsr
dx xL

d
ou h ( L)  k
dx xL

x  0   (0)  b
b  C1  C2
xL
d
 mC1emx  mC2e mx
dx
em x  L  h  C1emL  C2e mL   k m  C2e mL  C1emL 

d
 ( L) k
dx xL

Chega-se então a

66
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 cosh m( L  x)  (h / mk ) senh m ( L  x)

b cosh mL  (h / mk ) senh mL

e x  e x
senh x 
2
e x  e x
cosh x 
2

Taxa de transferência de calor da aleta para o fluido


Forma mais simples (aplicação da lei de Fourier na base da aleta):

dT d
qa  qb  kAsr  kAsr
dx x 0 dx x 0

qa aleta
qb base
senh mL  (h / mk )cosh mL
qa  hPkAsr b
cosh mL  (h / mk ) senh mL
Observação:

d senh x e x  e  x
  cosh x
dx 2
d cosh x e x  e  x
  senh x
dx 2
d du
senh u  cosh u
dx dx
d du
cosh u  senh u
dx dx
Forma alternativa

qa   h T ( x)  T dAsup
Aa

ou qa   h ( x)dAsup
Aa

onde Aa é a área superficial total da aleta.

67
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B) Perda de calor desprezível na extremidade da


aleta

d
0
dx x L

d
 mC1e mx mC2e mx
dx
C1e mL C2e mL  0 d
0
b  C1  C2 dx x L

 (0)  b

 cosh m( L  x)

b cosh mL
Taxa de transferência de calor

hP
qa  hPkAsr b tanh mL m
kAsr

C) Temperatura na extremidade da aleta é especificada

 ( L)   L
  L  senh mx  senh m( L  x)
  b 

b senh mL

cosh mL 
L
b
qa  hPkAsr b
senh mL

D) Aleta muito longa

Quando L   ,  L 0

 e  mx
b

qa  hPkAsr b

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TABELA 3.4 – Resumo dos casos já vistos

Verificar: Exemplo 3.8 (página 62) (5ª edição pág. 87)


[6ª edição Exemplo 3.9 pág. 88]
3.6.3 – Desempenho da aleta
 As aletas são usadas para aumentar a transferência de calor, mas a aleta em
si representa uma resistência térmica condutiva.
 Efetividade da aleta
qa  transferência de calor da aleta
a 
hAsr ,bb  transferência de calor que
existiria sem a presença da aleta
Ac ,b na 5ª edição

 Em geral, o uso só é justificado se  a 2

Para o caso D (aleta infinitamente longa)

qa  hPkAsr b

hPkAsr b hPkAsr
a  
hAsrb h 2 Asr2
1 a  2
 kP  2
a    kP
 hAsr  4
hAsr
P
a  , k  ,  (aleta fina)
Asr
Obs.: Asr ,b  Asr
 Resistência da aleta (o desempenho da aleta também pode ser quantificado
em termos de resistência térmica)
T b
Rt   Rt ,a 
q qa
– Resistência térmica convectiva (se não houvesse a aleta)
1
Rt ,b  base exposta
hAsr ,b

69
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qa
a 
hAsr ,bb
1 qa
a 
hAsr ,b b
Rt ,b
a 
Rt ,a

 a  , Rt ,a 
– Eficiência da aleta (outra medida de desempenho)
qa q  transferência de calor da aleta
a   a
qmáx hAab  Aa é a área superficial da aleta

Obs.: hAab Taxa máxima de dissipação de energia (caso a aleta estivesse toda ela
na temperatura da base)
– Extremidade adiabática e seção reta uniforme (Caso B)
qa
a 
qmáx

hPkAsr b tanh mL
a 
hAab
tanh mL
a 
2
h 2 Aa
hPkAsr

Aa  PL
tanh mL
a 
hP
L
kAsr

hP
m
kAsr
tanh mL
a 
mL

70
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tanh 0  0
tanh   1
L  0 a  1
L  a  0

Comprimento corrigido
Aleta com extremidade ativa (convecção)
tanh mLc
a 
mLc
t
Lc  L   aletas retangulares 
2
D
Lc  L   aletas piniformes 
4
ht hD
boa aproximação quando ou  0, 0625
k 2k

3.6.4 – Aletas com Área de Seção Reta Não-Uniforme (página 65) [6ª ed. pág. 92]

d 2T  1 dAsr  dT  1 h dAsup 
    T  T   0
dx 2  Asr dx  dx  Asr k dx 
Caso especial: Aleta anular

dAsr
Asr  2 rt  2 t
dr
dAsup
Asup  2  r 2  r12   4 r
dr

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e substituindo x por r ,
d 2T  1  dT  1 h 
 2 t   4 r  T  T   0
 2 rt  dr  2 rt k 
2
dr
d 2T 1 dT 2h
  T  T   0
dr 2 r dr kt
2h
m2    T  T
kt
d 2 1 d
2
  m2  0 Equação de Bessel modificada de ordem zero
dr r dr
Obs.: Equação de Bessel modificada de ordem zero

d 2w
  z 2  2  w  0
dw
z 2
2
z
dz dz
Soluções

I  ( z ) e K ( z)

d 2 w 1 dw
  0 2  w0
dz z dz
Solução Geral

 (r )  C1I 0 (mr )  C2 K0 (mr )


I 0 e K 0 são funções de Bessel modificadas de ordem zero, de primeira e de
segunda espécies respectivamente.

e  x I 0 ( x)
TABELA B5 
e x K 0 ( x)
Observação:
dz
z  mr   m  dz  mdr
dr
d  dw  1 dw
  w0
dz  dz  z dz
1 d 2 w 1 1 dw
 w0
m 2 dr 2 mr m dr
d 2 w  mr  1 dw  mr 
2
  m 2 w  mr   0
dr r dr

72
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Para a determinação das constantes C1 e C2 ( condições de contorno de 1º e 2º tipo)

 (r1 )  b
d
0
dr r2

 I (mr ) K1 (mr2 )  K0 (mr ) I1 (mr2 )


 0
b I 0 (mr1 ) K1 (mr2 )  K0 (mr1 ) I1 (mr2 )

onde
dI 0 (mr )
I1 (mr ) 
d (mr )
dK 0 (mr )
K1 (mr )  
d (mr )
I1 e K1 são funções de Bessel modificadas de primeira ordem, de primeira e segunda
espécies, respectivamente.
 Taxa de transferência de calor da aleta

dT d
qa  kAsr ,b  k (2 rt
1 )
dr r  r1 dr r  r1

K1 (mr1 ) I1 (mr2 )  I1 (mr1 ) K1 (mr2 )


qa  2 krt
1 b m
K0 (mr1 ) I1 (mr2 )  I 0 (mr1 ) K1 (mr2 )
 Eficiência da aleta
qa 2r1 K1 (mr1 ) I1 (mr2 )  I1 (mr1 ) K1 (mr2 )
a  
h2  r2  r1 b m  r2  r1  K0 (mr1 ) I1 (mr2 )  I 0 (mr1 ) K1 (mr2 )
2 2 2 2

Observação: Eficiência de Aletas com Geometrias Usuais (Tabela 3.5)


qa
qa b 1
a  a  
hAab hAa hAa Rt ,a
b 1
Rt ,a   Rt ,a 
qa hAaa

73
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3.6.5 – Eficiência Global da Superfície

A eficiência global da superfície  g caracteriza o desempenho de um conjunto


de aletas e da superfície na qual ele está fixado.

qt q
g   t
qmáx hAtb
At engloba tanto as aletas, quanto a fração da superfície na qual as aletas são fixadas
que permanece exposta.

At  NAa  Ab
Taxa de transferência de calor por convecção das aletas e da superfície
primária (sem aletas) para o fluido

qt  Na hAab  hAbb

qa
a   qa  a qmáx , qmáx  hAab
qmáx

qt  h  Na Aa  A b b

qt  h  Na Aa   At  NAa  b , Ab  At  NAa

qt  h  Aa N a  1  At  b

 NA 
qt  hAt 1  a 1  a   b
 At 
qt
g 
hAtb
qt   g hAtb

74
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NAa
g  1  1 a 
At

Resistência Térmica da superfície aletada


b 1
Rt , g  
qt  g hAt
Rt , g é uma resistência efetiva que leva em consideração as taxas
condutiva/convectiva através das aletas e a convectiva na superfície primária, que
ocorrem paralelamente.

b b
  Na hAa 
1
Rt  
qcond / conv Na hAab

b 1
Rt    h  At  NAa  
h  At  NAa b

 Na hAa 
1

Com resistência de contato vide Fig. 3.21

75
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Problema 3.119(a) (página 85) ( 5ª edição 3.136(a) pág. 125) [6ª edição 3.136 (a)
pág. 123]

Wc  16 mm
T  25 C
h  1500 W / m 2 K

Sorvedouro de calor
Cobre
k  400 W / m K
w  0, 25 mm
S  0,50 mm
La  6 mm
Lb  3 mm

(a) junta metalúrgica

Rt,c  5 106 m2 K / W

Tmáx  85C
qc  ?

Todo o calor gerado é dissipado pelo sorvedouro.

76
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Tc  T
qc 
Rt ,c  Rcond ,b  Rt , g
2
Rt,c  Wc Rt ,c

Rt,c
Rt ,c   0, 0195 K / W
Wc2
1
Rt , g 
 g hAt
NAa
g  1  1 a 
At

At  NAa  Ab  N (4wLc )  Wc2  Nw2 

w
Lc  La  Aproximação como extremidade adiabática (e também w  D )
4
tanh mLc
a 
mLc

hP 4h
m 
kAsr kw

m  245m1
mLc  1, 49
a  0,608

NAa
g  1  1 a 
At

(32  32)  6, 0625 106 m2


g  1  1  0, 608
0, 0064m2
 g  0,619

1
Rt , g 
 g hAt
Rt , g  0,168 K / W

77
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Lb
Rt ,cond 
kA
qc  276 W
Observação:

w 3 0, 25 103
Lc  La   6 10 m  m  0, 00606 m
4 4
Aa  4wLc  4  0, 25 103 m  0,00606m  6,0625 106 m2

Ab  Wc2  Nw2  (16 103 )2 m2  32  32(0, 25 103 )m2  1,92 104 m2

At  (32  32)  6,0625 106 m2  1,92 104 m2  0,0064 m2

78
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Capítulo 4 – Condução Bidimensional em Regime Estacionário

4.1 Alternativas de Procedimentos (página 90)

4.1 Aproximações Alternativas (página 130) (5ª edição)

 2T  2T
Equação da Condução de Calor  0
x 2 y 2
Procedimentos analíticos
Procedimentos gráficos
Procedimentos numéricos

Objetivos:
1) T ( x, y )
2) Fluxo de Calor

Componentes: qx e qy

T
qx  k
x
T
qy  k
y

79
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4.2 O método da separação de variáveis (página 90)

T ( x, y)  ?

T  T1
Transformação   
T2  T1

 1 T  2 1  2T
  
x T2  T1 x x 2 T2  T1 x 2

 1 T  2 1  2T
  
y T2  T1 y y 2 T2  T1 y 2

 2  2
  0 2 condições de contorno
x 2 y 2
  0, y   0
  L, y   0
Agora 3 das 4 condições de contorno são homogêneas
  x, 0   0
  x, W   1
O valor de  encontra-se restrito na faixa de 0 a 1

Consideremos a existência de uma solução na forma

  x, y   X ( x)Y ( y) (Técnica da Separação de Variáveis)

 2 d 2 X ( x)
 Y ( y )
x 2 dx 2
 2 d 2Y ( y )
 X ( x)
y 2 dy 2
Logo,

80
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d 2 X ( x) d 2Y ( y )
Y ( y)  X ( x) 0
dx 2 dy 2
1 d 2 X 1 d 2Y
(  XY )  2
 2
 2
X dx Y dy
onde  2 Constante de separação. Constante positiva. Se fosse negativa ou nula não
seria possível atender as condições de contorno.

1 d2X
 depende só de x
X dx 2
1 d 2Y
depende só de y
Y dy 2
A equação diferencial é de fato separável.

d2X
2
 2X  0
dx
Duas equações diferenciais ordinárias
d 2Y
2
  2Y  0
dy
d 2
Já visto na parte relativa às aletas  2
 m2  0
dx

Soluções gerais

X  C1cos x  C2 sen x

Y  C3e y  C4e y
Forma geral da solução

  x, y    C1cos x  C2 sen x  C3e y  C4e y 


Aplicando as condições de contorno

  0, y   0  C1  C3e y  C4e y   0  C1  0

  x,0  0  C2 sen x  C3  C4   0
C2  0 “não haveria dependência em x ”(a solução seria trivial)
C3  C4

  L, y   0  C2 sen LC4  e y  e y   0

C2  0

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C4  0  C3  0 (não dependeria de y )
 assume valores discretos
 sen L  0 n  0 é descartado porque
fornece uma solução
 L  n n  1, 2,3... inaceitável (solução trivial
  0)
n
 n  1, 2,3...
L
n x  nL y 
n y

  x, y   C2C4 sen e e
L

L  
Combinando as constantes e admitindo que a nova constante pode depender
de n

n x n y
  x, y   Cn sen senh
L L
Uma vez que o problema é linear, uma solução mais geral pode ser obtida por
uma superposição na forma

n x n y
  x, y    Cn sen senh
n 1 L L
Para determinar Cn é empregada a última condição de contorno

n x nW
  x,W   1   Cn sen senh
n 1 L L
Uma série infinita de funções g1 ( x), g2 ( x),..., gn ( x), é dita ortogonal no
domínio a  x  b se
b

g
a
m ( x) g n ( x)dx  0 , m  n Produto interno em um espaço de funções

Muitas funções exibem ortogonalidade, incluindo as funções trigonométricas


sen(n x / L) e cos(nx / L) para 0  x  L .
Qualquer função f (x) pode ser representada em termos de uma série infinita
de funções ortogonais

f ( x)   An g n ( x)
n 1

Fourier

82
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b b 

     f ( x) g n ( x) dx   g m  An g n ( x) dx
a a n 1

Apenas um termo é não nulo  quando m  n


b b

 f ( x) g m ( x)dx  An  g n ( x)dx
2

a a

 f ( x) g n ( x)dx
An  a
b

g
2
n ( x)dx
a


n x n W
  x,W   1   Cn sen senh
n 1 L L
f ( x)  1
n x
g n ( x)  sen
L
n W
An  Cn senh
L
n x
L

 sen L
dx
2 (1) n 1  1
An  0

b
n x  n
 sen
2
dx
a
L
Expansão da unidade em uma série de Fourrier

2 (1) n1  1 n x
1  sen
n 1  n L
An

2 (1) n 1  1
Cn 
n W
n senh
L
Logo,

2 (1)n 1  1

n x senh  n y / L 
  x, y    sen
 n1 n L senh  nW / L 

4.3 – O Método Gráfico (página 92) (5ª edição pág. 133)

83
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Apenas para leitura

4.4 – Equações em Diferenças Finitas (página 95) (5ª edição pág. 137)

T ( x, y)  Ti , j
A solução numérica permite apenas a
determinação da temperatura em pontos
discretos.

4.4.2 – A Equação do Calor em Diferenças Finitas (página 96) (5ª edição pág. 138)

É escrita uma equação para cada ponto nodal de temperatura desconhecida.

T T

 2T   T  x m 1 ,n x m  1 ,n
   
2 2
x 2 m,n
x  x  m,n x

m índice para x

84
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n índice para y
T Tm1,n  Tm,n

x m 1 ,n x
2

T Tm,n  Tm1,n

x m 1 ,n x
2

Logo,

 2T Tm1,n  Tm1,n  2Tm,n



x 2  x 
2
m,n

De forma análoga,

T T

 2T y m,n  1
y m,n  1
 2 2
y 2 m,n
y

 2T Tm,n 1  Tm,n 1  2Tm,n



y 2  y 
2
m,n

Fazendo x  y e substituindo as aproximações por diferenças finitas em

 2T  2T
 0
x 2 y 2
obtém-se
Tm,n1  Tm,n1  Tm1,n  Tm1,n  4Tm,n  0
(Equação para os nós interiores, ou nós internos)

4.4.3 – O método do balanço de energia (página 97) (5ª edição pág. 139)

Convençãotodos os fluxos térmicos estão dirigidos para dentro do nodo

Para o caso de regime estacionário com geração E e  E g  0

E s  0 , E ac  0

85
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É considerado que a transferência por condução ocorre exclusivamente nas direções


x e y.
4

q
i 1
( i ) ( m , n )  q (xyL)  0

Tm1,n  Tm,n
q( m1,n )( m,n )  k (yL)
x
Tm1,n  Tm,n
q( m1,n )( m,n )  k (yL)
x
Tm,n1  Tm,n
q( m,n 1)( m,n )  k (xL)
y
Tm,n1  Tm,n
q( m,n 1)( m,n )  k (xL)
y
Logo,
q  xy 
Tm,n1  Tm,n 1  Tm1,n  Tm1,n   4Tm,n  0
k
(se não houver fonte, esta equação se reduz àquela vista anteriormente)
Para cada nodo com temperatura desconhecida é necessária uma equação.

86
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Nodo no contorno

Aplicando o método de balanço de energia


Troca de energia por convecção

Taxas de condução de calor

Tm1,n  Tm,n
q( m1,n )( m,n )  k (yL)
x
Tm,n1  Tm,n
q( m,n 1)( m,n )  k (xL)
y
y Tm1,n  Tm,n
q( m1,n )( m,n )  k ( L)
2 x
x Tm,n1  Tm,n
q( m,n 1)( m,n )  k ( L)
2 y
Convecção
x y
q(  )( m,n )  h( L) T  Tm,n   h( L) T  Tm,n 
2 2
E g  0
x  y
resultando
hx  hx 
Tm1,n  Tm,n1 
1
 Tm1,n  Tm,n1   T   3   Tm,n  0
2 k  k 
Diversas geometrias podem ser vistas na Tabela 4.2 (página 98) (5ª edição
pág. 140)

87
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4.5 – Resolução das Equações Geradas pelo Método das Diferenças Finitas
(página 100) (5ª edição pág. 143)

Solução de um sistema de equações algébricas lineares  métodos diretos,


métodos iterativos.

4.5.1 – Método da Inversão matricial (página 100) (5ª edição pág. 143) (método
direto)
   
AT  C T  A1 C (dificuldade cálculo da inversa)

4.5.2 – Iteração de Gauss-Seidel (método iterativo)


 
AT  C
a11T1  a12T2  ...  a1N TN  C1
a21T1  a22T2  ...  a2 N TN  C2

a n1T1  an 2T2  ...  aNN TN  CN

a T
j 1
ij j  Ci , i  1, 2,..., N

i 1 N

 aijTj  aiiTi 
j 1
aT
j i 1
ij j  Ci , i  1, 2,..., N

Jacobi

1  i 1 N ( n 1) 
 i  ij j 
( n 1)
Ti ( n )  C  a T  aijT j 
aii  j 1 j i 1 
ou então,

 
1  N
( n 1) 
 Ci   aijT j 
(n)
Ti
aii  j 1 
 j i 
Gauss-Seidel

1  i 1 N ( n 1) 
 Ci   aijT j   aijT j
(n) (n)
Ti 
aii  j 1 j i 1 

88
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Notas de Aula de Transferência de Calor e Equipamentos de Troca Térmica I

O procedimento iterativo é interrompido quando um critério de parada definido


a priori é satisfeito

Ti ( n )  Ti ( n1)  
A convergência está garantida quando se tem a dominância da diagonal
n
aii   aij
j 1
j i

e em pelo menos uma linha


n
aii   aij
j 1

89
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Notas de Aula de Transferência de Calor e Equipamentos de Troca Térmica I

Capítulo 5 – Condução em Regime Transiente

5.1 – O Método da Capacitância Global (Concentrada) (página 118) (5ª edição


pág. 170)
Análise por parâmetros agrupados.

A essência do método da capacitância global é a hipótese de que a


temperatura no interior do sólido é uniforme no espaço, em qualquer instante de tempo
durante o processo transiente. (gradientes de temperatura desprezíveis no interior do
meio – resistência à condução é pequena quando comparada à resistência à
convecção)

E e  E g  E s  E ac

Ee  0 e E g  0   E s  E ac

(5ª edição  E ar )

dT
hA sup T  T   Vc
dt
onde: V massa
c calor específico

d dT
Diferença de temperatura   T  T  
dt dt
Vc d
 
hAsup dt
Separando as variáveis
Vc d
 dt
hAsup 

90
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Notas de Aula de Transferência de Calor e Equipamentos de Troca Térmica I

e integrando a partir da condição inicial T (0)  Ti  (0)  i



Vc d
t

hAsup i 
   dt
0

onde i  Ti  T
Vc
 ln   ln i   t
hAsup

   hA 
ln      sup  t
 i   Vc 
ou

 T  T   hA  
  exp    sup  t 
i Ti  T   Vc  

Constante de tempo térmica

 1 
t  
   Vc   Rt Ct
hA
 sup 

onde: Rt resistência à transferência de calor por convecção.


Ct capacitância térmica global do sólido (5ª edição capacitância térmica
concentrada)

  t
 exp   
i  t 
Total de energia transferida Q até um instante de tempo qualquer t
t t
Q   qdt  hAsup   dt
0 0

 t 
  i exp   
 t 

91
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Observação:
t
t
 t    t    t     t 
0    t
exp 

dt    t exp 
 t
 
0
   t exp 
 t

 t

    t 1  exp 
 t


   
  t 
Q   Vc  i 1  exp    
   t 

Ee  Eg  Es  Eac

Es  Q

Para resfriamento Q  0 Q  Eac

5.2 – Validade do Método da Capacitância Global (página 119)


Capacidade Concentrada página 172 (5ª edição)

Em regime estacionário (para facilitar a análise)


Tsup,1  T

Tsup,1  Tsup,2  T

Tsup,2  valor intermediário

92
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Balanço de energia da superfície em x  L

qcond  qconv

 hA T  T 
dT
kA xL
dx xL

dT Tsup,2  Tsup,1

dx xL L
kA
L
Tsup,1  Tsup,2   hA Tsup,2  T 
Tsup,1  Tsup,2  L 
 kA 
R cond

hL
 Bi
Tsup,2  T  1hA R conv k

onde Bi Número de Biot (parâmetro adimensional)

 Bi  1 Rcond  Rconv hipótese de distribuição de temperaturas uniforme no

sólido é razoável. Logo, Tsup,1  Tsup,2  Tsup,2  T Tsup,1  Tsup,2

hLc
 Bi   0,1  o erro associado à utilização do método da capacitância
k
global é pequeno.

Lc comprimento característico
Em problemas transientes de condução de calor a primeira coisa a fazer é
calcular o número de Biot.

93
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V  volume do sólido
Lc 
Asup  área superficial

 Parede Plana

2 LA
Lc  L
2A

Conservativo Lc  L comprimento associado à máxima diferença de temperatura


espacial

 Cilindro

 r02 L r0
Lc  
2 r0 L 2

Conservativo Lc  r0
 Esfera

4  r3
r
Lc  3 2  0
0

4 r0 3

Conservativo Lc  r0

Voltando à expressão da temperatura em função do tempo

 T  T   hA  
  exp    sup  t 
i Ti  T   Vc  
V hAsupt ht hL k t hL  t
Lc     c  c 2
Asup Vc  cLc k  c Lc
2
k Lc

94
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hLc
onde  Bi
k
t
 Fo
L2c
k
 difusividade térmica
c
hAsupt
 Bi Fo
Vc
t
Fo  Número de Fourier (tempo adimensional)
L2c
 T  T
  exp   Bi Fo 
i Ti  T

Problema 5.9 (página 142) (5ª edição pág. 203)

D  0,1 m
r0  0, 05 m
Ti  300 K
t ? T r 0
 800 K

Eixos de Aço Carbono (AISI 1010)

Tabela A.1 (página 448) (5ª edição pág. 643) [Problema 5.10 6ª edição pág. 198]
[interpolando na tabela]
Obs.: Erro na
800  300 Tabela da 5ª
T K  550 K  k  51, 2 W / mK edição
2 (pág. 643)
c  541 J / kgK linha deslocada

  7832 kg / m3
hLc hr0 / 2
Bi    0,0488  Bi  0,1
k k
T  T   hA  
 exp    sup  t 
Ti  T   Vc  

95
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mas como
Asup  DL 4
 
V D 2
D
L
4
então

T  T   hA    4h 
 exp    sup  t   exp   t
Ti  T   Vc     cD 

 T  T  4h  cD  T T 
ln   t  t ln  i    t  859s
 Ti  T   cD 4h  T  T 

Exemplo 5.1 (página 120) (5ª edição pág. 173) [6ª edição pág. 166]

1)  t  1s  D?

 1  1  D3
t     Vc   c
 hAs  h D 2 6

6h t W m3 kgK
D   6  400 2 1s
c m K 8500kg 400Ws
D  7,06 104 m
D  0,706 mm

2) Ti  25C t ?  T  199C

T  200C r0  D / 2  3,53 104 m

hLc h  r0 / 3 W 3,53 104 m mK


Bi    400 2
k k mK 3 20W

96
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Bi  2,35 104  Bi  0,1

 T  T   hA    T  T  hAsup
  exp    sup  t   ln   t
i Ti  T   Vc   
 i 
T T Vc

V  D3 D
 
Asup 6 D 2 6

 Dc  T T 
t  ln  i  
6h  T  T 
kg 4 Ws m2 K  25  200 
t  8500 7, 06  10 m 400 ln  
m3
kgK 6  400 W  199  200 
t  5, 2 s  5 t

5.3 – Análise Geral via Capacitância Global (página 121) [6ª edição pág. 167]

E e  E g  E s  E ac

dT
 Asup,h  E g   qconv
qsup   Asup( c,r )  Vc
  qrad
dt
  h Tsup  T 
qconv

   Tsup
qrad 4
 Tviz4 

 Asup,h  E g  h T  T    T 4  Tviz4  Asup(c ,r )  Vc


dT
qsup   dt
(Equação diferencial ordinária não-linear – soluções exatas podem ser obtidas para
versões simplificadas dessa equação)

97
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Exemplo I: Sem geração interna,   0 , qconv


qsup   0
(Resfriamento por radiação)

  Asup,r  T 4  Tviz4 
dT
Vc
dt
 Asup,r  t T
dT
Vc  dt   T
0 Ti
4
viz T 4

dx 1  xa 1 x
 x4  a4 4a3  x  a  2a3
 ln    arctan
a
x T
a  Tviz

Logo,

Vc 
 Tviz  T T T   T  1  Ti  

t ln  ln viz i  2  tan 1    tan   
4 Asup,r  Tviz3  Tviz  T
 Tviz  Ti   Tviz   Tviz  

(Equação não-linear em T)
 Asup,r  t T
dT
 Vc 0  dt   4
T T 4
T viz i

Para Tviz  0
 Asup,r  t T
dT
Vc 0  dt    4
T
T i

Vc  1 1 
t  3 3
3 Asup,r   T Ti 
Exemplo II:
  0 e h  h(t )
qrad
d dT
  T  T , 
dt dt

 Asup,h  E g  h T  T    T 4  Tviz4  Asup( c )  Vc


dT
qsup   dt
onde T  T    e  T 4  Tviz4   0

98
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d hA q A  E g
  sup,c   sup sup,h
dt Vc Vc
hAsup,c
a
Vc
 Asup,h  E g
qsup
b
Vc
d
 a  b  0
dt
(Equação diferencial linear não-homogênea)
Solução = solução homogênea + solução particular

Procedimento alternativo eliminação da não-homogeneidade

b
   Observação:
a
b e a não dependem de
d  d  , E g e
t e, portanto qsup

dt dt b não dependem de t .
a   a  b
d 
 a   0
dt

d 
t

 
 a  dt
i 0

ln    ln i  at

  
ln    at
 i 

 exp  at 
i
T  T   b / a 
 exp  at 
Ti  T   b / a 
T  T b/a
 exp  at   1  exp(at )
Ti  T Ti  T

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Problema 5.25 (página 144) (5ª edição 5.26 pág. 207) [6ª edição 5.27 pág. 202]

L  5 mm
t  1 mm
h  150 W / m2 K
T  20C

Ti  T

q  9 106 W / m3
Rt ,c (chip-substrato)  

Rcond  0 (no interior do chip)

 Temperatura do chip T f no regime estacionário?


 Quanto tempo leva para atingir uma temperatura 1C inferior à temperatura do
regime estacionário?

  2000 kg / m3
c p  700 J / kgK

 Regime permanente

E e  E g  E s  E ac

E e  0 e E ac  0

 2t  hL2 T f  T   0
qL


qt
T f  T 
h
T f  80C
Atenção: t não é uma boa letra para a espessura

 Capacitância Global

 Asup,h  E g  h T  T    T 4  Tviz4  Asup(c ,r )  Vc


dT
qsup   dt

100
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 Asup,h  0
qsup

 T 4  Tviz4   0

  L2t  c  q  L2t   h T  T  L2
dT
dt
h
a  0,107 s 1
 tc
q
b  6, 429 K / s
c
  T  T
d
 a  b  0
dt
b
  
a
d 
 a   0
dt

 exp  at 
i
T  T   b / a 
 exp  at 
Ti  T   b / a 

exp  at   0, 01667


t  38,3s

5.4 – Efeitos Espaciais (página 123) (5ª edição pág. 178) [6ª edição pág. 170]

Quando o método da capacitância global é inadequado.


Os gradientes de temperatura no interior do meio não são mais desprezíveis.

101
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  T    T    T  T
k  k  k   q   c
x  x  y  y  z  z  t
- sem geração interna
- unidimensional
- condutividade térmica constante

 2T 1 T k
T ( x, t )   onde 
x 2  t c
+1 condição inicial
+2 condições de contorno

T ( x,0)  Ti
T
0 (Neumann)
x x 0

T
k  h[T ( L, t )  T ] (Robin)
x xL

 Adimensionalização
 T  T
*  
i Ti  T
x
x* 
L
t
t*   Fo
L2
Obtém-se então

 2 *  *

x*2 Fo
 * ( x* ,0)  1
 *
0
x* x*  0

 * hL
  Bi * (1, t * ) onde Bi 
x* x* 1
k
HMW Obtenha as Eqs. (5.34) a (5.37), a partir das Eqs. (5.26) a (5.29), usando
as Eqs. (5.31) a (5.33).

102
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5.5 – A Parede Plana com Convecção (página 124) (5ª edição pág. 179) [6ª edição
pág. 171]

Tipicamente a solução para a distribuição de temperaturas se apresenta na


forma de uma série infinita. Entretanto, exceto para valores muito pequenos do
número de Fourier, a série pode ser aproximada por um único termo.

5.5.1 – Solução Exata (página 124) (5ª edição Pág. 179) [6ª edição pág. 171]

x
x* 
L

T ( x,0)  Ti
T  Ti
 T  T
*  
i Ti  T

 *   Cn exp   n2 Fo  cos  n x* 
n 1

t
Fo 
L2
4sen n
Cn 
2 n  sen(2 n )

Os autovalores  n são as raízes positivas da equação transcendental


 n tan  n  Bi
Apêndice B.3 (página 476) (5ª edição pág. 673) [6ª edição pág. 620]  4 primeiras
raízes da equação transcendental.

103
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5.5.2 – Fórmula Aproximada [6ª edição Solução Aproximada]


Para Fo  0, 2 é usado apenas o primeiro termo da série

 *  C1 exp   12 Fo  cos  1 x* 

Em x  0
*
 
*
0

0*  C1 exp   Fo 
2
1

Logo,

 *  0* cos  1 x* 
T0  T
Observação: 0*  temperatura no plano intermediário x  0
*
Ti  T
C1 e  1  Tabela 5.1
 Apêndice D (página 484) (5ª edição pág. 681) – Representação gráfica de
aproximações de 1 termo. Na 6ª edição não é apresentada a solução gráfica.

t L2 Fo
Observação: Fo    t 
L2 

Fo  0, 2

  m2 / s  L  1 cm  0,01 m L  10 cm  0,1 m

105 2s 200 s  3,33min 

107 200 s  3,33min   333,33min 


20.000 s  
 5,56 h 

5.5.3 – Transferência Total de Energia (página 125) (5ª edição pág. 180) [6ª edição
pág. 173]
Em muitas situações é útil saber a quantidade total de energia Q que deixou a
parede até um dado instante de tempo.

104
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E e  E g  E s  E ac
t

   dt  E
0
e  Eg  Es  Eac

Aqui Eg  0
Logo,

Ee  Es  Eac
Ee  0
 Es  Eac
Es  Q
Q  Eac  Q  Eac
Eac  E (t )  E (0)
Q  E (0)  E (t )

Q    E (t )  E (0)

Q    c T ( x, t )  Ti dV
Definindo

Q0   cV Ti  T 

onde Q0 Energia interna inicial da parede em relação à temperatura do fluido


(representa também a quantidade máxima de energia que pode ser transferida)

Q
 
T ( x, t )  Ti  dV
Q0 Ti  T V

T  Ti T  T  T  Ti T  T Ti  T
Observação:      * 1
Ti  T Ti  T Ti  T Ti  T
Então:

Q
 
T ( x, t )  Ti  dV  1 (1   * )dV
Q0 Ti  T V V
Usando a solução aproximada

 *  0*cos  1 x* 

105
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Q sen  1 *
 1 
Q0 1 0
5.6 – Sistemas Radiais com Convecção (página 126) [6ª edição pág. 173]

Cilindro infinito ou esfera com raio r0

L
Cilindro infinito   10 (razão de aspecto)
r0

5.6.1 – Soluções Exatas


- Temperatura inicial uniforme
- condições de contorno convectivas

Cilindro Infinito:

   Cn exp   n2 Fo  J 0  n r * 
*

n 1

r
r* 
r0
t
onde Fo 
r02

2 J1   n 
Cn 
 n J 02  n   J12  n 
J1   n 
n  Bi
J 0  n 

J1 e J 0 são funções de Bessel de primeira espécie. (Apêndice B.4 (página 477)


(5ª edição pág. 674))

Aproximação pelo primeiro termo

 *  C1 exp   12 Fo  J 0  1r * 

J 0 (0)  1

106
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Em r  0
*

0*  C1 exp   12 Fo  ( C1 e  1 Tabela 5.1)

 *  0* J 0  1r * 
Esfera:

 *   Cn exp   n2 Fo  sen  n r * 
1
n 1  nr *

r t
r*  Fo 
r0 r02

4  sen  n    n cos  n  
Cn  
2 n  sen  2 n 

1   n cot  n  Bi
Aproximação pelo primeiro termo

 *  C1 exp   12 Fo  sen  1 r * 
1
 1r *

sen  1r *   1 cos(0)
lim  1
r 0
*
 1r *
1
0*  C1 exp   12 Fo 

sen  1r * 
1
 *  0*
 1r *

Soluções Gráficas  Apêndice D (página 484) (5ª edição pág. 681). Na 6ª edição não
é apresentada a solução gráfica.

5.6.3 – Transferência Total de Energia

Q0   cV Ti  T 

Q  T (r , t )  T  dV 1
   (1   * )dV
Q0 Ti  T V V
 Cilindro infinito

Q 20*
 1 J  
Q0 1 1 1

107
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 Esfera

Q 3 *
 1  30  sen  1    1cos  1  
Q0 1

Problema 5.40 (página 146) (5ª edição 5.46 pág. 211)

Varas cilíndricas de aço (AISI 1020), com 50 mm de diâmetro, são tratadas


termicamente pela passagem através de um forno com 5 metros de comprimento, no
qual o ar é mantido a uma temperatura de 750 °C. As varas entram no forno a 50 °C e
atingem uma temperatura de 600 °C na sua linha de centro antes de deixarem o forno.
Para um coeficiente de transferência de calor por convecção de 125 W/m²K, estime a
velocidade de passagem das varas através do forno.
Aço AISI 1010
600  50
T  325º C  598 K
2
k  48,8 W / mK
  7832 kg / m3
c p  559 J / kgK
  1,11105 m 2 / s

Obs.: pág. 643, 5ª edição


linha deslocada
Velocidade de passagem das varas através do forno?
L
v L5 m
tempo
Solução Gráfica – vide Figura D.4 (página 485) (5ª edição pág. 683). Na 6ª
edição não é apresentada a solução gráfica.
T0  T 600  750
0*    0, 214
Ti  T 50  750
k
Bi1   15, 6
hr0
t
Fo   12, 2
r02

108
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t  687s v  0,0073m / s

hLc h  r0 / 2 
Bi    0, 032  Bi  0,1
k k

Capacitância Global

 T  T   hA  
  exp    sup  t 
i Ti  T   Vc  
 hA
ln   sup t
i Vc
Vc i
t ln
hAsup 
  T  T Ti  50C
i  Ti  T T  600C

V

  D2 / 4 L D

Asup  DL 4
t  675s

Solução aproximada (primeiro termo da série)


hr0
Bi   0, 0641
k
 *  0* J 0  1r * 

0*  C1 exp   12 Fo 

2 J1   1 
C1 
 1 J 02  1   J12  1 
J1   1 
1  Bi
J 0  1 
Tabela 5.1 (página 125) (5ª edição pág. 180) [6ª edição pág. 172]

 1  0,3549
C1  1,0158

109
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600  750
0*   0, 214
50  750
1  0*  t
Fo   ln    12, 4 Fo   t  698s
 12  C1  r02

5.7 – O sólido Semi-infinito (página 129) (5ª edição pág. 185) [6ª edição pág. 177]
Uma outra geometria simples, na qual soluções analíticas podem ser obtidas, é
o sólido semi-infinito.

 2T 1 T

x 2  t

T ( x,0)  Ti

c.c. para x   T ( x  , t )  Ti
c.c. em x  0

Caso 1 (Dirichlet)

Em x  0  T x 0
 Tsup a partir de t  0

x
Variável similar (variável de similaridade)   1
(4 t ) 2

( x, t )  

Equação diferencial parcial T ( x, t )

Equação diferencial ordinária T ( )

T T  1 T
 
x  x (4 t ) 2 
1

110
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 2T   T    T  
   
x 2 x  x    x  x

  1 dT   1  2T
   
  (4 t ) 12 d  x 4 t  2

T dT 

t d t
 1 1 3
 x(4 t ) 2   x(4 t ) 2 4
t 2
x 4 1 x
 
2t  4 t  2
3 3 1
2 4 2 t 2

T x dT

t 2t  4 t  2 d
1

 2T 1 T

x 2  t
1 d 2T x dT

4 t d 2
 2t  4 t  2 d
1

d 2T x dT
 2
d 2
 4 t  2 d
1

d 2T dT
 2
d 2
d
x  0    0  T (  0)  Tsup
x
   T (  )  Ti
t 0
d  dT  T
   2
d  d  
d  dT / d 
 2 d
dT / d
dT
ln   2  C1
d

111
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dT
 C1 e
2

d

dT  C1 e d
2

1) Integral Indefinida

 dT  C  e
 2
1 d  C2

F ( )  e
2


F ( )   eu du
2
primitiva:
0

dF ( )
F ( ) 
d


q q
d dq dp
 f ( x, a)dx    f ( x, a) dx  f (q, a)  f ( p, a)
da p p
a da da
 
d   u 2   2 d d0
 
u 2
e du  e du  e  e0
d 0    d d
0

0 0


d
  eu du  e
2 2

d 0
Logo

T    C1  eu du  C2
2

2) Integral Definida ?

T ( )
 dT  C1  e d
2

T (  0)
0


T ( )  T (  0)  C1  e  d
2

T   0   Tsup
Logo,

T ( )  C1  eu d  Tsup
2

112
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  T  Ti

Ti  C1  eu du  Tsup
2


1 
e
 ax 2
dx 
0
2 a
 1
 2


u2
a  1 e du 
0
2
1
 2
Ti  C1  Tsup
2

C1  2
T  T  i sup
1
 2

T  T  
T ( )  2 e
u 2
du  Tsup
i sup
1
 2
0


T  Tsup 2
e du  erf 
u2

Ti  Tsup 
1
2
0

erf  função erro de Gauss – Tabela B.2 (página 475) (5ª edição pág. 672)
[6ª edição pág. 619]
x x
 
 4 t  2 t
1
2

- Fluxo térmico na superfície

T
  k
qsup
x x 0

T d erf  d
 Ti  Tsup 
x d dx  0

113
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Regra de Leibnitz para diferenciação de integrais


2 ( ) 2 ( )
d F d d
d 
 
F ( x,  )dx  
  
dx  F (1 ,  ) 1  F (2 ,  ) 2
d d
1( ) 1( )


d  2 
d
d
(erf  ) 
d   2 0
u 2

 
2
 1  e du   1/ 2 e
 2
 
 
xu
F ( x,  )  e x  eu
2 2

1    0

2      
F
0

d1
0
d
F (2 ,  )  e
2

d2
1
d
Então,
d 2
(erf  )  1 e
2

d  2
x

 4 t 
1
2

 1

x  4 t  12

T 2 Ti  Tsup    2 1 
 e 
x  2
1
    0
4 t
1
2 
x 0

T

T  T 
i sup

x x 0  t 
1
2

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T
  k
qsup
x x 0

  k
qsup
T  T 
i sup

 t 
1
2

f ( x, a)
q q
d dq dp
Observação:
d 
p
f ( x, a)dx  
p
a
dx  f (q, a)  f ( p, a)
da da
CRC Standard Mathematical Tables (página 232)

T  2 2 
 k Ti  Tsup   1 e 
1
  k
qsup
x x 0  2   4 t  2
1

 0

k Tsup  Ti 
 
qsup
 t 
1
2

Caso 2 (Neumann)
Fluxo térmico constante na superfície

  q0
qsup

2q  t /  
1
2
 x 2  q0x  x 
T ( x, t )  Ti  0 exp    erfc  
k  4 t  k  2 t 
onde
erfc w  1  erf w

Caso 3 – Convecção na superfície (Robin)

T
k  h T  T (0, t )
x x 0

115
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T  x, t   Ti  x    hx h 2 t     x h  t 
 erfc     exp      erfc 
 2 t  
T  Ti  2 t    k k 2     k  

5.8 – Efeitos Multidimensionais (página 132) (5ª edição pág. 189) [Não está na 6ª
edição]
Cilindro Curto

- propriedades constantes
- sem geração de energia

1   T   2T 1 T
r  
r r  r  x 2  t
Uma solução pode ser obtida pelo método de separação de variáveis, podendo
o resultado ser expresso na forma:

T (r , x, t )  T T ( x, t )  T T (r , t )  T
 
Ti  T Ti  T parede Ti  T cilindro
plana infinito

bidimensional unidimensional unidimensional

T ( x1 , x2 , x3 , t )  T
 P( x1 , t ) P( x2 , t ) P( x3 , t )
Ti  T

tridimensional unidimensional (parede plana)

116
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5.9 – Métodos de Diferenças Finitas (página 135) [Seção 5.10 6ª edição]

5.9.1 – Discretização da Equação do Calor: O método Explícito

1 T  2T  2T
 
 t x 2 y 2

t  pt

T Tmp,n1  Tmp,n
 (diferença avançada)
t m,n t
tempo novo  p 1
anterior p

 2T Tm1,n  Tm1,n  2Tm,n



x 2  x 
2
m,n

 2T Tm,n 1  Tm,n 1  2Tm,n



y 2  y 
2
m,n

Formulação explícita
p 1
1 Tm,n  Tm,n Tm1,n  Tm1,n  2Tm,n Tm,n 1  Tm ,n 1  2Tm ,n
p p p p p p p

 
 t  x   y 
2 2

considerando x  y ,

Tmp,n1  Fo Tmp1,n  Tmp1,n  Tmp,n 1  Tmp,n 1   (1  4Fo)Tmp,n

t
Fo 
 x 
2

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Unidimensional Tm
p 1
 Fo Tmp1  Tmp1   (1  2 Fo)Tmp

Iniciando em t  0 , onde tem-se a condição inicial Tm,n  Ti , as temperaturas


0

no instante t  t , ou seja, Tm , n são calculadas explicitamente.


1

1 2
Com Tm , n calcula-se Tm , n , e assim por diante.

O método explícito é condicionalmente estável.

Critério de estabilidade
t
Unidimensional  1 1  2Fo  0
 x  2
2

Verificação:

Tmp 1  Fo Tmp1  Tmp1   (1  2 Fo)Tmp

1  2Fo  0

Fo  1 1  2Fo  1
Tmp 1  1100  100   0  200C
Fo  1/ 2  100C

Fo  1 1  2 Fo  0
2
t
Bidimensional   1 1  4Fo  0
 x  4
2

Vamos agora analisar um nó no contorno usando um balanço de energia.

118
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E e  E g  E s  E ac

E g  0 , E s  0

T
qconv  qcond   cV
t
x T0p 1  T0p
hA T  T0p   1 0
kA p
T  T p
  cA
x 2 t
Logo,
2h t 2t p
T0p 1 
 c x
 T  T0p  
x 2  1
T  T0p   T0p

2h t  hx  t 
 2  2   2 Bi Fo
 c x  k  x 
T0p 1  2Fo T1 p  BT
i    1  2 Fo  2 Bi Fo  T0
p

1  2Fo  2Bi Fo  0

Fo(1  Bi )  1
2

5.9.2 – Discretização da Equação do Calor: O método Implícito


p 1 p 1 p 1 p 1 p 1 p 1 p 1
1 Tm,n  Tm,n Tm1,n  Tm1,n  2Tm,n Tm,n 1  Tm,n 1  2Tm,n
p

 
 t  x   y 
2 2

x  y

1  4Fo  Tmp,n1  Fo Tmp1,1n  Tmp1,1n  Tmp,n11  Tmp,n11   Tmp,n

No caso unidimensional

119
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1  2Fo  Tmp1  Fo Tmp11  Tmp11   Tmp

Para determinar as temperaturas nodais desconhecidas no instante t  t , as


equações nodais correspondentes devem ser resolvidas simultaneamente.
(incondicionalmente estável).

120
• Coordenadas Cartesianas

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