001198862
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ESCOLA DE ENGENHARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MINAS,
METALÚRGICA E DE MATERIAIS
Porto Alegre
2024
MELINA VASCONCELLOS DILÉLIO
Dissertação submetida ao
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Minas, Metalúrgica
e de Materiais da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul,
como requisito parcial à obtenção
do título de Mestre em
Engenharia, modalidade
Acadêmica.
Porto Alegre
2024
II
MELINA VASCONCELLOS DILÉLIO
BANCA EXAMINADORA
III
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem
autorização da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, do autor e do orientador.
IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais Sônia, Flávio e irmão Heron pelo apoio ao longo
da escrita e desenvolvimento dessa dissertação, além de terem sido
fundamentais para minha formação acadêmica;
V
RESUMO
O aço 20MnCr5 é frequentemente empregado para fabricação de
componentes automotivos, como eixos e engrenagens, estes
posteriormente submetidos ao tratamento termoquímico de cementação,
visando à melhora de performance em termos de propriedades
mecânicas. Todavia, a exposição das peças a temperaturas elevadas
pode resultar em distorções dimensionais, custos de manutenção e
crescimento anormal de grãos, este último sendo prejudicial às
propriedades dos materiais, devendo ser controlado. Esse controle pode
ser realizado através do acompanhamento de parâmetros de operações
anteriores à cementação, como os de forjamento a quente. Portanto, este
trabalho possui como objetivo o estudo de diferentes condições de
forjamento a quente e seus efeitos no tamanho de grão austenítico do aço
20MnCr5. Para tanto, foram elaboradas condições experimentais, nas
quais foram avaliados a diferença de tempos de aquecimento prévios ao
forjamento (3h, 4h, 5h e 6h), emprego de diferentes materiais de partida
(tarugos provenientes de lingotamento contínuo e barras laminadas a
quente), forjamento com velocidades de ferramenta distintas para barras
laminadas (110 batidas/min e 200 batidas/min) e posterior aplicação de
tratamento térmico de normalização, juntamente com a análise da
influência da composição química pelos teores de alumínio e nitrogênio.
A análise do tamanho de grão austenítico foi realizada utilizando-se o
processo de cementação, seguido de têmpera em óleo e posterior
revenimento. Para determinação do tamanho de grão austenítico, foi
utilizado o software computacional Leica Materials Workstation, baseado
no método planimétrico descrito na norma internacional ISO 643. A partir
dos resultados, foi possível determinar que a rota de processamento que
obteve uma microestrutura mais refinada e homogênea foi a partir de
materiais que foram submetidos ao tratamento térmico de normalização,
seguido das barras laminadas forjadas com velocidade de 200
batidas/min, que apresentou microestruturas estáveis independente dos
teores de nitrogênio e alumínio.
VII
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
X
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Composição química do aço 20MnCr5 (% peso), conforme norma DIN EN 10084.
................................................................................................................................................................47
Tabela 2 Condições de testes empregados para o trabalho. ......................................................47
Tabela 3 Variáveis selecionadas para DOE para diferentes tempos de aquecimento de
tarugos. .................................................................................................................................................54
Tabela 4 Condições de testes propostos pelo método DoE para diferentes tempos de
aquecimento de tarugos. ....................................................................................................................54
Tabela 5 Condições de testes propostos pelo método DoE para diferentes velocidades de
forjamento de barras laminadas........................................................................................................54
Tabela 6 Condições de testes propostos pelo método DoE para todas as condições
experimentais propostas ....................................................................................................................54
Tabela 7 Variáveis selecionadas para DoE para diferentes tempos de aquecimento de
tarugos. .................................................................................................................................................60
Tabela 8 Condições de testes propostas pelo método DoE para diferentes tempos de
aquecimento de tarugos. ....................................................................................................................60
Tabela 9 Variáveis selecionadas pelo DoE para diferentes velocidades de forjamento de
barras laminadas. ................................................................................................................................66
Tabela 10 Condições de testes propostas pelo método DoE para diferentes velocidades de
forjamento de barras laminadas e variável resposta (média% de tamanho de grãos ASTM
>5). .........................................................................................................................................................66
Tabela 11 Variáveis selecionadas pelo DoE para todas as condições experimentais. ...........75
Tabela 12 Condições experimentais propostas pelo método DoE. ............................................76
XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
12
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 16
2.1. OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 16
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 16
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 17
3.1. TAMANHO DE GRÃO ................................................................................. 17
3.1.1 Crescimento de grão ................................................................................. 20
3.1.2 Influência da composição química ............................................................. 22
3.1.3 Influência de tratamento térmico ................................................................ 27
3.2. CEMENTAÇÃO ........................................................................................... 30
3.3. FORJAMENTO............................................................................................ 33
3.3.1 Forjamento a quente e fenômenos físicos-metalúrgicos associados ......... 34
3.3.2 Parâmetros de Forjamento ........................................................................ 39
4. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 47
4.1. MATERIAL .................................................................................................. 47
4.2. CONDIÇÕES DOS ENSAIOS DE FORJAMENTO ...................................... 47
4.3. CICLO DE CEMENTAÇÃO ......................................................................... 51
4.4. ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA ...................................................... 52
4.5. ENSAIO METALOGRÁFICO E ANÁLISE DE TAMANHO DE GRÃO .......... 52
4.6. METODOLOGIA DE ANÁLISE .................................................................... 53
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................ 56
5.1. TAMANHO DE GRÃO AUSTENÍTICO ........................................................ 56
5.1.1 Material de partida: Tarugos ...................................................................... 56
5.1.2 Material de partida: Barras laminadas........................................................ 63
5.1.3 Material normalizado ................................................................................. 69
5.1.4 Resultados gerais ...................................................................................... 71
6. CONCLUSÕES .................................................................................................. 80
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................82
13
1. INTRODUÇÃO
15
2. OBJETIVOS
16
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
𝑛 =𝑛 + (1)
18
𝑚 = 2𝑛 (2)
𝑎= (3)
𝑑̅ = (4)
√
𝐺= −3 (5)
𝑇𝐺 = +1 (6)
19
Figura 2 Imagens comparativas de tamanhos de grão.
20
Há dois tipos de crescimento de grão: normal/uniforme e anormal/não
uniforme (SHIRDEL et al., 2014). O crescimento normal ocorre de forma
contínua e gradual, na qual a distribuição do tamanho de grão apresenta
um comportamento mais homogêneo. O segundo caso é caracterizado
pela presença de grãos extremamente grosseiros em uma estrutura de
grãos finos (Figura 3). Cita-se a dissolução de partículas de segunda fase
como uma das causas para a ocorrência, devido à diminuição do efeito do
ancoramento. A temperatura empregada também influencia, visto que seu
aumento atua no sentido de aumentar a cinética do crescimento
competitivo e na dissolução dos elementos na austenita.
Figura 3 Crescimento anormal de grão para aço DIN 16MnCr5. Ataque Picral.
21
3.1.2 Influência da composição química
𝑅= . 𝑟/𝑓 (7)
𝑀. 𝑋 ⇄ 𝑀 + 𝑛𝑋 (8)
22
A Figura 4 apresenta a solubilidade destes principais ancoradores em
função da temperatura. Em casos em que há solubilidade mútua entre
nitretos e carbonetos, principalmente entre aqueles com parâmetros de
rede e estruturas químicas semelhantes, ocorrerá a formação de
carbonitretos complexos, sendo estes mais estáveis (NARITA, 1975).
23
Figura 5 Estudos conduzidos por Kubota e Ochi (2007) a) Efeito do % de alumínio
adicionado para a temperatura em que há crescimento anormal dos grãos. b) Efeito do
percentual de alumínio na formação de AlN depois de trabalho a quente.
Temperatura para crescimento de grão (K)
25
Figura 7 Relação do tamanho de grão austenítico com o percentual de alumínio na
liga de um aço ISI 1060, temperatura e tempo. a) Efeito da temperatura e % de
alumínio para tratamento de 2h. b) Efeito do tempo em diferentes temperaturas com %
de alumínio.
a) b)
(Fonte: Adaptado de PARRISH, 1999)
27
Figura 8 Ilustração dos ciclos de recozimento pleno e normalização.
a) b)
29
Figura 10 Micrografias de aço microligado ao vanádio de estudos conduzidos por
PAN et al. (2015) a) Material conformado a quente. b) Material normalizado.
a) b)
3.2. CEMENTAÇÃO
30
endurecimento superficial, através dos tratamentos térmicos de
têmpera e revenimento, justificado pela formação de martensita na
camada cementada (ASM COMMITTEE ON GAS CARBURIZING,
1977).
A operação visa ao aumento de dureza e de resistência mecânica
da superfície dos componentes, atrelada a uma tenacidade satisfatória
em seus núcleos, sendo largamente empregado na produção de peças
automotivas, citando-se rolamentos, eixos e engrenagens (KUBOTA et
al, 2007). O aumento da vida em fadiga também é observado devido
às tensões residuais compressivas criadas na superfície (ASM
COMMITTEE ON GAS CARBURIZING, 1977). Essas tensões
compressivas são decorrentes da martensita formada ter um elevado
teor de carbono na camada cementada e menor densidade que as
fases que compõem o núcleo das peças (CHIAVERINI, 1996).
O carbono livre é absorvido na superfície do aço, este derivado de
reações químicas de substâncias líquidas ou gasosas em contato com
a superfície do metal. Existem métodos distintos para a realização do
tratamento termoquímico: cementação sólida ou em caixa, líquida, a
plasma, a gás e a vácuo (ASM COMMITTEE ON GAS CARBURIZING,
1977).
Costuma-se trabalhar com a quantidade de carbono na superfície
entre 0,8% e 1%, em temperaturas que variam entre 850 °C e 950 °C.
A utilização de temperaturas superiores é realizada quando se objetiva
a redução de tempos de ciclo ou a obtenção de camadas cementadas
mais espessas, devido ao aumento da taxa de difusão do elemento
adicionado, conforme é possível visualizar na Figura 11 (KRAUSS,
2005) (CHIAVERINI, 1996).
31
Figura 11 Influência da temperatura e tempo na profundidade da camada
cementada.
𝐶 + 𝑂 → 𝐶𝑂 (9)
𝐶𝑂 + 𝐶 → 2𝐶0 (10)
32
2𝐶𝑂 → 𝐶𝑂 + 𝐶 (11)
3.3. FORJAMENTO
34
A temperatura de trabalho a quente consiste na menor temperatura na
qual haverá maior taxa de recristalização (DIETER, 1982). Todavia, o
emprego de temperaturas elevadas poderá ocasionar em perdas de
material devido à oxidação e à formação de carepa, além de crescimento
anormal de grão (PARRISH, 1999). É possível também ter perda de
forjabilidade ao se aproximar da temperatura de fusão do material ou pela
fragilização a quente pela presença de precipitados com temperatura de
fusão inferior.
35
Figura 12 Evolução da microestrutura e propriedades mecânica durante trabalho a
quente.
𝜀 , = 𝑐 ⋅ 𝜀 𝑒𝑥𝑝 (14)
𝑑 = 𝐶 𝜀 𝑒𝑥𝑝 (15)
38
Figura 14 Ilustração dos fenômenos físicos-metalúrgicos associados com
operações de trabalho a quente.
39
(HUAN et al., 2016). Portanto, o metal submetido à operação de
conformação a quente terá inicialmente suas propriedades definidas pela
taxa de aquecimento, temperatura e tempo de permanência nessa
temperatura. Esses parâmetros influenciam a homogeneização térmica,
da composição química na austenita e da dissolução dos precipitados. A
velocidade da migração dos contornos de grão austenítico também está
relacionada a tais fatores, sendo esta acelerada com o acréscimo de
temperatura (TURRA, 2021).
A temperatura de forjamento possui influência principalmente na
cinética de recristalização e no crescimento de grãos austeníticos (HUAN
et al., 2016). A microestrutura do aço pode evoluir para um patamar de
crescimento anormal de grão se exposto a temperaturas elevadas por
longos períodos. Justifica-se tal fenômeno pela solubilização pontual em
uma determinada região do material, dissolvendo os precipitados
responsável pelo ancoramento dos grãos (GLADMAN, 1994), e pela
velocidade de migração dos seus contornos.
Costa (2014) realizou experimentos com o aço ABNT 4140 em que as
amostras foram aquecidas com os tempos de 22, 66 e 200 minutos, com
emprego de temperaturas de 900 °C, 1000 °C, 1100 °C e 1200 °C,
submetidas posteriormente a ciclos termomecânicos de forjamento a 1120
°C. Observou-se que o fenômeno de recristalização completa (estática,
dinâmica e metaestática) somente ocorreu nas maiores condições de
tempo e temperatura (amostra aquecida por 200 minutos na temperatura
de 1200 °C), com a presença de grãos equiaxiais em toda amostra, de
diâmetro médio 26 𝜇𝑚. As micrografias comparativas para algumas
condições analisadas estão apresentadas na Figura 15.
40
Figura 15 Micrografias para aço ABNT 4140, forjado a 1120 °C, submetido a
diferentes condições de aquecimento. a) Aquecimento 22 min – 1200 °C. b)
Aquecimento 66 min – 1200 °C. c) Aquecimento 200 min – 1200 °C.
a) b)
c)
41
Figura 16 Efeito dos parâmetros de forjamento (temperatura de deformação, %
de deformação, taxa de resfriamento) para tamanho de grão austenítico para aço
30MSV6 microligado ao vanádio.
% Deformação
42
Figura 17 Alteração do escoamento plástico do aço SAE 4320 com emprego de
diferentes temperaturas.
Tamanho de Grão 𝛍𝐦
Fração Volumétrica (%)
Tamanho de Grão 𝛍𝐦
Fração Volumétrica (%)
Tamanho de Grão 𝛍𝐦
Tamanho de grão 44
de forjamento para o aço EA4T (C 0,25 %, Cr 1,09 %, Mn 0,68 %), sendo
elas de 2, 3, 4 e 5. Os tamanhos das amostras foram, respectivamente,
de 25 x 25 x 200 mm, 31 x 31 x 200 mm, 36 x 36 x 200 mm e 40 x 40 x
200 mm. Os corpos de prova foram aquecidos a 1100 °C e a temperatura
de forjamento foi de aproximadamente 850 °C. Observou que as amostras
forjadas com taxas de 2 e 3 apresentaram mudanças significativas quando
comparadas com as taxas de 4 e 5. Um grande percentual de ferrita
acicular e poligonal, com tamanho superior, foi encontrado para os
primeiros casos, sinalizando que a recristalização dinâmica foi
insignificante. Para as taxas superiores, ferritas poligonais também se
apresentaram, embora mais refinadas, com também presença de ferritas
equiaxiais homogeneamente distribuídas. A deformação a quente foi
acompanhada inicialmente da deformação do grão, seguido da
recristalização dinâmica, que ocorreu devido ao acúmulo de energia
durante o processo de forjamento. Portanto, o tamanho médio de grão
diminuiu com o aumento das taxas de forjamento, como é possível
verificar na Figura 19.
Taxa de Forjamento
O tamanho de grão para taxa 5 foi superior que para 4, justificado pelo
45
fato de que a área do forjamento foi maior que a dos demais experimentos.
O aumento da taxa pode ter provocado o crescimento da austenita no
núcleo da amostra, devido a não ter sofrido deformação plástica suficiente,
resultando em um menor percentual de quebras dos grãos e, como
consequência, menor refino de grão.
46
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. MATERIAL
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
50
Figura 25 Martelos utilizados nos experimentos a) Martelo com velocidade de 110
batidas/min. b) Martelo com velocidade de 200 batidas/min. c) Amostras após
forjamento.
a) b) c)
(Fonte: Autora)
a) b)
(Fonte: Autora)
54
200 Barra Alto Alto
110 Barra Baixo Baixo
110 Barra Alto Alto
110 Tarugo Alto Alto
110 Tarugo Alto Baixo
110 Tarugo Baixo Alto
110 Barra Baixo Alto
110 Barra Alto Baixo
110 Tarugo Baixo Baixo
Figura 27 Diagrama explicativo acerca das cinco estatísticas obtidas via ferramenta
boxplot.
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
57
As micrografias para as quatro condições estão sinalizadas na Figura
30. Observa-se grãos austeníticos com crescimento anormal nas
condições de tempo de forno de 3h, 4h e 5h (a, b e c), sendo esses grãos
circundados por grãos austeníticos de tamanho inferior. A micrografia
correspondente ao tempo de forno de 6h (d) apresenta grãos austeníticos
de dimensões superiores em seu centro, porém ainda mantém uma
distribuição mais homogênea em comparação às demais condições
experimentais.
Figura 30 Micrografias de tamanho de grão austenítico, objetiva de 100x, ataque Picral. a) Tempo de
forno. 3h b) Tempo de forno 4h. c) Tempo de forno 5h. d) Tempo de forno 6h.
a) b)
c) d)
(Fonte: Autora)
58
Figura 31 Média da distribuição dos percentuais de tamanho de grão austenítico
para diferentes tempos de aquecimento de tarugos.
(Fonte: Autora)
59
Tabela 7 Variáveis e critérios selecionados para o estudo do DoE para diferentes
tempos de aquecimento de tarugos.
Variável Critério 1 Critério 2
Tempo Forno Baixo (≤ 4h) Alto (> 4h)
Alumínio Baixo (≤ 0,023 %) Alto (> 0,023 %)
Nitrogênio Baixo (≤ 0,012 %) Alto (> 0,012 %)
Tabela 8 Combinações e resultados dos testes propostos pelo método DoE para
diferentes tempos de aquecimento de tarugos.
Média %
Tempo Alumínio Nitrogênio
Grãos > 5
Alto Alto Alto 88,62
Baixo Alto Alto 88,26
Baixo Alto Baixo 84,52
Alto Alto Baixo 84,41
Alto Baixo Alto 82,58
Baixo Baixo Alto 81,22
Baixo Baixo Baixo 70,77
Alto Baixo Baixo 49,3
60
Figura 32 Diagrama de Pareto dos efeitos para diferentes tempos de aquecimento
de tarugos.
(Fonte: Autora)
61
Figura 33 Distribuição dos percentuais de tamanho de grão austenítico para
tarugos submetidos ao mesmo tempo de aquecimento, com diferentes composições
químicas.
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
62
Assim como os estudos conduzidos por Parrish (1999), para tempos
de exposição não tão elevados, o percentual de alumínio possuí um efeito
mais significativo no comportamento do crescimento de grão do que o
tempo de aquecimento.
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
64
As micrografias obtidas para ambos as condições analisadas estão
apresentadas na Figura 38, em que é possível observar a ocorrência de
crescimento anormal de grão austenítico para condição de velocidade de
110 batidas/min (a). Na metalografia da barra laminada forjada com
velocidade de 200 batidas/min (b), não se observa a presença de grãos
austeníticos com crescimento anormal, sendo esses grãos de tamanho
mais uniforme e com melhor distribuição.
Figura 38 Micrografias de tamanho de grão austenítico. Objetiva de 100x, ataque Picral. a) Laminado
Forjado 110 batidas/min b) Laminado forjado 200 batidas/min.
a) b)
(Fonte: Autora)
65
Figura 39 Média da distribuição dos percentuais de tamanho de grão austenítico para as barras
laminadas forjadas com velocidade de 110 batidas/min e 200 batidas/min.
(Fonte: Autora)
Tabela 10 Combinações e resultados dos testes propostos pelo método DoE para
diferentes velocidades de forjamento de barras laminadas.
Média %
Velocidade Alumínio Nitrogênio
Grãos > 5
200 Baixo Alto 99,99
200 Alto Baixo 99,43
200 Baixo Baixo 98,91
200 Alto Alto 98,84
110 Baixo Baixo 92,28
110 Alto Alto 91,41
66
110 Baixo Alto 78,61
110 Alto Baixo 76,4
O diagrama de Pareto dos efeitos (Figura 40) aponta que o fator mais
decisivo para a obtenção de uma média de percentual de grãos acima do
índice 5 foi a velocidade empregada. Para velocidade de 200 batidas/min,
a influência da composição química para este resultado não foi
significativa, com valores variando entre 98,84 e 99,99 % de grãos mais
refinados. Todavia, para velocidade de 110 batidas/min, os teores de
alumínio e nitrogênio não foram desprezíveis para os percentuais obtidos,
variando entre 76,4 e 92,28 %. As melhores combinações foram
alcançadas com uma relação Al/N mais próximas do ideal
estequiométrico.
(Fonte: Autora)
67
Figura 41 Gráfico de interação para média de percentual de grãos acima de índice
5 para diferentes velocidades de forjamento de barras laminadas.
(Fonte: Autora)
68
Figura 42 Gráfico de efeitos principais para média de percentual de grãos acima de
índice 5 para diferentes velocidades de forjamento de barras laminadas.
(Fonte: Autora)
69
Figura 43 Boxplot correspondente à média do tamanho de grão austenítico para
materiais submetidos a tratamento térmico de normalização.
(Fonte: Autora)
Figura 44 Média da distribuição dos percentuais de tamanho de grão austenítico para materiais
submetidos a tratamento térmico de normalização.
(Fonte: Autora)
70
Figura 45 Micrografia de tamanho de grão austenítico para condição de material
recristalizado, objetiva de 100x, ataque Picral.
(Fonte: Autora)
71
Figura 46 Boxplot correspondente à média do tamanho de grão austenítico para
todas as condições testadas
(Fonte: Autora)
(Fonte: Autora)
Figura 48 Micrografias de tamanho de grão austenítico, objetiva de 100x, ataque Picral. a) Tarugo
Forjado b) Material normalizado c) Laminado Forjado 110 batidas/min d) Laminado forjado 200
batidas/min.
a) b)
c) d)
(Fonte: Autora)
73
média, apresentou uma menor amplitude e dispersão de grãos, com maior
percentual médio de grãos com tamanho entre 9 - 10 (30,89 %).
Figura 49 Média da distribuição dos percentuais de tamanho de grão austenítico para todas as
condições testadas
(Fonte: Autora)
74
Figura 50 Micrografia para material após tratamento térmico de normalização, com
a indicação dos precipitados formados. Objetiva de 100x, ataque Picral.
(Fonte: Autora)
75
Tabela 12 Combinações e resultados dos testes propostos pelo método DoE.
Média %
Velocidade Material partida Alumínio Nitrogênio
Grãos > 5
200 Barra Baixo Alto 99,99
200 Barra Alto Baixo 99,43
200 Barra Baixo Baixo 98,91
200 Barra Alto Alto 98,84
110 Barra Baixo Baixo 92,28
110 Barra Alto Alto 91,41
110 Tarugo Alto Alto 88,74
110 Tarugo Alto Baixo 84,45
110 Tarugo Baixo Alto 82,13
110 Barra Baixo Alto 78,61
110 Barra Alto Baixo 76,4
110 Tarugo Baixo Baixo 57,41
(Fonte: Autora)
77
Figura 52 Gráfico de efeitos principais para média de percentual de grãos acima de índice 5 para
todas as condições experimentais.
(Fonte: Autora)
78
Figura 53 Micrografia de tamanho de grão austenítico para material laminado a
quente, anterior ao forjamento, indicando a presença de grãos austeníticos com
crescimento anormal. Objetiva de 100x, ataque Picral.
(Fonte: Autora)
79
6. CONCLUSÕES
81
7. REFERÊNCIAS
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Applications, ASM International, 2005.
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CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos. 7.ed. São Paulo: ABM, Brasil, 1996.
82
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HILLERT, M., On the Theory of Normal and Abnormal Grain Growth, Acta
Metallurgica 13, p. 227-238, 1965.
ISO 643. Steels — Micrographic determination of the apparent grain size, 2020.
83
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International, 2005.
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85