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2 Plantas Forrageiras

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP


INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA

DISCIPLINA: MANEJO DE PASTAGENS

PLANTAS FORRAGEIRAS

Cuiabá-MT
Outubro de 2018
Morfologia e anatomia

Morfologia: morfo (forma); logos (estudo, ciência)


Anatomia: ana (em partes); tomé (cortar)

Qual a relevância do estudo da morfologia e anatomia de


gramíneas forrageiras?
Morfologia e anatomia

Mott (1973)
Morfologia e anatomia

Mott (1973)
Morfologia de gramíneas
Morfologia de gramíneas
Folha
- Lâmina foliar (limbo)
- Lígula
- Bainha
Folha

1. Expansão
2. Expandidas
3. Senescentes
Colmo
Colmo

- Estrutura de sustentação das folhas


- Rico em tecidos de menor / lenta digestão
- Menor teor de proteína bruta
- Dificulta o pastejo (bovinos)
- Tricomas (pêlos)
- Base do colmo: carboidratos de reserva
- C3 (frutanas) – C4 (amido)
Morfologia
Anatomia x digestibilidade

Tabela. Digestão de tecidos de gramíneas forrageiras tropicais e temperadas.


Fração/origem Rápida e total Lenta e parcial Não digerido
Folha/tropicais (C4) Mesofilo/floema Epiderme e BPF Xilema e
esclerênquima

Folha/Temperada (C3) Mesofilo/floema/ Esclerênquima e Xilema e BPF


epiderme/BPF BPF

Colmo/tropical e Floema e parênquima Parênquima Epiderme e


temperada (imaturo) (meia idade) esclerênquima
Akin (1989)
Anatomia x digestibilidade

C4

C3
Anatomia x digestibilidade
Sistema radicular
Tipo: Fasciculado

- Déficit hídrico x estacionalidade


- Absorção de nutrientes
- Porosidade do solo
- Carboidratos de reserva

Brachiaria brizantha cv. Piatã


Sistema radicular
Figura. Teores médios de carboidratos totais não estruturais (CTNE) das base do colmo (A) e
raízes (B) ao longo do período de rebrota, em função das desfolhas.
Gomide (2001)
Sementes
Redução do valor nutricional

TABELA 6. Teores de matéria seca digestível (%) e proteína (%) em estádios de


desenvolvimento do capim pangola
Estádio PB (%)
Vegetativo 7,0
Florescimento 1,8
Maduro 0,9
Sementes

TABELA. Composição do capim-marandu em estádio vegetativo e reprodutivo

Composição (%)
Idade da forragem e digestibilidade
MS PB P EE
Até 60 dias de crescimento - jovem 29,5 10,5 0,38 1,1

Após florescimento - madura 35,0 6,2 0,15 1,5

Digestibilidade (%) - jovem 66,5 -- -- --

Digestibilidade (%) - madura 46,0 -- -- --


Meristema apical é definido como área de proliferação dos tecidos do corpo vegetal
em crescimento, os quais geram continuamente novas células para a formação de
tecidos e órgãos (Beveridge et al., 2007)
-Gemas laterais e basais: tecidos que promovem a rebrota das plantas
Pontos de crescimento

FIGURA. Foto de meristemas em estádio vegetativo (A), transição (B) e reprodutivo (C) da
Brachiaria brizantha. Fonte: Cruz (2010)
Pontos de crescimento

TABELA. Altura do pasto e distância do meristema apical para o solo em pasto de


capim-tanzânia submetido a diferentes manejos

Altura do dossel Altura do


(cm) meristema (cm)
66,30 14,85
117,15 33,21
73,90 9,90
113,25 28,71
65,24 12,83
135,34 28,72
71,71 12,47
112,14 23,75

Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/54787/1/AAC-


Meristema-apical.pdf
Pontos de crescimento
Pontos de crescimento

Fonte: Santos (1990)


Pontos de crescimento

Perfilho: É a unidade básica (modular) de produção das gramíneas forrageiras (Hodgson, 1990)
- perfilhos basais
- perfilhos laterais ou aéreos
Pontos de crescimento
Perfilhamento

FATORES QUE INFLUENCIAM O PERFILHAMENTO

- quantidade e qualidade de luz


- corte/pastejo
- nutrição mineral
Perfilhamento
Hábitos de crescimento
HÁBITO CESPITOSO: os pontos de crescimento se elevam mais.
( risco de eliminação pelo pastejo).
Exemplos: capins Mombaça, Tanzânia, Andropogon, Setária
Hábitos de crescimento
HÁBITO SUBCESPITOSO: intermediário ao cespitoso e prostrado
Exemplos: Cultivares de Bracharia brizantha e capim-pojuca
Hábitos de crescimento
HÁBITO PROSTRADO (RASTEIRO): os pontos de crescimento são rente ao solo.
(↓↓ risco de eliminação pelo pastejo).
Exemplos: capins Decumbens e Ruziziensis.
Hábitos de crescimento

Estolonífero: os colmos rasteiros, superficiais, enraízam-se nos nós que estão


em contato com o solo, originando novas plantas em cada nó.
Exemplo: capim-humidicola, grama-estrela.
Hábitos de crescimento

Rizomatoso: o colmo é subterrâneo, aclorofilado, sendo coberto por afilhos. Dos


nós partem raízes e novas plantas.
Exemplos: capim-quicuio
Escolha da planta forrageira

- Altura de pastejo - Pontos de crescimento (gemas)


- Evitar que os animais retirem estes pontos de crescimento durante o pastejo.
- Se for pastejado, aumenta o tempo para a forrageira restabelecer o seu
crescimento normal.
Escolha da planta forrageira

- Altura de pastejo – Área foliar residual

- Área foliar remanescente: promove rápida recuperação do pasto

Após o pastejo: parte aérea (dreno), raiz (fonte)

Depois de 10 a 15 dias pós-pastejo: parte aérea (fonte), raiz (dreno)

- Deve-se preservar área foliar remanescente e os pontos de crescimento

- Respeitando a altura de resíduo pós-pastejo


Escolha da planta forrageira

➢ Efeitos do pastejo:
➢ paralisação temporária no crescimento de raízes
➢ diminuição da absorção de água e nutrientes
➢ menor eficiência fotossintética
Escolha da planta forrageira
Escolha da planta forrageira

➢ 1.2) Gramíneas forrageiras: Histórico


Décadas Gramíneas forrageiras
1812 até 1960 Introdução de Capins (África): Gordura, Jaraguá, Colonião, Angola

Década de 60 Introdução de Capins: Cynodon (Coastcross e Estrela Africana: EUA);


Panicum (Green Panic e Makueni: Austrália)
Década de 70 Introdução de capins Brachiaria: Humidicola (África); Decumbens e
Ruziziensis (Austrália)
Década de 80 Lançamentos: Andropogon e Brachiaria (Marandu) - Embrapa; Panicum
(Tobiatã: IAC; Aruana: IZ)
Década de 90 Lançamentos: Panicum (Tanzânia e Mombaça: Embrapa)
Introdução (EUA): Cynodon (Tifton-85)

Década de 2000 Lançamentos pela Embrapa: Brachiaria (Xaraés; Piatã); Panicum (Massai)

Década de 2010 Lançamentos: Embrapa - Brachiaria (Paiaguas); Panicum (Zuri, Tamani,


Quenia); DowAgroscience: Brachiaria híbrida (convert)
Escolha da planta forrageira
Escolha da planta forrageira
Tabela 2. Estimativa da participação das espécies e cultivares de forrageiras
tropicais na comercialização de sementes no Brasil

GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS %
Brachiaria brizantha cv. Marandu 70
Brachiaria decumbens cv. Basilisk 7
Brachiaria humidicola 6
B. ruziziensis e B. brizantha cv. MG-4 4
Panicum maximum cv. Mombaça e Tanzânia 10
Andropogon gayanus cv. Planaltina 2
Outros 1
Adaptado - Andrade (2001) citado por Karia et al. (2006)
Gramíneas forrageiras

• Tropicais

Gêneros:

• Panicum

• Brachiaria

• Cynodon

• Andropogon
Gramíneas forrageiras

• Brachiaria
Brachiaria

IMPORTÂNCIA

→Viabilizou a pecuária de corte no Cerrado

solos ácidos e pobres em fertilidade

→ Aumento a capacidade de suporte do pasto:

- Capim-gordura ou jaraguá: 0,3 a 0,6 UA/ha

- Capins do gênero Brachiaria: 1,0 a 1,5 UA/ha

→ Promoveu o desenvolvimento do comércio de sementes


Brachiaria decumbens
- Hábito de crescimento: PROSTRADO
- Apresenta dois cultivares: Ipean e Basilisk

Atributos positivos:
- facilidade de estabelecimento
- tolerância a solos ácidos e de baixa fertilidade
- adequada para vedação de pasto
- florescimento tardio

Atributos negativos:
- susceptibilidade à cigarrinha das pastagens
- hospedeira de fungo que provoca fotossensibilização hepatógena
- não adaptada a solo mal drenado
Brachiaria decumbens
Brachiaria decumbens

FOTOSSENSIBILIZAÇÃO HEPATÓGENA

FUNGO CAUSADOR: Pithomyces chartarum

- Atinge bezerros
Brachiaria ruziziensis
- Hábito de crescimento: PROSTRADO
- Apresenta apenas uma cultivar: Kennedy
- Produção: 15 t ha-1ano-1

Atributos positivos:
- alto valor nutritivo
- facilidade de estabelecimento

Atributos negativos:
- não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade
- susceptível à cigarrinha das pastagens
- não tolera solos mal drenados
Brachiaria ruziziensis
Brachiaria ruziziensis
TABELA. Porcentagens de controle das coberturas vegetais com glyphosate
Data Dose B. ruziziensis B. decumbens B. brizantha
7 dias 0,72 kg ha-1 58,8 Ab 21,2 Bb 33,8 Bb
1,44 kg ha-1 72,5 Aa 37,5 Ba 38,8 Bab
2,16 kg ha-1 76,2 Aa 43,8 Ba 45,0 Ba
14 dias 0,72 kg ha-1 86,2 Ab 40,0 Bc 45,0 Bc
1,44 kg ha-1 99,0 Aa 75,0 Bb 56,2 Cb
2,16 kg ha-1 100,0 Aa 85,0 Ba 68,8 Ca
21 dias 0,72 kg ha-1 88,7 Ab 47,5 Bc 50,0 Bc
1,44 kg ha-1 100,0 Aa 80,0 Bb 61,2 Cb
2,16 kg ha-1 100,0 Aa 92,0 Aa 72,5 Ba
28 dias 0,72 kg ha-1 94,5 Aa 52,5 Bb 50,0 Bc
1,44 kg ha-1 100,0 Aa 89,5 Ba 62,5 Cb
2,16 kg ha-1 100,0 Aa 95,7 Aa 81,2 Ba
Silva et al. (2013)
FIGURA. Eficácia de controle verificada na U. ruziziensis (A1 e A2), U. decumbens (B) e U.
brizantha (C) aos 14 DAA, utilizando a dose de 1,44 kg ha-1 de glyphosate
Brachiaria ruziziensis
Brachiaria humidicola

Cultivares:

• Comum

• Llanero

• Tupi
Brachiaria humidicola
- Hábito de crescimento: PROSTRADO
- Apresenta três cultivares: Comum, Llanero, Tupi.
Cultivares:

• Comum Atributos positivos:


- adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade
• Llanero
- excelente cobertura do solo e proteção contra a erosão
• Tupi - tolerância à cigarrinha das pastagens
- tolera solo mal drenado

Atributos negativos:
- baixo valor nutritivo
- pode provocar cara inchada em equinos (alto teor de oxalato)
- estabelecimento lento e desuniforme
- florescimento precoce
Brachiaria humidicola
Brachiaria humidicola

Cultivares: Em relação a cultivar humidicola:

• Comum • Maior valor nutritivo

• Llanero • Suscetibilidade à cigarrinha-das-pastagens

• Tupi • Intolerância ao encharcamento


Brachiaria humidicola
Características semelhantes à Comum – mais produtiva

Cultivares:
Tabela 3. Taxa de lotação (TL), ganho médio diário (GMD) e
• Comum ganho por área (GA) no primeiro ano de avaliação dos cultivares
de Brachiaria humidicola em Campo Grande, MS
• Llanero
Cultivar TL GMD GA
• Tupi (UA ha-1) ( g an-1 dia-1) kg ha-1
Tupi 2,15 0,462 725,0
Comum 1,79 0,418 530,0

Montijo e Barbosa, dados não publicados


Brachiaria humidicola

Fonte: Genova (2010) citado por Genova e Paulino (2011)


Brachiaria brizantha
- Hábito de crescimento: SUB-CESPITOSO
- Principais cultivares: Marandu, Xaraés, Piatã, Paiaguás

Atributos positivos:
- resistência à cigarrinha das pastagens (*)
- elevada produção de matéria seca
- adequada para vedação de pasto
- estabelecimento rápido

Atributos negativos:
- baixa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade
- baixa adaptação a solos mal drenados
- susceptível a fungos que causam podridão de raízes
- susceptível à cigarrinha da cana-de-açúcar
Brachiaria brizantha

BRACHIARIA BRIZANTHA CV. MARANDU

→ mais cultivada no Brasil Central

→ substituiu a B. decumbens: cigarrinha das pastagens

→ resistência a cigarrinhas por antibiose

→ suscetível a cigarrinhas do gênero Mahanarva

→utilizado em vedação de pasto (pasto diferido)

→ não tolera solos mal drenados (encharcamento)

→ síndrome da morte do marandu


Brachiaria brizantha
BRACHIARIA BRIZANTHA CV. MARANDU

SÍNDROME DA MORTE DO MARANDU

→ ocorre em época chuvosa e solos com drenagem deficiente;


→ ataque por fungos patogênicos nas raízes;
→ agravante: superpastejo e baixo nível de nutrientes no solo.
Brachiaria brizantha
BRACHIARIA BRIZANTHA CV. MARANDU
Brachiaria brizantha
BRACHIARIA BRIZANTHA CV. XARAÉS

- Diversificação de pastagens
- Mais produtivo que o capim-marandu – maior ganho de peso por área
- Maior tolerância a solos temporariamente alagados do que o capim-marandu
- Não apresenta resistência a cigarrinha-das-pastagens
- Problemática com alongamento de colmo – não serve para vedação
- CAUTELA NO MANEJO

NÃO RECOMENDADO PARA ÁREAS


SUJEITAS A ALAGAMENTO
Brachiaria brizantha
BRACHIARIA BRIZANTHA CV. XARAÉS
Brachiaria brizantha
BRACHIARIA BRIZANTHA CV. PIATÃ

- Diversificação de pastagens
- Maior tolerância ao alagamento do que o Marandu
- Maior aptidão para o pastejo diferido do que o Xaraés
- Florescimento precoce no verão
- Boa produção de massa na seca
- Estudo sobre integração agricultura pecuária floresta (sombreamento)
Brachiaria brizantha
BRACHIARIA BRIZANTHA CV. PIATÃ
Brachiaria brizantha
BRACHIARIA BRIZANTHA CV. PAIAGUÁS

- Diversificação de pastagens
- Maior acúmulo e valor nutritivo no período seco
- Requer baixas doses de glifosato na dessecação
- Dano moderado (Notozulia entreriana) e severo (Mahanarva fimbriolata)
- Recomendado para uso na entressafra de soja
Brachiaria

Tabela. Produtividade média por corte de cultivares de Brachiaria em


dois solos do Cerrado
Forrageiras MST MSF MSV %F
kg ha-1
Xaraés 1.506 987 1.368 66,8
Piatã 1.399 821 1.274 59,8
Marandu 1.199 608 987 50,5

Humidicola comum 881 328 645 38,4


Humidicola tupi 1.248 487 1.009 39,5

MST: massa seca total, MSF: massa seca de lâminas foliares, MSV: massa
seca verde, %F: porcentagem de lâminas foliares, REB: massa seca de rebrota
sete dias após a desfolha.
Brachiaria

Tabela. Médias de ganho de peso por novilhos de 300 kg e taxa de lotação,


durante o período seco e das águas, e ganho por área, em três cultivares de
B. brizantha (média de três ciclos de pastejo)

Forrageiras Seca Águas


kg nov dia-1 nov ha-1 kg nov dia-1 nov ha-1
Xaraés 0,286 b 2,25 a 0,718 b 6,85 a
Piatã 0,349 a 1,82 b 0,782 a 5,19 b
Marandu 0,312 b 1,97 b 0,770 a 5,09 b
Fonte: Euclides et al. (2005)
Brachiaria híbrida

- Hábito de crescimento: SUBCESPITOSO


- Cultivares: Mulato, Mulato II (Convert HD 364)

Mulato: B. brizantha CIAT 6289 x B. ruziziensis

Convert : Mulato x outros acessos (2 gerações):


- B. ruziziensis
- B. decumbens
- B. brizantha

- POUCAS INFORMAÇÕES
Brachiaria híbrida

- Hábito de crescimento: SUBCESPITOSO


- Cultivar: BRS Ypyporã

Manejo semelhante ao capim-marandu, com relvado mais prostrado

- Resistente a cigarrinha das pastagens e da cana (Mahanarva sp.)

- Estudos estão sendo feitos


Panicum
Panicum
- Hábito de crescimento: CESPITOSO

- Principais cultivares: Mombaça, Tanzânia, Zuri , Massai, Aruana, Tamani, Quenia

- Grande potencial de produção de matéria seca


- Porte elevado
- Abundante produção de folhas largas

- Elevado valor nutritivo


- Capim-tanzânia: corte aos 31-45 dias de idade (PB: 11,4%; NDT: 56,1%; DIVMS:
56%)

- Em geral: exigem solos profundos, bem drenados e de alta fertilidade


Panicum x Brachiaria
Panicum
AMAZÔNIA

→Seca: Sem timpanismo e cólica


→ Águas: Timpanismo e cólica

Capim 15 dias de brotação: dobro


de CNF da forragem madura.

15 dias: 19% CNF


Fonte: Cerqueira et al. (2013) Comum: 10% CNF
Panicum

QUEILITE ANGULAR
(BOQUEIRA)

Fonte: Barbosa et al. (2009)


Panicum maximum

CV. MOMBAÇA

Atributos positivos:
- resistência moderada à cigarrinha das pastagens
- indicado para pastejo rotacionado e produção de silagem
- elevada produtividade

Atributos negativos:
- não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade
- dificuldade de uniformidade de pastejo
- porte alto (1,70 m)
- susceptível a Claviceps purpurea (fungo que ataca inflorescência)
- na região Norte ocorreu relatos de morte de equinos e muares
Panicum maximum

CV. MOMBAÇA
Panicum maximum
CV. TANZÂNIA

Atributos positivos:
- resistência à cigarrinha das pastagens
- manejo mais fácil, quanto à uniformidade de pastejo
- porte menor: 1,20 m
- boa resposta sob pastejo rotacionado.
- elevada produtividade

Atributos negativos:
- não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade
- susceptível a Claviceps purpurea (fungo que ataca inflorescência)
- suscetível a Bipolaris maydis (Mancha foliar)
Panicum maximum
CV. TANZÂNIA
Panicum maximum

P. MAXIMUM X P. INFESTUM CV. MASSAI

Atributos positivos:
- boa resistência à cigarrinha das pastagens
- porte baixo e excelente cobertura do solo (intenso perfilhamento)
- suporta pastejo de ovinos e caprinos
- sob alagamento temporário, mostrou-se promissor
- menos exigente em adubação de manutenção

Atributos negativos:
- baixo valor nutritivo
- produção menor que outras cultivares
- estrutura girder
Panicum maximum

ESTRUTURA “GIRDER”

→ sustentação de feixes vasculares no


interior do mesofilo, por meio da
extensão de células da bainha (que
podem ser lignificadas) em direção às
epidermes.

→ limitar a desagregação dos tecidos


durante a mastigação

Figura. Estrutura girder I em lâminas de P. maximum cv. Aruana (a) e cv.


Vencedor (b)
Panicum maximum

P. MAXIMUM X P. INFESTUM CV. MASSAI


Panicum maximum

TABELA. Características agronômicas de alguns cultivares de Panicum


Característica Tanzânia Mombaça Colonião Massai
Produção de MV (t ha-1) 132 165 84 59
Produção de MSLF (t ha-1) 26 33 14 15,5
% de folhas 80 82 62 80
Rebrotação após cortes (0-5) 3,0 2,9 1,7 3,1
Produção de sementes (kg ha-1) 132 72 100 85
% crescimento na seca 10,5 11,0 3,4 7,2
Panicum maximum
Panicum maximum

Cultivar BRS Zuri

- Tolerância moderada ao encharcamento do solo

- Elevada produção massa com alto valor nutritivo

- Resistência às cigarrinha-das-pastagens

- Alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo


fungo Bipolaris maydis
Panicum maximum

Cultivar BRS Zuri


Panicum maximum

Cultivares de Panicum híbridos: BRS Tamani

- Porte baixo

- Alta produção de folhas de alto valor nutritivo

- Boa cobertura de solo

- Fácil manejo

- Indicado para solos de alta e média fertilidade

- Resistência às cigarrinhas das pastagens.


Panicum maximum

Cultivares de Panicum híbridos: BRS Tamani


Panicum maximum

Cultivares de Panicum híbridos: BRS Quenia

- Porte intermediário

- Folhas macias e colmos tenros

- Alto perfilhamento

- Fácil manejo

- Em avaliação sob pastejo, apresentou maior ganho em peso


individual e por área que as cultivares Tanzânia e Mombaça
Panicum maximum

Cultivares de Panicum híbridos: BRS Quenia


Andropogon gayanus
- Hábito de crescimento: CESPITOSO

- Cultivares: Planaltina e Baeti

Atributos positivos:
- resistência à cigarrinha das pastagens (folha ↑ pilosa)
- adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade
- indicado para solos pedregosos
- boa resistência a seca

Atributos negativos:
- estabelecimento lento
- pouca habilidade de competição com invasoras
- perda da qualidade no inverno
Andropogon gayanus

- Não é indicado para sistema de lotação rotacionada


- Não é indicado para vedação de pasto
- Pouca cobertura do solo
Cynodon
C. dactylon e C. nmenfluensis

- Hábito de crescimento: PROSTRADO (estolonífero)

- Cultivares: Tifton 68, Tifton 85, Coastcross, Estrela

Atributos positivos:
- alta produção de forragem de elevado valor nutritivo
- indicado para pastejo e fenação (colmos finos e folhas estreitas)
- boa resistência ao pastejo de bovinos e equinos

Atributos negativos:
- estabelecimento lento e propagação vegetativa (mudas)
- susceptível a cigarrinha-das-pastagens
- não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade, mal drenados
Cynodon

- serve para bovinos e equinos


- não tolera sombreamento
- atacado por nematoides
- acúmulo de ácido cianídrico
Paspalum atratum
- Hábito de crescimento: SUBCESPITOSO

- Cultivar: Pojuca

Atributos positivos:
- estabelecimento rápido,
- adaptação a solos mal drenados, ácidos e de baixa fertilidade
- boa resistência a cigarrinha-das-pastagens.

Atributos negativos:
- baixa produção na seca
- baixo valor nutritivo
Gramíneas forrageira
Tabela. Estimativa do potencial de ganho de peso vivo médio diário, utilizando
animais de recria e engorda, sem considerar o ganho compensatório, com boa
oferta de forragem durante todos os dias do ano.
Gramíneas Forrageiras Ganho de PV médio diário
B. humidicola 400
B. decumbens 480
B. brizantha cv. Xaraés 480
B. brizantha cv. Marandu 500
B. brizantha cv. Piatã 550
Andropogon gayanus cv. Planaltina 550
Panicum sp. cv. Massai 600
Panicum maximum cv. Tanzânia 650
Panicum maximum cv. Mombaça 650
Cynodon dactylon cv. Tifton 85 750
Fonte: Kichel et al. (2009)
Gramíneas forrageira

Fertilidade Cigarrinha Alagamento Estabelecimento Pastejo


do solo
B. brizantha M/A T S R C/Ro
B. decumbens B/M S S R C
B. humidicola B T T L C
B. ruziziensis M S S R C
B. hibrida ? T S L C/Ro
P. maximum A T S R Ro
A. guayanus B T S L C
C. dactylon A S S L C
P. atratum B T T R C

B: Baixo; M: Médio; A: Alto; T: Tolerante; S: Suscetível; R Rápido; L: Lento;


C: Contínuo; Ro: Rotativo.
Gramíneas forrageira

DBO Rural (2015)


Cigarrinha
Resumo
OBSERVAÇÕES
B. brizantha cv. Marandu Substituiu a B. decumbens /+ expressivo / vedação
B. brizantha cv. Xaraés Alongamento de colmo
B. brizantha cv. Piatã Colmo + fino / sombreamento
B. decumbens Cigarrinha / vedação / foto hepatógena
B. humidicola Alagamento / cara inchada / estabelecimento lento
B. ruziziensis Aceitabilidade / palhada
B. hibrida Lâminas foliares / resistência a seca
P. maximum cv. Mombaça Rotacionado / maior produção / des. pastejo
P. maximum cv. Tanzânia Rotacionado / uniformidade pastejo
P. cv. Massai Ovinos e caprinos / Est. girder / < exig. fertilidade
A. guayanus Solos rasos, pedregosos e arenosos
C. dactylon Equinos / Ovinos / Caprinos / Mudas
P. atratum Alagamento / estab. rápido

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