PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
1. ASPECTOS GRAMÁTICAIS
Os aspectos gramaticais envolvem vários elementos da estrutura e do uso da língua, que são
fundamentais para a comunicação eficiente e correta. Aqui estão alguns dos principais aspectos
gramaticais:
I. Morfologia
A morfologia é o estudo da estrutura das palavras e das formas que elas podem assumir. Ela abrange:
• Ponto final, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos: Para separar ideias, frases e elementos.
• Aspas, parênteses, travessão: Para incluir citações, informações adicionais ou diálogos.
• Exclamação e interrogação: Para expressar emoções ou fazer perguntas.
VII. Pragmática
A pragmática estuda o uso da linguagem em contextos específicos e como o contexto influencia o
significado. Inclui:
Compreender e aplicar corretamente esses aspectos gramaticais é essencial para a produção de textos
claros, coerentes e corretos, tanto na fala quanto na escrita.
Entender a diferença entre convencer e persuadir é crucial. Convencer envolve argumentos lógicos e
provas, enquanto persuadir apela às emoções e ao senso estético. Ambas as abordagens têm seu papel
na arte da argumentação e da persuasão.
Para persuadir eficazmente, é importante conhecer o público-alvo e usar recursos retóricos como
eufemismos, hipérboles e repetições, entre outros. Perelman destaca a importância da modéstia e do
respeito pelo interlocutor ao tentar convencê-lo. O contexto social e histórico também influencia
fortemente as opiniões e o poder de persuasão de um indivíduo.
No final das contas, a persuasão e a argumentação são ferramentas poderosas, capazes de influenciar e
convencer, mas também exigem responsabilidade e ética em seu uso.
No campo jurídico a habilidade de argumentar é essencial. A comunicação, seja escrita ou oral, é
fundamental para advogados e juristas, que utilizam técnicas argumentativas para persuadir e
convencer. Argumentos não são verdadeiros ou falsos, mas sim fortes ou fracos em sua capacidade de
convencer. No Direito, a lógica argumentativa é mais importante que a lógica formal, pois não há
verdades absolutas. A linguagem é crucial para a educação e o desenvolvimento humano, pois é
através dela que expressamos nossos pensamentos e nos comunicamos. O bom ensino visa
desenvolver a competência linguística, incluindo a leitura fluente, a compreensão, a expressão precisa
e elegante, e o manejo adequado da relação entre palavras e significados. Isso é especialmente
relevante na argumentação jurídica, que busca persuadir e convencer.
I. Análise Textual
A análise textual é a primeira aproximação do leitor com o texto, com o objetivo de conhecer o
pensamento do autor e preparar para a análise temática subsequente. Para isso, Severino recomenda
definir uma unidade de leitura, que pode ser um capítulo, uma seção ou até mesmo um parágrafo. Em
seguida, deve-se ler essa unidade do início ao fim, sem se preocupar com uma compreensão profunda.
É importante marcar dúvidas, vocábulos desconhecidos e pontos que necessitem de esclarecimento.
Após essa primeira leitura, o leitor deve resolver as dúvidas levantadas, entender o significado dos
termos desconhecidos no contexto e pesquisar sobre o autor, sua vida, obra e formação. Por fim, deve-
se criar um esquema provisório do que foi estudado.
5. COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência textual é um elemento crucial para que uma mensagem seja entendida corretamente.
Juntamente com a coesão, a coerência assegura que as ideias do texto estejam organizadas de maneira
lógica e conectada, formando uma cadeia de pensamentos que facilita a compreensão do leitor.
Quando um texto é coerente, ele apresenta uma relação lógica entre suas ideias, que se complementam
e não se contradizem, conferindo clareza e significado à mensagem.
• Coerência Narrativa: este tipo de coerência exige que haja uma lógica clara entre as ações e
os personagens dentro da narrativa. As ações devem seguir uma ordem temporal, permitindo
ao leitor entender a sequência dos acontecimentos sem contradições.
• Coerência Argumentativa: na coerência argumentativa, exemplos, opiniões e dados são
apresentados para sustentar uma conclusão. É necessário que esses elementos sejam
organizados de forma lógica para que a argumentação seja clara e convincente.
• Coerência Descritiva: textos descritivos devem fornecer um retrato detalhado de pessoas,
coisas e ambientes. A descrição deve ser consistente com o cenário, ambiente e tempo em que
os personagens e eventos estão situados, proporcionando uma imagem clara ao leitor.
Para que um texto seja coerente, é importante seguir alguns princípios básicos:
Em resumo, a coerência textual é fundamental para que o texto seja compreensível e eficiente na
transmissão de sua mensagem. Ela garante que as ideias se inter-relacionem de forma lógica e
ordenada, proporcionando ao leitor uma leitura fluida e significativa.
6. PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial é o documento mais importante em uma disputa judicial, pois marca o início do
processo e apresenta os fatos ao julgador. A habilidade de elaborar uma petição inicial é vital para os
advogados, uma vez que ela define o rumo dos processos.
A petição inicial é o primeiro ato de um processo judicial, onde o advogado apresenta os problemas
jurídicos do seu cliente ao juízo. Nela, são descritos os desejos da parte, os fatos e os direitos que
embasam esses desejos, e é reservado espaço para a manifestação da outra parte.
Ela é fundamental porque é o primeiro documento que o juiz lerá sobre a lide da parte interessada,
definindo a narrativa dos acontecimentos, os documentos necessários, os possíveis caminhos do
processo, as provas requeridas e a questão jurídica abordada.
Se a petição inicial não atender a todos os requisitos, o juiz pode solicitar a "emenda da petição
inicial" para correção de vícios sanáveis. Vícios insanáveis podem levar ao indeferimento da petição
inicial.
Geralmente, advogados entram com petições iniciais representando seus clientes. No entanto, em
casos especiais, como ações de alimentos ou contra violência doméstica, a petição pode ser feita de
forma oral diretamente pela pessoa interessada.
Elaborar uma petição inicial exige atenção aos detalhes e cumprimento dos requisitos legais, para
evitar a necessidade de emendas ou o indeferimento, o que pode prejudicar a imagem profissional do
advogado.
I. Tipos de Argumentos
• Argumento de autoridade: baseia-se na credibilidade de uma autoridade reconhecida em
determinado campo de conhecimento. Por exemplo, citar um especialista para reforçar uma
afirmação.
• Argumento de consenso: utiliza enunciados amplamente aceitos como verdadeiros dentro de
um contexto sociocultural. Exemplo: "Investir em educação é essencial para o
desenvolvimento de um país."
• Argumento de provas concretas: fundamenta-se em dados e experiências documentadas que
confirmam sua validade. É comumente usado em textos jornalísticos.
• Argumento histórico: usa acontecimentos e fatos históricos relacionados ao tema em
discussão para comprovação.
• Argumento de exemplificação: apresenta narrativas cotidianas para evidenciar um
problema, ajudando a fundamentar o ponto de vista.
• Argumento de comparação: compara ideias distintas para construir um ponto de vista,
apontando semelhanças ou diferenças.
• Argumento por raciocínio lógico: baseia-se em relações de causa e efeito, criando uma
interpretação que apoia a tese defendida.
A coesão referencial e sequencial estabelece vínculos entre palavras, orações e partes de um texto,
contribuindo para a coerência interna e a progressão temática.
I. Coesão Referencial
A coesão referencial cria relações entre palavras e expressões, permitindo ao leitor identificar os
termos a que se referem, chamados de referentes. Usam-se figuras de construção/sintaxe, como:
A coesão sequencial assegura a progressão textual. Verbos (com flexões de tempo e modo) e
conjunções são fundamentais para articular e relacionar partes e informações do texto, promovendo a
continuidade e desenvolvimento temático.
Esses mecanismos de coesão são essenciais para garantir que o texto seja bem articulado e coerente,
facilitando a compreensão das ideias, informações e argumentos apresentados.
9. OPINIÃO E INFORMAÇÃO
I. Artigo de Opinião
O artigo de opinião é um texto jornalístico de base argumentativa, onde o autor, conhecido como
articulista, defende um ponto de vista sobre um tema relevante. Geralmente, o articulista é um
jornalista ou uma figura pública com autoridade sobre o assunto tratado. O objetivo desse tipo de
texto é fomentar discussões, trazendo temas polêmicos à sociedade.
Por ser um texto que expressa uma opinião pessoal, o artigo de opinião não reflete necessariamente a
visão do veículo de comunicação que o publica. A intenção é provocar debate público, a partir da
vontade do articulista de iluminar determinado tema. Para convencer e persuadir o leitor, o articulista
utiliza recursos argumentativos, apresentando dados, fatos e informações que sustentem sua tese.
Além dessas características, a argumentação e a persuasão são predominantes. O texto traz discussões
sobre temas de grande relevância social e apresenta a opinião de um especialista ou referência no
assunto. A escrita obedece à norma-padrão da língua, com eventuais informalidades, dependendo do
contexto e do tema.
Para elaborar um artigo de opinião, é necessário definir o tema, a tese e pesquisar dados que
comprovem o ponto de vista. O título deve chamar a atenção, e a introdução deve contextualizar o
tema. No desenvolvimento, os argumentos devem ser organizados e lineares. A conclusão pode
apontar soluções ou deixar uma reflexão para o leitor.
O texto informativo tem como objetivo principal expor brevemente um tema, fato ou circunstância ao
leitor de forma objetiva e clara. Trata-se de uma produção textual que visa transmitir informações sem
deixar margem para interpretações duplas ou subjetividade.
Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam linguagem conotativa, o texto informativo
utiliza linguagem denotativa. Ele apresenta dados e referências de maneira objetiva, sem interferência
de sentimentos ou opiniões do autor. O autor atua como um transmissor de informações, preocupado
em relatar os fatos de maneira verossímil.