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PORTUGUÊS

Anotações de português jurídico
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REDAÇÃO E LINGUAGEM TÉCNICA JURÍDICA

1. ASPECTOS GRAMÁTICAIS
Os aspectos gramaticais envolvem vários elementos da estrutura e do uso da língua, que são
fundamentais para a comunicação eficiente e correta. Aqui estão alguns dos principais aspectos
gramaticais:

I. Morfologia
A morfologia é o estudo da estrutura das palavras e das formas que elas podem assumir. Ela abrange:

• Radical: A base da palavra, que carrega seu significado principal.


• Afixos: Elementos que se unem ao radical para formar novas palavras, como prefixos (antes
do radical) e sufixos (depois do radical).
• Desinências: Terminações que indicam variações gramaticais, como tempo, modo, número e
pessoa (por exemplo, “am-o”, “am-as”, “am-amos”).
• Flexões: Mudanças nas palavras para indicar gênero, número, grau, tempo verbal, etc.
II. Sintaxe
A sintaxe estuda a organização das palavras em frases e orações. Envolve:

• Funções sintáticas: Consiste na função específica de cada elemento na sentença ao se


relacionar com outros elementos que também compõem o enunciado. Exemplos: sujeito,
predicado, objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial, etc.
• Concordância: Relação entre os elementos da frase, como a concordância verbal (entre o
verbo e o sujeito) e a concordância nominal (entre substantivos e adjetivos).
• Regência: Relação de subordinação entre os termos da oração, como a regência verbal (verbo
e seu complemento) e a regência nominal (substantivo, adjetivo ou advérbio e seu
complemento).
III. Semântica
A semântica trata do significado das palavras e das frases. Inclui:

• Denotação: O significado literal ou dicionarizado das palavras.


• Conotação: Os significados adicionais ou figurativos que uma palavra pode adquirir.
• Sinônimos: refere-se a vocabulários diferentes com carga semântica (significado)
semelhante, podendo ser usados um no lugar do outro dependendo do contexto.
• Antônimos: refere-se a vocabulários diferentes com carga semântica (significado) com
relação de oposição/contradição entre si.
• Homonímia: é a relação entre diferentes palavras (ou expressões) que têm significantes
iguais (forma igual na escrita, no som ou em ambos), mas significados distintos.
• Polissemia: é a propriedade de um mesmo significante ter mais de um significado, que pode
ser entendido pelo contexto.
IV. Fonética e Fonologia
Estas áreas estudam os sons da língua:

• Fonética: Análise física dos sons da fala (articulação, acústica e percepção).


• Fonologia: Estudo das funções e organização dos sons na língua, como fonemas e alofones.
V. Ortografia
A ortografia diz respeito às regras de escrita correta das palavras. Envolve:
• Acentuação: Uso de acentos gráficos para indicar a tonicidade das palavras.
• Hífen: Uso do hífen em palavras compostas e nas ligações de prefixos a radicais.
• Grafias específicas: Regras para a escrita de determinadas palavras, como aquelas com “s”
ou “z”, “x” ou “ch”.
VI. Pontuação
A pontuação envolve o uso de sinais gráficos para organizar e clarificar a escrita. Inclui:

• Ponto final, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos: Para separar ideias, frases e elementos.
• Aspas, parênteses, travessão: Para incluir citações, informações adicionais ou diálogos.
• Exclamação e interrogação: Para expressar emoções ou fazer perguntas.
VII. Pragmática
A pragmática estuda o uso da linguagem em contextos específicos e como o contexto influencia o
significado. Inclui:

• Atos de fala: Declarações, perguntas, ordens, etc.


• Contexto: O ambiente físico e social em que a comunicação ocorre.
• Implícitos e pressupostos: Informações subentendidas ou assumidas na comunicação.

Compreender e aplicar corretamente esses aspectos gramaticais é essencial para a produção de textos
claros, coerentes e corretos, tanto na fala quanto na escrita.

2. NOÇÕES METODOLÓGICAS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE


TEXTOS TÉCNICOS
Interpretar textos teóricos e científicos é crucial para o aprendizado e a disseminação correta de
conhecimento. A leitura atenta e ativa, adaptada ao vocabulário específico, é essencial para entender
os conceitos e argumentos apresentados. Além disso, é importante identificar hipóteses, argumentos e
elementos gráficos, e contextualizar historicamente o conteúdo. Conhecimentos linguísticos, como a
estrutura do texto e o vocabulário específico da área, facilitam a interpretação e a compreensão dos
dados.

3. A ARGUMENTAÇÃO COMO RECURSO PERSSUASIVO


A argumentação e a persuasão são habilidades fundamentais que permeiam muitos aspectos da nossa
vida diária. Desde editoriais até discursos políticos, elas estão presentes em diversos contextos, até
mesmo em textos que se propõem neutros.

Em meio a textos argumentativos, é comum encontrarmos dificuldades ao tentar persuadir o leitor.


Contudo, entendemos que a construção de um texto é resultado de trabalho e não apenas inspiração.

Entender a diferença entre convencer e persuadir é crucial. Convencer envolve argumentos lógicos e
provas, enquanto persuadir apela às emoções e ao senso estético. Ambas as abordagens têm seu papel
na arte da argumentação e da persuasão.

Para persuadir eficazmente, é importante conhecer o público-alvo e usar recursos retóricos como
eufemismos, hipérboles e repetições, entre outros. Perelman destaca a importância da modéstia e do
respeito pelo interlocutor ao tentar convencê-lo. O contexto social e histórico também influencia
fortemente as opiniões e o poder de persuasão de um indivíduo.

No final das contas, a persuasão e a argumentação são ferramentas poderosas, capazes de influenciar e
convencer, mas também exigem responsabilidade e ética em seu uso.
No campo jurídico a habilidade de argumentar é essencial. A comunicação, seja escrita ou oral, é
fundamental para advogados e juristas, que utilizam técnicas argumentativas para persuadir e
convencer. Argumentos não são verdadeiros ou falsos, mas sim fortes ou fracos em sua capacidade de
convencer. No Direito, a lógica argumentativa é mais importante que a lógica formal, pois não há
verdades absolutas. A linguagem é crucial para a educação e o desenvolvimento humano, pois é
através dela que expressamos nossos pensamentos e nos comunicamos. O bom ensino visa
desenvolver a competência linguística, incluindo a leitura fluente, a compreensão, a expressão precisa
e elegante, e o manejo adequado da relação entre palavras e significados. Isso é especialmente
relevante na argumentação jurídica, que busca persuadir e convencer.

4. ANÁLISE INTERPRETATIVA: TEXTUAL E TEMÁTICA


No texto "Diretrizes para leitura, análise e interpretação de textos", Severino (2007) oferece um
roteiro detalhado para facilitar o estudo de textos. Ele propõe três etapas principais: análise textual,
análise temática e análise interpretativa.

I. Análise Textual
A análise textual é a primeira aproximação do leitor com o texto, com o objetivo de conhecer o
pensamento do autor e preparar para a análise temática subsequente. Para isso, Severino recomenda
definir uma unidade de leitura, que pode ser um capítulo, uma seção ou até mesmo um parágrafo. Em
seguida, deve-se ler essa unidade do início ao fim, sem se preocupar com uma compreensão profunda.
É importante marcar dúvidas, vocábulos desconhecidos e pontos que necessitem de esclarecimento.
Após essa primeira leitura, o leitor deve resolver as dúvidas levantadas, entender o significado dos
termos desconhecidos no contexto e pesquisar sobre o autor, sua vida, obra e formação. Por fim, deve-
se criar um esquema provisório do que foi estudado.

II. Análise Temática


A análise temática visa a compreensão profunda do texto, focando na apreensão das ideias, sem ainda
interpretá-las. Nesta etapa, o leitor deve identificar o problema que motivou o autor a escrever o texto,
entender como o autor aborda o tema e fundamenta sua argumentação, e perceber o processo de
raciocínio do autor, captando a estrutura do texto. É crucial verificar se houve compreensão das ideias
essenciais e identificar ideias secundárias ou complementares que integrem a argumentação. Por fim,
o leitor deve ser capaz de estabelecer um esquema definitivo do pensamento do autor.

III. Análise Interpretativa


Na análise interpretativa, o leitor passa a interpretar o texto, inferindo e dialogando com as ideias do
autor. Interpretar é tomar uma posição própria em relação às ideias enunciadas, superando a
mensagem estrita do texto e lendo nas entrelinhas. Nesta etapa, o leitor deve relacionar as ideias
expostas pelo autor com o contexto científico e filosófico mais amplo, verificar como o texto se
relaciona com a obra do autor e descobrir o que está implícito no texto. É necessário adotar uma
posição pessoal fundamentada e argumentativa em relação ao texto, e, finalmente, elaborar um
resumo crítico do estudo.

Essas diretrizes de Severino proporcionam um método estruturado e eficaz para o estudo e


compreensão de textos, promovendo uma leitura ativa e reflexiva.

5. COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência textual é um elemento crucial para que uma mensagem seja entendida corretamente.
Juntamente com a coesão, a coerência assegura que as ideias do texto estejam organizadas de maneira
lógica e conectada, formando uma cadeia de pensamentos que facilita a compreensão do leitor.
Quando um texto é coerente, ele apresenta uma relação lógica entre suas ideias, que se complementam
e não se contradizem, conferindo clareza e significado à mensagem.

Existem diferentes tipos de coerência textual:

• Coerência Narrativa: este tipo de coerência exige que haja uma lógica clara entre as ações e
os personagens dentro da narrativa. As ações devem seguir uma ordem temporal, permitindo
ao leitor entender a sequência dos acontecimentos sem contradições.
• Coerência Argumentativa: na coerência argumentativa, exemplos, opiniões e dados são
apresentados para sustentar uma conclusão. É necessário que esses elementos sejam
organizados de forma lógica para que a argumentação seja clara e convincente.
• Coerência Descritiva: textos descritivos devem fornecer um retrato detalhado de pessoas,
coisas e ambientes. A descrição deve ser consistente com o cenário, ambiente e tempo em que
os personagens e eventos estão situados, proporcionando uma imagem clara ao leitor.

Para que um texto seja coerente, é importante seguir alguns princípios básicos:

• Princípio da não-contradição: as ideias apresentadas no texto não devem se contradizer. A


lógica do texto deve ser mantida do início ao fim.
• Princípio da não-tautologia: evitar a repetição exaustiva de termos é essencial para manter a
clareza da mensagem e evitar que o texto se torne monótono ou difícil de entender.
• Princípio da relevância: as ideias devem ser apresentadas em uma sequência lógica, sem
rupturas, permitindo ao leitor acompanhar o raciocínio sem dificuldades. Mesmo que cada
mensagem tenha sentido de forma isolada, a falta de uma sequência coerente prejudica a
compreensão geral do texto.

Em resumo, a coerência textual é fundamental para que o texto seja compreensível e eficiente na
transmissão de sua mensagem. Ela garante que as ideias se inter-relacionem de forma lógica e
ordenada, proporcionando ao leitor uma leitura fluida e significativa.

6. PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial é o documento mais importante em uma disputa judicial, pois marca o início do
processo e apresenta os fatos ao julgador. A habilidade de elaborar uma petição inicial é vital para os
advogados, uma vez que ela define o rumo dos processos.

A petição inicial é o primeiro ato de um processo judicial, onde o advogado apresenta os problemas
jurídicos do seu cliente ao juízo. Nela, são descritos os desejos da parte, os fatos e os direitos que
embasam esses desejos, e é reservado espaço para a manifestação da outra parte.

Ela é fundamental porque é o primeiro documento que o juiz lerá sobre a lide da parte interessada,
definindo a narrativa dos acontecimentos, os documentos necessários, os possíveis caminhos do
processo, as provas requeridas e a questão jurídica abordada.

I. Petição inicial e o Novo CPC


O Novo Código de Processo Civil de 2015 (Lei nº 13.105/15) estabelece os requisitos essenciais para
a petição inicial no artigo 319:

• Juízo a que é dirigida;


• Qualificação das partes;
• Fatos e fundamentos jurídicos do pedido;
• Pedido e suas especificações;
• Valor da causa;
• Provas pretendidas;
• Opção por conciliação ou mediação.

Se a petição inicial não atender a todos os requisitos, o juiz pode solicitar a "emenda da petição
inicial" para correção de vícios sanáveis. Vícios insanáveis podem levar ao indeferimento da petição
inicial.

Geralmente, advogados entram com petições iniciais representando seus clientes. No entanto, em
casos especiais, como ações de alimentos ou contra violência doméstica, a petição pode ser feita de
forma oral diretamente pela pessoa interessada.

II. Como elaborar uma petição inicial?


A petição inicial deve seguir os requisitos do artigo 319 do Novo CPC:

• Juízo ao qual é dirigida: Especificar corretamente o juízo competente;


• Qualificação das partes: Completa identificação de autor e réu, incluindo endereço
eletrônico;
• Fatos e fundamentos jurídicos do pedido: Narrar os fatos de forma clara e cronológica, e
fundamentar o direito com base na legislação, doutrinas, súmulas e jurisprudências;
• Pedido e suas especificações: Incluir todos os pedidos que deseja que o juiz julgue;
• Valor da causa: Estabelecer um valor, mesmo que não seja quantificável economicamente;
• Provas: Indicar todas as provas que o autor pretende produzir;
• Conciliação ou mediação: Indicar se há interesse em conciliação ou mediação.

Elaborar uma petição inicial exige atenção aos detalhes e cumprimento dos requisitos legais, para
evitar a necessidade de emendas ou o indeferimento, o que pode prejudicar a imagem profissional do
advogado.

7. RECURSOS ARGUMENTATIVOS: TIPOS DE ARGUMENTOS


Um argumento é uma construção linguística formada por enunciados que se relacionam para levar a
uma conclusão. O discurso argumentativo deve ser objetivo, destacando o conteúdo das afirmações e
não a subjetividade do autor. A capacidade de construir textos coerentes e encadeados é essencial na
comunicação.

I. Tipos de Argumentos
• Argumento de autoridade: baseia-se na credibilidade de uma autoridade reconhecida em
determinado campo de conhecimento. Por exemplo, citar um especialista para reforçar uma
afirmação.
• Argumento de consenso: utiliza enunciados amplamente aceitos como verdadeiros dentro de
um contexto sociocultural. Exemplo: "Investir em educação é essencial para o
desenvolvimento de um país."
• Argumento de provas concretas: fundamenta-se em dados e experiências documentadas que
confirmam sua validade. É comumente usado em textos jornalísticos.
• Argumento histórico: usa acontecimentos e fatos históricos relacionados ao tema em
discussão para comprovação.
• Argumento de exemplificação: apresenta narrativas cotidianas para evidenciar um
problema, ajudando a fundamentar o ponto de vista.
• Argumento de comparação: compara ideias distintas para construir um ponto de vista,
apontando semelhanças ou diferenças.
• Argumento por raciocínio lógico: baseia-se em relações de causa e efeito, criando uma
interpretação que apoia a tese defendida.

Esses recursos argumentativos ajudam a construir discursos convincentes e bem fundamentados,


essenciais para uma comunicação eficaz.

8. COESÃO REFERENCIAL E SEQUENCIAL

A coesão referencial e sequencial estabelece vínculos entre palavras, orações e partes de um texto,
contribuindo para a coerência interna e a progressão temática.

I. Coesão Referencial

A coesão referencial cria relações entre palavras e expressões, permitindo ao leitor identificar os
termos a que se referem, chamados de referentes. Usam-se figuras de construção/sintaxe, como:

• Anáforas: referem-se a elementos mencionados anteriormente;


• Catáforas: antecipam elementos que serão mencionados posteriormente;
• Elipses: omissão de termos já subentendidos;
• Correferências não anafóricas: contiguidades e reiterações.
II. Coesão Sequencial

A coesão sequencial assegura a progressão textual. Verbos (com flexões de tempo e modo) e
conjunções são fundamentais para articular e relacionar partes e informações do texto, promovendo a
continuidade e desenvolvimento temático.

Termos que garantem a coesão sequencial:

• Adição/inclusão: além disso, também, vale lembrar, inclusive, até;


• Oposição: embora, no entanto, porém, ao contrário;
• Afirmação/igualdade: obviamente, realmente, de igual forma, do mesmo modo;
• Exclusão: somente, só, exceto, apenas;
• Enumeração: em primeiro lugar, a princípio;
• Explicação: como se nota, com efeito, portanto, por exemplo;
• Conclusão: em suma, por fim, concluindo, consequentemente;
• Continuação: em seguida, depois, no geral, por sua vez.

Esses mecanismos de coesão são essenciais para garantir que o texto seja bem articulado e coerente,
facilitando a compreensão das ideias, informações e argumentos apresentados.

9. OPINIÃO E INFORMAÇÃO
I. Artigo de Opinião

O artigo de opinião é um texto jornalístico de base argumentativa, onde o autor, conhecido como
articulista, defende um ponto de vista sobre um tema relevante. Geralmente, o articulista é um
jornalista ou uma figura pública com autoridade sobre o assunto tratado. O objetivo desse tipo de
texto é fomentar discussões, trazendo temas polêmicos à sociedade.
Por ser um texto que expressa uma opinião pessoal, o artigo de opinião não reflete necessariamente a
visão do veículo de comunicação que o publica. A intenção é provocar debate público, a partir da
vontade do articulista de iluminar determinado tema. Para convencer e persuadir o leitor, o articulista
utiliza recursos argumentativos, apresentando dados, fatos e informações que sustentem sua tese.

As principais características de um artigo de opinião incluem:

• Linguagem acessível: dirigida a um público universal;


• Verbos na voz ativa: para uma comunicação direta;
• Escrita concisa e agradável: evita cansar o leitor;
• Ausência de gírias e palavrões: mantém a formalidade;
• Períodos curtos: facilitam a leitura.

Além dessas características, a argumentação e a persuasão são predominantes. O texto traz discussões
sobre temas de grande relevância social e apresenta a opinião de um especialista ou referência no
assunto. A escrita obedece à norma-padrão da língua, com eventuais informalidades, dependendo do
contexto e do tema.

A estrutura do artigo de opinião é composta por:

• Título: deve ser atrativo e instigante;


• Introdução: apresenta o tema e a tese;
• Desenvolvimento: expõe e discute os argumentos, trazendo dados e fatos;
• Conclusão: retoma a tese, propondo soluções ou reflexões.

Para elaborar um artigo de opinião, é necessário definir o tema, a tese e pesquisar dados que
comprovem o ponto de vista. O título deve chamar a atenção, e a introdução deve contextualizar o
tema. No desenvolvimento, os argumentos devem ser organizados e lineares. A conclusão pode
apontar soluções ou deixar uma reflexão para o leitor.

II. Texto Informativo

O texto informativo tem como objetivo principal expor brevemente um tema, fato ou circunstância ao
leitor de forma objetiva e clara. Trata-se de uma produção textual que visa transmitir informações sem
deixar margem para interpretações duplas ou subjetividade.

Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam linguagem conotativa, o texto informativo
utiliza linguagem denotativa. Ele apresenta dados e referências de maneira objetiva, sem interferência
de sentimentos ou opiniões do autor. O autor atua como um transmissor de informações, preocupado
em relatar os fatos de maneira verossímil.

As características do texto informativo incluem:

• Objetividade: transmite informações claras e diretas.


• Isenção de subjetividade: não há interferência de opiniões ou sentimentos do autor.
• Linguagem denotativa: utiliza significados literais das palavras.
• Estrutura em prosa: facilita a compreensão e a transmissão de informações.

A estrutura do texto informativo é semelhante a outros gêneros textuais, composta por:

• Introdução (tese): exposição inicial do tema.


• Desenvolvimento (antítese): informações completas e relevantes sobre o tema.
• Conclusão (nova tese): encerramento com a ideia central.

Exemplos de textos informativos incluem notícias em jornais e revistas, livros didáticos,


enciclopédias, verbetes de dicionários, e artigos científicos e técnicos.

Em resumo, o artigo de opinião é argumentativo e subjetivo, focado em defender pontos de vista e


promover debates. Em contrapartida, o texto informativo é objetivo e factual, dedicado à transmissão
clara de informações. Ambos os tipos de textos possuem estruturas e características distintas que
facilitam sua leitura e compreensão.

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