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Crítica - Artigo História Do Português

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Aluno: Caju Alves Bezerra

Crítica

A formação da língua portuguesa é intricadamente ligada aos eventos históricos na


Península Ibérica, marcada pelo contato entre o latim, línguas locais, línguas
germânicas e o árabe. Essa evolução culminou na criação do galego-português,
posteriormente desenvolvendo-se no português moderno. A disseminação dessa
língua, moldada ao longo da Idade Média, atravessou oceanos durante as grandes
navegações, chegando ao Brasil e outros continentes nos séculos XV e XVI. Essa
jornada linguística revela as complexidades históricas que moldaram a língua
portuguesa e sua disseminação global.

Ao analisar as épocas de formação da língua portuguesa no Brasil, é imperativo


considerar as intrincadas relações entre o desenvolvimento linguístico e os
contextos sociais e econômicos. Durante o período colonial, por exemplo, a língua
portuguesa foi introduzida como instrumento de colonização, estabelecendo uma
divisão linguística entre a elite colonizadora e a população indígena e africana
escravizada. Essa disparidade social influenciou diretamente a forma como o idioma
se desenvolveu, moldando suas nuances e expressões de acordo com as relações
de poder existentes na sociedade da época.

No século XIX, com a independência do Brasil, as questões econômicas


tornaram-se ainda mais preponderantes na evolução da língua portuguesa. O
surgimento de uma elite agrária e a busca por uma identidade nacional levaram a
um esforço consciente de padronização linguística. A busca por uma língua comum
refletia a necessidade de consolidar o país recém-independente, mas, ao mesmo
tempo, perpetuar desigualdades sociais, já que o acesso à educação formal e ao
domínio do idioma estava restrito às classes mais privilegiadas. Assim, uma análise
holística das épocas formativas da língua portuguesa no Brasil deve considerar
essas dinâmicas sociais e econômicas, reconhecendo como tais fatores foram
cruciais na configuração do idioma ao longo do tempo.

Dessa forma, o artigo relata os fatos históricos associados à evolução da língua no


país, porém falta uma análise social mais aprofundada, além de apresentar as
questões sociais, deveria apresentar também as intervenções que elas causaram e
seus impactos profundos, podendo utilizar do texto da última atividade, onde se
havia uma análise mais profunda da relação da evolução das línguas e as questões
sociais, onde uma língua se inicia das classes mais baixas e dominantes e se
estende até as classes mais altas que adotam o que querem das línguas, e as
formulam até serem inseridas no código “correto” da língua.

No contexto fonológico do português brasileiro, destacam-se fenômenos como a


redução de vogais átonas, especialmente em sílabas finais, gerando a conhecida
"elisão". Além disso, a nasalização de vogais antes de consoantes nasais e o
fenômeno da vocalização de /l/ em final de sílaba são características distintivas.
Quanto às questões semânticas, o português brasileiro exibe uma rica diversidade
regional de vocabulário, incorporando influências indígenas, africanas e de outras
línguas europeias. Essa diversidade contribui para nuances semânticas e
expressivas específicas em diferentes partes do Brasil, enriquecendo a linguagem
com variedade e complexidade. As variações regionais nas formas de tratamento e
expressões idiomáticas também desempenham um papel importante na construção
do significado no português brasileiro.

A análise nesse caso realizada pelo artigo é feita com uma minúcia necessária,
nesse campo ele se destaca realmente, sabe como destrinchar e falar de uma forma
rápida como o formato de artigo pede. São análises bem feitas que exploram as
peculiaridades do português brasileiro, servindo como um bom ponto de partida
para análise do idioma do ponto de vista histórico.

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