Trabalho Final
Trabalho Final
Trabalho Final
Autor:
Salomão José da Graça Langa
Supervisor:
Prof. Doutor Eng.º Jonas Valente Matsinhe
Autor:
Salomão José da Graça Langa
Supervisor:
Prof. Doutor Eng.º Jonas Valente Matsinhe
Declaro que o estudante finalista Salomão José da Graça Langa entregou no dia__
de_______de 2023 as_ cópias do relatório do seu intitulado “Projecto de produção de
composto orgânico a partir dos resíduos sólidos orgânicos domésticos”.
Maputo, de 2024
O Chefe do
departamento
Eu, Salomão José da Graça langa declaro por minha honra que o presente trabalho
nunca foi apresentado, e que o mesmo foi realizado por mim com base nos
conhecimentos adquiridos ao longo da minha formação, como resultado de pesquisa
bibliográfica e de discussões mantidas durante o estudo com o meu supervisor.
Dedico o presente trabalho em memória dos meus pais, José Isaías Zacarias Langa e
Maria Salomão Matusse.
I
AGRADECIMENTOS
A minha família em especial aos meus irmãos Alfredo Isaías Langa, Mabonane José
Langa, Zacarias Mabonane Langa, José Langa e ao meu sobrinho Bafana José Langa,
pelo apoio, paciência e Amor.
Ao meu Supervisor Prof. Doutor Jonas Valente Matsinhe Eng°, pelo apoio na realização
do trabalho.
Aos meus colegas de turma e amigos, em especial ao Rabil Mutupua, Jacinto Gibante,
Franca Cumbe, Iolanda Nhaucha, Jéssica Joana, Edson Calala, Marcelino Nivale,
Almeida Matias, José Ubisse e Domingos Mugabe pelo apoio, conhecimentos partilhados
e companheirismo ao longo do curso.
II
RESUMO
Nos últimos anos tem-se verificado um crescimento populacional nas cidades de
Moçambique e também um aumento na produção dos resíduos sólidos, de certa forma
tem prejudicado o meio Ambiente. Vários são os meios que são usados para a gestão
desses resíduos, um dos processos importantes da gestão e o tratamento a ser dado
aos resíduos. A compostagem surge como uma das soluções que podem ser usadas
para melhorar a gestão (tratamento) dos resíduos sólidos orgânicos, reciclando a matéria
orgânica.
Os resultados obtidos revelaram que nos sistemas os dados dos parâmetros medidos
foram totalmente diferentes dos esperados, as temperaturas atingidas não chegaram aos
50°C nos dois sistemas, mais foram observadas as três fases (mesofilo, termófilo e
mesofilo) somente num dos sistemas (Baldes), a humidade chegou a ficar abaixo dos 40
% o que é considerada uma faixa abaixo das condições necessárias para uma boa
compostagem e depois atingiu os valores necessários. Os valores do pH nos sistemas
iniciaram o processo no estado acido (4.5), com aumento das temperaturas chegaram a
atingir o estado alcalino. Apesar de terem sido observados valores diferentes dos
esperados no processo de compostagem, os sistemas mostraram se eficientes para
produção em pequena escala.
III
Índice
V
LISTA ABREVIATURAS E SIGLAS
A Ano
ABNT Associação brasileira de normas técnicas
CO2 Dióxido de carbono
O2 Oxigénio
DBO5 Demanda bioquímica de oxigénio
EDM Eletricidade de Moçambique
GEE Gases de efeito estufa
GIRS Gestão integrada dos resíduos sólidos
GRSU Gestão dos resíduos sólidos urbanos
Hab Habitantes
Kg Quilogramas
L Litros
LIPOR Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto
MICOA Ministério da terra e Ambiente
MITADER Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural
MO Matéria orgânica
NBR Norma brasileira
PDUL Projecto de Desenvolvimento Urbano e Local
PGIRSU Plano de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos
PH Partículas de hidrogénio
RSU Resíduos sólidos urbanos
SGRSU Sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos
T Placas de porcelana
T Toneladas
VI
LISTA DE FIGURAS
VII
LISTA DE TABELAS
VIII
1. INTRODUÇÃO
Lima (2002), define resíduos como sendo o conjunto de produtos não aproveitados de
actividades domésticas, comerciais, industriais ou de saúde, englobando a matéria
orgânica. Resíduos esses que são prejudiciais a saúde humana e ao meio ambiente,
muito pela sua incorreta gestão partindo da fonte de produção até ao seu descarte final
que tem ocorrido em lixeiras e aterros. Muitos países em desenvolvimento fazem o
despejo em lixeiras a céu aberto ou em aterros não controlados em suas práticas de
gestão de resíduos sólidos urbanos, porque é menos dispendioso construir e operar
locais adequados para deposição final. No entanto, a deposição direta de resíduos
orgânicos não tratados em lixeiras a céu aberto ou aterros tem impactos ambientais
negativos a nível local e global.
Desde o momento da geração até o destino final dos resíduos, uma serie de medidas
necessitam ser empreendidas para se evitar problemas de ordem ambientais, sociais,
de saúde pública e económica. Entre essas medidas destacam-se a colecta,
acondicionamento, o tratamento (Reciclagem, Biológico) e a deposição final.
1
tratamento adequado para a sua redução e se necessário o encaminhamento a
deposição final, sem causar problemas ambientais.
1.1 JUSTIFICATIVA
Para o alcance do objectivo principal ira se basear nos seguintes objectivos específicos:
2
• Demonstrar a eficácia da produção do composto orgânico em pequena escala
(Doméstica);
• Demonstrar uma compostagem de qualidade de acordo com a literatura.
1.3 METODOLOGIA
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4
Resíduos sólidos domésticos ou semelhantes – provenientes respectivamente das
habitações ou outros locais que se assemelhem, enquadram-se os resíduos sólidos
residenciais (em geral de sobras de alimentos, invólucros, papéis, papelões, plásticos,
vidros, trapos ou panos), comerciais, feiras livres, capinação e poda.
Resíduos volumosos – provenientes das habitações, cuja remoção não se torne possível
pelos meios normais atendendo ao volume, forma ou dimensões que apresentam ou cuja
deposição nos contentores existentes seja considerada inconveniente pelo Município;
Resíduos de jardins – resultantes da conservação de jardins particulares e de limpeza
pública de jardins, parques, cemitérios e outros espaços públicos, tais como: ramos,
troncos ou folhas.
5
2.2.2 Quanto a periculosidade
Segundo a Norma Brasileira ABNT NBR 10004 de 2004, resíduos são definidos como
aqueles que apresenta as suas características em função de suas propriedades físicas,
químicas ou infecto-contagiosa, apresentam.
Resíduos de classe I – perigosos são aqueles que apresentam pelo menos uma
característica de perigosidade para a saúde ou para o ambiente.
Resíduos de classe II – não perigosos, não apresentam características de perigosidade
para o ambiente e para a saúde pública.
Resíduos de classe II – inertes são os resíduos que não sofrem transformações físicas,
químicas ou biológicas importantes, não podem ser solúveis nem inflamáveis, nem terem
quaisquer outros tipos de reações físicas ou químicas. Também não podem ser
biodegradáveis, nem afectar negativamente outras substâncias com os quais entrem em
contacto e cujos lixiviados não poem em perigo a qualidade das águas superficiais ou
subterrâneas.
6
A classificação dos resíduos e de extrema importância para o gerenciamento dos
resíduos é necessário conhecer a origem e a sua perigosidade, facilitando distingui-los
em categorias que ajuda no processo de transporte e a forma de tratamento a ser
aplicado, saber a melhor e correcta forma de disposição final.
Assim sendo, a GIRS define procedimentos que visam assegurar uma gestão
ambientalmente segura, sustentável e racional dos resíduos, priorizando a redução,
reciclagem, reutilização, separação na origem e de seguida a recolha, manuseamento,
transporte, armazenagem ou eliminação de resíduos bem como a posterior proteção dos
locais de eliminação, por forma a proteger a saúde humana e do ambiente contra os
efeitos nocivos que possam advir do mesmo (decreto n 94/2014 de 31 de Dezembro de
Moçambique).
7
Segundo Trankler (2003), a GIRS fornece uma estrutura para o desenvolvimento de um
serviço sustentável de RSU, que pode ocorrer com o uso de uma variedade de opções
de colecta, transporte e tratamento, com o envolvimento activo das partes interessadas,
do sistema de RSU e da indústria para apresentação do produto. Os aspectos que estão
envolvidos na gestão dos resíduos seriam:
8
características sociais, culturais e económicas dos cidadãos, climáticas e urbanistas
locais (MONTEIRO, 2001).
Com base nas capitações (produção de resíduos por habitante por dia) de diferentes
referências, estima-se que em Moçambique sejam produzidas cerca de 10 500 toneladas
de RSU domésticos por dia (ou 3,8 milhões de toneladas por ano). O país apresente uma
das mais baixas capitações da Africa Subsariana, para sustentar essa afirmação a tabela
apresenta dados da produção de RSU domésticos das Províncias do Pais, espera-se um
aumento em função do desenvolvimento económico, o que somado ao crescimento
populacional, ira traduzir-se numa produção crescente de RSU, (PDUL,2020).
9
Tabela: 1 Estimativa de produção de RSU domésticos em Moçambique em 2017
Capitação
Província (Kg/hab/dia) Fonte (per capita da Província) Produção (t/a)
Niassa 0,33 Estimativa com base nas capitações ajustada ao PIB 244 757
Cabo Estimativa com base nas capitações ajustada ao PIB
Delgado 0,33 281 043
Nampula 0,34 Campanha de caracterização Nampula 757 366
Zambézia 0,3 Campanha de caracterização Quelimane 559 631
Tete 0,3 Estimativa com base nas capitações ajustada ao PIB 343 033
Manica 0,3 Estimativa com base nas capitações ajustada ao PIB 237 185
Sofala 0,44 PGIRSU Beira – Capitação rural 356 822
Estimativa com base nas capitações ajustada ao PIB
Inhambane 0,36 196 683
Estimativa com base nas capitações ajustada ao PIB
Gaza 0,34 179 530
Maputo
Província 0,47 PGIRSU Maputo – Média da capitação suburbana, Katembe e KaNhaka 430 093
Maputo
Cidade 0,62 PGIRSU Maputo 249 195
10
A qualidade dos serviços de gestão dos resíduos sólidos varia muito de um Município
para o outro, isso devido aos meios financeiros disponíveis ou disponibilizados pelas
autoridades competentes, e de acordo com o consumo dos municípios, suas políticas de
gestão de resíduos. Mas em geral foi agregada uma taxa de lixo no consumo de energia
para poder garantir uma verba, que é usada para manter os serviços de recolha
operacionais.
Esta é uma tarefa complexa que depende tanto da organização e cooperação entre o
sector familiar, das comunidades, empresas privadas e autoridades municipais como da
aplicação e seleção de soluções técnicas apropriadas para a recolha, reciclagem e
deposição final de resíduos (MICOA, 2010).
As tecnologias usadas para tratar os RSU, tem uma particularidade de nem todas se
revelarem eficazes se não forem bem aplicadas, mas de certo modo se enquadram
naquilo que e a definição do tratamento de resíduos sólidos urbanos, Segundo o Decreto
n.º 94/2014 de 31 de Dezembro (MOÇAMBIQUE,2014),o tratamento de resíduos e
qualquer operação de valorização ou eliminação de resíduos, incluindo a preparação
prévia e a valorização ou eliminação dos resíduos, compreendendo os processos físicos,
químicos, biológicos que alteram as suas características de forma a reduzir o volume e
periculosidade e a facilitar a sua movimentação.
A deposição final é a última fase de um sistema de limpeza urbana, que ocorre depois
da recolha ou do tratamento dos resíduos. Existem três formas básicas de deposição
final dos resíduos sólidos, a saber, (MICOA, 2012).
1) A Lixeira a céu aberto que consiste na simples deposição dos resíduos sólidos
sobre o solo;
2) Aterro controlado é a técnica de deposição de resíduos sólidos no solo, sem
causar danos ou riscos à saúde pública e minimizando os impactos ambientais;
3) Aterro sanitário trata-se de uma técnica de deposição dos resíduos sólidos no solo
em forma de camadas ou lâminas obedecendo critérios de engenharia e normas
operacionais específicas permitindo a decomposição segura de resíduos, controle
de poluição ambiental e proteção à saúde pública.
12
Figura:1 Diagrama do processo de compostagem (Rynk,1992)
13
Para realizar a compostagem a matéria-prima usada deve ser composta de resíduos
orgânicos, constituídos basicamente por restos de animais ou vegetais ricos em
Nitrogénio e Carbono. Os compostos devem ser de materiais ricos em carbono,
geralmente de cor castanho (seco), com baixo teor de humidade e de decomposição
lenta, como por exemplo as serragens, podas de jardins como galhos e folhas.
E também com materiais ricos em nitrogênio como as cascas dos alimentos, que
obtém maior teor de humidade e uma decomposição mais rápida, como por exemplo
os restos de comida e frutas.
O composto introduz nos solo organismos benéficos, como bactérias e fungos, que têm
a capacidade de passar os nutrientes da parte mineral do solo para as plantas,
melhorando ainda as características do solo, nomeadamente a estrutura e porosidade
de solos arenosos e calcários, melhora a retenção da água e de nutrientes, melhora o
14
arejamento, reduz a erosão, diminui a ocorrência de determinadas pragas das plantas e
pode ser utilizado em relvados e jardins (LIPOR, 2009).
O processo de compostagem ocorre em três fases: a fase mesófila, seguida pela fase
termófila e por último a faze de resfriamento ou maturação, na qual existe uma variedade
de microrganismos, como bactérias mesófilas, termófilas, fungos e actinomicetes que
estão presentes para converter e estabilizar os resíduos orgânicos em húmus (MORENO
et al.,2013).
15
Na qual a decomposição inicial da matéria orgânica e realizada pelos microrganismos
mesofilos devidas as fontes de carbono prontamente disponíveis no início do processo,
como resultado do calor gerado pelos microrganismos mesofilos através da sua
actividade metabólica, a primeira fase mesófila progride para a fase termófila.
Na fase termófila, os microrganismos termófilos os, que são mais tolerantes ao calor,
assumirão a fase mesófila e se tornarão dominantes. A população termófila é
extremamente activa, provocando intensa e rápida biodegradação da matéria orgânica
e maior elevação da temperatura (podendo atingir 75 a 80ºC), eliminando os
microrganismos patogênicos (FERNANDES et al., 1996).
Durante a fase de resfriamento, esses mesofilos mais uma vez migram de volta para o
composto e trabalham na digestão da MO, e a temperatura nesta fase oscila em torno
dos 30 e 40 °C e depois decresce até a temperatura ambiente; a matéria previamente
oxidada sofre um processo de humificação, isto é forma um produto rico em nutrientes
provenientes de vegetais em decomposição denominado húmus, com odor de terra
vegetal que pode ser facilmente manuseado e armazenado, quando aplicado no solo
não causa danos a produção agrícola (SILVA et al.,2003).
16
Figura: 1 Gráfico de compostagem que apresenta as fases do processo de
compostagem: mesófila, termófila e maturação (Processo,2020).
E o produto final da compostagem, que apresenta cor escura, é rico em húmus e contém
de 50% a 70% de matéria orgânica (OLIVEIRA, 2004), o composto orgânico deve
apresentar características que forneçam benefícios ao uso para fins agrícolas, como
forma de melhoria na qualidade do solo. A composição do composto orgânico depende
da natureza da matéria-prima utilizada, facilmente degradável (carbohidratos e
proteínas).
Segundo Massukado (2008), para que o composto seja utilizado de maneira segura e
eficiente é necessário que seja estabilizado corretamente. A matéria orgânica original
17
deve ser convertida para uma forma que seja mais resistente a degradação, contenha
quantidades mínimas de componentes fitotóxicos e contaminantes, e seja livre de
patógenos de plantas e animais (BARREIRA, 2005, citado por MASSUKODA,2008).
Para que ocorra uma compostagem eficaz e necessário que se observem certos
parâmetros de controlo, tais como: Aeração, Temperatura, Teor de umidade, Relação
C/N, PH, Microrganismos e Tamanho das Partículas (CARVALHO et al.,1999).
Em seguida a descrição da importância de cada um dos factores durante o processo de
compostagem:
2.4.3.1 Microrganismos
A reciclagem dos resíduos orgânicos é processada pela ação dos microrganismos
presentes nos mesmos, onde as características físicas e químicas da MO são
completamente alteradas devido à intensa atividade microbiológica. Tais microrganismos
apresentam algumas peculiaridades permitindo que sejam específicos na decomposição
de alguns tipos de materiais em diferentes etapas do processo (PEREIRA NETO, 2014).
Segundo Ressetti (2012), diferentes tipos de microrganismos predominam no processo,
conforme as variações de temperatura da massa compostada, definindo as diferentes
etapas do processo de compostagem.
2.4.3.2 Aeração
O ar contido nos interstícios da massa do material em compostagem é importante para
o metabolismo para os microrganismos envolvidos no processo (RUSSO, 2003). Sendo
18
a compostagem um processo aeróbio, o fornecimento de ar é vital à actividade
microbiana, pois os microrganismos aeróbios têm necessidade de O2 para oxidar a
matéria orgânica que lhes serve de alimento (FERNANDES, 2013). A aeração também
influi na velocidade de oxidação do material orgânico e na diminuição da emanação de
odores, pois quando há falta de aeração o sistema torna-se anaeróbio (RUSSO, 2003),
ou gera subprodutos como o chorume e gases fétidos, atraindo insetos e animais
indesejáveis (CAOPMA, 2012).
Segundo Russo (2003), aeração da massa em compostagem deve ser constante para
que não se alterem as actividades metabólicas dos microrganismos e o processo de
degradação da MO seja mais rápida por via da oxidação de moléculas orgânicas
presentes na massa. A circulação de ar na massa do composto e de uma importância
primordial para a compostagem rápida e eficiente (FERNANDES, 2013).
Epstein (2011), refere que normalmente, os microrganismos utilizam uma parte de N para
cada 30 partes (em peso) de C, o que sugere que esta razão de C/N (30:1) seja a mais
desejável para uma compostagem eficiente, pois é desta forma que os organismos
absorvem estes elementos. Fernandes (2013), considerou que apesar da grande
diferença da demanda, a carência de N é limitante no processo, por ser essencial para
o crescimento e reprodução celular.
Diversos pesquisadores afirmaram que a relação C/N ideal para iniciar o processo de
compostagem entre 25/1 e 35/1 (BERTOLDI, 1986) (LOPEZ-REAL, 1994) (FONG et al.,
19
1999) (KIEHL, 2004), uma vez que durante a decomposição os microrganismos
absorvem C e N da matéria orgânica na relação 30/1, sendo que das 30 partes de C
assimiladas, 20 são eliminadas na atmosfera na forma de gás carbônico e 10 são
imobilizadas e incorporadas ao protoplasma celular (KIEHL,2004).
Quando o composto é incorporado ao solo, com relações C/N muito baixas ou muito
altas, pode causar problemas à qualidade do composto. Resíduos com relação C/N baixa
perdem nitrogênio na forma amoniacal durante o processo de compostagem,
prejudicando a qualidade do composto, já se a matéria-prima possuir relação C/N alta, o
processo torna-se demorado e o produto final apresentará baixos teores de matéria
orgânica (KIEHL, 2004).
2.4.3.4 Temperatura
Russo (2003), afirma que altas temperaturas têm sido consideradas necessárias para
uma boa compostagem, no entanto há limites a controlar, porque temperatura excessiva
(80ºC) por longos períodos é prejudicial ao processo devido à inibição do crescimento e
mesmo à morte de microrganismos não tolerantes, reduzindo deste modo a taxa de
decomposição.
A temperatura é um factor indicativo do equilíbrio biológico, de fácil monitoramento e que
reflete a eficiência do processo. Depois de iniciada a fase termófila (em torno de 40ºC),
o ideal é controlar a temperatura entre 55 °C e 75 °C, nesta faixa e possível observar a
máxima intensidade de atividade microbiológica. Acima de 65ºC a actividade
microbiológica cai e o ciclo de compostagem fica mais longo (FERNANDES, 2013).
Altas temperaturas, sob o ponto de vista sanitário, são vantajosas, pois eliminam
microrganismos patogênicos, larvas de insetos e sementes de ervas daninhas.
Muitos estudos continuam a ser feitos de modo a estabelecer a temperatura óptima para
a compostagem e a sua relação com os microrganismos envolvidos na degradação da
matéria orgânica (CLARK et al., 1983).
20
2.4.3.5 Teor de Humidade
A humidade desempenha um papel importante no processo de compostagem, sendo
necessária água para o transporte de nutrientes dissolvidos, imprescindíveis para manter
a vida microbiana. Na ausência de água, entram em estado de dormência e o processo
de compostagem é paralisado, o que pode ser observado pela redução da temperatura
da leira quando esta se resseca, indicando que o processo foi interrompido sem que o
material estivesse completamente degradado (CAOPMA, 2012).
A humidade é um factor que deve ser controlado desde o instante inicial do processo de
compostagem, bem como durante toda a operação, de forma a assegurar valores
próximos de humidade na casa dos 50-60% (m/m), de maneira a manter uma taxa
suficiente para o metabolismo dos microrganismos (MATOS et al, 2003).
Segundo Valente et al., (2009), teores de humidade inferiores a 40% também devem ser
evitados, uma vez que podem fazer com que a atividade biológica seja reduzida,
retardando o desenvolvimento do processo, enquanto teores elevados 65% causam
anaerobiose.
Pereira Neto (2007), afirma que a compostagem pode ser desenvolvida em uma faixa de
PH entre 4,5 e 9,5, sendo que os valores extremos são automaticamente regulados pelos
microrganismos, por meio da degradação dos compostos, que produzem subprodutos
ácidos ou básicos, conforme a necessidade do meio.
21
ligeiramente inferior ocorre uma diminuição drástica da atividade microbiológica e o
composto pode não passar para a fase termófila.
O interessante da compostagem é que um bom composto pode ser obtido tanto por
tecnologias simples como por tecnologias complexas, desde que os resíduos sejam
adequados e o processo biológico ocorra em boas condições (FERNANDES et al., 1996).
22
2.5.1 Sistema de leiras estáticas com aeração forçada
Segundo Massukado (2008), sistema de leiras de aeração forçada não e para qualquer
tipo de resíduo, restringindo-se a aqueles que tenham o material de entrada mais
homogénea, tanto em composição como em granulometria.
Mesmo com os equipamentos de aeração, deve ser dada especial atenção a seleção e
mistura dos resíduos que formam a leira, o fluxo de ar satisfatório só se dará se houver
porosidade suficiente (SOARES et al.,2021). Se isto não for observado, poderá ocorrer
uma distribuição não uniforme da aeração até a interrupção do processo de
compostagem (INÁCIO & MILLER,2009).
A leira deve ter boa estrutura a qual mantém a porosidade durante todo o processo de
compostagem (SILVA & SOARES, 2021).
Epstein (1997), considera que a aeração forçada e a maneira mais eficiente que o
revolvimento de leiras para a manutenção do processo de compostagem, via suprimento
de O2, principalmente na fase termófila, havendo por isso um satisfatório controlo na
emissão de odores e redução de geração de chorume.
23
que pode ser manual ou mecânico, com o objectivo de aumentar a porosidade e melhorar
a homogeneidade dos resíduos (MUSSOKADO,2008), visto que neste método é comum
verificar se a uma frequente interrupção do processo de biodegradação aeróbia pelo
colapso da massa, isso e verificado através da queda brusca da temperatura das leiras
(INÁCIO & MILLER,2009).
O sistema de leiras revolvidas e também conhecida por sistema windrow é uma das
tecnologias mais usadas para a compostagem de resíduos sólidos domiciliares, sendo a
que apresenta baixos custos de empreendimento e manutenção (MASSUKADO, 2008).
24
reactores de batelada. Nos dois primeiros, o resíduo passa pelo reactor em fluxo
contínuo, o tempo de detenção é definido pela velocidade em que o resíduo percorre e
o trajecto da entrada até a saída no reactor. Nos reactores de batelada, introduz-se uma
carga de resíduo, quando concluída a fase termófila, o reactor e descarregado e reinicia-
se o processo com resíduo fresco.
25
Tabela: 3 Vantagens e desvantagens dos sistemas de compostagem
Sistema de
compostagem Vantagens Desvantagens
Leiras de Médio investimento inicial; Maior controle do Custo de implantação com equipamentos de
aeração processo, temperatura e aeração; permite menor aeração específicos; Utiliza energia externa
forçada tempo de compostagem que as leiras revolvidas; (elétrica); Custo com manutenção de
melhor controlo de odores. equipamentos, aeradores e tubos perfurados
Leiras Baixo custo de implantação; Menor exigência de Elevada produção de chorume e difícil controlo
revolvidas ou acompanhamento técnico especializado em de odores; fica dependente do clima, em dias
sistema comparação com outros métodos; Flexibilidade de de chuva fica difícil realizar o revolvimento da
windrow processar grandes volumes de resíduos; Produção leira.
de composto homogéneo.
Aceleração da fase de degradação ativa Elevado investimento inicial; Maior custo de
(maturação mais prolongada); Melhor controlo do operação e manutenção com os equipamentos
Sistema processo de compostagem, aeração e temperatura; (sistemas mecânicos especializados); Maior
fechado Possibilidade de automação. Menor demanda por produção de chorume na fase de degradação
(Reactor) área; Possibilidade para controlar odores via ativa; Utiliza energia externa.
biofiltros; Independência de agentes climáticos.
26
2.5.4 Sistema de Vermicompostagem
Para realização deste processo são utilizadas algumas opções de matéria-prima, que
podem ser resíduos orgânicos domésticos, industriais, vegetais e fezes de animais. Nem
todos materiais são recomendados neste processo, como os que são de difícil e lenta
decomposição como e o caso de carnes, ossos, lipídeos de origem animal, lacticínios,
manteigas (COSTA et al.,2020).
Segundo Costa et al.,2020, para se produzir o vermicomposto e necessário que seja feito
num local com mínima variação de temperatura e humidade, escolhendo matérias para
a construção do minhocário que permitam boas condições de ambiente para o
desenvolvimento das minhocas, deve ocorrer em ambiente escuro visto que a minhoca
27
tem aversão a luz, a sua exposição directa aos raios ultravioleta causa paralisia parcial
e completa, por longas horas causa a morte. Dependendo da escala o processo pode
ser caseiro ou industrial.
28
O Bokashi é feito a partir da mistura de farelos (de trigo, de arroz) e tortas vegetais (de
mamonas), podendo ser enriquecido com farinha de animais (de carne e osso, de peixe)
e com alguns minerais naturais (fosfatos e calcários) mas em pequenas quantidades
para não interferir no processo de fermentação, a composição dependera muito da
matéria-prima disponível, na tabela são apresentadas as percentagens necessárias para
cada tipo de material.
29
Tratando se de um processo em pequena escala proporciona uma economia significativa
de energia e custos de transporte, assim como uma redução na propagação de odores,
podendo receber uma destinação adequada no local onde e gerado (MARQUES,2002).
Segundo Freitas (2016), a compostagem doméstica não pode ser vista como uma
alternativa para o tratamento de todos os resíduos orgânicos da região, mas como uma
solução complementar que possa colaborar com a redução do envio destes resíduos
recicláveis para os aterros sanitários.
A compostagem doméstica pode ser realizada com a deposição dos resíduos orgânicos
em pilhas, leiras ou composteira (WAGEM,2010). A composteira pode ser comprada ou
construída pelo próprio utilizador.
Tem a vantagem de ser de fácil fabricação usando qualquer tipo de madeira até mesmo
paletas que facilita na aeração da matéria orgânica e apresenta a desvantagem de se
degradar rapidamente devido as condições climáticas (sol, chuva e vento).
30
Figura: 3 Composteira de caixa de madeira feitas com paletas (Carvalho,2020).
31
2.5.6.3 Composteira em barril rotativo
Esse sistema de composteira rotativa foi desenvolvida como uma solução eficaz para a
decomposição da matéria orgânica, que acontece pela acção do microrganismo
(bactérias e fungos), sem que seja necessária uma grande área de acção, apresentam
uma independência das condições climáticas.
32
2.5.6.4 Composteira de tijolos
Neste sistema de composteira é possível processar grandes quantidades de matéria
orgânica ao mesmo tempo (CAMPBEL,1999). Os blocos são colocados de maneira a
criar um espaçamento entre eles, ou o uso de tijolos furados garantem um bom
arejamento.
Esse sistema e bastante resistente a intempéries climáticas, possui uma maior vedação,
permite o escalonamento dos resíduos nos seus compartimentos de forma fácil.
3. MATERIAS E MÉTODOS
33
Para se realizar a experiência de compostagem foi necessário fazer duas composteiras
domésticas usando material que pode ser encontrado em residências ou mercados, mas
que obedeçam ou sejam observados todos parâmetros ambientais, e como produto para
a compostagem foi usado a matéria orgânica encontrada em algumas residências e
oficinas de carpintaria, os seus resíduos ou restos são descartados em lixeiras.
Lixeira
Montagem das
(residuos não composteiras
orgânicos) (Balde e Paletas
Se considera matéria orgânica a todo material de origem animal ou vegetal cujo seu
descarte no ambiente não é desejável.
34
3.1.1.1 Capim seco
3.1.1.2 Serradura
Para se realizar a compostagem doméstica foram escolhidos dois sistemas que são de
fácil fabricação e aquisição, para além de ser de baixo custo. Foi utilizado um Balde
plástico de 20L do tipo PP-T105 e nele foram feitos 3 furos de 4 cm de distância em cada
lado e nela foi anexado uma torneira de plástico na parte inferior do balde.
35
Outro sistema que foi utilizado na experiência e a caixa feita com paletas de madeira,
com as seguintes dimensões 60 cm de comprimento, 43,5 cm de largura e 45,3cm de
altura, para construir a composteira de paletas foi necessário a ajuda dos funcionários
da carpintaria da Universidade. A figura 9 segue mostrando os sistemas usados na
experiência.
Para o sistema usando balde de plástico de 20L,foi preciso fazer buracos em algumas
laterais e na tampa do mesmo como forma de garantir que nele haja entrada de ar
(O2),isso como forma de evitar que o processo não acabe se tornando um biodigestor
por ausência do ar, os buracos foram separados por 4 cm de distancia entre eles e a 16
36
Figura: 9 Caixa de paletas com base coberta por plástico (Autor,2023).
cm da sua base, como forma de se obter o chorume produzido foi acoplado na parte
inferior do balde a 5mm da base uma torneira plástica (como ilustrado na figura 10).
37
O preenchimento das composteiras de caixa de paletas e do balde ocorreram no mesmo
dia, a primeira a ser preenchida foi a composteira de caixa de madeira. As composteiras
foram montadas e enchidas no dia 15 de junho de 2023.
38
Figura: 12 Passo a passo no preenchimento da composteira (Autor,2023).
39
que faz com que o material usado para compostar não entre em contacto com a torneira,
fazendo com que somente seja filtrado o chorume.
Tendo sido colocado em seguida o capim por cima das pedras até uma altura de 5 cm,
posto isso foi introduzido a matéria húmida e material seco (serradura) um sobre o outro
até que se tenham formado 6 camadas.
40
Durante a operação de montagem da composteira do balde foram também adicionados
no sistema da caixa de madeira 2,5 kg de matéria orgânica (vegetais e serradura), isso
depois do revolvimento do sistema, por fim foram adicionados na parte superior uma
cobertura de 1,2kg de capim seco não cortado.
Tanto o capim como os vegetais foram cortados usando uma tesoura de corte de
alimentos. Enquanto os resíduos de madeira a serragem foi coletados já triturada com
partículas muito finas que se tornou impossível medir o seu tamanho.
3.2.2 Temperatura
A temperatura ao longo do processo foi colectada com auxílio de um termómetro digital
do tipo a lazer, Fluke 62mini in THERMOMETER (figura 15). A frequência da recolha dos
dados era de três vezes a semana, sempre no período da manhã isto no intervalo das
9horas as 11horas nas composteiras.
41
Figura: 15 Termómetro digital (Autor,2023).
3.2.3 Humidade
42
3.2.4 Potencial de hidrogénio (pH)
A medição do pH decorreu no laboratório da faculdade de engenharia no departamento
de engenharia química.
Para a determinação do pH foi utilizado um aparelho de medição Phmetro, obedecendo
os seguintes passos, foram coletados 5g de amostra (secas) de cada sistema. Em
seguida em dois copos de Becker foram adicionadas 40ml de água destilada e
adicionadas os 5g de cada amostra e misturados usando um bastão de vidro, por fim
extraído os dados usando phmetro.
43
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1.1 Humidade
Segundo Oliveira (2010), a faixa de umidade adequada para a compostagem está entre
40% e 65%, abaixo dessa faixa o processo se torna bastante lento e acima disso a água
tende a ocupar os espaços vazios do meio, impedindo a livre passagem do oxigênio, o
que poderá provocar aparecimento de zonas de anaerobiose.
80%
70%
60%
Humidade %
50%
40%
30%
20%
10%
0%
3 10 20 30 40 50 60 70 80 95
Tempo (dias)
Composteira 1 Composteira 2
E possível verificar que a humidade das amostras nas duas composteiras, iniciaram nas
faixas dos limites considerados ideais (40% a 65%). No sistema da composteira 2 a faixa
de humidade rondou entre as faixas de percentagem (60% a 43%) no período de (20º a
44
60º) dias apos o início do processo, mantendo-se na faixa considerada ideal por Oliveira
(2010), tendo terminado o processo em 95º dias com 53% de humidade.
Isso deveu-se a falta de irrigação da composteira 1 nesse período, por temer irrigar e
ultrapassar a quantidade desejada de água, tendo em conta que o processo já se
encontrava numa fase avançada de decomposição da matéria orgânica e transformando
o sistema num processo anaeróbio.
4.1.2 Temperatura
Na figura 17 são apresentados os valores obtidas das medições das temperaturas dos
processos. Na compostagem a temperatura e o factor mais indicativo do equilíbrio
biológico, é o que reflete a eficiência do processo (PERREIRA NETO,1989).
O processo de compostagem ocorre em três fases: a primeira fase mesófila (25 a 40°C),
seguida pela fase termófila que esta acima dos 40 °C podendo atingir os 65 °C e por
último voltando a fase mesófila (maturação) em que a temperatura desce e se matem na
temperatura ambiente (Carvalho et al.,2013).
45
50
45
40
35
Temperatura ºC
30
25
20
15
10
0
1 3 10 20 30 40 50 60 70 80 95
Tempo (Dias)
Composteira 1 Composteira 2
O sistema de composteira 1 iniciou a sua actividade com temperatura a 25º C,sendo que
houve um aumento da temperatura nos primeiros 9˚dias atingindo os 40˚C,fase
denominada pelos microrganismos mesofilos, com a elevação gradual da temperatura e
do processo de biodegradação a população de mesofilos diminui e os microrganismos
termófilos proliferam se com mais intensidade causando a morte de fungos, chegando a
atingir uma temperatura máxima de 45ºC passados 34˚ dias desde o início do processo,
esta fase durou 32˚ dias.
Passados os 32˚dias a temperatura do processo vai descendo e consequentemente a
dominação dos microrganismos mesofilos, o metabolismo dos microrganismos é
responsável pelo aumento e diminuição da temperatura, isto é quanto menor for a
quantidade de microrganismo menor será a temperatura no processo de compostagem
46
(Tang et.,al 2004). Nesta fase a uma elevação de fungos e uma intensa competição por
nutrientes, passando a fase de maturação do composto e tendo terminado o processo
em 95˚ dias com temperatura a rondar os 24ºC.
Segundo Kiehl (1998),desde que não falte água e o composto tenha perdido calor e a se
tenha atingido a temperatura ambiente, há indicações de que o produto esteja maturado.
47
Valores baixos de pH não inibem o início do processo, mais tornam mais lento o aumento
da temperatura, visto que inibem o desenvolvimento de microrganismos termófilos, a
compostagem aeróbica provoca a elevação do pH da massa em biodegradação
(Reis,2005).
10
9
8
7
6
PH
5
4
3
2
1
0
2 4 6 8 10 12 14
Semanas
Balde Caixa de Paletas
48
4.1.4 Maturação do composto
A qualidade do composto depende das características biológicas, químicas e físicas
dos substratos utilizados, assim como da evolução e condução do processo de
compostagem (FELICIA,2009).
As composteiras foram instaladas no dia 15 de junho de 2023, tendo sido iniciado o
processo nessa mesma data, se mantendo no local de compostagem por 95˚dias.
Passados esses dias foram observadas as seguintes características em relação a
dissolução em água, cheiro e a cor.
Na dissolução em água foi possível observar que no composto produzido na composteira
1 foi o que melhor se dissolveu e mais tingiu a água, e o composto produzido na
composteira 2 não se dissolveu por completo em água e menos tingiu a água.
Em relação ao cheiro os dois processos têm um cheiro agradável de terra.
49
Em relação a cor pode observar que a cor mais negra correspondeu a composteira 1, e
a cor menos negra correspondeu a composteira 2 como e possível verificar na figura 19.
50
5. CONCLUSÃO
52
CUNHA QUEDA, A. C. F. (1999). Dinâmica do azoto durante a compostagem de
materiais biológicos putrescíveis. Tese (Doutorado em Engenharia Agro-industrial) -
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60
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