Selos Mecânicos - Anotações

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CRONOLOGIA

1849 – FREUDENBERG - CARL JOHANN FREUDENBERG


Curtume.

1884 – BURGMANN - FEODOR BURGMANN


Inventa 1ª máquina de trançar gaxetas.

1884 – A W CHESTERTON
Equipamentos para barcos
Inicia a produção de gaxetas e vedações.

1888 – C. LEE COOK COMPANY – CHARLES LEE COOK


Inicia em Louisville, KY
Criou a 1ª vedação metálica para pistões de locomotivas e barcos a vapor.
Passa a denominar Cook Compression em 2007

1905 – COOK SEAL COMPANY – GEORGE J. COOK


Início
Fabricação de selos de metal e têxtil.
Sucedida pela Muskegon Piston Ring (Fornecedora Ford)
Sucedida pela EG&G Sealol
Sucedida pela Crane Packing

1917 – CRANE PACKING COMPANY


Inicia em Chicago
Vedações metálicas
Sucedida pela John Crane
Sucedida pelo Smiths Group (UK)

1917 – DURAMETALLIC – C. C. HALL


Inicia em Kalamazoo, MI.

1923 – COOK SEAL COMPANY


Cook Seal, utilizado inicialmente em compressores de refrigeração.

1928 - INGERSOLL RAND – CAMERON DIVISION


1º Selo mecânico comercial de sucesso.

1928 – CRANE PACKING – J. M. RYAN


Vedações para bombas d´água para veículos Ford e Chevroelt. Mais de 25 Mi de veículos.

1929 – FREUDENBERG
Fornece Sleeve Seals para indústria automotiva, em substituição às vedações feitas a
partir de fibras animais (pelo de bode).

1929 – CRANE PACKING – J. M. RYAN


Selo mecânico de bronze e mola

1930 – O-RINGS
Surgem os 1º o-rings. Até então as vedações eram feitas de gaxetas macias.

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1935 – CRANE PACKING
Selo de fole de elastômero.

1936 – FREUDENBERG
Cria o Perbunan, utilizado em retentores de veículos (transmissão).

1937 – DURAMETALLIC
1º Selo mecânico duplo

1938 – Todos os carros Chrysler, utilizam Crane Packing.

1938 - 1º selo mecânico para bomba d’água de automóveis.


Jeep

1938 – FLEXIBOX - F. B. Porges


1° selo de fole metálico.

1938 – Início dos processos de lapidação de selos mecânicos. Até então não eram
finamente acabados.

1939-1945 – FREUDENBERG
Juntas para a indústria de armamentos – veículos.

1939-1945 – O-RINGS
Devido à escassez de Borracha Natural, durante a Guerra, foram desenvolvidas borrachas
sintéticas.
Neoprene, Buna N, Buna S, and Butyl forma as primeiras borrachas sintéticas utilizadas.

1942 – DURAMETALLIC
Surgimentos dos primeiros cartuchos.

1943 – SEALOL
Patente do SM Balanceado.

1944 – PTFE
Comercialmente disponível.
Cunha, U-cup, Chevron e foles.

1945 – O carvão-grafite começa a se popularizar em faces de vedação.

1945 – INGERSOLL RAND


Selo simples balanceado.
Abre vantagem em relação a outros fabricantes, que utilizavam SM duplos e sistemas
auxiliares.

1945 – CRANE PACKING


Tipo 1, 2, 3 e 4. Os tipos 3 e 4 eram utilizados nos modelos Jeep.

1945 - Quase todos os veículos, passam a usar selos de bomba d’água depois da Guerra.

1945 – CRANE PACKING


Tipo 9 e 8B.

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1948 – LAPMASTER
Máquinas de lapidação.

1950 – HERBERT B. HUMMER


Conceito de PV.

1954 – American Petroleum Institute


Insere na primeira edição da API 610 - Centrifugal Pumps for General Refinery Services,
especificações para selos.

1955 - American Standards Association


Padronização do dimensional e nomenclatura de bombas.
ANSI Pumps.

1956 – NOK
Cria o 1º selo mecânico de uso geral.

1956 – Já eram aplicados muitos dos conceitos de projeto utilizados atualmente:


 Elementos rotativos e estáticos flexíveis;
 Balanceamento de faces;
 Foles metálicos e de elastômero;
 Tipos de molas variados;
 O-rings;
 Cunhas.
Entre os materiais:
 Carvão-grafite;
 Ni-resist;
 Stellite;
 Cerâmica;
 Óxido de alumínio;
 Aço inox;
 Carbeto de Tungstênio, começava a tornar frequente nas aplicações.

1957 – DUPONT
Início comercialização do Viton.

1960 – CHESTERTON
Lança seu 1º Selo Mecânico.

1960 – Iniciam os estudos sobre hidrodinâmica nas faces de selagem.

1962 – BURGMANN
Inicia a produção de selos mecânicos.

1963 – O Carbeto de Tungstênio é correntemente utilizados em selos.

1964 – NIHON SEAL


Inicia no Japão
Sucedida pela Eagle Industry Company – EKK

1965 – FOLES ELASTÔMERO FKM


Utilização comercial. Até então o mais comum eram: Borracha Natural, Neoprene e Buna.

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1971 – DUPONT
Lançamento KALREZ

1972 – RBSiC
Começa a ser utilizado.

1972 – CHESTERTON
Conceito de Selos Cartuchos Padronizados

1976 – EXXON PUMP – Baton Rouge Refinery


Fole Metálico Estacionário.

1981 – AESSEAL

1988 – CAIXAS BIG BORE


Surgimento.

1990 – CLEAN AIR ACT


Impõe limites para emissões fugitivas.

1990 – DRY GÁS SEAL


Popularização.

1994 – API 682 – SHAFT SEALING SYSTEMS FOR CENTRIFUGAL AND ROTARY PUMPS
Requisitos específicos para SMs;
Testes de qualificação para fabricantes;
Serviço contínuo de 3 anos.

1997 – FLOWSERVE
Inicia nos EUA a partir da associação entre a BW/IP (Borg-Warner´s Industrial Products) e
DURCO.

2004 – EAGLEBURGMANN
Aquisição da Burgmann pela Freudenberg + EKK.

DESEMPENHO (ANOS)
7.0

6.0

5.0

4.0

3.0

2.0

1.0

0.0
1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

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http://www.rolonseals.com/mechanical%20seals%20history.html

https://www.madeherenow.com/case-studies/aesseal/

https://www.cookcompression.com/about/our-history/

https://www.ekkeagle.com/en/technology/mechanical/

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O ambiente de operação reúne vários fatores que influenciam diretamente o desempenho dos
selos mecânicos: as condições de operação do equipamento (pressão, temperatura, rotação etc.)
e do fluido de selagem (qualidade, pressão e temperatura).

Para o selo, o fluido de refrigeração é o equivalente ao alimento e neste caso, dever cumprir pelo
menos as seguintes funções: REFRIGERAR, LUBRIFICAR, REMOVER SÓLIDOS, REMOVER
ATMOSFERAS FORMADAS e principalmente PRESSURIZAR (manter a pressão adequada na
área de selagem).
O fluido se não for adequado em sua composição (compatível e limpo], pressão, vazão e
temperatura, provavelmente não cumprirá sua finalidade.

PRESSÃO

A pressão é fator presente nos dois casos e pode sim ser um limitante à durabilidade. É
importante conhecer os dados atualizados de operação, para determinar a pressão na área de
selagem, através de cálculos, ou de preferência, medindo. Em função desse resultado obtido, é
que a pressão de refrigeração deverá ser determinada.

Basicamente os selos são refrigerados pela derivação do próprio fluido bombeado ou por fluido
proveniente de fonte externa.

TEMPERATURA

As temperaturas do processo podem ser muito diferentes daquelas na caixa de vedação da


bomba
funcionamento. Quando a temperatura do processo é alta, alguns sistemas de bomba
eles podem reduzir a temperatura na caixa de espanque por meio de bobinas ou camisas de
resfriamento.
Porém, deve-se lembrar que as faces do selo mecânico geram calor. Quando há pouco volume
de fluido de processo na caixa de vedação, o calor produzido pelas faces, especialmente
material duro, pode aumentar as temperaturas do produto selado.
Quando falamos na figura de 70 ° C (160 ° C) como fator limitante na seleção das faces do selo,
não é uma diretriz concreta. A verdadeira resposta é "não use fechamentos simples quando o
temperatura na caixa de vedação, combinada com o calor gerado pelas faces, ultrapassa a
temperatura vaporização do fluido bombeado, independentemente da pressão na caixa de
vedação. "
Com o propósito de dar informações gerais, detalhamos abaixo os pontos de ebulição da água
em diferentes pressões. No entanto, observamos que muitos produtos mais comumente lacrados
eles têm pontos de ebulição / vaporização mais baixos e viscosidade mais baixa do que a água.
O maior parece parte de tais produtos em uma lista de COVs (compostos orgânicos voláteis)
controlados.
Um fluido de barreira bem escolhido, em dupla vedação, resfriará as faces, sendo esta solução
outra mais para evitar a vaporização entre as faces.

ABNT NBR 16676:2018


ABNT NBR 16676:2018

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FLUIDO DE BARREIRA

Quanto maior é o foco dos operadores de equipamentos, em itens de segurança, confiabilidade e


impacto ambiental e em relação a vazamentos, maior é o destaque que os arranjos de selagem
duplos têm na indústria.

Os selos mecânicos duplos possuem uma cavidade entre o selo interno (processo) e o selo
externo (atmosfera), que serve de contenção ao fluido bombeado. Quando esse fluido não é
pressurizado, ele atua como uma barreira, por isso o termo “fluido de barreira”.

FONTE DE FLUIDO DE BARREIRA

O fluido de barreira pode ser armazenado, monitorado e liberado a partir de vários tipos de
sistemas, cada um identificado por um número que categoriza o tipo de plano de selagem e seus
requisitos mínimos. Algumas normas relacionam estas características e requisitos para os planos.
A norma de referência mais conhecida é API 682 da American Petroleum Institute.

SISTEMAS NÃO PRESSURIZADOS

O plano de selagem API 52, utiliza um reservatório para armazenagem do fluido. Linhas de
alimentação e retorno são conectadas ao selo mecânico e a circulação é proveniente de um
dispositivo (tipo anel bombeador) integrado ao selo.

O espaço de atmosfera no reservatório, acima da linha do fluido, é constantemente purgado para


a atmosfera, ou sistema de recuperação de gases.

Indicadores de nível e pressão, montados no reservatório, permitem a supervisão. Possui


também, conexões adicionais e de serviço, para permitir manutenção, limpeza, drenagem e
reposição dos fluidos. Uma serpentina interna permite a refrigeração adicional do fluido.

SISTEMAS PRESSURIZADOS

Os sistemas de selagem pressurizada dupla, contém os mesmos componentes essenciais dos


sistemas não pressurizados e ainda mecanismo para pressurizar o fluido de barreira.
São exemplos de sistemas pressurizados, os planos: API 53 A, API 53 B, API 53C e API 54.

CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES PARA O FLUIDO DE BARREIRA

Algumas propriedades críticas, devem ser consideradas para escolher um fluido de barreira, que
devem atender as seguintes características:
 Utilização, manuseio e estocagem segura.
 Compatível com os materiais da selagem e do equipamento.
 Compatível com o fluido processado.
 Não ser composto orgânico volátil.
 Não poluente.
 Boa fluidez, mesmo em baixas temperaturas.
 Não inflamável.
 Estável a temperatura ambiente.
 Boa capacidade lubrificante.
 Não formar espuma quando pressurizado.

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 Boa condutividade térmica.
 Pouco permeável a gases.
 Não expansível.

FAMÍLIAS DE FLUIDOS DE BARREIRA

Os fluidos de barreira podem ser classificados por famílias, segundo características comuns:
 Soluções de água e glicóis.
 Lubrificantes derivados de petróleo.
 Álcoois.
 Óleos sintéticos.
 Querosene e diesel.
 Óleos térmicos.

ÁGUA

A água possui várias das características desejadas por um fluido de barreira:


Condutividade térmica três vezes maior que os óleos.
Calor específico duas vezes maior que os óleos.
Incompressível.
Fácil de manusear, transportar e armazenar.
Compatível com os materiais de selagem.
Compatível com a maioria dos fluidos bombeados.
Não inflamável.
Baixa resistência ao fluxo de escoamento.

As limitações como fluido de barreira, estão nas faixas de temperatura elevadas onde há a perda
da capacidade de lubrificante, ou há risco de congelamento.

ÓLEOS

Óleos possuem excelente característica de lubrificação e geralmente são utilizados em largas


faixas de temperatura. São mais estáveis às temperaturas elevadas e não suscetível ao
congelamento.
Para utilização em sistemas de selagem, são recomendados óleos com viscosidade menor que
ISO 32.
Existem excelentes lubrificantes sintéticos, desenvolvidos especificamente para a utilização como
fluido de barreira, porém com o inconveniente do alto custo, comparado aos fluidos
convencionais.

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