Projeto Feira de Ciências - Auto Da Compadecida - 7 Ano B

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XXXI FEIRA CULTURAL E DE CIÊNCIAS – VIAGEM NO TEMPO

E NA CIÊNCIA.

MANAUS
2024
ESCOLA PROFESSORA JOSEPHINA DE MELLO
XXXI - FEIRA DE CIÊNCIAS

JOSEPHINA DE MELLO VIAGEM NO TEMPO E NA CIÊNCIA - O AUTO DA


COMPADECIDA.

Projeto VIAGEM NO TEMPO E NA CIÊNCIA.


Professores responsáveis: Bruno Rodrigues – Verônica Silva
Turma a apresentar o projeto: 7º ano B.
Local onde será desenvolvido o projeto: Escola Professora Josephina de Mello;
Público alvo: coordenadores, professores, alunos, pedagógico da escola e
público em geral;

Objetivo Geral: valorizar os conhecimentos acerca da literatura brasileira,


modo a reconhecer a importância da obra para o modernismo brasileiro, suas
características linguísticas e influência para o tempo na sociedade.

Objetivos específicos:

● Conceituar a linguagem simplória para a sociedade;

● Reconhecer a questão econômica elaborado pelo autor;

● Identificar características socioculturais do Nordeste;

● Abordar as questões econômicas do período do modernismo brasileiro;

● Apresentar as características temporal do modernismo sobre a obra.

1. Justificativa:

Tanto o filme como o livro Auto da Compadecida, do ilustre Ariano


Suassuna, retratam personagens que apresentam pecados no decorrer da
história e no fim se arrependem destes, buscando a ajuda de uma ideia
religiosa que se compadece de suas desculpas. Sabe-se, portanto, que na
literatura do termo "auto" é utilizado de uma representação, dessa forma, em
Auto da Compadecida, a representação oferecida pelo termo envolve Nossa
Senhora, tão mencionada por João Grilo e Severino. Esta acaba por se
compadecer (solidarizar) pelos sofrimentos dos humanos, tal qual como a
santa da vida real. Daí surge o nome "Compadecida". É uma obra fundamental
da literatura brasileira que reflete e dialoga com as transformações sociais,
culturais e estéticas do Brasil no início do século XX. Ao relacionar esta obra
com o modernismo brasileiro, é possível compreender como Suassuna
incorpora elementos da cultura popular e do regionalismo em uma linguagem
que desafia as convenções literárias da época. Fazendo parte do modernismo,
que surgiu como um movimento de ruptura com o passado, buscou novas
formas de expressão e uma identidade brasileira autêntica. "Auto da
Compadecida" se destaca por sua fusão de estilos, misturando teatro, folclore
e religiosidade, o que o coloca em diálogo com as propostas modernistas de
valorização da cultura nacional e crítica às tradições europeias. Além disso, a
obra aborda temas universais, como a moralidade, a fé e a condição humana,
refletindo o contexto histórico e social do Brasil, onde as tensões entre
modernidade e tradição ainda são palpáveis. Estudar essa intersecção entre
"Auto da Compadecida" e o modernismo brasileiro é, portanto, essencial para
uma compreensão mais profunda da evolução literária e cultural do país.

2. Apresentação:

Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, foi uma peça teatral


escrita em 1955 e publicada em 1957. Posteriormente virou minissérie de
televisão e ganhou uma versão para o cinema. A peça discute temas
universais, tal como a avareza humana e os sentidos que adquire na vida de
uma sociedade. Usando personagens populares, Suassuna, discute a
moralidade na ótica do cristianismo católico. A peça traz uma ideia de religião
como algo simples e distante dos formalismos. Mostrando a intimidade do
homem com Deus, e a ideia de simplicidade nas relações dele com os homens,
essa compreensão da vida e fé na misericórdia, parecem aspectos primordiais
no sentido religioso da obra: a compreensão das faltas humanas, atribuída à
metafisica. A obra reflete sobre as relações entre Deus e os homens, como os
medievais, apresentado sob a forma de uma pantomima de circo. Até o seu
catolicismo é popular, favorecendo os humildes contra os ricos, menos por
influência política do que por uma profunda simpatia cristã pelos fracos e
desprotegidos. Assim, o que Suassuna passa é que o homem do sertão deve
ser perdoado, de seus pecados, por experimentar inúmeras dificuldades, tanto
de ordem climática, quanto social. O sofrimento passado em vida já é capaz,
por si só, de absolver todos os pecados - consequências de seu cotidiano
exigente e de sua luta por sobreviver. O sertão é terra de ninguém, deserto
ameaçador donde emergem deuses e diabos, sob a égide do acaso, do caos e
da fatalidade. Esses seres ameaçadores espreitam o homem por dentro e por
fora. Em meio ao caos que os alimentam, estabelecem continuamente a
recriação da ordem, num processo infinito de auto-eco-organização. O autor
mostra um povo religioso, de pé no chão, acuado pela seca, atormentado pelo
fantasma da fome e em constante luta contra a miséria. Traça o perfil dos
sertanejos nordestinos que estão submetidos à opressão a que foram, e ainda
hoje são subjugados por famílias de poderosos coronéis que possuem terras e
almas por vastas áreas do Brasil. Dentro desse contexto, João Grilo é a figura
que representa os pobres oprimidos, é o homem do povo, é o típico nordestino
amarelo que tenta viver no sertão de forma imaginosa, utilizando a única arma
do pobre, a astúcia, para conseguir sobreviver.

3. Breve histórico:

3. 1 Ariano Suassuna e o Auto da Compadecida


Entre as obras desse autor, destacamos alguns nomes: “Um Mulher
Vestida de Sol” foi à primeira peça escrita. As mais conhecidas foram “Auto da
compadecida”, de 1957, e “O Santo e a Porca”, de 1964, a primeira, inclusive,
ganhou versões no cinema e na televisão.
O nome do escritor é sempre atrelado ao teatro, principalmente pelo
papel que desempenhou na modernização do teatro brasileiro. A produção
teatral de Ariano Suassuna tem como característica a improvisação e o texto
popular.

3. 2 Ariano e o Modernismo Documentário A origem da genética


O escritor coloca muitos elementos da cultura nordestina em suas
peças. Suassuna foi um dos fundadores do Movimento Armorial, que buscava
criar a arte erudita através da cultura popular nordestina. O movimento inclui os
diferentes tipos de arte, como dança, literatura, teatro, música e arquitetura.
Ariano recebeu o apoio da Universidade Federal de Pernambuco e de
vários escritores nordestinos, o Movimento Armorial foi lançado em 1970.
O dramaturgo pode ser considerado um dos escritores do movimento
modernista, mais especificamente da 3ª fase, geração de 45. Mas a obra de
Suassuna reúne elementos de diferentes movimentos, como o simbolismo, o
barroco e a literatura de cordel, tão presente no Nordeste.

4. 3 Ariano Suassuna, O escritor Popular


“Não sei, só sei que foi assim!”. Talvez o leitor já tenha se deparado
com esse famoso bordão, e, caso não saiba de onde veio, é um dos ditos de
Chicó, personagem criado por Ariano Suassuna. Paraibano nascido em 16 de
junho de 1927, Suassuna foi um dos ocupantes da Academia Brasileira de
Letras. Escreveu romances, poesia e peças de teatro, mantendo-se sempre
ativo na esfera cultural. Suas origens são fundamentais à sua escrita, que é
repleta de fundamentos originários do nordeste.

3. 4 O Auto da Compadecida, Filme e Livro.


Auto da Compadecida, que tem como cenário o sertão nordestino,
conquistou o público brasileiro e ganhou uma adaptação cinematográfica,
realizada pela Globo Filmes em 2000. O filme conta com um elenco de grandes
nomes – como Fernanda Montenegro e Selton Mello – e tornou-se um sucesso
entre o público e a crítica.

Especificamente falando da Compadecida, quem lê o texto teatral ou


assiste ao filme se identifica com as personagens e as situações. E precisamos
também lembrar as palavras de Nossa Senhora sobre o povo, sua intercessão
junto a Jesus Cristo, que também nos toca muito, sem contar o desempenho
incrível dos atores, o roteiro bem feito, a direção, a mistura de humor com
momentos sérios, tudo combinado para criar uma obra inesquecível que,
certamente, continuará a ser um sucesso por muitos anos.

5. Metodologia:

A metodologia de trabalho que está sendo aplicada é através da


pesquisa bibliográfica, baseadas no desenvolvimento do tema geral
possibilitando a construção de novos conhecimentos, o aprendizado sobre uma
determinada área e se apresenta como um dos principais meios de atualização
e desenvolvimento intelectual no interesse de mostrar em uma feira de ciência.
Atividades desenvolvidas:

Para a realização deste projeto, realizam-se reuniões semanais,


apresentando livro e filme referente a obra, roda de conversa sobre o tema e
dialogando para melhores convicções.

Cronograma:
● Período para o desenvolvimento do projeto: 09 de setembro a 23 de
outubro de 2024;
● Ornamentação: 23 de outubro de 2024;

● Pontuação: A pontuação será 6,0 (seis), subdividida nas etapas propostas


pela direção da escola.

6. Recursos materiais para ornamentação e materiais alternativos:


● Cola quente; ● Emborrachados diversos;

● Fita gomada de papel; ● Lembrancinhas;

● Papel 40 kg; ● Papelão;

● Tintas diversas; ● Cola branca (tubo 1L).

8. Referência Bibliográfica

AUTO da Compadecida, O. Direção: Guel Arraes. Produções Globo Filmes.


São Paulo – SP, 2000. 157 min. DVD vídeo, Português estéreo, Colorido,
Formato: 17 mm.

CAFEZEIRO, Edwaldo. O texto e seus teares. In.: VALENTE, André. Aulas de


Português: perspectivas inovadoras, Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 34ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Agir,
2004.

CIFUENTE, Amanda. Noção de obra de arte: leituras a partir de Jean-Marie


Schaeffer e Arthur Danto. Florianópolis, SC: III Seminário de Imagens para
Educação: múltiplas mídias, 2010.

JOHNSON, Randal. Literatura e cinema – Macunaíma: do modernismo na


literatura ao cinema novo. Tradução de Aparecida de Godoy Johnson. São
Paulo, SP: T. A. Queiroz, 1982.

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