Depravação Total
Depravação Total
Depravação Total
Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do
espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre
os quais também todos nós andamos outrora, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e
dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira,
como também os demais. (Efésios 2:1–3) ...tanto judeus
como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito:
Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não
há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se
fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um
sequer. (Romanos 3:9b–12)
Toda religião e filosofia humana no mundo, exceto o
Cristianismo bíblico, têm sustentado que o homem é
basicamente bom e aperfeiçoável através de seus próprios
esforços. O filósofo Inglês do ççséculo dezessete John Locke
(1632–1704) acreditava que o homem nascia como uma
lousa em branco (“tabula rasa”) de inocência.
Jean Jacques Rousseau (1712–1778), o filósofo francês do
século dezoito, acreditava que o homem era bom, assim
iniciando a filosofia humanista que coloca o homem antes
de Deus. Ele disse, “o Homem nasce bom e a sociedade o
corrompe”.
O Islamismo ensina que todos são nascidos puros (de
“musselina” - tecido leve e um pouco transparente, que
serve para vestuário) e naturalmente bons até que sejam
desviados pelo ambiente.
O Homem é visto como aperfeiçoável através do ser
corretamente guiado e lembrado da unidade de Alá.
I. Contexto Histórico
Em 1619, um grupo de teólogos publicou um documento
com cinco capítulos que fora escrito em resposta a cinco
pontos de protesto de discípulos de um professor de
seminário na Holanda chamado Tiago Armínio (1560–1609).
Um Sínodo nacional foi chamado para responder a
Representação (protesto). Oitenta e quatro membros e 18
comissários seculares vieram, não só da Holanda, mas da
Alemanha, Bavária, Suíça e Inglaterra. Eles se reuniram por
sete meses e formularam o que ficou conhecido como os
Cinco Pontos do Calvinismo, em homenagem ao reformador
João Calvino (1509–1564), o qual expusera essas doutrinas
no século anterior.
O sínodo restabeleceu todas as doutrinas que haviam sido
sustentadas por praticamente todos os reformadores e pelo
Pai da Igreja Agostinho de Hipona (354–430 D.C.), mil e
duzentos anos antes. Os líderes da Reforma do século
dezesseis eram da mesma opinião de Agostinho no sentido
de que o homem é totalmente depravado e arruinado em
seu estado natural separado da Graça de Deus. Todos os
reformadores dos primórdios eram unânimes em sua visão
de que o homem era completamente impotente em seu
estado de pecado e totalmente dependente da soberania
de Deus para a salvação.
O ponto para os reformadores não era apenas se Deus era o
autor da justificação, mas de fé. A questão em tela era até
onde o Cristianismo era um relacionamento com Deus que
dependia unicamente de Deus para a salvação e tudo mais,
ou de nossa auto-confiança e auto-esforço. Crítico para a
determinação da resposta a essa questão era ter um
correto entendimento da natureza do homem e de sua
capacidade ou carência decorrente dessa condição. Assim,
o primeiro ponto dos líderes da igreja que se encontraram
no Sínodo de Dort na Holanda em 1618–1619 para
responder aos Arminianos era relativo ao pecado e seus
efeitos na natureza humana. Essa doutrina é determinante
para as doutrinas seguintes. Uma vez que todos os cinco
pontos do calvinismo são realmente inseparáveis. Todos
eles ensinam que Deus salva pecadores. Pecadores não
salvam a si próprios de nenhuma forma, nem dividem a
glória da salvação com Deus. A Ele apenas seja toda glória.
Amém.