Caso 1 de Pediatria
Caso 1 de Pediatria
Caso 1 de Pediatria
Discentes: Alcides Freitas de Assunção Neto, Ana Clara Modesto, Anna Paula Dalagnõl Meith,
Antonio Matheus Moura Sant’Anna Souza, Constâncio Felipe Ferreira Evangelista, Gabriel Teixeira
Couto de Souza, Gabriela Alves de Oliveira, Gabrielle Carrijo Barbosa, Giovanna Barbosa, Gustavo
Vieira Borges Geanellli, Helen Denise Gonzaga, Hemily Paola de O. Scandiani, Henrique Minohara
Mendes, Iana Rafaela Glatz Rodrigues, Kawan Lopes Fernandes, Kayky Queiroz, Keitty Macuchapi,
Letícia Macedo Vieira de Paula, Lorena de Souza Almeida, Luana Alves Camilo Melo, Matheus
Pagliari Villar, Matheus Vinicius Batista Ferreira, Melina da Silva, Milena Pietrobon Paiva, Ricardo
Rodrigues, Rodrigo Pereira de Motta, Roselino Parava Ramos, Thiago Rhuá Oliveira da Cruz
Linhares, Wagner Henrique Cardoso.
Durante a consulta de rotina de uma menina de 03 meses de idade, chamada Daniela, o médico é
questionado pela mãe a respeito do crescimento. A menina ganhou 2 Kg desde que nasceu e cresceu
6 cm, não teve nenhum problema de saúde até há 1 dia atrás, quando, de repente, passou a apresentar
tosse seca e nariz escorrendo. Nesta madrugada teve febre (T-38ºC) que cedeu com uso de Tylenol®
e por isso foi trazida à consulta. Está evacuando 1-2x/dia fezes amareladas e semi pastosa, diurese
preservada – 15x/dia urina clara (troca 5x/dia de fraldas e todas bem molhadas). A mãe refere que a
criança está se alimentando bem no seio materno de hora em hora nos dois seios, com duração de 10
minutos.
Imunização – já recebeu BCG, 1 HepB, 1 Pentavalente, 1 VIP, 1 Rotavírus e não tomou uma que
está faltando na Unidade de Saúde, diz que também é de injeção e deveria ter tomado aos 2 meses.
1- Construa anamnese da criança com base na queixa principal e história da doença atual
Nome: Daniela
Idade: 3 meses
Sexo: Feminino
Responsável pelo paciente: mãe
QPD: “tosse seca e nariz escorrendo há 1 dia”
HDA: a mãe relata que a paciente iniciou o quadro há um dia com tosse seca e rinorreia. Durante a
madrugada, a paciente apresentou febre de 38º C, que obteve melhora com a administração de
TYLENOL® pela mãe, sem sintomas associados. A paciente não apresentou outros sintomas
associados e a alimentação adequada em AME. A consistência pastosa das fezes, nesse caso, é
considerada fisiológica, devido ao aleitamento materno exclusivo e ao ganho adequado de peso.
“O lactente em aleitamento materno exclusivo pode evacuar mais vezes ao dia, em geral, após as
mamadas, devido ao reflexo gastrocólico. As fezes são semilíquidas e às vezes apresentam muco em
pequena quantidade. Nesses, o ganho de peso é adequado e não possuem outros sinais clínicos,
reforçando sua benignidade. Portanto, em aleitamento materno exclusivo, esse padrão de evacuação
não é considerado diarreia”. Departamento Científico de Gastroenterologia (Gestão 2022-2024) •
Sociedade Brasileira de Pediatria
Estado Geral: Bom estado geral (BEG), lúcida, orientada, febril, eupneica e ativa
Temperatura: normotérmica (febre cedeu com uso de TYLENOL®)
Cabeça e Pescoço: fontanela sem abaulamentos e depressão, sem rigidez de nuca.
Olho: sem alterações
Ouvido: sem alterações
Boca: sem alterações
Respiratório: murmúrio vesicular fisiológico normalmente distribuído, sem ruídos adventícios
Cardiovascular: bulhas normofonéticas em dois tempos, sem sopros, ritmo cardíaco regular
Abdominal: abdômen flácido, ruídos hidroaéreos presentes, sem visceromegalias.
Neurológico: sem alterações, com reflexos presentes.
Geniturinário: sem alterações.
Sistema osteomuscular: sem alterações.
Pele e anexos: sem alterações.
Fonte:file:///C:/Users/drmat/Downloads/Calend%C3%A1rio%20T%C3%A9cnico%20de%20Vacin
a%C3%A7%C3%A3o%20-%20Crian%C3%A7a.pdf
CASO CLÍNCIO: CELINA (3 meses)
Celina com 3 meses de vida, vem à consulta, trazida por sua mãe que refere que Celina está com
tosse, febre e cansaço há 48 horas. Chega ao PAM com frequência respiratória de 62irpm,
diminuição discreta de murmúrio vesicular à direita e retrações subcostais. A mãe de Celina diz
que em sua casa, todos estão gripados e seu marido acabou de sair da cadeia e está em tratamento
para tuberculose. Celina tem aleitamento materno exclusivo e está com as vacinas atrasadas
porque na sua Unidade de Saúde está em falta. Ela acha que Celina só recebeu uma vacina
aplicada na coxa quando nasceu e ela lhe pergunta quais são as vacinas que Celina, nessa idade,
precisa receber.
1- Construa anamnese da criança com base na queixa principal e história da doença atual
QP: “tosse, febre e cansaço há 48 horas”
HDA: Celina apresenta febre, tosse e cansaço há dois dias segundo relatos da sua mãe, que a leva ao
pronto atendimento com taquipnéia (> 50 mpm), retrações subcostais e diminuição discreta de
murmúrio vesicular no pulmão direito. A criança possui alimentação baseada na amamentação
materna exclusiva. A vacinação encontra-se atrasada. A mãe relata também que o pai está com
tuberculose, realizando tratamento.
3- Que perguntas você faria para saber sobre os antecedentes dessa criança – fisiológicos e
patológicos?
Estado geral: mau estado geral (MEG), orientada, lucida, febril, taquipneica, normocorada.
Aparelho respiratório: Murmúrio vesicular diminuído no pulmão direito, retrações subcostais,
taquipnéica
Aparelho cardíaco: BRNF 2T S/S
Abdome: globoso, RHA+, sem sinais de massas ou VMG, sem sinais de peritonite.
5- Elabore o calendário vacinal para Celina, supondo que ela tenha recebido apenas a Hep B na
maternidade.
A paciente encontra-se em mau estado geral e, em razão disso, a administração vacinal será
reagendada para quando apresentar melhora do quadro atual.
Serão administradas as vacinas pentavalente, VIP, Pnm-10, rotavírus (sendo que a última deve ser
administrada até 3 meses e 15 dias, caso tenha passado desse tempo, ela não deve ser aplicada, para
evitar o risco de intussuscepção -- um tipo de obstrução intestinal) e Meningocócica C.
Após 30 dias (com 4 meses) , aplicar a 2º dose das vacinas Penta, VIP, Pnm-10 e rotavírus.
No 5º mês, aplicar a 2º dose da Meningocócica C.
Se a criança já passou dos 3 meses de idade e nunca recebeu a vacina, é necessário realizar um teste
tuberculínico (PPD) antes da administração da vacina. Se o resultado do teste PPD for negativo, a
BCG deve ser aplicada. Se o resultado do teste PPD for positivo, a vacina BCG não é indicada, pois
isso sugere que a criança já teve contato com o bacilo da tuberculose.
REFERÊNCIA: