Relatório Caso 2 - Pediatria - Gabriella de Paula

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO

HABILIDADES CLÍNICAS 5
PLANO DE CUIDADOS CASO 2

Gabriella de Paula

No segundo ciclo de habilidades clínicas, iniciou-se o atendimento do paciente Luan


Silva Martinho Junior, dividido em três consultas: ao primeiro mês, sexto mês e nono mês de
vida.

Na primeira consulta, a mãe relatou dúvidas sobre as futuras vacinas de Luan. Assim,
de acordo com o Programa Nacional de Imunizações, o bebê já deveria estar imunizado com a
vacina BCG, de dose única, que previne formas graves de tuberculose, e com a primeira dose
da vacina contra Hepatite B, que protege contra a hepatite B.

Também deve-se explicar que a cicatriz vacinal resultante da BCG é uma reação normal
do corpo à vacina. Após a administração, entre 3 a 4 semanas, surge um nódulo no local da
aplicação. Entre 4 a 5 semanas, esse nódulo evolui para uma pústula, que em seguida se
transforma em uma úlcera de 4 a 10 mm de diâmetro. Entre 6 a 12 semanas, forma-se uma
cicatriz.

Para os meses seguintes, o bebê deve receber a vacina Pentavalente, que combina
vacinas contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B, a
vacina Inativada Poliomielite (VIP), a vacina Pneumocócica 10-valente (Pneumo 10) e a vacina
Rotavírus (VRH). No terceiro mês, o bebê deve receber a vacina Meningocócica C e no quarto
mês, segunda dose das vacinas Pentavalente, VIP, Pneumo 10 e VRH, e no quinto mês, a
segunda dose da vacina Meningocócica C.

No sexto mês, o bebê deve receber a terceira dose das vacinas Pentavalente e VIP, além
da primeira dose da vacina contra a Influenza, aplicada anualmente para proteger contra o vírus
da gripe, e a primeira dose da vacina contra a COVID-19, sendo a segunda no sétimo mês. No
nono mês, o bebê deve receber a vacina contra a Febre Amarela. No décimo segundo mês, o
bebê deve receber a vacina Tríplice Viral (SCR), que protege contra sarampo, caxumba e
rubéola, e os reforços de Pneumo 10 e Meningo C.

Além disso, as suplementações recomendadas pelo Ministério da Saúde devem ser


destacadas. A suplementação de vitamina D deve ser iniciada logo após o nascimento, sendo
recomendada para todos os bebês, independente da alimentação. A dose diária é de 400 UI até
os 12 meses de idade, garantindo o desenvolvimento saudável dos ossos. Também, foi
explicado que a suplementação de ferro será aos 3 meses de idade para bebês amamentados
exclusivamente ao seio materno, com uma dose de 1 mg/kg/dia até os 24 meses, para prevenir
a anemia ferropriva.

Ademais, deve-se orientar sobre a importância da amamentação exclusiva até os 6


meses, os cuidados com a higiene do cordão umbilical, sinais de alerta para possíveis
problemas, como febre, dificuldade para respirar ou dificuldades na alimentação e a importância
do acompanhamento regular com o pediatra.

Na segunda consulta, Luan estava no sexto mês de vida e sua mãe se queixou a respeito
da introdução alimentar. Sobre o assunto, tem-se que a introdução alimentar é um marco
importante no desenvolvimento infantil e deve ser realizada de maneira adequada para garantir
a saúde e o bem-estar da criança. De acordo com as diretrizes, a introdução alimentar deve ser
iniciada aos 6 meses, quando a criança demonstra sinais de prontidão, como controle da cabeça,
interesse por alimentos e capacidade de sentar-se com apoio. É recomendado começar com
alimentos ricos em ferro e frutas. Inicialmente, deve-se oferecer alimentos em forma de purê
ou amassados e, gradualmente, aumentar a textura à medida que a criança se adapta, passando
para pedaços pequenos e alimentos picados.

É importante oferecer uma ampla variedade de alimentos, incluindo, legumes, frutas e


proteínas. Deve-se oferecer 2 a 3 refeições principais e 1 a 2 lanches saudáveis ao longo do dia.
A amamentação deve continuar até os 2 anos ou mais, conforme desejado pela mãe e pela
criança, e a água pode ser introduzida após os 6 meses. O mel deve ser evitado antes de 1 ano
devido ao risco de botulismo, e alimentos com alto teor de açúcar, sal e gordura saturada não
devem ser oferecidos.

Novos alimentos devem ser introduzidos um de cada vez, com um intervalo de 3 a 5


dias para monitorar possíveis reações alérgicas. É essencial criar um ambiente tranquilo e
agradável durante as refeições, permitindo que a criança explore os alimentos. A participação
da criança nas refeições familiares deve ser incentivada para promover hábitos alimentares
saudáveis desde cedo.

Ainda, deve-se avaliar o padrão de sono, discutir a continuidade das vacinas de acordo
com o calendário do Programa Nacional de Imunizações e fornecer orientações sobre segurança
do sono e cuidados com a saúde dental como também, reforçar a importância da interação social
e do estímulo ao desenvolvimento motor e cognitivo.

Na terceira consulta, foram abordados a técnica de ordenha e os marcos do


desenvolvimento. A ordenha pode ser manual ou mecânica, sendo a manual geralmente mais
prática e eficaz, pois não requer equipamentos especiais e pode ser feita a qualquer momento.
A ordenha manual ajuda a aumentar a produção de leite, aliviar o ingurgitamento mamário e
amaciar o mamilo e a aréola, além de permitir armazenar leite para quando a mãe não pode
amamentar, retornar ao trabalho ou doar a um Banco de Leite Humano. Para realizar a ordenha,
é necessário lavar um frasco de vidro com tampa de plástico e fervê-lo por 15 minutos. Manter
a higiene pessoal é crucial: a mãe deve usar touca ou lenço, fralda de pano ou máscara, e lavar
bem as mãos, braços e mamas com água. A ordenha deve ocorrer em um local limpo e tranquilo.
Durante o processo, a mãe deve massagear as mamas, posicionar o polegar e os dedos
corretamente e desprezar os primeiros jatos de leite. O leite deve ser armazenado no frasco com
data e hora, e guardado no congelador por até 15 dias a -3°C ou na geladeira por até 12 horas a
5°C. Para descongelar, o frasco deve ser colocado em banho-maria com água morna a cerca de
40°C.

Acerca dos marcos do desenvolvimento infantil, tem-se que, de acordo com as diretrizes
da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), aos 2 meses, o bebê deve mostrar um bom controle
de cabeça, sorrir socialmente e responder a estímulos visuais e auditivos. Aos 4 meses, é
esperado que o bebê consiga levantar a cabeça e o peito quando está de barriga para baixo. Por
volta dos 6 meses, ele deve ser capaz de sentar-se com apoio, balbuciar e mostrar interesse por
brinquedos. Aos 9 meses, o bebê consegue sentar sozinho, repete silabas, troca objetos de mão.
Até o 1 ano, o bebê deve começar a andar com apoio, dizer palavras simples, como “mamã” e
“papa”. A queixa da mãe, de medo de atraso pois o bebe não engatinhava, deve ser sanada pois
o engatinhar não deve ser considerado pois não são todos os bebes que engatinham.

Além disso, deve-se orientar sobre a continuação da introdução alimentar, incluindo


alimentos mais variados e a importância de uma dieta equilibrada. Revisar o padrão de sono e
alimentação, e discutir a importância do treinamento para a introdução de alimentos sólidos e a
prevenção de engasgos. Atualizar as vacinas conforme o calendário e fornecer orientações sobre
a promoção de um ambiente seguro para o bebê que está começando a explorar mais ativamente.

Abaixo, segue as respostas das perguntas do fechamento:


1) João Pedro - 10 Meses

Aumento de peso de 8.580g para 11.810g em 4 meses, aumentando 3.230g, o que


representa uma média de 807,5g por mês. Assim, João Pedro está acima do percentil 85 para
peso para a idade, indicando sobrepeso. Já a respeito da altura, houve um aumento de 12cm,
sendo uma média de 3cm por mês. Assim, João Pedro está no percentil 90 para altura para a
idade, indicando crescimento adequado.

2) Lucas - 5 Meses

Aumento de peso de 1.500g para 6.340g em 5 meses, assim, Lucas está abaixo do
percentil 10 para peso para a idade, indicando baixo peso para a idade. Já, acerca da altura,
houve um aumento de altura de 40cm para 60cm em 5 meses, sendo assim, um percentil abaixo
de 10, indicando baixo crescimento.

3) Alice - 2 Meses

Aumento de peso de 2.350g para 3.700g em 2 meses, assim, Alice está no percentil 50
para peso para a idade, indicando um crescimento normal. Acerca do aumento de altura de
45cm para 53cm em 2 meses, Alice está no percentil 75 para altura para a idade, indicando um
crescimento adequado.

Referências:

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos.


Brasília, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/aleitamento-
materno/guia-alimentar-para-criancas-menores-de-2-anos. Acesso em: 08 ago. 2024.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Orientações sobre Aleitamento Materno.


Brasília, 2017. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_orientacoes_aleitamento_materno.pdf.
Acesso em: 08 ago. 2024.

NELSON, W. E.; BERNSTEIN, B. B.; KLEIGER, E. S. Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Marcos do Desenvolvimento Infantil:


Orientações para os Profissionais de Saúde. São Paulo, 2021. Disponível em:
https://www.sbp.com.br. Acesso em: 08 ago. 2024.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO).Growth Standards: Weight-for-age, Height-


for-age, Weight-for-height and Body Mass Index-for-age. Geneva, 2006. Disponível em:
https://www.who.int/childgrowth/standards/en Acesso em: 08 ago. 2024.

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