Crianças Com Câncer. EDITADO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMERICA

PSICOLOGIA

João Henrique Lima dos Santos RA: 00340065


Kimberly Figueiredo RA:00339548
Mariana Mendes de Souza RA: 00340205
Maria Luiza Reis Lopes RA: 00339134
Nilson Ferreira dos Santos RA:00340490
Ruan Victor RA: 00338389

Grupo Social: Crianças com câncer e o impacto da doença no aspecto


psicológico, biológico e social.

São Paulo
2022
João Henrique Lima dos Santos RA: 00340065
Kimberly Figueiredo RA:00339548
Mariana Mendes de Souza RA: 00340205
Maria Luiza Reis Lopes RA: 00339134
Nilson Ferreira dos Santos RA:00340490
Ruan Victor RA: 00338389

Grupo Social: Crianças com câncer e o impacto da doença no aspecto


psicológico, biológico e social.

Trabalho realizado no centro universitário das américas como parte do


requisito para obtenção de conclusão da matéria Psicologia Social e
Ações Comunitárias.

Orientador: Professor Mauro Sérgio Reis

São Paulo
2022
Sumário

Introdução

O câncer é uma doença que se caracteriza pelo crescimento acelerado e


descontrolado de células que tem a capacidade de invadir os tecidos, os
órgãos e com o tempo podem acabar se espalhando para todas as regiões do
corpo, gerando a formação de tumores. O Instituto Nacional de Câncer (INCA)
afirma que o câncer infantil é diferente do câncer em pessoas adultas, pois
normalmente acomete os tecidos de sustentação e sanguíneo do paciente.
Essa patologia é também descrita como uma doença genética, uma vez que
ocorre devido a expressão descontrolada de genes regulatórios, como os
proto-oncogenes e os genes supressores de tumor(CHAMMAS, 2012).
No Brasil, o câncer ainda possui a primeira causa de morte por doença entre
indivíduos entre 1 e 19 anos de idade. (INCA,2020). Com o avanço tecnológico
que a sociedade atual possui, é possível que haja cura em 80% dos casos de
pacientes pediátricos acometidos por essa doença, portanto o choque e a
preocupação frente a um diagnóstico são inevitáveis (INCA,2020.)
Portanto o câncer não afeta somente a parte biológica do organismo da
criança, mas também acarreta impactos na vida pessoal e social, causando
alterações na rotina familiar, no ambiente escolar e até mudar a forma como a
criança enxerga a si próprio e o mundo á sua volta. Além disso, a criança
também passara por procedimentos invasivos, e algumas vezes dolorosos,
situações que podem ocasionar danos psicológicos e emocionais no indivíduo
(SILVA et al, 2019).
Dados Do artigo: Aspectos Psicológicos de pacientes pediátricos acometidos
pelo câncer. Brazilian Journal Of Health Review
https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/22894/18373
O impacto do Câncer na vida da criança: aspecto psicológico.

De acordo com o art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente


(BRASIL,1990), a infância é o período que vai desde o nascimento até os 12
anos de idade. Esse é o período de aprendizagem em que o indivíduo constrói
a sua relação com o seu corpo e o mundo a sua volta, através das relações
familiares e sociais. A doença aparece como um evento inesperado na vida da
criança, e pode desenvolver sequelas físicas e psíquicas que serão marcantes
para o desenvolvimento infantil (SOUZA; DE OLIVEIRA,2017).
A criança que está vivenciando o câncer, pode demonstrar a realidade com a
doença através das suas percepções que está obtendo durante a fase de
tratamento. A percepção da criança com a doença pode surgir a partir da dor
física, em relação á indisposição, falta de apetite, o distanciamento do
ambiente familiar, o afastamento da escola, e até mesmo o contato com os
amigos. Essas mudanças na rotina da criança acometida pelo câncer, podem
ocasionar reações emocionais como ansiedade, raiva, culpa ou depressão.
Além disso, a criança poderá isolar-se, ter seu rendimento acadêmico
prejudicado ou não desejar mais frequentar a escola e criar uma atitude
negativa em relação aos serviços de saúde (SILVA et al., 2016).
Incentivar o diálogo e entender o ponto de vista da criança é de extrema
importância, para amenizar o sofrimento não só da mesma, mas também da
família que se vê muitas vezes em um ambiente novo e desconhecido por
nunca terem vivenciado uma experiencia parecida antes. A comunicação
mostra-se ser um fator relevante durante essas experiências de vida.
Os sinais e os sintomas do câncer podem ser confundidos com sintomas de
outras doenças comuns na infância. Com isso é notável um atraso para chegar
ao diagnóstico da doença. Consequentemente isso faz com que muitos
pacientes cheguem ao diagnóstico com a doença mais avançada, devido a
dificuldade dos profissionais de saúde em detectar os sintomas inespecíficos,
além do medo da família sobre o diagnóstico e a falta de conhecimento sobre a
doença.
Nota-se um longo caminho percorrido para chegar ao resultado do diagnóstico
definitivo, tanto a família quanto o paciente passam por vários profissionais de
saúde para um processo de investigação de todos os sinais e os sintomas da
doença. Desde esse momento, as pessoas envolvidas experienciam situações
de estresse, visto que o câncer ainda é conhecido como “doença fatal”. Nesse
sentido, o momento do diagnóstico é vivenciado sob esse estigma, o
que acarreta medo e ansiedade (FIGUEIREDO;BARROS;ANDRADE,
2020; ARRUDA-COLI et al., 2016).
Dentro do círculo familiar, o sentimento de culpa é mostrado com frequência,
e pode estar relacionado com duas motivações principais: o pensamento de
castigo divino, e a sensação de não ter sido um bom cuidador e protetor da
criança.
Esses comportamentos geram como consequência atos de excesso de zelo e
cuidado, o que faz com que muitos pais ajudem as crianças de forma
exagerada nas tarefas que elas mesmas poderiam de acordo com a idade
realizar sozinhas, e que infelizmente acabam prejudicando o desenvolvimento
dessas crianças. Além disso, pela ausência de uma conversa esclarecedora,
muitas vezes os pacientes não entendem os motivos de estarem vivenciando
tais situações. (SANTOS,2016).
As crianças podem apresentar diversas reações , desde o isolamento até
comportarem-se de maneira rebelde(SIQUEIRA et al., 2015). Elas passarão
por procedimentos invasivos e dolorosos (SILVA et al., 2019) e a partir do
momento que são incluídos no ambiente hospitalar, sentem-se diferentes das
demais crianças, pois ocorrerão mudanças físicas e, ao presenciarem a morte
de outros infantes em tratamento, conviverão com o sentimento do medo de
que possam ter o mesmo desfecho, além de que muitas terão que se
ausentar das atividades escolares (SIQUEIRA et al., 2015).
Para evitar o afastamento total das atividades escolar, a pedagogia hospitalar
se mostra ser uma boa alternativa para evitar que os alunos se sintam
atrasados ou perder o ano escolar enquanto realiza o tratamento.
Predominantemente os diagnósticos de câncer em crianças são de natureza
embrionária, sendo constituídos de células indiferenciadas, podendo
proporcionar uma melhor resposta aos atuais tratamentos.
São considerados diagnósticos mais comuns em crianças os tumores como
leucemia, linfomas, neuroblastoma, tumor de Wilms, retinoblastoma, tumor
germinativo, osteossarcoma e sarcomas (INCA, 2019).
Dados Do artigo: Aspectos Psicológicos de pacientes pediátricos acometidos
pelo câncer. Brazilian Journal Of Health Review
https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/22894/18373
Dados Do artigo: A importância de intervenções psicológicas associadas ao
tratamento oncológico de crianças.
http://sys.facos.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/article/view/606/491#
Sobre o tratamento oncológico, ele é realizado a partir de
imunossupressores, quimioterapia, radioterapia, ou transplante de medula
óssea. Esses processos podem resultar em alterações musculares, redução da
disponibilidade de nutrientes no organismo, da coordenação motora, do paladar
e da capacidade física, incluindo também déficit de memória. Dessa maneira,
as mudanças presentes nos domínios das funções do sistema
musculoesquelético e das funções mentais, podem ter consequências
biopsicossociais para a criança, impedindo-a de vivenciar experiências
comuns da infância (LOPES, 2019)

O papel do Psicólogo.

O suporte psicológico deve ser oferecido para os familiares e para a criança


desde o momento inicial do diagnóstico, e até depois da cura, como uma
ferramenta para minimizar os impactos psicossociais futuros.
O psicólogo em parceria com o tratamento oncológico, aumenta a
visibilização de uma área especifica da psicologia, denominada de: psico-
oncologia. Diante das complexidades que o câncer envolve, e dos problemas
biopsicossociais que ele acarreta para os pacientes e para os seus familiares, é
importante ressaltar a importância da equipe multidisciplinar que acompanha a
família, trazendo um foco para o psicólogo e as suas intervenções como um
fator importante durante o processo.
As intervenções podem ser realizadas através de diagnóstico, com o
acompanhamento durante o processo de tratamento, ou pós alta, e também em
situações de cuidados de apoio á família em caso de morte do paciente
pediátrico. O psicólogo como profissional de saúde oferece um suporte
emocional desde a confirmação do diagnóstico para o paciente e para aqueles
que o rodeiam. O acompanhamento não se reduz apenas ao ato de
intervenção junto à criança, mas também proporciona um processo de
conhecimento sobre o que foi diagnosticado, o tipo específico de câncer e a
realidade de vida da criança, podendo no futuro auxiliar na busca por respostas
para as dúvidas que possam surgir, para aliviar com as ansiedades e outros
sentimentos que angustiam o paciente (SANTOS & CUSTÓDIO,2017)
Dados do Artigo: A importância de intervenções psicológicas associadas ao
tratamento oncológico de crianças.
http://sys.facos.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/article/view/606/491#

Portanto, são inúmeras as barreiras que os familiares necessitam enfrentar


além da doença, assim como teriam que lidar com a enorme carga emocional e
passar por dificuldades financeiras para custear o tratamento. (SIQUEIRA et
al., 2019).
A morte se ocupando da vida na infância.

A criança em suas percepções percebe que está se deparando a todo


momento com algo desconhecido em sua vida, uma delas é a morte. Ela
percebe que algo grave está lhe acontecendo, devido às alterações em seu
corpo ou diante da morte de outras crianças, companheiros de tratamento:
alguns não reagem da forma esperada aos tratamentos disponíveis, aqueles
cuja doença evolui independentemente das perspectivas de curas existentes.
Kovács (2008) refere que nessa trajetória as crianças passam a desenvolver
sentimentos e pensamentos sobre a morte e quando possuem as expressões
sobre o assunto, de maneira explícita ou não, o tema da morte pode vir a surgir
em brincadeiras, desenhos, histórias e através de questionamentos para os
pais.
Em geral, na sociedade atual raramente se pensa que as crianças possam
falar ou que estão emocionalmente preparadas para falar sobre um tema que
gera medo em muitas pessoas. Com isso, muitos pais optam por não ter
conversas sobre tal tema, pois acreditam que assim elas estarão protegidas
durante todo o processo de tratamento. Para Kovács (2003), a morte deveria
ser abordada desde a infância, durante toda a existência e não apenas no final
da vida.
A morte se mostra presente também na infância, sendo necessária
desmitifica-la e reconhecer que ela faz parte da existência do ser humano, que
acomete os adultos como uma fase natural da vida, mas também as crianças.
Portanto, é necessário escutar o que as crianças tem a dizer sobre tal assunto,
principalmente quando estão frente a uma doença que representa um risco
para as suas vidas.
No entanto, é preciso considerar aspectos importantes, entre eles: a
capacidade cognitiva da criança, a idade, suas emoções, afetos, contexto
social familiar e cultural onde a criança está inserida, e também as experiências
de perdas que já vivenciaram (morte na família, de um animal de estimação ou
algo também significativo a ela), falando abertamente sobre o assunto, não
necessitando de respostas prontas. Também é indispensável que se utilize a
linguagem da criança e outros recursos lúdicos para se ter uma compreensão
mais clara, como os desenhos, estórias, brincadeiras, livros infantis, entre
outros, podendo abordar o assunto em ambientes nos quais as crianças
convivem, como a escola, por exemplo, indo além do ambiente hospitalar.
Artigo: Significados do câncer infantil: a morte se ocupando da vida na infância.
https://www.scielo.br/j/pe/a/k6LxhC5kpg4DPPwdw8ywyhj/?lang=pt#
Vivência do grupo com Crianças com Câncer.

Além de realizar as pesquisas na literatura sobre o câncer, e o seu impacto


em todos os aspectos da criança, o grupo chegou à conclusão de que era
necessário algo a mais para se compreender melhor a doença. Com isso em
mente, foi realizada uma visita presencial em uma Ong que tem como missão
acolher crianças e os seus familiares que estão realizando o tratamento em
busca da cura da doença. Foi necessário marcar um dia e um horário no final
de semana, pois durante a semana as crianças realizam consultas médicas e
não poderiam estar presentes para a visitação.
O dia escolhido para o encontro foi sábado dia dezessete de setembro de
2022. Após uma seleção, a Ong escolhida foi a CAMACC (A Casa Modelo de
Apoio a Criança com Câncer) localizada no Bairro Jussara. A Ong foi fundada
em setembro de 2002 por um grupo de voluntários, que conviveram com a
dificuldade de conseguir se manter em São Paulo com os seus filhos durante o
tratamento oncológico. Juntos criaram a Ong para que outras famílias não
precisassem no futuro passar pelas mesmas dificuldades que eles passaram.

Imagem: Nilson, Maria Luiza, Mariana, João, Kimberly e Ruan no Dia de visita
na Ong CAMACC.
O grupo também se organizou entre si para juntar algumas doações de
brinquedos e roupas de frio. A responsável por receber as doações afirmou que
as doações são um fator importante para ajudar nos custos da Ong e ser
possível acolher mais famílias.

Imagem: Brinquedos que o grupo conseguiu reunir para doação.

A grande maioria das crianças vem de outros estados, principalmente do


norte e nordeste do país, onde não existem recursos suficientes como médicos
e clinicas especializadas para diagnósticos complexos. Em muitos casos, o
tratamento é longo com internações, cirurgia, exames e transplantes que
requerem tratamento especial. O CAMACC tem estrutura para oferecer
cinquenta vagas para hospedagem, sendo vinte e cinco para as crianças ou
adolescente, e vinte e cinco para os acompanhantes. Somente é permitido que
um acompanhante fique com a criança na Ong, para assim ter espaço para
outras famílias. A estrutura da Ong conta com vários quartos com beliches,
local onde as crianças e os seus pacientes descansam. Os quartos que são
utilizadas para descansar demonstram ser organizados e limpos com
frequência para garantir o melhor conforto para aqueles que frequentam a Ong.
Imagem: Dormitórios no andar de cima.
Imagem: Dormitórios também no andar de cima.

No primeiro andar fica localizado a área de convivência onde tem a


recepção, banheiros, alguns quartos e uma sala que serve como espaço para
as crianças brincarem. No mesmo andar também fica localizada a cozinha e
uma área externa com mesas onde as crianças e os seus familiares fazem as
refeições.
A Ong demonstra ter um ótimo nível de organização e limpeza para fornecer
o melhor conforto para todos. A decoração é muito colorida, e tem muitos
quadros de super heróis e heroínas. Também é possível ver um mural de fotos
das crianças que frequentam a Ong. Desde o inicio da visita, foi avisado para o
grupo que não era permitido tirar fotos das crianças, somente foi permitido tirar
fotos da estrutura da Ong. Porém após a visita, foi permitido utilizar algumas
fotos para fazer a apresentação para o professor e para a turma.
É perceptível que todos os quartos possuem as portas pintadas com as cores
de super heróis, como se estivessem criando relações com as crianças que
são vistas como heróis e heroínas da vida real, também é possível observar
que todosos quartos tem armários e espaço para armazenamento.
Nas paredes e entradas para o dormitório, é possível ver mensagens de
conotação alegre e de esperança.

Imagem: Quadro com a mensagem Aqui só o bem entra só o bem fica.


Imagem: Corredor dos quartos localizado no 2 andar.

O grupo de estudantes chega na área de convivência no exato momento em


que as crianças, estão realizando uma atividade de desenhos com um grupo
de voluntários que já frequenta a Ong. Estão realizando algumas atividades
relacionadas com desenho e pintura. A atividade está sendo realizada na sala
colorida e com vários brinquedos mostradas abaixo.
Imagem: Sala que as crianças utilizam para brincar e fazer atividades.

Imagem: Outro lado da sala.


Imagem: Brinquedoteca das crianças

O grupo senta no chão e realiza uma pequena apresentação relatando os


nomes de cada visitante, e contando um pouco sobre o grupo, para que assim
as crianças possam se sentir mais confortáveis para realizar uma interação.
De início é possível perceber que as crianças estão um pouco tímidas, e foi a
partir de um jogo chamado UNO que conseguimos nos aproximar. Com esse
jogo conseguimos nos comunicar livremente com as crianças e com as mães
que estão sentadas no sofás observando atentamente o que ocorre na sala.
As crianças relatam que não moram em São Paulo, muitas vieram de outros
estados. Iniciamos uma conversa, e perguntamos o que elas mais gostam de
fazer, e algumas das respostas estão relacionadas com brincar ou comer.
As crianças que estavam presentes são do sexo masculino e feminino. A
mais nova tinha apenas cinco anos de idade, e a mais velha uma uma
adolescente de vinte e dois anos, mas que devido ao seu tamanho,
achávamos de que se tratava de uma criança.
Foram várias partidas de UNO, as crianças estavam curtindo o momento
assim como o grupo. É importante ressaltar que muitos participantes do grupo
de estudantes nunca tiveram contato com uma Ong que cuidava de crianças
com câncer até esse dia. Alguns estavam vivenciando a experiencia pela
primeira vez.
Depois de algum tempo de brincadeiras, é avisado que chegou a hora do
almoço, foi necessário fazer uma pausa para o horário de almoço. O almoço é
realizado na área externa da Ong, que fica localizado em frente a cozinha, com
várias mesas e cadeiras. A área externa também é utilizada para comemorar
datas festivas. As comidas são preparadas com muito carinho e também
pensadas na saúde das crianças. A seguir foi autorizado colocar algumas fotos
da área externa.

Imagem: Mesa da cozinha com as refeições do dia.


Imagem: Crianças e os seus acompanhantes na hora do almoço.

Imagem: Decoração mesa festa junina.


Rapidamente, as crianças voltam ansiosas para brincar, mas agora querem
jogar um outro jogo, um jogo que envolve mímica. A partida de mímica envolve
também as mães que estão sentadas nos sofás, e todos participam da
brincadeira. Muitas risadas e movimentos engraçados são feitos. Dividimos em
dois grupos para realizar a brincadeira, o que mostrou que algumas crianças
são competitivas.
A brincadeira de mímica é realizada por algum tempo, mas infelizmente
chega a hora da despedida. O encerramento das brincadeiras é feito por uma
atividade proposta por um membro do grupo de estudantes. Essa atividade
envolve o cantar de uma música, movimentos corporais e abraços no fim.
Todos juntos fazem um circulo e começa a brincadeira com os seguintes
versos:

Levantar o braço
Levantar o outro
Fazer bambolê, mexer o pescoço
Olho para cima, olho para baixo
Escolha um amigo e dê um abraço!

Levantar o braço
Levantar o outro
Fazer bambolê, mexer o pescoço
Olho para cima, olho para baixo
Escolha dois amigos e dê um abraço!

Para encerrar amigos! Mais uma vez!

Levantar o braço
Levantar o outro
Fazer bambolê, mexer o pescoço
Olho para cima, olho para baixo
Vamos todos juntos dar um abraço!
E assim, com o fim da música as atividades do grupo com as crianças são
encerradas. As crianças demonstram ficar tristes com o fim da atividade, e o
grupo de estudantes após os abraços e agradecimentos precisam partir.
Essa vivencia com as crianças que estão lutando contra o câncer se mostrou
uma prática importante para entender melhor como funciona o dia a dia das
crianças, mas também observar que a doença é um obstáculo que pode ser
ultrapassado.
As crianças ficaram a maior parte do tempo alegres e participaram
ativamente das brincadeiras. Os pais e mães que estavam presentes também
participaram, ajudando com as brincadeiras. Algumas mães que frequentam a
Ong, ajudam nas atividades de limpeza, organização e refeição da Ong, para
retribuir todo o carinho e afeto que recebem da casa. É importante ressaltar
que o acompanhamento psicológico também é realizado com as crianças,
assim como os seus familiares. Por conta do horário o grupo não conseguiu
permanecer até o horário da chegada dos psicólogos para ser possível um
contato com os profissionais que frequentam a Ong.
Portanto, a experiencia prática vivenciada serviu como um registro em
nossas memórias, ajudando melhor na compreensão da câncer infantil e
também como um aprendizado para a vida. No futuro o grupo pretende voltar
para realizar mais atividades com as crianças e também realizar mais doações
de itens que a Ong necessita.

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