Aula 19 - Operações Com Arrendamento - CPC 06

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* OPERAÇÕES COM ARRENDAMENTO

Arrendamento: É o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar (CONTROLE) um ativo (ativo subjacente) por um período de tempo
em troca de contraprestação.
Ativo de direito de uso (direito de usar o ativo subjacente) é diferente de ativo subjacente
• Ativo subjacente é o ativo que é o objeto de arrendamento.

O ATIVO DEVE SER IDENTIFICÁVEL PARA SER OBJETO DE ARRENDAMENTO, DEVENDO O ARRENDATÁRIO TER O DIREITO DE USO.
OBS. PODE HAVER SUBSTITUIÇÃO, DESDE QUE O ARRENDADOR (FORNECEDOR) NÃO SE BENEFICIE DESSA SUBSTITUIÇÃO.

Contabilização: RECONHECER UM ATIVO DE DIREITO DE USO E UM PASSIVO DE ARRENDAMENTO

D – Ativo Imobilizado (Ativo) R$ 303.000


D – Encargos a Transcorrer (Passivo) R$ 97.000
C - Arrendamento a pagar R$ 400.000

Temos encargos financeiros a transcorrer de 400.000 – 303.000 (VALOR PRESENTE) = 97.000.

*Operacional: Aluguel: Não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente.
* Financeiro: "Compra" parcelada: transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente.

Contabilização do Arrendamento

* Arrendatário: Direito de uso (exceto curto prazo ou pequeno valor): Contabiliza o ativo

* Arrendador:

Arrendamento financeiro: Arrendamento a receber;


Arrendamento operacional: Receita ao longo do tempo.
* Contabilização no Arrendatário: Leasing de um veículo, a ser pago em 60 prestações de R$ 520, e com opção de compra ao final do contrato por R$
2.000. O valor presente das prestações é de $ 30.000,00
D – Veículo (ativo) 30.000
D – Juros a transcorrer (retificadora do Passivo) 3.200
C – Leasing a pagar (passivo) 33.200 {(520 x 60) + 2000}

* contabilização no arrendador: pelo valor investimento líquido: estão, na contabilidade da entidade, como recebíveis (direito) valor a receber que
pode ser o valor das prestações mais o valor residual (investimento bruto). O ativo é baixado na contabilidade da entidade arrendadora, razão pela
qual a despesa com depreciação cabe à arrendatária
D- leasing a receber
C- receita a apropriar
C-Maquina ou veículo, por exemplo

Leasing a receber
(-) Receita a apropriar

Contabilização no arrendador: operacional


pelo reconhecimento
D- arrendamento operacional a receber
C- receita com arrendamento operacional
Pelo recebimento
D- Caixa
C- arrendamento operacional a receber

Obs. no arrendamento operacional o bem sofre depreciação nas contabilidades das entidades (arrendataria (valor de direito de uso, valor bem
menor)e arrendador (valor de mercado))

O arrendatário pode não aplicar o CPC 06 para a nova contabilização para os arrendamentos operacionais:
* Arrendamento de curto prazo: Até 12 meses e QUE NÃO TEM OPÇÃO DE COMPRA: Escolha feita por classe de ativos subjacentes. VEÍCULO COM
USO POR 6 MESES, COM OPÇÃO DE COMPRA (CPC 06).

* Arrendamento de pequeno valor: Considera o valor do ativo "novo": Escolha feita a cada contrato. VEÍCULO USADO NÃO PODE SER CONSIDERADO
DE PEQUENO VALOR, PORTANTO, APLICA-SE O CPC 06.

Em resumo: Para os arrendatários, os contratos de curto prazo (até 12 meses) e de pequeno valor não precisam ser contabilizados como
arrendamentos que transferem direitos de uso (similar à antiga contabilização dos arrendamentos financeiros). Podem, à opção da empresa, ser
contabilizado como eram os arrendamentos operacionais, ou seja, só reconhecendo a despesa do mês.

Contrato de Arrendamento: Controlar o uso De um Ativo identificado: Por um período de tempo: mediante contraprestação (pagamento)

Arrendatário reconhece Ativo inicialmente ao custo, que inclui:

•MENSURAÇÃO INICIAL DO PASSIVO DE ARRENDAMENTO (PAGAMENTOS TRAZIDOS A VALOR PRESENTE).


•PAGAMENTOS DE ARRENDAMENTO EFETUADOS ATÉ A DATA DE INÍCIO
•CUSTOS DIRETOS INICIAIS INCORRIDOS PELO ARRENDATÁRIO (GASTOS JÁ EFETUADOS)
•ESTIMATIVA DE CUSTOS A SEREM INCORRIDOS PELO ARRENDATÁRIO NA DESMONTAGEM E REMOÇÃO DO ATIVO SUBJACENTE, RESTAURANDO O
LOCAL EM QUE ESTÁ LOCALIZADO OU RESTAURANDO O ATIVO SUBJACENTE À CONDIÇÃO REQUERIDA PELOS TERMOS E CONDIÇÕES DO
ARRENDAMENTO.

Ex. Arrendamento de um veículo por 24 meses, com pagamento mensal de $ 2.000.

--- O valor presente dos pagamentos é de $ 42.487 e o valor justo do ativo é de $ 40.000.
--- A empresa já gastou $1.500, devido a uma revisão adicional preventiva que efetuou no veículo.
O pagamento à oficina já foi realizado.
--- A empresa estima que gastará $ 3.809 junto com o último pagamento, com valor presente de $3.000, para efetuar a revisão final, prevista no
contrato, antes de devolver o veículo.
--- A taxa de juros é de 1% ao mês.
Atenção: até 2018, a regra para mensuração inicial era valor presente das prestações ou o valor justo, dos dois o menor. Agora isso mudou! A partir
de 2019, usamos o valor presente.
Valor presente dos pagamentos: $42.487
+ gastos já efetuados $ 1500
+ estimativa de custos para restauração do ativo a valor presente $ 3.000
Arrendamento – Veículos (Ativo) = $46.987
Total dos pagamentos = prestações + restauração: PASSIVO DE ARRENDAMENTO
Prestações = $ 2.000 x 24 prestações = $ 48.000
Total dos pagamentos = $ 48.000 + $ 3.809 = $ 51.809
Encargos financeiros a transcorrer: DIFERENÇA ENTRE O PASSIVO E O ATIVO
Contabilização:
D – Arrendamento – Veículos (Ativo) 46.987
D – Encargos a transcorrer (ret. Passivo) 4.822
C – Arrendamento a pagar (Passivo) 51.809
C – Caixa (Ativo) 1.500

Obs. Partimos sempre do valor presente que será o passivo de arrendamento que pode coincidir com valor do ativo, desde que não tenha havido
outros gastos relacionados.
Arrendatário: Vai adquirir o ativo arrendado?
* NÃO: Deprecia pela vida útil ou pelo prazo do arrendamento, o que for menor

* SIM: Deprecia pela vida útil


O arrendatário deve efetuar o teste de recuperabilidade para os ativos arrendados que ficam mensurados pelo custo, menos a depreciação
acumulada e eventuais perdas de recuperabilidade.

Mas, se o ativo for uma Propriedade para Investimento, e a empresa usar o valor justo para as propriedades para Investimentos, o ativo fica avaliado
a valor justo.

O arrendamento origina duas despesas para o arrendatário: despesa de depreciação (sempre no arrendatário) e despesa financeira (juros). Devem
estar separadas.
Atualmente, no momento inicial, o ativo deve ser contabilizado pelo valor presente das prestações. Assim, o valor inicial do caminhão é $500.000.
Valor depreciável = 500.000 – valor residual = 500.000 – 164.000 = 336.000
Depreciação mensal = 336.000 / 84 meses = 4.000
Vejamos agora a despesa financeira. É o valor inicial (presente) vezes a taxa de juros implícita.
Juros = 500.000 x 1,2% = 6.000
Total de despesas = 4.000 + 6.000 = 10.000

Obs. Base para depreciação é o valor do ativo de arrendamento, enquanto que o passivo de arrendamento (valor presente) é base para encontrar o
valor da despesa financeira. Em algumas situações, podemos ter ambos os valores iguais.
* NÃO EXISTE DESPESA DE ARRENDAMENTO PARA O ARRENDATÁRIO, nessa situação, mas nos casos de pequeno valor e curto prazo.

Depreciação: O prazo de arrendamento é de 2 anos e a vida útil do veículo é de, digamos, 5 anos.
Portanto, para a depreciação, vamos usar o prazo do arrendamento (é o menor).
Valor do ativo = $ 46.978 / 24 meses = $ 1958
Contabilização:
D – Despesa de depreciação (Resultado) 1.958
C – Depreciação acumulada – arrendamento (Ret. Ativo) 1.958
Vejamos agora a despesa de juros, incluindo o gasto com a revisão veículo:
Valor original do passivo: $ 42.487 + $ 3.000 = $ 45.487
Juros: $ 45.487 x 1% = $ 454,87
Contabilização:
D – Despesa de Juros (resultado) 454,87
C – Arrendamento a pagar (Passivo) 424,87
C - Restauração do ativo (Passivo) 30,00
O passivo poderia também ser indicado pelo total, em vez de dividir em duas contas, como fizemos (Arrendamento a pagar e Restauração do Ativo)

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