81b973b1 Módulo 9 Sistemas de Transportes

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Módulo 9

Sistemas de Transportes

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Importância
A atividade de transporte não é algo tão simples quanto parece. Ela exige
uma série de ações que, se bem planejadas, coordenadas e executadas,
resultará em entregas para o cliente, nas condições as quais saíram da
fábrica. Se, ao contrário, houver falhas em um dos processos, poderá
comprometer o resultado final.
Podemos destacar os fatores críticos do transporte: o veículo a ser
utilizado, os cuidados quanto ao acondicionamento, a equipe técnica
(ajudantes, motorista e coordenações), a rastreabilidade do veículo
(equipamento), o destino, roteiro de viagem, prazo de entrega e criticidade
(se há informações quanto a prazos críticos ou condições importantes a
serem destacadas, antes, durante ou na entrega da carga); os aspectos
legais, tributários e securitários – quaisquer não observâncias quanto a
essas questões, além do comprometimento da entrega, implicam em
prejuízos financeiros proporcionais ao valor e importância da carga.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Importância
A movimentação de cargas absorve de um a dois terços dos custos logísticos
totais. Por isso, o operador logístico precisa ser um grande conhecedor da
questão dos transportes.

Princípios de transporte
• Prover fluxo contínuo
Busca de novas alternativas de aumento de velocidades operacionais
Adoção de veículos em função de volume e natureza do tráfego
• Otimizar unidade de carga
Melhor escolha de veículos, equipamentos de movimentação e mão-de-obra
• Maximização de unidade veicular
Custos de serviços não variam c/ tamanho do carregamento
• Eficiência de operação
Máxima utilização de recursos (capital, equipamentos e pessoal)
Economias de escala - Menores preços de venda aos produtos

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Logística e Cadeia de Suprimentos

% do Custo de Transporte no Faturamento por setor

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Classificações do Transporte
• Doméstico e Internacional
• Modais
Rodoviário
Ferroviário
Dutoviário
Aquaviário
Aéreo

O sistema de transporte é composto de diversos tipos de modais. Podemos


destacar os citados acima. Entre esses modais qual seria o mais vantajoso?
Antes de tomar uma decisão de qual modal iremos utilizar, devemos efetuar
uma análise criteriosa onde são relacionados os custos com frete, seguros,
estocagem e etc. Segundo Pozo, "a análise de custo-benefício é fator
determinante na escolha do melhor modal para movimentação e
distribuição dos nossos produtos".

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Escolha do modal

Para escolher uma modalidade de transporte deve-se analisar os seguintes


itens:

• Características da Carga
• Valor do Frete
• Tempo médio de entrega e a sua variabilidade
• Perdas e danos
• Tempo em trânsito
• Fornecimento de informação situacional
• Nível de serviço desejado

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Decisões de Transporte
A decisão de transporte, sem dúvida é uma das principais funções
logísticas, além de representar a maior parte dos custos logísticos na
maioria das organizações, desempenhando também importante serviço ao
cliente. A sua definição está basicamente ligada às dimensões de tempo e
utilidade do lugar. Desde os primórdios, o transporte de mercadorias tem
sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial,
dentro do prazo ideal.

Mesmo com o avanço atual da tecnologia, da troca de informações em


tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido
o objetivo logístico. Poderão ser adotadas diversas estratégias de
transporte: entrega direta, milk run, consolidação, cross-docking, OTM
(operação de transporte multimodal), intermodal, janela de entrega,
observando ainda a melhor matriz de transporte (rodoviário, ferroviário,
aquaviário, dutoviário, aeroviário), e sua adequação aos objetivos
propostos em cada etapa do processo de transporte.
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Logística e Cadeia de Suprimentos

Modais de Transporte e principais aplicações

O modal deve ser escolhido pelo tipo de carga transportada e pela vantagem
inerente ao modo; (custo, confiabilidade, adequação, tempo de trânsito,perdas
e danos)
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Logística e Cadeia de Suprimentos

Matriz brasileira de transporte

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Sistemas de transporte no mundo

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Razões para o Domínio do Rodoviário no Brasil

1. O histórico de serviço e capacidade insuficiente dos outros modais


2. Excesso de oferta e preços baixos
3. Pequenas barreiras de entrada
4. Fragmentação do setor
5. Prioridade nos investimentos governamentais

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Dutoviário
Entende-se por transporte dutoviário aquele efetuado no interior de uma linha de
tubos ou dutos realizado por pressão sobre o produto a ser transportado ou por
arraste deste produto por meio de um elemento transportador. Assim, toda dutovia
deve ser constituída de três elementos essenciais: os terminais, com os
equipamentos de propulsão do produto; os tubos e as juntas de união destes.

• Força da gravidade ou pressão mecânica para o transporte;


• Gasodutos, Minerodutos e Oleodutos;
• Operam 24 horas
• Custo fixo alto : construção e necessidade de controle das estações;
• Custo variável baixo : não necessitam de mão-de-obra intensiva, o custo
operacional variável é extremamente baixo.

VANTAGENS: frequência na distribuição, mais confiável, danos e perdas de


produtos são baixos; baixo consumo de energia
DESVANTAGENS: baixa velocidade, limitado a poucos produtos, risco de
acidentes ambientais.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Dutoviário
Neste modal, à diferença dos demais, o veículo que efetua o transporte é fixo
enquanto que o produto a ser transportado é o que se desloca, não necessitando
assim, na maior parte dos casos, de embalagens para o transporte.

• Via: é constituída por tubos, geralmente metálicos, que seguem a diretriz traçada
pelo projeto. A capacidade necessária leva ao dimensionamento do diâmetro dos
tubos e da potência das bombas.
• Veículo: o produto bombeado é seu próprio veículo.
• Terminais: as tancagens em pontos estratégicos da tubulação marcam os
terminais onde os produtos ou são transferidos a veículos de outras modalidades
ou são bombeados para as tubulações menores de distribuição aos diversos
usuários.
• Controles: como se trata de uma modalidade com apenas um grau de liberdade
em sua movimentação, os controles se restringem ao da velocidade imprimida
pelas bombas.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Dutoviário
O transporte Dutoviário pode ser
dividido em:

a) Oleodutos, cujos produtos


transportados são, em sua grande
maioria: petróleo, óleo combustível,
gasolina, diesel, álcool, GLP,
querosene e nafta, e outros.
b) Minerodutos, cujos produtos
transportados são: Sal-gema, Minério
de ferro e Concentrado Fosfático.
c) Gasodutos, cujo produto
transportado é o gás natural. O
Gasoduto Brasil-Bolívia (3150 km de
extensão) é um dos maiores do O Modal Dutoviáriowmv.wmv
mundo.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Dutoviário

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Aéreo

O Modal Aéreo caracteriza-se, especialmente, por sua rapidez; porém, apresenta


um alto custo.

• Mercadorias transportadas: de alto valor agregado, altamente perecíveis e


entregas urgentes;
• Custo fixo médio : aeronaves, manuseio carga;
• Custo variável alto: mão de obra, combustível, manutenção.

VANTAGENS: velocidade, atende grandes distâncias, segurança, os aeroportos


normalmente estão localizados mais próximos dos centros de
produção
DESVANTAGENS: valor do frete, menor capacidade de carga, muita dependência
das condições atmosféricas; necessita de mão de obra altamente
especializada.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Informações

• O mercado total de carga aérea mundial está estimado em US$ 40 bilhões.


• Do total de carga aérea internacional movimentado, 50% é transportado em
porões dos aviões de passageiros e outros 50% em aviões puramente
cargueiros.
• 48% do total das cargas é movimentado por companhias aéreas que
possuem aviões de passageiros e cargueiros. (ex: Gol Log, Lufthansa Cargo,
Air France Cargo). O restante é dividido entre companhias puramente
cargueiras (ex: Cargolux, Polar) e os chamados “integrators”. (ex: DHL, UPS
e Fedex).

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Exportação por Modal Aéreo

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Importação por Modal Aéreo

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Processo de Transporte

Possui sistema de controle de tráfego e


navegação aérea

Os sistemas de tráfego geralmente são


oferecidos pelo Governo de cada país

As transportadoras são responsáveis por


oferecer seu próprio terminal e
instalações de manuseio

A maioria dos custos são variáveis (custo


de operação)

Existe container próprio para este


transporte

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Internacional - Aéreo

Órgãos e empresas no modal aéreo

• Ministério da Defesa – Comando da Aeronáutica


• ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
• Companhias Aéreas
• Agentes de carga ou operadores logísticos
• IATA – International Air Transport Association

Fundada em 1945, tem sua sede em Montreal – Canadá. Seus sócios


são 150 Cias Aéreas Internacionais. Tem por finalidades:
♦ Administrar serviços para Cia Aéreas;
♦ Desenvolver o tráfego aéreo;
♦ Estudar: rotas, tráfegos e fretes;
♦ Nomear: Agentes de Carga

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Internacional - Aéreo

Tipos de Aeronaves

• All Cargo ou Full Cargo: uso exclusivo para transporte de carga,


pois apresenta uma capacidade maior de transporte de
mercadorias, utilizando o deck superior e inferior.
• Combi: transporte misto. Utilizadas para transporte conjunto de
passageiros e cargas, podendo ser tanto no andar inferior
quanto no superior.
• Full Pax: avião de passageiros. O deck superior é utilizado
exclusivamente para transporte de passageiros, e o inferior,
destinado ao transporte de bagagem. Na eventual sobra de
espaço é preenchido com carga.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

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Logística e Cadeia de Suprimentos

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Unitização no transporte aéreo

Entende-se por equipamento de unitização de carga (Unit Load Device


– ULD) qualquer tipo de pallet ou container, utilizados no transporte
aéreo, que distinguem-se em formatos e tamanhos.

Os ULDs poderão pertencer aos transportadores, aos embarcadores,


ou a empresas de leasing. Quando pertencentes às aeronaves (Aircraft
ULDs), encaixam-se perfeitamente às medidas do avião, otimizando a
utilização de espaço. Quando não pertencem às aeronaves (Non-
Aircraft ULDs), deverão seguir as especificações técnicas da IATA,
objetivando uma melhor adaptação aos aviões.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Ferroviário
O Modal Ferroviário caracteriza-se, especialmente, por sua capacidade de
transportar grandes volumes, com elevada eficiência energética, principalmente,
em casos de deslocamentos a médias e grandes distâncias. Apresenta, ainda,
maior segurança, em relação ao modal Rodoviário, com menor índice de
acidentes.

• Mercadorias Transportadas : Mercadorias de baixo valor agregado – produtos


agrícolas, derivados de petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos.
• Custo fixo alto: equipamentos, terminais e vias férreas;
• Custo variável baixo

VANTAGENS: capacidade para grandes cargas, baixo custo do transporte, sem


congestionamentos, menor impacto ambiental.

DESVANTAGENS: necessidade maior de transbordo, menor flexibilidade no


trajeto, horários rígidos, diferença na largura das bitolas, alta
exposição a furtos de produto acabado.
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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Ferroviário
A extensão da malha ferroviária brasileira é de 29.000 km. Enquanto que os EUA apresentam
23,4 km de ferrovia por mil km2 de área, o Brasil apresenta apenas 3,4 km por mil km2.
Além de pequena comparativamente à extensão do território nacional, a malha ferroviária é
também mal distribuída; quase que a totalidade das ferrovias se encontram na região Sul e
Sudeste do país.
Segundo COPPEAD (2004), a extensão da rede rodoviária é aproximadamente 5 vezes maior
que a extensão da malha ferroviária, quando consideramos apenas as vias pavimentadas;
quando consideramos as vias não-pavimentadas também, chegamos a uma extensão da rede
rodoviária 50 vezes maior que a extensão da malha ferroviária brasileira.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Desafios e Oportunidades - Infra-estrutura Ferroviária

O sistema ferroviário brasileiro foi construído por empresas estatais. As malhas


eram operadas pela Rede Ferroviaria Federal S.A (RFFSA), Ferrovia Paulista S.A
(FEPASA) e Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).

Cenário Pré-Concessões
• Déficit anual de R$300 milhões
• Ativos em processo contínuo de
degradação
• Baixo nível de investimento pelo
poder público
• Estruturas inchadas
• Pouco foco no desenvolvimento
comercial da ferrovia
• Baixa capacidade de gestão

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Desafios e Oportunidades - Infra-estrutura Ferroviária

Cenário Pós-
Concessões (1997 –
2007)
• Investimento da
iniciativa privada de
R$14,4 bilhões
• Crescimento da
produção: 88%
• Redução do índice
de acidentes em
81%
• Aquisição de
22.600 vagões e
1.200 locomotivas.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Principais Ferrovias no Brasil

EFN – EMPRESA
FERROVIÁRIA
DO NORDESTE
(Ex-Malha Nordeste)

FCA – FERROVIA
CENTRO ATLÂNTICA
NOVOESTE (Ex-Malha Centro-Leste
(Ex-Malha Oeste)

MRS LOGÍSTICA
ALL – AMÉRICA
(Ex-Malha Sudeste)
LATINA LOGÍSTICA
(Ex- Malha Sul)
FERROVIA
TEREZA CRISTINA

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Desafios brasileiros
Principais Desafios
• Baixo de investimento pelo Poder Público
• Restrições de integração entre os modais
• Diferença de bitolas
• Excesso de passagens de nível
• Utilização compartilhada das linhas para passageiros e cargas na
Região Metropolitana de São Paulo;
• Falta de bons terminais
• Deficiências nos acessos portuários
• Invasão da faixa de domínio nos centros urbanos e nos acessos aos
portos
• Idade média elevada e quantidade insuficiente de vagões e
locomotivas

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Hidroviário
Apresenta-se as formas de fluvial, lacustre e marítimo. O transporte fluvial é um dos
meios de transporte mais baratos. O transporte marítimo possui duas variações:
Navegação de cabotagem que vai de porto a porto no litoral do próprio país e
Navegação internacional que possui grande capacidade de carga, embora o tempo
de transporte seja maior; possui dependência do funcionamento de outros portos.
• Transporte Internacional: O modal marítimo é utilizado em 90% do transporte
internacional no Brasil;
• Custo fixo médio: navios e equipamentos;
• Custo variável baixo: capacidade para transportar grandes quantidades;
• Mercadorias transportadas: Produtos de mineração, produtos químicos e de
exportação em geral.

VANTAGENS : Capacidade para cargas muito grandes a um custo variável baixo,


alta flexibilidade ao tipo de carga, custos de perdas e danos são
baixos.
DESVANTAGENS: Velocidade baixa, necessidade de transporte suplementar,
maior exigência de embalagens.
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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Hidroviário – Fluvial e Lacustre

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Hidroviário – Fluvial e Lacustre


 Os principais portos brasileiros não
são servidos por hidrovia.
 O sistema de transporte fluvial
utilizado em conexão com o
comércio exterior tem sua
abrangência limitada pelo próprio
sistema hidroviário interior, hoje em
dia, praticamente limitado à hidrovia
Tietê-Paraná.

Também conhecida como a Hidrovia do Mercosul, com 2.400 km de vias navegáveis,


entre vias primárias e secundárias, mais de 6.000 km de margens lacustres e fluviais,
passando por cinco estados brasileiros, sendo eles: São Paulo, Goiás, Paraná, Minas
Gerais e Mato Grosso do Sul, que, respectivamente são banhados pelos rios Tietê,
Paraná, Grande, Paranaíba e todos seus afluentes, integrando também quatro países
do Cone Sul, sendo eles: Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, abrangendo mais de
220 municípios, com uma área de influência de 800.000 km2. 35
Logística e Cadeia de Suprimentos

Desafios e Oportunidades - Infra-estrutura Hidroviária Fluvial

 Responde por aproximadamente


2% do transporte de cargas
nacional
 Subutilização da malha hidroviária

 42.000km de vias navegáveis,


 28.000km são aproveitados
 Apenas 8.500km são efetivamente
utilizados para transporte de cargas

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Desafios e Oportunidades - Infra-estrutura Hidroviária Fluvial

 Falta de prioridade da utilização do recursos hídrico para o transporte de


cargas
a) Foco histórico na utilização dos recursos hídricos para geração de
energia
b) As usinas hidrelétricas viraram barreiras para a navegação
c) A privatização dos empreendimentos hidroelétricos agravou a
situação
d) Resistência do setor privado de energia em investir em eclusas nos
empreendimentos hidrelétricos, para viabilizar o transporte fluvial
e) Construção de pontes interrompendo vias

 Baixa eficiência do Modal

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Hidroviário - Marítimo

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Marítimo – Roll on/Roll of

"Ro-Ro" é uma abreviatura


para "Roll on-Roll off" — é
um tipo de cargueiro gigante
para o transporte de
automóveis e outros
veículos, de modo a que
estes entrem e saiam do
navio pelos seus próprios
meios. No seu convés
também costumam ser
transportados contentores.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Marítimo – Cargueiro


Os navios de carga geral são os mais
numerosos navios que operam a nível
mundial, mas a utilização generalizada
de navios porta contentores e outros
navios retirou aos navios de carga
geral esse seu mercado tradicional.
Os navios de carga geral podem
transportar todos os tipos de
mercadoria e materiais para qualquer
parte do mundo. Os dois tipos de
navios mais comuns são o
multipurpose e o Box-type.
O primeiro alcança uma velocidade de cerca de 15 nós e apresenta um
arranjo de porões que permite várias combinações de carga. Os navios
Box-type estão adaptados ao transporte de cargas unitizadas como
contentores, paletes, fardos e produtos siderúrgicos. 40
Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Marítimo – Porta-Container

São navios muito


semelhantes aos navios de
carga geral. A escotilha de
carga abrange praticamente
toda a área do convés e são
providas de guias para
encaixar os contentores nos
porões e alguns destes
navios apresentam
guindastes especiais

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Marítimo – Graneleiros

Os navios graneleiros são


destinados ao transporte de
grandes quantidades de carga a
granel, como milho trigo soja,
etc. E caracterizam-se por um
longo convés principal em que o
único destaque são os porões

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Marítimo – Petroleiro


O convés do petroleiro é forrado de
canos interligados entre si, que
distribuem o óleo igualmente entre os
diferentes tanques para garantir o
equilíbrio do navio. No carregamento, o
óleo flui por esta rede de canos
naturalmente, seguindo a força da
gravidade. Já no descarregamento entra
em ação um sistema de bombeamento
de alta pressão. No fundo dos tanques,
serpentinas aquecem o óleo para
diminuir sua viscosidade e acelerar o
descarregamento, que leva em média
um dia. Contudo, dependendo do tipo de
petróleo e da temperatura em que ele
chega, esse processo pode levar três
dias. 43
Logística e Cadeia de Suprimentos

Cabotagem
Cabotagem é a navegação entre portos marítimos de um mesmo país,
sem perder a costa de vista. A cabotagem contrapõe-se à navegação de
longo curso, ou seja, aquela realizada entre portos de diferentes nações.

A preferência pela cabotagem:


Ela apresenta uma grande economia quando se trata de distância
acima de 1.000 km, chegando a reduzir os fretes em até 50 %.
Como o transporte aquaviário é menos sujeito a roubo de cargas, as
alíquotas de seguro também são mais baratas e os produtos estão
sujeitos a menos danos durante a viagem.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

No Brasil

Cabotagem - Movimento de containers cheios


256

213

182 184

156 157

110

79

22
6
em mil TEUS - twenty-
foot equivalent unit
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Fonte: Datamar

Volumes transportados pela cabotagem e que saíram das estradas brasileiras

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Logística e Cadeia de Suprimentos

No Brasil
Movimentação de containers nos portos brasileiros
6230
6024
5688

5005

4143

3479

2787 2910

2290
1917 2054
1692

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 em mil TEUS
Fonte: Datamar

A privatização e novos portos suportaram o crescimento de 268% na movimentação


de containers nos portos brasileiros
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Logística e Cadeia de Suprimentos

Brasil e o Mundo

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Hidroviário
Vantagens e desvantagens

 Baixa velocidade;
 Distantes dos centros de produção;
 Necessidade de transbordo nos portos;
 Frete inferior às modalidades rodoviária e ferroviária;
 Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes
congestionamentos nos portos;
 Custos variáveis baixos;
 Carrega qualquer tipo de carga;
 Elevada capacidade de transporte.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Transporte Rodoviário
O mais expressivo transporte de carga hoje no Brasil, atingindo praticamente todos
os pontos do território nacional. Deu-se maior ênfase na década de 50 por conta da
implantação da indústria automobilística que desencadeou a pavimentação das
rodovias e cresce cada dia, por isso é o mais procurado – eficiente em porta a porta.
É recomendado para mercadorias de alto valor ou produtos perecíveis.
• Mercadorias Transportadas: Indústria Produção Média e Leve, entre
atacadistas e varejistas;
• Adequado para curtas e médias distâncias;
• Integração com outros Modais;
• Custo fixo baixo;
• Custo variável médio.

VANTAGENS: Menor manuseio da carga, flexibilidade, transporte porta a porta,


agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a
percorrer.
DESVANTAGENS: Capacidade de carga baixa, pouco competitivo para longas
distâncias, maior impacto ambiental, manutenção das rodovias.
.
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Logística e Cadeia de Suprimentos

Tipos de veículos

 caminhão trator (conhecido


como cavalo mecânico) com
semi-reboque. O conjunto é
conhecido como carreta -
capacidade ± 28 t

 caminhão com eixo duplo na


carroceria (conhecido como
truck) - capacidade ± 15 t

 caminhão com eixo simples na


carroceria (conhecido como
toco) - capacidade ± 8t

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Tipos de veículos

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Baú

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Cegonheira

Principal uso: transporte de veículos

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Graneleira

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Sider

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Carga Seca

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Porta-Container

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Tanque

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Prancha rebaixada

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Vantagens
• Possibilidade de transporte integrado porta a porta;
• Flexibilidade do serviço em áreas geográficas dispersas;
• Manipulação de lotes relativamente pequenos;
• Serviço é extensivo e adaptável;
• Transportam todo tipo de cargas e embalagens;
• Altas frequências;
• Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a percorrer
• Alta capilaridade em relação a outros modais.

Desvantagens
• Transporta somente cargas pequenas e médias;
• Custos elevados para longas distâncias;
• É prejudicado pelo tempo e pelo tráfego;
• Maior risco de acidente;
• Maior risco de roubo;
• Maior impacto ambiental.
60
Logística e Cadeia de Suprimentos

•MtCO2e = Tonelada métrica de dióxido de carbono equivalente. É a medida padrão da quantidade de emissão de CO2 reduzida ou isolada do meio
ambiente.

Fonte http://www.mercosul-line.com.br/responsabilidade_TransporteeMeioAmbiente.php?n=2
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Logística e Cadeia de Suprimentos

Sistema Rodoviário Brasileiro

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Sistema Rodoviário Brasileiro

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Extensão da malha rodoviária brasileira

Fonte:PESQUISA CNT
DE RODOVIAS 2013

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Logística e Cadeia de Suprimentos

No Brasil

• Os caminhões representam apenas


cerca de 5% da frota, mas participam Distribuição dos Caminhões
de 33% dos acidentes. 20%
• Estão envolvidos em 8.500 mortes
(2.500 motoristas) e 110 mil
acidentes por ano.
51%
• Cerca de 80% dos acidentes
ocorrem com os caminhões 29%
carregados.
• 15% nos primeiros 15 minutos e
autônomos transportadora carga própria
• 15% após 4 horas de direção.
• Custo de R$ 7,7 bilhões/ano.
• Falta norma sobre tempo de direção
• Excesso de peso e falta de balanças

Fonte: ANTT, 2012

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Frota brasileira

Fonte: Sindipeças, 2015

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Desafios no Brasil

 Má conservação das estradas


 Roubo de cargas
 Fragmentação do setor com pouco poder de barganha
 Excesso de capacidade e pouca carga de retorno
 Excesso de idade da frota
 Tempos excessivamente longos de carga e descarga
 Ausência de barreiras de entrada (regulamentos)
 Fortes barreiras de saída (escolaridade baixa)
 Concorrência livre e predatória
 Falta especialização: Qualquer carga para qualquer lugar

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Logística e Cadeia de Suprimentos

Alto grau de dependência do modal rodoviário no Brasil


O transporte de cargas no Brasil é tipicamente rodoviário. Em média, as
grandes empresas 88,3% de suas cargas por rodovia. Do total das
empresas, um terço utilizam somente o modal rodoviário na movimentação
de suas cargas e apenas 6% apontam utilizar predominantemente outros
modais.

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Logística e Cadeia de Suprimentos

CONSUMO DE ESPAÇO para carga de 6.000t

MODAIS HIDRO FERRO RODO

1 Comboio 2,9 Comboios 172 Carretas de 35 t


(4 chatas e empurrador) (86 vagões de 70 t) Bi-trem Graneleiras

Capacidade de
Carga
6.000 t

3,5 km
Comprimento
Total 150 m 1,7 km (26 km em
movimento)
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