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Aula 5 - Estudos de Base e Sub-Base de Pavimentos

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Aula 5 – Estudos de Base e Sub-

Base de Pavimentos
Profª: Sabrina Santana
2
Estabilização de Solos
• Estabilização de Solos
→Significa alterar algumas das propriedades dos solos visando o
melhoramento do seu comportamento sob o ponto de vista da
aplicação em engenharia
→O solo é dito estável quando apresenta capacidade de resistir
aos esforços provenientes das cargas dos veículos, do
intemperismo e do manuseio durante a construção do
pavimento
→A estabilidade pode ser uma característica natural
→Há diferentes processos de estabilização dos solos
(granulométrica, compactação, química).
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Estabilização de Solos
• Objetivos da estabilização
→Melhorar as propriedades geotécnicas
→Aumentar a resistência sob efeito de carregamento contínuo ou
repetido
→Reduzir a compressibilidade
→Reduzir a sensibilidade à ação de variações externas
→Reduzir a permeabilidade
→Garantir a permanência das propriedades no decorrer do
tempo e sob a ação de cargas

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Tipo de Estabilização de Solos
• Estabilização Granulométrica
→Combinação de dois ou mais materiais (solos e/ou agregados), em
proporção adequadas, de forma a obter um produto final com
características melhores que os solos de origem

05
Tipo de Estabilização de Solos

05
Tipo de Estabilização de Solos
• Estabilização através da compactação
→Energias de Compactação ( Bases de Pavimentos)

• DNIT
→Intermediária (26 golpes)
→Modificada (56 golpes)

• DER/CE
→Intermediária (além da intermediária
e modificada – 39 golpes)
→Aproveitar os materiais que não atenderam às especifi-
cações do DERT/CE (CBR de projeto) para a aplicação
em camada de base de pavimentos rodoviários.
06
Tipo de Estabilização de Solos
• Estabilização através da compactação
→Apresentação e Análise dos Resultados – Souza Junior (2005)

CBR (%) 07
Tipo de Estabilização de Solos
• Estabilização Química (Solo-Cal)
→Adição de materiais, como cimento, cal, cinza, cloreto de cálcio etc, de
forma a obter um produto com maior resistência.
→Resultados dos ensaios de resistência à compressão simples (RCS) das
jazidas usadas na mistura, com teores de 3%, 4% e 5% da cal para CPs
rompidos com idades de 7, 30 e 60 dias de cura na energia de
compactação intermediária (Loiola e Barroso, 2007)

08
Misturas propostas (Solo+cinza e Cinza+cal)

09
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Tipo de Estabilização de Solos
• Estabilização Química Betuminosa – Solo Em
→Materiais que possuem suas partículas de agregados ou de solo unidas
por ligantes asfálticos que conferem aumento de resistência à
compressão e à tração com relação ao material de origem

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Tipo de Estabilização de Solos
• Estabilização Química (Solo-Cimento)
→É uma mistura íntima e compactada de solo, cimento e água, em
proporções determinadas por ensaios prévios de laboratório, sendo
geralmente empregada como base de pavimento.

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Caracteristicas da propriedades exigidas pelos critérios de Misturas
Estabilizadas granulometricamente
• Granulometria
→Deve estar dentro de uma faixa granulométrica, limitada por curvas de
granulometria contínua
→As faixas granulométricas, com diâmetros máximos, são sugeridas para
rodovias com maiores solicitações de tráfego
→Tradicionalmente tem-se que as misturas com valores maiores de
diâmetros máximo de agregado devem apresentar um comportamento
melhor em bases do que em misturas mais finas.
→Para N > 107 não se recomendam as granulometrias E e F
→A porcentagem que passa na peneira de abertura nominal igual a 0,074
mm deve ser inferior a 2/3 da porcentagem que passa na peneira de
abertura nominal igual a 0,42 mm
→Uma porcentagem maior que a indicada pode diminuir a estabilidade da
Base 13
Caracteristicas da propriedades exigidas pelos critérios de Misturas
Estabilizadas granulometricamente
• Faixas granulométricas de Materiais para Base e Sub-base Estabilizadas
Granulometricamente

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Caracteristicas da propriedades exigidas pelos critérios de Misturas
Estabilizadas granulometricamente
• Faixas granulométricas A e F para Bases e Sub-Bases estabilizadas
granulometricamente

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Caracteristicas da propriedades exigidas pelos critérios de Misturas
Estabilizadas granulometricamente
• Granulometria
→ O diâmetro máximo do agregado de ser inferior a 2/3 da espessurada
camada
• Limite de liquidez
→ LL ≤ 25% e IP ≤ 6%
• Resistência dos grãos retidos na peneira de 2 mm
→ Abrasão Los Angeles de ser inferior a 50%
• CBR
→ Sub-Base
CBR ≥ 20 % e Expansão ≤ 1%
→ Base
CBR ≥ 80 % e Expansão ≤ 0,5%; se N ≥ 5x106
CBR ≥ 60 % e Expansão ≤ 0,5%; se N < 5x106
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Caracteristicas da propriedades exigidas pelos critérios de Misturas
Estabilizadas granulometricamente
• Faixas granulométricas A e F para Bases e Sub-Bases estabilizadas
granulometricamente

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Métodos de Seleção e Caracterização De Solos – Classificação MCT

• (Miniatura, compactada, Tropical) – Nogami e Villibor, 1981


Necessidade de uso de outros métodos e sistemas de classificação e
caracterização de solos tropicais que possibilitem a distinção de
comportamento laterítico (L), desejados na pavimentação, daqueles de
comportamento não-laterítico (N)

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Métodos de Seleção e Caracterização De Solos – Classificação MCT

19
Métodos de Seleção e Caracterização De Solos – Classificação MCT

• Solo Laterítico
→ Proprio do clima tropical
→ Solo rico em Oxido de Ferro e alumínio hidratado
→ Argilo mineral predominante: caulinita
→ Apresenta pequena perda da capacidade de suporte pelo contato
prolongado com a água.
→ Podem apresentar granulometria descontínuas
→ Misturas com capacidade de suporte adequada em laboratório e
desempenho satisfatório em campo
→ Podem apresentar LL e IP elevados
→ Resistência aos grãos
→ Graos que se fragmentam após a construção da camada do pavimento,
mas apresentam capacidade de suporte adequado (campo e laboratório)
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Curva Granulométrica de Solos-Agregados com Finos
Lateríticos

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Como classificar solos de comportamento laterítico?

• Através da classificação MCT

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Estabilização Granulométrica de Solos Lateriticos

• Faixas granulométricas e propriedades especificadas (DER-SP, 1991):

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Estabilização Granulométrica de Solos Lateriticos
• Hierarquia e emprego recomendado de solos de comportamento
laterítico em obras viárias

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Solos Arenoso Fino Lateritico
• Camadas compactadas de solos laterítico:
→ Perda de umidade causa trincamento
→ Quanto mais argiloso, camadas mais trincadas.

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Processo Construtivo – Camada Estabilizada
Granulometricamente

26
Tipos de compactadores mais frequentes usados conforme os tipo
de solos

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Processo Construtivo – Camadas estabilizada
Granulometricamente
• Método Construtivo
→Transporte: Caminhões Basculhante
→Esparrame: motoniveladora ou distribuidor de
agregados
→Umedecimento ou secagem: carro irrigador, grade
de discos ou pulvimisturador
→ Regularização da camada solta: Motoniveladora
→ Compressão: rolo compressor
→ Regularização Final
→ Imprimação
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Processo Construtivo – Camadas estabilizada
Granulometricamente
• Transporte e Esparrame

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Processo Construtivo – Camadas estabilizada
Granulometricamente
• Umedecimento ou secagem, Regularização,
Compressão, Regularização final e Imprimação

PREPARO, HOMOGENIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO DE BASE/Motoniveladora/Patrol/Patrola/Road


Grader/Motor Grader - YouTube 30
Solo-Brita
• Definição
Mistura de solo e brita, em proporções determinadas por ensaios
de laboratório. Em geral, as proporções estão situadas 20% a 30%
de solo e 80% a 70% de brita, em massa.

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Solo-Brita
• Materiais podem ser misturados em usinas, ou em pista
com pá carregadeira, e homogeneizados com arados ou
grades de disco
• Compactados por rolo liso ou pé-de-carneiro, dependendo
do tipo de solo e de sua porcentagem na mistura.

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Solo-Brita

• Mistura em pista com a pá carregadeira

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Solo-Brita

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Solo-Brita
• Materiais
→ Solo: CBR ≥ 20% e Expansão < 0,5 %
→ Brita: Dmáx < 50,8 mm e Los Angeles < 40%
• Mistura solo-brita: determinada através da norma MB – 3390 da ABNT
• Distribuição Granulométrica
→ 100% de material passado na peneira de 50,8 mm e no máximo 20% de material passado na
peneira de 0,075 mm
→ 1 ≤ 𝐶𝑐 ≤ 3 e Cu > 10
• Índice de Suporte Califórnia ≥ 80% e Expansão < 0,5%
• Equipamentos: Motoniveladora, solo compressor, caminhões
basculhantes, carro irrigador, grade de discos rebocada com trator, usina
de solos e pequenas ferramentas.

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Caracteristicas da propriedades exigidas pelos critérios de Misturas
Estabilizadas granulometricamente
• Faixas granulométricas A e F para Bases e Sub-Bases estabilizadas
granulometricamente

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MACADAME HIDRÁULICO
• Definição
O macadame hidráulico é constituído de uma ou mais camadas de
agregados britados e material de enchimento aglutinado pela água e
compactados mecanicamente.

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MACADAME HIDRÁULICO
• Materiais
Agregado graúdo
Função: Formar uma estrutura bem travada e mais indeformável possível.
A distribuição granulométrica deve estarnas faixas A, B ou C do DNIT
→ Agregados graúdos nominais de grande dimensão: 100, 75 ou 63 mm.
Escolha depende da espessura da camada.
→ O diâmetro máximo deve ser inferior a 2/3 da espessura da camada.
→ Abrasão Los Angeles deve ser inferior a 40%
Material de enchimento
→ Função: ocupar os vazios entre os agregados graúdos, reduzindo ao mínimo
seus deslocamentos.
→ A distribuição granulométrica deve estar situada na faixa especificada
Água
→ Função: auxiliar na penetração do material de enchimento de vazios
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MACADAME HIDRÁULICO
• Equipamentos
→ Motoniveladora, rolo compressor, carro
irrigador, vassourões e caminhões
basculhantes.
• Método construtivo
→ Distribuição do agregado graúdo;
motoniveladora ou distribuidor de agregado
→ Compressão: rolo compressor
→ Distribuição do material de enchimento:
vassourões e distribuidor de agregados
→ Irrigação: Carro irrigador
→ Compressão final: Rolo compressor
→ Verificação do enchimento
→ Construção em mais de uma camada
→ imprimação 39
MACADAME HIDRÁULICO

→Ainda utilizados em obras de menor porte e em


obras municipais onde não há usinas para as BGS
→Um dos materiais tradicionais da construção
rodoviária brasileira
→Foi substituído por materiais granulares de maior
eficiência construtiva como a brita graduada
simples a partir da década de 60,

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MACADAME SECO

• Materiais similares ao macadame hidráulico, porém sem uso da água

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Brita graduada simples
• Definição
É uma mistura de materiais britados que atendem determinadas faixas
granulométricas e demais parâmetros especificados e pode ser empregada
como sub-base ou Base

Bica corrida(material granular


similar a BGS, com menor
Brita graduada simples controle de graduação)
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Brita graduada simples
• Materiais Componentes
→ Brita graduada simples ( Faixa especificada)
→ Água
• Materiais Componentes
→ Bem-graduados, com diâmetros nominal de no máximo 38mm. Mais
usuais com diâmetros nominais menores (25 mm ou 19 mm)
→ Poucos finos passantes na peneira 200 (0,075mm): em geral entre 3 e 9%
→ Índice de Suporte Califórnia em geral maior que 60%
→ Para vias de tráfego médio, pesado ou muito pesado (N≥106 repetições
do eixo padrão de 80 kN), o ISC deve ser superior a 80%. Expansão
nula ou muito baixa
→ Módulo de resiliência em geral entre 100 e 400 Mpa
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Brita graduada simples
• Equipamentos

→Usina misturadora, veículos basculantes, distribuidor de


agregados, motoniveladora, carro irrigador, rolo
compressor e pequenas ferramentas, com pás, enxadas,
etc.

→Frações de agregados dosados e homogeneizados com


água em usina
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Brita graduada simples
• Método Construtivo
→ Transporte: por caminhões basculantes
→ Esparrame: distribuidor de agregados
→ Umedecimento: carro irrigador, grade de discos
→ Compressão: a compactação é feita por rolos de pneus e/ou lisos,
com vibração ou não, seguida de pneus; deve ser realizada após
espalhamento.
→ Regularização da camada solta: Motonivaladora
→ Regularização final
→ Impremação: emprega-se uma imprimação impermeabilizante de
asfalto diluído tipo CM30 ou outro material com as mesmas
atribuições. X’x’
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