Gases Reais e Gases Ideais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 142

INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA

CAMPUS CRICIÚMA
FÍSICO-QUÍMICA I

GASES IDEAIS E GASES REAIS


PARTE I
Para pensar...

- Por que é importante estudar os gases? Quais as


propriedades dos gases?

- Como os gases se comportam sobre determinadas


condições?

- Por que usamos gás hélio e não ar em balões meteorológicos?

-Como os pneus de um automóvel sustentam todo um veículo ?


Para pensar...

-Se um balão for colocado cheio na geladeira, ele


murcha. Por que?

-Por que em dias quentes, em longas distâncias os


pneus aumentam a pressão?

- O ar aquecido tende a subir? Por que?


Por que estudar os gases ??
Convivemos com diferentes gases em diferentes situações:

 Na composição do ar atmosférico: 78% de N2 , 21% de O2 ,


1% de outros gases (CO2 , vapor d’água, Ar entre outros);

Gases tem papel importante no equilíbrio biológico do


planeta: O2 , N2 , CO2 , O3 são fundamentais pra existência de
vida.

Gases podem interferir de maneira significativa no meio


ambiente: CO2 , CH4 (gases do efeito estufa); SO2 e SO3
(gases relacionados à chuva ácida), NO2 , NO e O3 (smog
fotoquímico).
Entender os gases nos auxiliam a entender melhor nosso
planeta, a vida e o meio nosso ambiente.
Por que estudar os gases ??
Motivações técnicas:

 Várias reações químicas tem como reagentes ou produtos


substâncias que estão no estado gasoso;

Vários gases tem grande importância econômica e ambiental


como produtos de alto valor agregado, reagentes ou gases
poluentes;

Entender os gases é entender o estado físico mais


simples da matéria. Pode nos auxiliar a entender a
matéria e a conservação de energia em um maior grau de
amplitude.
Substâncias gasosas importantes que são gases à
temperatura ambiente (25 oC)

Gases são substâncias moleculares à temperatura ambiente.


Estados de agregação da matéria

Comparação:
1g no estado gasoso
1g no estado líquido Volume (V) = 1226,6 mL
Volume (V) = 1 mL V = 1,2266L
t = 20 oC t = 20 oC
Características do estado gasoso
 Os gases tem massa. Gases diferentes tem massas
diferentes em um mesmo volume;

Gases ocupam todo o volume do recipiente que o contém;


Gases são muito menos densos que líquidos e sólidos;
Gases sempre se misturam entre si;
Gases podem variar o volume de forma significativa quando
submetidos à pressão (compressabilidade) e à temperatura
(dilatação).
Características do estado gasoso
As características anteriores indicam a natureza dos gases:

 Os gases são constituídos de matéria rarefeita: partículas


muito pequenas;

 As partículas constituintes dos gases estão relativamente


distante entre si (ocupam grandes volumes e podem ser
compressíveis).

O termo vem do grego “chaos” : remete a idéia de desorganização,


caos.

No estado gasoso as partículas se movem de forma


desordenada relativamente distante umas das outras.
Modelo de um gás ideal
Em um gás as partículas de movimentam em linha reta, de
forma desordenada de forma perpétua e aleatória, sem
atrito;

Essas partículas, ao colidir com outras transmitem sua


energia umas outras e podem alterar sua direção e
velocidade;

A velocidade das partículas é pode ser alterado somente


ao colidir com outras ou com as paredes do recipiente;

A colidir com as paredes de um recipiente que esse gás


está confinado, ele exerce pressão contra as paredes desse
gás.
Massa de um gás

Os gases contém massa e podem


ser pesados com o uso de
equipamentos e
balança apropriada.

Para isso é necessário pesá-los no


interior de um recipiente
fechado (ex: balão de borracha) e
descontar a massa do recipiente
ou balão quando ele estiver
vazio.
Variáveis de estado de um gás
São propriedades físicas que especifica, como um gás está
naquele momento.

volume (V);
pressão (P);
temperatura (T).
número de mols (n)

Essas grandezas são chamadas de variáveis de estado de um


gás. Elas são utilizadas para descrever o sistema gasoso. Ao
estabelecer o valor de 3 desta variáveis a quarta é fixada.

Uma equação de estado estabelece uma relação entre estas


4 variáveis
Volume de gás (V)
[E o espaço que um gás ocupa. Dentro de um recipiente ele
ocupa todo o espaço do recipiente.

Unidades de medida:

1 m3 = 11000 L
1 dm3 = 1 L = 1000 mL = 1000 cm3
1 mL = 1 cm3

No SI (sistema internacional) o
padrão é m3 (metro cúbico)
Pressão (P)
A pressão é definida como a força exercida sobre uma
superfície em relação à área dela.

1
P = pressão (N/m2 = Pa (Pascal))
Matematicamente : P = F (N) F = força (N)
A (m2) A = área (m2)

No caso dos gases, a pressão exercida é provocada pelos


choques de suas partículas contra as paredes do
recipiente.
Pressão em um pneu
 As colisões das partículas contra as paredes de um pneu
constituem a pressão do pneu;

Essa pressão é responsável por manter o pneu cheio e


exercem uma força o suficiente pra dar sustentação ao
peso do veículo.
A pressão do pneu é
medida
Em psi (pound-force
per square inch – libra-
força
por polegada quadrada)

1 psi = 0,068 atm


1 psi = 6,894 kPa
1 psi = 51, 71 mmHg
Equílibrio mecânico de um gás

Quando há diferenças de pressões entre dois sistemas separados por


uma parede móvel (a) e (c) a parede se desloca da maior pressão para
a menor pressão, até o equilíbrio mecânico ser atingido em b.
Pressão atmosférica
Os gases atmosféricos estão sujeitos à
força da gravidade. Logo, a massa gasosa
que envolve o planeta é atraída pela terra e
exerce uma pressão sobre as superfícies;

Essa pressão é chamada de pressão


atmosférica
O valor da pressão atmosférica depende de
fatores como local, temperatura e condições
meteorológicas;

Quanto mais distante do núcleo da terra,


menor a pressão atmosférica;

Ao nível do mar, a 0 0 C, o valor da pressão


atmosférica é de 1 atm.
Pressão (P)
A primeira determinação de pressão de gases foi a medida
da pressão atmosférica através do seguinte experimento
de Torricelli utilizando um barômetro de mercúrio :

Hg

O mercúrio não verteu


Virou o tubo segurando completamente porque o
Torricelli preencheu fechando o oríficio peso do mercúrio foi
completamente Com as mãos equilibrado com a pressão
um tubo com mercúrio Atmosférica sob o tubo
Pressão (P)
A altura que o mercúrio deixa de verter é exatamente a
medida da pressão atmosférica. Nesse ponto o peso do
mercúrio é equilibrado com a pressão atmosférica exercida no
mercúrio dentro do recipiente
Com um tubo graduado em milímetros (mm) ou centímetros
(cm) é possível fazer a leitura.

O valor da
pressão ao nível
do mar é
76 cm de Hg
760 mm de Hg
ou 1 atm
Exercício:
Podemos relacionar a altura da torre com a pressão
atmosférica. Qual a relação matemática entre a pressão
atmosférica e altura da nível de mercúrio na torre ?
Exercício:
Podemos relacionar a altura da torre com a pressão
atmosférica. Qual a relação matemática entre a pressão
atmosférica e altura da nível de mercúrio na torre ?

R:
Patm = Pc = d.g.h

Patm = pressão
atmosférica;

Pc = pressão da
coluna de
mercúrio;

h= altura do
mercúrio
Exercício:
Obtenha uma expressão par a pressão na base da coluna de
líquido de comprimento l que faz um ângulo θ (teta) com a
vertical.
Exercício:
Obtenha uma expressão par a pressão na base da coluna de
líquido de comprimento l que faz um ângulo θ (teta) com a
vertical.

R:
Pc = d.g.l.cos θ

Patm = pressão
atmosférica
Pc = pressão da coluna
de mercúrio
h= altura do mercúrio
Pressão (P)
As unidades de pressão mais utilizadas são:

1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg = 760 torr


1 mmHg = 1 torr

1 Pa (pascal) = 1 N/m2
1 atm = 101325 Pa ou 101,325 kPa
1 mmHg = 133,322 Pa

1 atm = 1,0125 bar


1 bar = 1x105 Pa = 100 Kpa
Define os estados padrão

No SI (sistema internacional) o padrão é Pa (Pascal)


Pressão atmosférica

Altitude de
Criciúma
46 m
Medida da pressão dos gases
A pressão dos gases pode ser medida por instrumentos
chamados de manômetros.

Manômetro
Fechado:

P = altura
h do Hg (mmHg)
h

Manômetro
aberto:

P = altura (h)
do Hg (mmHg)
+
Pgás =Ph Pgás =Ph + Patm pressão
atmosférica
Temperatura (T)
Definição do senso comum: “Medida do quão quente ou quão
frio está um objeto, corpo, ambiente”.

Definição operacional: Propriedade que pode provocar uma


mudança física. Ex: a dilatação em sólidos, líquidos ou gases.

Podemos construir termômetros baseados na dilatação


de líquidos e gases para gerar uma escala de
temperaturas.

Escala Celsius ( oC): Estabelece como parâmetro o ponto de


fusão da água como 0 oC e 100 oC a partir da dilatação de
mercúrio em uma coluna de vidro.
Temperatura (T)

A temperatura indica a direção do fluxo de energia na


forma de calor de um corpo para outro em
temperaturas diferentes se esses tiverem em contato

Fronteira1 entre dois corpos

Fronteira diatérmica: termicamente condutora.

Fronteira adiabática: termicamente isolante.


Equilíbrio térmico entre dois gases com
uma fronteira diatérmica

A energia flui do
sistema com maior
temperatura para o
1
sistema de menor
temperatura
na forma de calor (a)
e (c) até que o
equilíbrio térmico
tenha sido atingido.
Lei zero da termodinâmica

Se um corpo A está em equilíbrio


térmico com um corpo B e se B
está em equilíbrio térmico com C,
então C está em equilíbrio térmico
com o corpo A.

Esse princípio valida o uso de termômetros, uma vez que se uma medida de
temperatura termômetro indica uma certa temperatura de um corpo ou
ambinte A, significa que o termômetro está em equilíbrio térmico com o
ambiente A. Se outro ambiente ou corpo B indicar a mesma altura, significa
que ambos corpos estão a mesma temperatura.

Dessa forma e possível prever que não haverá fluxo


de energia de A para B na forma de calor.
Definição de Temperatura (T)
[É a medida do grau agitação das partículas (átomos ou
moléculas) de um ambiente. Pode ser medida por
termômetros através da dilatação de gases, ou líquidos
como mercúrio, etanol.
As escalas de temperatura que vamos utilizar é a escala
Celsius
1
( oC) e a escala absoluta ou Kelvin (K).

Conversão:
T (K) = t (oC) + 273

t (oC) = T (K) - 273


No SI (sistema internacional)
o padrão é K (Kelvin)
Temperatura (T)
Leis físicas dos gases

São equações matemáticas que relacionam os


comportamentos das variáveis de estado de um gás (P, V e T)
sob diferentes condições.

Elas ajudam a prever as variações de P, V e T. São leis


obtidas à partir de dados experimentais dentro de certas
limitações.

https://phet.colorado.edu/sims/html/gases-intro/latest/gases-
intro_all.html?locale=pt_BR (estudo dos gases)
Lei de Boyle – Transformação isotérmica
Observe a seguinte situação experimental a temperatura
constante:

O que podemos observar ?


Lei de Boyle – Transformação isotérmica
Observe a seguinte situação experimental:

Resultados à massa e temperatura constante

Observações experimentais
Quando aumentamos a pressão, o volume diminui na mesma
proporção;
 O produto da pressão x volume é sempre constante.
Lei de Boyle – Transformação isotérmica
Os experimentos de Boyle foram feitos à temperatura constante.
Nessas caso, essa condição é chamada de ISOTÉRMICA.

Observamos que em determinada pressão (P1) e volume (V1):


P1 . V1 = constante

Em outro conjunto de pressão (P2) e volume (V2)


P2 . V2 = constante

Logo, podemos escrever que:

Sob massa e temperatura constante, o volume de um gás


é inversamente proporcional ao sua pressão
Lei de Boyle – Transformação isotérmica

Sob massa e temperatura constante, o volume de um gás


é inversamente proporcional ao sua pressão
Lei de Boyle – Transformação isotérmica

Essa uma lei limite (dentro de certas condições):

 Em massas e temperaturas constantes de um gás;

 Em temperaturas relativamente não tão baixas e


pressões não tão altas;

 As unidades de pressão e volume devem ser iguais nos


diferentes volumes e pressões.
Interpretação molecular da Lei de Boyle

Quanto menor o volume maior a frequência das colisões


das partículas com as paredes do recipiente.

Maior a pressão.
Representação gráfica da Lei de Boyle

Isoterma:
Curva
Asddsadque passa pelos pontos de um gráfico em
que a temperatura
média é a mesma.
Gráfico característico de uma função
matemática:

y = 1
x

Nessa caso: V = constante


P
Isotermas em diferentes temperaturas

T4

T3

T2

T1
T4

T3
T2
T1
Exercício:

Deixa-se um balão cheio de gás hélio, com um volume de


0,55 L ao nível do mar (1 atm), suba até a altura de 6,5
Km, onde a pressão é aproximadamente 0,40 atm.
Supondo que a temperatura permanece constante, qual é o
volume final do balão?
Exercício:

Deixa-se um balão cheio de gás hélio, com um volume de


0,55 L ao nível do mar (1 atm), suba até a altura de 6,5
Km, onde a pressão é aproximadamente 0,40 atm.
Supondo que a temperatura permanece constante, qual é o
volume final do balão?

R: 1,38 L
Exercício:

Uma amostra de cloro gasoso ocupa um volume de 946


mLc à pressão de 726 mmHg. Calcule a pressão do gás
(em mmHg) se o seu volume se reduzir para 154 mL à
temperatura constante.
Exercício:

Uma amostra de cloro gasoso ocupa um volume de 946


mLc à pressão de 726 mmHg. Calcule a pressão do gás
(em mmHg) se o seu volume se reduzir para 154 mL à
temperatura constante.

R: 4460 mmHg
Lei de Charles e Gay-Lussac- Transformação
isobárica

Ao colocar um balão cheio na geladeira ele irá diminuir de


volume.

Por que ?
Lei de Charles e Gay-Lussac
Observe a seguinte situação experimental à massa e pressão
constante:

O que podemos observar ?


Lei de Charles e Gay-Lussac
Observe a seguinte situação experimental:

Resultados à
massa e
pressão
constante

Observações experimentais
Quando aumentamos a temperatura, o volume aumenta na
mesma proporção;

 O quociente da volume /temperatura é sempre constante.


Lei de Charles e Gay-Lussac
Os experimentos de Charles foram feitos à massa e pressão
constante. Nessas caso, essa condição é chamada de ISOBÁRICA .

Observamos que em determinado volume (V1) e temperatura(T1):


V1 / T1 = constante

Em outro conjunto de volume (V2) e temperatura(T2)


V2 / T2 = constante
Logo, podemos escrever que:

Sob massa e pressão constante, o volume de um gás é


diretamente proporcional a sua temperatura
Lei de Charles e Gay-Lussac- Transformação
isobárica

Essa lei é válida:

Em temperaturas não tão baixas e pressões não tão altas;

Em massas e pressões constantes do gás


Lei de Charles e Gay-Lussac – Transformação
isobárica

Sob massa e pressão constante, o volume de um gás é


diretamente proporcional a sua temperatura
Interpretação molecular da Lei de Charles e Gay
Lussac

O aumento da temperatura aumenta a velocidade das


moléculas e sua energia e isso faz com que o volume do
recipiente aumente e se expanda mantenha a pressão
constante, pois as
moléculas tem de percorrer uma distância maior até as
paredes (diminui a frequência das colisões).
Representação gráfica da Lei de Charles e
Gay-Lussac

Isóbara:
Asddsad Reta que passa pelos pontos
de um gráfico em que a
pressão
média é a mesma.

Gráfico característico de uma


função matemática:

y = ax

Nesse caso: V = constante . T


Lei de Charles e Gay-Lussac
Historicamente, quando a lei de Charles foi testada em várias
pressões constantes de diferentes gases (ainda escala Celsius) na
extrapolação para o volume zero, todas as medidas indicavam que
a temperatura seria – 273,15 0 C.
P4

P3 Como o volume zero é o menor


possível, Lorde Kelvin, concluiu
P2 que -273,15 0 C.

P1 É a menor temperatura possível.


Essa se tornou a escala Kelvin ou
escala absoluta.
Isóbaras em diferentes pressões
P4
P3

P2

P1
Lei de Charles - Transformação isovolumétrica
Por que a pressão do pneu dos carros aumenta em dias
muitos quentes após o carro percorrer longas distâncias ?

Pneus frios Pneus


30 psi de quentes
pressão após
viagem
32 psi de
pressão
Lei de Charles - Transformação isovolumétrica
Observe a seguinte situação experimental a volume
constante:

O que podemos observar ?


Lei de Charles – Transformação isovolumétrica
Observe a seguinte situação experimental à massa e volume
constante:

Resultados à massa e pressão volume constante

Observações experimentais
Quando aumentamos a temperatura, a pressão aumenta na
mesma proporção;

 O quociente da pressão /temperatura é sempre constante.


Lei de Charles
Os experimentos de Charles foram feitos à massa e pressão
constante. Nessas caso, essa condição é chamada de
ISOSVOLUMÉTRICA .

Observamos que em determinada pressão (P1) e temperatura(T1):


P1 / T1 = constante

Em outro conjunto de pressão (P2) e temperatura(T2)


P2 / T2 = constante
Logo, podemos escrever que:

Sob massa e pressão constante, a pressão de um gás é


diretamente proporcional a sua temperatura absoluta
(na escala Kelvin)
Lei de Charles - Transformação isovolumétrica
Essa transformação à volume constante é chamada de
isovolumétrica, isométrica ou isoscórica

Essa lei é válida:

Em temperaturas não tão baixas e pressões não tão


altas;

Em massas e volumes constantes;

As unidades de temperatura e volume devem ser iguais;

A temperatura obrigatoriamente deve se em Kelvin.


Lei de Charles – Transformação isovolumétrica ou
isoscórica

Sob massa e volume constante, a pressão de um gás é


diretamente proporcional a sua temperatura
Interpretação molecular da Lei de Charles

Quanto maior a temperatura, maior a velocidade e energia


das partículas. Logo, à volume constante elas colidem com
mais pressão contra as paredes do recipiente.
Representação gráfica da Lei de Charles

Isovolumétrica ou
isóscora:
Asddsad
Reta que passa pelos pontos
de um gráfico em que o
volume é
a mesmo.
Gráfico característico de uma
função matemática:

y = ax

Nesse caso: P = constante . T


Isóscoras em diferentes pressões
V4
V3

V2

V1
Lei de Charles - Transformação isovolumétrica
ou isoscórica
Essa lei é válida:

Em temperaturas não tão baixas e pressões não tão


altas;

A pressão e o volume devem estar nas mesmas unidades;

A temperatura obrigatoriamente deve estar na escala


absoluta (em Kelvin).
Lei Geral dos Gases
- Lei de Boyle

-Lei de Charles
e Gay-Lussac -Lei de Charles

Podemos combinar a lei de Boyle com as leis de Charles e


Gay-Lussac em uma única expressão:

ou
Exercício:

Em um certo processo industrial, o nitrogênio é aquecido a


500 K num vaso de volume constante. Se o gás entra no vaso
a 100 atm e 300 K, qual a sua pressão se o gás seguir o
comportamento de um gás ideal?
Exercício:

Em um certo processo industrial, o gás entra no vaso a 100


atm e 300 K. Qual a temperatura teria a amostra se a
pressão fosse de 300 atm?
Lei Geral dos Gases
Quando umas das variáveis permanecem constantes, obtemos
as 3 leis estudadas anteriormente:

Lei de Boyle

Lei de Charles e Gay-Lussac

Lei de Charles
Exercício:

Uma pequena bolha sobe do fundo de um lago, onde a


temperatura e a pressão são 8 oC e 6,4 atm, até a superfície
da água, onde a temperatura e a pressão são 25 oC e 1,0 atm.
Calcule o volume final da bolha se o volume inicial é de 2,1
mL.
Lei de Avogrado
Volumes iguais de quaisquer gases , nas mesmas condições de
temperatura e pressão tem o mesmo número de moléculas.

Figura ilustrativa da lei de Avogrado- mesmo volume = mesmo número de moléculas

Embora as moléculas gasosas tenham tamanho diferentes, no estado


gasoso podemos desprezar o tamanho das moléculas levando em
consideração o enorme espaço vazio entre elas.
CNTP
É uma sigla que significa condições normais de temperatura
(0 0 C ou 273 K) e pressão (1 atm ou 760 mmHg)

Volume molar
O volume molar é o volume ocupado por 1 mol (6,02 x 1023)
de qualquer gás na CNTP. Esse volume tem o valor de 22,4 L

22,4 L
Volume molar – Comparação de algumas
substâncias
Lei de Avogrado
A hipótese de Avogrado leva à conseqüência de que um volume
de gás é diretamente proporcional à quantidade de matéria
(número de mols - n) desse gás.

Temos as seguintes relações

Matematicamente: V = constante ou V = constante. n


n
Exercício:

Calcule o volume (em litros) ocupado por 7,40 g de amônia


(NH3)

Qual o volume em litros ocupado por 49,8 g de HCl na CNTP?


Exercício:

Calcule o volume (em litros) ocupado por 7,40 g de amônia


(NH3)

R: 9,74 L

Qual o volume em litros ocupado por 49,8 g de HCl na CNTP?

R: 30,5L
Relações de leis dos gases
Temos as seguintes relações:

V = volume
P = pressão
T = temperatura (K)
n = número de mols
Temos as seguintes relações

O sinal significa proporcional

Logo,
Lei dos gases ideais – Equação de Clapeyron
Combinando as expressões anteriores temos:

V = constante. n. T V = R. n. T
ou
P P
Chamaremos a constante de R (constante dos gases ideais).
Rearranjando a equação acima, obtemos as equações dos
gases ideais:

A lei dos gases ideais permite prever o estado do gás quando


várias variáveis são alteradas simultaneamente.
Qual o valor da constante R ?
Nas condições da CNTP (273 K, 1 atm de pressão) para 1 mol
de gás
N a constante R tem o seguinte valor:

Em outras unidades de pressão, constante R assume outros


valores. Os valores mais encontrados para esta constante,
são:

Para saber qual constante usar, basta observar as unidades de pressão ou


volume do problema ou desafio. Temperatura sempre é absoluta (em Kelvin).
Qual o valor da constante no SI ( Sistema
Internacional de Unidades) ?
N
1 atm = 101325 Pa
Fatores de conversão: 1 L = 1 x 10-3 m3
22,4 = 0,0224 m3
Qual o valor da constante R ?
Os valores anteriores foram encontrados convertendo os dados de pressão
ou mesmo de volume em outras unidades, como mostram os cálculos abaixo
para
N 1 mol de qualquer gás:
Qual o valor da constante em termos de energia?
A unidade de R pode ser 8,314 J/mol.K também.
N
Uma vez que Pa = N/m2 e R = 8,314 Pa.m3
mol. K

Então, R = 8,314 N.m3


m2.mol. K

Logo, R = 8,314 N.m R = 8,314 J


mol.
mol. KK mol. K

1 J = 1 N.m = 1 kg m2/s2
Lei dos gases ideais – Equação de Clapeyron
A lei dos gases ideais podem ser reduzir as lei estudadas
anteriormente se algumas variáveis forem mantidas
constantes.
Lei de Boyle

Lei de Charles e Gay-


Lussac

Lei de Charles

Lei de Avogrado
Lei dos gases ideais e a lei geral dos gases
Em gases que sofrem mudança, mas o número de mols (n)
permanece o mesmo (sem mudança de massa) a lei
dos gases ideais se reduz a lei geral dos gases.

Logo,

Como n1 = n2
Lei geral dos gases
Exercício:

O hexafluoreto de enxofre (SF6 ) é um gás incolor e inodoro.


Devido à sua reatividade muito fraca ele é utilizado como
isolante em equipamentos eletrônicos. Calcule a pressão (em
atm) exercida por 1,82 mol do gás em um recipiente de aço
de volume igual a 5,43 L a 69,5 oC.
Exercício:

O hexafluoreto de enxofre (SF6 ) é um gás incolor e inodoro.


Devido à sua reatividade muito fraca ele é utilizado como
isolante em equipamentos eletrônicos. Calcule a pressão (em
atm) exercida por 1,82 mol do gás em um recipiente de aço
de volume igual a 5,43 L a 69,5 oC.

R: 9,42 atm
Exercício:

Calcule o volume (em litros) ocupado por 2,12 mols de óxido


nítrico a 6,54 atm e 76 oC
Exercício:

Calcule o volume (em litros) ocupado por 2,12 mols de óxido


nítrico a 6,54 atm e 76 oC

R: 9,28 atm
O que é um gás ideal
Um gás ideal reúne algumas características:

 Volume das partículas do gás é desprezível em relação ao


volume que o gás ocupa;

 Não há nenhuma interação de atração entre as


partículas do gás;

A interação entre as partículas do gás só ocorre quando as


partículas se chocam entre si;

O comportamento de gases reais se torna próximo dos gases


ideais em baixas pressões (em torno de 1 atm ou menos) e em
temperaturas não tão baixas.
Densidade dos gases

Balões de gás hélio são utilizados em balões e dirigíveis e podem flutuar


no ar. Balões com ar quente também. São menos densos que o ar.

Como que a massa dos gases e a temperatura está relacionada com a


densidade?
Densidade dos gases
A definição de densidade d = densidade
m = massa
é a seguinte: V = volume

A densidade absoluta pode ser escrita de forma similar, mas


em função das massas e volumes molares:

d = densidade
M = massa molar Na CNTP:
Vm = volume molar
Densidade dos gases
Podemos calcular a densidade à partir da equação dos gases
ideais:
n = número de mols
Como: m = massa
M = massa molar

Então:

Logo:
Equação da densidade para um gás
ideal
Densidade dos gases
Na baixa atmosfera:

A equação da densidade nos


mostra que a densidade é
inversamente proporcional à
temperatura. Quanto maior a
temperatura menor a densidade
do gás.

 Por isso gases quentes


sobem. São menos densos
que o ar.
Exercício:

Calcule a densidade do dióxido de carbono (CO2) em g/L a


0,990 atm e a 55 oC
Exercício:

Calcule a densidade do dióxido de carbono (CO2) em g/L a


0,990 atm e a 55 oC

R: 1,62 g/L
Exercício:

Qual a densidade do hexafluoreto de urânio (UF6) a 799


mmHg e 62 oC
Exercício:

Qual a densidade do hexafluoreto de urânio (UF6) a 799


mmHg e 62 oC

R: 13,47 g/L
Massa molar de uma substância gasosa

Uma vez que:

Basta reajustar a fórmula, para calcularmos a massa molar


de gás desconhecido e ajudar na sua identificação, desde que
saibamos a densidade do gás.
Dispositivo para estimar a
d. R.T densidade do gás. O volume
do frasco é conhecido.
P Pesa-se o frasco sem o gás e
M = massa molar após com o gás e subtraem-se
P = pressão as massas.
d = densidade O resultado é massa do gás.
R= constante dos Dessa forma, podemos
gases calcular a densidade
T= temperatura
Densidade relativa dos gases
A densidade relativa relaciona quantas vezes um gás é mais
denso que o outro. Para isso basta dividir a densidade de um
gás (A) pela densidade de um gás (B).

Uma vez que:


A densidade
relativa
de um gás ode
ser
calculado pelas
massas molares
relativas dos
gases.
Densidade relativa dos gases
Ex: Quantas vezes o oxigênio é mais denso que o hidrogênio?

Significa que o oxigênio é 16 mais denso que o ar

Podemos compara a densidade de à densidade do ar.

A massa molar média molar do ar é 29 g /mol


aproximadamente
Densidade relativa dos gases
Ex: Porque um balão de gás hélio sobe e um de CO2 desce ?

Por isso os dirigíveis modernos são


enchidos com gás hélio.

Eles podem flutuar no ar.


https://www.youtube.com/watch?v=yNm
mX83xIGM (densidade de gases)
Exercício:

Um químico sintetizou um composto gasoso de cloro e


oxigênio, de cor amarelo-esverdeado, e obteve o valor de
7,71 g/L para sua densidade à 36 oC e 2,88 atm. Calcule a
massa molar do composto e determine sua respectiva
fórmula molecular.
Exercício:

Um químico sintetizou um composto gasoso de cloro e


oxigênio, de cor amarelo-esverdeado, e obteve o valor de
7,71 g/L para sua densidade à 36 oC e 2,88 atm. Calcule a
massa molar do composto e determine sua respectiva
fórmula molecular.

R: 67,9 g/mol

R: ClO2
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA
CAMPUS CRICIÚMA
FÍSICO-QUÍMICA I

GASES IDEAIS E GASES REAIS


PARTE II
Mistura dos gases – A lei de Dalton
Como funcionam as lei dos gases para uma mistura de gases ?

De acordo com lei de Dalton, baseados em dados


experimentais:
“A pressão exercida por uma mistura de gases é a soma das
pressões das pressões que cada um exerceria se estivesse
sozinho” .

Volume e
temperaturas
constantes.
Mistura dos gases – A lei de Dalton
P1 P2

A pressão total de uma mistura


de gases é a soma da pressão
individual (pressão parcial) de
cada gás A, B...

PT = PA + PB...
ou
PT = P1 + P2...
A lei de Dalton das pressões parciais
Como calcular as pressões parciais de cada gás a partir da
pressão total ?

Isso é possível, desde que saibamos o número de mols total


da mistura e o número de mols dos componentes da mistura.

Quanto maior o número de mols na mistura, maior a


contribuição para a pressão total.

Para isso será útil aprender o conceito de fração molar.


108

A lei de Dalton das pressões parciais


Fração Molar (x)
É o quociente entre a quantidade de mols (n) de um dos
componentes da solução (um dos solutos) e a quantidade total de
mols (nT) na solução.
Fração molar de A (x): nA ou nA
nA + nB + ... ∑n

A soma das frações molares sempre tem que ser igual a 1.


xA + xB ... = 1

Em uma mistura com dois gases


XA + XB = nA nB = 1
+
nA + nB nA + nB
A lei de Dalton das pressões parciais
Para calcular as pressões parciais de cada gás em uma
mistura com dois gases, operamos da seguinte maneira
utilizando a equação dos gases ideais:
Para o gás A:

pA =.nART x A = nA xA .nT = nA
V nT

Então:
pA = xA .nTRT pA = xA .PT
V

A pressão parcial do gás A é o produto da fração molar


do gás A pela pressão total.
A lei de Dalton das pressões parciaisc
De maneira geral, a pressão parcial de um gás quaisquer i é
dado pelo produto entre a fração molar do gás i (Xi) e a
pressão total (PT) da mistura.

Pi = Xi .PT

Essa lei é válida se o volume e a


temperatura forem constantes.
Exercícios:

1 - A composição do ar seco em porcentagem ponderal (isto


é, em massa), ao nível do mar, é aproximadamente 75,5% de
N2 ; 23,2% de O2 e 1,3% de Ar. Qual é a pressão parcial de
cada um dos componentes quando a pressão total é igual a
1,20 atm ?

2 - Quando se leva em conta a presença de dióxido de


carbono, as porcentagens ponderais são 75,52 (N2); 23,15
(O2 ) 1,28% de (Ar) e 0,046 (CO2). Quais são as pressões
parciais quando a pressão total é 0,900 atm ?
Exercícios:

A composição do ar seco em porcentagem ponderal (isto é,


em massa), ao nível do mar, é aproximadamente 75,5% de N2
; 23,2% de O2 e 1,3% de Ar. Qual é a pressão parcial de
cada um dos componentes quando a pressão total é igual a
1,20 atm ?

R: 0,936 atm; 0,252 atm e 0,012 atm

Quando se leva em conta a presença de dióxido de carbono,


as porcentagens ponderais são 75,52 (N2); 23,15 (O2 ) 1,28%
de (Ar) e 0,046 (CO2). Quais são as pressões parciais quando
a pressão total é 0,900 atm ?

R: 0,703 atm; 0,189 atm; 0,0084 atm e 0,00027 atm


Teoria cinética dos gases
A teoria cinética dos gases é um modelo baseado
generalizações e hipóteses baseados em gás ideal.

Modelo de um gás ideal


Os gases consistem em um grande número de moléculas em
movimento perpétuo;

O volume das moléculas do gás é desprezível em relação ao


volume total. As distâncias entre as moléculas são muito
grandes;

As partículas se movem em linha reta e velocidade constante


até se chocarem com as paredes do recipiente ou com outras
partículas (colisões raras) . As colisões são elásticas
Teoria cinética dos gases

Modelo de um gás ideal

As moléculas dos gases tem tamanho desprezível em relação


ao volume do gás. As distâncias entre as moléculas são muito
grandes;

As moléculas estão em constante movimento de forma que a


energia total é constante. As colisões com as paredes são
elásticas (sem perda de energia);

As partículas se movem em linha reta e velocidade constante


até se chocarem com as paredes do recipiente ou com outras
partículas.
Teoria cinética dos gases
As forças de atração e de repulsão entre as moléculas do
gás são desprezíveis;

A energia cinética média de uma molécula é proporcional à


temperatura absoluta. Qualquer gás a mesma temperatura
tem a mesma energia cinética.

A energia cinética média é dada pela seguinte equação:


Ec = energia cinética
v = velocidade
m = massa

* A linha em cima significa que é uma média das moléculas


Teoria cinética dos gases

As seguintes relações são importantes:

constante de Boltzmann
Teoria cinética dos gases

As seguintes relações são importantes:


Teoria cinética dos gases
Imagine uma molécula de massa m se deslocando em uma caixa
com dimensões L (comprimento da caixa).
Teoria cinética dos gases
Imagine uma molécula se deslocando em uma caixa com
dimensões L (comprimento da caixa).
1. Inicialmente analisamos o movimento
na coordenada x de uma molécula indo
no sentido L e retornando no sentido –L.

2. De acordo com a segunda lei de


Newton: ax = ∆vx
∆t
F = m.ax

Logo, F = m. ∆vx F = ∆ (m. v) F = ∆p


∆t ∆t ∆t
∆p = - mvx – mvx = - 2mvx F ∆t = - 2mvx
Teoria cinética dos gases

F ∆t = - 2mvx Como: ∆t = ∆L = -L -L
vx vx

F ∆L = - 2mvx Como: F (-L –L) = - 2mvx


vx ∆vx

F . (-2L) = -2(mvx)2 F . L = (mvx)2

Somando todas as moléculas e multiplicando e dividindo o lado


direito por N (número de moléculas), Velocidade média
das moléculas

F . L = ∑(mvx)2 . N F . L = m. N . ∑(vx)2
N
N
Teoria cinética dos gases
F . L = m. N . ∑(vx)2 Como: P = F P = F.A
A

P.A. L = m. N . (vx)2 P.V = N. m. (vx)2

Isso é o volume V

Como vx = vy = vz e v2 = (vx)2 + (vy)2 + (vz) 2 , logo v2 = 3 (vx)2 ,

Então: vx = v2 / 3
Multiplicando e dividindo o lado direito
por 2, temos:
P.V = N. m. v2
P.V = N. m. v2 . 2
3
3 2
Teoria cinética dos gases

P.V = N. m. v2 . 2 P.V = 2.N. m. v2


3 2 3 2

A lei dos gases ideais é a seguinte: P.V = n.R.T, então:

nRT = 2.N. m. v2 3nRT = N. m. v2 N. m. v2 = 3nRT


3 2 2 2 2

Rearranjando...
N. m. v2 = 3 RT NA. m. v2 = 3 RT
n 2 2 2 2

Energia cinética média de


NA = N 1 mol de moléculas.
n
Teoria cinética dos gases

NA. m. v2 = 3 RT Energia cinética média de


2 2 1 mol de moléculas.

Rearranjando...
Energia
m. v2 = 3 R . T cinética média
m. v2 = 3 . k . T
2 2 NA de 1 molécula
2 2

Em ambas equações a temperatura está relacionada à energia


cinética média molecular. Energia cinética é energia de
movimento, é a agitação das moléculas.

Temperatura é a medida da agitação média, da energia


cinética média das moléculas
Siglas
NA número de Avogrado
N = número de moléculas
L = comprimento da caixa (distância)
F = força;
a = aceleração;
v = velocidade;
t = tempo
p = momento linear
P = pressão
A = área
V = volume
m = massa da molécula
n = número de mols
R = constante dos gases ideais (8,31 J. K-1. mol-1)
k = constante de Boltzmann (1,23x10-23 J. K-1 )
Teoria cinética dos gases
A análise mecânica do comportamento molecular dos gases
ideais levou à conclusão que a energia cinética de 1 mol
(6,02x1023) de moléculas é proporcional à temperatura através
da seguinte relação:
NA = número de Avogrado (6,02 x 1023 )
v = velocidade
NA R m = massa
R = constante dos gases ideais
•Como estamos falando de 1 mol, a energia cinética média deve ser multiplicada
Pelo número de Avogrado

Como: M = NA . m Então:
M = massa molar M R
Teoria cinética dos gases
Rearranjando a equação anterior podemos calcular a
velocidade média das moléculas

1
M R
2

v
Moléculas são mais rápidas à medida que a temperatura do gás
for maior. Moléculas com menor massa molar (mais leves) são
mais rápidas.
Teoria cinética dos gases

Para a resolução deste tipo de problemas, as unidades devem


estar no SI (sistema Internacional).

Massa molar deve estar em Kg/mol e massa devem estar em


Kg.

A temperatura sempre deve estar em Kelvin

A constante dos gases R deve ser 8,314 J/mol.K


Relembrando...
A unidade de R pode ser 8,314 J/mol.K também.
N
Uma vez que Pa = N/m2 e R = 8,314 Pa.m3
mol. K
Então, R = 8,314 N.m3
m2.mol. K

Logo, R = 8,314 N.m R = 8,314 J


mol.
mol. KK mol. K

1 J = 1 N.m = 1 kg.m2/s2
Exercícios:

Calcule a velocidades médias dos átomos de hélio e da


molécula de nitrogênio em m /s a 25 o C.
Exercícios:
Para a molécula de Hélio: v

Massa molar do hélio


= 4,003 g/mol ou 0,00403 g/mol ou 4,003x10-3 g/mol

v
Exercícios:
Para a molécula de nitrogênio:
Massa molar da molécula de nitrogênio
= 28,02 g/mol ou 0,02802g/mol ou 28,02x10-2 g/mol

v
Exercícios:
Calcule a velocidades médias dos átomos de neônio (Ne) e da
molécula de dióxido de carbono em m /s a 25 o C.
Exercícios:

Calcule a velocidades médias dos átomos de neônio (Ne) e da


molécula de dióxido de carbono em m/s a 25 o C.

R: 862 m/s e 411 m/s


Distribuição das velocidades moleculares
Molécula de N2
 O pico na curvas sinaliza o
número de moléculas;

 Um número maior de
moléculas se move mais
rápido com o aumento da
temperatura (o pico da curva
se move pra direita);

Com o aumento da
temperatura
a curva se achata o que
indica uma distribuição mais
diversa
de velocidades e com maio
velocidades.
Distribuição das velocidades moleculares

 Moléculas mais
leves se movem
com maior
velocidade do
que moléculas
mais pesadas.
Difusão e efusão dos gases
Se abrirmos um frasco de gasolina ou de um perfume em um
canto da sala, por que não percebemos imediatamente se as
moléculas se movem em alta velocidade ?

As moléculas gasosas sofrem difusão no ambiente, isto é,


espalham-se no ambiente
gradualmente;

As moléculas gasosas


sofrem várias colisões
com outras moléculas. Por
isso, não percebemos um
Trajetória de uma partícula de um
cheiro de um frasco
gás após várias colisões com
aberto imediatamente. outras partículas.
Difusão e efusão dos gases
Após certo tempo na parede o
balão murcha. Porque ?

O b balão ao lado contém


O
pequenos poros por onde o
balão escapa;

O processo na qual um gás


sob pressão escapa de um Após certo tempo
recipiente por um orifício ou
poros é chamado de efusão.

Efusão de um gás de um ambiente de pressão


maior para um de pressão menor.
Lei de Graham
Em 1832, Thomas Graham descobriu a velocidades relativas
de efusão (pode ser aplicada para difusão) dos gases em
comparação.
Em condições idênticas, as velocidades de efusão de dois
gases são inversamente proporcionais às raízes quadradas
de suas densidades absolutas ou massas molares.

Matematicamente:
ou

https://www.youtub V1 = velocidade do gás 1 ; d1 = densidade do gás 1


e.com/watch?v=yNm V2= velocidade do gás 2 ; d2 = densidade do gás 2
mX83xIGM M1 = massa molar do gás 1
(densidade e difusão M2 = massa molar do gás 2
Em balões)
Lei de Graham
Exercícios:

Qual a razão entre as velocidades de efusão das moléculas de


dióxido de carbono e do dióxido de enxofre, no mesmo vaso,
na mesma temperatura e na mesma pressão ? Qual irá
esvaziar o vaso primeiro ?
Exercícios:

Qual a razão entre as velocidades de efusão das moléculas de


dióxido de carbono e do dióxido de enxofre, no mesmo vaso,
na mesma temperatura e na mesma pressão ? Qual irá
esvaziar o vaso primeiro ?
R: 1,21. O dióxido de carbono irá esvaziar primeiro.
Enriquecimento de urânio por efusão
O fenômeno da efusão pode ser utilizado para enriquecer
Urânio, no qual os isótopos 235U e 238U podem ser separados.

Os compostos 235UF6 e 238UF6 . O composto mais leve tende


a efudir mais rapidamente de acordo com a Lei de Graham e
pode ser separado em um maquinário específico que contém
poros.
Maquinário de efusão para
enriquecimento de urânio.

O enriquecimento é usado para separar


o 235U, utilizado em usinas e armas
nucleares após vários processos de
efusão.

Você também pode gostar