0% acharam este documento útil (0 voto)
62 visualizações46 páginas

3 Fundamentos

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 46

violão do zero ao avançado

por

rodrigo
ferrarezi
fun
da
men
tos 3
1
MÓDULO 3 - fundamentos

Qual Modelo de
Violão Escolher?
[Os Diferentes Modelos]

Basicamente temos 3 modelos principais:

jumbo folk
clássico

Folk modelo
Jumbo em uma
Cordas caixa maior, Cordas
de Nylon reforçando de Aço
graves mais
destacados

VIOLÃO INTENSIVO
2
MÓDULO 3 - fundamentos

Conhecendo o Violão
[As partes do violão]
cabeça

tarraxas
pestana

marcações casas
braço

tróculo
traste

boca
lateral

mosaico rastilho

cavalete tampo

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

2- Conhecendo o Violão [As partes do violão]

Corpo, Boca, Tampo e Mosaico (Roseta):

A caixa acústica nada mais é do que o corpo do violão. Ele é formado pelo
fundo (parte de trás), pelo tampo (parte da frente) e pelas laterais do violão e
é essa parte que amplifica o som das notas do violão.

Existem caixas acústicas de diversos materiais, mas o material ideal é a


madeira. Isso porque a madeira sólida permite uma melhor sonoridade em
comparação ao compensado, por exemplo. Isso significa que essa parte tem
total influência no som emitido pelo violão.

No tampo é onde fica a boca do violão. É ela que faz a transmissão das
ondas sonoras do violão. E ao redor da boca existe a roseta ou mosaico.
Muitos acreditam que a roseta tem apenas a finalidade decorativa, mas além
disso, ela também firma a madeira de forma a evitar com que seja lascada.

Com relação ao tamanho da caixa acústica e da boca, geralmente violões


com uma boca menor produz um som mais agudo se comparado a um
violão com uma boca maior. O mesmo tende a ocorrer com a caixa acústica,
se a caixa for muito larga, o som produzido tende a ser mais grave e ter
menor definição se comparada a uma caixa mais fina.

Entretanto o tamanho é apenas um dos fatores que influenciam na


sonoridade. Para definir a melhor caixa acústica é necessário avaliar não só
o tamanho, mas também o material e a anatomia, por exemplo. Na dúvida,
procure um Luthier.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

2- Conhecendo o Violão [As partes do violão]

Braço:

É onde a mão esquerda (ou direita, no caso dos canhotos)


fica apoiada. Serve, principalmente, para sustentar a escala.

lateral:

Parte lateral do corpo, geralmente com cor diferente do tampo.

cabeça:

É a extremidade de cima do violão, onde ficam as tarraxas.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

2- Conhecendo o Violão [As partes do violão]

Cavalete:

É a peça que fica presa no corpo do violão e serve para prender


as cordas.

Escudo:

Presente em violões com cordas de aço. Serve para proteger


o corpo de palhetadas.

Rastilho:

Apoio das cordas no cavalete, definindo a altura correta que


devem estar em relação ao braço do instrumento.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

2- Conhecendo o Violão [As partes do violão]

casa:

Espaço delimitado pelos trastes, aonde o violonista pressiona


para fazer os acordes e/ou solos.

Marcações:

São as bolinhas que definem determinadas posições no braço


do instrumento, auxiliando o violonista a localizar onde quer
tocar.

Tarraxa:

Ficam na cabeça e permitem afinar o violão. As tarraxas soltam


e apertam as cordas para afinar o instrumento, diminuindo
e/ou aumentando a tensão das mesmas.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

2- Conhecendo o Violão [As partes do violão]

Tróculo:

É a parte que fica atrás do braço e serve para ligá-lo ao corpo.

Traste:

Delimitam as casas, que definem as notas que serão tocadas


(caso pressionadas)

Pestana:

A pestana é a parte que une a mão ao braço do violão. As


cordas passam por ela e direcionadas até as tarraxas para
afinação. Por isso é importante que a pestana esteja em bom
estado e que tenham sido produzidas com um bom material,
pois um problema nessa parte pode influenciar na afinação e,
consequentemente, no som produzido pelo violão.

Pode ser feita de vários materiais. O material mais comum é o


osso, mas também existem as de plástico, por exemplo,
entretanto as de plástico não garantem tanta estabilidade
quanto as de osso ou metal.

VIOLÃO INTENSIVO
3
MÓDULO 3 - fundamentos

As Cordas do Violão [Bordões


e Primas] (Nylon e Aço) e o
Encordoamento Indicado

as cordas do violão, em AFINAÇÃO


PADRÃO, representam as notas:

1ª corda – Mi (E)
2ª corda – Si (B)
3ª corda – Sol (G)
4ª corda – Ré (D)
bordões
5ª corda – Lá (A) 6º mi
6ª corda – Mi (E) 5º la
4º re
3º sol
2º si
1º mi

primas

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

3- As Cordas do Violão [Bordões e Primas]


(Nylon e Aço) e o Encordoamento Indicado

Violão com cordas de nylon:

As cordas de nylon são naturalmente mais macias do que as de aço. Elas


também são mais flexíveis e mais leves, por isso são recomendadas para
que esteja começando a praticar no violão.

O som que elas ajudam a produzir é naturalmente mais baixo, além do timbre
ser delicado e suave.

Este tipo de corda também é o ideal para quem pretende tocar MPB, bossa
nova e samba.

Além disso, é uma ótima opção


para músicas clássicas e é
mais indicada para praticar o
seu dedilhado. Uma coisa ruim
das cordas de nylon é que elas
desafinam muito quando são
novas, demorando muito mais
tempo que um encordoamento
de aço para estabilizar a
afinação.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

3- As Cordas do Violão [Bordões e Primas]


(Nylon e Aço) e o Encordoamento Indicado

Violão com cordas de aço:

Já as cordas de aço no geral são mais duras e difíceis de tocar do que as de


nylon e justamente por isso são utilizadas por quem já é mais experiente.

Elas também ajudam a emitir um som mais intenso e o timbre é mais puxado
para o agudo.

Além disso, para tocar as cordas


de aço, geralmente são usadas as
palhetas, que garantem mais
qualidade ao seu som.

Quem toca rock, pop, música


sertaneja e gospel costuma
utilizar violões com cordas deste
tipo.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

3- As Cordas do Violão [Bordões e Primas]


(Nylon e Aço) e o Encordoamento Indicado

Qual a diferença entre ambas as cordas?

Como você pode perceber de acordo com o conteúdo que foi apresentado
anteriormente, a principal diferença entre o violão de nylon e de aço não
está somente no material, mas sim no estilo de música que você irá tocar
com cada uma delas.

O recomendado é que você


respeite a construção do
violão, pois cada violão é
construído para receber um
tipo de encordoamento.
Violões de cordas de nylon
são pensados e construídos
para este fim, assim como os
de aço. corda de nylon

Não é recomendado colocar


cordas de nylon num violão
construído para ser Folk (aço)
e nem vice-versa. Um violão
clássico foi feito para ter
cordas de nylon, não convém
colocar cordas de aço num
violão desse, porque pode
até mesmo empenar o braço
corda de aço
e estragar o violão todo.

VIOLÃO INTENSIVO
4
MÓDULO 3 - fundamentos

Nomenclatura
das Mãos

Nomenclatura das Mãos:

Dedos da mão esquerda: Dedos da mão direita:

1- Indicador P- Polegar
2- Médio I- Indicador
3- Anular M-Médio
4-Mínimo A- Anular

2 3 M
A i
1
4

esquerda direita

Os dedos da mão esquerda são representados pelos números


1, 2, 3 e 4 e os dedos da mão direita são representados pelas
iniciais P, I, A, M.
Em ritmos sem palheta e dedilhados, o polegar da mão direita
é usado nas três cordas mais graves (bordões), o indicador
na 3ª corda, o médio na 2ª corda e o anular na 1ª corda.

VIOLÃO INTENSIVO
5
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Afinar o Violão


(Com Afinador e de Ouvido)

Diapasão:

Este é o aparelho mais simples para afinar violão e/ou


guitarra, porém hoje em dia existem os eletrônicos que são
muito mais simples e de baixo custo também. Hoje em dia a
grande maioria dos músicos usam os afinadores eletrônicos.

Para tirar som do diapasão basta bater sobre uma superfície


rígida, ou até mesmo sobre a mão e colocá-lo próximo ao
ouvido para ouvir o som da nota Lá (440Hz). Os violonistas
tinham o recurso da ressonância, ao colocar o diapasão no
corpo do violão para soar mais alto e assim afinar o
instrumento.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

5- Como Afinar o Violão


(Com Afinador e de Ouvido)

Diapasão de sopro:

O diapasão de sopro emite mais de uma nota, assim


conseguimos afinar mais de uma corda do violão, guitarra ou
mesmo a voz (para que um quarteto, por exemplo, cante
harmoniosamente).

modelo 1 modelo 2

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

5- Como Afinar o Violão


(Com Afinador e de Ouvido)

Afinador eletrônico:

O Diapasão Digital utiliza método eletrônico para fazer a


leitura da vibração da corda, retornando resultado bem
preciso.

Nele o ouvido não é utilizado, podendo afinar corda por corda


sem necessidade de referência sonora pelo ouvido humano.

Afinador
eletrônico:

Pedal de
afinador Afinador
eletrônico: eletrônico
para prender
no headstock:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

5- Como Afinar o Violão


(Com Afinador e de Ouvido)

Afinação de ouvido:

Para se afinar um violão ou uma guitarra de ouvido, temos que saber identificar
se o som está igual ou diferente do ideal.

À partir da corda 6 (Mizão) afinado: Afinando a corda 5 (Lá):


A primeira coisa que devemos perceber é Uma vez afinado o mizão,
se a nossa corda desafinada está abaixo devemos pressionar a 6ª
ou acima do ideal. Se estiver abaixo, corda na casa 5, obtendo
temos que apertar aos poucos enquanto assim, a nota Lá para afinar
tocamos até chegar no ponto ideal. a corda 5.

Afinando a corda 4 (Ré): Afinando a corda 3 (Sol):


Com a corda Lá afinada, devemos Com a corda Ré afinada,
pressionar a 5ª corda na casa 5, obtendo devemos pressionar a 4ª
assim, a nota Ré para afinar a corda 4. corda na casa 5, obtendo
assim, a nota Sol para
afinar a corda 3.

Afinando a corda 2 (Si): Afinando a corda 1 (Mi):


Com a corda Sol afinada, devemos Com a corda Si afinada,
pressionar a 3ª corda na casa 4, obtendo devemos pressionar a 2ª
assim, a nota Si para afinar a corda 2. corda na casa 5, obtendo
assim, a nota Mi (“mizinha”)
para afinar a corda 1.

VIOLÃO INTENSIVO
6
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Trocar as Cordas do


Violão (PASSO A PASSO com
imagens)

Como trocar as cordas do violão na prática:

Não é preciso fazer um curso técnico para saber como trocar as cordas do
violão. Basta atentar-se a alguns detalhes e ter cautela e paciência para tirar de
letra. Confira o passo a passo completo:

1. Tire as cordas velhas:


Aqui, é imprescindível que você conheça bem o seu instrumento. Tirar todas as
cordas de uma vez é prejudicial para violões mais simples, pois há o risco do
braço empenar ou da ponte soltar. Nos violões medianos também existem esses
riscos. Porém, você pode tirar as cordas de duas em duas ou de três em três.

Em um violão de alto custo, com um bom tensor e ponte sólida, não há


problemas em tirar as seis cordas de uma só vez.

Mas aja com prudência. Nesse sentido, não deixe o instrumento sem as cordas, a
não ser que você esteja certo que ele suporta esse tipo de situação. Dito isso,
vamos pôr a mão na massa.

Para começar, afrouxe as cordas e solte-as das tarraxas. Já na ponte, existem


três formas de proceder, conforme a extremidade da corda que você está
tirando do violão:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

6- Como Trocar as Cordas do Violão


(PASSO A PASSO com imagens)

Cordas com trava [AÇ0]:

Essas são as cordas de aço. Elas possuem uma


trava na forma de uma bolinha em uma de suas
extremidades. É só segurar essa trava e puxar a
corda para fora do instrumento. Alguns violões
têm um pino para cada corda na ponte. Basta
levantar esse pino e retirar a corda.

Cordas cruas [nylon]:

Aqui temos as cordas de nylon. Elas possuem as


duas extremidades lisas, ou seja, sem nenhuma
trava. Nesse caso, a corda é presa à ponte por um
laço feito manualmente. É só desfazê-lo para tirar
a corda do violão.

2. Prenda as cordas novas na ponte


Como vimos, existem cordas de aço e de nylon. Cada violão é fabricado para
usar um ou outro tipo de corda. Portanto, nunca ponha cordas de aço em um
violão para nylon e vice-versa.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como trocar as cordas do violão na prática:

Prendendo as cordas de nylon

1 2

3 4

5 6

7 8

9 10

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como trocar as cordas do violão na prática:

Prendendo as cordas de nylon

11 12

13 14

Prendendo as cordas de nylon


As cordas de nylon dão um pouco mais de trabalho, mas
você vai ver que prendê-las na ponte não é nenhum bicho
de sete cabeças. Basta seguir o procedimento a seguir:

Passe uma extremidade da corda pelo buraquinho da


ponte, de fora para dentro, e estique-a até a tarraxa;
Deixe uma sobra na outra extremidade, para o lado de
fora da ponte;
Pegue essa sobra e passe por dentro da parte da
corda que está por cima da ponte;
Repita esse procedimento duas vezes, passando a
sobra novamente pelo pedaço de corda que está
sobre a ponte. Deixe o laço bem firme.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como trocar as cordas do violão na prática:

Prendendo as cordas de AÇO

1 2

3 4 5

6 7

Prendendo as cordas de AÇO


Como já foi dito, as cordas de aço vêm com uma trava em uma das suas
extremidades. Cada trava é de uma cor diferente para a identificação das
cordas. Essa informação se encontra na embalagem do encordoamento.

Se a ponte do seu violão não tem os seis pinos para prender as cordas, basta
passá-las pelo buraquinho de fora para dentro. Ao esticar as cordas até a
tarraxa, a trava prenderá-las à ponte automaticamente.

Nos violões com pinos na ponte, insira a extremidade da corda com a trava
no mesmo buraco de onde você retirou a corda antiga. Depois, pegue o pino e
tampe o buraco (é importante que os pinos fiquem bem presos).

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como trocar as cordas do violão na prática:

3- Prenda as cordas novas nas tarraxas


Após a corda estar presa na ponte, pegue a outra extremidade dela e a estique
até sua tarraxa correspondente. Nos violões de corda de aço, as três mais
grossas devem passar por baixo do pino das três tarraxas superiores.

A corda “Mizona” é presa na tarraxa mais próxima do braço do violão. A “Lá” é


fixa na tarraxa do meio. Por fim, a corda “Ré” é presa na tarraxa mais próxima
do final da mão do violão.

As três cordas mais finas precisam passar por cima do pino das três tarraxas
inferiores. A corda “Mizinha” é presa na tarraxa mais próxima do braço do
violão. Já a “Si” é fixa na tarraxa do meio. A corda “Sol” é presa na tarraxa mais
próxima do final da mão do violão.

Faça a corda dar duas voltas pelo pino da tarraxa e depois a insira pelo
buraquinho dela. Estique bem a corda e depois gire a tarraxa até que a corda
produza um som duradouro.

4- Afine o violão
Pronto! Você já sabe como trocar as cordas do violão. Agora o que falta é bem mais
de fazer. Primeiramente, você deve afinar o violão. Para isso, você pode utilizar o
afinador eletrônico ou App que preferir.

5- Faça o acabamento
Pegue um alicate e corte as sobras das cordas nas tarraxas, mas não tire tudo.
Deixe uma folga ao redor de 1 centímetro. Agora, é só fazer um som!

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como trocar as cordas do violão na prática:

6- Use cordas de qualidade


Para finalizar, procure colocar sempre encordoamento de qualidade. Veja
algumas indicações a seguir:

D’Addario Giannini (custo x benefício)


Elixir Nig Strings (custo x benefício)
Ernie Ball SG (custo x benefício)

diferença entre as cordas para violão de aço e nylon:

O encordoamento para o violão influencia diretamente na sonoridade e timbre


musical, sendo muito importante adquirir a corda correta.
Além disso, as cordas de nylon e de aço diferem muito na sonoridade e, também,
na tocabilidade.

Nos encordoamentos de aço a sonoridade é muito mais intensa e brilhante.


O timbre é mais vibrante e a própria corda é muito mais resistente ao toque.
Esse tipo de corda é mais usado para ritmos mais fortes, como é o caso do pop,
rock e também de alguns estilos de música sertaneja.

Por outro lado, as cordas de nylon são bem mais agradáveis ao toque e possuem
uma sonoridade mais suave, proporcionando assim um maior equilíbrio do som.
Em geral, esse é o tipo de encordoamento escolhido por músicos dedicados a
gêneros como bossa nova, MPB, baladas, entre outros.

Portanto, conhecer os tipos de corda é o primeiro passo para fazer a escolha


mais adequada.

VIOLÃO INTENSIVO
7
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Ler
Tablatura

Como ler tablatura no violão:

A forma de escrita por tablatura consiste em 6 linhas que


representam as 6 cordas soltas do violão/guitarra. A ordem das
cordas na tablatura, de cima para baixo, é a seguinte:

A corda mais grossa e grave (Mi grave) é a de baixo, enquanto a corda


mais fina e aguda (Mi agudo) é a de cima. As demais cordas seguem a
mesma lógica que o instrumento apresenta.

Em cima de cada corda, coloca-se um número que representa a casa


do violão que deve ser pressionada. Observe abaixo:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

7- Como ler tablatura no violão:

Como ler tablatura no violão:

Nesse exemplo, você deveria pressionar a terceira casa da corda Lá


com a mão esquerda e tocar essa corda com a mão direita.

Quando aparecem outros números em sequência, você deve tocar


uma nota após a outra. Observe:

Nesse caso, você deveria tocar a 5ª casa da corda Ré, depois a 7ª casa
da corda Ré, depois a 5ª casa da corda Sol, e assim por diante.

Obs: o número zero representa a corda solta (sem pressionar


nenhuma casa), por exemplo:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

7- Como ler tablatura no violão:

Como ler tablatura no violão:

Aqui, a corda Si deveria ser tocada solta.

Quando os números aparecem uns em cima dos outros, significa que


eles devem ser tocados ao mesmo tempo. Veja o exemplo abaixo:

Nesse caso, você deveria pressionar todas essas casas nas suas
respectivas cordas e tocá-las ao mesmo tempo. Repare que essa é a
forma de representarmos os acordes. Se uma linha aparece vazia
nesse instante, ela não deve ser tocada.

Técnicas específicas em Tablatura:

Na tablatura, além de mostrarmos o que você deve tocar, também


podemos mostrar as técnicas utilizadas para tocar cada nota. Veja a
seguir as técnicas e simbologias mais comuns.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

7- Como ler tablatura no violão:

Técnicas específicas em Tablatura:

Hammer-on
Consiste em martelar com a mão esquerda a corda numa respectiva
casa, sem o auxílio da mão direita (quem toca a nota é a mão
esquerda somente).
Pode ser representado pela letra h ao lado do número que mostra a
casa a ser tocada, ou por uma linha que liga uma nota à outra:

Vibrato
Consiste em vibrar o dedo após pressionar e tocar uma corda e
determinada casa. Essa oscilação é conseguida ao se “tremer” o dedo,
como se você estivesse fazendo muitos bends bem curtos
rapidamente para cima e para baixo. Sua notação é uma leve onda
após a nota a ser pressionada:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

7- Como ler tablatura no violão:

Técnicas específicas em Tablatura:

Pull-off
Consiste em deslizar o dedo da mão esquerda para baixo em uma
corda que estava sendo pressionada, com o objetivo de tocar essa
corda sem o auxílio da mão direita. Observe o exemplo abaixo (a
notação é idêntica ao hammer-on):

Nesse caso, o dedo que estava pressionando a 5ª casa da corda Lá


deve deslizar para baixo (vertical) de maneira que saia o som da 3ª
casa. Note que esse dedo da mão esquerda está assumindo a função
que seria da mão direita de tocar a 5ª corda quando a 3ª casa
estivesse sendo pressionada.

O Pull-off também pode ser representado pela letra p. Sua técnica


representa o inverso do Hammer-on. Essas duas técnicas costumam
ser utilizadas em conjunto e são chamadas de “ligados”. Por exemplo:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

7- Como ler tablatura no violão:

Técnicas específicas em Tablatura:

Bend
Consiste em levantar ou abaixar uma corda com os dedos da mão
esquerda, com o objetivo de atingir o som das casas à frente daquela
casa que foi pressionada. Quando o Bend alcança o som de uma casa
à frente, chama-se Bend de meio tom. Quando ele atinge o som de
duas casas à frente, chama-se Bend de um tom, ou Full Bend. Pode-se
atingir também tons superiores. Quando mais se ergue a corda, mais
agudo fica o som, ou seja, mais tons à frente são possíveis de se
atingir. Sua notação é uma flecha que informa quantos tons deve-se
atingir:

Nesse exemplo, o Bend deveria ser de meio tom.

Quando se deseja erguer a corda e depois retornar a posição inicial, a


notação fica a seguinte:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

7- Como ler tablatura no violão:

Técnicas específicas em Tablatura:

Slide
Consiste em deslizar o dedo da mão esquerda na horizontal, indo de
uma casa para outra escorregando o dedo pelos trastes e casas do
instrumento até se chegar no destino. Sua notação é uma barra:

Nesse exemplo, você deveria pressionar/tocar a 5ª casa na 3ª corda e


depois deslizar o dedo até a 9ª casa dessa corda (deixando essa corda
soar nesse processo todo).

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

7- Como ler tablatura no violão:

Técnicas específicas em Tablatura:

Tapping
Consiste em martelar uma corda em determinada casa utilizando a
mão direita em vez da esquerda. É a mesma técnica que vimos para
os ligados (Hammer-on e Pull-off), só que executada pela mão direita
ao invés da mão esquerda. Quem difundiu essa técnica foi o
guitarrista Edie Van Hallen nos anos 1980.

Porém, há registros dessa técnica sendo utilizada muito antes disso,


antes mesmo do nascimento de Van Hallen, portanto ele não pode ser
considerado o “inventor” do Tapping. O fato é que, após ele, essa
técnica acabou sendo amplamente difundida e incorporada nos solos
de milhares de guitarristas, violonistas e baixistas.
O Tapping é representado pela letra “T”, indicando qual casa e corda
deve ser pressionada com essa técnica:

Geralmente, o tapping é utilizado juntamente com Hammer-ons e Pull-


offs na mão esquerda, permitindo que se passeie pelo braço do
instrumento utilizando ligados com ambas as mãos, como se
estivesse tocando um piano. Por isso, essa técnica ficou conhecida
também como Two-Hands.

VIOLÃO INTENSIVO
8
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Ler
Tablatura

Dedilhado com cordas soltas


Mão direita: P I M A

P = Polegar | I = Indicador | M = Médio | A = Anelar

Standard tuning
= 60
1 2
s.guit.

let ring let ring


0 0
0 0 0 0
0 0 0 0
0
0

3 4

let ring let ring


0 0
0 0 0 0
0 0 0 0
0
0

VIOLÃO INTENSIVO
9
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Surgiram
as Cifras e Notas
Naturais

Como Surgiram as Cifras e Notas Naturais:

Cifra é uma linguagem que os músicos usam para identificar


acordes através de letras, números e símbolos.

Antes vamos voltar um pouco atrás na história, porque tudo começa


na idade média, quando Papa Gregório no século VI institui o canto
gregoriano na igreja católica, conhecido também como cantochão,
apenas uma melodia cantada, era utilizada na liturgia da missa
católica.

Papa Gregório I (conhecido como


Gregório Magno ou Gregório, o
Grande):

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Surgiram as Cifras e Notas Naturais:

Nessa época era utilizada a notação em Neumas (sistema utilizado


na época), que posteriormente foi se modificando até chegar à
partitura que temos hoje.

Os primeiros neumas, apenas com marcas junto das


palavras. Fragmento de Laon, Metz, meados do séc. X:

Os neumas são substituídos pelo sistema de notação com linhas a


partir do trabalho de vários sacerdotes cristãos, incluindo o Guido
D’Arezzo, monge italiano e regente do coro da Catedral de Arezzo,
que foi quem criou a pauta que temos hoje em dia.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Surgiram as Cifras e Notas Naturais:

Transcrição do século XVI. Abaixo, o equivalente em


notação moderna:

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Surgiram as Cifras e Notas Naturais:

A escrita de Johann Sebastian Bach (1685–1750) já é


praticamente a mesma da modernidade, entretanto não
há indicações de dinâmica (forte, piano, etc.):

Foi ele que deu nome às notas Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, por conta
do hino a São João Batista (em latim), onde cada estrofe inicia com
uma nota musical. As notas musicais passaram a ser chamadas
UT, RE, MI, FA, SOL, LA e SI. Posteriormente, a sílaba UT foi
substituída pela sílaba DO, por razões de pronúncia.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Surgiram as Cifras e Notas Naturais:

Hino a São João Batista (em latim):

UT queant laxis (Ut = Do)


REsonare fibris
MIra gestorum
FAmuli tuorum
SOLve polluti
LAbi reatum
Sancte Iohannes (SI)

Livros indicados para esta aula:

História Da História Universal História Universal


Música Ocidental da Música. Vol 1 da Música. Vol 2
- Grout Palisca - Roland de Candé - Roland de Candé

VIOLÃO INTENSIVO
10
MÓDULO 3 - fundamentos

Acidentes Musicais,
Notas Enarmônicas,
Escala Cromática e
Notas no Braço

Acidentes ou alterações são símbolos utilizados na notação


musical para modificar a altura da nota. Os sinais de alteração
mais usados são os sustenidos (#) e bemóis (b).

sinais de alteração:

SUSTENIDO: Eleva a altura da nota em um semitom.

bemol: Abaixa a altura da nota em um semitom.

dobrado bemol: Abaixa a altura da nota em 1 tom.

dobrado sustenido: Eleva a altura da nota em 1 tom.

bequadro: Cancela qualquer acidente prévio na


mesma nota e em todas as notas de
mesmo tom, existentes dentro do mesmo
compasso. (Usado em partitura).

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Acidentes Musicais, Notas Enarmônicas,


Escala Cromática e Notas no Braço

Notas naturais: C D E F G A B

Notas enarmônicas:
Notas com o mesmo som, porém nomes diferentes, por exemplo:
C#/Db | D#/Eb | F#/Gb | A#/Bb | E#/F | Cb/B | Fb/E | B#/C

escala cromática:
A escala cromática é a escala formada por 12 semitons, aonde
temos todas as notas do nosso sistema musical.A palavra “escala”
vem do latim “scala”, que significa escada. Escada, como já
sabemos, é uma sequência de degraus que servem para subirmos
e descermos de um lugar para outro.

Já, “escala” é uma sequência de notas musicais, que também


podemos usar para subir ou descer (agudo ou grave) de um ponto a
outro, em uma melodia.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Acidentes Musicais, Notas Enarmônicas,


Escala Cromática e Notas no Braço

Segue abaixo a escala cromática com suas respectivas notas


enarmônicas:

Escala Cromática:
| C | C# | D | D# | E | F | F# | G | G# | A | A# | B |
| C | Db | D | Eb | E | F | Gb | G | Ab | A | Bb | B |
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Sendo iniciante, a forma ideal de utilizar essa escala na prática é trabalhar


exercícios e isso vamos ver ainda neste módulo.

Outra forma de usar a escala cromática é de forma avançada no contexto


de improvisação (criação de solos espontâneos). Ao longo do V.I vamos
trabalhar a escala cromática de forma musical, sendo utilizada comumente
como notas de aproximação (notas de passagem) para repousar em
alguma nota interessante da escala diatônica (escala tonal).

Não se preocupe, mais pra frente vamos ver isso passo a passo!

Faça o seguinte exercício:


Encontrar as notas naturais C D E F G A B no braço inteiro em todas as
cordas da guitarra, identificando notas com acidentes musicais da escala
cromática (# b - sustenido e bemol), por exemplo:

Achar facilmente o Db na corda 2. Sabendo que na casa 3 temos um D,


basta arrastar 1/2 tom para trás e achar facilmente o Db na casa 2 da
corda 2 (corda B).

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

Acidentes Musicais, Notas Enarmônicas,


Escala Cromática e Notas no Braço

Notas naturais no braço da guitarra:

Escala cromática completa no braço inteiro,


com notas naturais e seus acidentes musicais
com as respectivas notas enarmônicas:

VIOLÃO INTENSIVO
11
MÓDULO 3 - fundamentos

Como Usar e
Escolher a
Palheta Ideal

Como Usar e Escolher a Palheta Ideal:

Palhetada alternada:
Tocar a palheta para baixo e para cima, ou vice-versa.
Defina um jeito seu de segurar a palheta e não mude mais, apenas
aprimore.
Faça o exercício de palhetada alternada com cordas soltas.
Faça o exercício de palhetada alternada com cordas soltas e harmônicos
naturais.

Definindo a palheta:
Existem vários tipos de palhetas, pequenas, grandes, moles e rígidas...
Compre umas 5 diferentes na loja de instrumento e teste para definir a sua
palheta ideal.
Compre palhetas de marca, de preferência Dunlop que já é consolidada no
mercado e você sempre vai achar facilmente para vender.
Para tocar violão aconselho palheta de no mínimo 1 milímetro pra baixo, são bem
confortáveis para tocar e de boa sonoridade. Evite palhetas muito grossas para
tocar violão, pois palhetas grossas não ajudam na tocabilidade e não deixam a
sonoridade do violão bonita e cristalina como as palhetas mais finas.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

O material da palheta:

O material é o primeiro item a ser observado na hora de escolher a palheta


ideal. Ele pode influenciar no som obtido, no conforto do músico e também no
valor do produto. Os mais comuns são:

É o material mais básico das palhetas. Isso porque seus preços são
celulose acessíveis, a durabilidade é média e eles se adaptam bem a vários
estilos. É legal para músicos de vários perfis;

O nylon é bem flexível, o que o torna interessante para músicas mais


nylon
melódicas e de som limpo. Porém, sua durabilidade é bem pequena;

Essas palhetas são muito pesadas, e isso contribui para um som


metal potente. Em contrapartida, podem desgastar mais as cordas e
desafinar o instrumento;

O material é bastante resistente, não trinca e permite que a palheta


acrílico seja cortada sem causar nenhum dano. É uma opção muito usada por
quem toca guitarra no estilo jazz;

Esses tipos de palhetas são mais frequentes no mercado do que as de


Acetato vidro. Possuem uma boa aderência aos dedos e podem ser usadas
para os mais variados estilos musicais.

VIOLÃO INTENSIVO
MÓDULO 3 - fundamentos

11- Como Usar e Escolher a Palheta Ideal

Espessuras da palheta:

extrafina (menos de 0,40 mm): leve (entre 0,40 e 0,63 mm):


É usada com pouca frequência, por São bastante confortáveis para bases e
ser muito leve. Ela é indicada para também interessantes para quem busca
efeitos sonoros muito particulares sons suaves e aveludados. O ponto
e tem a durabilidade bem pequena; negativo é que dobram com facilidade;

média (entre 0,63 e 0,85 mm):


Com um bom equilíbrio entre presença e suavidade, as palhetas médias podem ser a
melhor opção para músicas mais dinâmicas;

pesada (entre 0,85 e 1,22 mm): extrapesada (acima de 1,22 mm):


Se você adora fazer solos rápidos, Palhetas muito espessas são boas
aqui está a espessura ideal. Essas opções contrabaixo e para quem toca
palhetas têm força e pegada, mas estilos como jazz na guitarra.
ainda alguma flexibilidade;

VIOLÃO INTENSIVO

Você também pode gostar