Dispositivos Do l9099

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ANÁLISE DOS DISPOSITIVOS DA L.

9099
Art. 60.
 Quem é que pode ser juiz leigo? Não são servidores do judiciário. São advogados
com mais de 5 anos de carreira.
o Na prática, estagiários também ajudam muito.
 Competência é para: conciliação, processo (CF), julgamento e execução.
§único. Conexão/continência de infrações de maior e menor potencial ofensivo: haverá
união dos processos a ser julgada no JUÍZO COMUM (≠ justiça comum, pois o próprio
juizado especial é justiça comum) ou no TRIBUNAL DO JÚRI. Nada impede, contudo,
que sejam aplicados os institutos despenalizadores da Lei 9099.
o Revisar hipóteses de conexão e continência pelo CPP.
 Súmula 723 STF: ela explicou.
 Súmula 243 STJ: ela explicou.
Art. 61. Conceito de infrações de menor potencial ofensivo: crimes de pena menor que 2
anos (CP ou Legislação Especial) e todas as contravenções (LCP). Exceção: crimes de
violência doméstica contra a mulher, por disposição expressa da Lei Maria da Penha.
Art. 62.
 Critérios orientadores do Juizado Especial: oralidade, informalidade, economia
processual e celeridade.
 Objetivos 
o A reparação dos danos sofridos pela vítima e aplicação de pena NÃO
privativa de liberdade.
 Dá certa importância à vítima.
 Há renúncia ao direito queixa/representação.
o Evitar imposição da pena privativa de liberdade:
 Institutos despenalizadores (composição civil, transação penal,
suspensão condicional do processo).
Art. 63. Lugar onde foi praticada  teoria atividade ou da ubiquidade, depende da
interpretação doutrinária do termo praticada.
Art. 64. Atos processuais serão públicos em QUALQUER horário e QUALQUER dia da
semana.
Art. 65. Atos processuais deverão ser aproveitados o máximo possível.
§1ºNulidade de ato requer prova prejuízo.
§2º Somente serão reduzidos a termo os atos essenciais (tanto na AIJ como na audiência
preliminar).
 Sentença do juiz em procedimento sumaríssimo dispensa relatório.
Art. 66. Citação para comparecer à AIJ será PESSOAL e será feita no Juizado, sempre que
possível, ou por mandado.
 É antes do recebimento da denúncia.
§único. Citação por edital é incompatível com JECRIM. Sendo ela necessária, o juiz deverá
encaminhar os autos ao juízo comum, onde deverá ser adotado o procedimento sumário.
 Contudo, é possível citação por hora certa no procedimento sumaríssimo
(subsidiariedade do procedimento ordinário).
 Citação é do DENUNCIADO (já houve denúncia).
Art. 67. Intimação é para a audiência preliminar. Não há processo ainda, por isso não se
fala em citação (cujo conceito é chamamento ao processo).
 PJ ou firma individual  a entrega para o encarregado da recepção será suficiente
para configurar a intimação.
 Intimação será por qualquer meio.
 A intimação é do AUTOR DO FATO (não houve denúncia).
Art. 68. Na intimação e na citação vai constar a necessidade de ter advogado/defensor
público.
Art. 69. A autoridade que tomar conhecimento da ocorrência lavrará TCO e encaminhará
ao Juizado, com o autor do fato e a vítima.
§único. Ao autor do fato que for de imediato ao juizado ou assumir o compromisso de nele
comparecer não será imposta prisão em flagrante nem se exigirá fiança. No caso de
violência doméstica, o juiz pode determinar cautelarmente seu afastamento do local de
convivência da vítima.
 Em tese, se o sujeito se recusar a comparecer ao juizado ou não se comprometer a
aparecer futuramente, ele poderá se sujeitar à prisão em flagrante. Contudo, isso
não subsiste por falta de proporcionalidade e por aplicabilidade da liberdade
provisória.
Art. 70. Ela falou
Art. 71. Se os envolvidos se ausentarem, Secretaria providenciará a intimação.
Art. 72. Na audiência preliminar, estarão presentes: MP, autor do fato, vítima e, se possível,
responsável civil, Juiz.
 Juiz deve esclarecer sobre a possibilidade de composição civil e de transação penal.
Art. 73. Condução da conciliação: juiz ou conciliador orientado pelo juiz.
§único: conciliadores = auxiliares de Justiça preferencialmente entre bacharéis, salvo os que
exerçam função na administração da Justiça Criminal.
Art. 74. Composição civil dos danos  deve ser reduzida a escrito e homologada pelo juiz
mediante sentença IRRECORRÍVEL. Tem eficácia de título executivo da vara cível.
 Acarreta renúncia ao direito de queixa/representação.
 Descumprimento  nada mais há de ser feito na área penal, devendo haver
execução no âmbito cível.
 No caso da ação penal pública incondicionada que tiver ocorrido danos 
composição civil não impede o ajuizamento da ação pelo MP nem o oferecimento
da transação penal pelo MP. Isso se justifica pois a composição civil é renúncia à
QUEIXA ou à REPRESENTAÇÃO. Não há que se falar em renúncia ao dever de
se oferecer denúncia.
Art. 75. Não feita a composição civil, será oferecida ao ofendido a oportunidade de dar
representação
§único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar NÃO implica em
decadência do direito. Ele poderá ser exercido no prazo de 6 meses da ciência da autoria do
fato.
Art. 76. Em ação penal pública incondicionada ou dada a representação na ação penal
pública condicionada, o MP poderá propor a transação penal (pena restritiva de direitos,
inclusive “multa”).
 Não é exatamente multa, mas sim pena restritiva de direitos de prestação
pecuniária.
 É cabível transação penal da ação penal privada?
o Posicionamento 1: o conceito de transação penal é acordo entre MP e
ofendido. Então, na ação penal privada, em que a titularidade é do
proponente, não há que se falar em transação penal,
o Posicionamento 2: isonomia. Quem pode mais pode menos. A ofensa nos
crimes de ação penal pública e, nelas, é cabível a transação penal. Por que
não ser cabível também na ação penal privada? Pode sim, devendo o
próprio MP propor. PROFA CONCORDA COM ESTA. Outros pensam
que o próprio querelante a proporá.
 §§ do art. 76 foram lidos e são relevantes.

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