Apostila Grua

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Operação de

Gruas

Teoria
Operação de Gruas

Máquinas Pesadas

2
Apostila:

Coordenação Técnica RSD Desenvolvimento e Tecnologia Ltda.

Revisão Ana Maria Cury Rehder


Horácio Menegat

Autoria deste caderno José Sebastião Ribeiro

Produção Gráfica Amadeu dos Santos


Aldine Fernandes Rosa

Simulador:

Programação: Wilson José da Silva


Eduardo Henrique Marcondes

Desenvolvimento de Firmware Erick Marquardt de Araújo


Eduardo Henrique Marcondes

Desenhos e Animações Wilson José da Silva

Iniciativa Realização

Nota: Material didático fornecido em conjunto com software simulador. Pode ser reproduzido em
quaisquer quantidades pelo portador da licença.
Conteúdo sujeito a revisão; consulte a última versão.

© Bit9
1ª edição – 2009
Operação de Gruas

Sumário

Objetivo do treinamento I.............................................................................................5


Conteúdo conforme: Nr - 18.........................................................................................6
O equipamento...............................................................................................................7
A grua de torre fixa........................................................................................................9
Erros de cálculo...........................................................................................................11
Conhecendo um plano de Riggings..........................................................................12
Plano de Rota ..............................................................................................................18
Cálculos e medidas.....................................................................................................20
Curva de carga.............................................................................................................24
Erros ao operar a grua................................................................................................25
Cuidados no transporte..............................................................................................29
Montagem da grua.......................................................................................................30
Layout do local de trabalho........................................................................................31
A base da grua.............................................................................................................32
Sistemas de lastragem................................................................................................33
Torre ou coluna da grua.............................................................................................34
Segurança na montagem............................................................................................36
Montagem do giro/cremalheira..................................................................................36
Contra-lança da grua...................................................................................................37
A cabine do operador..................................................................................................40
Normas e leis: 1...........................................................................................................41
A Carga.........................................................................................................................44
Acessórios: cabos/eslingas.......................................................................................44
Peso do cabo do guindaste........................................................................................46
Modelos e técnicas de amarração.............................................................................47
Amarração de carga....................................................................................................49
Cabos de aço, cintas e correntes..............................................................................49
Moitão e roldanas........................................................................................................54
Roldanas/polias...........................................................................................................55

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Operação de Gruas

Relações de força........................................................................................................56
Acessórios – Equipamentos auxiliares.....................................................................58
Ergonomia e saúde do trabalhador...........................................................................70
Alimentação correta....................................................................................................71
Atividades físicas........................................................................................................71
Convívio social............................................................................................................71
Higiene do trabalho.....................................................................................................75
Proteção ao meio ambiente e cidadania...................................................................76
Contraste com a natureza...........................................................................................77
Prevenção de acidentes..............................................................................................78
Sinais entre operadores..............................................................................................82
Exercícios práticos: 1.................................................................................................83
Exercícios práticos: 2.................................................................................................83
Referências bibliográficas..........................................................................................85

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Operação de Gruas

Objetivo do treinamento I

Transmitir conhecimentos teóricos/técnicos aos participantes do treinamento,


objetivando ampliar seu potencial de operação segura.
Lembramos que existe um objetivo de trabalho, mas nada e ninguém poderão
ultrapassar os limites físicos e psicológicos de um indivíduo.

Figura 1

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Operação de Gruas

Conteúdo conforme: Nr - 18

 O que é grua?
 Como funciona uma grua?
 Montagem e instalação de gruas.
 Como operar uma grua?
 Como sinalizar operações com gruas?
 Como amarrar cargas?
 Sistemas de segurança.
 Legislação e normas: Nr-5, 6, 17 e 18.

Normas regulamentadoras

NR – 5: CIPA.
NR – 6: Equipamento de proteção individual.
NR – 11: Movimentação e elevação de cargas.
NR – 17: Ergonomia (saúde do trabalhador).
NR – 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil.

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Operação de Gruas

O equipamento

Equipamento de movimentação e elevação de materiais, utilizado principalmente na


indústria da construção civil.
Aumenta a produtividade, diminui perdas de materiais ao movimentá-los, diminui
riscos ergonômicos e acidentes.

Condições do operador (técnico)

 Boa saúde física e psicológica.


 Possuir treinamento e reciclagem.
 Bom nível de escolaridade.
 Acompanhar passo a passo a montagem da grua.
 Saber sanar panes e interpretar erros.
 Bom raciocínio lógico.
 Perfil estável e participativo.

Condições do sinaleiro/balizador

 Boa saúde física e mental.


 Bom raciocínio lógico.
 Bom conhecimento sobre o equipamento.
 Conhecer sinais e gestos.
 Saber falar no rádio de comunicação.
 Possuir treinamentos sobre amarração de cargas e avaliação de acessórios.

Condições do técnico em segurança

 Interagir com a equipe.


 Certificar-se das normas aplicadas a cada item do equipamento e da execução.
 Conhecer o plano de Rigging e outros detalhes da tarefa.
 Revisar e vistoriar o bom andamento das tarefas.

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Operação de Gruas

Figura 2

Condições do engenheiro responsável

 Ser responsável pela obra.


 Conhecer o equipamento.
 Acompanhar montagem e testes da grua.
 Periciar o equipamento.
 Conhecer a equipe.
 Conhecer o plano de Rigging e outros.

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Operação de Gruas

Figura 3

A grua de torre fixa

Vamos conhecer detalhes do equipamento e todos os itens envolvidos, desde a


escolha do local de instalação, montagem do equipamento, testes, e execução das
tarefas ou trabalhos a executar.

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Operação de Gruas

Composição

Figura 4 - Composição

O plano de Rigging

 O que é?
 Para que serve?
 A que se destina?
 Quem solicita?
 Quem prepara/elabora?
 Quem executa?
 Quem vistoria?

Erros de cálculo

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Operação de Gruas

Figura 5 – Erros de cálculo

Figura 6 – Erros de cálculo

Conhecendo um plano de Riggings

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Operação de Gruas

Figura 7

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Operação de Gruas

O planejamento do serviço tem a sua importância, pois, além de possibilitar a seleção


do equipamento mais adequado e da melhor estratégia de içamento, também
fornecem dados que servem para a compra de suprimentos como materiais
necessários à mobilização e preparação da máquina e acessórios, de forma a se
evitar imprevistos, retrabalho e estabelecendo parâmetros de segurança operacional.

O plano de rigging deve ser elaborado por um profissional capacitado, incluindo a


memória de cálculo, os projetos de dispositivos, os desenhos demonstrativos de todas
as fases de içamento, as posições mais críticas e as folgas previstas em relação as
interferências. Nele devem constar, de forma imprescindível, as seguintes informações
técnicas:

Configuração do guindaste: lança, raio de operação, tipo de moitão, passadas de


cabo, contrapesos, posicionamento das sapatas jib e etc.

Capacidade bruta do guindaste: conforme valores das tabelas de cargas e digrama


de içamento do guindaste.

Velocidade do vento: máxima permitida para operação do guindaste com carga.


esse cálculo é feito através de uma tabela padrão no qual se classifica determinados
tipos de designação do vento como: vento parado, aragem, brisa e etc; e normalmente
demarcado no plano como beaufort; nome dado ao tipo de vento da tabela de
velocidade através de classificação por números, ex.: Beaufort 6 é designado como
Vento leve e atua entre 10,8 e 13,8 m/s ou 39 e 49 km/.

Força na sapata: força máxima atuando na sapata do guindaste com mais esforço,
onde, o guindaste em operação transmite forças consideráveis ao solo, através das
sapatas, originadas pelo peso do guindaste, do contrapeso adicional e pela carga
bruta, uma vez determinada a força aplicada na sapata e a resistência do solo, o rigger
pode então calcular a área de suporte que deve ser construída para a operação. É
fundamental que sempre se considere as medidas da sapata mais próxima ao centro
de giro do guindaste, caso o peso do guindaste não seja conhecido através do
catálogo do fabricante adotar o seguinte cálculo: P= NE X 12,00 t (onde P (Peso do
guindaste), NE (número de eixos) e 12,00 é o valor brasileiro atribuído à tonelagem de
carga exercida por eixo em veículos rodoviários pesados.

Porcentagem de utilização do guindaste: classificação em porcentagem da

14
Operação de Gruas

utilização do guindaste na operação em questão; para se fazer esse cálculo basta


utilizar a seguinte fórmula: CGB / CPB x 100 = Carga bruta, dividido pela Capacidade
bruta x 100. Assim se obtém um valor numérico em porcentagem de utilização do
guindaste, que deve ser respeitado principalmente contra a limitação do fabricante, do
LMI do guindaste e normas ISO e DIN.

Layout completo da operação: desenho técnico feito à mão ou através de softwares


como o Autocad da Autodesk, impresso em folhas tipo A1, implementando no desenho
o equipamento bem como seus acessórios, interferências e sua carga, normalmente
se faz o plano de rigging com o desenho em perfil e topo, podendo variar em alguns
casos, hoje em dia já se aplica e desenvolve-se planos de rigging em 3D digitalmente.

Relação de eslingas e acessórios: com detalhes da montagem das amarrações,


tipos de cintas e cabos, dimensionando-as e estabelecendo os tipos de terminais
adaptáveis a acessórios complementares como manilhas.

Identificação do guindaste: Marca, modelo, capacidade nominal e série; é


fundamental a escolha correta do equipamento pois este é o mentor da operação e é
fundamental que seja estabelecido com conhecimento técnico.Recomenda-se ainda a
visitar o local da operação, para que se possa verificar as condições previstas durante
a operação, tendo em vista a dinâmica da obra. O plano de rigging deve ser inserido
na proposta técnica da empresa prestadora de serviços, a qual servirá para analise
quanto à segurança e relação custo / benefício, possibilitando uma contratação
comercial adequada.Algumas empresas exigem a elaboração do plano somente para
a movimentação de cargas acima de certo peso, ou então conforme o bom senso ou
avaliação subjetiva do profissional contratante.No histórico de acidentes com operação
de guindastes, entretanto encontramos muitas ocorrências envolvendo máquinas de
grande porte para o içamento de cargas relativamente pequenas,Nesse sentido, os
profissionais envolvidos devem formalizar uma avaliação técnica da operação levando
em conta vários fatores que implicam certo grau de risco, tais como:Peso da carga,
Volume da carga, Geometria da carga, Altura do içamento, valor da carga,
Interferências na operação (Linhas de energia elétrica, pipe-racks, edificações e etc.),
complexidade da operação (numero de fases envolvidas, de guindastes e etc.)Esta
relação de itens pode ser adaptada e ampliada, conforme o perfil e a política de
segurança da empresa, adotando-se uma nota para cada um deles conforme sua
grandeza. A somatória final das notas servirá para determinar a necessidade ou não
de elaborar um plano operacional. Tais procedimentos representam uma tentativa de
formalizar uma avaliação técnica baseada e parâmetros controláveis, substituindo os
impasses gerados por decisões pessoais, comuns atualmente nestes tipos de
serviços.

15
Operação de Gruas

16
Operação de Gruas

Figura 8

Figura 9

17
Operação de Gruas

Figura 10

18
Operação de Gruas

Plano de Rota

Toda movimentação de carga deverá ser precedida de um Plano de Rota envolvendo


o operador de guindaste, o responsável pela execução do içamento e os executantes,
para que os envolvidos tenham consciência dos riscos da carga suspensa e que os
possíveis problemas na sua movimentação sejam resolvidos antes do içamento, como
por exemplo:– passagem obstruída, interferência acima, abaixo e com o próprio
guindaste, espaço limitado para a movimentação da peça etc.

Figura 11

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Operação de Gruas

Figura 12

Figura 13

20
Operação de Gruas

Cálculos e medidas

Medidas/cálculos: 1

Figura 14

21
Operação de Gruas

Medidas/cálculos: 2

Figura 15

Medidas/cálculos: 3

Figura 16

22
Operação de Gruas

Medidas/cálculos: 4

Figura 17

Medidas/cálculos: 5

Figura 18

23
Operação de Gruas

Medidas/cálculos: 6

Figura 19

24
Operação de Gruas

Curva de carga

Figura 20

Figura 21

25
Operação de Gruas

Erros ao operar a grua

Dinâmica em grupo: estudo de casos

Caso 1

Figura 22

Caso 2

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Operação de Gruas

Figura 23

Caso 3

Figura 24

Caso 4

27
Operação de Gruas

Figura 25

Caso 5

Figura 26

Caso 6

28
Operação de Gruas

Figura 27

Caso 7

Figura 28

Cuidados no transporte

29
Operação de Gruas

Figura 29

30
Operação de Gruas

Montagem da grua

 Escolha do local: Estudo


 Fundação: Base da coluna
 Montagem da base/lastre
 Montagem da coluna/torre
 Montagem do giro: Cremalheira
 Montagem da contra-lança
 Montagem da lança
 Colocação do contrapeso

Tempo previsto para:


 Montagem: 5 dias
 Desmontagem: 10 dias
 Vistoria e testes: 1 dia
 Possuir autorização se obstruir o trânsito
 Livro de registro de manutenção
 Check-list diário
 Certificado de capacitação da grua

31
Operação de Gruas

Layout do local de trabalho

Figura 30

32
Operação de Gruas

A base da grua

Figura 31

 Estudo do solo
 Layout da obra
 Sentido do giro
 Redes elétricas
 Outros obstáculos

33
Operação de Gruas

Sistemas de lastragem

Figura 32 - Cálculo desenvolvido em virtude da capacidade que será usada no trabalho, força que será
submetida.

34
Operação de Gruas

Torre ou coluna da grua

Figura 33

35
Operação de Gruas

Figura 34

36
Operação de Gruas

Segurança na montagem

Figura 35

Montagem do giro/cremalheira

Figura 36

37
Operação de Gruas

Contra-lança da grua

Figura 37

Lança da grua

38
Operação de Gruas

Figura 38

Figura 39

Contrapeso da grua

39
Operação de Gruas

Figura 40

A cabine do operador

A cabine do guindaste é acoplada a parte giratória e tem que cumprir todas as


exigências básicas para a segurança de operador, deve ser resistente, com segurança
40
Operação de Gruas

e proteção, confortável, bem ventilada e com um grande ângulo de visão a fim facilitar
tanto quanto possível o trabalho de operador na operação contínua. O teto e as
laterais da cabine são normalmente revestidos com material de isolação. Todos os
vidros com espessuras de segurança, todas as portas e janelas são seladas. As
cabines do guindaste do podem ser equipadas com a cadeira com os controladores da
alavanca, ou controladores separados da cadeira.

Figura 41

Normas e leis: 1

Número das normas a serem aplicadas:


NBR – 6327 – Cabo de aço para o uso geral.
EB – 2020 – Grampo pesado para cabo de aço.
PB – 1411 – Grampo pesado para cabo de aço.

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Operação de Gruas

EB – 2200 – Extremidades de laços de cabos de aço.


NBR – 10070 – Ganchos-haste forjados para equipamentos de levantamento,
movimentação de cargas, dimensões e propriedades mecânicas.
Norma DIN – 61630 – Cintas, correias de elevação de fibras sintéticas.
Norma ASME B 30.2 – Pórticos e pontes rolantes.
Norma ASME B 30.5 – Guindastes móveis.
Norma ASME B 30.9 – Laços – Seleção, uso e manutenção.

Ventos

Ventos Fortes

Quando houver possibilidade de ventos fortes, o guindaste deverá baixar a lança e


pousar num suporte adequado para passar a noite.
A seguinte tabela informa a pressão por metro quadrado numa superfície plana normal
na direção do vento no caso de diferentes velocidades de vento:

Velocidade (km/h) Pressão (kg/m²)


16 2,0 brisa boa
32 7,8 brisa forte/vento
48 17,5 vento forte

Tabela de velocidade do vento

Força do Vento Velocidade do Vento


Beaufort Designação m/s Km/h
0 Parado 0 - 0,2 1
1 Aragem leve 0,3 - 1,5 1-5

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Operação de Gruas

2 Brisa fraca 1,6 – 3,3 6 - 11


3 Brisa leve 3,4 – 5,4 12 - 19
4 Brisa média 5,5 – 7,9 20 - 28
5 Brisa forte 8 – 10,7 29 - 38
6 Vento leve 10,8 – 13,8 39 - 49
7 Vento forte 13,9 – 17,1 50 - 61
8 Vento impetuoso 17,2 – 20,7 62 - 74
9 Tempestade leve 20,8 – 24,4 75 - 88
10 Tempestade média 24,5 – 28,4 89 - 102
11 Tempestade forte 28,5 – 32,6 103 - 117
12 Furacão 32,7 – 36,9 118 - 133

Influência do vento

43
Operação de Gruas

Figura 42

A Carga

Carga bruta dinâmica

É a somatória da carga bruta estática e as cargas eventuais destinadas pelo


movimento da peça.

44
Operação de Gruas

Ao levantar a peça, girar, frear, pode originar um acréscimo na carga bruta estática,
devido à inércia e ao movimento.
Este acréscimo poderá chegar a 50% da carga bruta estática.
Por isso a aceleração, frenagem e giro do guindaste deve ser o mais lento possível.
O porcentual adotado para cargas eventuais é de 20% a 30% da carga bruta estática.

Acessórios: cabos/eslingas

Conhecimentos necessários
 Fator 5x1
 Fator 8x1
 Normas ISO e DIN
 Fios arrebentados
 Ângulos de amarração
 Sentido de giro-torção
 Bitolas
 Encaixe na polia
 Peso do cabo de aço

45
Operação de Gruas

Figura 43

Peso do cabo do guindaste

É de responsabilidade do RIGGER:
46
Operação de Gruas

a) prever a quantidade máxima de cabo que ficará pendurado na lança durante a


operação.
b) calcular o peso do cabo.
c) somar o peso na “COMPOSIÇÃO DA CARGA BRUTA”

Diâmetro Peso (kg/m)


5/8” , 16mm 1,10
3/4” , 19mm 1,60
7/8” , 22mm 2,20
1” , 26mm 2,80
1 1/8” , 29mm 3,50
1 1/4” , 32mm 4,30
1 3/8 “, 35mm 5,30
1 1/2” , 38mm 6,20

Cálculo:
P cabguind = H . nº. D

Onde:
P cabguind = Peso do cabo do guindaste.
H = Altura máxima que o cabo terá durante a operação.
nº = Número de passadas do cabo.
D = Peso do cabo por metro (tabela acima).

Modelos e técnicas de amarração

Erros graves

47
Operação de Gruas

Figura 44

Amarração de carga

 Pessoa qualificada.
 A carga deve estar disposta organizadamente.
 Assegurar o equilíbrio ao içar a carga.
 Os cabos que prendem estrados devem manter entre si ângulo menor ou igual a 90°.
 Proteger cantos vivos na amarração das cargas.

Figura 45

48
Operação de Gruas

Figura 46

49
Operação de Gruas

Cabos de aço, cintas e correntes

Devem ser inspecionados antes de cada uso e, periodicamente, conforme


determinado na RACS.

Figura 47

Figura 48

50
Operação de Gruas

Cores para facilitar a identificação

Figura 49

Cintas e correntes

Devem ter resistência adequada para o trabalho a que se destinam.

51
Operação de Gruas

Capacidade Cor de Vertical


Vertical Choker 90º
toneladas reconhecimento Duplo

1 Violeta 1,0 0,8 2,0 1,4

2 Verde 2,0 1,6 4,0 2,8

3 Amarelo 3,0 2,4 6,0 4,2

4 Cinza 4,0 3,2 8,0 5,6

5 Vermelho 5,0 4,0 10,0 7,0

6 Marrom 6,0 4,8 12,0 8,4

8 Azul 8,0 6,4 16,0 11,2

10 Laranja 10,0 8,0 20,0 14,0

15 Laranja 15,0 12,0 30,0 21,0

20 Laranja 20,0 16,0 40,0 28,0

25 Laranja 25,0 20,0 50,0 35,0

30 Laranja 30,0 24,0 60,0 42,0

Cabos de aço

Dimensões
aproximadas do Olhal Cargas a serem levantadas (em kilos)
(em mm)
Diâmetro
Normal Com Simples Choker Vertical Em ângulos

52
Operação de Gruas

Do cabo sapatilhas Duplo


polegada
B C B C 30º 45º 60º

Vertical
1/4 100 50 41 22 525 390 1050 910 740 525
5/16 130 65 47 27 815 670 1630 1415 1155 815
3/8 160 80 54 28 1170 875 2340 2030 1655 1170
1/2 210 105 70 38 2060 1545 4120 3580 2920 2060
5/8 270 135 90 44 3200 2400 6400 5565 4535 3200
3/4 320 160 105 51 4580 3435 9160 7965 6495 4580
7/8 380 190 123 57 6190 4640 12380 10765 8790 6190
1 430 215 135 63 8030 6020 16060 13965 11390 8030
1.1/4 540 270 155 73 12420 9315 24840 21600 17615 12420
1. 1/2 650 325 185 89 17700 13275 35400 30780 25106 17700

Deve-se verificar a resistência necessária, e não devem estar torcidos ou com


qualquer outra imperfeição que diminua sua capacidade.

Figura 50

Atenção: Rede elétrica

Trabalho próximo à rede elétrica deve ser avaliado pela linha de comando.

53
Operação de Gruas

Ao executar trabalhos próximos de redes Estude previamente o trajeto sob


energizadas aterre o guindaste. linhas energizadas.
Em caso de chuva ou vento forte a tarefa
deve ser paralisada.

Rede elétrica

No uso de guindastes, deve-se manter uma distância mínima* das redes elétricas
energizadas, conforme a tabela abaixo. Se necessário ficar a uma distância menor, as
redes deverão ser desligadas ou isoladas.

Faixa de tensão (volts) Distância mínima (metros)


750 a 150.000 3
150.000 a 250.000 4,5
Além de 250.000 6

* Observação: A distância mínima deve ser medida a partir da ponta da lança.


Abaixo de 750 deve ser mantida a distância mínima.

Moitão e roldanas

54
Operação de Gruas

Figura 51

Figura 52

 Verificar tabela de capacidade de carga e fator de segurança.


 Avaliar cabos e encaixe na polia.

Roldanas/polias

55
Operação de Gruas

Figura 53

Avaliando a roldana

Figura 54

Relações de força

56
Operação de Gruas

Numa polia fixa, a força realizada F para elevar um peso P, supondo que a polia esteja
sem atritos, é exatamente igual em módulo, se a corda estiver tangenciando a roldana.
F=P.
O trabalho realizado para elevar o objeto de uma certa distância é exata-mente o
trabalho realizado pela força-peso. Nessa nova posição, o objeto ganha energia
potencial.

Figura 55

57
Operação de Gruas

Figura 56

Relações de força

Se for usada uma polia móvel juntamente com outra fixa, a força necessária será a
metade, mas o deslocamento da mão será o dobro do deslocamento da massa M. A
velocidade de elevação da massa será a metade da obtida no caso anterior.
Pode-se associar três, quatro ou mais polias para se obter situações adequadas a
algum caso específico.
Se a polia tiver um diâmetro pequeno ou grande, isso afetará o torque, mas não a
força envolvida.

Acessórios – Equipamentos auxiliares

58
Operação de Gruas

Quem recebe a carga?

Figura 57

Atenção especial aos demais envolvidos na operação de despacho e recebimento do


material transportado pela grua.

Arrumação da carga

59
Operação de Gruas

Figura 58

Técnicas de amarração.
 Acessórios que envolvem a carga: plástico do tipo “filme”.
 Conhecimento em treinamento ou instrução de procedimentos.
 Avaliação de riscos.

Exemplos: 1

60
Operação de Gruas

Figura 59

Figura 60

61
Operação de Gruas

Figura 61

Figura 62

Exemplos: 2

62
Operação de Gruas

Figura 63

Figura 64

63
Operação de Gruas

Figura 65

Exemplos: 3

Figura 66

64
Operação de Gruas

Figura 67

Figura 68

65
Operação de Gruas

Figura 69

Figura 70

66
Operação de Gruas

Figura 71

Exemplos: 4

Figura 72

67
Operação de Gruas

Figura 73

Figura 74

Eficiente, rápida...

68
Operação de Gruas

Figura 75

Figura 76

69
Operação de Gruas

Figura 77

Ergonomia e saúde do trabalhador

Postura correta

70
Operação de Gruas

Figura 78

 Coluna 10º inclinada para trás


 Base da coluna encostada no banco
 Ombros alinhados
 Cabeça a 90º
 Cotovelo a 90º
 Pernas a 90º

Alimentação correta

Devido ao fato de o operador ficar horas na mesma posição, o acúmulo de gordura


será mais provável na região abdominal.
O tipo de alimentação deve levar em consideração as necessidades físicas de cada
indivíduo, mas também a atividade exercida por ele.

71
Operação de Gruas

Atividades físicas

 Ativar circulação sanguínea


 Reforçar musculatura
 Melhorar flexibilidade corporal
 Trabalhar respiração
 Trabalhar relaxamento
 Trabalhar concentração

Convívio social

Figura 79

72
Operação de Gruas

Figura 80

Figura 81

73
Operação de Gruas

Figura 82

Figura 83

Solitário entre muitos

74
Operação de Gruas

Figura 84

Higiene do trabalho

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Operação de Gruas

Figura 85

Figura 86

Proteção ao meio ambiente e cidadania

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Operação de Gruas

Lei 9605: crimes ambientais

Figura 87

Durante toda a jornada de trabalho, o operador e o sinalizador devem deixar de utilizar


meios que venham a agredir o meio ambiente.
Cuidado com: Resíduos de materiais, óleo, graxa, plásticos, etc.

Contraste com a natureza

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Operação de Gruas

Figura 88

Prevenção de acidentes

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Operação de Gruas

Como evitar acidentes?

Figura 89

Logística x Risco

Descrição Nº de homens Eq. auxiliar Riscos associados

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Operação de Gruas

Descarga de - 2x Montadores
Auto – Grua 90 t. Queda de Materiais.
material Potain.

-3x Montadores
Potain. Queda de pessoas.
Colocação de Base
Auto – Grua 90 t.
-Futuro operador da Queda de materiais.
máquina.
-3x Montadores
Potain.
Montagem de lança Auto – Grua 90 t. Queda de materiais.
-Futuro operador da
no chão
máquina.

-3x Montadores
Colocação de Potain; Queda de pessoas.
contra-lança e
Auto – Grua 90 t.
Lastro de Futuro operador da
Queda de materiais.
contra-lança máquina.
-3x Montadores
Potain. Queda de pessoas.
Colocação de lança Auto – Grua 90 t.
-Futuro operador da
Queda de materiais.
máquina

-3x Montadores
Potain. Queda de pessoas.
Ligações elétricas
-Futuro operador da
Queda de materiais.
máquina.

-3x Montadores
Potain. Queda de pessoas.
Afinação de carga e
momento Futuro operador da
Queda de materiais.
máquina.

Quando falha a prevenção

Como aconteceu?

80
Operação de Gruas

Figura 90

Figura 91

81
Operação de Gruas

Figura 92

Sinais entre operadores

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Operação de Gruas

Figura 93

Exercícios práticos: 1

 Check-list do equipamento

83
Operação de Gruas

 Avaliação do local de trabalho


 Avaliação dos acessórios de amarração
 Teste de funcionamento do equipamento, giro, troller, moitão e cabos

Exercícios práticos: 2

 Sinalização entre operador e balizador


 Como falar ao rádio comunicador
 Teste de capacidade do equipamento
 Teste da curva de carga
 Teste de habilidade

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Operação de Gruas

Figura 94

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Operação de Gruas

Referências bibliográficas

NBR.6327 Cabo de aço para uso geral


EB.2020 Grampo pesado para cabo de aço
PB.1411 Grampo pesado para cabo de aço
EB.2200 Extremidades ou laços para cabos de aço
NBR.10070 Ganchos
Norma DIN 61630 Cintas , correias de elevação de fibras sintéticas
Norma Asme B 30.5 Guindastes móveis
Ministério do Trabalho- Brasil.
www.guindastes.com.br
www.liebherr.com.br

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Operação de Gruas

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