E3 - Permissividade e Tan de Perdas
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2007
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2. MATERIAL UTILIZADO
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
r CC 0
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Um dielétrico ideal não apresenta perdas e seu comportamento em um campo
elétrico pode ser completamente descrito por sua constante dielétrica. r expressa em escala
macroscópica, o resultado da interação do campo elétrico aplicado externamente com os
átomos ou moléculas do material.
A constante dielétrica, r ,depende de vários fatores, tais como:
O dielétrico quando usado como isolante, tem a função de separar duas massas
condutoras que se encontram em potenciais diferentes impedindo ao máximo a passagem de
corrente elétrica. Outra função do dielétrico é armazenar energia (ex.: o uso de materiais
dielétricos em capacitores). Em qualquer dos casos, existem perdas quando o dielétrico é
exposto a um campo elétrico. As perdas dependem de vários fatores, tais como:
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A condutividade intrínseca deve-se ao fluxo de elétrons livres no dielétrico.
Esta condutividade é em geral muito baixa, podendo ser ignorada em bons dielétricos sólidos
para uso em baixa tensão.
A condutividade superficial é função das condições da superfície do dielétrico
(temperatura, umidade, grau de polimento, poluição da superfície e se o material é polar e
solúvel).
Em altas tensões, os principais fenômenos físicos responsáveis por perdas
dielétricas são:
* Perdas por Condução: da condução eletrônica ou iônica. Os dielétricos
possuem condutividade finita, que traz como conseqüência perdas Joule (aquecimento);
* Perdas por Polarização: decorrente do trabalho realizado pelo campo
aplicado sobre a estrutura do material, com orientação dipolar provavelmente diferente do
campo aplicado;
* Perdas por Ionização: decorrente da ionização do isolante, efeito corona
e descargas parciais.
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A capacitância efetiva consiste de dois eletrodos tubulares coaxiais (1 e 2) dentro de
um câmara de pressão feita de papel tubular comprimido (4). O eletrodo de baixa tensão é
quase totalmente circundado pelo eletrodo de alta tensão, sendo assim protegido contra
distúrbios de campos do ambiente. O cabo de baixa tensão é um cabo coaxial passando dentro
do tubo de metal aterrado (3) que suporta o eletrodo de baixa tensão. Para obter uma alta
tensão de ruptura, o capacitor é preenchido com nitrogênio seco ou CO2 em pressões entre
cerca de 10 a 14 atm. Estruturas mais novas também usam gases eletronegativos como o SF6
em pressões de cerca de 3,5 atm que permite uma significativa redução do seu peso.
As variações de pressão a volume constante causadas pela mudança da temperatura
ambiente não causam variação da capacitância, desde que a densidade do gás permaneça
constante. Expansões mecânica e térmica resultam em apenas pequenas variações de
capacitância já que a geometria coaxial é razoavelmente insensível aos deslocamentos
excêntrico e axial.
Z2 RS
IA RP C IC
Z1
P CS
(a) (b)
Figura 02. Circuito equivalente (a) paralelo e (b) série de um capacitor real
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Para dielétricos usados em capacitores tem-se, também, as componentes Ia e
Ic. Neste tipo de aplicação usa-se normalmente dielétricos de alta constante dielétrica e que
tenham uma rigidez dielétrica satisfatória. Assim os dielétricos obtém um alto valor da
componente Ic (alta energia armazenada).
Em ambos os tipos de aplicações, como é óbvio, deseja-se o menor valor
possível de Ia.
Ic
IA
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O ângulo , ou o valor de sua tangente (tg ), é um indicativo da energia
dissipada na estrutura do dielétrico, caracterizando a qualidade do dielétrico como tal. O
ângulo de perdas contém informações sobre as perdas por condução, polarização e ionização.
Se as perdas dielétricas acima das admissíveis levam a um aquecimento do isolante, podendo
atingir à sua destruição, uma vez que as propriedades isolantes são praticamente todas
afetadas pela elevação de temperatura, e cada isolante tem, assim, uma temperatura limite,
acima da qual o material não deve mais ser utilizado até os valores plenos das suas
características.
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4. ROTEIRO EXPERIMENTAL
4.1 INTRODUÇÃO
C
C3 CxR x
R3
G A M B
R2 C1
C2
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onde:
Cx Objeto de teste;
C1 capacitor padrão de alta qualidade;
C2 capacitância balanceável;
C3 capacitância balanceável;
R2 resistência balanceável;
R3 resistência balanceável;
M detetor de nulo e
G gerador de sinal com freqüência variável.
Zx.Z2 = Z1.Z3.
O objeto sob teste, representado por Zx, é um capacitor real, portanto pode ser
representado por um resistor e um capacitor ideal. Considerando que o capacitor padrão é de
alta qualidade, o valor de R1 é adotado como zero. As impedâncias de cada braço são:
1 1
Z x R x Z 1
j. .C x j . .C1
1 1 1 1
j. .C 3 j. .C 2 .
Z 3 R3 Z2 R2
1 1 1
R x R3 j. .C 2
j. .C x j. .C1 R2
1 R3 R3 .C 2
R x .
j . .C x j . .C1 2
.R C1
Rx = R3.(C2/C1)
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Cx = C1.(R2/R3)
tg . Cx . Rx ou tg . C2 . R2
onde:
A = área de seção transversal;
d = espessura da amostra e
CX = capacitância medida.
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RL C
C1 C2
CAT
A M B
CBT
R4 R3
Mesa
220V de
60Hz Controle C3
D
Voltímetro
onde:
C1 objeto de teste;
C2 capacitor padrão;
R3 resistência a ser fixada;
R4 resistência balanceável;
C3 capacitância balanceável;
RL resistência limitadora de corrente;
M detetor de nulo e
Cat/Cbt divisor capacitivo de tensão 800 pF / 600 kV.
1 1
Z 1 R1 Z 2
j. .C1 j. .C 2
1 1
Z 4 R4 j. .C 3 .
Z 3 R3
1 1 1
R1 R4 j. .C 3
j. .C1 j. .C 2 R3
1 R4 R3 .C 3
R1 .
j. .C1 j. .C 2 .R3 C 2
R1 = R4.C3/C2
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e
C1 = R3.C2/R4.
4.4 ROTEIRO
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5. AVALIAÇÃO.
Titulo;
Objetivo;
Materiais utilizados;
Resumo da experiência (descrição sucinta do experimento);
Apresentação, análise e discussão dos resultados: questões, gráficos,
comentários, tabelas, etc;
Conclusão e
Referências bibliográficas.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES :
O relatório deverá ser entregue, no máximo, até 7 dias da realização do experimento.
Relatórios iguais ou bem parecidos terão nota dividida pelo número de alunos que
compartilharam o relatório.
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Os gráficos deverão ser feitos em papel milimetrado.
Todos os dados experimentais devem ser apresentados no relatório.
6. BIBLIOGRAFIA.
1. Operating Instructions for Dielectric Coefficient & Loss Factor Testing Set type TR-9701 -
TELMES, 1968.
2. Operating Instructions for Schering Bridge type 4550 - H. TINSLEY & CO. LTD., 1975.
3. Apostila do Curso de Materiais Elétricos - Dielétricos, Ricardo J. A. Loureiro, DEE/UFPB,
Nov/1985.
4. Guia de Experimentos - Lab. de Materiais Elétricos, Edson Guedes da Costa, DEE/UFPB,
Out/1992.
5. Physics of Dielectric Materials, B. M. Tareev, Ed. Mir, 1979.
6. Electrical Engineering Materials, A. J. Dekker, Prentice Hall, 1964.
7. Lectures on the Electrical Properties of Materials, L. Solymar and D. Walsh, Oxford
University Press, Fifth Edition, 1993.
8. High-Voltage Measurement Techniques, A. J. Schwab, The Massachusetts Institute of
Technology Press, 1972.
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7. TABELAS.
Recipiente A
Recipiente B
Óleo Mineral
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7.6 TABELA 07 - TANGENTE DE PERDAS DE SÓLIDOS:
Material Tg (A.B.f) tg r r
(medido) (teórico) (medido) (teórico)
Papel hidratado
Nylon
Resina epoxy
Acrílico
Papel seco
Equipamento Tensão R4 C3 C1 C2 tg
(kV)
Isolador porcelana 5
10
Isolador vidro 5
10
Capacitor (1200 pF) 10
20
Capacitor (600 pF) 10
20
(*) Os valores que não se encontram nesta tabela devem ser obtidos na bibliografia.
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