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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

TÂNIA MARIA ARAUJO

TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA PAIS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA


PEDIÁTRICA

CURITIBA
2022
TÂNIA MARIA ARAUJO

TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA PAIS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA


PEDIÁTRICA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação


em Prática do Cuidado em Saúde do Setor de Ciências da
Saúde da Universidade Federal do Paraná, como pré-
requisito para a obtenção do título de Mestre em Prática
do Cuidado em Saúde.

Linha de pesquisa: Processo de Cuidar em Saúde e


Enfermagem

Orientadora: Profa. Dra. Elaine Drehmer de Almeida


Cruz

CURITIBA
2022
Araujo, Tânia Maria
Tecnologia educativa para pais em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
[recurso eletrônico] / Tânia Maria Araujo – Curitiba, 2022.
1 recurso online: PDF.

Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Prática do Cuidado


em Saúde. Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná, 2022.

Orientador: Profa. Dra. Elaine Drehmer de Almeida Cruz

1. Enfermagem pediátrica. 2. Educação em saúde. 3. Inovação. 4. Tecnologia


educacional. 5. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. I. Cruz, Elaine Drehmer
de Almeida. II. Universidade Federal do Paraná. III. Título.

CDD 618.9200231

Maria da Conceição Kury da Silva CRB 9/1275


Dedico esta pesquisa aos pacientes pediátricos, aos seus pais e familiares que
me permitem o cuidar e o aprender todos os dias.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a DEUS por me conceder a vida.


À Professora Dra. Elaine Drehmer de Almeida Cruz por me aceitar como mestranda,
pelas suas orientações, pelo acolhimento nos momentos de desânimo e pela generosidade. Você
soube conduzir com maestria todo o processo. Ressalto minha admiração e carinho!
Aos meus filhos Giovana, sempre prestativa, cuidadosa e gentil e Guilherme. Que
Deus cuide de vocês, onde estiverem. Amor além da vida!
Ao meu irmão Ricardo pelas contribuições na construção do projeto de pesquisa e
incentivo em estudar.
À minha cunhada Nara pelo apoio fraternal.
À minha ex-cunhada Cleuza pelas revisões gramaticais.
Aos demais membros familiares, meu pai João, minha mãe Inez (in memoriam), meu
irmão Gilmar que devem estar orgulhosos por esta conquista.
Ao meu esposo José Luiz pela paciência diária.
Aos colegas da Turma do Mestrado Profissional 2020/2022, os que concluíram e aos
que desistiram durante este caminhar. Tenho imenso carinho e desejo sucesso a todos!
À Universidade Federal do Paraná e ao Programa de Pós-Graduação em Prática do
Cuidado em Saúde pela oportunidade e contribuir para o meu crescimento profissional pautado
na valorização do profissional e na construção do pensamento crítico.
Às Profas. Dras. Leticia Pontes, Verônica de Azevedo Mazza, Jorge Vinícius Cestari
Felix e Márcia Helena de Souza Freire por aceitarem o convite para compor a banca
examinadora da qualificação e defesa, com contribuições enriquecedoras nesta pesquisa. Vocês
foram escolhidas com muito carinho e admiração!
Às professoras das disciplinas, coordenação do Programa e membros do Grupo de
pesquisa GEMSA que através dos seus ensinamentos contribuíram para o meu crescimento
acadêmico, profissional e pessoal. Vocês são exemplos para mim!
À secretária Kelly pela cordialidade e paciência. Você é excelente!
Aos funcionários da Biblioteca da Saúde do Botânico pelas contribuições.
Aos amigos que me incentivaram neste caminhar.
Ao Complexo Hospitalar de Clínicas, à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e
à Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica por me conceder o campo de pesquisa.
À Bárbara e Guilherme pelas ilustrações, designer e diagramação do material. Vocês
arrasaram!
À equipe multiprofissional da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica que contribuiu
para a elaboração do material educativo.
Ao amigo José Wattylla (in memoriam) pela dedicação, cordialidade e competência.
Deixa saudades e admiração.
A todos os pais da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica pela atenção, cooperação
e disponibilidade para participar da pesquisa e aos pacientes pediátricos que são exemplos de
força e superação na sua luta pela sobrevivência. Que Deus os abençoe!
A todos que direta ou indiretamente colaboraram e/ou contribuíram para a realização
desta pesquisa. Minha eterna gratidão!
“As dificuldades não foram poucas... Os desafios
foram muitos... Os obstáculos, muitas vezes, pareciam
intransponíveis. O desânimo quis contagiar, porém, a
garra foi mais forte, sobrepondo esse sentimento,
fazendo-me seguir a caminhada, apesar da sinuosidade
do caminho. Agora, ao olhar para trás, a sensação do
dever cumprido se faz presente e posso constatar que as
noites de sono perdidas, o cansaço dos encontros, os
longos tempos de leitura, digitação, discussão; a
ansiedade em querer fazer e a angústia de muitas vezes
não o conseguir, por problemas estruturais, não foram
em vão. Aqui estou, como sobrevivente de uma longa
batalha, porém muito mais forte e hábil, com coragem
suficiente para mudar a minha postura, apesar de todos
os percalços.”

(Andrew Rossut)
RESUMO

Este trabalho desenvolveu a tecnologia educativa denominada Cartilha de Orientação aos Pais
da UTIP, registrada sob nº 978-65-00-49110-4 pela Câmara Brasileira do Livro, e replicável
em outros serviços de saúde. Sua elaboração partiu de projeto aprovado em Comitê de Ética em
Pesquisa (Protocolo nº 4.850.250), com objetivo geral - desenvolver tecnologia educativa para
orientar os pais acerca da hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e
específicos - identificar as necessidades dos pais e equipe multiprofissional sobre as
informações inerentes à hospitalização da criança na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica.
Trata-se de pesquisa metodológica, de produção tecnológica, elaborada em três fases: 1 -
Exploratória, com levantamento da literatura e diagnóstico situacional com entrevistas dos pais
e equipe multiprofissional; 2 - Desenvolvimento da Tecnologia, com elaboração textual,
ilustração, layout e diagramação; e 3 - Transferência do Conhecimento, com registro do produto
e disponibilização ao serviço hospitalar. Como resultados, a tecnologia educativa sintetiza
diretrizes acerca de educação em saúde, aliadas aos anseios e contribuições dos pais e
profissionais relativos ao conteúdo necessário para orientar o acompanhamento da criança em
unidade crítica. A cartilha educativa se inicia com breve apresentação, destacando a importância
da família no contexto da internação e dados relativos à admissão, seguido dos tópicos: A
unidade de terapia intensiva pediátrica (equipe de saúde, equipamentos, materiais e exames);
Atitudes que ajudam no cuidado do seu filho; Orientações para os pais; Alguns cuidados com
seu filho que você pode colaborar; e Outras informações. Inclui-se espaços destinados ao
registro de sentimentos acerca do momento vivido pelos pais. A tecnologia educativa contribui
para a sistematização do processo de trabalho da equipe multiprofissional, principalmente para
o enfermeiro, referência para a equipe no desempenho das orientações aos pais. A cartilha é
uma ferramenta de comunicação com informações essenciais para promover a educação em
saúde, reduzir conflitos entre os envolvidos, acolhimento, humanização do cuidado e gerando
impacto na segurança do paciente pediátrico gravemente. Ainda gera contribuição para o campo
interdisciplinar, com avanço das pesquisas que envolvem informação e educação.

Palavras-chave: enfermagem pediátrica; educação em saúde; inovação; tecnologia educacional;


Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica.
ABSTRACT

This study constructed the educational technology known as The PICU Parents' Guidance
Booklet, registered under No. 978-65-00-49110-4 by the Brazilian Book Chamber, and ia
replicable in other health services. Its development began with a project approved by the
Research Ethics Committee (Protocol No. 4,850,250), with the main goal of developing
educational technology to guide parents about pediatric and specific Intensive Care Unit
hospitalization and to identify the needs of parents and the multidisciplinary team about the
child's hospitalization in the Pediatric Intensive Care Unit, and to organize the content of
institutional program of hospital admission. This is a methodological research of technological
production, elaborated in three phases: 1 - exploratory, with a literature review and situational
diagnosis, as well as interviews with parents and the health care team; 2 - Technology
Development, including textual development, illustration, layout, and diagramming; and 3 -
Knowledge Transfer, including product registration and hospital availability. As a result,
educational technology synthesizes health education guidelines, as well as the desires and
contributions of parents and professionals regarding the content required to guide the child's
follow-up in a critical unit. The educational booklet starts with a brief presentation emphasizing
the importance of the family in the context of hospitalization and admission data, then proceeds
on to the following topics: The pediatric intensive care unit (medical staff, equipment, supplies,
and exams); Attitudes that support in your child's care; Parenting guidelines; Some child care
that you can collaborate on together; and other information. It includes spaces for parents to
record their feelings about the experience. The educational technology contributes to the
systematization of the multidisciplinary team's work process, primarily for the nurse, who
serves as a reference for the team in the performance of the guidelines to the parents. The
booklet is a communication tool that contains crucial information to promote health education,
reduce conflicts among those involved, welcome, humanize care, and have an impact on the
safety of severely ill pediatric patients. It also contributes to the interdisciplinary field through
advances in information and education research.

Keywords: pediatric nursing; health education; innovation; educational technology; Pediatric


Intensive Care Unit.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – FLUXOGRAMA DAS ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DA TECNOLOGIA


EDUCATIVA ................................................................................................... 28
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - INTERPRETAÇÃO DOS VALORES OBTIDOS COM ÍNDICE DE


LEGIBILIDADE DE FLESCH (ADAPTAÇÃO PARA TEXTOS EM
PORTUGUÊS) .................................................................................................. 33
TABELA 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PAIS QUANTO AO GRAU DE PARENTESCO
COM A CRIANÇA, FAIXA ETÁRIA, NÚMERO DE FILHOS, ESTADO
CIVIL, GRAU DE INSTRUÇÃO, BENEFÍCIO SOCIAL E
OCUPAÇÃO..................................................................................................... 38
TABELA 3 – DADOS CLINÍCOS DOS PACIENTES PEDIÁTRICOS INTERNADOS......39
TABELA 4 - OPINIÃO DOS PAIS SOBRE AS INFORMAÇÕES EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA.......................................................... 40
TABELA 5 - CARACTERÍSTICAS DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL QUANTO A
CATEGORIA PROFISSIONAL, TEMPO DE EXPERIÊNCIA, FAIXA
ETÁRIA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO E NÚMERO DE FILHOS..................... 44
TABELA 6 - OPINIÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE AS
ORIENTAÇÕES AOS PAIS.............................................................................44
TABELA 7- AVALIAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE O
INSTRUMENTO FORNECIDO AOS PAIS ................................................... 44
TABELA 8 - OPINIÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE
DIFICULDADES NA ORIENTAÇÃO AOS PAIS ......................................... 46
LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - LEVANTAMENTO DA LITERATURA ......................................................... 34


QUADRO 2 - OPINIÃO DOS PAIS SOBRE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA
COMPOR MATERIAL EDUCATIVO DE ORIENTAÇÕES......................... 40
QUADRO 3 - OPINIÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE INFORMAÇÕES
NECESSÁRIAS PARA ORIENTAR OS PAIS NA ADMISSÃO DA
CRIANÇA......................................................................................................... 46
LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – OPINIÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE O FORMATO DA


TECNOLOGIA EDUCATIVA ...................................................................... 45
LISTA DE SIGLAS

BDENF - Base de Dados de Enfermagem


BVS - Biblioteca Virtual em Saúde
CHC - Complexo do Hospital de Clínicas
CNS - Conselho Nacional de Saúde
CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
COREQ - Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research
EBSERH - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente
LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MEDLINE - Medical Literature Analysis and Retrievel System Online
SCIELO - Scientific Electronic Library Online
TE - Tecnologia Educacional
UFPR - Universidade Federal do Paraná
UNIPED - Unidade de Pediatria
UTIP - Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 16
2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 19
2.1 GERAL ......................................................................................................................... 19
2.2 ESPECÍFICOS .............................................................................................................. 19
3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 20
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 22
4.1 A TRÍADE CRIANÇA, PAIS E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA ................................................................ 22
4.2 A TECNOLOGIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE. ........................................................................................................................ 25
5 MÉTODO ..................................................................................................................... 28
5.1 ASPECTO ÉTICO ........................................................................................................ 28
5.2 LOCAL DA PESQUISA .............................................................................................. 29
5.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA ............................................................................. 29
5.4 ELABORAÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCATIVA ................................................. 30
5.4.1 Fase 1 - Etapa exploratória ........................................................................................... 30
5.4.1.1 Levantamento da literatura ........................................................................................... 30
5.4.1.2 Diagnóstico situacional................................................................................................. 30
5.4.2 Fase 2 – Etapa de desenvolvimento da tecnologia educativa ....................................... 31
5.4.3 Fase 3 – Transferência do conhecimento ...................................................................... 33
6 RESULTADOS ............................................................................................................ 34
6.1 LEVANTAMENTO DA LITERATURA .................................................................... 34
6.2 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL ............................................................................... 37
6.2.1 Pais ................................................................................................................................ 37
6.2.2 Equipe multiprofissional ............................................................................................... 42
6.3 DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA EDUCATIVA ..................................... 47
7 DISCUSSÃO ................................................................................................................ 50
8 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 56
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 57
APÊNDICES ................................................................................................................ 72
APÊNDICE 1 - INSTRUMENTO PARA ENTREVISTA (PAIS) .............................. 73
APÊNDICE 2 - INSTRUMENTO PARA ENTREVISTA (EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL) ............................................................................................ 75
APÊNDICE 3 - CARTILHA DE ORIENTAÇÃO AO PAIS DA UTIP ...................... 77
APÊNDICE 4 - QR CODE PROVISÓRIO ................................................................ 105
ANEXOS .................................................................................................................... 106
ANEXO 1 - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP....................................... 107
ANEXO 2 - CONCORDÂNCIA DAS UNIDADES E DOS SERVIÇOS
ENVOLVIDOS........................................................................................................... 110
ANEXO 3 - REGISTRO DA TECNOLOGIA EDUCATIVA...................................111
ANEXO 4 - SOLICITAÇÃO DE PADRONIZAÇÃO ..............................................112
16

1 INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) caracteriza-se como ambiente


assistencial que conta com equipe especializada, equipamentos e suporte avançado no
atendimento de crianças gravemente doentes, com o objetivo do restabelecimento do seu bem-
estar e da saúde. Quando se trata do paciente pediátrico crítico, considera-se que os pais
vivenciam situação de estresse, incertezas e angústia. Essa condição exige da equipe
multiprofissional sensibilidade às condições individuais da família, já que cada uma vivencia
esse momento de maneira peculiar.
A UTIP é descrita por alguns autores como local cercado por rotinas que restringem a
família no cuidado direto à criança, o que pode ser assustador e ameaçador para os seus
membros (NOBRE et.al., 2021; MORAES et al., 2022). Neste mesmo sentido, estudos apontam
que a internação do paciente crítico é um evento de mudança de vida, não somente para a
criança, mas para os seus pais ou familiares que pode acarretar morbidade física e psicossocial
residuais (CURTIS et al., 2016; RENNICK et al., 2014).
Buscando ser ambiente assistencial terapêutico, vem ao encontro o pressuposto que o
nível de conforto dos pais, diante da hospitalização em UTIP pode ser alcançado quando é
estabelecida relação ética, respeitosa e solidária entre a tríade profissional-paciente-família; e
pode ser abarcada com medidas simples relativas à ambiência, tais como, escuta sensível,
acolhimento e, fundamentalmente, comunicação adequada (CAMPONOGARA et al., 2016;
VALENTE et al., 2017).
Manter relação empática, escuta qualificada, atender às demandas de cada familiar,
estar aberto ao diálogo e transmitir informações úteis são atitudes que a equipe multiprofissional
precisa estabelecer para promover o acolhimento (AZEVEDO; CREPALDI; MORE, 2016).
Segundo Guerra, Chesani e Bossardi (2020) os pais e acompanhantes valorizam a tecnologia e
a dedicação dos profissionais, mas, acima de tudo, julgam indispensáveis as atitudes de respeito
e consideração.
A equipe de enfermagem, em especial, está em contato com as crianças e pais
diuturnamente, prestam cuidados e vivencia momentos de estresse e conflitos que podem
resultar em desgaste nas relações interpessoais. Situações essas que poderiam ser minimizadas
se, no momento da internação, as orientações pertinentes aos direitos, deveres, segurança do
paciente, rotinas e normas fossem disponibilizadas de forma acolhedora e sistematizada.
Ferreira e colaboradores (2018) ressaltam que uma das formas de minimizar conflitos é o
17

esclarecimento prévio sobre este ambiente assistencial e sua finalidade, levando em


consideração as necessidades e demandas particulares do ser acompanhante.
Fornecer informações e orientações aos pais no momento da hospitalização da criança
é uma prática da enfermagem que precisa ser realizada de maneira assertiva e eficiente para que
os pais possam ter a compreensão do que estão vivenciando, envolvê-los no processo de cuidar
da criança, dando autonomia e, consequentemente, reduzir a ansiedade diante da internação
(MOLINA; HIGARASHI; MARCON, 2014).
O enfermeiro tem papel fundamental no processo de orientação aos pais por ser capaz
de reconhecer, por meio de abordagem inicial, particularidades da criança que contribuirão para
traçar o plano terapêutico. A comunicação é ferramenta essencial, neste contexto, para atingir
o objetivo comum, qual seja a recuperação do paciente. O uso de tecnologias contribui não
somente para a execução do plano de cuidados, mas para a comunicação, ferramenta essencial
para a eficiência e eficácia da assistência em saúde.
As tecnologias empregadas na saúde, portanto, vão além do emprego de equipamentos,
objetos, materiais ou insumos, porque abrangem o uso de saberes, conhecimentos, práticas e
habilidades inerentes ao processo de cuidar, em todas as fases da vida. De acordo com Nietsche
e colaboradores (2005) as tecnologias podem ser educacionais (dispositivos para a mediação de
processos de ensinar e aprender); assistenciais (dispositivos para a mediação de processos de
cuidar, aplicadas por profissionais com os clientes-usuários dos sistemas de saúde) e gerenciais
(dispositivos para a mediação de processos de gestão utilizadas por profissionais nos serviços
de saúde).
Portanto, educar é uma função essencial à prática do enfermeiro, não somente por meio
da comunicação de conteúdos e de intervenções educativas, mas também no desenvolvimento
e na avaliação de recursos para o consumo dos clientes (CASTRO; LIMA JUNIOR, 2014).
Assim, a tecnologia educacional pode ser empregada em várias maneiras como ferramenta
coadjuvante no cuidado prestado (NIETSCHE et al., 2012).
Dispor de material educativo e instrutivo facilita e uniformiza as orientações com
vistas aos cuidados em saúde (ECHER, 2005). Esse caracteriza-se como importante recurso
para conduzir e melhorar o serviço de enfermagem, contribuir de maneira, significativa, para a
prática da assistência, em atividades administrativas e gerenciais, para boa relação entre pais,
responsável e a equipe multiprofissional (NASCIMENTO; ALMEIDA, 2020). Teixeira (2010)
considera que essas tecnologias podem mediar nos processos de educação para promover a
saúde como, por exemplo, o uso da cartilha.
18

Material educativo com linguagem clara e de fácil entendimento, a exemplo de


cartilhas, tem sido ferramenta útil quando aplicada na educação em saúde. Esta contribui para
o conhecimento, satisfação e aderência, não somente ao tratamento, como também para o
autocuidado e para orientar familiares em diversas situações de adoecimento (IVO et al., 2017;
TORRES et al., 2009). Como exemplo, durante fase latente da pandemia da COVID-19 por não
sabermos como lidar com a doença e o distanciamento social obrigatório, a presença dos pais
não foi permitida em muitas ocasiões. Houve a necessidade de rápida adaptação para fornecer
informações aos pais. A comunicação era feita por telefone, com horário estabelecido para
fornecer o boletim médico; muitas vezes foram realizadas vídeo chamadas entre a criança e os
pais. Mesmo diante da pandemia não pudemos deixar de lado a importância dos pais como
parceiros nos cuidados à criança, devendo ter transparência, responsabilidade e consistência nas
informações fornecidas aos pais (TEDESCO et al., 2021).
Assim, parte-se do princípio de que a hospitalização do paciente pediátrico é um
período crítico para a criança e seus pais, e quando a comunicação não se dá de forma adequada
e sistematizada, muitos conflitos podem ocorrer, com prejuízos a todos. Deste modo, considera-
se que a sistematização de informações acerca da internação da criança na UTIP, com a
participação de profissionais e dos pais na construção do conteúdo apresentado de forma clara
e simples, contribui nas ações de promoção e educação em saúde, reduzindo conflitos,
melhorando a comunicação entre as partes e contribuindo para um ambiente assistencial seguro.
19

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Desenvolver tecnologia educativa para orientar pais acerca da hospitalização em


Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica.

2.2 ESPECÍFICOS

Identificar as necessidades dos pais e equipe multiprofissional sobre as informações


inerentes à hospitalização da criança.
20

3 JUSTIFICATIVA

A UTIP campo desta pesquisa, disponibiliza instrumento cujo conteúdo referente às


normas, rotinas, deveres e direitos dos pais não é apresentado de forma completa, lúdica e de
leitura prazerosa. O protocolo de admissão do paciente não é exclusivo da unidade e abrange
orientações genéricas para a pediatria, carecendo de informações específicas à internação na
unidade crítica.
Na maioria das vezes, as orientações são executadas por auxiliar administrativo,
restringindo-se à entrega do instrumento no momento da admissão da criança na UTIP, para o
familiar ler e assinar. Como consequência, o material, frequentemente, não é lido, pois naquele
momento os pais estão preocupados com a saúde da criança.
Neste contexto, foi reconhecida a necessidade de avançar e produzir tecnologia que
contribuísse com os ruídos na comunicação. A utilização de tecnologias educativas elaboradas
adequadamente quanto aos elementos conteúdo, linguagem, ilustração, layout e aplicabilidade
podem influenciar o comportamento dos sujeitos envolvidos na hospitalização das crianças
(SANTOS, F.G.T. et al., 2021). Por outro lado, observa-se que os pais não apreendem
integralmente as informações prestadas no momento da internação e isso, gera falhas na
comunicação, estresse e conflitos entre os pais e a equipe multiprofissional.
Entre diversas tecnologias educativas, a cartilha é evidenciada como facilitadora do
ensino-aprendizagem, por ser um instrumento que possibilita a disseminação de conhecimento
de maneira objetiva e pode ser utilizada como ferramenta na promoção de cuidados aos pais
(SANTOS, L.M. et al., 2021a; SILVA, E.M. et al., 2021). Da mesma forma, é recurso que pode
reunir as informações, de forma sistematizada e acessível a qualquer momento oportuno.
As tecnologias são instrumentos facilitadores no processo de cuidar e educar nas ações
em saúde, promovem a comunicação e constituem recurso disponível para consulta diante das
dúvidas pertinentes à prestação do cuidado da criança hospitalizada (MARQUES et al., 2020;
RODRIGUES et al., 2020). No contexto desta pesquisa, considera-se que o desenvolvimento
de material educativo é capaz de orientar os pacientes e, no caso do paciente ser criança, os seus
pais e familiares, amenizando o desconhecimento da doença e do tratamento, bem como
promover a saúde (CARNIÉRE et al., 2020).
Michelson e colaboradores (2020) enfatizam que as tecnologias e materiais educativos
devam ser dinâmicas, com conteúdo gráfico e/ou vídeo. Na mesma direção Grudniewicz e
colaboradores (2015) ressaltam que durante o processo de educação em saúde, os materiais
devem apresentar conteúdo organizado e ilustrações que favoreçam a compreensão das
21

informações. Neste sentido, há de se considerar o público-alvo, nesta pesquisa, pais de crianças


hospitalizadas em UTIP.
Assim, percebe-se a importância da educação e promoção em saúde no ambiente
assistencial e a necessidade de uso de ferramentas facilitadoras que favoreçam o processo de
aprendizagem (LIMA et al., 2020; SILVA et al., 2019). Mediante tratar-se de ambiente que
envolve equipe multiprofissional, e pais de pacientes pediátricos, considerou-se adequado
desenvolver material educativo de forma participativa e coletiva. (TEIXEIRA et al., 2019).
Diante do exposto, propôs-se a elaboração da tecnologia educativa, do tipo cartilha,
com a contribuição participativa de pais e da equipe multiprofissional, com o objetivo de reunir
conteúdo significativo para as orientações durante a internação na UTIP. Considera-se que esta
tecnologia promoverá a educação em saúde, reduzindo conflitos, melhorando a comunicação e
contribuindo para um ambiente seguro.
Neste contexto, este estudo tem como questão norteadora - Quais informações e layout
devem conter uma cartilha educativa para orientações aos pais durante a hospitalização do
paciente pediátrico grave em UTIP?
22

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 A TRÍADE CRIANÇA, PAIS E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADE DE


TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

A UTIP é destinada ao tratamento de enfermidades graves, na qual o paciente necessita


de cuidados intensivos e ininterruptos, com uso de recursos tecnológicos e medicamentosos,
tomadas de decisão complexas, ações rápidas e equipe assistencial habilitada para lidar com
tais particularidades (AZEVEDO; HEMESATH; OLIVEIRA, 2019).
Neste ambiente, a hospitalização, na maioria das vezes, é ocasionada por um evento
agudo que requer atendimento rápido e qualificado para manter a vida da criança. Ter um filho
hospitalizado em UTIP é situação traumática que gera estresse e sofrimento intenso (FRANCK
et al., 2014; HAGSTROM, 2017; MENDES et al., 2020). Nessa situação manifestam-se
sentimentos de angústia, medo pelo desconhecimento da real condição clínica, impotência
diante do tratamento e mudança para um ambiente cujas normas e rotinas são estranhas
(MUNIZ et al., 2019).
As características específicas de uma UTIP, dentre elas, dinâmica de trabalho,
complexidade, natureza do tratamento e dos procedimentos, provocam o temor, deixando
transparecer, muitas vezes, a impressão de frieza e distanciamento dos profissionais ante o
sofrimento alheio (VALENTE et al., 2016).
Por, habitualmente, ser evento repentino, o internamento ocasiona desequilíbrio
emocional, os pais e familiares vivenciam momentos de angústia, estresse e incertezas durante
o processo inicial. Esse momento crítico é desafiador, tanto para os pais e os familiares do
paciente pediátrico quanto para a equipe multiprofissional (MANGUY et al., 2018). Azevedo,
Lançoni Júnior e Crepaldi (2017) reforçam que situações estressoras ocasionam repercussões
emocionais e verifica a necessidade de desenvolver ações integradas entre todos os envolvidos,
criança, pais e equipe multiprofissional.
Destaca-se que muitos pais nunca tiveram contato anterior com o ambiente da UTIP
e, quando exista a real possibilidade de perda do ente querido, com risco iminente de morte, o
desconhecimento sobre os diversos equipamentos e procedimentos invasivos agravam o
contexto emocional. Essa fragilidade se dá pelo agravo da criança, escassez de informações e
esclarecimentos ineficazes (FERREIRA et al., 2018; VALENTE et al., 2016).
Considera-se os pais e a família como principal promotores do desenvolvimento da
criança atualmente diversificada tanto cultural como socialmente e são constituídas de forma
23

diversificada como monoparentais ou pais do mesmo sexo, entre outras conformações


(RAMOS et al., 2016; O’CONNOR, BRENNER; COYNE, 2019).
Mendes e colaboradores (2020) ressaltam a importância da parceria entre os
profissionais e os pais nos processos de planejamento, prestação, na tomada de decisões e
avaliação dos cuidados. Neste sentido, manter comunicação assertiva entre equipe
multiprofissional, pais e os familiares é importante para minimizar a angústia e o estresse
desencadeado pela internação.
Azevedo, Hemesath e Oliveira (2019) identificaram, nas narrativas de pais, que as
principais necessidades passam pela efetiva e compreensiva comunicação com a equipe, com
informações diárias e conhecimento acerca do prognóstico da doença, contribuindo para a
confiança, segurança e envolvimento.
Assim, a equipe multiprofissional necessita ter o olhar voltado para os pais e o familiar,
oferecendo apoio emocional, fornecendo orientações sobre normas e rotinas da unidade,
procedimentos invasivos, riscos inerentes ao cuidado, avaliação de necessidades físicas, anseios
e desejos. Com isso os pais e seus familiares se sentem mais seguros e menos ansiosos,
acreditam que seus filhos estão bem assistidos e que a UTIP é o melhor lugar naquele momento
(BAZZAN et al., 2019). Os autores ressaltam que a enfermagem tem papel fundamental nessas
orientações, além de prestar assistência à criança a equipe deve fornecer atenção integral e com
orientações que estejam de acordo com o entendimento dos pais (BAZZAN et al., 2019).
Para alcançar objetivos comuns a equipe multiprofissional deve utilizar de estratégias
para adaptar os pais neste momento tão doloroso; e a comunicação clara e passível de
compreensão é uma ferramenta importante com vistas a diminuir o impacto da hospitalização,
diminuição do estresse e do sofrimento, tornando o ambiente mais confortável (BAZZAN et
al., 2020; BAZZAN et al., 2021; PÊGO; BARROS, 2017).
O estudo de Ferreira e colaboradores (2018) mostrou que quanto menor a escolaridade
dos pais, mais difícil é a compreensão sobre o que são e para que servem os dispositivos
invasivos. No entanto, após receberem informações, esses souberam identificar e discorrer
sobre sua utilidade, de forma parcial ou completa. Em contrapartida, aqueles que não receberam
informações sobre os dispositivos apresentaram sentimentos de medo e ansiedade.
Muitos profissionais acreditam que a presença dos pais ou familiar na UTIP é benéfica
para a criança. Esse é um direito garantido pela Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de 1990 que
dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e Resolução nº 41 de 13 de outubro de
1995 que dispõe sobre os direitos da criança e do adolescente hospitalizados. São documentos
que asseguram à criança e ao adolescente o direito à permanência em tempo integral de um dos
24

pais, ou responsável, durante a sua hospitalização. Contudo, ainda existem profissionais que
não percebem a importância dos pais, criando empecilhos para sua permanência. É fundamental
que os profissionais compreendam que família e criança são elos indissociáveis, cujo contexto
do cuidado de um significa o cuidar do outro e vice-versa, ampliando o conhecimento dos pais
(GOMES E SILVA et al., 2020; FONSECA et al., 2020; MOLINA et al., 2007).
De acordo com Silva e colaboradores (2020) a não aceitação por parte da equipe
multiprofissional da presença dos pais ou de seus familiares na UTIP e enxergá-lo como um
empecilho significa que o cuidado ofertado está sendo realizado de maneira operacional ou
mecanicista. Os autores demonstram nos estudos a ambiguidade sobre a presença dos pais na
UTIP, ora a favor, ora contra, apesar dos profissionais perceberem que a presença dos pais é
benéfica para a criança, os profissionais não veem a importância dos pais para a equipe,
encontrando justificativas para a não permanência em tempo integral e diante de certos
procedimentos.
A presença dos pais em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) foi
considerada como cuidado holístico, implicando maiores responsabilidades da equipe em
relação aos familiares, com destaque para a comunicação efetiva e bilateral (SILVA, M.M. et
al., 2021a; TOMÁS et al., 2018). O cuidado compartilhado, inserindo os pais é muito utilizado
em neonatologia e deve ser incorporado pelos profissionais de enfermagem em UTIP pois,
favorece ambiente acolhedor, proporciona o reconhecimento da sua função e a valorização, a
qual constitui importante estratégia de enfrentamento (CHAGAS et al., 2017; SOARES et al.,
2016; SOUSA et al., 2017).
Autores sugerem que aliar os pais e os familiares como parceiros críticos e ativos para
práticas seguras, não apenas como mero expectadores do cuidado, é estratégia importante e
promissora para a promoção de saúde e segurança do paciente (SOUSA et al., 2017;
STELMAK, MAZZA; FREIRE, 2017; WEGNER et al., 2017).
Concordamos ser essencial garantir a presença dos pais bem como de seus familiares
no cuidado à criança na UTIP, tendo em vista os benefícios físicos e psicológicos inerentes a
tríade criança-família-equipe (CARDOSO et al., 2021). No contexto desta pesquisa é
reconhecida a presença dos pais durante a hospitalização do paciente crítico como elemento
terapêutico. Assim como, a necessidade de adequada comunicação entre esses e a equipe de
saúde acerca do ambiente de cuidado, e suas peculiaridades. A tecnologia educativa,
direcionada aos pais é entendida como ferramenta de comunicação, e meio para fornecer
informações essenciais com vistas à compreensão e redução de conflitos.
25

4.2 A TECNOLOGIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM


SAÚDE.

A construção de tecnologias na área da saúde é essencial para promoção e educação


em saúde. Esses recursos proporcionam melhorias na assistência, na comunicação e no
acolhimento, com proposta reflexiva, transformadora, criadora, empoderando usuários, pais,
familiares e equipe multiprofissional (MOURA et al., 2017; RODRIGUES; GONÇALVES,
2020; SALBEGO et al., 2018).
De acordo com o Ministério da Saúde (2009), as tecnologias em saúde são
medicamentos, equipamentos, procedimentos técnicos, sistemas organizacionais, educacionais,
de suporte e protocolos assistenciais. O desenvolvimento, a incorporação e a utilização de
tecnologias nos sistemas de saúde, bem como a sua sustentabilidade, estão inseridos em
contextos sociais e econômicos, que derivam da contínua produção e consumo de bens e
produtos (BRASIL, 2010).
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) as tecnologias em saúde são as
aplicações de conhecimento e habilidades organizadas na forma de dispositivos, medicamentos,
vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para resolver um problema de saúde e
melhorar a qualidade de vida. A tecnologia, também pode ser compreendida como um conjunto
de saberes e fazeres relacionados a produtos e materiais que definem terapêuticas e processos
de trabalho, e se constituem em instrumentos para realizar ações na produção da saúde
(MANIVA et al., 2018; SILVA; ELIAS, 2019).
Nietsche e colaboradores (2012) entendem que tecnologia é o resultado de processos
concretizados, a partir da experiência cotidiana e da pesquisa, para o desenvolvimento do
conhecimento científico, seja, com vistas à construção de produtos materiais, ou não, com a
finalidade de provocar intervenções sobre determinada situação prática. Paim e colaboradores
(2009) apontam que tecnologia é um conceito amplo e que permite várias interpretações, desde
uma visão restrita, resultando num produto/máquina, até uma visão mais ampla, abrangendo os
saberes construídos pelos seres humanos. De Nazaré e colaboradores (2020) concluíram que
todas as tecnologias culminam para promoção da saúde por meio do processo em educação
mediada por algum tipo de tecnologia.
Considera-se, portanto, que a enfermagem deva fazer uso de tecnologias, pois são
ferramentas que subsidiam as ações de saúde. E, neste sentido, corroboram ações preconizadas
pelas políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde que visam a educação, a
comunicação e a mobilização social, voltadas ao empoderamento de indivíduos e grupos para
26

o desenvolvimento de práticas que resultem na promoção, proteção e defesa das condições de


vida e saúde (TEIXEIRA; SOLLA, 2006).
No contexto assistencial nos ambientes críticos, a união da tecnologia aliada ao
cuidado humanizado pode transformar um lugar hostil, de dor e sofrimento para a criança e
seus pais, em um ambiente capaz de inspirar esperança em um futuro melhor (VILLA et al.,
2017).
Neste contexto, as tecnologias educacionais (TE) correspondem a dispositivos de
ensino para facilitar o processo educacional e podem ser utilizadas nos diversos formatos táteis,
auditivos, expositivos, dialogais, impressos ou audiovisuais (CAMPOS et al., 2021; PAIM et
al., 2009). A utilização de TE para auxiliar a tarefa do enfermeiro em educar, pode ser uma
ferramenta facilitadora desse processo, bem como uma forma de diálogo comunicacional entre
os profissionais e o público. Mas, enfermeiros relatam a falta de tempo, de material, de local
adequado e a dificuldade de entendimento por parte de alguns familiares como barreiras para o
desenvolvimento da prática de educação em saúde (GONÇALVES et al., 2020; SANCHES,
LEMOS; VERÍSSIMO, 2017).
Leopardi, Paim e Nietsche (2014) consideram que o uso das tecnologias proporciona
o empoderamento e a autonomia dos profissionais de enfermagem e de outros profissionais da
saúde. Mello e colaboradores (2020) ressaltam que as TE possuem capacidade para aprimorar
o conhecimento e a autonomia, tornando o indivíduo sujeito ativo da sua aprendizagem.
Assim sendo, destaca-se que o enfermeiro educador, cuidador e pesquisador necessita
utilizar tecnologias no cotidiano, também para aprimorar o processo de trabalho, sistematizar
ações, desenvolver e promover educação em saúde. Embora as TE não substituam as
orientações verbais, tem grande valia para o reforço das recomendações, permitindo leitura
posterior das orientações e servindo de guia para dúvidas futuras (FONSECA et al., 2022;
MOURA et al., 2017; MOURA et al., 2019; SANTOS, L.M. et al., 2021b).
A produção de uma tecnologia é um método palpável no qual as informações podem
ser visualizadas facilmente, de modo a melhorar a compreensão do conteúdo, se comparadas as
instruções verbais isoladas (DE GOUVEIA, SILVA; BATISTA NETO, 2020; LESSA et al.,
2018). Essa ferramenta é importante no processo de educação em saúde, pois, possibilita o
processo de ensino-aprendizagem e para sanar dúvidas dos familiares (AFIO et al., 2014;
MELLO et al., 2020; SANTOS, L.M. et al., 2021b, XIMENES et al., 2019).
As tecnologias facilitam o trabalho da equipe, tanto para uma comunicação efetiva
como para orientação, reforçando as orientações verbalizadas e são ferramentas permanentes
de cuidado (CARNIÉRE et al., 2020; FARIAS et al., 2018; LEMOS; VERISSIMO, 2020;
27

SANTOS et al., 2020). Em pediatria as tecnologias têm o intuito de promover o cuidado de


enfermagem flexível, sensível e criativo, complementando as competências, habilidades e
atitudes dos profissionais, que abrangem desde necessidades sociais até necessidades
emocionais da criança e sua família (FONSECA et al., 2011).
Entre as tecnologias, a cartilha destaca-se como estratégia que possibilita a entrega de
informações e orientações escritas aos pais, contribuindo para seu conforto. Sabe-se que a
família aprecia as orientações escritas por estarem prontamente disponíveis para a consulta,
favorecendo a organização do grupo familiar e a ativação de mecanismos de enfrentamento da
situação (NASCIMENTO; TEIXEIRA, 2018). Gomes e colaboradores (2019), também
destacam a utilização de cartilhas educacionais como estratégias de envolvimento dos pais e
familiares no cuidado, por ser de baixo custo e de fácil acesso.
Considera-se que as informações selecionadas devam ser adequadas para que o
material seja significativo, atrativo, conciso e objetivo (CRUZ et al., 2016), uma vez que são
ferramentas facilitadoras do diálogo, do fortalecimento da relação cliente-profissional e do
processo ensino-aprendizagem (ALBUQUERQUE et al., 2016).
Porém para a tecnologia se tornar eficaz, deve ser elaborada a partir das dúvidas, das
necessidades de informação e do conhecimento dos sujeitos (BENEVIDES, 2016). Neste
aspecto, a elaboração de tecnologia, de forma participativa pelo público-alvo e equipe
multiprofissional, aliada ao conhecimento científico e vinculada às necessidades do cotidiano
pode contribuir para a sistematização das informações pertinentes à internação. E, desta forma,
auxiliar a equipe, a propiciar melhor comunicação, promover a educação e minimizar conflitos,
além de aproximar objetivos comuns.
No estudo de Mistraletti e colaboradores (2017), conclui-se que após uma intervenção
com o uso de folheto educativo, houve melhora da comunicação entre equipe e familiares,
reduzindo a ocorrência de transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade ou depressão e
insatisfação com a equipe. Achados semelhantes foram relatados por Hesham e colaboradores
(2016) e Lee e colaboradores (2018).
28

5 MÉTODO

Trata-se de pesquisa metodológica com foco no desenvolvimento e avaliação de


instrumentos para pesquisa e/ou prática, tornando-o confiável, preciso e utilizável (POLIT;
BECK, 2019).
Para a elaboração da TE foram adaptados os preceitos de Echer (2005) que tratam das
etapas do processo de elaboração de materiais didáticos para o cuidado em saúde. Segundo o
autor, desenvolvimento de material educativo é composto pelas etapas: (1) Submissão do
projeto no Comitê de Ética em Pesquisa; (2) Levantamento de literatura para garantir
fundamentação científica; (3) Elaboração do material educativo voltado ao público-alvo, com
linguagem acessível, atrativa, objetiva e de fácil entendimento. A quarta e última etapa se refere
à Qualificação ou avaliação do material por especialistas no tema e representantes do público-
alvo, a qual não fez parte desta pesquisa.
Esta pesquisa, portanto, foi constituída por três fases: Exploratória; Desenvolvimento
da Tecnologia Educativa; e Transferência do Conhecimento, com oito subfases, como
apresentado na FIGURA 1.
O fluxograma das etapas para a realização desta pesquisa está apresentado na FIGURA
1.
FIGURA 1 – FLUXOGRAMA DAS ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCATIVA

Levantamento da
Literatura
Fase 1. Etapa Exploratória
. Entrevistas com familiares
Diagnóstico Situacional . Entrevistas com equipe
multiprofissional

. Elaboração Textual
Fase 2. Etapa . Ilustração
Desenvolvimento da
Tecnologia Eduactiva . Layout
. Diagramação

. Registro da Cartilha
Fase 3. Transfêrencia do
Conhecimento . Disponibilização da
Cartilha

FONTE: A Autora (2020) adaptado de ECHER (2005).


29

5.1 ASPECTO ÉTICO

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres


Humanos do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – EBSERH
conforme CAAE nº 46966621.0.0000.0096 e parecer nº 4.850.250 de 15/07/2021. O projeto e
sua execução estão de acordo com a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho
Nacional de Saúde (CNS) que trata de diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas
envolvendo seres humanos (ANEXO 1).

5.2 LOCAL DA PESQUISA

O produto desta pesquisa foi desenvolvido durante o Mestrado Profissional no


Programa de Pós-Graduação em Prática do Cuidado em Saúde, da Universidade Federal do
Paraná (UFPR). O local da pesquisa foi a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do
Complexo Hospitalar de Clínicas (CHC), da UFPR, administrado pela Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (EBSERH), situado em Curitiba - PR.
O CHC-UFPR-EBSERH caracteriza-se como hospital terciário de alta complexidade,
e cuja finalidade é suprir as necessidades de saúde de Curitiba e do Estado do Paraná, bem como
servir à prática acadêmica. A UTIP está localizada no 14º andar do Complexo Hospitalar de
Clínicas e conta com oito leitos, cadastrados no Sistema Único de Saúde, para atendimento de
crianças gravemente enfermas em diversas especialidades, realizando de procedimentos de alta
complexidade.
A equipe multiprofissional da unidade é composta por enfermeiros, técnicos e
auxiliares de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, psicólogo, nutricionista, farmacêutico,
assistente social, bem como, os residentes de cada categoria profissional, totalizando 66
profissionais.

5.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Para alcançar os objetivos propostos o público-alvo foi constituído por pais e


profissionais da equipe multiprofissional, que estavam na UTIP no período de março a
abril/2022, com os seguintes critérios de inclusão e exclusão:
30

● Pais: foram incluídos pais de criança ou adolescente com admissão na UTIP


superior a seis horas. O critério de exclusão foi o não domínio da língua
portuguesa falada e escrita.
● Equipe multiprofissional: foram incluídos profissionais atuantes e lotados na
UTIP há mais de seis meses. Como critério de exclusão, estarem afastados por
motivo de licença ou férias no período da coleta de dados.

5.4 ELABORAÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCATIVA

5.4.1 Fase 1 - Etapa exploratória

5.4.1.1 Levantamento da literatura

Nessa fase ocorreu o levantamento da literatura com o intuito de definir pressupostos


teóricos e informações que devem conter a TE, pertinentes à hospitalização do paciente crítico
pediátrico. A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas: Latin American & Caribbean
Health Sciences Literatura (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sytem Online
(MEDLINE) e BDENF por meio do portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e pela
Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foi utilizado para a busca os descritores
“Criança Hospitalizada; Família; Pediatria; Neonatologia; Tecnologia Educativa; Unidade de
Terapia Intensiva Pediátrica”, com a utilização dos descritores booleanos AND e OR. Como
critérios de inclusão foram considerados os artigos disponíveis online, na íntegra e gratuitos,
publicados entre 2018 e 2022, no idioma português, inglês e/ou espanhol, que abordassem a
construção de materiais educativos, as necessidades de informações dos pais e familiares com
crianças hospitalizadas. Foram excluídos aqueles cujo conteúdo não correspondiam ao interesse
da pesquisa.

5.4.1.2 Diagnóstico situacional

A coleta de dados foi previamente autorizada pela gerência da Unidade de Pediatria


(UNIPED e pelos supervisores da área médica e de enfermagem da UTIP (ANEXO 2).
As entrevistas com os pais se deram de forma individualizada, norteadas por
instrumento semiestruturado e auto aplicativo (APÊNDICE 1), elaborado para esta pesquisa. O
pai/mãe foi convidado (a) a participar da pesquisa, após concluir o período mínimo de seis horas
de hospitalização do filho. A coleta de dados foi precedida pela informação, leitura e assinatura
31

o TCLE, e seguida da entrega do instrumento para preenchimento imediato. As dúvidas foram


sanadas em tempo real, durante a entrevista, e os participantes receberam um código alfa
numérico, na ordem temporal da entrevista, que foi registrado no instrumento respondido,
resguardando-se a identidade do respondente. As entrevistas foram feitas pela própria
pesquisadora, no período da manhã.
A amostra totalizou 11 participantes, sendo a maior demanda de internamentos por
insuficiência respiratória aguda e/ou suspeita de infecção pelo vírus SARS-CoV-2, onde a
presença dos pais só foi permitida depois de descartada a ausência da COVID-19 e muitos pais
não estavam presentes na UTIP durante a fase da coleta de dados. Não houve recusa, nem
desistência de nenhum dos participantes.
Os profissionais da equipe multiprofissional foram convidados a participar da pesquisa
por convite online via WhatsApp, com respectiva informação sobre o objetivo, e link para
acesso ao TCLE. Após aceite e assinatura, o questionário elaborado para esta pesquisa
(APÊNDICE 2) foi enviado por WhatsApp e devolvido pela mesma via, foi estabelecido
período de uma semana para devolução do questionário.
Os convites foram enviados para todos os profissionais que compõem a equipe
multiprofissional da UTIP, no total de 66 profissionais, destes 49 participantes devolveram o
questionário dentro do prazo estipulado.
Para a elaboração desta fase procurou-se atender ao checklist de recomendações dos
Critérios Consolidados de Relato de Pesquisa Qualitativa (COREQ), instrumento traduzido e
validado para a língua portuguesa que promove condutas adequadas para elaboração e garante
a qualidade da pesquisa (SOUZA et al., 2021).
Os dados obtidos nesta etapa foram planilhados no Excel, sem a identificação dos
participantes. Utilizou-se análise descritiva e recursos gráficos, tabelas e quadros. Os conteúdos
contribuíram para a elaboração do conteúdo e layout da TE.

5.4.2 Fase 2 – Etapa de desenvolvimento da tecnologia educativa

Para a elaboração do conteúdo textual foi realizada leitura crítica dos artigos
amostrados da literatura, dos dados obtidos nas entrevistas com os participantes, e das rotinas
da UTIP relativas ao internamento, ordenadas indutivamente. Como diretriz inicial foi
elaborado o roteiro (sumário) com a definição dos tópicos que iriam compor cada página da
TE, bem como as informações que deveriam constar em cada tópico.
32

Para a adequação e ordenação do texto, e layout foram utilizados, como referencial


teórico, os estudos de Echer (2005) e os guias Simply Put – A Guide for Creating Easy-to-
Understand Materials (CDC, 2009) e A Guide to Creating and Evaluating Patient Materials
(DEATRICK, AALBER; CAWLEY, 2010). Estes ressaltam aspectos como linguagem,
ilustração, layout e design que são características a serem consideradas para elaboração de
materiais educativos impressos.
O conteúdo textual foi organizado de modo a apresentar as informações de forma
progressiva aos pais, utilizando linguagem clara, objetiva e acessível para facilitar a
compreensão, com a utilização de palavras comuns, sentenças curtas, linguagem na voz ativa,
evitados termos técnicos.
Após o processo de elaboração textual, iniciou-se o processo de definição das
ilustrações, layout e diagramação. O objetivo desta etapa foi apresentar no texto ilustrações e
cores de modo a compor o conteúdo com visual atraente, lúdico, personalizado, de fácil
compreensão, que trouxesse leveza ao material, para o público ao qual se destina. Na produção
das ilustrações teve-se o cuidado de trazer realismo dos equipamentos utilizados na UTIP com
o intuito de melhor identificação deste para os pais. Portanto, houve o cuidado de contratar um
ilustrador para transferir a imagem de fotografia de equipamentos para o desenho, para atender
ao realismo desejado.
Com relação ao layout, design e diagramação foi contratado profissional técnico em
designer que utilizou o programa Adobe InDesing CS3. As ilustrações desenvolvidas pelo
ilustrador foram encaminhadas ao designer para complementação do layout e da diagramação.
Após a elaboração do material com as figuras e o texto, o material foi avaliado pelas
pesquisadoras para adequação dos ajustes necessários.
Após esta etapa, o conteúdo textual da TE passou pelo Teste de Legibilidade de Flesch,
que se refere à facilidade com que um texto pode ser lido pelo público ao qual se destina
(FLESCH, 1948). O referido teste encontra-se disponível na internet gratuitamente, em
plataforma online, por meio de um software procede-se à análise da legibilidade de textos na
Língua Portuguesa, sendo aplicável a partir de textos no word (MORENO et al., 2022; SOUZA
et al., 2021).
O teste foi aplicado, pela própria pesquisadora, em cada parágrafo do conteúdo textual
e adotou-se como índice de referência a pontuação entre 50 e 75, como apresentado na
TABELA 1.
33

TABELA 1– INTERPRETAÇÃO DOS VALORES OBTIDOS COM ÍNDICE DE LEGIBILIDADE DE FLESCH


(ADAPTAÇÃO PARA TEXTOS EM PORTUGUÊS)
ILF% DIFICULDADE DE LEITURA ESCOLARIDADE APROXIMADA
0 - 25 Muito difícil Superior completo e pós-graduação
25 -50 Difícil Ensino médio ou superior incompleto
50 - 75 Fácil Até 9º (fundamental)
75 - 100 Muito fácil Até 5º ano (fundamental)

FONTE: A autora (2022) adaptado de Martins, et al. (1996).

A partir da aplicação do teste, as frases classificadas como difícil e muito difícil e que
poderiam não ser entendidas, dependendo da escolaridade do público-alvo, foram reescritas,
sempre que possível para entendimento dos pais e familiares.

5.4.3 Fase 3 – Transferência do conhecimento

A versão final da TE foi encaminhada à Câmara Brasileira do Livro (CBL) para


registro e posterior apresentação à Direção do CHC e UTIP, com vistas a sua implantação na
rotina da unidade e avaliação oportuna pelos usuários e equipe de saúde.
34

6 RESULTADOS

A apresentação dos resultados foi organizada em três partes. A primeira se refere à


literatura utilizada para subsidiar a construção da TE e discussão dos resultados; a segunda se
refere ao diagnóstico situacional obtido a partir das contribuições dos pais, da equipe
multiprofissional e a terceira se refere ao desenvolvimento da TE.

6.1 LEVANTAMENTO DA LITERATURA

O QUADRO 1 apresenta em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro autor, os


artigos identificados nas bases de dados pesquisadas acerca da construção de materiais
educativos e as necessidades de informações dos pais e familiares com crianças hospitalizadas.

QUADRO 1 - LEVANTAMENTO DA LITERATURA (continua)


Referência Periódico/ Base Título Objetivo
de Dados/ Ano
AZEVEDO, Rev Bras Enferm/ Empowerment of the mothers Analisar o processo de
M.S.N. et al. LILACS/BDENF/ of children in a pediatric empoderamento de mães de crianças
2018 intensive care unit. internadas numa UTIP.
BAZZAN, J.S. Rev Bras Enferm/ Support systems in the Identificar e analisar os sistemas de
et al. LILACS/BDENF/ pediatric intensive therapy apoio utilizados pelos familiares
2019 unit: family perspective. para o processo de adaptação à
internação da criança na UTIP.
BAZZAN, J.S. Rev Esc Enferm The family’s adaptation Conhecer o processo de adaptação
et al. USP/ process to their child’s de familiares que vivenciam a
LILACS/BDENF/ hospitalization in an Intensive internação da criança em uma UTIP.
2020 Care Unit.
BAZZAN, J.S. Revista de Comunicação com a equipe de Conhecer a perspectiva das famílias
et al. Enfermagem saúde intensivista: perspectiva acerca da comunicação com a
Referência/ da família de crianças equipe de saúde intensivista durante
LILACS/BDENF/ hospitalizadas. a hospitalização da criança.
2021
BIASIBETTI, C. Rev Gaúcha de Communication for patient in Analisar a percepção de
et al. Enfermagem/ pediatric hospitalizations. profissionais de saúde e
MEDLINE/ 2019 acompanhantes quanto a
comunicação para segurança do
paciente pediátrico.
CAMPOS, D.C Revista de Educational Technologies in Identificar na literatura tecnologias
et al Pesquisa: fall prevention in hospitalized educacionais utilizadas com vistas a
Cuidado e children. prevenção de quedas em criança
Fundamental/ hospitalizada.
LILACS/BDENF/
2021
CARDOSO, Rev Baiana de Environment of pediatric Caracterizar a produção científica
S.B. et al. Enfermagem/ intensive care: implications for acerca do ambienta da UTIP e sua
LILACS/BDENF/ the assistance of the child and influência na assistência à criança e
2019 their family. a sua família.
35

QUADRO 1 - LEVANTAMENTO DA LITERATURA (continuação)


FERREIRA, Enfermagem em Percepção dos acompanhantes Verificar a percepção dos
M.J.M. et al. Foco/ sobre os dispositivos invasivos acompanhantes sobre dispositivos
LILACS/BDENF/ em uma Unidade de Terapia invasivos em UTIP.
2018 Intensiva Pediátrica.
GOMES- Av Enferm/ Validação de cartilha sobre Validar o conteúdo e aparência de
SILVA, C. et al. LILACS/BDENF/ cateterização intravenosa tecnologia didática e instrucional.
2020 periférica para famílias.
GONÇALVES, Rev de Health education in the Analisar significados atribuídos por
R. et al. Enfermagem e pediatric hospital environment. enfermeiros sobre as práticas de
Atenção à Saúde/ educação em saúde no ambiente
LILACS/BDENF/ hospitalar pediátrico.
2020
HOFFMANN, Rev Gaúcha de Patient safety incidents Conhecer os principais incidentes de
L.M. et al. Enfermagem reported by relatives of segurança reportados por familiares
LILACS/BDENF/ hospitalized children. de pacientes internados em unidades
2020 pediátricas.
JACKSON, G.P. J. Am Med Inform A technology-based patient Caracterizar as necessidades dos
et al. Assoc./ Medline/ and family engagement consult familiares e relatar sobre as
2018 service for the pediatric tecnologias recomendadas para
hospital setting. apoiar o engajamento e atender as
necessidades dos familiares.
KEGLER, J.J. et Esc Anna Nery/ Stress in parents of newborns Identificar o nível de estresse e as
al. LILACS/BDENF/ in a Neonatal Intensive Care situações mais estressantes para os
2019 Unit. pais de recém-nascidos internados
em uma UTIN.
KLUG, J.M.S.N. Adv Neonatal Promoting Parent Partnership Criar e testar uma ferramenta visual
et al. Care/ MEDLINE/ in Developmentally a beira leito para aumentar a parceira
2020 Supportive Care for Infants in com os pais no cuidado infantil.
the Pediatric Cardiac Intensive
Care Unit.
LEE, D.N. et al. Appl Clin Inform/ Common Consumer Health- Descrever as necessidades mais
MEDLINE/2018 Related Needs in the Pediatric comuns identificadas pelos
Hospital Setting: Lessons from cuidadores de pacientes pediátricos
an Engagement Consultation e as intervenções recomendadas.
Service.
LIMA, V.F.; Texto & Contexto Necessidade de informações Identificar as necessidades de
MAZZA, V.A. Enfermagem/ das famílias sobre informações das famílias dos
LILACS/BDENF/ saúde/doença dos prematuros prematuros internados em UTIN
2019 em unidade de terapia sobre saúde/doença.
intensiva pediátrica.
MARQUES, Cienc Cuid Tecnologia educativa na Descrever o processo de validação
A.G.A.C. et al. Saúde/ prevenção e cuidado de de tecnologia tipo cartilha sobre
LILACS/BDENF/ infecções respiratórias na prevenção e cuidados de infecções
2020 creche. respiratórias de crianças em creche.
MELLO, N.C. et Texto & Contexto Construction and validation of Validar uma cartilha educativa para
al. Enfermagem/ an educational booklet for o uso em dispositivos móveis sobre
SciELO/ 2020 mobile devices on aleitamento materno para familiares
breastfeeding. cuidadores de recém-nascidos e
lactentes
MENDES, Acta Paul Enferm/ Validation of an instrument for Construir e validar um instrumento
C.Q.S. et al. LILACS/BDENF/ family participation in the care de participação da família nos
2020 of hospitalized newborns. cuidados com o recém-nascido no
contexto neonatal.
MORAES, E.S. Rev Bras Enferm/ Support group for families Descrever o processo de criação e
et al. LILACS/BDENF/ with children in a pediatric implementação de grupo de apoio as
2022 intensive care unit. famílias de crianças em UTIP.
36

QUADRO 1 - LEVANTAMENTO DA LITERATURA (continuação)


MUNIZ, J.S. et Rev Rene/ Validation of a booklet Validar conteúdo de cartilha
al. LILACS/BDENF/ designed to promote comfort educativa para promoção do
2019 of relatives of hospitalized conforto de familiares com parentes
patients. hospitalizados
NASCIMENTO, Rev Bras Enferm/ Educational technology to Validar o conteúdo de uma
M.H.M.; SciELO /2018 mediate care of the “kangaroo tecnologia educacional tipo cartilha
TEIXEIRA, E. family” in the neonatal unit. produzida para mediar o
acolhimento de familiares de recém-
nascido internados em unidade
neonatal.
NAZARIO, A.P. Rev Gaúcha Development and evaluation Desenvolver e avaliar um vídeo
et al. Enferm/ SciELO/ of an educational vídeo for educativo para participação ativa da
2021 families on the reliet of acute família no alívio da dor aguda do
pain in babies. bebê.
OLIVEIRA, Rev Eletr Enferm/ Tecnologia educativa para Desenvolver tecnologia educativa
N.L.L. et al. LILACS/BDENF/ cuidadores de crianças e para cuidadores de crianças e
2020. adolescentes dependentes de adolescentes dependentes de
cuidados especiais no cuidados especiais no domicílio.
domicílio.
RODRIGUES, Rev Bras Enferm/ Construction and validation of Descrever o processo de construção
L.N. et al. SciELO/ 2019 an educational booklet on care e validação de uma cartilha
for children with gastrostomy. educacional direcionada a
cuidadores sobre cuidados para
criança com gastrostomia
ROSA, N.R.P.; Esc Anna Nery/ Parents’ perception of health Analisar a percepção dos pais sobre
CURADO, SciELO/ 2022 education practices in neonatal as práticas de educação em saúde
M.A.S.; unit. desenvolvidas pelos enfermeiros na
HENRIQUES, Unidade Neonatal.
M.A.P.
SABINO, Acta Paul Enferm/ Elaboração e validação de Construção e validação cartilha
L.M.M. et al. SciELO/ cartilha para prevenção da educativa, elaborada para promover
LILACS/BDENF/ diarreia infantil a autoeficácia materna na prevenção
2018a de diarreia infantil.
SABINO, Rev Bras Enferm/ Validação de cartilha para Validação de uma cartilha para a
L.M.M. et al. LILACS/BDENF/ promoção da autoeficácia prevenção da autoeficácia na
2018b materna na prevenção da prevenção da diarreia infantil.
diarreia infantil.
SANTOS, A.S. Rev Enferm Atual Educação em saúde na unidade Identificar na literatura nacional e
et al. In Derme/ de terapia intensiva neonatal. internacional as ações de educação
LILACS/BDENF/ em saúde com pais de recém-
2019 nascidos.
SANTOS, A.S. Rev Bras Enferm/ Construction and validation of Descrever o processo de construção
et al. SciELO/ 2020 na educational technology for e validação de uma cartilha
mother-child bond in the educativa para prevenção de vínculo
neonatal intensive care unit. entre mães e recém-nascido em
UTIN.
SANTOS, L.M. Rev Bras Enferm/ Construction and validation of Construir e validar o conteúdo de
et al. SciELO/ 2021 a Family guidance manual on um material educacional para a
complications of intravenous inclusão de familiares de crianças
therapy in children. hospitalizadas na prevenção e
identificação precoce de
complicações associadas a terapia
intravenosa periférica.
37

QUADRO 1 - LEVANTAMENTO DA LITERATURA (conclusão)


SILVA, C.S.G. Rev Enferm Aplicabilidade prática de uma Verificar a aplicabilidade prática de
et al. UFSM/ cartilha sobre punção venosa cartilha sobre punção venosa
LILACS/BDENF/ periférica: estudo com periférica para a família junto aos
2021 familiares de crianças familiares acompanhantes de
hospitalizadas. crianças hospitalizadas.
SILVA, Acta Paul Enferm/ Booklet on premature infants Verificar a aprendizagem cognitiva
I.O.A.M. et al. SciELO/ 2018 as educational technology for sobre os cuidados com os filhos
the Family: quase- prematuros mediante atividade
experimental study. educativa com base em uma cartilha.
SILVA, C.C. et Rev Mineira Ways of being of nursing Compreender as vivências dos
al. Enfermagem/ professionals in the pediatric profissionais de enfermagem com as
LILACS/BDENF/ intensive therapy: experiences famílias de crianças hospitalizadas
2020 with families. em UTIP.
SIOBHÁN, Journal of Clinical Family-centred care of Fornecer uma definição do cuidado
O’CONNOR, Nursing/ children and young people in centrado na família na UTIP.
R.G.N.; LILACS/BDENF/ the acute hospital setting: a
BRENNER, M.; 2019 concept analysis
COYNE, I.
VELANDIA Cultura de los Incertidumbre en los Determinar o nível de incerteza na
GALVIS, M. L Cuidados/ cuidadores de niños doença e a importância que
et al. IBCES/ 2019 hospitalizados en unidades de: influenciam a experiencia de
cuidado intensivo neonatal – crianças na UTIN e UTIP.
cuidado intensivo pediátrico
(UCIN-UCIP).

6.2 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

6.2.1 Pais

A pesquisa contou com a participação de 11 pais de crianças hospitalizadas na Unidade


de Terapia Intensiva Pediátrica que foram entrevistados individualmente no período de março
a abril/2022, a partir da disponibilidade desses e que atenderam aos critérios de inclusão da
pesquisa.
Nove participantes foram de mães 82%, compreendendo adultos jovens com a faixa
etária de 20 - 30 anos (n = 8), 73% e possuírem até dois filhos (n = 6), 55%. Em relação ao
estado civil, cinco mães são solteiras ou seja 46% e os demais participantes (n = 6), 54% são
casados ou com união estável. Quanto ao grau de instrução dos participantes, oito ou seja 73%
possuíam o ensino médico. Duas participantes, 18% recebem algum tipo de benefício social e
as mesmas tem como ocupação principal, serem do lar (TABELA 2).
38

TABELA 2 – CARACTERÍSTICAS DOS PAIS QUANTO AO GRAU DE PARENTESCO COM A CRIANÇA,


FAIXA ETÁRIA, NÚMERO DE FILHOS, ESTADO CIVIL, GRAU DE INSTRUÇÃO, BENEFÍCIO SOCIAL
E OCUPAÇÃO.
Variáveis n (11) %
Parentesco
. Mãe 9 82
. Pai 2 18

Faixa Etária
. 20 - 30 anos 8 73
. 31 - 40 anos 2 18
. > 41 anos 1 9

Nº Filhos
.1-2 6 55
.3-5 4 36
. 6 ou mais 1 9

Estado Civil
. Solteira 5 46
. Casada 4 36
. União Estável 2 18

Grau de Instrução
. Ensino Fundamental 3 27
. Ensino Médio 8 73

Benefício Social
. Sim 2 18
. Não 9 82

Ocupação
. Do lar 6 55
. Autônoma 2 18
. Auxiliar de Eletricista 1 9
. Tatuadora 1 9
. Socorrista 1 9

FONTE: A autora (2022).

Com relação ao motivo da internação dos pacientes internados na UTIP, predominou


a Pneumonia (55%, n=6). Destes 55% (n=6) dos pacientes apresentavam comorbidades e
internações recorrentes (TABELA 3).
39

TABELA 3 – DADOS CLINÍCOS DOS PACIENTES PEDIÁTRICOS INTERNADOS


Variáveis n (11) %
Motivo da internação
. Pneumonia 6 55
. Sepse 1 9
. Angeoblastoma 1 9
. Estenose 1 9
. Bronquiolite 1 9
. Laringite 1 9

Comorbidades
. Sim 6 55
. Não 5 45

Internação Anterior
. Sim 6 55
. Não 5 45

Faixa Etária
. Até 5 meses 5 45
. 6 meses a 2 anos 2 18
. 3 a 5 anos 4 37

FONTE: A Autora (2022).

Na parte 2 do instrumento da coleta de dados – Opinião sobre as informações em UTIP,


91% (n=10) dos pais responderam nunca ter vivenciado internação com outros filhos em UTIP;
91% (n=10) informaram ter recebido as informações sobre a internação. Uma mãe, cujo filho
tem internações recorrentes, referiu que não foi orientada nesta internação, e que algumas
rotinas mudaram e ela as desconhecia. Apenas 27% (n=3) dos pais souberam informar de quais
profissionais receberam as orientações, embora a totalidade tenha referido que as informações
recebidas atenderam as suas necessidades (TABELA 4).
Quanto ao formato do material educativo, 55% (n=6) dos participantes não
responderam à pergunta, porém um desses referiu que as informações devem ser simples,
objetivas, chamativas, coloridas e com desenhos. Os que responderam acrescentaram que as
informações devem ser reforçadas pessoalmente; e que as informações devem ser afixadas na
parede da UTIP (TABELA 4).
40

TABELA 4 - OPINIÃO DOS PAIS SOBRE AS INFORMAÇÕES EM UTIP

n (11) %
Vivência com outros filhos internados em UTIP
. Sim 1 9
. Não 10 91

Receberam orientação sobre as rotinas da UTIP?


. Sim 10 91
. Não 1 9

As informações atenderam as suas necessidades?


. Sim 11 100
. Não 1 0

Formato desejável do material educativo


. Impresso 3 27
. Digital 2 18
. Não responderam 6 55

FONTE: A Autora (2022.

Embora a totalidade dos participantes responderam que as informações recebidas no


momento da internação foram suficientes e atenderam as suas necessidades, mas ao serem
indagados quais informações deveriam conter no material educativo, os pais informaram que é
necessário que o material contenha informações relativas à internação, à permanência dos
familiares, sobre os dispositivos utilizados entre outras demandas descritas pelos pais
(QUADRO 2).

QUADRO 2 – OPINIÃO DOS PAIS SOBRE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA COMPOR MATERIAL
EDUCATIVO DE ORIENTAÇÕES (continua)
PARTICIPANTES INFORMAÇÕES

P1 Permanência dos familiares, visita à criança, visita religiosa, troca de


acompanhantes, uso de oxigênio, de respirador, de cateter, de sonda vesical,
cuidados corporais, exames realizados na unidade, exames externos e riscos.

P2 Uso de dispositivos como sondas.

P3 Permanência dos familiares, visita médica, uso de oxigênio, de cateter, uso de


medicamentos/drogas, cuidados corporais, exames realizados na unidade e
externos.

P4 Visita médica, troca de acompanhantes, uso de oxigênio, de respirador, de cateter,


uso de medicamentos/drogas, uso de dispositivos como sondas, exames realizados
na unidade, procedimentos que posso acompanhar e função das máquinas.
41

QUADRO 3 – OPINIÃO DOS PAIS SOBRE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA COMPOR MATERIAL
EDUCATIVO DE ORIENTAÇÕES (continuação)
P5 Admissão do paciente, permanência dos familiares, visita religiosa, troca de
acompanhantes, o que os acompanhantes podem ou não fazer, alimentação,
higiene dos acompanhantes, explicação sobre alguns procedimentos.

P6 Admissão do paciente, permanência dos familiares, visita à criança, religiosa,


médica, troca de acompanhantes, passagem de plantão pela enfermagem, uso de
oxigênio, de respirador, de cateter, uso de medicamento/drogas, uso de
dispositivos como sondas, cuidados corporais, exames realizados na unidade e
externo, funcionamento dos aparelhos, explicação sobre a doença.

P8 Visita religiosa, passagem de plantão da enfermagem, cuidados corporais,


passagem de plantão dos médicos, informação sobre qual profissional vai assumir
o plantão.

P7 Admissão do paciente, permanência dos familiares, visita à criança, religiosa,


médica, troca de acompanhantes, passagem de plantão pela enfermagem, uso de
oxigênio, de respirador, uso de medicamento/drogas, cuidados corporais, exames
realizados na unidade e externo, como cuidar do paciente, informação sobre cada
máquina e sua função.

P9 Permanência dos familiares, visita médica, troca de acompanhantes, uso de


oxigênio, de respirador, de cateter, uso de medicamentos/drogas, cuidados
corporais e utilização de alguns equipamentos.

P10 Permanência dos familiares, visita a criança, visita médica, uso de oxigênio, de
respirador, de cateter, uso de medicamentos/drogas, uso de dispositivos como
sonda vesical, exames realizados na unidade e externos.

P11 Permanência dos familiares, visita religiosa, troca de acompanhantes e cuidados


corporais.

FONTE: A autora (2022).

Em relação a sua vivência na UTIP com a criança internada, entre os nove (82%)
respondentes observa-se, pelos relatos, a satisfação com o atendimento e a necessidade de
informações, de acordo com as transcrições na íntegra, a seguir:

P1: Para estar aqui tem que ter muita fé.


P2: Ótimo hospital, profissionais excelentes, só gratidão pelo tempo que fiquei aqui. Obrigada
pelos cuidados que tiveram com a minha filha.
P3: Tive uma experiência de dois meses na UTIN e quando cheguei aqui (UTIP) foi outra
experiência assustadora, porém aqui na UTIP vi profissionais excelentes e queridos.
P4: O que assusta bastante são os aparelhos, seria interessante ter um breve resumo das
máquinas e suas funções, o que são aqueles números todos.
P5: O que mais vejo acontecer são pais assustados por ver e ouvir que seu filho será entubado
e não entender o procedimento, o porquê de estar nessa situação, o nome UTI é pesado,
42

assusta. Acho que entender o que está acontecendo em alguns procedimentos que por vez é
simples, mas por estar assustados se torna algo ruim aos olhos dos acompanhantes.
P6: ... super bem tratado, por todos, pessoas simpáticas e tiram todas minhas dúvidas conforme
o tempo
P7: ... ter paciência com os pais ou acompanhantes, ter um cuidado minucioso nos materiais
hospitalares e ter delicadeza nos procedimentos que vão ser realizados para não machucar o
paciente
P8: Eu gostaria de ter mais informações por qual profissional vai assumir cada plantão.
Acredito que nós mães nos sentiremos mais confiantes em saber qual profissional ficará
conosco.
P9: Acho que os profissionais deveriam ser orientados quanto à utilização de alguns
medicamentos, equipamentos, enfim tudo que possa ser utilizado numa rotina de UTIP,
treinamento profissional. E que os profissionais trabalhem com mais empatia e cuidado, afinal
entregamos a vida de nossos filhos em suas mãos.

6.2.2 Equipe multiprofissional

Atualmente a UTIP é composta por 66 profissionais que compõem a equipe


multiprofissional. Quarenta e nove ou seja 74% dos profissionais participaram da pesquisa
respondendo ao questionário.
A categoria profissional de maior destaque é a equipe de enfermagem (3 auxiliares de
enfermagem, 17 técnicos de enfermagem e 12 enfermeiros), 66% (n = 32). Vinte e nove
profissionais ou seja 60% tem tempo de experiência entre 1 e 5 anos na referida unidade. A
faixa etária predominante dos participantes foi de 31 a 35 anos, 35% (n = 17). Com relação a
nível de instrução da equipe multiprofissional a maioria são graduados (27%) e especialistas
(32%), ressaltando que alguns profissionais técnicos e auxiliares de enfermagem possuem
graduação, especialização e mestrado. A maioria dos profissionais (65%, n = 32) possuem
filhos e destes 19% (n = 6) tiveram experiência com internação do filho em UTIP (TABELA
5).
43

TABELA 5 - CARACTERÍSTICAS DA EQUIPE MULTIPROSSIONAL QUANTO A CATEGORIA


PROFISSIONAL, TEMPO DE EXPERIÊNCIA, FAIXA ETÁRIA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO E NÚMERO DE
FILHOS
Variáveis n (49) %
Categoria Profissional
. Auxiliar de Enfermagem 3 6
. Técnico de Enfermagem 17 35
. Enfermeiro 12 25
. Médico 10 20
. Fisioterapeuta 4 8
. Psicóloga 1 2
. Nutricionista 1 2
. Residente de Enfermagem 1 2

Tempo de Experiência na UTIP


. < 1 ano 5 10
. 1 a 5 anos 29 60
. 6 a 10 anos 5 10
. > 11 anos 10 20

Faixa Etária
. Até 25 anos 3 6
. 26 a 30 anos 1 2
. 31 a 35 anos 17 35
. 36 a 40 anos 11 23
. 41 a 45 anos 7 14
. 46 a 50 anos 7 14
. > 51 anos 3 6

Nível de Instrução
. Doutorado 2 4
. Mestrado 8 16
. Residência 1 2
. Especialização 15 32
. Superior Completo 12 24
. Superior Incompleto 4 8
. Ensino médio / técnico 7 14

Possuem Filhos?
. Sim 32 65
. Não 17 35

FONTE: A autora (2022).

A TABELA 6 mostra que 40% (n = 20) dos participantes consideram que os


enfermeiros devam orientar os pais sobre as rotinas da unidade; 88% (n = 43) referiram que
44

orientam os pais. Com relação ao conhecimento do instrumento utilizado atualmente para


orientar os pais na UTIP, 75% (n = 37) conhecem o material e o momento da admissão na
unidade e durante a sua vigência são os momentos oportunos para orientar os pais.

TABELA 6 – OPINIÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE AS ORIENTAÇÕES AOS PAIS


Variáveis n (49) %
Qual profissional deve orientar os pais?
. Enfermeiro 20 40
. Todos os profissionais da equipe 15 32
. Equipe de enfermagem 10 20
. Apoio administrativo 1 2
. Psicóloga 1 2
. Enfermeiros/médicos 2 4

Você orienta os familiares?


. Sim 43 88
. Não 6 12

Você conhece o instrumento que contém as orientações?


. Sim 37 75
. Não 12 25

Qual o melhor momento para orientar os familiares?


. Na admissão e durante a internação 20 42
. Admissão 13 26
. Após admissão e criança estar estável 13 26
. Nas primeiras 24 horas 2 4
. Quando os familiares estiverem mais calmos 1 2
FONTE: A autora (2022).

Entre os profissionais que conhecem o material orientativo (n = 37, 75%) usado na


atualidade, apenas 32%, (n = 12) o consideram favorável ao fim que se destina (TABELA 7).
Entre estes profissionais, 29% (n = 7) acreditam que o instrumento deva ser melhorado, possuir
layout e designer mais bem elaborado, ser mais ilustrativo, e menos textual.

TABELA 7 – AVALIAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE O INSTRUMENTO FORNECIDO


AOS PAIS
Avaliação do modelo de instrumento de orientações para os pais n (37) %
. Favorável 12 32
. Desfavorável 13 36
. Não responderam (não conheciam o instrumento) 12 32

FONTE: A autora (2022).

O formato impresso foi o mais mencionado (35%, n = 17), devendo ter disponibilidade
online através de QR CODE, como mencionado por quatro profissionais. E ser fixado na
45

entrada da UTIP, onde os familiares que têm acesso à internet possam consultá-lo livremente.
Houve a sugestão de formato digital, 8% (n = 4) tipo e-book e acesso pelo WhatsApp. O formato
em vídeo 22% (n=11), também foi reportado com sugestão de disponibilização na televisão e
no celular, após disponibilização do link. O aplicativo foi referido por 19% (n=9) dos
participantes por tratar-se de recurso muito aplicado na atualidade, embora requeira acesso à
internet, e possível inviabilidade de custo financeiro. Um participante (2%) sugeriu
disponibilização no site do CHC e QR CODE. Sete dos participantes não opinaram, ou seja
14%, mas mencionaram que o conteúdo deve ser objetivo, lúdico, dinâmico, interessante, de
fácil aplicação, entendimento e manuseio, que atenda à variedade cultural e social dos
familiares, destacando que muitos não têm acesso à internet (GRÁFICO 1).

GRÁFICO 1 – OPINIÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE O FORMATO DA TECNOLOGIA


EDUCATIVA

14%(n=7)
23%(n=11)
2%(n=1) Video
Aplicativo
8%(n=4)
Impresso
Livro digital

18%(n=9) Site
Não referiu formato

35% (n=17)

FONTE: A autora (2022).

Em relação à opinião da equipe multiprofissional quanto ao potencial de contribuição


da TE para fornecimento de informações aos pais das crianças inerentes a hospitalização na
UTIP, 98% (n=48) consideraram com potencial positivo para o entendimento sobre a UTIP, as
normas e rotinas, bem como de estabelecer um elo de confiança entre os envolvidos – equipe
multiprofissional e pais ou familiares. Apenas um participante (2%) referiu não saber se a TE
contribuirá para o processo de cuidar da criança hospitalizada, mas não explicou o motivo.
Com relação às informações necessárias para orientar os pais, apresenta-se o
compilado das falas dos profissionais que responderam à pergunta, conforme QUADRO 3.
46

QUADRO 4 – OPINIÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS


PARA ORIENTAR OS PAIS NA ADMISSÃO DA CRIANÇA
Troca de acompanhante, visita médica, de familiares, higiene das
Nutricionista, psicologia e fisioterapia mãos, dos celulares, alimentação na UTIP, rotinas, dispositivos
utilizados, o papel dos pais, da equipe e dos acompanhantes.

Funcionamento da UTIP, rotinas, horário para informações aos pais,


Médicos higiene das mãos, horário de troca de acompanhantes, das refeições,
de visita, uso de aparelhos eletrônicos, horário de passagem de
plantão, função de cada profissional, plano terapêutico, risco de
quedas, risco dos procedimentos invasivos, risco de extubação,
direitos e deveres da criança e do acompanhante.

Higiene das mãos, uso de avental, álcool, o que os familiares podem


Equipe de enfermagem (auxiliares, ajudar no cuidado com o filho, rotinas da UTIP, uso de dispositivos,
técnicos e enfermeiros) aparelhos, alarmes, horário de visita médica, guarda volume, local
de banheiro e refeitório para acompanhantes, horário de higiene, de
visita, de troca de acompanhantes, uso do celular, procedimentos
realizados dentro da UTIP, cuidados que os pais devem ter durante a
internação da criança, direitos e deveres da criança e do
acompanhante, o que é permitido trazer para dentro da UTIP, a
importância do familiar para a criança, função de cada aparelho,
sobre as medicações, risco de quedas, cuidados pós alta da UTIP

FONTE: A autora (2022).

Entre os profissionais da equipe de enfermagem, 67% ou seja (n=22), referiram


encontrar dificuldades para orientar os pais durante a hospitalização da criança na UTIP
(TABELA 8).

TABELA 8 – OPINIÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE DIFICULDADES NA


ORIENTAÇÃO AOS PAIS
Variável n (33) %
Enfermeiros/residente (n=13)
. Sim 9 70
. Não 1 7
. As vezes 3 23

Técnico de enfermagem (n=17)


. Sim 10 59
. Não 7 41
. As vezes 0

Auxiliar de enfermagem (n=3)


. Sim 3 100
. Não 0
. As vezes 0

FONTE: A autora (2022).


47

As dificuldades apresentadas pelos oito enfermeiros e pela residente de enfermagem


foram transcritas, abaixo:
ENF1: ... a falta de tempo para poder realizar uma conversa sem pressa, no tempo da família
ENF2: ...informações desencontradas
ENF3: ... principalmente quando a demanda de cuidados é alta na admissão, somada a falta
de pessoal e estrutura para manter o atendimento a outros pacientes internados
ENF4: ... falta de receptividade das informações por parte de alguns familiares, vício errôneo
sobre não lavarem a mão e não passarem álcool antes e após saírem dos boxes, principalmente
nos boxes de isolamento
ENF5: ... sobrecarga de trabalho
ENF6: ... principalmente pelo grau de instrução dos pais e/responsável
ENF7: ...plantão corrido com várias intercorrências
ENF8: ... dependendo do grau de entendimento da família se torna mais difícil a comunicação
quando ela é somente verbal e não tem algo mais lúdico para passar as informações
ENF9: ... sobrecarga de trabalho, frequente mudanças nas orientações

6.3 DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA EDUCATIVA

A partir do compilado relativo ao levantamento da literatura, e contribuições dos


participantes, a TE CARTILHA DE ORIENTAÇÃO AOS PAIS DA UTIP (APÊNDICE 3).
Considerou-se a opinião dos profissionais de saúde, entre os quais a maioria sugeriu o
formato impresso, com disponibilidade online através de QR CODE. Opinião essa que veio ao
encontro do esperado pelos familiares que se manifestaram, preferindo o formato de panfleto e
folder.
O conteúdo considerou as normas e rotinas da UTIP, relativas aos horários de visita,
troca de acompanhantes, alimentação, higienização das mãos e uso de avental. A essas, foram
acrescidas informações demandadas pelos pais, entre outras, as correspondentes a dispositivos,
materiais e cuidados; exames, procedimentos e riscos; visitas e alimentação do familiar; equipe
de saúde e rotinas de visita profissional, e atendimento e apoio espiritual.
Na elaboração utilizou-se de linguagem simples e não técnica com vistas a atingir o
público-alvo. Considerou-se, também, a forma de apresentação do conteúdo, externado pelos
profissionais, devendo prezar pela simplicidade, objetividade e ludicidade; com o emprego de
cor e ilustrações, de fácil aplicação, manuseio e entendimento.
48

O índice de teste de legibilidade ficou em 50%, classificado como de fácil leitura para
o público ao qual se destina, com escolaridade até o nono ano, considerando, portanto, as
diretrizes teóricas, o conteúdo da literatura, as normas institucionais e a construção
participativa, o conteúdo foi organizado em cinco tópicos e correspondentes subtópicos, assim
distribuídos:
- A unidade de terapia intensiva pediátrica
x Equipe de saúde
x Equipamentos
x Materiais
x Exames
- Atitudes que ajudam no cuidado do seu filho
- Orientações para os pais
- Alguns cuidados com seu filho que você pode colaborar
- Outras informações
As figuras autorais referentes aos equipamentos utilizados na UTIP, confeccionadas a
partir de fotos dos equipamentos disponibilizadas pela pesquisadora, foram adicionadas ao
respectivo texto, no subtópico ‘equipamentos’. Considerou-se a relevância das características
das figuras, ilustrações, cores, texto, layout e designer para proporcionar leveza ao conjunto e
que despertasse o interesse pela leitura.
Assim considerando, a cartilha foi idealizada de modo à apresentação assemelhar-se
às estórias infantis, justificando-se a inclusão de ilustrações que a essas remetem ao leitor.
Nos elementos pré-textuais incorporou-se uma breve apresentação, tal como um gesto
de acolhimento dos pais no período inicial da hospitalização, proporcionando espaço para o
registro dos dados da criança e inclusão, por esses, de uma foto, um desenho ou um pensamento.
Antes da apresentação dos tópicos relativos às informações, propriamente, abordamos a
importância dos pais e familiares para a criança e para a equipe multiprofissional.
No primeiro tópico (A unidade de terapia intensiva pediátrica) foram inseridas
informações sobre a natureza do internamento da criança e o direito dos pais a acompanhá-la.
Esse tópico foi divido em quatro subtópicos onde foram inseridas as informações relativas à
assistência; no primeiro subtópico a equipe de saúde foi apresentada, listando-se todos os
profissionais que ali atuam. No segundo subtópico os equipamentos de uso na UTIP foram
elencados e descritos, com foco na finalidade, com respectivas figuras do monitor, bomba de
seringa, bomba infusora, ventilador mecânico e acessórios ao suporte ventilatório. No terceiro
49

subtópico os materiais tubo orotraqueal, sonda vesical de demora, sonda nasogástrica ou


enteral, e os acessos venosos foram listados com correspondente forma de inserção e
finalidades. Finalizando, no quarto subtópico foram apresentados os exames realizados no
ambiente da UTIP e fora dela, assim como a forma de coleta de sangue e finalidade dos exames
de glicemia capilar e gasometria arterial.
No segundo tópico, denominado “Atitudes que ajudam no cuidado de seu filho”, foram
elencadas ações relativas à comunicação com a equipe multiprofissional, sobre etiqueta e
organização durante a permanência no box. Foram incluídas ilustrações para a orientação da
higienização das mãos.
O conteúdo do terceiro tópico, “Orientações para os pais” foi centrado nos cuidados
relativos à prevenção de infecções, alimentação durante a permanência na UTIP, estrutura de
sanitários, copa, guarda de materiais pessoais e rotina de troca de acompanhantes.
No quarto tópico, “Alguns cuidados com seu filho que você pode colaborar”, são
informadas as modalidades de cuidado participativo, com estímulo à participação dos pais ou
familiares, da importância da participação ativa. Incluiu-se o alerta em relação à manutenção
das grades do leito elevadas, para a prevenção de quedas.
O quinto e último tópico aborda o apoio espiritual disponível aos pais, as rotinas sobre
as informações sobre a saúde da criança e os horários de troca da equipe multiprofissional
(médicos e enfermagem).
Um espaço foi reservado para “Memórias”, cujo objetivo foi o registro da internação,
por meio da livre expressão dos pais em demonstrar o momento vivido.
Finalizando, são apresentadas as referências relativas ao Estatuto da Criança e do
Adolescente, e Orientações Técnicas sobre Serviços de Acolhimento para Crianças e
Adolescentes. A cartilha possui 21 páginas, com correspondente numeração no canto lateral
direito, a partir do sumário. O papel utilizado para impressão foi o couchê, no tamanho A5
(15x21 cm), em brochura e, na ficha catalográfica consta o registro do produto na Câmara
Brasileira do Livro (ANEXO 3), juntamente com o QR CODE provisório (APÊNDICE 5), o
qual poderá futuramente ser vinculado ao site da instituição.
Foi solicitado pela gerência da UNIPED que a Cartilha de Orientação aos Pais da UTIP
passe a ser utilizada como um instrumento de orientação aos pais na admissão da criança na
unidade (ANEXO 4).
50

7 DISCUSSÃO

O produto desta pesquisa, ‘Cartilha de orientação aos pais da UTIP’, apresenta


organizadamente conteúdo relativo ao ambiente da unidade; equipe assistencial; equipamentos
e materiais mais utilizados e sua finalidade; normas, rotinas e a rede de apoio aos pais das
crianças e adolescentes hospitalizados.
A legibilidade dos usuários é um dos maiores desafios no desenvolvimento de
materiais educativos independente do formato (ASIEDU et al., 2020). O teste de legibilidade
foi de 50%, classificado como de fácil leitura, refletido a construção textual com linguagem
clara, simples, de fácil entendimento e memorização, com frases curtas, na voz ativa, e poucos
termos técnicos.
Nas ilustrações foram agregadas imagens que trouxessem realismo, de forma lúdica
para que os pais e familiares compreendessem o conteúdo abordado, independentemente do seu
grau de escolaridade (MOURA et al., 2017; PAIVA et al., 2020).
O levantamento da literatura apontou que as necessidades por orientações durante a
hospitalização da criança vão além do saber sobre os procedimentos, exames ou materiais,
rotinas ou normas da unidade. Os familiares necessitam de comunicação assertiva, efetiva,
eficiente e objetiva, estar engajados e participantes do cuidado (ABELA et al., 2019; FELIPIN
et al., 2018; FURTAK et al. 2021; HALLMAN; BELLURY, 2020; JACKSON et al., 2018;
KLUG et al., 2020; LEWIS-NEWBY et al., 2020; LIMA; MAZZA, 2019; NORA et al., 2020;
SCHAUFEL et al., 2021).
Neste aspecto, incluiu-se espaço para a livre manifestação de sentimentos, na própria
cartilha. Além de fornecer informações durante a hospitalização da criança, abordando as
rotinas, normas, direitos e deveres, também se tem a pretensão da cartilha ser um presente para
os pais guardarem como uma lembrança deste período de lutas e superações, lágrimas de
tristeza e alegria.
Alguns estudos abordam a elaboração de diários feitos pela equipe de enfermagem e
que trazem resultados positivos para diminuição da angústia e estresse que a internação em
UTIP acarreta aos pais ou familiares e a criança (DRYDEN-PALMER, 2019, HERRUP,
WIECZORE; KUDCHADKAR, 2018; MIKKELSEN, 2017). Neste aspecto, o produto desta
pesquisa concorda com os pesquisadores ao destacar a importância de transformar o momento
da internação menos angustiante para os pais e familiares. E fazer desse momento uma
experiência de aprendizagem, mesmo que seja de muita dor e angústia para todos, além de
51

quebrar o estigma que a UTIP é um local de morte, mas de tratamento e recuperação onde todos
desenvolvem ações para manter a vida (RIPARDO et al., 2021).
Considerando esse objetivo comum, destaca-se que o texto foi elaborado não somente
com base na literatura, normas e rotinas da UTIP, mas sobretudo, nas demandas dos pais e
equipe multiprofissional, foi de fato um produto de elaboração participativa. O estudo
demonstrou que a participação dos pais e equipe multiprofissional foi fundamental para a
construção do conteúdo, uma vez que reúne informações pertinentes às necessidades dos pais
e responde às expectativas da equipe multiprofissional.
Busatto e colaboradores (2021) em estudo que teve a participação dos pais e equipe
multiprofissional concluíram que material didático instrucional com orientações padronizadas
é uma ferramenta para a prática da educação em saúde. A tecnologia aqui apresentada buscou
esse resultado.
Ressalta-se que a participação do público-alvo é de suma importância no processo de
elaboração de materiais educativos, valorizando suas opiniões, necessidades e tornando-os
parceiros do cuidado, considerando seus direitos e os direitos da criança hospitalizada, irá
contribuir para melhoraria da assistência prestada (BARRETO et al., 2021; BISPO et al., 2019;
COSTA et al., 2021; GORDON; CRISP, 2016; LIMA et al., 2017).
Deste modo, reitera-se que a estratégia participativa entre pais e equipe
multiprofissional teve a sua finalidade atendida na coleta de dados, atendendo ao intuito desta
pesquisa. A abordagem participativa, visando atender as demandas, necessidades e expectativas
do pais e familiares relativas a hospitalização da criança, contribui para o cuidado humanizado,
nesse momento de fragilidade em que todos se encontram (LIMA et al., 2017; LIMA; MAZZA,
2019; NOGUEIRA-MARTINS e BOGUS, 2004).
Estudos voltados em UTIN descrevem que a TE despertou sentimentos de vínculo e
afeto, podendo ser usada como um mecanismo de intervenção para promover o apoio emocional
aos pais e familiares durante a hospitalização e não somente ao recém-nascido ou a criança
enferma (LEITE et al., 2016; SANTOS et al., 2019; VELANDIA GALVIS, et al., 2019).
Nesta pesquisa almejou-se também promover a comunicação e reduzir conflitos. Neste
sentido, a cartilha como tecnologia é um instrumento de comunicação entre a equipe e os pais.
Os materiais impressos que descrevem assuntos relacionados à saúde podem ser úteis na
promoção, educação em saúde e melhoria do conhecimento, atitude e prática para quem se
destina. As orientações escritas são mais efetivas do que as feita de forma verbal para melhoria
na comunicação, redução de conflitos entre usuários, pais e familiares e a equipe
multiprofissional (COSTA et al., 2020; GIGANTE et al., 2021; GREENWAY et al., 2019;
52

MARTINS et al.,2019; MELO, QUERIDO; MAGESTI, 2022; OLIVEIRA et al., 2018;


PORTUGAL et al., 2021; SABINO et al., 2018a; SILVA et al., 2018; SILVA, CARREIRO;
MELLO, 2017).
Optou-se pelo formado da TE como cartilha pela facilidade dos pais e familiar ler e
reler de acordo com as suas dúvidas, utilizar na ausência momentânea do profissional de saúde,
auxiliar nas orientações verbais dos profissionais e servir de guia de orientações em casos de
dúvidas posteriores. Ainda, ser de fácil aplicabilidade, reforçando a autonomia e
empoderamento, para o público ao qual se destina (ALEXANDRE et al., 2020; CORDEIRO et
al., 2017; GORDON; CRISP, 2016; IVO et al., 2017; PIUBELLO et al., 2021; SABINO et al.,
2018b; SANTOS et al., 2020; SILVA et al., 2018).
A cartilha, também poderá ser disponibilizada pelo WhatsApp no formato de e-book,
caso seja institucionalizada. A disponibilização de conteúdo educacional através de aplicativos
de mensagens emerge como ferramenta inovadora, de utilidade na assistência à saúde, canal
para esclarecer dúvidas, transmitir informações, na qual foi muito utilizada durante a pandemia
da COVID-19 e promover a educação em saúde (CAETANO et al., 2020; NASCIMENTO;
TEIXEIRA, 2018; SILVA, C.S.G. et al., 2021).
Destaca-se que o uso de cartilhas, folhetos, folders é um recurso tangível de ser
aplicado devido ao baixo custo na elaboração, de fornecer as informações e educar em saúde.
Em estudo com três tipos de intervenções educativas sobre síndrome pós-traumática, durante a
hospitalização em UTIP, os autores concluíram que o conhecimento proporcionado aos
familiares foi valioso, mostrando-se uma melhora da compreensão do momento vivenciado e
para a enfermagem foi útil e importante para o fluxo do trabalho (ESSES et al., 2019).
Como membro da equipe de saúde, o enfermeiro desempenha papel fundamental no
processo de educar em saúde e faz parte das suas atribuições, bem como é ação imprescindível
para o estabelecimento de vínculos e construção de parceria de cuidados entre profissionais e
pais. Além de contribuir para a redução do estresse parental e melhora da qualidade da
comunicação, essa atitude de disponibilidade dá suporte ao preconizado no cuidado centrado
ao paciente (CELENZA et al., 2017; ROSA; CURADO; HENRIQUES, 2022; SILVA-
RODRIGUES; NASCIMENTO; KURASHIMA, 2016).
O enfermeiro enquanto educador em saúde deve utilizar de criatividade e inovar na
construção de materiais educativos que facilitem o ensino e aprendizagem, pois somente através
da educação em saúde que haverá a diminuição de aflições, apropriação do planejamento e da
execução dos cuidados por parte dos pais com objetivo de melhora da qualidade dos pacientes
pediátricos e seus pais (NAZÁRIO et al., 2021).
53

Neste estudo todos os enfermeiros lotados na UTIP participaram, mostrando o


interesse no tema e refletindo a opinião dos demais profissionais quanto a ser visto como o
componente da equipe que deve orientar os pais. Rojo e colaboradores (2018) destacaram que
o enfermeiro é o elo e pilar fundamental durante o processo de hospitalização, tornando a
relação entre o paciente e seus pais, única e dinâmica.
Por outro lado, nesta pesquisa 73% dos pais não souberam referir qual ou quais
profissionais fizeram as orientações sobre as rotinas da unidade. Esses dados demonstram que
os profissionais não têm o hábito de se apresentarem, dificultando aos pais diferenciarem quem
são, bem como diferenciar os membros da equipe de enfermagem com outros profissionais da
saúde, colaborando para a falta de representatividade e reconhecimento profissional de
enfermagem (AMORIM et al., 2017; SILVA, C.S.G. et al., 2021).
O estudo de Camponogara e colaboradores (2016) apontou que os profissionais que
atuavam na unidade de cardiologia não foram identificados pelos familiares e a partir da
identificação dos profissionais da saúde, os familiares se sentiram mais satisfeitos com o serviço
e seguros quanto ao tratamento.
Esta lacuna não será solucionada com a tecnologia, mas com mudanças na prática e
comportamento do profissional durante o cuidado.
Neste mesmo sentido, embora os pais tenham referido satisfação quanto às orientações
recebidas, apresentaram inúmeras sugestões para o conteúdo da cartilha. Tais como,
procedimentos, rotinas e normas, equipamentos, materiais e profissionais, uso de dispositivos,
horários de visita de familiares, médica, religiosa, permanência de familiares, troca de
acompanhantes, exames externos, riscos, procedimentos que os pais podem acompanhar.
Oliveira e colaboradores (2020) demonstraram que algumas necessidades referidas pelos pais
foram ao encontro das sugestões apontadas pelos pais em nosso estudo para compor a
tecnologia.
Deste modo, percebe-se lacunas nas informações recebidas durante a admissão da
criança na UTIP, pelo fato de informações desencontradas, pela falta de um instrumento
sistematizado, exclusivo para a unidade, devido a sua complexidade e por não ser apresentado
de forma complexa, lúdica e de leitura prazerosa. Acrescenta-se que cerca de 25% (n = 12) dos
profissionais desconhecem o material em uso na UTIP para a orientação aos pais.
Percebe-se em algumas falas que os pais sentem medo, receio, ansiedade diante da
hospitalização do filho, seja pela gravidade ou pela limitação de informações sobre os
procedimentos, normas e rotinas. Ramos e colaboradores (2016) ressaltam que muitas vezes a
família envergonha-se de fazer perguntas à equipe gerando insegurança e crenças infundadas a
54

respeito da situação do filho. Por outro lado, é comum que familiares exponham sentimentos
de confiança, gratidão pelo tratamento ofertado (PÊGO; BARROS, 2017), fato também
observado pelos depoimentos nesta pesquisa.
Destacam-se a fé e a esperança como sentimentos positivos, vindo da religião dos pais
oferecendo conforto e o suporte para enfrentar o que vivenciam na UTIP (CAMPONOGARA
et al., 2016). As informações acerca do apoio religioso, como a visita religiosa, a localização
da capela e apoio profissional foram inseridas na cartilha de acordo com as necessidades dos
pais.
A maioria dos participantes desta pesquisa foram mães jovens, com um a dois filhos e
estudo em nível de ensino médio, casadas ou em união estável. Reconhecidamente a mãe é a
figura mais representativa para a criança, pela proximidade, por transmitir segurança e
acompanhar o filho durante o período da hospitalização (AZEVEDO et al., 2018).
Ter um olhar voltado às mães, torná-las participantes do cuidado na UTIP pode
contribuir para o reconhecimento da função materna, normalmente é perdida em função da
hospitalização da criança. As mães se sentem úteis e valorizadas quando são inseridas no
cuidado da criança e reconhecem o papel da equipe de enfermagem como incentivadora do
envolvimento materno nos cuidados (CARDOSO et al., 2019; GOMES; ERDMANN;
BUSANELLO, 2010; MOLINA; MARCON, 2009; SOARES et al., 2016).
A alteração do papel parental é fator desencadeador de estresse e esse sentimento é
mais evidente nas mães em virtude de não desenvolverem funções maternas como amamentar,
trocar fraldas, dar banho, abraçar, colocar o filho no colo. Ações simples podem ser utilizadas
para atenuar o sofrimento e desenvolver a parentalidade, envolver os pais no cuidado, fornecer
informações claras e objetivas, como o uso de materiais educativos acerca de normas e rotinas
da UTIP, bem como a participação dos pais em alguns cuidados (KEGLER, et al., 2019) pode
agregar valor a esse período crítico. Deste modo, na cartilha os pais são incentivados a participar
em tarefas que os aproximem afetiva e fisicamente do filho.
Uhm e Kim (2018) concluíram em estudo que avaliou um programa com a parceria
mãe e enfermagem, por meio de informações e participação no cuidado em uma unidade de
terapia intensiva, o impacto na satisfação, autoeficácia e melhora da ansiedade entre ambos.
Mcbride-Henry e colaboradores (2020) relatam que as internações recorrentes nos
primeiros dois anos de vida da criança é uma experiência extremamente desafiadora para os
pais, pois se sentem impotentes de cuidar dos filhos durante a hospitalização.
Outro estudo mostra que o uso de TE traz grandes benefícios, podendo melhorar o
vínculo entre a criança e os pais, despertar o afeto, diminuição do estresse e ansiedade
55

ocasionados pela hospitalização (SANTOS, L.M. et al., 2021b). Ressalta-se que quando
estabelecido uma relação empática com os pais e familiares, através de uma comunicação
efetiva, é possível que os mesmos sejam propagadores de boas práticas na promoção da
segurança do paciente pediátrico, identificando e prevenindo incidentes (BIASIBETTI et al.,
2019; COSTA et al., 2021; HOFFMANN et al., 2020; MOURA et al., 2020; WEGNER et al.,
2017).
Finalmente, o uso dos estudos de Echer (2005) e os guias Simply Put – A Guide for
Creating Easy-to-Understand Materials (CDC, 2009) e A Guide to Creating and Evaluating
Patient Materials (DEATRICK, AALBER; CAWLEY, 2010) contribuíram para nortear a
elaboração da TE. Outros autores utilizaram tais apoios para elaboração do conteúdo dos
materiais educativos, de diversos formatos (FERREIRA et al., 2022; LIMA et al., 2021;
PACHECO et al., 2022; SABINO et al., 2018a; SUGISAKA, ANDRZEJEVSKI; ROTTA,
2020; TOLEDO et al., 2022) e sua divulgação contribui para novas pesquisas no tema.
56

8 CONCLUSÃO

Os objetivos do estudo foram alcançados, tendo em vista o desenvolvimento da


cartilha, construída participativamente com pais e equipe multiprofissional, embasada nas
normas e rotinas da UTIP e formatada cientificamente partir de diretrizes da literatura.
O produto, denominado “Cartilha de orientação aos pais da UTIP”, consiste em
tecnologia educativa direcionada a orientar os pais durante a hospitalização da criança, e com
vistas a reduzir conflitos decorrentes de ruídos na comunicação entre os pais ou familiar e
equipe multiprofissional, promover a educação em saúde, acolhimento, humanização no
cuidado e a segurança para o paciente pediátrico.
O uso sistemático e de livre acesso permitirá sua avaliação na rotina assistencial,
ajustes de acordo com as demandas da unidade, a partir de um modelo construído com respeito
à criança, à opinião do público-alvo e equipe multiprofissional.
Considera-se que o desenvolvimento de uma tecnologia impressa poderá informar,
reduzir conflitos de comunicação que resultam em desgaste nas relações interpessoais
principalmente da equipe de enfermagem que atua diuturnamente na prestação dos cuidados e
contribuir para o enfrentamento dos pais no momento do internamento da criança, entendimento
sobre as normas e rotinas da UTIP.
Assim, ressalta-se que a cartilha possa ser um instrumento facilitador para o processo
educacional e de promoção em saúde pelo enfermeiro na UTIP onde precisa atuar com
profissionalismo, acolhimento empático e cuidado de qualidade com vista à recuperação da
criança e apoio aos pais no enfrentamento desse período crítico.
57

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72

APÊNDICES
73

APÊNDICE 1 - INSTRUMENTO PARA ENTREVISTA (PAIS)

PARTE 1. DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS


A. Identificação do respondente – Código: _______________

Mãe ( ) Pai ( ) Acompanhante ( ) Relação com a criança: ______________


Nome: _______________________________________________ Idade: ________________
Estado Civil: __________________________________ nº filhos:______________________
Ocupação: ____________________________ Grau de instrução: ______________________
Renda Familiar Mensal:___________________ Benefício: Sim ( ) qual? ________________
Não ( )

B. Dados clínicos do paciente


Idade: ______________
Doença Pregressa:__________________________________________________________
Motivo da internação atual: __________________________________________________
Dias de internação (atual): ______________________
Já teve internações anteriores? Sim ( ) Onde? UTIP ( ) UTIN ( ) Outros ( ) __________
Qtde: ____________ ( ) Não

PARTE 2. Opinião sobre informações em UTIP


1) Tem vivência com internações em UTIP com outros filhos?
Sim ( ) Qtde: _________ De quem: _____________ Não ( )

2) Já foi orientada sobre as rotinas desta UTIP?


Sim ( ) Não ( )

3) Sabe referir de qual(is) profissional(is) recebeu as orientações?


Sim ( ) Qual(is) profissional(is)? _________________________ Não ( )

4) As informações recebidas no momento da internação atenderam as suas necessidades?


Sim ( ) Não ( )

5) Quais são as dúvidas sobre esta internação?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
74

6) Quais informações abaixo você acha necessária conter num material educativo para orientá-
lo durante a hospitalização do seu filho na UTIP?
Admissão do paciente ( ) Permanência dos familiares ( )
Visita à criança ( ) Visita religiosa ( ) Visita médica ( )
Troca de acompanhantes ( ) Passagem de plantão da enfermagem ( )
Uso de Oxigênio ( ) Uso de Respirador ( ) Uso de cateter ( )
Uso de Medicamentos/drogas ( ) Uso de dispositivos como sonda vesical ( ) SNG ( )
SNE ( ) etc ( ) _______________________________________________________
Cuidados corporais ( ) Exames realizados na UTIP ( ) Exames Externos a UTIP ( )

7) Além das informações citadas acima o que você gostaria de saber sobre a UTIP?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
8) Como você acha que deva ser o formato de um material educativo com estas informações?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

09) Quais são suas sugestões, opiniões ou comentário sobre a sua vivência nesta UTIP?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
75

APÊNDICE 2 - INSTRUMENTO PARA ENTREVISTA (EQUIPE


MULTIPROFISSIONAL)

PARTE 1: DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS


Nome/iniciais:_______________________________________________________________
Idade: _______________
Função na UTIP: _____________________________________________________________
Tempo de experiencia na UTIP: _________________________________________________
Possui graduação ( ) mestrado ( ) doutorado ( ) residência ( )
Qual:__________________________________________
Possui outro emprego:
( ) sim Função:__________________________________
( ) não
Possui filhos: sim ( ) Quantos ________ ( ) não
Já teve experiências com internação do seu filho em UTIP?
( ) sim motivo: ______________________________________________________________
( ) não

PARTE 2.
1) Quem você acha que deve orientar os familiares das crianças hospitalizadas na UTIP quanto
as normas e rotinas da unidade?
___________________________________________________________________________
2) Você orienta os familiares da UTIP?
( ) sim Quais orientações? _________________________________
( ) não

3) Você conhece o instrumento fornecido aos familiares no momento da hospitalização?


( ) sim O que acha desse modelo? _______________________________________________
( ) não

4) Quais as informações você identifica como necessidade para orientar os familiares?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

5) (Equipe de enfermagem) Você encontra dificuldades em orientar os familiares durante a


hospitalização da criança na UTIP? Por quais motivos?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

6) Qual o melhor momento para orientação dos familiares na hospitalização da criança?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

7) Você acha que um material educativo com informações pertinentes à hospitalização da


criança possa melhorar a relação entre equipe e familiares? Por quê?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
76

8) Como deveria ser esse material educativo? Qual o formato?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
77

APÊNDICE 3 - CARTILHA DE ORIENTAÇÃO AO PAIS DA UTIP


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102
103
104
105

APÊNDICE 4 - QR CODE PROVISÓRIO


106

ANEXOS
107

ANEXO 1 - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP


108
109
110

ANEXO 2 - CONCORDÂNCIA DAS UNIDADES E SERVIÇOS ENVOLVIDOS


111

ANEXO 3 - REGISTRO DO PRODUTO


112

ANEXO 4 - SOLICITAÇÃO PARA PADRONIZAÇÃO DA TE

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