Guião - Teoria Formalista (Bell)

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Teoria formalista (Bell)

Índice …………………………………………………………………………………………………

● Introdução;
● O problema da definição da arte;
● Distinção entre Teorias essencialistas e não essencialistas;
● Breve referência às teorias essencialistas;
● Breve referência às teorias não essencialistas;
● Biografia de Clive Bell (obras do autor);
● Princípios fundamentais da Arte para Bell
● Definição da teoria formalista;
● Objeções à teoria;
● Conclusão e breve comentário crítico
● Webgrafia

Todas
Joana Guerreiro
Vitória Almeida
Beatriz Coelho
Beatriz Alexandre

Introdução
Boa tarde! Hoje abordaremos uma das teorias estéticas mais influentes do
século XX no mundo da arte. Nesta apresentação iremos explorar os conceitos
fundamentais propostos por Bell assim como o seu impacto na compreensão da
arte como forma.
Temos como objetivo entender os princípios fundamentais da teoria de
Clive Bell e o seu impacto na compreensão e apreciação de arte.
Será arte tudo aquilo que é visto como tal? Afinal…O que é a arte?
O que é a arte enquanto problema filosófico? - problema
da definição da arte

Um dos problemas centrais da filosofia da arte consiste em procurar


uma teoria que define as características que formam a essência da arte.
Será possível definir um objeto como arte, distinguindo-o assim dos
demais?
“O que é a arte” envolve questionamentos sobre o propósito da arte,
a sua relação com a experiência humana assim como a sua função na
sociedade, entre outros.
As definições de arte entre filósofos não são consensuais, mesmo
que qualquer um de nós se considere capaz de apresentar exemplos do
que é ou não arte como uma sinfonia de Mozart e um vulgar lenço de
papel, respetivamente. Mas isso não é condição necessária e suficiente
para que saibamos exatamente o que é arte.
“Arte” refere-se a algo que é socialmente construído e não a algo
produzido pela natureza. O termo “arte” não é arbitrário, isto é, definir arte
exige condições que terão de se verificar para algo ser classificado como
arte, tornou-se um dos problemas centrais da filosofia da arte:
identificação de um conjunto de características que todas as obras de
arte, e apenas elas, possuam. Teríamos assim uma definição explícita
para aplicar quando se suscita a dúvida “será isto realmente arte?”
Uma boa definição de arte implica a identificação das condições
necessárias e suficientes para que algo seja arte.
(explicar o esquema no powerpoint)
Vamos supor que apresentamos a seguinte definição de arte: “Algo é
arte apenas se for belo, raro e inovador”. Isto equivale a dizer: “Se algo é
arte, então é belo, raro e inovador. E se algo é belo, raro e inovador, então é
arte”. Neste caso, as características “belo”, “raro e inovador” são
necessárias e suficientes para algo ser arte.
Através da procura de contra exemplos (exemplos de obras de arte
que não sejam agradáveis ao olhar), é possível testar se uma suposta
condição necessária (ser agradável ao olhar) é efetivamente necessária
para algo ser arte. Por exemplo, para uma pintura ser arte parece ser
necessário haver tinta. Mas haver tintas não é suficiente para a pintura ser
arte, pois podemos pintar a parede sem estar a fazer uma obra de arte.
A arte pode ser também designada como demasiado restrita ou
demasiado abrangente. Dizemos que é demasiado restrita quando
encontramos contraexemplos (no caso das obras de arte que não sejam
agradáveis ao olhar), por “excluir” muitas obras consideradas arte.
Também é possível testar se as condições suficientes (artefactos ou ser
belo) são realmente suficientes para algo ser arte através, novamente, da
procura de contra exemplos, no caso, exemplos de artefactos belos que
não sejam obras de arte. Se os encontrarmos dizemos que é demasiado
abrangente, pois dá abertura para que objetos que não são considerados
arte passem a ser considerados como tal.
Uma definição apenas será boa se for resistente a contraexemplos.
As teorias da arte podem dividir-se em essencialistas e não essencialistas.

(manual Filosofia 11º ano - em questão- Porto editora


chat.openai.com
Filosofia 11º ano - A Filosofia e a Arte 💭🎨
manual Filosofia- Preparação para o Exame Final Nacional - Porto Editora)

Distinção entre Teorias essencialistas e não


essencialistas;

As teorias essencialistas e não essencialistas são duas abordagens filosóficas


que lidam com a natureza de identidades e categorias, mas diferem na sua
compreensão fundamental sobre o que constitui essas identidades.
O essencialismo seria abordado como uma visão que exige a existência de
características intrínsecas e imutáveis que definem a natureza de objetos, seres
ou conceitos.

O não essencialismo seria apresentado como uma perspectiva que rejeita a


ideia de características fixas e universais, reconhecendo a variabilidade e a
contextualidade das características e identidades.

Em resumo, essas teorias seriam distinguidas com base na compreensão da


natureza essencial ou não essencial das coisas e das identidades, sendo
estudadas em diferentes contextos filosóficos para examinar as suas
implicações e aplicações em várias áreas do conhecimento humano.

manual de filosofia

https://chat.openai.com/c/377c967c-eeb7-4330-b4c3-96dc43594584

Breve referência às teorias essencialistas;

Agora que já sabemos distinguir as teorias essencialistas das teorias não


essencialistas, vou falar-vos muito resumidamente das 3 teorias essencialistas
que existem.

Em primeiro lugar, temos a teoria da arte como representação, também


conhecida como teoria representacional que surgiu na Grécia Antiga com os
filósofos Platão e Aristóteles. A mesma é uma corrente de pensamento que
argumenta que a arte é uma forma de representar o mundo natural ou a
experiência humana de forma criativa e esteticamente agradável. Esta é uma
das abordagens mais tradicionais e populares da filosofia da arte e permite que
os artistas criem as suas próprias visões e compartilhem com o público, o que
ajuda a gerar um debate sobre diversas questões sociais, políticas e culturais.
Platão defende que um artista, ao imitar a natureza, está a imitar uma imitação.
Já Aristóteles defende que as obras devem ser imitações perfeitas de
imperfeições da Natureza. Os principais críticos desta teoria argumentam que a
arte não deve ser limitada a uma mera representação da realidade e que deve
ter o poder de explorar novas formas de expressão e criatividade. Outro
argumento utilizado contra a teoria é que esta tende a valorizar apenas aquelas
formas de arte que são capazes de transmitir uma mensagem de maneira clara
e precisa, negligenciando outras formas de expressão artística mais difíceis de
serem interpretadas.

https://artsandculture.google.com/usergallery/RgLSjU1gL5RUIA
https://arte351.pt/art/2022/12/16/teoria-da-arte-como-representacao/

Em seguida temos a teoria da arte como expressão ou teoria expressivista. De


acordo com o escritor russo Liev Tolstoi, um dos defensores desta teoria, algo só é
considerado uma obra de arte se as emoções que o artista sente forem
intencionalmente expostas no seu trabalho para comover e contagiar o público,
ou seja, para este não há arte quando o espetador não sente qualquer emoção
ou quando a que sente não é idêntica à do artista. As principais características
do expressivismo são: a transmissão de sentimentos humanos e de emoções por
parte das obras, a deformação da realidade para expressar de forma subjectiva
a natureza e o ser humano, o uso de cores vibrantes e a distorção das imagens.
Há também uma preferência para transmitir sensações relacionadas com o
trágico e o sombrio.
Outro defensor desta teoria é Robin George Collingwood, o mesmo afirma algo
só é considerado uma obra de arte se o artista tiver a intenção de exprimir as
suas emoções individuais, de modo a torná-las mais claras.

Manual Filosofia 11º ano - Em Questão- Porto editora


https://artsandculture.google.com/usergallery/hQIyFYhuDUlhIQ

Por último, dentro das teorias essencialistas, temos a teoria que iremos explorar
de forma mais aprofundada e detalhada daqui a pouco, a teoria da arte como
forma ou teoria formalista defendida por Clive Bell.
Breve referência às teorias não essencialistas:

Para além destas três teorias essencialistas existem duas teorias não
essencialistas: a teoria institucional da arte e a teoria histórica da arte.

A teoria institucional da arte, foi apresentada pelo filósofo George Dickie, este
defende que as propriedades comuns das obras de arte são invisíveis e que não
existe uma definição para o conceito da arte.
Segundo esta teoria, para podermos considerar que uma objeto seja arte são
necessárias algumas condições.
É necessário que este seja um artefacto, logo todas as obras de arte são
artefactos. Mas esta condição não é suficiente, é necessário verificar se este
objeto pertence ao mundo da arte.
E o que é o mundo da arte?
O mundo da arte consiste num grupo de membros de uma instituição social que
atribui um estatuto de candidato à apreciação, por outras palavras um conjunto
de características.

( Manual de filosofia 11ºano - Porto Editora)


https://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.com/2021/04/o-que-e-arte-teorias-nao-essencialist
as.html

Surgindo em alternativa a esta teoria temos a teoria defendida pelo professor e


filósofo Jerrold Levinson, a teoria histórica da arte. Este filósofo rejeita a ideia de
que a definição de arte deve ser baseada em características intrínsecas, como
beleza ou expressão emocional.
Para que um objeto possa ser considerado uma obra de arte são necessárias
algumas condições.
A primeira condição é a do direito de propriedade, em que o artista só pode
transformar em arte objetos que lhe pertencem ou que este esteja autorizado a
transformar pelos seus proprietários.
A segunda condição necessária é a da intenção duradoura ou séria, a intenção
do artista não pode ser passageira nem meramente ilustrativa.
E por fim a terceira condição é a da historicidade, é necessário relacionar a arte
do presente com a arte do passado recorrendo ao uso de precedentes históricos.
As principais objeções desta teoria são:
-Um artista é julgado pelas suas criações e não pelos seus sentimentos.
-Existem diversas obras que não contém qualquer tipo de emoções ou
sentimentos.
entre outras..

https://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.com/p/segundo-levinson-arte-enecessariamente.ht
ml

Biografia de Clive Bell (contexto histórico do autor);

Clive Bell foi um influente crítico da arte e filósofo britânico, conhecido


principalmente pelas suas contribuições para o desenvolvimento da estética
moderna. Nascido em 16 de setembro de 1881 em East Shefford, na Inglaterra, Bell
veio de uma família com fortes ligações com as artes e a cultura. O seu pai,
William Heward Bell, era um famoso construtor naval e a sua irmã, Vanessa Bell,
era uma excelente pintora associada ao grupo Bloomsbury. Bell estudou história
no Marlborough College e no Trinity College, em Cambridge. Em 1902 ele ganhou
uma bolsa do Conde de Derby para estudar em Paris, onde o seu interesse pela
arte começou. Após graduar-se em Cambridge, Bell mudou-se para Londres,
onde iniciou a sua carreira como crítico de arte. Ele tornou-se uma figura central
no cenário artístico britânico, contribuindo regularmente para publicações como
o "New Age" e o "Burlington Magazine". No início de 1907, conheceu e casou-se
com Vanessa Stephen, tiveram dois filhos, Julian e Quentin, que se tornaram
escritores. Clive Bell faleceu em 17 de setembro de 1964, deixando um legado
duradouro no campo da crítica da arte e da filosofia estética. A sua obra
continua a ser estudada e debatida por académicos e artistas até aos dias de
hoje, permanecendo como uma fonte de inspiração e polêmica no mundo da
arte moderna.
Algumas das obras de Bell foram:

● Art (1914)
● Since Cézanne (1922)
● Civilization (1928)
● Proust (1929)
● An Account of French Painting (1931)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Clive_Bell

Princípios fundamentais da Arte para Bell

Como sabemos, Clive Bell é muito conhecido pelas suas teorias sobre a arte
significante, este desenvolveu as suas ideias principalmente no livro que
escreveu em 1914, “Art”. Para Bell, os principais princípios fundamentais da arte
são:
A combinação de elementos visuais: Na perspetiva de Clive Bell, a combinação
de elementos visuais, como linhas, cores e formas, cria um impacto estético
único que supera a mera representação da realidade.
A exclusão da utilidade e da imitação: Bell defendia que a arte deveria ser
apreciada e reconhecida pelas suas qualidades formais e não pela sua
representação ou função prática.
A experiência estética: Esta é desencadeada pela contemplação das formas
significantes presentes na obra de arte. Bell acreditava que essa experiência
poderia transcender a vida cotidiana, proporcionando uma apreciação única e
transcendental.
E por fim, a objetividade da estética: O filósofo inglês acreditava que a avaliação
estética era objetiva, argumentando que as formas significantes têm a
capacidade inata de provocar respostas emocionais comuns no público.

https://chat.openai.com/c/90ca2ec1-9243-4620-b24d-8a7191b83f86
Definição da teoria formalista

A tese de Kant de que a beleza de um objeto decorre apenas da sua pura


forma representou uma antecipação da teoria formalista, que se desenvolveu na
segunda metade do século XIX com Eduard Hanslick(1825-1904), e, com mais
vigor, início do século XX, destacando-se o inglês Clive Bell.
Segundo esta teoria, o que faz de algo uma obra de arte é o facto de
possuir uma forma que pode ser apreciada esteticamente. O que é artístico
numa obra não é a sua capacidade para gerar emoções, mas sim as relações
entre as suas qualidades formais. Na pintura, as cores, o seu equilíbrio... na
poesia: os sons, repetições e cadências de palavras, etc.
Bell defendia que o que dava a uma obra o seu carácter de arte era algo
de especial nesses seus aspectos formais, a que chamou de forma significante.
Esta propriedade especial da arte provém do modo como os elementos de uma
obra estão relacionados entre si, permitindo que essa relação seja apreciada
entre si mesma. A forma significante pode ser reconhecida, de modo intuitivo,
pelos críticos sensíveis. Isso não será possível se os críticos forem insensíveis. Se
há pessoas que não se emocionam esteticamente perante obras de arte, é
porque não têm sensibilidade estética. A forma significante encerra o poder de
provocar emoção estética em todos aqueles que sejam capazes de sentir.
Partindo do exemplo da poesia, o que mostra a forma significante num
poema são as relações entre os sons e ritmos das palavras, a sua musicalidade
e os seus padrões de repetição, desvalorizando o sentido das palavras. Nas artes
plásticas, o que elas representam ou expressam não é relevante esteticamente,
mas sim os padrões de formas, linhas e cores.
Ter forma significante constitui a condição necessária e suficiente para um
objeto ser considerado obra de arte. A arte consiste essencialmente na criação
de formas e padrões que sejam interessantes em si mesmos.
A forma significante é portanto uma certa relação entre as partes de uma
obra de arte. Refere-se às características que distinguem a estrutura da obra de
arte, e não ao seu tema específico.

(segundo slide powerpoint e explicar o esquema)


Resumindo, para que um objeto seja considerado uma obra de arte reside
no próprio objeto, pois a emoção é causada pelas características da forma
significante do objeto em questão independentemente do seu conteúdo.
Embora a Teoria Formalista pareça demasiado fria e técnica,
especialmente quando comparada com a teoria expressivista, ela tem a
vantagem de não fazer depender o estatuto de obra de arte de fatores
demasiado subjetivos e flutuantes, centrando-se antes em propriedades
objetivas e autónomas das próprias obras.

(Manual adotado de filosofia 11ano - Em questão - Porto editora


Manual de Preparação para exame de Filosofia 11ano - Porto Editora
https://youtu.be/S8eMAqXhDVI?si=0om1zvJvgDli62PH )

Objeções à teoria

A esta teoria podem ser feitas várias objeções/críticas como por exemplo, à
sua circularidade, esta teoria parece cair numa circularidade, numa espécie de
ciclo vicioso, ao referir que a emoção estética resulta necessariamente de uma
forma significante que por si é responsável por causar a emoção estética no
espectador. Esta emoção estética, o que se pretende explicar, faz parte da
própria explicação: resulta de algo que produz emoção estética, forma
significante, e do qual nada mais se pode afirmar.

Outra crítica que pode ser feita a esta teoria é o elitismo, em que nem todas as
pessoas têm a sensibilidade estética para sentir as emoções estéticas nem de
reconhecer a forma significante.

O facto de esta teoria ser demasiado abrangente também faz com que esta
abrangência seja alvo de crítica, visto que dificulta a distinção entre objetos que
são considerados arte e os que não são. Por exemplo se observarmos um
candeeiro exposto num museu de arte que seja considerado uma obra de arte, e
que este não seja visualmente possível de distinguir do candeeiro que tenham na
vossa casa, é muito difícil de fazer a distinção, pois se o primeiro é arte por ter
forma significante, o segundo e os outros iguais também devem ser.
E por fim, o facto de esta teoria não poder ser refutada também faz com que
esta seja criticada, pois se alguém afirmar que realmente desfrutou de uma obra
de arte e disser que não sentiu nenhuma emoção estética ao observá la, de
acordo com a teoria a pessoa está enganada, visto que a obra provoca emoção.
No entanto, se algum objeto que seja considerado arte não despertar emoção
estética ao espectador, o objeto não é uma obra de arte genuína. No entanto,
não existe algo que permita refutar uma perspetiva desse tipo, já que estamos
no domínio da subjetividade do crítico.

( Manual de filosofia de 11º ano - Porto editora)


(Manual exame)

CONCLUSÃO
Para concluir, é clara a abordagem filosófica. Esta oferece uma
compreensão profunda da natureza e do propósito da arte. Ao considerar a arte
como uma forma em si mesma, somos desafiados a explorar além das
representações externas e a também a essência de uma obra de arte.
A Teoria da Arte como Forma lembra-nos da capacidade transformadora
da arte e do seu papel fundamental que esta desempenha na nossa
compreensão do mundo e até de nós mesmos. Assim, ao explorar as interseções
entre estética, emoção e percepção, podemos examinar não apenas o que
vemos, mas também como vemos e o que isso revela sobre nossa própria
humanidade.
Obrigada!
Webgrafia:

manual Filosofia 11º ano - em questão- Porto editora


chat.openai.com
https://youtu.be/S8eMAqXhDVI?si=0om1zvJvgDli62PH
manual exame
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https://artsandculture.google.com/usergallery/RgLSjU1gL5RUIA
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o-essencialistas.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clive_Bell

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