Fab Ola Fernanda 07 12 14 Ademir Nunes

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O GESTOR ESCOLAR E OS SEUS OBJETIVOS PARA A GESTÃO

PEDAGÓGICA.

Fabíola Fernanda Ferreira de Lima.

Especialista em Gestão Escolar. UNICENTRO. 2014.

Fabiolaf3@uol.com.br

Professor Orientador: Dr. Ademir Nunes Gonçalves.

Departamento de Pedagogia. UNICENTRO.

RESUMO

Este artigo tem como finalidade analisar o papel do gestor escolar e os seus objetivos para
uma gestão pedagógica que busque a construção de uma escola, que ofereça qualidade na
educação e uma aprendizagem significativa. A função de gestor escolar exerce grande
influência sobre todos os setores e pessoas da escola, ele precisa proporcionar aos seus
companheiros um ambiente harmonioso sabendo articular suas funções e enfrentando os
vários desafios que surgem no cotidiano escolar.Precisamos salientar que a gestão escolar
possui abrangências administrativas, políticas e pedagógicas,contudo esse trabalho procura
analisar a dimensão pedagógica, que deve ser a dimensão central, para a qual todas as
outras devem convergir, e a metodologia utilizada para a elaboração deste artigo consistiu
em uma pesquisa bibliográfica acerca do tema proposto, tendo como base as referências
existentes sobre o assunto como: livros, revistas científicas, meios eletrônicos e outras
fontes, fazendo uso da legislação pertinente. A análise dessa pesquisa busca refletir os
objetivos adotados pelos gestores a fim de ajudá-los na construção de uma gestão
pedagógica eficiente, onde tudo o que se realiza na escola precisa estar voltado para a
aprendizagem e a formação dos alunos.

Palavras-chave: Gestão pedagógica -objetivos– educação de qualidade.


ABSTRACT

This paper aims to analyze the role of the school manager and his goals for a kind of
pedagogical management which seeks to build a school that offers high quality education
and meaningful learning. The role of the school manager exerts great influence on all sectors
and school personnel, he needs to provide his teammates a harmonious environment
knowing how to articulate their functions and addressing the various challenges that arise in
the school routine. We must emphasize that the school management has administrative,
political and pedagogical scopes, however, this paper intends to analyze the pedagogical
dimension, which should be the core dimension, to which all others must converge, and the
methodology used for the development of this article consisted of literature search on the
proposed topic, based on existing references on the subject such as books, scientific
journals, electronic media and other sources, making use of appropriate legislation. The
analysis of this research seeks to reflect the objectives adopted by managers to assist them
in building efficient educational management, where everything that is done in school must
face learning and formation of the students.

Key words: Educational management – objectives – high quality education


1 INTRODUÇÃO.

No decorrer da história observamos que a sociedade passou por diversas


transformações que foram orientadas pela economia e pelo desenvolvimento de
tecnologias, o que influenciou todas as áreas da vida do ser humano. Essas transformações
refletiram mudanças significativas para os sistemas de ensino, gerando novas expectativas
e atribuições para a instituição escolar.

Diante dessas mudanças, a escola e a sua função ganham uma dimensão


muito mais dinâmica, onde é necessário que todos os envolvidos no processo educacional
também se adaptem, e nesse novo contexto a função do gestor escolar e os seus objetivos
para o desenvolvimento da instituição, precisam ser revistos a fim de que a escola possa
atender todas as expectativas atribuídas a ela. Atualmente a escola necessita de um gestor
que apresente habilidades e competências necessárias para essa nova proposta de gestão
educacional.

Com esse trabalho pretendo analisar o papel do gestor na instituição de


ensino e os principais objetivos orientados por ele para garantir que a escola ofereça uma
educação de qualidade, com uma gestão pedagógica eficiente, onde o objetivo maior seja a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O Gestor Escolar.

A função de gestor escolar surgiu a partir da criação dos Grupos Escolares,


pois era necessária a presença de uma pessoa que organizasse e coordenasse o trabalho
proposto pela reforma educacional republicana. De acordo com Seco (2006, pg.92) a nova
proposta pedagógica exigia a criação de novos papéis no âmbito escolar, determinando
assim uma divisão do trabalho no seu interior. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) estabelece
que o diretor de escola deva ser educador qualificado para o cargo, preocupação que já
existia desde 1930.

Com a Constituição Federal de 1988, surgiu uma preocupação em


proporcionar uma gestão democrática nas escolas, através do processo de descentralização
da gestão escolar, com o compartilhamento das ações educativas a fim de buscar uma
melhor qualidade da educação pública. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)
de 1996, no seu Art. 15, foi fixada uma ampliação da autonomia administrativa, pedagógica
e financeira da escola.
No Brasil, a autonomia da escola encontra suporte na própria Constituição,
promulgada em 1988, que institui a democracia participativa e cria
instrumentos que possibilitam ao povo exercer o poder diretamente (Art.1º).
No que se refere à educação, a Constituição de 1988 estabelece como
princípios básicos: o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a
gestão democrática do ensino público (Art. 206). Esses princípios podem
ser considerados como fundamentos constitucionais da autonomia da
escola (...). Na história das ideias pedagógicas, a autonomia sempre foi
associada ao tema da liberdade individual e social, da ruptura com
esquemas centralizadores e, recentemente, da transformação social
(GADOTTI; 2004 p. 47).

Através dessa autonomia, a escola vem passando por transformações,


buscando cada vez mais uma participação da comunidade escolar e de outros profissionais,
com o objetivo de torna - lá mais democrática, garantindo que todos possam ajudar na
construção de um ensino de qualidade.
A autonomia da escola não é a autonomia dos professores, ou a autonomia
dos pais, ou a autonomia dos gestores. A autonomia, neste caso, é o
resultado do equilíbrio de forças, numa determinada escola, entre diferentes
detentores de influência (externa ou interna),dos quais se destacam o
governo, os seus representantes, os professores, os alunos, os pais e
outros membros da sociedade local. (BARROSO, 1996, p. 186).

Dessa maneira, a autonomia se fundamenta na participação de todos os


indivíduos, constituindo uma nova organização na educação que tem por finalidade a
igualdade de oportunidades, democratização e qualidade do ensino público, uma vez que a
escola pode se adequar para atender a necessidade de sua comunidade. Ela é uma
construção que se faz a cada dia com a dedicação dos sujeitos inseridos nesse processo.
Diante dessa autonomia administrativa e pedagógica, faz se necessário um profissional que
esteja preparado para gerenciar todos os recursos financeiros e os aspectos pedagógicos, e
é o gestor escolar quem deverá se encarregar pela articulação e integração das atividades,
tendo como objetivo assegurar que a escola seja um ambiente cada vez melhor.

O gestor escolar faz parte de uma equipe de gestão, que tem como objetivo
garantir organização e o bom desenvolvimento no âmbito escolar. Nessa equipe, é o diretor
escolar o responsável em garantir o direcionamento das atividades realizadas na escola,
bem como os seus resultados. De acordo com Luck o diretor escolar é o líder, mentor,
coordenador e orientador principal da vida da escola e todo o seu trabalho educacional, e
cabe ao diretor cuidar da escola em todas as suas múltiplas dimensões, com o objetivo de
garantir um ambiente de aprendizagem e de formação com qualidade e respeito.

O diretor é um servidor público, e seus direitos e deveres estão sob


orientação constitucional e estatutária, determinados no Regimento Interno dos
Estabelecimentos de Ensino. Entre as atividades do seu cargo, estão: atender aos alunos,
pais, professores e servidores da escola, atender as convocações dos demais órgãos
superiores e das instituições que fazem parcerias com a escola, coordenar a elaboração do
projeto político pedagógico da escola e elaborar, juntamente com a equipe pedagógica o
calendário escolar, de acordo com as orientações da Secretaria de Educação, colaborando
para que haja uma integração de todos os envolvidos no ambiente escolar e na
comunidade, cuidar para que os objetivos educacionais sejam realizados, atingindo os
padrões de qualidade definidos pelas leis e pelo sistema de ensino, sempre tendo como
objetivo em todas as suas ações a aprendizagem e a formação dos alunos, presidir o
Conselho de Classe dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente, definir
horário e escalas de trabalho dos funcionários e articular processos de integração da escola
com a comunidade.

A visibilidade e a acessibilidade são inerentes ao cargo de diretor. Muitos


infortúnios são evitados, quando o diretor se torna visível, presente entre os
alunos, os professores, os funcionários e os pais. Muito se aprende, muita
dúvida é eliminada, quando o diretor é uma pessoa a que se pode chegar,
quando as portas da diretoria se encontram frequentemente abertas. É
preciso que o diretor tenha gosto pelo relacionamento humano, que não
tenha medo de atritos, que veja nos embates oportunidades de
aprimoramento. (BORGES, 2004, p.2)

Segundo Pedro Faria Borges (2004, p.5) o gestor escolar é quem mais
enfrenta os desafios no ambiente escolar “e é no campo das relações que mais
aumentaram as exigências em relação ao trabalho do diretor”. Diversos autores são
unânimes em ressaltar que a função de gestor necessita além de requisitos básicos,
comprovados pelas experiências adquiridas no decorrer de sua vida profissional, que é
necessário observar a importância de algumas competências e habilidades que farão toda a
diferença no trabalho que ele irá desenvolver frente á escola.

Em uma reportagem da Revista Gestão Escolar online (abril de 2011, p.5)


foram apontados os cinco eixos de competências que fazem a diferença na formação de um
gestor, que são: competências de resultados, onde o gestor deverá analisar e interpretar o
desempenho da sua instituição; competências de planejamento, que possibilitam identificar
a situação atual da escola para que possa ser elaborado um plano de ações que alcance
os objetivos estipulados;competências de liderança, onde o gestor deverá orientar e liderar
todos os profissionais envolvidos na escola;competências pedagógicas, que assegurem
uma melhor qualidade na aprendizagem e a competência administrativa, que abrange
desde o bom funcionamento da escola até onde são aplicados os recursos enviados.
É função gestor escolar facilitar a interação dos grupos que
convivem no ambiente escolar, tendo como objetivo a melhoria da
qualidade de ensino, da cidadania, da ampla e consciente
participação da comunidade e do pleno significado da consciência de
direitos e deveres. (GODINHO, 2013.p.14)

Os gestores ocupam na escola e na sociedade, uma posição de destaque, e


isso favorece para que eles desempenhem um papel de conscientização da importância de
todos na educação, com o objetivo de construir um ambiente de aprendizagem, onde todos
possam participar. Os professores esperam que o seu gestor seja lúcido, com clareza dos
objetivos, que ele tenha coerência e lealdade, alegria, bom humor, capacidade de rir dos
próprios erros, que ele seja compreensivo, demonstrando apoio e orientação, e que seja um
bom ouvinte atento as necessidades de seu grupo.

As características de um gestor escolar podem ser observadas logo quando


entramos em uma escola, pois as atividades de sua gestão ficam evidentes em todos os
espaços, e geralmente as escolas que possibilitam boas condições de ensino e
aprendizagem são aquelas que o gestor é um líder e um bom administrador, capaz de
integrar todas as dimensões da gestão escolar.

2.2 Aspectos da Gestão Pedagógica.

As diversas faces da gestão têm um foco privilegiado que é o da Gestão


Pedagógica, pois a aprendizagem e a formação dos alunos são os objetivos do trabalho
escolar. A liderança do diretor precisa ter um olhar abrangente de todo o trabalho que é
realizado na escola, para que suas ações sejam voltadas para garantir o sucesso dos
alunos, criando um ambiente estimulante que promova uma melhoria contínua nos
processos pedagógicos, envolvendo articulação entre concepções, estratégias, métodos e
conteúdos.

O ambiente escolar é considerado de extrema importância para o


desenvolvimento das aprendizagens significativas, que são fundamentais para a formação
social e pessoal dos alunos. Um ambiente escolar de qualidade influencia a qualidade do
trabalho realizado dentro da sala de aula.

Toda a atividade realizada na escola tem um sentido pedagógico, cada


atividade é planejada com o intuito de promover transformações da prática pedagógica e da
escola, para que os alunos obtenham o melhor proveito dela, e de acordo com Heloisa Luck
(2009), este é o motivo pelo qual a Gestão Pedagógica é uma das dimensões mais
importantes do trabalho do diretor escolar, e mesmo que compartilhada com um
coordenador ou supervisor pedagógico, nunca é a esses profissionais inteiramente
delegada, e a responsabilidade permanece sempre com o diretor escolar, cabendo-lhe a
liderança, o acompanhamento, a coordenação, a orientação, o planejamento e a avaliação
de todo o trabalho desenvolvido na escola.
A função da Gestão pedagógica é a coordenação, organização, liderança, e
avaliação de todas as ações e os processos cujo objetivo é a aprendizagem dos alunos e a
sua formação. O adjetivo pedagógica, direcionado pela Pedagogia, diz respeito às
atividades organizadas e intencionalmente direcionadas com a finalidade de promover a
aprendizagem e a formação dos alunos.Na escola, podemos observar inúmeras práticas
que contribuem como fatores de aprendizagem, pois todas as ações possuem a capacidade
de levarem as pessoas a aprenderem e desenvolverem compreensões.

Todas as ações que buscam uma gestão pedagógica de sucesso, precisam


ter bastante clareza sobre qual é o papel social da escola, que é o de ensinar.O gestor e
sua equipe precisam saber quais são as habilidades e competências necessárias para que
os alunos se desenvolvam e adquiram uma visão de mundo, pois somente com a definição
dos objetivos que precisam ser alcançados, é que a equipe irá planejar as ações realizadas
no decorrer do ano letivo, pautadas no Projeto Político Pedagógico da Escola.

2.3 Os Objetivos Educacionais no Papel do Gestor.

O Art. 12.º da Lei 9.394/ 96 determina que todos os estabelecimentos de


ensino tem a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica, que em outro
artigo da LDB é referida como Projeto Pedagógico da Escola (Art. 14º. inciso I), mas que no
ambiente escolar foi nomeado como Projeto Político Pedagógico, e como ressalta Heloisa
Luck (2009,pg. 38) “independente da nomenclatura utilizada, são equivalentes naquilo que
representam”, ou seja ele é o documento norteador da prática pedagógica nas escolas.
Esse documento é elaborado com a participação de todos os sujeitos envolvidos no
ambiente escolar, mas o seu foco principal é formação e a aprendizagem do aluno e a
organização do processo pedagógico para que isso ocorra. O planejamento das ações
pedagógicas é de suma importância para o desenvolvimento do trabalho escolar.

O objetivo da Gestão Pedagógica é construir uma unidade do trabalho


educacional, que seja capaz de contemplar a diversidade e a realidade de cada escola, e
isso está no Projeto Político Pedagógico de cada instituição de ensino. A conquista desse
todo só será possível se for articulada com princípios e objetivos, que possibilitam a
construção de uma unidade escolar integrada e nesse sentido, cabe ao gestor escolar:

 Promover uma visão que seja abrangente sobre o trabalho educacional e o papel da
escola, direcionando suas ações para a formação e o aprendizado dos alunos.
 Orientar todas as ações da comunidade escolar, pois toda a escola possui objetivos
e metas para alcançar, e as estratégias para que isso ocorra é o que constituem as
preposições que estão no Projeto Político Pedagógico e no Currículo Escolar, com o
foco na melhoria dos processos educacionais e dos seus resultados;
 Estabelecer a gestão pedagógica como aspecto de convergência de todas as outras
dimensões de gestão escolar;
 Promover um ambiente com metodologias pedagógicas diferenciadas para os alunos
com necessidades especiais e com dificuldades de aprendizagem;
 Estabelecer critérios de orientação para o trabalho docente e o trabalho da
coordenação pedagógica;
 Integrar os conteúdos do currículo, de maneira que atenda o desenvolvimento
integral do aluno;
 Identificar e analisar as limitações e dificuldades das práticas pedagógicas,
formulando situações e estratégias para que essas dificuldades sejam superadas;
 Promover ações de formação continuada, como objetivo de desenvolver as
competências pedagógicas para a criação de um ambiente que favoreça as
experiências de aprendizagem dos alunos;
 Conscientizar todos os seus profissionais da responsabilidade em cumprir o seu
trabalho com qualidade;
 Assegurar um ambiente escolar organizado, com materiais de estimulação e apoio
ao desenvolvimento de ações pedagógicas;
 Manter atualizados os processos de orientação de aprendizagem, adotando o uso de
novas tecnologias da informação;
 Promover horários onde o professor prepare a sua aula, troque experiência e se
organize para melhorar sua prática pedagógica;
 Acompanhar o desenvolvimento de todos os envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem, através de observações e avaliações dos resultados, com o objetivo
de melhorar as atividades desenvolvidas na escola.

O gestor escolar que prioriza uma gestão pedagógica eficiente,


precisa observar como é o processo ensino-aprendizagem na sala de aula, para realizar
uma análise com os dados coletados, que visa à busca da qualidade do ensino na escola,
garantindo um currículo abrangente a todas as demandas solicitadas pela sociedade. Ao
realizar a observação pedagógica de como acontece o ensino-aprendizagem na sala de
aula, o gestor ou o coordenador pedagógico compreende como está sendo desenvolvido o
trabalho do professor, e de como os alunos reagem às metodologias utilizadas.

Uma organização precisa deixar claros os seguintes pontos: qual é o seu


propósito, qual é a sua finalidade ou missão, qual a sua visão, os seus
sonhos e quais as estratégias que irá utilizar para realizar os seus ideais e
dar conta de seus propósitos. A definição dessas questões gera um
ambiente adequado, porque permite selecionar as pessoas adequadas, cria
sinergia, facilita a identificação de prioridades, permite a delegação de
responsabilidades e de autoridade, oferece critérios objetivos para a
avaliação de desempenho, clareia a relação com as famílias, dá segurança,
evita grandes turbulências, dá unidade às ações e possibilita focalizar a
essência. (BORGES, 2004, p.11)

O gestor e sua equipe assumem a responsabilidade de planejar estratégias


para que haja um crescimento em sua instituição, pois todo o objetivo de uma gestão
pedagógica é voltado para a melhoria do desempenho da sua escola, e de acordo com
Luck, é importante compreender os processos de avaliação de resultados educacionais, que
são realizados pelos sistemas de ensino, pois através deles podemos definir as metas para
tornar a aprendizagem escolar mais eficiente e abrangente. Quando o gestor participa da
elaboração dessas avaliações, ele conhece o trabalho que está sendo desenvolvido,
valoriza os pontos positivos e orienta o que precisa ser melhorado.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

O ambiente escolar é o local onde ocorrem significativas aprendizagens, e a


qualidade desse ambiente influencia a qualidade do processo pedagógico. Segundo as
pesquisas realizadas, é o gestor escolar quem tem que cuidar para que esse ambiente se
desenvolva como um todo, podendo assim atingir os padrões de qualidade que são
definidos para a escola.

Muitas vezes, o que podemos observar é que há uma grande preocupação


por parte dos gestores em ter uma escola com infra-estrutura adequada, em providenciar
materiais, atender aos pais, participar de reuniões e convocações com as secretarias de
Educação, mas que não há um comprometimento eficiente com a busca de resultados para
a melhoria da qualidade de ensino, pois não são todos os gestores que priorizam e
participam da gestão pedagógica na suas instituições. De acordo com Ednir (2006, p.8), o
gestor que não utiliza suas habilidades para atuar como um líder “acaba com uma escola
sem rumo, com baixa aprendizagem, onde comportamentos indesejados começam a se
tornar rotina”.

Muitos gestores contam com o apoio do coordenador pedagógico para


acompanhar e orientar o trabalho dos professores, e auxiliá-los para que possam
desenvolver um excelente trabalho, solucionando as dificuldades encontradas no decorrer
do processo ensino aprendizagem. Essa pratica de gestão compartilhada auxilia o gestor no
seu dia a dia, mas não exime o gestor de se envolver e acompanhar o trabalho pedagógico.

Os gestores escolares que priorizam e se empenham para que a gestão


pedagógica ocorra de maneira eficiente na sua instituição, estão sempre promovendo um
contínuo acompanhamento dos resultados, seja eles de dados internos quanto de dados
produzidos por indicadores externos, e mediante esses resultados, buscam com sua equipe
condições para garantir e promover a aprendizagem dos alunos através de processos
pedagógicos atualizados, de contextualização dos conteúdos e de um currículo coeso,
buscando métodos e recursos promotores de aprendizagem.

O objetivo maior da gestão pedagógica é o de criar e promover um ambiente


de ensino efetivo e contínuo, onde através do conhecimento da realidade escolar sejam
repensadas as ações, a verdadeira função social da escola, o envolvimento e o
comprometimento dos seus profissionais, a formação continuada de todos os envolvidos no
ambiente escolar, e sempre tendo como foco de atuação, o desenvolvimento pleno do
aluno.

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