Bg10 11 Transformação Utilização Energia

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+ TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE

ENERGIA PELOS SERES VIVOS


+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos

ü As células são sistemas abertos que


necessitam continuamente de matéria e de
energia para realizarem as suas funções.

ü A fotossíntese inicia um fluxo contínuo de


energia que se inicia no Sol e continua através
dos seres.

ü Os compostos orgânicos produzidos durante a


fotossíntese resultam da conversão da energia
luminosa em energia química pelo que são
considerados depósitos de energia.
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos

Metabolismo
celular
Conjunto de reações que ocorrem nas
células

Anabolismo Catabolismo
Conjunto de reações químicas que Conjunto de reações degradação de
conduzem à biossíntese de moléculas moléculas complexas em moléculas mais
complexas . simples.
As moléculas sintetizadas são mais ricas em Os produtos finais são mais pobres do que
energia do que as que lhe deram origem. os reagentes.
Reações endoenergéticas Reações exoenergéticas.
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos

ü As reações endoenergéticas
ocorrem devido às
transferências de energia que
se verificam por hidrólise do
ATP.

ü As células não possuem um


armazenamento de ATP, pelo
que, à medida que vai sendo
hidrolisado, tem de haver
regeneração dessas moléculas.
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Vias Catabólicas

ü Transferem a energia contida no compostos orgânicos para moléculas de


ATP.
ü Intervêm coenzimas (NAD) que transportam os protões (H+) e eletrões (e-)
do hidrogénio, desde o substrato até ao acetor final.
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Vias Catabólicas
ü Se o acetor final de eletrões for uma molécula inorgânica -
respiração
ü Se esse acetor for o oxigénio - respiração aeróbia
ü Se o acetor final de eletrões forem moléculas, como,
nitrato ou sulfato, não havendo intervenção de oxigénio
- respiração anaeróbia
ü Se não existir um acetor final externo, mas um derivado do
substrato inicial - fermentação
+ Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Reações catabólicas

Respiração Fermentação

Aeróbia Anaeróbia
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
ü Algumas bactérias utilizam a fermentação como
única via de obtenção de energia, não sendo
possível a sua sobrevivência na presença do
oxigénio - seres anaeróbios obrigatórios

ü Animais, plantas e muitas bactérias, só realizam o


seu metabolismo na presença do oxigénio - seres
aeróbios obrigatórios

ü Leveduras, células musculares de muitos animais


(incluindo o homem) podem realizar o seu
metabolismo na presença ou na ausência de
oxigénio – seres anaeróbios facultativos
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia vs Fermentação

Leveduras observadas ao ME
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia vs Fermentação
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia vs Fermentação
1. Qual a variável entre as garrafas A e B?
A presença ou ausência de O2
2. Indicar o nome da substância que se
produziu em ambos os dispositivos.
O CO2.
3. Explicar a diferença no aumento da
quantidade de leveduras formadas.
As leveduras multiplicaram-se porque
dispunham de energia resultante da
degradação da glicose. Se o aumento foi maior
em B é porque dispunham de mais energia em
B do que em A.
4. Interpretar a variação da temperatura
nas garrafas A e B.

A temperatura subiu porque parte da energia libertada na degradação da glicose é


libertada sob a forma de calor. Como se produziu mais energia em B, a subida de
temperatura também foi maior.
+
Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia vs Fermentação
5. Porque turvou a água de cal?

A água de cal turva na presença de CO2.

6. Refira os dados que justificam a


afirmação: “Em aerobiose os produtos
finais são mais pobres em energia que
os de anaerobiose.”

O álcool produzido em anaerobiose é um


composto mais rico em energia, pois arde, o
que não acontece com o CO2.
+
Obtenção de Energia - Fermentação

Ocorre no citoplasma das células

Compreende duas etapas:

ü Glicólise - conjunto de reação que


degradam a glicose até à formação
de 2 moléculas de ácido pirúvico

ü Redução do ácido pirúvico –


conjunto de reações que conduzem à
formação dos produtos da
fermentação
+
Obtenção de Energia - Fermentação
Glicólise

Consideram-se duas fases:


ü Fase de ativação - a glicose é
duplamente fosforilada, convertendo-se
em frutose-difosfato que, em seguida, se
desdobra em duas moléculas de
aldeído- fosfoglicérico (PGAL), com 3C
ü Fase de rendimento
Ocorre a oxidação de PGAL por
remoção de dois átomos de hidrogénio
(2H+ + 2e-).
Redução da coenzima NAD
NAD+ + 2e- → NAD- + 2H+ → NADH + H+

Ocorre a síntese de 4 moléculas de ATP, a partir da fosforilação de 4 moléculas


de ADP e 4 fosfatos perdidos pelo substrato.
+
Obtenção de Energia - Fermentação

Glicólise

ü Na primeira fase gastaram-se 2


ATP

ü Na segunda formaram-se 4 ATP

ü Saldo positivo de 2 ATP


+
Obtenção de Energia - Fermentação
Fermentação Alcoólica

Redução do Ácido Pirúvico

ü O piruvato sofre uma descarboxilação


e transforma-se em aldeído acético
/ acetaldeído.

ü Em seguida sofre uma redução,


recebendo o hidrogénio transportado
pelo NADH e transforma-se em álcool
etílico/etanol.
+
Obtenção de Energia - Fermentação
Fermentação Lática

Redução do Ácido Pirúvico

ü O piruvato sofre uma


redução, recebendo o
hidrogénio transportado
pelo NADH e transforma-se
em ácido lático.
+
Obtenção de Energia - Fermentação
Fermentação Alcoólica e Fermentação Lática
+
Obtenção de Energia - Fermentação
Fermentação Alcoólica e Fermentação Lática
+ Obtenção de Energia - Fermentação
Fermentação Lática

ü No organismo humano, ao nível das células musculares, também pode ocorrer fermentação
lática, acumulando-se ácido lático que origina dores intensas, sendo rapidamente
metabolizado no fígado, sob pena de se tronar altamente tóxico para o organismo.
ü Tal ocorre quando da prática de exercício físico intenso, em que as células necessitam de
elevadas quantidades de energia recorrendo por isso à respiração e, na ausência de
oxigénio, à fermentação.
+
Obtenção de Energia - Fermentação
Aplicações Práticas do Processo de Fermentação Alcoólica

As leveduras do género Saccharomyces cerevisae são


utilizadas na produção de vinho, cerveja e pão.

Fabrico de Bebidas Alcoólicas

ü O açúcar da uva é utilizado pelas leveduras, presentes


na casca da uva, para obtenção de energia, por
fermentação.

ü O CO2 é libertado

ü O álcool é retido
+
Obtenção de Energia - Fermentação
Aplicações Práticas do Processo de Fermentação Alcoólica

Fabrico do Pão

ü O açúcar da farinha é utilizado pelas leveduras,


para obtenção de energia, por fermentação

ü O CO2 libertado contribui para levedar a massa,


tornando-a leve

ü O álcool evapora
+
Obtenção de Energia - Fermentação
Aplicações Práticas do Processo de Fermentação Lática

Fabrico de Produtos Lácteos

O ácido lático altera o pH do meio, sendo,


responsável pela coagulação das proteínas.

Queijo Iogurtes
+
Obtenção de Energia - Fermentação
+
Obtenção de Energia - Fermentação
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia

ü Conjunto de reações metabólicas que ocorre na presença do oxigénio, através


das quais a glicose é totalmente convertida em dióxido de carbono e água.

ü Ocorre no citoplasma da célula e na mitocôndria

Organelos semiautónomos
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia

Decorre em quatro etapas

ü Glicólise
No Citoplasma

ü Formação de acetil-coenzima A
Na Matriz Mitocondrial

ü Ciclo de Krebs
Na Matriz Mitocondrial

ü Cadeia respiratória
Nas Cristas Mitocondriais
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Glicólise
ü Ocorrem reações de oxidação do
substrato e de redução da
coenzima NAD+.

ü Enzimas que removem o


hidrogénio do substrato –
desidrogenases.

ü Formam-se:

v 2 moléculas de piruvato

v4 ATP

v 2NADH + 2H+
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Formação de Acetil-CoA

ü Na matriz mitocondrial, o piruvato


sofre uma descarboxilação oxidativa,
isto é, perde um carbono, dois
oxigénios e dois hidrogénios.

ü Esta reação é catalisada por


descarboxílases e desidrogenases

ü Os hidrogénios vão reduzir o NAD+

ü Forma-se um radical acetil que se


combina com a coenzima A - acetil-
CoA
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Ciclo de Krebs / Ciclo do Ácido Cítrico

Conjunto de reações
metabólicas que conduz à
oxidação completa da
glicose.

Ocorre na matriz
mitocondrial
+Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia

Ciclo de Krebs / Ciclo do Ácido Cítrico

ü O grupo acetil (2 carbonos)


combina-se com o ácido
oxaloacético (4 carbonos),
formando-se ácido cítrico (6
carbonos)

ü Ao longo do ciclo ocorrem reações


de oxidação, descarboxilação e
exoenergéticas.
ü Por cada molécula de glicose
degradada, formam-se no ciclo de
Krebs:
Ø 6 moléculas de NADH
Ø 2 moléculas de FADH2
Ø 2 moléculas de ATP
Ø 4 moléculas de CO2
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Cadeia Respiratória
ü Ocorre nas cristas
mitocondriais

ü Os transportadores de
hidrogénio anteriormente
reduzidos (NADH e FADH2)
vão ser oxidados.

ü Os eletrões resultantes vão ser transferidos para cadeias transportadoras de


eletrões, cadeia respiratória (formada por proteínas da membrana interna da
mitocôndria).

ü A transferência de eletrões ao longo da CTE conduz à libertação de energia que


permite a síntese de ATP.

Fosforilação do ADP em ATP devido à oxidação dos transportadores –


Fosforilação Oxidativa
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Cadeia Respiratória

O oxigénio, acetor final de eletrões, fica carregado negativamente e


combina-se com os protões, originando água.
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Cadeia Respiratória
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Cadeia Respiratória
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Respiração Aeróbia
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Respiração Aeróbia

Rendimento energético da oxidação completa de 1 molécula de glicose – 36 ATP


+ Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Fermentação vs Respiração Aeróbia – Rendimento Energético
+ Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia – Rendimento Energético
+
Obtenção de Energia – Respiração Aeróbia
Cadeia Respiratória
Modelo Quimiosmótico

ü A energia resultante da transferência


de eletrões ao longo da cadeia
respiratória, é usada para o transporte
acoplado de H+.

ü Este transporte ocorre da matriz para o


espaço intermembranar, gerando um
gradiente de concentração de protões
que é dissipado através de canais
proteicos, aos quais estão associados
ATP-sintetases que permitem a síntese
de ATP por fosforilação oxidativa.

ü O oxigénio é o ultimo acetor de


eletrões, que reage com o H+ e origina
água.
+ Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia – Rendimento Energético
+ Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia – Rendimento Energético
+ Transformação e Utilização de
Energia pelos Seres Vivos
Respiração Aeróbia – Rendimento Energético
+
TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE
ENERGIA PELOS SERES VIVOS

Trocas Gasosas em
Seres Multicelulares
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Plantas
Mecanismo de Abertura e Fecho dos Estomas
Concentração de Iões
ü Ião mais importante no controlo da
turgescência das células-guarda é o potássio
(K+).

ü A entrada de iões K+ nas células-guarda, por


transporte ativo, leva à entrada de água por
osmose, o que provoca a turgescência das
células-guarda e o estoma abre.

ü Quando cessa esse transporte, os iões K+ saem das células guarda por difusão, a
água sai por osmose, para as células vizinhas, e o estoma fecha.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Plantas
Mecanismo de Abertura e Fecho dos Estomas

Concentração de Açúcares

ü As células-guarda são as únicas células


da epiderme que possuem cloroplastos.

ü Quando há luz solar realizam a


fotossíntese, produzindo açúcares que
contribuem para o aumento da pressão
osmótica.

ü Ocorre a entrada de água para as células-guarda que ficam túrgidas e o estoma


abre.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Plantas
Mecanismo de Abertura e Fecho dos Estomas
Luz
ü Na maiorias das plantas os estomas abrem pela manhã, ativados pela radiação
solar.
ü Os comprimentos de onda na gama dos azuis estimulam o transporte ativo de
iões K+ para o interior das células-guarda, tornando-as hipertónicas, o que
provoca a entrada de água por osmose.
ü Este facto permita à planta absorver o dióxido de carbono para a fotossíntese
enquanto há luz disponível.
ü Durante a tarde os estomas fecham gradualmente à medida que a luminosidade
diminui.
ü Se uma planta for colocada repentinamente na escuridão os estomas fecham com
maior rapidez.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Plantas
Mecanismo de Abertura e Fecho dos Estomas

Concentração de Dióxido de Carbono

ü Durante a noite, o CO2 resultante da respiração, acumula-se no mesófilo


da folha.

ü Os estomas abrem quando a planta está sujeita a baixas concentrações


de CO2 e fecham quando a quantidade desse gás aumenta.
ü Este comportamento pode ser uma adaptação à fotossíntese: se o CO2 se
acumular no mesófilo, significa, provavelmente, que o gás não está a ser
utilizado na fotossíntese, devido à falta de luz, e como tal, os estomas
podem fechar.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Plantas
Mecanismo de Abertura e Fecho dos Estomas
Água do Solo

ü A planta não dispõe de água do solo, os estomas fecham mesmo na presença de


luz, e com baixa concentração de dióxido de carbono no mesófilo.

ü A falta de água no solo leva a planta a produzir ácido abscísico (hormona


vegetal).

ü Este ácido inibe o transporte ativo de iões para as células-guarda, que ficam
plasmolisadas e os estomas fecham.

ü Muitas plantas não suportam o excesso de água no solo, pois as células da raiz não
podem realizar a respiração aeróbia, não dispõem de ATP para o transporte ativo
de sais minerais.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Plantas
Mecanismo de Abertura e Fecho dos Estomas
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Plantas
Mecanismo de Abertura e Fecho dos Estomas
Outros Fatores que Intervêm na Taxa de Transpiração

ü Velocidade do vento
ü Temperatura do ar
ü Humidade do ar
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
ü A vida dos organismos depende dos
processos que, a nível celular,
asseguram por um lado um fluxo
constante de materiais e, por outro a
remoção dos produtos tóxicos
resultantes do metabolismo.

ü Para além da nutrição e da circulação,


a respiração e a excreção constituem
funções que asseguram a
sobrevivência dos organismos.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Respiração
Conjunto de reações metabólicas que, a
nível celular, permitem a transferência
de energia dos nutrientes para
moléculas de ATP.

Sistema Respiratório
Conjunto de estruturas envolvidas no

intercâmbio de gases entre o indivíduo

e o meio externo.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Diversidade de Superfícies Respiratórias

Apresentam estruturas
especializadas através das
quais são realizadas trocas
de gases respiratórios
entre o organismo e o
meio - superfícies
respiratórias.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
O movimento dos gases respiratórios, tanto ao nível das superfícies
respiratórias como a nível celular, ocorre sempre por difusão em meio
aquoso.

As trocas gasosas entre o indivíduo e o meio podem ocorrer por:


ü Difusão Direta – os gases difundem-se diretamente através das
superfície respiratória para as células, sem intervenção de um fluído
transportador.
ü Difusão Indireta - os gases respiratórios difundem-se da superfície
respiratória para um fluído circulante e deste para as células.

Hematose - intercâmbio de gases que ocorrem entre


as superfícies respiratórias e o fluído circulante.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
q Animais que vivem exclusivamente em meios aquáticos têm
desvantagem em relação aos que vivem em contacto com o ar
atmosférico, relativamente à disponibilidade de O2.

q A água transporta apenas 5% de O2, quando se compara com o


mesmo volume de ar.

q O teor de O2 dissolvido na água diminui com o aumento da


temperatura e da salinidade, os organismos são obrigados a
passar um volume de água pelas guelras muito superior ao volume
de ar dos organismos que têm pulmões.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Características das Superfícies Respiratórias

ü Superfícies húmidas

ü Estruturas muito finas

ü Apresentam grande área de contacto entre


o meio interno e o meio externo.

ü Muito vascularizadas (difusão indireta)


+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Hidra e Planária
A superfície do corpo pode funcionar como órgão de trocas gasosas, sem necessidade de
um sistema respiratório – Difusão Direta (superfície corporal)

Planária
Hidra
As trocas diretas de gases através da superfície corporal são típicas de animais
com:
ü pequenas dimensões, com uma elevada relação superfície/volume
ü baixa taxa metabólica
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Insetos
ü Sistema respiratório constituído por uma rede de traqueias, que se encontra
no interior do corpo – Difusão Direta (Hematose Traqueal)

Traqueias
ü São evaginações da superfície do corpo que
permitem manter a humidade do ar
necessária à difusão dos gases;
ü Ramificam-se em tubos cada vez mais
pequenos que terminam nas traquíolas que
contactam diretamente com as células;
ü Comunicam com o exterior através de
aberturas ao nível da superfície corporal –
espiráculos.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Nos Insetos:
ü primitivos, os espiráculos encontram-se
permanentemente abertos, não havendo
controlo do ar que circula nas traqueias.

ü mais evoluídos, existem estruturas


semelhantes a válvulas – ostíolos- que
controlam o fluxo de ar.

ü mais pequenos, não ocorre ventilação ativa


mas sim passiva, isto é, há simplesmente
entrada e saída de ar.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Nos Insetos Voadores
ü A ventilação é ativa, os movimentos
musculares conduzem à contração /
relaxamento das traqueias, o que leva à
inspiração /expiração;

ü Junto aos músculos existem sacos de ar que,


funcionando como reservas de ar, facilitam a
ventilação
O facto de este sistema se apresentar evaginado
no corpo dos animais minimiza as perdas de água
por evapotranspiração, podendo ser considerado
uma adaptação ao ambiente terrestre.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Minhoca
ü Realiza as trocas gasosas através do seu
tegumento, com intervenção de um
fluído transportador que circula num
sistema circulatório fechado - Difusão
Indireta (Hematose Cutânea)

ü Sendo um animal terrestre, mantem permanentemente


húmido o seu tegumento, devido à existência de
glândulas produtoras de muco.

ü O seu tegumento é muito vascularizado.

A hematose cutânea também existe em alguns vertebrados.


+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Animais Aquáticos - Peixes
ü Difusão Indireta (Hematose Branqueal)
ü As brânquias ou guelras são órgãos respiratórios dos animais aquáticos.
ü São invaginações da superfície corporal que contactam diretamente com a água
e podem ser externas ou internas.
ü Nos peixes ósseos, as brânquias são internas e estão protegidas por opérculos (A)
ü Cada brânquia é constituída por filamentos duplos (C) com lamelas branquiais,
suportados por um arco branquial (B).
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Peixes

ü A membrana dos
filamentos branquiais
possui dobras - lamelas
branquiais, altamente
vascularizadas.

ü Representam uma
extensa área de contacto
com a água, meio
relativamente pobre em
oxigénio dissolvido.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Peixes
ü Nos peixes ósseos, as
brânquias são banhadas
por uma corrente contínua
de água, que entra pela
boca e sai pelas fendas
operculares.

ü O movimento de abertura
e fecho da boca e dos
opérculos ajuda a
circulação da água.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Peixes
ü A disposição das lamelas facilita a hematose branquial na medida em que o
sentido de circulação de sangue nas lamelas é contrário ao fluxo de água que
passa entre elas.

ü Este fluxo de água resulta da sua contínua renovação no interior das cavidades
branquiais, entrando pela boca e saindo pelas fendas operculares.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Peixes
ü A água passa pelas lamelas
em sentido contrário ao
sangue. Mecanismo de contracorrente

ü O sangue venoso, pobre em


O2, circula sempre em direção
à água, rica em O2 , que
circula em sentido inverso.

ü Mantém-se entre o sangue e a


água um gradiente de pressão
parcial de O2 .

ü Devido à diferença de pressão de O2 entre a água e o sangue, o O2 vai passando, por difusão,
da água para o sangue.

ü O sangue vai ficando progressivamente mais oxigenado.

ü O mesmo processo ocorre em sentido contrário com o CO2. Assim, o sangue que flui através
dos capilares vai passando de venoso a arterial.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Peixes
Difusão Indireta – Hematose Branquial
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Peixes
Difusão Indireta – Hematose Branquial

A quantidade de O2 dissolvido na água é bastante inferior ao que existe na atmosfera.


O mecanismo de contracorrente permite aumentar significativamente a eficiência da
hematose branquial.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Vertebrados terrestres
ü A conquista do meio terrestre conduziu os animais a ambientes secos.
ü Todos os vertebrados terrestres apresentam pulmões que são evaginações da superfície
corporal que permitem manter a humidade.
ü Os pulmões apresentam complexidade diferente de grupo para grupo.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Anfíbios
Difusão Indireta – Hematose Pulmonar

ü O sistema respiratório revela a sua posição de transição


entre o meio terrestre e aquático;
ü Na fase larvar respiram por brânquias (inicialmente
externas e depois internas) e quando atingem o estado
adulto respiram principalmente por pulmões - muito
simples e apresentam pequena área;

ü Hematose pulmonar é complementada pela hematose


cutânea e bucofaríngea;

ü Ventilação bucal
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Répteis
Difusão Indireta – Hematose Pulmonar

ü Os pulmões são mais complexos e divididos


em alvéolos.

ü Os crocodilos são os que apresentam estruturas


respiratórias mais evoluídas, muito semelhantes
às dos animais homeotérmicos.

ü Não existe diafragma mas existem costelas, logo


a ventilação é feita por variação de volume
torácico.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Aves
Difusão Indireta – Hematose Pulmonar

ü Os pulmões são pequenos e


compactos, basicamente formados por
um conjunto de tubos.

ü São abertos nas duas extremidades


pelos parabrônquios, que os ligam
aos sacos aéreos, anteriores e
posteriores.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Aves
Difusão Indireta – Hematose Pulmonar

Vantagens dos Sacos Aéreos:

ü permitem o fluxo gasoso de forma


contínua e num só sentido, através
dos pulmões (não há mistura de gases
residuais como nos mamíferos);

ü diminuição da densidade da ave;

ü dissipação de calor devido ao elevado


metabolismo;

ü reservas de ar.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Sistema Respiratório das Aves

ü Primeira inspiração – O ar
desloca-se pela traqueia até aos
sacos aéreos posteriores.

ü Primeira expiração – O ar passa


dos sacos posteriores para os
pulmões, onde se dá a hematose.

ü Segunda inspiração - O ar passa


dos pulmões para os sacos
anteriores, ao mesmo tempo entra ar
novo nos posteriores.

ü Segunda expiração – O ar sai dos


sacos anteriores para o exterior, ao
mesmo tempo o ar dos sacos
posteriores passa para os pulmões.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
O ar e o sangue circulam nos pulmões em sentido inverso, num mecanismo de
contracorrente, o que contribui para uma hematose muito eficiente.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Mamíferos
Difusão Indireta – Hematose Pulmonar

Pulmões
ü apresentam consistência esponjosa;
ü formados por milhões de alvéolos
pulmonares, estruturas em forma de saco
que se diferenciam, nas extremidades dos
bronquíolos.
Vesícula
pulmonar
Traqueia

Brônquio
Alvéolo pulmonar

Bronquíolo
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Mamíferos
Movimentos Respiratórios

Os pulmões enchem e esvaziam periodicamente permitindo a renovação do ar que


se encontra dentro dos alvéolos.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Mamíferos

ü Os alvéolos possuem paredes


muito finas, revestidas por uma
densa rede de capilares
sanguíneos.

ü Na inspiração, o ar passa da
traqueia aos brônquios e destes
aos bronquíolos até preencher o
interior dos alvéolos, onde
ocorre a hematose pulmonar.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Mamíferos
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Mamíferos
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais
Mamíferos

Limitações
ü Dificuldades na ventilação pulmonar. Na inspiração, o ar entra através das
vias respiratórias até aos alvéolos, onde ocorre a hematose. Depois, o ar
expirado segue um trajeto inverso. A ventilação não é contínua mas
faseada.

ü Os pulmões não enchem e esvaziam completamente em cada ciclo


respiratório. Devido a esta ventilação “incompleta”, após a expiração fica
retida nos pulmões uma certa quantidade de ar residual. O ar que chega do
exterior através da inspiração mistura-se com o ar residual, o que baixa a
eficiência das trocas gasosas.
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais

A comparação da estrutura dos pulmões evidencia:


ü Complexidade sucessiva
ü Aumento da superfície respiratória
ü Superfície respiratória progressivamente mais vascularizada
ü Sucessiva especialização do processo de ventilação (renovação do ar).
+ Trocas Gasosas em Seres Multicelulares -
Animais

A complexidade da estrutura pulmonar conduziu a uma grande eficiência das


trocas gasosas permitindo que as células obtenham, através da respiração aeróbia,
a energia necessária a um aumento progressivo da taxa metabólica.

O aumento da taxa metabólica permitiu que a temperatura corporal das aves e dos
mamíferos se tornasse independente da temperatura ambiente.

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