Jurisprudencia - Nulidade Contrato Sindicato

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1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO ORIGEM: JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL

DA COMARCA DE PARAUAPEBAS AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0006656-16.2017.8.14.0000


AGRAVANTE: SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PARAUAPEBAS
AGRAVADO: SINDICATO DOS VIGILANTES E EMPREGADOS EM EMPRESAS DE SEGURANÇA,
VIGILÂNCIA, TRANSPORTE DE VALORES E SIMILARES DE PARAUAPEBAS RELATORA: DESA.
MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA
DE NULIDADE. TUTELA DE URGÊNCIA DEFERIDA. INDISPONIBILIDADE DO IMÓVEL EM
DISCUSSÃO. NULIDADE DA DECISÃO, POR VIOLAÇÃO DO ART. 11, CAPUT E 489, § 1º, INCISO II
E IV, DO NCPC. CAUSA MADURA. APRECIAÇÃO DO PEDIDO LIMINAR. APLICABILIDADE DO ART.
1013, § 3º, INCISO IV, DO NCPC. TUTELA DE URGÊNCIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA
PROBABILIDADE DO DIREITO. DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO QUE OBSERVOU O ART. 61 DO CC.
AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO. ATO CONVOCATÓRIO FIXADO EM
ÓRGÃOS PÚBLICOS E PUBLICADO EM JORNAL LOCAL. OBSERVÂNCIA DO PRAZO DE 7 DIAS
ENTRE A CONVOCAÇÃO E A DELIBERAÇÃO SOBRE A DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E A
DESTINAÇÃO DE SEUS BENS REMANESCENTES DISCUTIDA EM ASSEMBLEIA GERAL.
OBSERVÂNCIA DO QUORUM DE SEGUNDA CONVOCAÇÃO. UNANIMIDADE. RESOLVEM
DISSOLVER A ASSOCIAÇÃO E DOAR O IMÓVEL AO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
MUNICIPAIS DE PARAUAPEBAS. INAPLICABILIDADE DA PARTE FINAL DO ART. 61, DO CC.
AUSÊNCIA DE PROBABILIDADE DO DIREITO EM FAVOR DO SINDICATO-AUTOR. PERIGO DE
DANO OU RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO NÃO DEMONSTRADO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO PARA DECRETAR A NULIDADE DA DECISÃO RECORRIDA
E NEGAR A TUTELA DE URGÊNCIA PLEITEADA PELO AUTOR/AGRAVADO, NOS TERMOS DO ART.
300 E 1013, § 3º, INCISO IV DO NCPC. DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de AGRAVO DE
INSTRUMENTO interposto por SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE
PARAUAPEBAS, em face da decisão prolatada pelo douto Juízo de Direito da 3ª Vara Cível e
Empresarial da Comarca de Parauapebas, nos autos da Ação Declaratória de Nulidade de
Doação de bem imóvel, ajuizada por SINDICATO DOS VIGILANTES E EMPREGADOS EM
EMPRESAS DE SEGURANÇA, VIGILÂNCIA, TRANSPORTE DE VALORES E SIMILARES DE
PARAUAPEBAS. Em suas razões recursais (fls. 02/010), o agravante defende a ausência dos
requisitos autorizadores da tutela antecipada deferida no primeiro grau. Afirma que o
Autor/Agravado litiga de má-fé, por omitir que o Sindicato dos Servidores Públicos de
Paraupebas edificou no terreno em debate a sua sede administrativa e na improvável
procedência do pedido, as benfeitorias realizadas no lote em debate devem ser indenizadas ao
Sindicado-Agravante. Diz também, que não há probabilidade de direito, pois caso a
deliberação da Assembleia Geral que dissolveu a associação seja anulada, a proprietária
voltará a ser a Associação dos Vigilantes de Parauapebas, que poderá dispor do imóvel
livremente, haja vista que o Agravado não é beneficiário imediato. Aponta que o Juízo de
origem não enfrentou os requisitos necessários para doação de bens imóveis e dissolução de
associação, carecendo a mesma de fundamentação quanto a concessão da tutela de urgência.
Assevera que não está demonstrado o risco de dano irreparável ou de difícil reparação em
favor do Autor/Agravado, por não existir qualquer indício de venda do bem imóvel objeto da
controvérsia dos autos. Requereu o conhecimento e provimento do presente agravo de
instrumento, para reformar a decisão objurgada e, por conseguinte, indeferir o pedido de
tutela antecipada. Não houve pedido de efeito suspensivo. Intimado, o agravado apresentou
contrarrazões (fls. 199/202), alegando que a decisão objeto do presente agravo de
instrumento deve ser mantida, eis que não foram observadas as formalidades legais para
doação do bem objeto da controvérsia. Requereu o conhecimento e desprovimento do
recurso. DECIDO. Presentes os pressupostos de admissibilidade, CONHEÇO do presente
recurso de Agravo de Instrumento. Pois bem. O recurso é tempestivo e foi instruído com as
peças obrigatórios, pelo que entendo preenchidos os pressupostos de admissibilidade.
Outrossim, de acordo com o artigo 932, inciso IV e V alíneas ¿a¿, do NCPC, o relator do
processo está autorizado em demandas repetitivas apreciar o mérito recursal em decisão
monocrática. Referida previsão está disciplinada no art. 133, do Regimento Interno desta
Corte, que visa dar cumprimento ao fundamento legal imposto no art. 926, § 1º, do NCPC.
Vejamos: Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável,
íntegra e coerente. § 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no
regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua
jurisprudência dominante. Gize-se, ainda, que tais decisões têm por finalidade desafogar os
Órgãos Colegiados, buscando dar mais efetividade ao princípio da celeridade e economia
processual, sem deixar de observar, por óbvio, as garantias constitucionais do devido processo
legal do contraditório e da ampla defesa. Assim, plenamente cabível o julgamento do recurso
por meio de decisão monocrática, porque há autorização para tanto no sistema processual civil
vigente. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.
Consoante o art. 93, IX da CF: Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes,
em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação. Do mesmo modo, disciplina o art. 11, do NCPC:
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas
todas as decisões, sob pena de nulidade. O parágrafo primeiro do artigo 489 do CPC/2015
dispõe: Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar
conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar
todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se
ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento. No caso, a decisão agravada foi lavrada nos
seguintes termos: ¿(...) Trata-se de pedido de Tutela de urgência cujo objetivo é a
indisponibilidade do bem imóvel situado na Rua B, Lote 2, Quadra 25, Bairro Cidade nova,
nesta cidade. Alega o autor que o único imóvel da 1ª requerida foi doado ao 3º requerido sem
as observâncias legais uma vez que o sindicato não tem fins idênticos ao da associação
doadora. No tocante aos requisitos necessários para a concessão da tutela provisória de
urgência, estes estão previstos no art. 300 do CPC/2015, se exigindo a probabilidade do
direito, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo e, ainda, a reversibilidade do
provimento antecipado (art. 300, § 3º, do CPC). Com relação à probabilidade do direito,
entendo que está configurado, uma vez que existem requisitos mínimos a serem observados
para a dissolução e doação de bens de Associações. Quanto ao fundado receio de perigo de
dano, o risco da demora no provimento jurisdicional reside na possibilidade dos requeridos se
desfazerem do bem a ser indisponibilizado, tornando ineficaz o provimento jurisdicional de
mérito. Assim, tratando-se de medida de ordem acautelatória do provimento final que
objetiva apenas garantir a segurança e o eficaz desenvolvimento do direito futuramente a ser
reconhecido ou não por sentença, não há porque indeferir a pretensão. Em face do exposto,
estando presentes os requisitos necessários à sua concessão, na forma do art. 300, do CPC,
defiro o pedido de tutela antecipada constante na inicial e, em consequência, decreto a
indisponibilidade do bem imóvel situado na Rua B, Lote 2, quadra 25, Bairro Cidade Nova -
Parauapebas - PA. Expeça-se ofício ao Cartório de imóvel para que promova a imediata
averbação da indisponibilidade do imóvel de matrícula nº 13.711 em sua respectiva certidão
imobiliária, devendo ser encaminhado a este Juízo cópia atualizada dessa certidão no prazo de
05 dias. Na lição de Teresa Arruda Alvim Wambier: Princípios jurídicos, a seu turno, que
também são normas jurídicas, também são, via de regra, verbalmente formulados com o uso
de conceitos indeterminados. Quanto mais fluído, mais rarefeito, o parâmetro que o juiz há de
levar em conta para decidir, mais evidente a necessidade de que seja densa a fundamentação
da sentença, no sentido de se explicitar os porquês de se enxergar, no caso concreto,
oportunidade para aplicação da norma jurídica (v. mais sobre o tema nos comentários sobre os
embargos de declaração). Norma já embutida nas anteriores (art. 489, § 1.º, I e II) é que consta
do § 1.º, III, que considera não motivada a decisão "vestidinho preto", que se prestaria a
justificar qualquer decisum: como, por exemplo, concedo a liminar porque presentes os seus
pressupostos. A fundamentação deve ser expressa e especificamente relacionada ao caso
concreto que está sendo resolvido. WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; WAMBIER, Luiz Rodrigues.
Temas Essenciais do Novo CPC. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2017. A decisão
interlocutória se limita a afirmar ¿à probabilidade do direito, entendo que está configurado,
uma vez que existem requisitos mínimos a serem observados para a dissolução e doação de
bens de Associações¿ (fl. 184/185), sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida, empregando conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar também o motivo
concreto de sua incidência no caso. A ausência de fundamentação implica inexistência de
efetiva prestação jurisdicional, o que impede o julgamento imediato pelo Tribunal. Nesse
sentido, transcrevo jurisprudência dos Tribunais Pátrios: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO
DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. CONTRATO PROMESSA DE COMPRA E VENDA. PENHORA DE
DIREITOS E AÇÕES. DECISÃO DESCONSTITUÍDA. Decisão judicial que não apreciou os
argumentos expostos na petição que deu origem à decisão agravada, a fim de correta
prestação jurisdicional. A intenção dos exequentes é a penhora dos direitos e ações que
recaem sobre o imóvel do qual é possuidora a executada, o que é diverso da penhora do bem
propriamente dito. Isso significa ausência de fundamentação e impede o exame da insurgência
da parte pelo juízo ad quem. Nula toda e qualquer decisão que não contenha fundamentação,
conforme artigo 93, IX, da Constituição Federal. Observância do princípio da não surpresa.
DESCONSTITUÍRAM, DE OFÍCIO, A DECISÃO RECORRIDA. DECLARARAM PREJUDICADO O
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ( Agravo de Instrumento Nº 70074444571, Décima Nona Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Eduardo João Lima Costa, Julgado em 07/12/2017).
Deste modo, considerando que caberia ao Juízo a quo ter demonstrado a nulidade da
deliberação da Assembleia da Associação dos Vigilantes de Parauapebas e da doação do
imóvel ao Sindicato-Agravante, por violação do artigo 61 do CC para levar a conclusão de que
haveria necessidade de decretação de nulidade do ato, por força do artigo 166, inciso IV, do CC
e consequentemente se verificar a probabilidade de direito perseguido em Juízo, o que não
ocorreu nos autos, merecendo ser desconstituído o decisum, com base no art. 489, caput, do
NCPC. Outrossim, estando a matéria em condições de julgamento enfrento o pedido de tutela
de urgência, na forma do art. 1.013 do CPC, vejamos: Art. 1.013. A apelação devolverá ao
tribunal o conhecimento da matéria impugnada. (...) § 3o Se o processo estiver em condições
de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: (...) IV - decretar
a nulidade de sentença por falta de fundamentação. DA TUTELA DE URGÊNCIA No mérito, em
se tratando de agravo de instrumento a desafiar decisão interlocutória concessiva ou não de
tutela antecipada, a matéria devolvida a este órgão recursal cinge-se à verificação dos
pressupostos para concessão da medida. Portanto, cumpre analisar a presença na origem dos
requisitos da probabilidade de provimento do recurso e do perigo na demora, previstos no art.
300 do Novo Código de Processo Civil: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando
houver elementosb0 que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo. Prima facie, considero que assiste razão ao Agravante quando
afirma que não foi demonstrada a probabilidade de direito pelo Sindicato-Autor, pois a regra
do art. 61, do CC, não obriga que na dissolução de associação os bens sejam destinados
sempre a entidade com fins assemelhados, vejamos: Art. 61. Dissolvida a associação, o
remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou
frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não
econômicos designada no estatuto, OU, OMISSO ESTE, POR DELIBERAÇÃO DOS ASSOCIADOS, à
instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. § 1o Por cláusula
do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da
destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o
respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. § 2o Não
existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação
tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu
patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou dab1 União. No caso, a
certidão de fls. 124/130 comprova que o Estatuto da Associação dos Vigilantes de Parauapebas
não designou a Agravada para receber os bens na hipótese de sua dissolução, vejamos: Art.
57º - No caso de dissolução da instituição, os bens remanescentes serão destinados a outra
instituição a qual deverá estar cadastrada no Conselho Nacional de Serviços Sociais (fl. 130)
Também, não houve a demonstração de violação dos dispositivos legais concernentes ao ato
convocatório e a deliberação da Assembleia Geral, elencados nos artigos 25 a 33 do Estatuto
da Associação (fls. 124/130), especialmente, porque o Estatuto da sociedade, prevê que: Art.
25 - Assembleia Geral é o órgão soberano e será constituída dos sócios habilitados, e em pleno
gozo de seus direitos. (...) Art. 27 - Compete a Assembleia Geral: (...) h) - preencher os cargos
da diretoria e conselho fiscal, decidir sobre a extinção da entidade; (...) l) outros que julgarem
necessário. (...) Art. 28 - A Assembleia geral será ordinária e extraordinária. (...) Parágrafo 2º -
A Assembleia Geral Extraordinária, será realizada sempre que legalmente convocada, podendo
reunir-se tantas vezes quantas sejam necessária, cabendo a convocação: (...) Art. 29º - A
convocação da Assembleia Geral seráb2 realizada com antecedência de 7 (sete) dias. (...) Art.
31º - A Assembleia Geral será instalada em primeira convocação com representatividade de no
mínimo a maioria absoluta (metade mais um) e em seguida convocação na mesma data e local,
meia hora depois, com qualquer número de sócios. Finalmente, a certidão de fls. 121/122
comprova que foi dada a publicidade ao ato convocatócio, obedeceu-se ao prazo de 7 dias,
entre a convocação e a deliberação, porque o Edital foi publicado em jornal local em 16 de
maio de 2014 e a deliberação ocorre em 02 de junho do mesmo ano. Registre-se mais, o
quórum para deliberação cumpriu o disposto no art. 31 do Estatuto da Associação e os
associados presentes destinaram o imóvel ao SINDSEPPAR - SINDICATO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PARAUAPEBAS. Portanto, a transferência da propriedade deu
cumprimento a deliberação do órgão soberano da associação e cumpriu com as regras do
Código Civil e do Estatuto da Associação dos Vigilantes de Parauapebas (fls. 121/122 e 126).
Cito precedentes: Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SINDICATO. PROCEDIMENTO
DE VOTAÇÃO. ALTERAÇÃO DO ESTATUTO. ABERTURA DA ASSEMBLÉIA. NÚMERO DE
PARTICIPANTES. A Assembléia Geral para deliberação da alteração do Estatuto será aberta
com a presença da maioriab3 absoluta dos associados apenas no caso de primeira e segunda
chamadas, conforme previsão do art. 13, § 1º, do Estatuto da entidade apelante. Possibilidade
de abertura da Sessão com qualquer número de participantes em terceira chamada.
APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70001843333, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em 26/10/2005) Do mesmo modo, não
vislumbro o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo em favor do Sindicato-
Agravado, considerando que eventual procedência do pedido haverá o retorno do status quo
com a anulação da deliberação assembleia em discussão e a transmissão do bem além dos
possíveis prejuízos pela utilização do imóvel serão amargados pelos ex-associados e não pelo
SINDICATO DOS VIGILANTES E EMPREGADOS EM EMPRESAS DE SEGURANÇA, VIGILÂNCIA,
TRANSPORTE DE VALORES E SIMILARES DE PARAUAPEBAS. Assim, não preenchidos os
requisitos da probabilidade de direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo, exigidos no art. 330, do NCPC é impositiva o indeferimento da tutela de urgência
pleiteada pelo Autor/Agravado. DISPOSITIVO Ante o exposto, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO
ao presente Agravo de Instrumento, para decretar a nulidade da decisão recorrida, por
violação dob4 art. 11, caput e 489, § 1.º, II e IV do NCPC. Por estar a demanda madura, aplico o
art. 1013, § 3º, inciso IV, do NCPC e INDEFIRO O PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA, nos termos
da fundamentação. Publique-se. Intimem-se. Comunique-se ao Juízo de origem para ordenar o
levantamento da indisponibilidade concedida na decisão recorrida. Operada a preclusão,
arquive-se. Belém, 14 de março de 2019. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
Desembargadora Relatora

(TJ-PA - AI: 00066561620178140000 BELÉM, Relator: MARIA FILOMENA DE ALMEIDA


BUARQUE, Data de Julgamento: 19/03/2019, 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Data de
Publicação: 19/03/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. PRELIMINAR DE


NULIDADE DA SENTENÇA POR CERCEAMENTO DE DEFESA E OFENSA AO DEVIDO PROCESSO
LEGAL. AFASTADA. PRAZO COMUM PARA APRESENTAÇÃO DAS ALEGAÇÕES FINAIS
CONCEDIDO EM AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO. INÉRCIA DA EMPRESA. PRECLUSÃO. PREJUÍZO
NÃO COMPROVADO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. ARGUIÇÃO EM SEDE DE
CONTRARRAZÕES. INOCORRÊNCIA. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE LOTE NO
LOTEAMENTO “SALGADO RESIDENCE” REALIZADO POR INTERMÉDIO DE SINDICATO. NÃO
COMPROVAÇÃO DE QUALQUER RELAÇÃO NEGOCIA ENTRE A EMPRESA E O PRESIDENTE DO
SINDICATO, OU REPASSE DE VALORES. EXISTÊNCIA DE ACORDO DE PERSECUÇÃO PENAL
COMPROVANDO A PRÁTICA DELITIVA PELO REPRESENTANTE DO SINDICATO.
RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA. ACOLHIMENTO DA PRELIMINAR.
EXTINÇÃO DO FEITO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. À
UNANIMIDADE. (Apelação Cível Nº 202200807449 Nº único: 0001447-75.2019.8.25.0037 - 2ª
CÂMARA CÍVEL, Tribunal de Justiça de Sergipe - Relator (a): Vaga de Desembargador (Des. José
dos Anjos) - Julgado em 17/04/2023)

(TJ-SE - AC: 00014477520198250037, Relator: Vaga de Desembargador (Des. José dos Anjos),
Data de Julgamento: 17/04/2023, 2ª CÂMARA CÍVEL)
E M E N T A APELAÇÃO CÍVEL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA –
PRELIMINAR – CERCEAMENTO DE DEFESA – AFASTADA – MÉRITO – TERMO DE CONFISSÃO DE
DÍVIDA ASSINADA PELO PRESIDENTE DO SINDICATO – PRINCÍPIO DA BOA -FÉ OBJETIVA –
APLICAÇÃO DA TEORIA DA APARÊNCIA – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO
Consoante jurisprudência pacífica do STJ, “não há cerceamento de defesa quando o
magistrado, com base em suficientes elementos de prova e objetiva fundamentação, julga
antecipadamente a lide” (AgRg no REsp 1206422/TO, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE
NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/06/2013, DJe 01/07/2013). Não há se falar em
nulidade de instrumento particular de confissão de dívida, quando o contrato é subscrito por
pessoa que detinha poderes para tanto. Na hipótese, aplica-se a teoria da aparência, segundo
a qual é considerado válido o negócio jurídico firmado de boa-fé com quem detinha,
aparentemente, poderes de representação, como ocorre no caso do Presidente do Sindicato.

(TJ-MT - AC: 00004745620188110034 MT, Relator: ANTONIA SIQUEIRA GONCALVES, Data de


Julgamento: 13/05/2020, Terceira Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/05/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA. DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE


CONTRATO E DE ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA DE MULTA RESCISÓRIA. AUSÊNCIA DE
ASSINATURA CONJUNTA DO PRESIDENTE COM O TESOUREIRO DO SINDICATO. A EXIGÊNCIA DE
ASSINATURA CONJUNTA DO PRESIDENTE E DO TESOUREIRO É QUESTÃO INTERNA CORPORIS
DO SINDICATO, DECORRENTE DE SEU ESTATUTO SOCIAL, NÃO ALCANÇANDO O RÉU,
PORQUANTO ESTE NÃO É OBRIGADO A TER CONHECIMENTO DELA. CONDUTA DO SINDICATO
AUTOR QUE REPRESENTA AFRONTA DIRETA AO PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE
COMPORTAMENTOS CONTRADITÓRIOS (NEMO POTEST VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM).
OBSERVÂNCIA AOS DEVERES IMPOSTOS PELA BOA-FÉ NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS. ART. 422,
DO CÓDIGO CIVIL. ALEGAÇÃO DE ABUSIVIDADE DA MULTA RESCISÓRIA. DESCABIMENTO.
CONTRATO QUE FOI ASSINADO PELO PRESIDENTE DO SINDICATO À ÉPOCA, NÃO SE
REVELANDO CRÍVEL QUE ESTE NÃO TENHA PROCEDIDO, PREVIAMENTE, À ANÁLISE DAS
CLÁUSULAS ALI EXISTENTES, NOTADAMENTE NO QUE TANGE AO VALOR DA MULTA
RESCISÓRIA ESTIPULADA. INOCORRÊNCIA DE VÍCIO DE CONSENTIMENTO. NA ESPÉCIE,
APLICÁVEL O PRINCÍPIO PACTA SUNT SERVANDA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.
DESPROVIMENTO AO RECURSO. 1. "O princípio de pacta sunt servanda destina-se a preservar
a autonomia da vontade declarada, incluindo a liberdade de firmar o contrato em causa, bem
como a segurança da relação jurídica subjacente"; 2. "Os contratantes são obrigados a
guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e
boa-fé" (Art. 422, do Código Civil); 3. In casu, não vinga a pretensão para a nulidade do
contrato, pela ausência da assinatura conjunta do presidente e do tesoureiro do sindicato.
Trata-se de questão interna corporis do sindicato, decorrente de seu Estatuto Social, não
alcançando o réu, porquanto este não é obrigado a ter conhecimento dela; 4. Conduta do
sindicato autor que representa afronta direta ao princípio da vedação de comportamentos
contraditórios (nemo potest venire contra factum proprium). Observância aos deveres
impostos pela boa-fé nas relações contratuais, conforme preconizado pelo art. 422, do Código
Civil; 5. Multa rescisória. Inocorrência da alegada abusividade. Contrato que foi assinado pelo
presidente do sindicato à época, não se revelando crível que este não tenha procedido,
previamente, à análise das cláusulas ali existentes, notadamente no que tange ao valor da
multa rescisória estipulada. Vício de consentimento não demonstrado. Aplicação do princípio
da força obrigatória que abrange os contratos firmados, consistente no conceito de que deve
ser cumprido aquilo que está estabelecido no contrato e assinado pelas partes (pacta sunt
servanda); 6. Sentença de improcedência que se mantém. Recurso desprovido, nos termos do
voto do Relator.

(TJ-RJ - APL: 01102321820168190001, Relator: Des(a). LUIZ FERNANDO DE ANDRADE PINTO,


Data de Julgamento: 03/07/2019, VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL)

RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL – EMBARGOS DO DEVEDOR – PRELIMIMAR – CERCEAMENTO DE


DEFESA – AFASTADA – CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA ASSINADO POR PRESIDENTE DO
SINDICATO – PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA - APLICAÇÃO DA TEORIA DA APARÊNCIA –
RECURSO DESPROVIDO. 1- Não há falar em cerceamento de defesa quando verificada a
desnecessidade de produção de outras provas, o Magistrado julga antecipadamente a lide. 2-
Afasta-se a tese de nulidade do contrato de confissão de dívida objeto da execução em
decorrência de ter sido subscrito por pessoa que não tinha legitimidade para fazê-lo
isoladamente, mas apenas em conjunto com o Tesoureiro. Aplicável, na hipótese, a teoria da
aparência, segundo a qual é considerado válido o negócio jurídico firmado de boa-fé com
quem detinha, aparentemente, poderes de representação, como ocorre no caso do Presidente
do Sindicato. (Ap 17462/2013, DESA. CLARICE CLAUDINO DA SILVA, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL,
Julgado em 13/11/2013, Publicado no DJE 22/11/2013)

(TJ-MT - APL: 00010068020078110045 17462/2013, Relator: DESA. CLARICE CLAUDINO DA


SILVA, Data de Julgamento: 13/11/2013, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
22/11/2013)

AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. Autor que requer
a anulação do contrato de compra e venda de veículo, bem como do contrato coligado de
financiamento, além de indenização por danos materiais e morais Sentença de procedência.
Apelo das concessionárias e da instituição financeira. Preliminar de ilegitimidade passiva do
banco. Teoria da asserção. Condições da ação aferidas à luz dos fatos narrados na exordial.
Precedentes do E. STJ. Autor que requer a rescisão tanto do contrato de compra e venda
quanto do contrato de financiamento. Legitimidade passiva, em tese, configurada. Preliminar
afastada. Mérito. Resistência das concessionárias em rescindir a avença, alegando pleno
conhecimento do autor em relação aos termos da aquisição. Ata notarial que comprova dolo
do preposto das concessionárias, induzindo o consumidor ao erro para celebrar o contrato de
financiamento e, consequentemente, o contrato de aquisição do veículo. Recibo de venda do
veículo que sequer se encontra assinado pelo requerente. Vício de consentimento
caracterizado. Anulação do negócio jurídico por indução ao erro substancial e dolo do
preposto das concessionárias. Art. 138 e art. 145 do Código Civil. Contrato coligado de
financiamento que também deve ser anulado. Danos materiais. Ocorrência. Nexo de
causalidade direto entre a conduta desidiosa dos requeridos e os danos ocasionados ao
patrimônio do autor, que teve de dispender valores com a lavratura de ata notarial para a
instrução do presente processo, que visava o desfazimento de negócio jurídico
manifestamente viciado. Danos materiais devidos. Danos morais. Ocorrência. Situação que
ultrapassou o mero aborrecimento cotidiano, consubstanciado em ardil praticado pelos réus
para obter vantagem econômica sobre o autor. Finalidade punitiva da indenização. Quantum
indenizatório fixado em valores proporcionais. Sentença mantida. Recursos não providos.

(TJ-SP - AC: 10017982120208260505 SP 1001798-21.2020.8.26.0505, Relator: Mary Grün, Data


de Julgamento: 17/11/2022, 32ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 21/11/2022)

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO CUMULADA COM


PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. FRAUDE NA REALIZAÇÃO DE CONTRATO DE
FINANCIAMENTO COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA CELEBRADO POR TERCEIRO EM NOME DO
AUTOR. RELAÇÃO DE CONSUMO.RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FRAUDE BANCÁRIA.RISCO DO
NEGÓCIO. SÚMULA 479/STJ. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. VALOR INICIALMENTE
ARBITRADO QUE NÃO CORRESPONDE À EXTENSÃO DO DANO E À RESPONSABILIDADE DO RÉU.
MAJORAÇÃO DE R$ 8.000,00 PARA R$15.000,00. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA. DANO
MORAL EXTRACONTRATUAL. DATA DO EVENTO DANOSO. SÚMULA 54/STJ.RECURSO 1 (RÉU)
DESPROVIDO. RECURSO 2 (AUTOR) PROVIDO. (TJPR - 17ª C. Cível - AC - 1697914-7 - Santo
Antônio da Platina - Rel.: Desembargador Fernando Paulino da Silva Wolff Filho - Unânime - J.
27.09.2017)

(TJ-PR - APL: 16979147 PR 1697914-7 (Acórdão), Relator: Desembargador Fernando Paulino da


Silva Wolff Filho, Data de Julgamento: 27/09/2017, 17ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ:
2128 09/10/2017)

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA - CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE COLETIVO -


SINDICATO - PRESIDENTE - LEGITIMIDADE - PACTA SUNT SERVANDA. - Se ao Presidente do
Sindicato foram atribuídos estatutariamente poderes para assinar contratos, não subsiste a
alegação no sentido de que o pacto seria inválido. - Quando as partes pactuarem livremente e
não estiver demonstrado nenhum vício que possa macular o ajuste, prevalecerá o princípio
pacta sunt servanda.

(TJ-MG - AC: 10443130017934001 MG, Relator: Mariângela Meyer, Data de Julgamento:


09/06/2015, Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 17/07/2015)

AÇÃO DE NULIDADE DE CONTRATO. COMO O PRESIDENTE DO SINDICATO NAO TINHA


AUTORIZACAO DA DIRETORIA PARA FIRMAR O CONTRATO, PROCEDE A AÇÃO, UMA VEZ QUE
NAO SE EVIDENCIA ENRIQUECIMENTO INDEVIDO DO AUTOR. ( Apelação Cível Nº 590064507,
Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elias Elmyr Manssour, Julgado em
27/11/1990)
(TJ-RS - AC: 590064507 RS, Relator: Elias Elmyr Manssour, Data de Julgamento: 27/11/1990,
Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia)

APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS.


CONTRATAÇÃO DE ADVOGADOS POR PRESIDENTE DE ENTIDADE SINDICAL. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DE IRREGULARIDADE. DEVER DE INDENIZAR INOCORRENTE. 1. A
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL, NOS TERMOS DO ARTIGO 927 CUMULADO COM O ARTIGO
186, AMBOS DO CC, PRESSUPÕE A EXISTÊNCIA DE DANO, ATO ILÍCITO E NEXO DE
CAUSALIDADE ENTRE AQUELES. 2. HIPÓTESE EM QUE A PARTE AUTORA NÃO LOGROU
DEMONSTRAR AS ALEGADA ILICITUDE NA CONTRATAÇÃO DE ADVOGADOS NA ÉPOCA EM QUE
A DEMANDADA FIGUROU COMO PRESIDENTE DO SINDICATO. INTELIGÊNCIA DO ART. 373, I,
DO CPC. 3. CONTRATAÇÃO AUTORIZADA PELA DIRETORIA E REALIZADA COM FINALIDADE
ESPECÍFICA E DISTINTA DA EXERCIDA PELO PROFISSIONAL DA ADVOCACIA JÁ ATUANTE NA
ENTIDADE. 4. DEVER DE INDENIZAR INEXISTENTE.RECURSO DESPROVIDO.

(TJ-RS - AC: 50003636120198210005 BENTO GONÇALVES, Relator: Isabel Dias Almeida, Data de
Julgamento: 30/03/2022, Quinta Câmara Cível, Data de Publicação: 30/03/2022)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. PERMUTA DE IMÓVEIS. INADIMPLEMENTO DO RÉU DA


OBRIGAÇÃO DE PAGAR AS PARCELAS RELATIVAS À AQUISIÇÃO DO TERRENO
CORRESPONDENTE A SUA FRAÇÃO IDEAL OBJETO DA PERMUTA COM O AUTOR. SENTENÇA DE
PARCIAL PROCEDÊNCIA, A QUAL NÃO MERECE REPARO. PARTE AUTORA QUE LOGROU
COMPROVAR O VÍNCULO CONTRATUAL, BEM COMO O DESCUMPRIMENTO DO AJUSTE PELOS
RÉUS. APLICAÇÃO DO PACTA SUNT SERVANDA. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

(TJ-RJ - APL: 00137909820198190028 202200161634, Relator: Des(a). FERNANDO FERNANDY


FERNANDES, Data de Julgamento: 15/09/2022, DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 19/09/2022)

"APELAÇÃO – COMPRA E VENDA – SENTENÇA ARBITRAL – Ilegitimidade do representante legal


– Nulidade da posse do representante – Nulidade do contrato celebrado entre as partes. Em
juízo trabalhista, declarou-se a nulidade da posse do representante legal. Nulo, portanto, o
contrato que este celebrou junto à apelante. Impossibilidade de aplicação da cláusula
contratual que prevê a aplicação da Lei Arbitral. Inadmissibilidade da sentença arbitral.
Inadmissibilidade da Lei Arbitral. Incumbia ao contratante assegurar-se da legitimidade
daquele que assume a obrigação em nome do comprador, ainda mais quando notória a
disputa pela presidência do sindicato em questão, arrastada por anos com ampla divulgação
nos meios de comunicação. Possibilidade de eventual ressarcimento do suposto prejuízo em
face daquele que assumiu sem ter poderes para tanto. Recurso desprovido."
(TJ-SP - APL: 00419259020108260562 SP 0041925-90.2010.8.26.0562, Relator: Mario Chiuvite
Junior, Data de Julgamento: 16/06/2015, 28ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
16/06/2015)

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