1.

Objetivos
 Estudar o conceito de conservação de energia;
 Medir a transformação de energia potencial em energia de translação e rotação;
 Determinar o momento de inércia da roda Maxwell.

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1. Resumo teórico
A roda de Maxwell é um dispositivo didático que consiste em uma roda que pode ser girada em
torno de um eixo horizontal, e possui um fio enrolado em seu eixo. O fio é então enrolado
manualmente até que a roda alcance uma altura máxima, e é então solto para que a roda possa
girar livremente.
A roda de Maxwell é usada para demonstrar a conservação de energia mecânica. Quando a roda
é enrolado manualmente para o topo e lançado, sua energia potencial Epot se transforma em
energia cinética de rotação e translação (Erot. + Etrans ) à medida que cai.
A energia total E do sistema é constante:
E = Epot + Etrans + Erot (1)
Ou
m 2 1
E=m∗g∗h+ ∗v + ∗w ²
2 2
(2)
Onde: m é a massa e I é a inércia da roda, h é altura do lançamento, v é velocidade linear e w sua
velocidade angular e g é a aceleração de gravidade.
Com a roda em repouso no início, isto é, v=0 e w=0 e o movimento direcionado para baixo (isto
é, negativo), podemos reescrever (2) como :
m 2 I 2
m∗g∗h= ∗v + ∗w (3)
2 2
Com o raio do fuso r pode-se calcular v de acordo com a equação:
v=w∗r
(4)
Substituindo a equação (4) em (3) pode-se determinar a inércia da roda como:

I =m r
2
( 2 gh
v
2
−1
)
(5)
A massa e o raio da roda de Maxwell usada no experimento são respetivamente m = 450g, r
=3mm e g = 9,81 m/s².
No entanto, de acordo com a lei da conservação da energia mecânica, a energia total envolvida
no processo deve permanecer constante. Isso significa que a energia que a roda perde em energia
potencial é convertida em energia cinética, mantendo assim sua energia mecânica total constante.

2
A roda de Maxwell é um exemplo simples e eficaz para ilustrar a conservação da energia
mecânica, uma das leis fundamentais da física. ( Guião do laboratório, Roda de Maxwell)

3 Material necessário
Uma roda de Maxwell; uma barreira fotoelétrica; um cabo multi-core, l = 1,5m, um contador S;
um interruptor magnético; uma régua com ponteiros; um bloco de suporte; duas bases de suporte
MF; duas barras de suporte, 50 cm; duas barras de suporte,100cm e pegas ou garras.

3.1 Ordem de Execução

A configuração experimental está ilustrada na Fig. 1.
 Montou-se o quadro com a barreira fotoelétrica usando o material de suporte;
 Prendeu-se a haste da roda de Maxwell, de tal forma que o eixo da roda esteja nivelado
em ambos lados das corda;
 Conectou-se o interruptor usando o bloco de suporte;
 Fixou-se a escala no bloco de suporte. Ajustando o ponteiro superior ao eixo da roda na
sua posição mais alta. Fazendo com que permanece fixo durante toda a experiência.
Removeu-se o ponteiro inferior diacordo com a posição do feixe da luz da barreira.

Fig.1: Configuração experimental para examinar a conservação de energia usando a roda de

Maxwell. ( DF, Laboratório de mecânica clássica)

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Durante o experimento mediu-se o tempo t que a roda gasta entre a posição inicial e a posição da
barreira de luz e a velocidade v da roda nesta posição. Variou-se a distância de 15cm a 55cm em
passos de 5cm.

Para a medição do tempo gasto entre o início e a barreira de luz, usou-se o contador S
 Conectou-se o interruptor na entrada E do contador e a barreira de luz na entrada F.
 Ajustou-se o modo de operação do contador para tE-F pressionando a tecla MODE várias
vezes;
 Moveu-se a roda para a posição mais alta e até a roda pressionar a tecla START do
contador;
 Soltou-se a roda (o contador começou a contar), após a roda passar pela barreira de luz a
medição do tempo cessou;
 Registou-se o tempo t indicado no contador na tabela 1;
 Aumentou-se sucessivamente a distância entre o início e a barreira em 5cm e repetiu-se
os procedimentos anteriores.

Para a medição da velocidade v da roda na barreira de luz

 Conectou-se a barreira de luz na entrada E do contador;
 Ajustou-se o modo de operação do contador para tE .
 Moveu-se a roda para a posição mais alta e até a roda pressionar o botão do interruptor
(Fig.2);
 Pressionou-se o START e soltou-se a roda. Quando a roda passou-se pela barreira de luz
o tempo ∆t é medido.
 Registou-se o tempo ∆t na tabela 2 e Calculou-se a velocidade v de acordo com:
d
v= (6)
∆t

Fig. 2: Roda na posição inicial. (DF. Laboratório de Mecânica clássica)

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4.Resultados experimentais

h (cm) t (s) ∆t (s)

15 2,87 2,83
20 3,10 2,72
25 3,35 3,63
30 3,78 3,96
35 4,03 4,21
Tabela 1. Medição de t e ∆t.

h (cm) v (m/s) I
−3
15 2.12∗10 0.03
−3
20 2.21∗10 0.04
−3
25 1.65∗10 0.10
−3
30 1.52∗10 0.12
−3
35 1.43∗10 0.14
Tabela 2. Determinação do momento de inércia I

 Determinação analítica da velocidade (v) da roda usando a equação (7)

d
v= (7)
∆t
Considerando o diâmetro da roda igual a 6mm e ∆t igual a 2,83s
−3
6∗10 −3
v= =2.12∗10 m/ s
2.83
 Determinação analítica da inércia da roda para a tabela 2 usando a equação (5),
considerando a m = 450g, r = 3mm e g = 9.81m/s².

[ ]
−2
−3 2 2∗9.81∗15∗10
I =450∗10 ∗( 3∗10 ) ∗
−3
2
−1
( 2.12∗10−3 )
I = 0.03 kg/m²

5
 [ ]
−3
−3 2 2∗9.81∗20∗10
I =450∗10 ∗( 3∗10 ) ∗
−3
2
−1
( 2.21∗10−3 )
I = 0.04 kg/m²

 Valor médio do momento de inércia I

n

Media: M =
∑I
i=1
n
0.04+0.03+ 0.10+0.12+0.14
Media (I ) = =0.09
5
Cálculos dos Erros:
Erro absoluto (EA)
n

EA =
∑ [ I −M ]
i=1
n
||0.09−0.04|+|0.09−0.03|+|0.09−0.10|+|0.09−0.12|+¿ 0.09−0.14|
EA =
5
EA = 0.04
Erro relativo Er)
Δx
Er = ∗100 %
n

( 0.04
Er =
0.09 )
∗100 %

Er = 44.4%
 Determinação da conservação de energia mecânica usando a equação (4) e (2)
−3
v 2.12∗10 3 0.71 rad
w= = ∗10 =
r 3 s
m 2 2
EM = m∗g∗h+ ∗v + ½∗w
2

6
 −3
450∗10 −3 2 1
∗( 2.12∗10 ) + ∗( 0.71 )
2
EM = 450∗10−3∗9.81∗15∗10−2 +
2 2
EM = 0,252 j
−3
450∗10 −3 2 1
∗( 1.65∗10 ) + ∗( 0.55 )
2
EM = 450∗10−3∗9.81∗25∗10−2 +
2 2
EM = 0,151 j

4.1 Análise gráfica

Grafico de v vs t
2.5

2 f(x) = − 0.683382346486415 x + 4.12726791906246

R² = 0.838912043177501
v(m/s)10^-3

1.5

0.5

0
2.8 3 3.2 3.4 3.6 3.8 4 4.2
t (s)

4.2 Análise dos resultados

Acima estão os dados obtidos como também, foram encontrados através do cálculo dos erros, da
energia mecânica. Analisando os resultados, tendo em conta os erros encontrados os resultados
não são Aplausíveis. No ato das medições do tempo e do ∆t, acredita-se que houveram vários
erros na sua medição, Apesar disso foi possível alcançar a maior parte dos objetivos propostos no
guião da experiência, como é o caso da velocidade, do momento de inércia da roda de Maxwell,

7
cálculo de erros e a medição da transformação da energia potencial em energia de translação e
rotação.
Analisando o gráfico, é possível ver que a proporcionalidade é inversa, quando o tempo tende a
aumentar a velocidade tende a diminuir, tendo em conta a velocidade angular que é diretamente
proporcional a velocidade linear da roda de Maxwell. Fazendo uma análise mas atenta é possível
ver que os erros de medição são bastante pequenos.

5. Conclusão
A experiência da roda de Maxwell não foi um sucesso, com tudo o Conseguimos medir a
transformação da energia potencial em energia de translação e rotação, determinar o momento de
inércia da roda de Maxwell. Foi possível concluir o porquê a roda de Maxwell é usada para
demonstrar a conservação de energia mecânica, quando a roda é enrolado manualmente para o
topo e lançado, sua energia potencial se transforma em energia cinética de rotação e translação a
medida que cai.
A roda de Maxwell é um exemplo simples e eficaz para ilustrar a conservação da energia
mecânica, uma das leis fundamentais da física.

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 6. Bibliografia
1. Narciso Francisco Canda, N. (2014). Ficha de Trabalhos Laboratoriais de mecânica clássica.
Departamento de Física. UEM.
2. https://www.splabor.com.br/blog/rodadeMaxwell/conservaçãodeenergiamecanica
3. https://www.3Bscientific.com/mecânica/movimentosdeRotacao