Relatório Tarefa 05 - Aceleração Da Gravidade

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ALEXANDRA EMANUELE COITINHO


ELIAS RODRIGUES DE ALMEIDA
FELIPE CARNEIRO DOS SANTOS
GABRIEL MARTINS BELARMINO
FERNANDO GARRIDO DE OLIVEIRA
LUCAS ANTONIO ROOS
LUCIANO RODRIGUES DE ALMEIDA
MATEUS EDUARDO BULEGON
SERGIELY DA SILVA MOREIRA

TAREFA 05: ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia de


Bioprocessos e Biotecnologia, setor Palotina,
Universidade Federal do Paraná, como requisito
parcial da obtenção de nota na disciplina de Física
Experimental

Orientador: Prof. Dr. Abraao Jesse Capistrano De


Souza

PALOTINA
2021
1. INTRODUÇÃO 2
1.1 OBJETIVOS 2

2. MATERIAIS E MÉTODOS 4

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4

4. CONCLUSÃO 9

5. REFERÊNCIA 11

1
1. INTRODUÇÃO

Um pêndulo simples é um sistema que consiste de um objeto suspenso por


um fio de massa desprezível e que está preso num ponto fixo, de maneira que o
objeto possa oscilar livremente. Quando afastado de sua posição de equilíbrio e
solto, o pêndulo simples oscila sob a ação da gravidade, e como sendo esta
oscilação um movimento periódico, podemos determinar seu período. (HIBBELER,
2011)
Quando essa oscilação tem início e se desconsiderarmos a resistência do ar,
as forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão no fio e o peso da massa m. A
componente da força peso dada por Pcosθ se anula com a força da tensão no fio
por ter mesmo módulo e sentido contrário. Então, a razão do movimento é dada pela
componente do peso Psenθ, apresentada em (1) como negativa por ser uma força
restauradora que tende para a posição inicial do pêndulo. (HIBBELER, 2011)

O seno do ângulo 𝜃 entre a posição de repouso do fio e a posição de


afastamento antes do movimento oscilatório, por relações trigonométricas pode ser
dado pela razão entre o arco descrito x e o comprimento L do fio. Substituindo-se
esta relação em (1), temos:

Ainda, se considerarmos o ângulo 𝜃 como sendo pequeno, se chega a (2).

Como 𝑃=𝑚𝑔, e 𝑚, 𝑔 e 𝐿 são constantes neste sistema, temos:

Portanto, pode-se reescrever a força do sistema em (3)

A equação (1) pode ser reescrita assim:

2
Para e 𝑥=𝜃𝐿, temos:

Se se considerar qualquer dos sistemas em estado de equilíbrio, quando


qualquer dos pêndulos é levemente afastado dessa situação e liberado, passa a
executar um movimento periódico e oscilatório, em torno da posição de equilíbrio,
chamado de Movimento Harmônico Simples (MHS), na não ocorrência de dissipação
de energia e para pequenas distâncias angulares do fio em relação à posição
original. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012)
Como um MHS, o movimento periódico é dado por:

E como , então, o período de um pêndulo simples é calculado por (5).

1.1 OBJETIVOS

Determinar a aceleração da gravidade g local

3
2. MATERIAIS E MÉTODOS

A fim de se realizar o experimento, montou-se um sistema onde um peso (de


massa conhecida) foi acoplado a um fio de comprimento conhecido.
O tempo(s) com que o pêndulo montado levava para completar 10 ciclos ou
períodos foi cronometrado. Pelas medições dos períodos de oscilação, e outros
dados, como o comprimento do fio, foi possível aferir a aceleração da gravidade
experimental do local.

2.1 MATERIAIS

● Pendulum lab

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Resultados experimentais


O pêndulo utilizado neste experimento foram pesos que foram definidos por
nós onde m1= 0,600g e m2 0,800g Estavam suspensos por um fio, este preso a
uma haste. O cilindro foi solto de um ângulo de 10°, onde mediu-se o tempo de
oscilação realizado pela massa. Todos os dados obtidos estão inseridos em anexo
nos quadros 1, 2, 3 e 4, onde foi realizado o procedimento com os cilindros. Em
relação à coleta de dados, pode-se afirmar que a determinação experimental dos
tempos foi efetiva, com baixos erros associados às medidas. Isso é perceptível
através do baixo desvio padrão encontrado em cada teste, oscilando de 0,06 até
0,07. Ainda sim, essa pequena variação pode estar associada a erros grosseiros,
sistemáticos ou aleatórios embutidos nos valores obtidos.
Após a obtenção dos dados experimentalmente, estes foram tratados e
inseridos no quadro 5.
,

4
TABELA 1 -TEMPO DE OSCILAÇÃO COMPLETA. DEPENDÊNCIA COM A AMPLITUDE
M1=(0,600±0,0001)g e l=(800±100)mm
𝐴𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒( 𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠 Tempo 1(s) 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 2(𝑠) Tempo 3(s) Tempo 4(s) Tempo 5(s)

10±0,01 17,96 17,74 17,85 17,93 17,83

30±0,01 18,2 18,18 18,16 18,22 18,19


FONTE: Autoria própria

Cálculo do período e a frequência.

t= 2π√𝑙/𝑔 Levamos em consideração a gravidade da terra


g= 9,807 m/s2
v= 1/2π√𝑔/𝑙

T= 2π√0,8m/9,807 = T≅1,794s
V= 1/2π√9,807/0,8m = V≅ 0,557

TABELA 2 -TEMPO DE 10 OSCILAÇÕES COMPLETAS PARA PÊNDULO DE MASSA


M1=(0,600±0,0001)g
𝐿( 𝑚𝑚) 𝐴𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒( 𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠) Tempo 1(s) 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 2(𝑠) Tempo 3(s) Tempo 4(s) Tempo 5(s)

800±10 10±0,01 17,96 17,99 17,96 18,02 17,97

600±10 10±0,01 15,54 15,58 15,61 15,59 15,62

400±10 10±0,01 12,72 12,69 12,67 12,7 12,68

200±10 10±0,01 09,13 09,09 09,08 09,12 09,11


FONTE: Autoria própria

Cálculo do período e a frequência.

T= 2π√0,8m/9,807 = T≅1,794s
V= 1/2π√9,807/0,8m = V≅ 0,557

T= 2π√0,6m/9,807 = T≅1,55s
V= 1/2π√9,807/0,6m = V≅ 0,643

T= 2π√0,4m/9,807 = T≅1,27s
V= 1/2π√9,807/0,4m = V≅ 0,788

T= 2π√0,2m/9,807 = T≅0,90s
V= 1/2π√9,807/0,2m = V≅ 1,11

5
Gráfico 1 - Relação entre o período (T ² ) e comprimento do fio (m).

TABELA 3 -TEMPO DE 10 OSCILAÇÕES COMPLETAS PARA PÊNDULO DE MASSA


M2=(0,800±0,0001)g
𝐿( 𝑚𝑚) 𝐴𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒( 𝐺𝑟𝑎𝑢𝑠) Tempo 1(s) 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 2(𝑠) Tempo 3(s) Tempo 4(s) Tempo 5(s)

800±10 10±0,01 17,95 18,02 17,98 18,01 17,96

600±10 10±0,01 15,59 15,52 15,58 15,54 15,62

400±10 10±0,01 12,7 12,7 12,67 12,71 12,69

200±10 10±0,01 09,08 09,06 09,10 09,07 09,09


FONTE: Autoria própria

Cálculo do período e a frequência.

T= 2π√0,8m/9,807 = T≅1,794s
V= 1/2π√9,807/0,8m = V≅ 0,557

T= 2π√0,6m/9,807 = T≅1,55s
V= 1/2π√9,807/0,6m = V≅ 0,643

T= 2π√0,4m/9,807 = T≅1,27s
V= 1/2π√9,807/0,4m = V≅ 0,788

T= 2π√0,2m/9,807 = T≅0,90s
V= 1/2π√9,807/0,2m = V≅ 1,11

6
Gráfico 2 - Relação entre o período (T ² ) e comprimento do fio (m).

Os períodos para uma oscilação e frequência dos pêndulos foram


obtidos através das fórmulas:

QUADRO 4- AJUSTE DE CURVA


N° de M (g) X (L) Y (T2) X.Y X2
medidas

1 0,600 0,8 3,23 2,584 0,64

2 0,600 0,6 2,42 1,452 0,36

3 0,600 0,4 1,61 0,644 0,16

7
4 0,600 0,2 0,82 0,164 0,04

5 0,800 0,8 3,23 2,584 0,64

6 0,800 0,6 2,42 1,452 0,36

7 0,800 0,4 1,61 0,644 0,16

8 0,800 0,2 0,82 0,164 0,04

N=8 - Σ=4 Σ=16,16 Σ=9,688 2,4


FONTE: Autoria própria
Onde:
N- número de medidas total;
M(g) - massa do cilindro;
X(L)- valor de x (comprimento);
Y(T²) -valor de y(período ao quadrado).

Dessa forma, com os resultados do quadro 6 o desenvolvimento das contas


se deu por:
Σy= b*N + a*Σx Σ(x*y)= b*Σx+ a*Σx2
16,16= b*8 + a*4 9,688 = (2,02 -0,5A )*4 + 2,4a
b= (16,16 -4a) / 8 a=1,608/0,4 a= 4,02
Substituindo o valor do coeficiente angular a encontrado na equação
segunda equação na primeira equação pode-se encontrar o valor de b:
16,16= b*8 + 4,02 * 4
b= (16,16-16,08) / 8
b = 0,01
Substituindo os valores de a e b encontrados, na equação geral de
uma reta y=ax+b, obtém-se a reta que melhor representa o conjunto de dados
representados no gráfico 1 ,em anexo, que é:
y=4,02x+0,01

Logo, analisando a reta formada e seu coeficiente angular pode se estabelecer uma
relação entre o coeficiente angular e a gravidade determinando a aceleração da
gravidade isolando o g na equação a seguir:

8
Substituindo os valores:
a=4Lπ2/g

g=4π2/a

g=4π2/4,02
g=9,820 m/s2

E%= 9,820 -9,80 / 9,80*100% = 0,204%

O valor da aceleração da gravidade utilizado como valor verdadeiro teórico é 𝑔𝑔 =


(9,80 ± 0.01) m/s2. Com o resultado obtido através do gráfico o erro relativo foi
calculado e apresentou um erro de 0,204%. Nota-se que a margem de erro relativo
foi menor que 1%, o que mostra que o experimento obteve um resultado satisfatório
para a determinação da aceleração da gravidade local e comprovação da
veracidade da equação proposta para o cálculo.

4. CONCLUSÃO

Notou-se que ao realizar o experimento o tempo não é caracterizado pela


massa do pêndulo, mas sim pelo comprimento do fio que o sustenta. Percebeu-se
também que a porcentagem de erro foi baixa, além de obter valores próximos na
gravidade calculada e a gravidade teórica, provando a eficiência do experimento.
Com os valores calculados após o experimento foi possível também através de um
gráfico T2 versus L, determinar o valor da aceleração da gravidade local,
comprovando a veracidade da equação proposta.

9
QUESTÕES:
(a) Com base nos dados da Tabela 1, discuta os valores encontrados para a
frequência e o período de oscilação. Explique o seu resultado considerando a
amplitude da oscilação. Existe alguma relação entre a amplitude e o período de
oscilação? Explique.
O experimento referente ao movimento harmônico simples(MHS) demonstrado pelo
pêndulo simples mostra que o período de oscilação independe da amplitude, ou
seja, da altura em que a massa é abandonada.Com base nos valores encontrados
na Tabela 1, período e amplitude são diretamente proporcionais, e estes em relação
à frequência são inversamente proporcionais, pois à medida que o deslocamento
do pêndulo aumenta a frequência diminui na mesma proporção.

(b) O que ocorre com o período do pêndulo quando diminuímos seu comprimento?

A partir da análise das tabelas 2 e 3, nota-se que ao variarmos o comprimento do


pêndulo, o período e a frequência variam, ou seja, quando diminuímos o
comprimento do pêndulo, o período também diminui e a frequência aumenta e
quando aumentamos o comprimento do pêndulo, o período aumenta e a frequência
diminui. Essa variação se comprova através das tabelas 2 e 3, que representam
a relação entre o comprimento do pêndulo e seu período de oscilação.

(c) A partir dos dados da Tabela 2, faça um gráfico de 𝑻2 (s)× ℓ (quadrado do período
pelo comprimento) e trace a melhor reta que se ajusta a esses dados.

(d) Obtenha os coeficientes angular e linear desta reta e obtenha a aceleração da


gravidade e sua respectiva incerteza. Compare seu resultado com o valor adotado
para a aceleração da gravidade 𝑔𝑔 = (9,80 ± 0.01) m/𝑠𝑠2.
g= 4π2 t 2 . r

10
(e) O que ocorre com o período do pêndulo quando aumentamos a massa
suspensa?
Com relação à massa pendular, pode-se verificar nos dados das Tabelas 2 e 3, que
a alteração do peso da massa não influencia no período T do movimento, ou seja,
os pêndulos de mesmo comprimento L, mas de massas diferentes m1 e m2,
apresentam o mesmo período T.

(f) A partir dos dados da Tabela 3, faça um gráfico de 𝑻𝑻𝟐𝟐 × ℓ (quadrado do período
pelo comprimento) e trace a melhor reta que se ajusta a esses dados.

(g) Obtenha os coeficientes angular e linear desta reta e obtenha a aceleração da


gravidade e sua respectiva incerteza. Compare seu resultado com o valor adotado
da gravidade 𝑔𝑔 = (9,80 ± 0.01) m/𝑠𝑠2.

(h) Compare seu resultado com o anterior e mostre que o período de oscilação de
um pêndulo simples não depende da massa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 9. ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2012. 4 v.
HIBBELER, R. C. Estática- Mecânica para Engenharia- 12ª Ed. 2011
ANEXO

11

Você também pode gostar