Impacto e Planeamento Integrado em Turismo
Impacto e Planeamento Integrado em Turismo
Impacto e Planeamento Integrado em Turismo
O desenvolvimento do turismo deve ser feito de forma integrada, considerando não apenas
os interesses dos empresários do sector, mas também os desejos e necessidades da
população residente. Esse enfoque colaborativo é fundamental para garantir que o turismo
traga benefícios duradouros e positivos para a comunidade anfitriã.
Beni (1998), O turismo possui uma gama de impactos, tanto positivos quanto negativos,
sobre o património cultural. De forma positiva, contribui para a conservação do património
ao estimular o interesse pelas culturas locais e histórias específicas, gerando, assim,
recursos financeiros que podem ser direccionados para a restauração e conservação dessas
heranças.
O planeamento integrado é uma actividade mais recente. Adoptado pelo sector público,
objectivou a organização e gestão dos recursos disponíveis para a melhoria colectiva.
Embora defina objectivos sociais e económicos e deva ser abrangente, na prática e nos
resultados, mostra falta de integração.
Beni (2000), nos seus estudos, refere-se a um tipo de planeamento para o turismo, o
planeamento integrado, dizendo que “é o planeamento em que todos os seus componentes
devem estar sincronizados e sequencialmente ajustados a fim de produzir o alcance das
metas e directrizes da área de actuação de cada um dos componentes a um só tempo, para
que o sistema global possa ser implantado imediatamente e passar a ofertar oportunidades
de pronto acompanhamento, avaliação e revisão.”
O progresso humano passou a exigir instrumentos para sua viabilização, levando o homem
a exercitar sua inteligência para criar e estabelecer inter-relações que se tornam cada vez
mais complexas. Essa complexidade exige ordenamento, desenvolvimento e resultados.
Para alcançar tal objectivo, cria-se então o planeamento, que tem a racionalidade como seu
elemento regulador.
Uma marca das sociedades modernas é a ampliação do tempo livre, que provoca o
desenvolvimento das actividades de lazer, consequentemente do turismo. Isso cria a
necessidade de essa actividade ser inserida numa acção de planeamento.
Nessa mesma linha, Boo (1995), considerando a expansão do turismo e preocupada com os
impactos que ele possa causar, principalmente nas áreas naturais, refere-se à necessidade de
planeamento e gestão para que os destinos turísticos tenham realmente organização,
desenvolvimento e sustentabilidade.
Lage, B. H. G., & Milone, P. C. (Orgs.). (2000). Turismo, teoria e técnica. Atlas.