Análise Da Geração Distribuída Solar Fotovoltaica No Brasil: Aspectos Econômicos E Sociais

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ANÁLISE DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA SOLAR

FOTOVOLTAICA NO BRASIL: ASPECTOS


ECONÔMICOS E SOCIAIS
Helena Silva Matosinhos também promove a inclusão social, uma vez que pode ser
Departamento de Engenharia Elétrica implementada em áreas remotas, levando eletricidade a
Universidade Federal de Viçosa comunidades que antes não tinham acesso a essa comodidade,
Viçosa, Minas Gerais, Brasil melhorando a qualidade de vida e possibilitando novas
oportunidades de desenvolvimento [5, 6, 7].
Resumo — A geração distribuída de energia solar fotovoltaica tem No Brasil, a energia solar fotovoltaica tem vivenciado um
emergido como uma solução eficaz para atender à demanda crescente alto crescimento, impulsionado por certos fatores. Dados do
por energia elétrica próxima aos centros de consumo. Este trabalho International Renewable Energy Agency [8, 9] mostram que a
visa analisar os aspectos econômicos e sociais da geração distribuída energia solar fotovoltaica ocupa 14,4% da capacidade instalada
solar fotovoltaica no Brasil, destacando os principais fatores que para a energia renovável no Brasil. As regulamentações da
impulsionaram seu crescimento, os impactos econômicos e sociais Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) desempenham
gerados e os desafios enfrentados. Com base nessa análise, o estudo
um papel crucial nesse avanço. A Resolução Normativa (REN)
propõe uma política pública para expandir a geração distribuída solar
fotovoltaica em infraestruturas públicas, incorporando a tecnologia nº 482, de 2012, proporcionou condições para o acesso de
desde o planejamento das construções e utilizando tais infraestruturas microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de
como centros de aprendizado. A pesquisa é fundamentada em uma distribuição de energia elétrica [10]. A REN687/2015
revisão de literatura abrangente, incluindo estudos acadêmicos e dados regulamenta os limites de capacidade para micro e minigeração
oficiais, para embasar a proposta e oferecer uma contribuição distribuída no Brasil e, mais recentemente, a REN nº 1059 de
significativa para o aprimoramento do cenário da energia solar 2023, complementa e atualiza as diretrizes estabelecidas pela
distribuída no país. REN 482/2012. Ela tem como objetivo aprimorar as condições
e procedimentos para a conexão de sistemas de micro e
Paralvras-chave: — energia solar fotovoltaica, aspectos
econômicos, aspectos sociais, geração distribuída
minigeração distribuída (MMGD), fortalecendo ainda mais a
participação da energia solar fotovoltaica na matriz energética
brasileira.
I. INTRODUÇÃO De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética
A geração de energia elétrica é essencial para o (EPE), a energia solar fotovoltaica representou 96,3% da
funcionamento da sociedade moderna, impactando diretamente MMGD no Brasil em 2023 [11]. A capacidade instalada da
setores econômicos e a qualidade de vida [1]. Nas últimas energia solar teve um aumento de 54,8% de 2022 para 2023, e a
décadas, tem havido uma crescente preocupação com a busca geração solar fotovoltaica cresceu 68,1% nesse mesmo período
por fontes de energias sustentáveis e que geram baixo impacto [11]. A difusão e a redução dos custos da tecnologia
no meio ambiente. Desse modo, as energias renováveis têm se fotovoltaica, aliados aos reajustes nas tarifas de energia elétrica,
tornado cada vez mais revelantes, e a solar emerge como uma à possibilidade de compensação de energia e injeção na rede das
solução eficaz e sustentável para atender à demanda crescente concessionárias e ao potencial de radiação solar do território
por energia [2]. brasileiro, são fatores determinantes para todo esse crescimento
[12].
A energia solar fotovoltaica destaca-se por seu potencial
abundante e suas características vantajosas, como redução de Apesar do cenário favorável para a energia solar no Brasil, a
perdas e maior segurança energética [3]. Além de gerar baixo expansão da GD enfrenta desafios técnicos, políticos e
impacto ambiental, tem longa vida útil, baixos custos de econômicos que ainda precisam ser superados para que o
manutenção e escalabilidade [2, 4]. potencial total dessa tecnologia seja plenamente aproveitado.
Nos últimos anos, o paradigma energético no país mudou
A energia elétrica pode ser gerada de forma centralizada significativamente devido ao desenvolvimento econômico,
(GC), envolvendo grandes usinas e extensas redes de transições políticas, avanços tecnológicos e maior
transmissão, ou distribuída (GD), permitindo a geração próxima conscientização ambiental [6, 3]. Nesse contexto, a GD emergiu
ao ponto de consumo. A geração da energia solar distribuída como uma alternativa viável e sustentável, permitindo a
fotovoltaica gera empregos locais na instalação e manutenção participação ativa dos consumidores na produção de energia
dos sistemas fotovoltaicos, contribuindo para o elétrica e contribuindo para a diversificação da matriz energética
desenvolvimento econômico da comunidade. A energia solar [13].
Nesse sentido, é fundamental explorar estudos que abordem quando surgiram as primeiras iniciativas voltadas para a
a GD de energia solar fotovoltaica no Brasil para identificar os implementação desse modelo de geração. Esse período foi
principais fatores que influenciam sua expansão. Embora marcado por crises energéticas, como a crise do petróleo, que
existam diversos aspectos políticos, técnicos e regulatórios que impulsionaram reformas no setor elétrico brasileiro,
fazem parte desse ecossistema, este trabalho se concentrará nos segmentando-o em geração, transmissão e distribuição [14, 15].
fatores econômicos e sociais. A transição para um sistema
Ao longo dos anos, com o desenvolvimento do conceito de
energético mais sustentável, embora desafiadora, oferece
geração distribuída, foi fundamental compreender a distinção
oportunidades significativas de crescimento econômico e
entre gerações em grandes e pequenas escalas. No contexto
inclusão social. A análise desses impactos visa fornecer
específico das instalações fotovoltaicas, é possível tanto gerar
subsídios para a tomada de decisões e o desenvolvimento de
eletricidade de forma centralizada como distribuída. Um aspecto
políticas públicas que possam impulsionar a geração distribuída
essencial é a possibilidade de conexão dessas unidades de
de maneira eficaz e sustentável no Brasil.
geração à rede elétrica, que desempenha um papel crucial na
viabilização e integração da GD no sistema elétrico. Dessa
forma, surgiram programas, órgãos reguladores, projetos-piloto
A. Objetivos Geral e Específicos
e estudos tanto focados na GD, como uma alternativa viável para
Este trabalho visa analisar a geração distribuída de energia diversificar a matriz energética e promover o uso de fontes
solar fotovoltaica no Brasil, com foco nos aspectos econômicos renováveis, sobretudo a energia solar fotovoltaica.
e sociais, para propor políticas públicas que maximizem seus
benefícios e enfrentem seus desafios. Recentemente, discussões sobre a inserção de painéis solares
no programa “Minha Casa Minha Vida” demonstram o potencial
Os objetivos específicos são de ampliação da GD fotovoltaica por causas sociais, apesar dos
• Analisar os fatores principais que impulsionaram o desafios relacionados à manutenção e à compra da energia
crescimento da geração distribuída de energia solar excedente pelas concessionárias.
fotovoltaica no Brasil. Todos esses fatores são cruciais para o crescimento da
• Examinar os impactos econômicos e sociais dessa energia solar fotovoltaica no Brasil, impulsionando a instalação
forma de geração, destacando tanto os benefícios de sistemas em residências, comércios e indústrias, e
estabelecendo a GD como um componente essencial da matriz
econômicos quanto as oportunidades de inclusão
energética nacional. Além de contribuir para a segurança
social.
energética, a expansão da GD tem gerado impactos econômicos
• Propor uma política pública ou ação específica que expressivos, como a criação de empregos locais na instalação e
possa otimizar os benefícios econômicos e sociais manutenção dos sistemas, além de estimular o desenvolvimento
da geração distribuída solar fotovoltaica, com base de novas cadeias produtivas. Socialmente, a GD tem promovido
nas análises realizadas. a inclusão e melhoria da qualidade de vida em regiões antes
marginalizadas, ao proporcionar acesso à eletricidade em áreas
remotas e reduzir custos energéticos para famílias de baixa
B. Estrutura do Trabalho renda.
Este trabalho é organizado em cinco seções. Esta primeira
sessão introduz o tema da geração distribuída com foco na
energia solar fotovoltaica, apresentando o contexto e os B. Evolução e Desenvolvimento da Geração Distribuída
objetivos do estudo. Na segunda sessão, é realizada a revisão Solar Fotovoltaica
bibliográfica, abordando a evolução e o desenvolvimento da GD No Brasil, programas como o Programa de
solar fotovoltaica, seus benefícios e desafios, potenciais de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios
utilização e algumas recentes iniciativas de inserção dessa (PRODEEM), criado em 1994, que visava levar eletricidade a
tecnologia na sociedade. A terceira sessão descreve a localidades isoladas por meio de fontes renováveis, incluindo a
metodologia utilizada na pesquisa. Na quarta sessão, são solar fotovoltaica, desempenharam um papel relevante ao
apresentadas as análises e os resultados obtidos, com ênfase nos promover o uso da energia solar [16, 17]. Esse programa foi
impactos econômicos e sociais. Finalmente, na quinta sessão, seguido por outras iniciativas como o Programa Nacional de
são expostas as conclusões do estudo e as propostas de políticas Eletrificação Rural, conhecido como 'Luz no Campo', lançado
públicas baseadas nas análises realizadas. em 1999, com o objetivo de melhorar as condições
socioeconômicas nas áreas rurais através do uso de fontes
alternativas de energia [18, 19]. Em 2003, o Programa Nacional
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA de Universalização de Acesso e Uso da Rede Elétrica, 'Luz para
Todos', foi instituído, instalando milhares de sistemas
A. Introdução fotovoltaicos em áreas remotas [6, 20].
A energia solar fotovoltaica tem se consolidado como uma
A produção industrial de painéis solares no Brasil começou
alternativa significativa no cenário energético global e brasileiro
na década de 1980, quando foram montados módulos solares
e tem sido objeto de crescente interesse desde a década de 1990,
usando componentes importados. Essa experiência inicial abriu públicas foram equipadas com essa tecnologia, promovendo a
caminho para que o país começasse a produzir seus próprios educação sobre energias renováveis [24].
materiais solares. Nos anos seguintes, especialmente a partir de
Além das políticas públicas, instituições educacionais como
1994, houve um crescimento significativo nas pesquisas e na
o SENAI têm desempenhado um papel crucial na capacitação de
aplicação de tecnologias solares.
profissionais para o setor de energia solar. Com unidades que
Em 2000, o Brasil iniciou a instalação de sistemas solares possuem sistemas solares em funcionamento, como a Casa Solar
conectados à rede elétrica (on grid). Esses sistemas permitiram no SENAI Taguatinga, essas instalações são utilizadas como
que a energia solar gerada em residências e empresas fosse ferramentas práticas para treinamento [25]. O curso de
compartilhada com a rede pública, beneficiando não apenas os Instalador de Sistemas Fotovoltaicos, com 160 horas de duração,
produtores, mas também a comunidade ao redor. é um bom ponto de partida, mas pode ser considerado breve para
uma formação mais aprofundada, indicando a necessidade de
Em 2004, após o racionamento de energia de 2001, o Brasil
programas de treinamento mais extensos para maior
passou por uma nova reforma no setor elétrico, que incentivou o
especialização.
desenvolvimento de novas tecnologias e incluiu, pela primeira
vez, a geração distribuída (GD) como uma possível fonte de Essas iniciativas demonstram um comprometimento
energia, conforme mencionado na Lei 10.848/04 [21]. Nesse contínuo com a expansão da geração distribuída solar
mesmo ano, foram criadas a Empresa de Pesquisa Energética fotovoltaica no Brasil, reforçando a importância de um
(EPE) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica desenvolvimento sustentável e equilibrado.
(CCEE), com o objetivo de promover estudos no setor
energético e facilitar a comercialização de energia elétrica no
mercado. C. Benefícios e Desafios
Em 2008, o governo implementou isenções fiscais A geração distribuída de energia solar fotovoltaica apresenta
significativas, como a isenção do ICMS e a redução a zero do uma série de benefícios tanto para os consumidores como para
IPI para equipamentos de geração fotovoltaica, incentivando o sistema elétrico. Entre os principais benefícios estão:
ainda mais o crescimento da energia solar no Brasil [10]. Além • Redução dos custos de energia: os sistemas
disso, em 2007, foi criado o Programa de Apoio ao fotovoltaicos permitem que os consumidores
Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores gerem sua própria energia, reduzindo a
(PADIS), um conjunto de incentivos fiscais federais destinado a dependência da rede elétrica convencional e,
atrair investimentos na área de semicondutores, beneficiando consequentemente, diminuindo os custos com
diretamente a indústria solar fotovoltaica [6]. energia elétrica [7, 26].
Paralelamente, a Agência Nacional de Energia Elétrica • Sustentabilidade ambiental: considerada uma fonte
(ANEEL) promoveu consultas públicas e desenvolveu de energia limpa, ela não emite poluentes ou gases
regulamentações que facilitaram a expansão da GD, enquanto o
de efeito estufa durante sua geração, o que contribui
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a redução da pegada de carbono e para a
(BNDES) e outras instituições financeiras introduziram linhas preservação do meio ambiente. Entretanto, existem
de financiamento específicas para projetos de energia solar, diversas discussões quanto ao descarte dos
como o FNE SOL do Banco do Nordeste [22, 23]. materiais, fator que deve ser levado em
A geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil ganhou consideração [6, 27].
destaque com a implementação de regulamentações como a
• Estímulo à economia local: a instalação dos
REN nº 482/2012, a REN687/2015 e a REN nº 1059/2023, que
sistemas fotovoltaicos gera empregos na área de
facilitaram a microgeração e minigeração distribuída [7]. Em
projetos, instalação e manutenção [14, 28].
2023, a energia solar representou 96,3% da microgeração e
minigeração distribuída no país (EPE, 2024). A redução dos • Autonomia energética para os consumidores: ao ser
custos tecnológicos e a compensação de energia foram fatores- capaz de produzir a própria energia de forma
chave para esse crescimento [12]. sustentável e renovável, o consumidor ganha
independência em relação à rede elétrica
Em 2023, a ANEEL regulamentou o Marco Legal da Micro
convencional.
e Minigeração Distribuída (Lei nº 14.300/2022), estabelecendo
regras para a injeção de energia excedente na rede elétrica com Apesar dos benefícios, a GD de energia solar fotovoltaica
compensações financeiras, além de prazos e tarifas enfrenta alguns desafios que precisam ser superados. Alguns dos
diferenciadas para microgeração e minigeração. principais desafios incluem:
Simultaneamente, o Programa de Eficiência Energética (PEE)
da ANEEL financiou a instalação de sistemas fotovoltaicos em
prédios públicos e residências de baixa renda. Em parceria com • Custo inicial: O investimento inicial para a
o Ministério da Educação e o setor privado, diversas escolas instalação de sistemas fotovoltaicos pode ser
considerado alto para alguns consumidores, o que
dificulta a adesão à geração distribuída [26].
• Integração à rede elétrica: requer um planejamento elétrica convencional é inviável, a geração
adequado e a implementação de medidas de distribuída solar pode ser uma solução eficiente e
controle para garantir a estabilidade e a segurança econômica para suprir a demanda energética dessas
do sistema. comunidades.
• Regulamentação e incentivos governamentais: O potencial da geração distribuída de energia solar
mesmo que existentes, pode-se considerar que fotovoltaica no Brasil é significativo, considerando o amplo
ainda faltam ações para alavancar a geração território e a disponibilidade de radiação solar ao longo do país.
distribuída. A conexão e compensação de energia Com um planejamento adequado, incentivos e políticas públicas
podem variar entre diferentes localidades, bem favoráveis, é possível explorar esse potencial e expandir ainda
como os impostos e suas isenções. mais a adoção da energia solar fotovoltaica distribuída em
diversas áreas e segmentos da sociedade.
• Capacitação técnica: necessidade de profissionais
capacitados e qualificados para projetar, instalar e
manter os sistemas fotovoltaicos, garantindo a E. Iniciativas da Inserção da Energia Solar em Infraestrutura
eficiência e a segurança das instalações [28, 29]. Pública
Diversas iniciativas têm surgido no Brasil, promovendo a
Ao compreender os benefícios e desafios da geração
adoção de energia solar em infraestruturas públicas, com
distribuída de energia solar fotovoltaica, é possível identificar as
impactos econômicos e sociais relevantes:
oportunidades de melhoria e buscar soluções para maximizar os
benefícios e superar os desafios. • Escolas Públicas: Como parte de um programa
estadual, escolas públicas na Bahia receberão
sistemas de energia solar. A instalação de 198
D. Potencial de Utilização painéis fotovoltaicos em 3 escolas na cidade de
O potencial de utilização da energia solar fotovoltaica no Salvador no ano de 2025 resultará em uma
Brasil é significativo, devido à sua localização geográfica e ao economia anual de cerca de R$120 mil aos cofres
alto índice de radiação solar. A expansão da GD pode promover públicos [31, 32].
uma maior participação dos consumidores na produção de • Programa Minha Casa Minha Vida: O governo
energia [4], seja eles de diversos setores. Alguns exemplos de federal incluiu energia solar no programa
aplicações e áreas de potencial são: habitacional Minha Casa Minha Vida para 2024,
• Residências e edifícios comerciais: A geração fornecendo painéis solares para habitações
distribuída solar pode ser implementada em populares. Esta iniciativa reduz as contas de luz
residências e edifícios comerciais para suprir parte para famílias de baixa renda e promove o uso de
ou toda a demanda de energia elétrica dessas fontes renováveis em larga escala, alinhando justiça
unidades, reduzindo a dependência da rede elétrica social com sustentabilidade ambiental.
convencional e proporcionando economia aos • Projeto Solar Fotovoltaico da USP: A Universidade
proprietários. de São Paulo implementou um projeto de geração
• Setor industrial: As indústrias podem se beneficiar solar, concluído em 2014 e premiado em 2015, que
da geração distribuída solar, utilizando-a para integra a energia solar em suas operações. Além de
alimentar equipamentos e processos produtivos, reduzir custos, o projeto serve como um laboratório
reduzindo os custos de energia e contribuindo para vivo para estudantes e pesquisadores, fomentando
a sustentabilidade do setor. o conhecimento e a inovação no campo das
energias renováveis [33].
• Agricultura e irrigação: A geração distribuída solar
pode ser utilizada na agricultura para alimentar • Hospital Moinhos de Vento: Um dos maiores
sistemas de irrigação, proporcionando uma fonte de hospitais do Brasil investiu R$1 milhão em 2023
energia sustentável e reduzindo os custos para implementar painéis solares em sua unidade.
operacionais dos agricultores [30]. Este projeto demonstra como a adoção de energia
solar pode beneficiar tanto economicamente quanto
• Infraestrutura pública: A energia solar fotovoltaica ambientalmente o setor de saúde [34].
distribuída pode ser adotada em infraestruturas
públicas, como escolas, hospitais, postos de saúde, • Programa de Energia Solar em Prédios Públicos de
iluminação pública, entre outros, contribuindo para Palmas, Tocantins: Palmas lançou um programa
a redução dos gastos públicos com energia e para equipar prédios públicos, como escolas e
promovendo a sustentabilidade ambiental. hospitais, com sistemas de energia solar. A
iniciativa não só economiza recursos públicos, mas
• Comunidades isoladas: Em regiões remotas ou também promove a sustentabilidade e serve de
comunidades isoladas, onde a conexão à rede exemplo para outras cidades [35].
• Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC): A abordagem proativa para expandir e alavancar seu uso de forma
UFSC desenvolveu um novo prédio equipado com sustentável e planejada.
painéis solares fotovoltaicos, projetado para ser um
Um aspecto crucial para essa expansão é a necessidade de
modelo na produção de energia limpa e inaugurado
criar uma cultura que considere a inserção dos painéis solares
em Agosto de 2023 [36]. Esse projeto não se trata
ainda no momento da concepção e construção das
apenas de adicionar tecnologia a uma estrutura
infraestruturas, como foi feito no projeto solar da Universidade
existente, mas sim de uma construção pensada
Federal de Santa Catarina. Atualmente, a prática comum é
desde o início para integrar a energia solar. A
pensar na instalação dos sistemas fotovoltaicos apenas após a
edificação foi concebida com o objetivo de
conclusão da obra, o que pode resultar em desafios de adaptação
maximizar a eficiência energética, refletindo uma
e custos adicionais. Implementar essa mudança de paradigma
visão de sustentabilidade que vai além de simples
permitirá que a infraestrutura já esteja otimizada para receber a
adaptações, criando um espaço que serve tanto à
tecnologia, maximizando seus benefícios.
universidade quanto ao desenvolvimento de
pesquisas em energias renováveis. Economicamente, a geração distribuída de energia solar
fotovoltaica apresenta-se como uma alternativa viável e benéfica
Esses exemplos ilustram como a energia solar está sendo
tanto para consumidores quanto para pequenos produtores. Os
integrada a infraestruturas públicas em diferentes setores,
incentivos fiscais e financeiros disponíveis têm contribuído para
promovendo economia e sustentabilidade.
a redução dos custos de instalação e operação, tornando a
energia solar mais acessível e atrativa. Adicionalmente, a
expansão do setor tem gerado empregos e fomentado o mercado
III. METODOLOGIA de trabalho local, demonstrando um impacto positivo na
Para a realização da análise deste estudo, foi conduzida uma economia.
revisão detalhada da literatura sobre a geração distribuída de Socialmente, a energia solar tem proporcionado melhorias
energia solar fotovoltaica. A pesquisa envolveu a seleção e na qualidade de vida das comunidades, promovendo a
coleta de 36 documentos, incluindo artigos acadêmicos e outras sustentabilidade ambiental e incentivando iniciativas
fontes relevantes. A escolha das referências seguiu critérios de comunitárias. A aceitação da população tem crescido à medida
relevância temática, atualidade das publicações e credibilidade que os benefícios econômicos e ecológicos tornam-se mais
das fontes. A busca foi realizada em bases de dados científicas evidentes. A inserção de sistemas solares em instituições de
reconhecidas, como ScienceDirect e Google Scholar, utilizando ensino, como escolas e universidades, não só reduz custos
termos-chave como "geração distribuída de energia solar operacionais, mas também cria oportunidades educacionais.
fotovoltaica", "energia fotovoltaica no Brasil", "aspectos Investir na educação desde as escolas, integrando o ensino sobre
econômicos", "aspectos sociais" e "projetos de energia solar". energia renovável nos currículos, pode formar uma base sólida
Foram definidos critérios de inclusão para garantir que os para futuras gerações. Ao adicionar painéis solares em mais
trabalhos abordassem aspectos históricos, econômicos, políticos escolas, é fundamental criar, simultaneamente, um programa
e sociais relacionados à geração distribuída solar. Documentos sólido que faça com que as crianças compreendam e valorizem
com foco exclusivo em análises técnicas ou que discutiam outras a energia solar. O governo, ao liderar pela implementação de
fontes de energia e geração centralizada foram excluídos. A sistemas solares em instituições públicas, não só dá o exemplo,
coleta resultou em 23 trabalhos acadêmicos, publicados entre os mas também cria oportunidades para a conscientização e o
anos 2017 e 2023, além de informações complementares de aprendizado técnico.
fontes reconhecidas e órgãos governamentais. Esses No entanto, desafios como a necessidade de aprimoramento
documentos constituíram a base para a análise e discussão dos das infraestruturas, a capacitação técnica e a continuidade dos
aspectos econômicos e sociais da geração distribuída solar incentivos governamentais permanecem. A capacitação técnica
fotovoltaica. contínua é vital não apenas para a instalação, mas também para
a manutenção adequada dos sistemas solares, garantindo sua
eficiência e longevidade. Nesse sentido, é importante mencionar
IV. ANÁLISES E RESULTADOS que, embora o SENAI já ofereça cursos relacionados à energia
A análise da geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil, solar fotovoltaica, é necessário criar meios para incentivar a
sob a perspectiva histórica, econômica e social, revela um participação da população nesses cursos, além de divulgar
cenário promissor e desafiador. Historicamente, o país tem amplamente essas oportunidades. Superar esses desafios é
avançado significativamente em termos de regulamentação e essencial para o avanço contínuo e sustentável da geração
incentivo à adoção de energias renováveis, posicionando-se distribuída no país.
como um mercado emergente de grande potencial. No entanto, Portanto, recomenda-se a continuidade das políticas de
muitas dessas políticas e ações surgiram como respostas a incentivo, o investimento em pesquisa e desenvolvimento, e a
demandas urgentes, refletindo uma abordagem reativa diante de promoção de campanhas de conscientização para ampliar a
crises ou pressões externas. À medida que a tecnologia se integra adoção de energia solar. Estudos futuros poderão focar em áreas
cada vez mais à sociedade, torna-se essencial adotar uma
específicas, como a análise do impacto das novas tecnologias e economicamente viável. Ao adotar essa tecnologia em larga
a evolução das regulamentações. escala, o governo não só dá o exemplo para outros setores da
sociedade, mas também promove uma cultura de inovação e
responsabilidade ambiental, alinhando-se aos objetivos de
V. CONCLUSÃO desenvolvimento sustentável.
Com base nas análises realizadas, é possível concluir que a Com a implementação de políticas públicas eficazes e o
geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil apresenta um investimento em capacitação técnica, o Brasil pode se tornar um
grande potencial para transformar a infraestrutura pública, líder global na adoção de energias renováveis com foco na
trazendo benefícios econômicos e sociais significativos. As energia solar, aproveitando seu vasto potencial solar para criar
iniciativas já implementadas demonstram que a inserção de uma sociedade mais justa, inclusiva e ambientalmente
sistemas fotovoltaicos em escolas, hospitais e outras instituições consciente.
públicas não apenas contribui para a redução dos custos com
energia elétrica, mas também promove a criação de empregos e
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