Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3
A doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer não só é uma doença que afeta os idosos, mas
também a família. Viver com a perda progressiva da memória de um ente querido é uma tarefa difícil. Por outro lado, este processo causa dor e tristeza pois o paciente perde a sua independência de forma gradual. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.
Consequências do Alzheimer: - Perda da capacidade de realizar pequenas tarefas; - Deixar de reconhecer rostos; - Pouca esperança média de vida;
A causa da doença Alzheimer ainda não está determinada, apesar
que é cientificamente aceitável que seja uma doença geneticamente determinada, num muito reduzido número de famílias, a doença de Alzheimer é causada por um problema genético e hereditário, conhecido como a doença de Alzheimer familiar. Neste tipo de famílias, a doença desenvolve-se, normalmente, entre os 35 e os 60 anos.
Fatores que podem aumentar o risco de sofrer de
Alzheimer: - Tensão arterial alta; - Colesterol elevado e homocisteína; - Baixos níveis de estímulo intelectual, atividade social e exercício físico; - Obesidade e diabetes; - Graves ou repetidas lesões cerebrais;
Apesar de todos estes fatores é a idade que continua a ser o maior
fator de risco para a Doença de Alzheimer, mesmo que não seja a causadora da doença. Cerca de 1 em cada 20 pessoas acima dos 65 anos e 1 em cada 5 pessoas acima dos 80 anos sofrem de demência, sendo a Doença de Alzheimer responsável por cerca de metade destes casos. A Alzheimer Europe calcula o número de cidadãos europeus com demência em 7,3 milhões. Para Portugal este número é estimado em mais de 90 000. Todos os anos, 1,4 milhões de cidadãos europeus desenvolvem demência, o que significa que a cada 24 segundos, um novo caso é diagnosticado.
Face ao envelhecimento da população nos estados-membros da
União Europeia os especialistas preveem uma duplicação destes valores em 2040 na Europa Ocidental, podendo atingir o triplo na Europa de Leste. Em Portugal estima-se que existam cerca de 153.000 pessoas com demência, 90.000 com Doença de Alzheimer.
Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo
inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necropsia. Assim o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância, entre outros exames. Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer.
Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, principalmente o
esquecimento de informações recentes, perdas de memória normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente.
Por exemplo:
- O esquecimento de datas importantes ou eventos;
- Repetir a mesma pergunta várias vezes;
- Usar auxiliares de memória;
- Usar membros da família para as coisas que habitualmente se
lembrava por si mesmo;
Numa fase mais avançada os pacientes tornam-se confusos e, por
vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho.
Alguns exemplos do que é e não é normal:
Doença de Alzheimer Normal do dia a dia
Dificuldade em acompanhar Às vezes ter a dificuldade em uma conversa ou inserir-se em encontrar a palavra certa um Repetir a mesma coisa muitas Perder coisas de vez em quando vezes Dificuldade em encontrar as Tomar uma decisão errada de palavras certas ou errar o nome vez em quando das coisas Colocar as coisas em lugares Sentir-se cansado da família, do inadequados trabalho e não apetecer sair Perder os objetos facilmente Desenvolver formas muito específicas de fazer as coisas e irritar-se quando a sua rotina é interrompida Dificuldade em tomar decisões ou fazer julgamentos Apresentar súbitas alterações de humor
Alzheimer não tem cura e, no seu tratamento, há que atender a duas
variáveis: ao tratamento dos aspetos comportamentais, e nesta vertente, além da medicação, convém também contar com orientação de diferentes profissionais de saúde; e ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Há medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é mais eficaz na fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito temporário. Por enquanto, não há ainda medicação que impeça a doença de continuar a progredir.
Métodos fáceis de estimular a memória que ajudam a prevenir o
Alzheimer: - Memorizar os números de telefone da sua família e amigos; - Voltar á escola depois da reforma; - Ao fim do dia, tentar lembrar-se do que fez durante aquele dia; - Jogar jogos de memória ou “quebra-cabeças”; - Ler livros;