Humanidades

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

A IGREJA CATÓLICA E O FEUDALISMO

Um dos motivos da igreja Católica, ter sido tão poderosa nesta época,era devido ao
grande número de adeptos.além de ser dona de muitos feudos.seus bens vinha
muitas vezes por doações deixadas por nobres em seus testamentos.a nobreza e a
cúpula da igreja pertenciam a mesma classe, a dos senhores feudais.

O domínio da igreja não era só na vida religiosa das pessoas, mas também na
cultural.os clérigos faziam parte dos poucos que sabiam ler.por causa disso tudo o
que se dizia ou pensava devia ter a permissão da igreja. Caso contrário, a pessoa
era considerada um herege- inimigo da fé cristã- quem fosse condenado com tal
tinha punições pesadas.entre ela: a fogueira e a masmorra.

A igreja tinha um papel político de importância,como ela andava de aos dadas com
os senhores feudais, ela podia difundir a idéia de conformidade da sua situação,
principalmente em relação aos servos, e deste modo tentar controlar os
camponeses revoltosos.logo, muitas revoltas camponesas foram consideradas
heresias.

“O complexo infra e supra estrutural que iria compor a estrutura geral de uma
totalidade feudal na Europa teve assim uma dupla origem, depois do colapso e
confusão do início da Idade Média. Entretanto, uma única instituição abarcou toda a
transição da Antiguidade à Idade Média em continuidade essencial: A Igreja Cristã.”7
Porém, qual foi o papel da Igreja, nesse processo entre os séculos V e IX, até a
ordem feudal se consolidar?
Na formação do feudalismo há um suporte estrutural, algo como uma ponte que
liga os elementos desse processo. Quem cumpre essa “função de ponte” na
transição da Antiguidade para o estabelecimento da ordem feudal é a Igreja
Católica.
Essa instituição assumiu uma posição de continuidade e manutenção do antigo
Império Romano e, por isso, foi a “ponte” entre o passado e o futuro. Segundo Perry
Anderson:
“Ela foi, realmente, o principal e frágil aqueduto sobre o qual passavam agora as
reservas culturais do Mundo Clássico ao novo universo da Europa Feudal, onde a
escrita se tornara clerical… A Igreja foi a indispensável ponte entre duas épocas,
numa passagem “catastrófica” e não “cumulativa” entre dois modos de produção.”8
A SANTA INQUISIÇÃO
Os princípios básicos da Inquisição remontam ao ano de 1184, quando, pelo
Concílio de Verona, tornou-se órgão de investigação e combate às heresias.
O Tribunal do Santo Oficio definiu as atribuições que seriam exercidas pelos bispos
especialmente designados, que atuaram em diversos países da Europa.
Em 1231, o papa Gregório IX lança a bula Excommunicamus, que estabelecia à
Santa Inquisição a sistematização das leis acerca dos crimes relativos à feitiçaria,
blasfêmia, usura e heresias.
Os processos eram constituídos a partir de denúncias e confissões, feitas muitas
vezes para evitar de incorrer em um outro crime considerado pior: o de ser “fautor
de hereges”, ou seja, acobertar ou fomentar as heresias.
As penas aplicadas tinham uma graduação de penas que iam do jejum, multas,
pequenas penitências e até à prisão.
Nos casos considerados mais graves, os acusados eram entregues ao “braço
secular”, ou seja, à autoridade civil, a qual geralmente aplicava a pena máxima da
morte na fogueira, em um ato público, chamado “auto-de-fé”, isso em casos
extremos em que o herege negava-se a pedir perdão ou a retratar-se.
Estima-se que mais de 700 convertidos foram queimados e outros 5 mil presos até
1488. Diferentemente da Inquisição medieval, cujos inquisidores eram nomeados
pelo papa, na moderna eles eram nomeados pelos reis e atuavam por intermédio
dos tribunais criados nos reinos, com a autorização do papa.

"Os julgamentos da Inquisição não eram justos. O réu, muitas vezes, sequer sabia
sobre o que estava sendo julgado. Também não conhecia as testemunhas. Não havia
possibilidade de defesa. Tudo era sigiloso, e muitos acabavam confessando seus
“crimes”, mesmo que não os tivessem cometido, por meio de torturas. Após
condenada, a pessoa era presa temporária ou perpetuamente ou ia para a fogueira
em praça pública."
"Entre os séculos XI e XIII a Igreja viveu diversas crises e mudanças. Contra a
concentração de poderes materiais da Igreja surgiram, por exemplo, vários
movimentos que questionavam alguns dogmas cristãos e por isso eram
considerados heréticos. Os cátaros, valdenses, patarinos, entre outros,
condenavam a riqueza da Igreja e não se submetiam à autoridade do papa. Os
hereges foram combatidos com extrema violência pela Igreja Católica,
principalmente após a organização do Tribunal do Santo Ofício, no século XII, o
julgamento chamava-se Inquisição do Santo Oficio. Dessa crise surgiu uma reforma
na Igreja Católica, promovida pelo papa Gregório IX, no século XI. Entre os pontos
fundamentais estava a questão de que os senhores feudais não poderiam mais
nomear os bispos de sua região, o fim do comércio de bens religiosos, a imposição
do celibato clerical e os movimentos das cruzadas."
Nenhuma instituição foi tão rica, bem organizada e poderosa durante a Idade
Média na Europa quanto a Igreja Católica. Com a transformação do cristianismo em
religião oficial do Império Romano, em 391,...
O poder do catolicismo esteve intrinsecamente ligado às estruturas do feudalismo,
o sistema social predominante na Europa durante a Idade Média. Ao afirmar que
tudo o que acontece na Terra é a represe...
Uma das provas do poder da Igreja Católica durante a Idade Média foi a utilização
do conceito dos Sete Pecados Capitais, surgido antes mesmo do cristianismo, mas
brilhantemente apropriado pelo catolic... Pecado Capital, segundo a definição da
própria Igreja, é aquele que, uma vez cometido, não é passível de perdão. São eles:
gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e soberba. A ameaça de punição eterna
para quem cometesse um dos pecados garantia o controle sobre a população e
ajudava a Igreja a preservar seu poder.
Segundo a pregação católica, ao seguir essas regras, os fiéis garantiriam um lugar
no paraíso. Além de manter a população sob controle ao regular todos os aspectos
da vida da população medieval, a Igreja também pedia doações de bens aos fiéis
com a justificativa de ajudar a propagar sua missão.
Martinho Lutero
"m 1501, aos 17 anos, Martinho Lutero ingressou na Universidade de Erfurt,
onde passou a estudar direito para tornar-se advogado – uma carreira muito
próspera naquela época. O ingresso de Lutero nesse curso era por conta do
desejo de seu pai de ver seu filho tornando-se um advogado. Lutero era
dedicado aos estudos, mas, em 1505, ele abandonou o direito e ingressou na
vida eclesiástica"
Martinho Lutero foi um monge alemão que, inconformado com algumas práticas da
Igreja Católica, iniciou involuntariamente um movimento que deu origem ao
protestantismo.
"artinho Lutero ficou gravado na história por ter sido um monge católico que
iniciou um movimento de contestação à doutrina da Igreja Católica no século XVI.

"Reforma Protestante de Martinho Lutero


"Lutero possuía inúmeras críticas à forma como os membros da Igreja portavam-
se, e a questão das indulgências é apenas uma delas. Na Alemanha do começo do
século XVI, as indulgências eram parte de um projeto da Santa Sé para construir a
Catedral de São Pedro, e foram cobradas intensamente. As críticas de Lutero às
indulgências ficaram marcadas nas 95 teses, destaque para a tese 76: “Afirmamos,
pelo contrário que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos
pecados veniais no que se refere à sua culpa”|1|.
A leitura da Bíblia levou Lutero a realizar novas interpretações da fé cristã e isso o
levou a concluir que a salvação de cada pessoa era obtida pela fé, pois, de acordo
com o texto bíblico, “o justo viverá pela fé”. Essa posição tornava a questão das
indulgências mais absurda ainda aos olhos de Lutero e daí vinha sua revolta contra
essa prática.
Por isso, Lutero redigiu um documento com uma série de comentários acerca das
práticas da Igreja. Esse documento ficou conhecido como “95 teses” e deu início à
Reforma Protestante. A ideia de Lutero nesse momento não era separar-se da
Igreja, mas de reformá-la. A tradição protestante diz que Lutero pregou as 95 teses
na porta da igreja de Wittenberg, mas os historiadores nunca provaram isso e
acredita-se que as 95 teses teriam sido enviadas como carta para o arcebispo de
Mainz, Alberto de Brendemburgo.
De toda forma, o documento de Lutero acabou sendo espalhado pela Europa e isso
se deve à invenção da imprensa. Por meio dela, as 95 teses de Lutero foram
replicadas e espalhadas por toda a Europa, fazendo com que o movimento de
contestação à Igreja Católica ganhasse força. A pregação das teses na porta da
igreja de Wittenberg aconteceu em 31 de outubro de 1517.
Essa ação desencadeou uma disputa religiosa intensa no interior da Igreja Católica
e resultou na excomunhão de Lutero, em janeiro de 1521, após anos de debates
entre as autoridades da Igreja e Lutero. Nesse período, Lutero seguiu com seu
trabalho e com seus estudos teológicos. Formulou o princípio das Cinco Solas, que
são:
Por meio de Martinho Lutero que se desencadeou a Reforma Protestante, mas é
importante sabermos que, antes dele, outros nomes no interior da Igreja Católica
questionavam a situação em que a igreja se encontrava. John Wycliffe e Jan Hus
questionavam o acúmulo de poder da Igreja Católica, a venda de indulgências e a
corrupção entre os clérigos.
A Reforma Protestante não aconteceu apenas por conta da insatisfação religiosa de
Lutero com a situação da Igreja. Esse movimento só foi possível por ter conseguido
adesão popular e de importantes nobres da região do Sacro Império, no contexto
do século XVI. Os nobres viram na ação de Lutero uma forma de enfraquecer o
papa para diminuir a influência da Igreja no poder secular. Além disso, a reforma
foi vista como uma forma de se livrar dos impostos cobrados pela Igreja. Por isso,
muitos camponeses viram na Reforma uma forma de combater a opressão e a
pobreza em que viviam. Uma série de revoltas camponesas aconteceram durante a
Reforma Protestante, mas Lutero não as apoiava por conta da violência
manifestada nelas.
Lutero, por sua vez, sofria com muita coisa que via na Igreja. Ele passou a realizar
pregações, a partir de 1514, ficando conhecido como um bom pregador. O contato
direto com os fiéis e a Igreja o fez questionar uma prática muito comum na época:
as indulgências, a prática de pagar pelo perdão dos pecados e pela salvação."
Lutero não concordava com algumas práticas da Igreja na época e procurou
realizar uma reforma no interior do catolicismo, questionando algumas ações por
meio das 95 teses.

A ação de Lutero desencadeou um grande movimento, que ficou conhecido como


Reforma Protestante, o que resultou em um cisma no interior da cristandade na
Europa. Assim, surgiu o protestantismo, uma ala do cristianismo que possui
interpretações diversas da que é praticada pela Igreja Católica."
"Lutero possuía inúmeras críticas à forma como os membros da Igreja portavam-
se, e a questão das indulgências é apenas uma delas. Na Alemanha do começo do
século XVI, as indulgências eram parte de um projeto da Santa Sé para construir a
Catedral de São Pedro, e foram cobradas intensamente. As críticas de Lutero às
indulgências ficaram marcadas nas 95 teses, destaque para a tese 76: “Afirmamos,
pelo contrário que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos
pecados veniais no que se refere à sua culpa”|1|.
A leitura da Bíblia levou Lutero a realizar novas interpretações da fé cristã e isso o
levou a concluir que a salvação de cada pessoa era obtida pela fé, pois, de acordo
com o texto bíblico, “o justo viverá pela fé”. Essa posição tornava a questão das
indulgências mais absurda ainda aos olhos de Lutero e daí vinha sua revolta contra
essa prática.
Por isso, Lutero redigiu um documento com uma série de comentários acerca das
práticas da Igreja. Esse documento ficou conhecido como “95 teses” e deu início à
Reforma Protestante. A ideia de Lutero nesse momento não era separar-se da
Igreja, mas de reformá-la. A tradição protestante diz que Lutero pregou as 95 teses
na porta da igreja de Wittenberg, mas os historiadores nunca provaram isso e
acredita-se que as 95 teses teriam sido enviadas como carta para o arcebispo de
Mainz, Alberto de Brendemburgo.
De toda forma, o documento de Lutero acabou sendo espalhado pela Europa e isso
se deve à invenção da imprensa. Por meio dela, as 95 teses de Lutero foram
replicadas e espalhadas por toda a Europa, fazendo com que o movimento de
contestação à Igreja Católica ganhasse força. A pregação das teses na porta da
igreja de Wittenberg aconteceu em 31 de outubro de 1517.
Essa ação desencadeou uma disputa religiosa intensa no interior da Igreja Católica
e resultou na excomunhão de Lutero, em janeiro de 1521, após anos de debates
entre as autoridades da Igreja e Lutero. Nesse período, Lutero seguiu com seu
trabalho e com seus estudos teológicos. Formulou o princípio das Cinco Solas, que
são:

1. Sola fide (somente a fé);


2. Sola scriptura (somente a Escritura);
3. Solus Christus (somente Cristo);
4. Sola gratia (somente a graça);
5. Soli Deo gloria (glória somente a Deus)."
"O movimento luterano enfatiza a justificação pela fé, a autoridade da Bíblia e o
sacerdócio universal dos crentes. O luteranismo tem como principais
características:

 Sola Scriptura (somente a Escritura): o princípio enfatiza que a Bíblia é a


única fonte de autoridade na fé cristã. Os protestantes acreditam que a
Escritura contém as diretrizes necessárias para a vida cristã e a
compreensão da vontade divina, rejeitando a tradição como uma fonte
independente de revelação.
 Sola Fide (somente a fé): a doutrina destaca que a salvação é alcançada
apenas pela fé em Jesus Cristo. Isso contrasta com a visão católica, que inclui
obras e sacramentos como parte do processo de salvação. Para os
protestantes, a fé é o meio exclusivo pelo qual os crentes são justificados
perante Deus.
 Sola Gratia (somente a graça): essa ênfase ressalta que a salvação é um dom
gratuito de Deus, concedido pela Sua graça, independentemente dos méritos
humanos. Essa doutrina reflete a convicção de que os seres humanos são
incapazes de conquistar a salvação por meio de suas próprias obras.
Sacerdócio de todos os crentes: o conceito sustenta que todos os fiéis têm acesso
direto a Deus, eliminando a necessidade de intermediários, como sacerdotes. Cada
indivíduo é visto como capaz de se comunicar diretamente com Deus por meio da
fé e oração."

Você também pode gostar