Foliculogénese e Ovogénese

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Foliculogénese e Ovogénese

Biologia 12º Ano


Prof. Agostinho Botelho
Evolução dos folículos ováricos e
oogénese

A evolução dos folículos ováricos e a


oogénese são fenómenos que ocorrem
simultaneamente e têm início durante o
desenvolvimento embrionário da mulher.
No ovário existem células germinativas - Oogónias
No ovário em desenvolvimento
 o número de oogónias aumenta (Mitoses) – Fase de
multiplicação das oogónias

Aos 5 meses de gestação


 existem cerca de 6/7 milhões de oogónias
 Segue-se a uma fase de crescimento - Meiose I – que
origina oócitos I
 Esta fase é interrompida na Prófase I até ao
nascimento de tal modo que muitas oogónias e
oócitos I degeneram.

No nascimento
 existem aproximadamente 2 milhões de oócitos I
com divisão I da meiose parada na Prófase I
Durante a Infância
 Continua a degenerescência dos oócitos I
No inicio da Puberdade
 Existem aproximadamente 400 000 folículos com oócitos I
A partir da Puberdade
 Inicia-se o processo de maturação.
 Vários oócitos iniciam a maturação mas só um a completa
 O oócito I termina a divisão I da meiose resultando duas células desiguais
devido à distribuição desigual de citoplasma - um oócito II e um 1º glóbulo
polar (acaba por degenerar)
 O oócito II termina a divisão II da meiose dando origem a duas células – um
óvulo e um 2º glóbulo polar (acaba por degenerar)
Folículos
(de acordo com o seu estado de desenvolvimento)

Folículo Folículo maduro


Folículo primordial Folículo primário
secundário ou de Graaf

Constituído por uma A partir da puberdade e As cavidades existentes na


célula germinativa aproximadamente uma Continua a verificar-se o camada granulosa
(oócito), rodeada por vez por mês, um folículo crescimento do folículo continuam a aumentar de
células foliculares primordial começa a primário, devido ao tamanho até originar uma
achatadas. crescer dentro de um dos contínuo aumento do só cavidade cheia de
Aos cinco meses, o feto ovários. oócito I e à proliferação líquido folicular - a
feminino possui nos das células foliculares, que cavidade folicular.
O oócito I (célula que irá originam uma camada
ovários vários milhões originar o gâmeta
destes folículos. espessa - a camada
feminino) aumenta de granulosa. Esta cavidade fica
No entanto, estes volume e verifica-se uma rodeada por uma camada
começam a degenerar proliferação das células Entre o oócito I e a granulosa, que inclui um
nos meses seguintes, num foliculares, até formarem camada granulosa forma- conjunto de células a
processo denominado uma camada contínua de se uma camada acelular, rodear o oócito II, pronto
atresia folicular, pelo que, células. constituída apenas por a ser libertado.
na altura do nascimento, substâncias orgânicas,
os ovários possuem cerca denominada zona
de 400 mil folículos pelúcida.
primordiais. Surge, ainda, outra
camada de células a
rodear o folículo - a teca.
Ovário (terminologia)
1. Região cortical
 Albugínea - tecido conjuntivo denso.
 Estroma - tecido conjuntivo, com células parecidas com fibroblastos.
 Folículo primordial - ovócito I pequeno, rodeado por uma camada de células epiteliais achatadas,
denominadas de foliculares.
 Folículo primário - o ovócito I começa a crescer e produzir a zona pelúcida, que é uma estrutura acelular e
acidófila que o rodeia, constituída por glicoproteínas. As células foliculares tornam-se cubóides e se multiplicam
(*ler observação abaixo).
 Folículo secundário ou antral - células foliculares em várias camadas, sendo que entre elas aparecem
pequenas cavidades com líquido folicular (corpúsculos de Carl Exner), que acabam se unindo e formando um
espaço maior chamado de antro folicular. O ovócito I fica deslocado do centro e preso por um pedúnculo de
células chamado de cumulus oophorus.
 Tecas - células do estroma ao redor do folículo. A teca interna produz andrógenos e estrógenos. A teca
externa é mais fibrosa e não pode ser distinguida da interna nem do estroma circundante. Não produz
hormonas, em princípio.
 Folículo atrésico - células em degeneração. Zona pelúcida colapsada quando a involução está avançada.
 Folículo maduro ou de Graaf - não existe nesta lâmina. Faz saliência na superfície do ovário e possui um
ovócito II.
 Corpo lúteo - é uma glândula endócrina transitória e corpo albicans - forma degenerada do corpo lúteo.

*Obs.: para fins didáticos, considera-se que o folículo primário tem somente uma camada de células cúbicas envolvendo o ovócito
e que o aumento do número de camadas de células foliculares e o aparecimento das demais estruturas (zona pelúcida , cumulus
oophorus, corona radiata, cavidade antral, tecas interna e externa) determina a classificação desse folículo como em
desenvolvimento. Quando todas as estruturas do folículo estão bem desenvolvidas e esse começa a fazer saliência na parede do
ovário, então passa a ser chamado de maduro ou ovulatório.

2. Região medular
Tecido conjuntivo frouxo com grandes vasos sangüíneos
Folículo primordial (FP) e folículo primário (P) (100x). Região cortical: folículos primordiais (FP), folículo
secundário ou antral (FS); epitélio (seta) (100x).
Folículo secundário bem desenvolvido: ovócito (O),
cumulus oophorus (CO), corona radiata (seta), antro
folicular (A), células foliculares da parede do folículo (F),
tecas (T) (100x).
Corpos luteos (CL) (40x).

Folículo atrésico (A) (100x).

Corpo luteo (100x).


O crescimento do folículo de Graaf
 causa uma saliência na superfície do ovário
 acaba por causar a sua rutura e libertar o oócito II, num processo denominado
ovulação.

Após a ovulação
 A parede do ovário cicatriza.
 As células foliculares que permaneceram no folículo proliferam, aumentam de
tamanho e adquirem função secretora.
 O citoplasma destas células é amarelo, devido à presença de um pigmento desta
cor, pelo que este conjunto de células se designa corpo amarelo ou lúteo.
Oogénese
 É um conjunto de fenómenos que ocorre nos ovários, conducente à
formação de gâmetas femininos.

 Ao contrário da espermatogénese, que se inicia apenas durante a


puberdade, a oogénese inicia-se logo durante o desenvolvimento
embrionário.

 É acompanhada da maturação dos folículos ováricos, num processo que


compreende quatro fases: multiplicação, crescimento, repouso e maturação.
Oogénese

Fase de Fase de Fase de


Fase de repouso
multiplicação ou crescimento maturação
proliferativa
Os folículos primordiais, Atingida a puberdade, alguns
Durante o As oogónias aumentam contendo os oócitos I folículos primordiais começam a
desenvolvimento de volume, devido à em Prófase I, desenvolver -se e, com eles, os
embrionário, as síntese e acumulação de permanecem inativos oócitos I.
oogónias (células substâncias de reserva, desde o nascimento até
originando os oócitos I A maturação do oócito I torna-
germinativas) à puberdade. se evidente quando o folículo
multiplicam-se, por (ou de 1" ordem), que se Nesta fase, a maior
rodeiam de células atinge a fase madura
mitoses sucessivas. parte dos folículos (aproximadamente de mês a
foliculares, originando os primordiais degenera.
folículos primordiais. Os mês).
oócitos I iniciam a Nesta altura, o oócito I, que se
divisão meiótica I, que se encontrava em Prófase I,
interrompe em Prófase I. recomeça a divisão I da meiose,
originando duas células
haplóides desiguais: uma maior,
o oócito II (ou de 2. a ordem). e
uma de menor tamanho, o 1º
glóbulo polar.
A diferença no tamanho das
células deve-se a uma citocinese
desigual isto é, o citoplasma
divide-se por gemiparidade.
Ambas as células se destacam
da parede do folículo para a
cavidade folicular.
Após a rutura do folículo de Graaf, com a consequente libertação do seu conteúdo,
ocorre a ovulação, isto é, a libertação do oócito II (em metafase II da meiose) para o
pavilhão das trompas de Falópio.

Se não ocorrer fecundação, o oócito II é eliminado.

Caso um espermatozóide penetre no oócito lI este conclui a segunda divisão da


meiose, originando duas células desiguais: um óvulo maduro, de grande tamanho, e
um 2.° glóbulo polar, que acaba por degenerar.

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